Professor
Disciplina
Lista nº
Vagner Costa
História
1
Assuntos
IDADE MÉDIA
01-A expansão imperial romana resultou, a
partir do século I d.C., na utilização do trabalho
escravo em grande escala e no aumento
significativo
do
número
de
plebeus
desocupados, aos quais se juntaram levas de
pequenos
agricultores
arruinados.
Isso
incrementou o êxodo rural e provocou o
inchamento das cidades, especialmente de
Roma. Para amenizar o problema social dessas
massas, o Estado passou a dar-lhes subsídios.
Esta política caracterizou-se pela distribuição
de:
(A) Terras para os desocupados, caracterizando
uma verdadeira reforma agrária, conhecida
como a política agrária, de Licínio.
(B) Dinheiro para a aquisição de roupas e
alimentos, combatendo a inflação que assolava
a República, provocada pela política de
Tucídides.
(C) Grãos a preços baixos e espetáculos
públicos gratuitos, conhecida como política do
pão e circo, de Augusto.
(D) Sementes, instrumentos agrícolas e
escravos para o cultivo de terras na Sicília e no
norte da África: a política de colonização, de
Suetônio.
(E) Escravos para estimular a agricultura na
Península Ibérica, conhecida como a política
agrícola, de Cláudio.
02-"A Idade Média ideias a é inseparável da
civilização
islâmica
já
que
consiste
precisamente na convivência, ao mesmo tempo
positiva e negativa, do cristianismo e do
islamismo, sobre uma área comum impregnada
pela cultura ideia-romana."
José Ortega y Gasset (1883-1955).
O texto acima permite afirmar que, na Europa
ocidental medieval,
(A) formou-se uma civilização complementar à
islâmica, pois ambas tiveram um mesmo ponto
de partida.
(B) originou-se uma civilização menos complexa
que a islâmica devido à predominância da
cultura germânica.
(C) desenvolveu-se uma civilização que se
beneficiou tanto da herança ideia-romana
quanto da islâmica.
(D) cristalizou-se uma civilização marcada pela
flexibilidade religiosa e tolerância cultural.
(E) criou-se uma civilização sem dinamismo, em
virtude de sua dependência de Bizâncio e do
Islão.
03"(...) constituíram-se na Idade Média dois
poderes que se colocavam acima da autoridade
dos reis e dos senhores e, por isso, eram
denominados poderes universais: o papado
(poder espiritual ou religioso) e o império (poder
temporal ou político). A relação entre esses dois
poderes foi sempre problemática (...)".
(Luiz Koshiba, "História - origens,
estruturas e processos")
Pode ser apontado(a) como um exemplo dessa
relação problemática:
(A) a promulgação do Edito de Milão, em 313,
que reconheceu o poder espiritual do papa e
estabeleceu o cristianismo como a religião
oficial do Império Romano, condição revogada
pelo imperador Décio, no fim do século IV.
(B) o conflito conhecido como a Querela das
Investiduras, de 1076, que opôs o papa
Gregório VII ao imperador Henrique IV, do
Sacro Império, e só foi superado em 1122, com
a Concordata de Worms.
(C) a determinação do imperador Teodósio I, a
partir de 391, em proibir todas as práticas não
pagãs, que gerou uma forte perseguição aos
cristãos e o poder religioso voltou para a mão
do imperador romano.
(D)
o
incentivo
dos
reinos
cristãos,
principalmente do Império Carolíngio, em
construir mosteiros longes das cidades, o que
efetivou a separação entre o poder temporal
dos reis e o poder espiritual dos monges e do
clero em geral.
(E) o apoio decisivo do imperador Constantino à
heresia ariana, construída pelos bispos do
Oriente, no Concílio de Nicéia (325), que
defendia a concepção de que o poder temporal
caberia apenas ao soberano romano, mas com
o beneplácito do papa.
04-Considere a ilustração a seguir.
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ampliação das terras aráveis por toda a Europa
e a aplicação à terra de métodos mais
adequados de cultivo, inclusive a aplicação
sistemática de esterco urbano às plantações
vizinhas".
(Lewis Mumford. "A cidade na história".
São Paulo: Martins Fontes, 1982.)
A partir dos conhecimentos da história do
feudalismo europeu, pode-se inferir que, na
ilustração,
(A) as classes sociais relacionavam-se de forma
harmoniosa por incorporarem em suas mentes
os princípios elementares do cristianismo.
(B) as castas sociais poderiam modificar-se ao
longo do tempo, pois isso dependia
fundamentalmente da vontade do poder divino
do papa.
(C) as terras dos feudos eram divididas
igualmente entre os vários segmentos sociais,
priorizando-se os que dependiam dela para
sobrevivência.
(D) a organização social possibilitava a
mobilidade, permitindo a ascensão dos
indivíduos que trabalhassem e acumulassem
riqueza material.
(E) a estrutura da sociedade era marcada pela
ausência de mobilidade, sendo caracterizada
por uma hierarquia social dominada por uma
instituição cristã.
05-Assinale a alternativa que apresenta um dos
resultados do entrecruzamento de culturas no
Império Bizantino.
(A) As artes visuais diversificaram-se a ponto de
serem eliminadas as características estéticas de
inspiração greco-cristã.
(B) A adoração popular a ícones religiosos
gerou crises na Igreja de Bizâncio.
(C) Elementos clássicos, como a retórica e a
língua grega, foram superados em função da
interação cultural cosmopolita.
(D) A arquitetura passou a primar pela
simplicidade, a fim de se adequar à doutrina
religiosa ortodoxa.
(E) A estrutura jurídica do Império Bizantino não
sofreu a influência do direito romano.
06-"Por trás do ressurgimento da indústria e do
comércio, que se verificou entre os séculos XI e
XIII, achava-se um fato de importância
econômica mais fundamental: a imensa
O texto trata da expansão agrícola na Europa
ocidental e central entre os séculos XI e XIII.
Dentre as razões desse aumento de
produtividade, podemos citar:
(A) O crescimento populacional, com decorrente
aumento do mercado consumidor de alimentos.
(B) A oportunidade de fornecer alimentos para
os participantes das cruzadas e para as áreas
por eles conquistadas.
(C) O fim das guerras e o estabelecimento de
novos padrões de relacionamento entre servos
e senhores de terras.
(D) A formação de associações de profissionais,
com decorrente aperfeiçoamento da mão de
obra rural.
(E) O aprimoramento das técnicas de cultivo e
uma relação mais intensa entre cidade e
campo.
07-[...] O rei fora um aliado forte das cidades na
luta contra os senhores. Tudo o que reduzisse a
força dos barões fortalecia o poder real. Em
recompensa pela sua ajuda, os cidadão
estavam prontos a auxiliá-lo com empréstimos
em dinheiro. Isso era importante, porque com o
dinheiro o rei podia dispensar a ajuda militar de
seus vassalos. Podia contratar e pagar um
exército pronto, sempre a seu serviço, sem
depender da lealdade de um senhor. Seria
também um exército melhor, porque tinha uma
única ocupação: lutar. Os soldados feudais não
tinham preparo, nem organização regular que
lhes permitisse atuar em conjunto, com
harmonia. Por isso, um exército pago para
combater, bem treinado e disciplinado, e
sempre pronto quando dele se necessitava,
constituía um grande avanço.
(HUBERMAN, L. "História da riqueza do
homem". Rio de Janeiro: Zahar, 1977. p. 80 81.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre
o tema, é correto afirmar.
I - A organização de exércitos sob o comando
do rei contribui para o processo de formação
dos Estados Nacionais.
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II - A decadência da burguesia possibilitou o
fortalecimento do poder real e a constituição
dos Estados Nacionais europeus.
III - A teoria política do período sacralizou a
figura do monarca, já que afirmava serem os
reis escolhidos por Deus para exercer o
governo.
IV - Com os Estados Nacionais constituídos, a
Igreja continuou a ocupar um espaço importante
dentro dos reinados, baseada na autoridade
suprema do Papa.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e III são corretas.
(C) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, III e IV são
corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são
corretas.
08-
"Que Deus te dê coragem e ousadia,
Força, vigor e grande bravura
E grande vitória sobre os Infiéis."
Citado por Georges Duby. "A Europa na
Idade Média". São Paulo: Martins Fontes, 1988,
p. 13
Os três versos são do século XII e reproduzem
a fala de um rei na sagração de um cavaleiro.
Eles sugerem:
(A) O caráter religioso predominante nas
relações de servidão, que uniam os nobres
medievais e asseguravam a mão de obra nos
feudos.
(B) A ausência de centralização política na Alta
Idade Média, quando todos podiam, por decisão
real, ser sagrados nobres e cavaleiros.
(C) O reconhecimento do poder de Deus como
supremo e a crença de que a coragem
dependia apenas da ação e da capacidade
humanas.
(D) A hierarquia nas relações de vassalagem e
o significado político e religioso, para os nobres,
das ações militares contra os muçulmanos.
(E) O juramento que todos os nobres deviam
fazer diante do rei e do Papa e a exigência de
valentia e força para participação nos torneios.
09-"Caro, o pão faltava nas mesas dos pobres.
Na Inglaterra, após mais de cem anos de
estabilidade, seu valor quintuplicou em 1315.
Na França, aumentou 25 vezes em 1313 e
multiplicou-se por 21 em 1316. A carestia
disseminou-se por toda a Europa e perdurou
por décadas.
(...)
Faltava comida não por ausência de braços ou
de terras.
(...)
Afinal, se os camponeses - esteio do
crescimento demográfico verificado desde o ano
1000 - não conseguiam produzir mais, era
porque já haviam cultivado toda a terra a que
tinham acesso legal.
Já os senhores não faziam pura e simplesmente
porque não queriam. Moeda sonante não era
exatamente a base de seu poder e glória".
(Manolo Florentino, Os sem-marmita,
"Folha de S. Paulo", 07.09.2008)
O texto traz alguns elementos da chamada crise
do século XIV, sobre a qual é correto afirmar
que:
(A) resultou da discrepância entre o aumento da
produtividade nos domínios senhoriais desde o
século XI e o recuo da produção urbana de
manufaturas.
(B) foi decorrência direta da peste negra, que
assolou o norte da Europa durante todo o
século XIV, e fez que os salários fossem fixados
em níveis muito baixos.
(C) resultou do recrudescimento das obrigações
feudais, que gerou a concentração da produção
de trigo e cevada nas mãos de poucos
senhores feudais da França.
(D) foi deflagrada, após as inúmeras revoltas
operárias, no campo e na cidade, que
quebraram com a longa estabilidade do mundo
feudal europeu.
(E) teve ligação com as estruturas feudais que
impediam que a produção crescesse no mesmo
ritmo do crescimento da população em certas
regiões da Europa.
10-O crescimento urbano na Europa ocidental a
partir do século XI atraiu novos moradores para
as cidades que
(A) haviam desaparecido completamente nos
séculos anteriores, dadas as características
rurais do feudalismo, e agora retomavam sua
condição de centro de produção econômica.
(B) se tornaram centros comerciais importantes,
em termos locais ou internacionais, e
estimularam a maior circulação monetária e a
criação de feiras.
(C) cresceram descontroladamente, devido às
multidões de estrangeiros que nelas circulavam,
e passaram a ser denominadas metrópoles ou
megalópoles.
(D) se transformaram no centro do poder social
das burguesias, a classe social emergente, e
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impediram o isolamento dos governantes em
castelos afastados do núcleo urbano.
(E) iniciaram movimentos de expansão urbana
para acomodar a nova população e criaram as
primeiras expedições marítimas de conquista e
colonização do extremo oriente.
GABARITO:
01-C
02-C
03-B
04-E
05-B
06-E
07-B
08-D
09-E
10-B
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