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INFORMAÇÕES GERAIS
Organização
Ordem dos Médicos de Angola
Secretariado
Rua Amilcar Cabral, nº 151-153, Luanda
Tel.: (+244) 222 392 357 / 927 688 612 Fax: (+244) 222 391 630
E-mail: [email protected]
Sítio: www.ordemdosmedicosdeangola.org
Data
26 e 27 de Janeiro de 2015
Local
Centro de Convenções Talatona - Avenida Talatona, Luanda Sul, Angola
Lema
Os desafios da saúde em Angola no contexto de um mundo em mudança
Alto Patrocínio
Governo da República de Angola
Ministério da Saúde
Deslocações
Estão asseguradas as seguintes deslocações para os convidados:
a) Do aeroporto para os hotéis e destes para o aeroporto;
b) Dos hotéis para o local de realização do Congresso e vice-versa.
Urgências
Em caso de necessidade, poderão ser contactados:
• Hospital do Prenda – 222 352 007/222 352 610
• Clínica Girassol – 226 698 416 / 415 / 226
• Clínica Multiperfil – 222 469 446/47/50
• Clínica Sagrada Esperança – 222 309 360/1
• Instituto Nacional de Emergência Médica -116
ÍNDICE
Mensagem do Presidente do Congresso ....................05
Comissões ................................................................................07
Formas de participação ....................................................... 10
Programa Científico .............................................................. 11
Painéis ........................................................................................17
Conferências ............................................................................18
Temas livres ..............................................................................18
Simpósios .................................................................................19
Posters .......................................................................................19
Cursos Pré-congresso ........................................................... 20
Resumos .................................................................................. 21
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
DO CONGRESSO
Excelências,
É com grande satisfação que recebemos os ilustres convidados e participantes, nacionais e estrangeiros, do X Congresso Internacional dos Médicos
em Angola.
Este evento anual evidencia já uma identidade própria claramente traduzida
na crescente qualidade das apresentações dos muitos intervenientes neste
espaço de reflexão e partilha de conhecimentos no âmbito da Medicina. Constitui também um sinal inequívoco da capacidade mobilizadora da Ordem dos
Médicos de Angola, demonstrada pela presença significativa e interessada
de centenas de médicos nacionais e estrangeiros que pretendem partilhar
as suas experiências. E reforça, claramente, os laços de colaboração entre os
Médicos e as Entidades Públicas, num esforço conjunto para alcançar uma
Saúde Melhor Para Todos.
O Lema escolhido “ Os Desafios da Saúde em Angola no Contexto de um
Mundo em Mudança” e os temas que foram seleccionados abordam assuntos
de extrema importância para a saúde dos angolanos.
Na verdade, a Medicina evolui – lembremo-nos dos longínquos “humores” de Hipócrates que já abordavam, com muita
propriedade, o ambiente interno (corpo humano) e ambiente externo (clima, ar, comida, bebida), dos contributos de
galeno, das dúvidas científicas de Descartes, dos iluministas do século XVIII, até às imensas descobertas bem conhecidas (por exemplo de Koch, Pasteur, Virchow, Laennec, Jenner e tantos outros); e também a auscultação, os sintomas, a
percussão (que vieram substituir os célebres humores de Hipócrates) e os desenvolvimentos tecnológicos sobretudo
após a segunda guerra mundial, e, repare-se, ao quase endeusamento da máquina como substituto do homo sapiens
sapiens… – então devemos considerar com muito positiva a troca de experiências sobre todos os determinantes que a
envolvem e que ela, directa ou indirectamente, influencia.
O médico na era da técnica
Estamos, pois, confrontados por uma nova era a que não podemos ficar alheios: aquilo a que Karl Jaspers designou
como “O Médico na Era da Técnica”.
Por um lado, as consequências do desenvolvimento científico e tecnológico em torno da prevenção, da promoção, da
cura, da investigação e do ensino são enormes e, por outro, a ética, a bioética e o biodireito, vieram introduzir um factor
de equilíbrio na relação dos doentes (dos cidadãos em geral) com os médicos e no envolvimento da sociedade na sua
pluridimensão.
Ora, a Ordem dos Médicos de Angola pretende, neste seu X Congresso Internacional, trazer à discussão serena, firme e
consistente, um conjunto de matérias que possam aumentar a elevada conscientização dos médicos não apenas face à
doença, mas, igualmente, face às exigências plurifacetadas que a Medicina provoca pela sua complexidade e riqueza e
aos modelos de organização, de atendimento e de prestação de cuidados.
Agradecimentos
Agradeço a presença das mais altas individualidades governamentais, presentes ou fazendo-se representar, emprestando, assim, um concreto e institucional apoio e um significativo incentivo à realização do Congresso, e, muito
directamente, às grandes causas da saúde no nosso país.
Um palavra de saudação e agradecimento aos ilustres palestrantes que nos apresentarão os seus conhecimentos e
experiências.
Agradeço a todos os patrocinadores pelo seu envolvimento no Congresso.
Finalmente, convido todos os médicos a participar activamente nos debates, contribuindo para a dignificação do Congresso e para o engrandecimento da nobre profissão que abraçamos.
Bem-vindos,
O Presidente do Congresso
e Bastonário da Ordem dos Médicos de Angola
Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa
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X CONGRESSO INTERNACIONAL
DOS MÉDICOS EM ANGOLA
PRESIDENTE DE HONRA
• Sua Excelência Presidente da República de Angola
Engº. José Eduardo dos Santos
COMISSÃO DE HONRA
• Sua Excelência Senhor Ministro da Saúde
Dr. José Vieira Dias Van-Dúnem
• Sua Excelência Presidente da VII Comissão da Assembleia Nacional
Dra. Irene da Silva Neto
• Sua Excelência Senhora Ministra da Ciência e Tecnologia
Prof. Dr.ª Maria Cândida Pereira Teixeira
• Sua Excelência Senhor Ministro do Ensino Superior
Prof. Dr. Adão do Nascimento
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• Sua Excelência Senhor Governador da Província de Luanda
Dr. Graciano Francisco Domingos
• Sua Excelência Senhor Secretário de Estado da Saúde
Dr. Carlos Alberto Masseca
COMISSÕES
Presidente do Congresso
• Carlos Alberto Pinto de Sousa – Bastonário da Ordem dos Médicos de Angola
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Comissão Organizadora
• Carlos Alberto Pinto de Sousa (Coordenador)
• Mariana Paulo André Afonso
• Joseth Rita Fernandes de Sousa
• Maria Isabel António Massocolo das Neves (Porta-Voz)
• Miguel Santana Bettencourt Mateus
• Abreu Pecamena
• Afonso Wete
• Ermelinda Soito Ferreira
• Paulo Jorge Van-Dúnem
• Victória do Espírito Santo
• José Vieira Dias Cunha
• João Fernando Chicoa
• Fátima Ferraz
• Armando João
• Fernando Mendes
• Fernando Miguel
• Antónia de Sousa
• Rui Moreira de Sá
• Mário Dias
• Leonardo Inocêncio
• Mário Rui Cardoso
• Rosa da Fonseca Bessa de Campos
• José Carlos Van-Dúnem
• Constantina Furtado
• Rodrigues Leonardo
• Armanda Maria Ferreira da Conceição
• Paulo Salgado
• Lígia Alves
Comissão Científica
• Miguel Santana Bettencourt Mateus (Coordenador)
• Arlete da Visitação Borges (Coordenadora adjunta)
• Filomena Burity Neto
• Adriano Martins de Oliveira
• Suzana do Céu Costa
• Adelaide Neto Matias
• Luísa Assis
• Margarete Arrais
• Fausta de Sá dos Santos
• Sandra Pereira
• Helga Freitas
• Guilhermino Joaquim
Comissão de Logística e Protocolo
• António Leite da Costa (Coordenador)
• Ermelinda Soito Ferreira (Coordenadora Adjunta)
• Fatima Ferraz
• Renato Palma
• Mujimbi José Viana
• Avelino Ganga Marinha
Comissão de Redacção e Secretariado
• Inês Maria Primo Vitória Pereira (Coordenadora)
• Brígida Marisa dos Santos (Coordenadora Adjunta)
• António Gomes
• Beatriz Paiva da Costa Bento
• Luzia Quental
• Ana Paula Barbosa
• Catarina Gonçalves Domingos de Castro
• Juliana de Fátima Clemente
• Victor Manuel Bernardo
• Domingas Hilária Sebastião
• Maria Albertina Alves Faustino
• Pedro Muanza
• Abel Manuel Chimenga
• João António Sebastião
• Alexandra Telles
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FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
1. Painel
Cada prelector terá 20 minutos para a apresentação do tema e 10 minutos para a discussão.
2. Conferência
Terá a duração máxima de 30 minutos (20 minutos para apresentação e 10 minutos para discussão).
3. Comunicação Livre
As comunicações livres orais terão a duração máxima de 15 minutos (10 minutos para apresentação e 5 minutos para discussão).
4. Poster
O Secretariado do Congresso indicará o local e o painel onde deverá ser colocado. Os posters
deverão estar em exposição durante todo o Congresso. Terão 5 minutos para apresentação e 5
minutos para discussão. O poster deverá ter como dimensões mínimas: 60cm de comprimento x
100 cm de largura; máximas: 80 cm de comprimento x 120 cm de largura.
5. Exposição Técnico-Comercial
Durante o Congresso as empresas poderão apresentar os seus produtos e novidades, de acordo
com regulamento definido pela Ordem dos Médicos de Angola.
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PROGRAMA CIENTÍFICO
Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2015
07h30
Abertura do secretariado e entrega de documentação
Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2015
AUDITÓRIO
09h00 Sessão solene de abertura
10h00 Conferência de abertura: Política Nacional de Saúde – dos constrangimentos aos desafios
Moderador: Carlos Alberto Pinto de Sousa
Prelector: José Vieira Dias Van-Dúnem, Ministro da Saúde de Angola
10h30 Conferência: financiamento em saúde e desenvolvimento económico
Moderador: Job Graça, Ministro de Planeamento e Desenvolvimento Territorial de Angola
Prelector: Roberto Iunes
11h00
11h30
Pausa / Inauguração da feira Médica Hospitalar Angola
Conferência: Febres hemorrágicas
Moderadora: Fernanda Dias Monteiro
Prelector: Peter Phori
12h00 Painel: A saúde em rede
Moderador: Mário Jorge Cartaxo Fresta
• A municipalização estruturante da descentralização da saúde – desafios actuais – Helga
Freitas
• A saúde em rede – conceito e evolução (representante de Cuba)
• O direito da cidadania como um imperativo ético-constitucional – Carlos Feijó, Consultor
do Presidente da República de Angola
13h30Almoço
14h30 Painel: A relação entre médico e doente na actualidade: a humanização e a alta tecnologia
são compatíveis?
Moderador – José Manuel Silva
• Competências dos médicos em humanização de cuidados de saúde – António Vaz Carneiro
• Os curricula das Faculdades de Medicina e a humanização em saúde – Miguel Santana
Bettencourt Mateus
• A relação entre médico e doente sustenta-se numa relação ética – José Luís Biscaia
• A percepção dos estudantes sobre a humanização e qualidade do atendimento – Cármen
Van-Dúnem
16h00 Conferência: Educar é a nossa missão
Prelector: Fundação Lwini
16h30Pausa
16h45 Painel: A literacia como factor de desenvolvimento da municipalização – o contributo
dos médicos
Moderador: Ana Escoval
• A literacia como factor de empoderamento – Arlete da Visitação Borges
• A literacia – experiências de Portugal – José Manuel Silva
• A literacia – experiências do Brasil – José Maia Vinagre
• Literacia e municipalização – Peter Phori
11
Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2015
SALA 1
11h30 Conferência: A segurança do doente
Moderador: Manuel Vidigal
Prelector: José Fragata
12h00 Painel: A actividade clínica no cumprimento das metas referentes à saúde da mulher e
da criança – um imperativo constitucional e uma resposta à “Estratégia global para a
saúde da mulher e da criança”, segundo a OMS
Moderador: Paulo Adão Campos
• As intervenções prioritárias para reduzir a mortalidade materna e infantil em Angola –
Adelaide Carvalho/Abreu Tondesso
• Os riscos de vulnerabilidade nos adolescentes, crianças e mulheres em Angola – Ana
Leitão
• Estratégias de vigilância e investigação epidemiológica – Rosa Moreira
• Experiência da província de Luanda – Rosa Bessa
• Normas de orientação clínica com aplicação na mulher e na criança – António Vaz Carneiro
13h30Pausa
15h00 Conferência: Segurança medicamentosa em Angola
Moderador: Santos Nicolau
Prelector: Miguel Oliveira
15h30 Conferência: O erro em medicina
Moderador: Armando Jorge Tavares Lima
Prelector: José Fragata
16h00 Conferência: O papel do médico na redução da sinistralidade rodoviária em Angola
Moderador: Eustáquio Gomes
Prelector: Rui Capo
16h30Pausa
16h45 Conferência: O papel do médico na melhoria da qualidade e viabilização de saúde
Moderador: Mariana Afonso
Prelector: Afonso José de Matos
12
17h15 Conferência: Rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer da próstata
Moderador: Heriberto Carlos Bickman de Araújo
Prelector: Carlos Manuel Dias Semedo Jesus
17h45
Temas Livres
Moderador: Pedro Lara Albuquerque
TL2 - Oftalmologia preventiva na criança
Prelector: Isabel Alexandre
TL15 - Micro-mapeamento da filaríase linfática e oncocercose em áreas co-endémicas de
loa loa, na província do Bengo
Prelector: Rossely Paulo
Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2015
SALA 2
11h30
Painel: A experiência do Hospital Américo Boavida na certificação da qualidade pela
norma ISO 9001 em quatro serviços clínicos
Moderador: Alberto Paca
Prelectores: Lina Antunes/Carla Gonçalves Pereira
12h00 Painel: Telemedicina em Angola
Moderador: João Sebastião Teta, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia de Angola
Prelectores:
ANGOLA SAT - Min. das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação
RAFT – Angola - Minsa/Hospital Américo Boavida
CEAD – UAN - Américo Victorino
13h00Simpósios
Moderador: Lopes Martins
• Update TAC/ RM como exames complementares de diagnóstico – Alberto Vieira
• Sinergia no tratamento da dislipidemia – Serra Coelho
13h30Pausa
14h30
Painel: As parcerias público-privadas em saúde (PPP)
Moderador: José Vieira Dias Cunha
• Experiência de Portugal – Paulo Salgado
• Experiência de Angola – Luís Bernardino
• Experiência do Brasil – Florentino Cardoso
15h30 Conferência: Patologias do parto
Moderador: Paulo Adão Campos
Prelector: Abreu Pecamena Tondesso
16h00 Conferência: Insuficiência respiratória aguda
Moderadora: Olímpia Mac-Mahon Benge
Prelector: Margarete Arrais
16h30Pausa
16h45 Conferência: Rastreio, diagnóstico e tratamento dos cânceres do útero e da mama
Moderador: Clarinha Domingos
Prelector: Fernando Miguel
17h15
Temas livres
Moderador: Judite Ferreira
TL10 - Citologia vaginal para rastreamento do cancro do colo uterino: experiência do IACC
Prelector: António Armando
TL9 - Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com neoplasia hematológica no IACC
Prelector: Silvana Iange Kurizemba
17h45 Temas livres
Moderador: Maria Stella Cristiano
T L18 - Medicina do golfe: o estado da arte
Prelector: Rui Marques Sales
TL3 - Protocolo reabilitador de atendimento do doente com lesão medular de etiologia
traumática
Prelector: Manuela Escolástica de Oliveira
TL4 - Um aceramento à abordagem à paralisia cerebral da reabilitação pediátrica
Prelector: Eduardo Dunn Garcia
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Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015
AUDITÓRIO
09h00 Painel – Gestão da qualidade e reflexos na economia da saúde
Moderador: Carlos Alberto Masseca
• A qualidade em saúde tem preço? – Correia de Campos
• A economia da saúde: novas tecnologias e sustentabilidade do sistema de saúde –
Francisco Ramos
• A regulação na avaliação em saúde – Alberto Paca
• A medicação sem acompanhamento médico e a sobremedicação como factores de
não qualidade – Boaventura Moura
11h00Pausa
11h30 Painel: A promoção da saúde e a prevenção como pilares primaciais do sistema de saúde
Moderador: Raul Feio
• Sentido evolutivo do conceito “promoção da saúde – perspectiva mundial” – Isabel
Loureiro
• Promoção da saúde no contexto africano – Hernando Agudelo
• Promoção da saúde e intervenção comunitária – Isilda Neves
• Promoção no contexto do PNDS – Helga Freitas
13h00
Conferência: Neurocirurgia moderna para o tratamento, gestão e reconstrução após
lesões traumáticas cerebrais
Moderador: Maianda Inocente
Prelector: Benoit Pirotte
13h30Pausa
14h30
Conferência: Promover a segurança e qualidade de saúde através da simulação baseada
em educação médica
Moderador: Mário Jorge Cartaxo Fresta
Prelector: Amitai Ziv
15h00 Conferência: Gestão eficiente de um hospital público
Moderador: António Filipe Júnior
Prelector: Alain de Wever
14
15h30 Conferência: Medicina de catástrofe
Moderador: José Belchior da Silva
Prelector: Kobi Peleg
16h00Pausa
16h15 Conferência: Como mobilizar o financiamento para o sector da saúde
Moderador: Armando Manuel – Ministro das Finanças de Angola
Prelector: Roberto Iunes
16h45 Apresentação do projecto social da Ordem dos Médicos de Angola
Prelector: Reinaldo Faro
17h00 Conferência de encerramento: Plano Nacional de Formação de Quadros
Prelector: Aldemiro Vaz da Conceição, Director do Gabinete de Quadros da Casa Civil do
Presidente da República de Angola, Ministro
17h30
Sessão solene de encerramento do congresso
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015
SALA 1
9h00
09h30
Temas Livres
Moderador: Guilhermino Joaquim
TL8 - Trauma rodoviário. Prevenção
Prelector: Roberto Arbelo
TL11 - O exame médico do condutor e a segurança no trânsito
Prelector: Rui Manuel Capo
Painel: Sistemas de informação
Moderador: José Belchior da Silva
• Sistemas de informação em saúde
Prelector: José Carlos Batista do Nascimento e Silva
• Informação sanitária em Angola
Prelector: Daniel António
10h30 Conferência: Hemorragias digestivas
Moderador: Mário Conde
Prelector: Fátima Vieira Lopes
11h00Pausa
11h30 Conferência: Insuficiência renal
Moderador: Matadi Daniel
Prelector: Suzana Costa
12h00 Conferências: Obesidade e doenças cardiovasculares
Moderador: Mário Fernandes
Prelector: Eustáquio Gomes
12H30 Conferência: Hipertensão resistente à terapêutica
Moderador: Sílvia Lutucuta
Prelector: Armando Serra Coelho
13h00 Conferência: Tratamento da hipertensão arterial de difícil controlo: denervação renal
Moderador: Rosa Cunha
Prelector: José Roberto
13h30Pausa
14h30 Conferência: Formação em oncologia cirúrgica em Angola
Moderador: Renato Palma
Orador: Lúcio Lara Santos
15h00
Temas Livres
Moderador: Dadi Bucusso Netemo
TL6 - Tratamento cirúrgico da fissura labial e palato unilateral. Estudo preliminar
Prelector: Luís Torres Rodrigues
TL13 - Derivação submandibular versus traqueostomia nos traumas faciais complexos
Prelector: Luís Torres Rodrigues
TL16 - Aspectos modernos da cirurgia plástica reconstrutiva
Prelector: Kodirov Ahad
TL12-Ecografia doppler nos vasos do pescoço
Prelector: Yanela Pequero Bringuez
16h00 Fim dos trabalhos nesta sala
15
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015
SALA 2
09h00
Temas livres
Moderador: Arlindo Chilumbo
TL5 - Síndroma da apneia obstrutiva do sono
Prelector: Maria de Fátima Caetano
TL1 - Asma, diagnóstico e tratamento
Prelector: Margarete Teixeira Arrais
TL7 - Reacções adversas relacionadas com o tratamento da tuberculose
Prelector: Maria Luísa Alfredo
TL17 - Factores de risco cardiovascular em Angola: um estudo prospectivo em Angola
Prelector: Miguel Brito
10h00 Conferência: Doenças genéticas em pediatria
Moderador: Madalena Chimpolo
Prelector: Jorge Sales Marques
10h30
Conferência: Fortalecimento dos laboratórios - conquistas e desafios para a acreditação
dos laboratórios
Moderador: Filomena Silva
Prelector: Moisés Francisco
11h00Pausa
11h30 Conferência: Organização do banco de urgência
Moderador: Conceição Pitra
Prelector: António Marques
12h00 Conferência: Infertilidade conjugal
Moderador: Pedro Almeida
Prelector: Luís Ferraz
12h30 Conferência: Fístulas obstétricas
Moderador: Abreu Pecamena Tondesso
Prelector: Paolo Parimbelli
16
13h00 Conferência: Cirurgia reconstrutiva
Moderador: Caetano Prata
Prelector: Igor Vaz
13h30Pausa
14h30 Simpósios
Moderador: Sandra Pereira
• Ozonoterapia: Experiências em Angola – José Baeza Noci
• Abordagem terapêutica da dor lombar em Angola – Adriano de Oliveira
Moderador: Eunice Palmira Sebastião
• A importância do montelucaste no controlo da asma – Margarete Arrais • Inibidores da DPP-4 no tratamento da diabetes: Sitaglitina – o que se sabe 8 anos
depois? – Sabrina Cruz
15h30
Tema Livre
Moderadora: Ermelinda Soito Ferreira
TL14 - Avaliação do cumprimento do calendário vacinal em crianças dos 0-5 anos no
Hospital Municipal de Capalanga-Viana
Prelector: Esperança Correia da Silva
16h00 Fim dos trabalhos nesta sala
Painéis
Sistemas de informação
• Sistemas de informação em saúde – José Carlos Batista do Nascimento e Silva
• Informação sanitária em Angola – Daniel António
A saúde em rede
• A municipalização estruturante da descentralização da saúde – desafios actuais – Helga Freitas
• A saúde em rede – conceito e evolução - representante de Cuba
• O direito da cidadania como um imperativo ético-constitucional – Carlos Feijó
A relação entre médico e doente na actualidade: a humanização e a alta tecnologia são compatíveis?
• Competências dos médicos em humanização de cuidados de saúde – António Vaz Carneiro
• Os curricula das Faculdades de Medicina e a humanização em saúde – Miguel Santana
Bettencourt Mateus
• A relação entre médico e doente sustenta-se numa relação ética – José Luís Biscaia
• A percepção dos estudantes sobre a humanização e qualidade do atendimento – Carmen
Van-Dúnem
A literacia como factor de desenvolvimento da municipalização – o contributo dos médicos
• A literacia como factor de empoderamento – Arlete da Visitação Borges
• A literacia – experiências de Portugal – José Manuel Silva
• A literacia – experiências do Brasil – Roberto Luís D´Ávila
• Literacia e municipalização – um representante da OMS - AFRO
A promoção da saúde e a prevenção como pilares primaciais do sistema de saúde
• Sentido evolutivo do conceito “promoção da saúde – perspectiva mundial” – Isabel Loureiro
• Promoção da saúde no contexto africano – Hernando Agudelo
• Promoção da saúde e intervenção comunitária – Isilda Neves
• Promoção no contexto do PNDS – Helga Freitas
A experiência do Hospital Américo Boavida na certificação da qualidade pela norma ISO 9001
em quatro serviços clínicos – Lina Antunes/Carla Gonçalves Pereira
Telemedicina em Angola
• Angola SAT – Min. das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação
• RAFT Angola – MINSA / Hospital Américo Boavida
• CEAD / UAN – Américo Victorino
Gestão da qualidade e reflexos na economia da saúde
• A qualidade em saúde tem preço? – Correia de Campos
• A economia da saúde: novas tecnologias e sustentabilidade do sistema de saúde – Francisco Ramos
• A regulação na avaliação em saúde – Alberto Paca
• A medicação sem acompanhamento médico e a sobremedicação como factores de não
qualidade – Boaventura Moura
A actividade clínica no cumprimento das metas referentes à saúde da mulher e da criança –
um imperativo constitucional e uma resposta à “estratégia global para a saúde da mulher e da
criança”, segundo a OMS
• As intervenções prioritárias para reduzir a mortalidade materna e infantil em Angola – Adelaide
Carvalho/Abreu Tondesso
• Os riscos de vulnerabilidade nos adolescentes, crianças e mulheres em Angola – Ana Leitão
• Estratégias de vigilância e investigação epidemiológica – Rosa Moreira
• Experiência da província de Luanda – Rosa Bessa
• Normas de orientação clínica com aplicação na mulher e na criança – António Vaz Carneiro
As Parcerias Público-Privadas em saúde (PPP)
• Experiência de Portugal – Paulo Salgado
• Experiência de Angola – Luís Bernardino
• Experiência do Brasil – Florentino Cardoso
17
Conferências
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A segurança do doente - José Fragata
Cirurgia reconstrutiva - Igor Vaz
Como mobilizar o financiamento para o sector da saúde - Roberto Iunes
Doenças genéticas em pediatria - Jorge Sales Marques
Educar é a nossa missão - Fundação Lwini
Febres hemorrágicas - Peter Phori
Financiamento em saúde e desenvolvimento económico - Roberto Iunes
Fístulas obstétricas - Paolo Parimbelli
Formação em oncologia cirúrgica em Angola - Lúcio Lara Santos
Fortalecimento dos laboratórios: conquistas e desafios para a acreditação dos laboratórios Moisés Francisco
Gestão eficiente de um hospital público - Alain de Wever
Hemorragias digestivas - Fátima Vieira Lopes
Hipertensão resistente à terapêutica - Armando Serra Coelho
Infertilidade conjugal - Luís Ferraz
Insuficiência renal - Suzana Costa
Insuficiência respiratória aguda - Margarete Arrais
Medicina de catástrofe - Kobi Peleg
Neurocirurgia moderna para o tratamento, gestão e reconstrução após lesões traumáticas
cerebrais - Benoit Pirotte
O erro em medicina - José Fragata
O papel do médico na melhoria da qualidade e viabilização de saúde - Afonso José de Matos
O papel do médico na redução da sinistralidade rodoviária em Angola - Rui Capo
Obesidade e doenças cardiovasculares - Eustáquio Gomes
Organização do banco de urgência - António Marques
Patologias do parto - Abreu Pecamena Tondesso
Plano Nacional de Formação de Quadros - Aldemiro Vaz da Conceição, Director do Gabinete de
Quadros da Casa Civil do Presidente da República de Angola, Ministro
Política Nacional de Saúde – dos constrangimentos aos desafios - José Vieira Dias Van-Dúnem,
Ministro da Saúde de Angola
Promover a segurança e qualidade de saúde através da simulação baseada em educação
médica - Amitai Ziv
Rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer da próstata - Carlos Manuel Dias Semedo Jesus
Rastreio, diagnóstico e tratamento dos cânceres do útero e da mama - Fernando Miguel
Segurança medicamentosa em Angola - Miguel Oliveira
Tratamento da hipertensão arterial de difícil controlo: denervação renal - José Roberto
Temas Livres
Asma, diagnóstico e tratamento - Margarete Teixeira Arrais
Aspectos modernos da cirurgia plástica reconstrutiva - Kidorov Ahad
Avaliação do cumprimento do calendário vacinal em crianças dos 0-5 anos no hospital
municipal de Capalanga – Viana - Esperança Correia da Silva
Citologia vaginal para rastreamento do cancro do colo uterino: experiência do IACC- António
Armando, Fernando Miguel
Derivação submandibular versus traqueostomia nos traumas faciais complexos - Luís Torres
Rodrigues
Ecografia doppler nos vasos do pescoço - Yanela Pequero Bringuez
Factores de risco cardiovascular em Angola: um estudo prospectivo em Angola - Miguel Brito
• Medicina do golfe: o estado da arte - Rui Marques Sales
• Micro-mapeamento da filaríase linfática e oncocercose em áreas co-endémicas de loa loa, na
província do Bengo - Rossely Paulo
• O exame médico do condutor e a segurança no trânsito - Rui Manuel Capo
• Oftalmologia preventiva na criança - Isabel Alexandre
• Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com neoplasia hematológica no IACC - Silvana
Kurizemba
• Protocolo reabilitador de atendimento do doente com lesão medular de etiologia traumática
- Manuela Escolástica de Oliveira
• Reacções adversas relacionadas com o tratamento da tuberculose - Maria Luísa Alfredo
• Síndroma da apneia obstrutiva do sono - Maria de Fátima Caetano
• Tratamento cirúrgico da fissura labial e palato unilateral. Estudo preliminar - Luís Torres Rodrigues
• Trauma rodoviário. Prevenção - Roberto Arbelo
• Um aceramento à abordagem à paralisia cerebral da reabilitação pediátrica - Eduardo Dunn Garcia
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Simpósios
A importância do montelucaste no controlo da asma – Margarete Arrais Abordagem terapêutica da dor lombar em Angola – Adriano Oliveira
Inibidores da DPP-4 no tratamento da diabetes: Sitaglitina – o que se sabe 8 anos depois? –
Sabrina Cruz
Ozonoterapia: experiências em Angola – José Baeza Noci, Emilio Lopez, Manuel António Gomes
Sinergia no tratamento da dislipidemia – Serra Coelho
Update TAC/ RM como exames complementares de diagnóstico – Alberto Vieira
Posters
Angiodisplasia em criança de 7 anos de idade internada no Hospital Pediátrico David Bernardino
- Cristina de Oliveira, César Freitas Filomena Manuel
Apresentação clínica de carcinoma renal com metástases ósseas dolorosas - Tomás Lázaro
Rodríguez Collar
Apresentação de um caso de pseudopuberdade precoce masculina - Luís Torres Rodrigues
Caracterização das patologias associadas a síndromes febris em crianças menores de 5 anos
no Hospital Pediátrico David Bernardino, de Fevereiro a Abril de 2014, em Luanda
Cicatriz quelóide. Experiência dos cuidados em serviço de cirurgia Diagnóstico de situação da reabilitação no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento
Sanitário - Noélia Maria Teixeira
Investigação do surto de cólera num estaleiro de construção - José M. Catalahali
Prestação de serviços de saúde às populações de difícil acesso com equipas móveis e avançadas
- Ramón Gonzalez Tarrago, Dália Portal, Yamila de Arma, Helga Reis Freitas, Adelaide de Carvalho
Prevalência de pacientes com sequelas por acidente de trânsito no CMFR de Maio a Outubro
de 2014 - Maribel Aguila Toledo
Programa de formação do internato médico complementar de Medicina Física e Reabilitação
- Colégio de Medicina Física e Reabilitação
Serviço de informação dos medicamentos no Hospital Josina Machel / Maria Pia - Lúcia Gómez
Fraga
Trauma panfacial complexo. Conduta tomada de emergência e electiva. Apresentação de caso
clínico - Luís Torres Rodrigues
Tumor de Wilms. Caso clínico e revisão da literatura - Tomás Lázaro Rodríguez Collar
19
CURSOS PRÉ-CONGRESSO
21, 22, 23 e 24 Janeiro 2015
Assinale com X os cursos em que se inscreve
LOCAL
HORA
COORDENADOR
8h30 – 16h30
8h30 – 12h30
Joseth Rita de Sousa e Mário Fernandes
Fernando Miguel
8h30 – 18h30
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos
8h30 – 12h30
Vasco Sabino
8h30 – 12h30
Adelaide Matias e Maria José Reis
8h30 – 12h30
Rosa Calembe
8H30 – 12H30
Longina Negrin
8h30 – 12h30
Mário Conde
Afonso Wete
Matuba Filipe
21/01/2015 Manhã
8h30 – 12h30
9h30 – 18h00
Luís Mariano
Miguel Bettencourt
21/01/2015 Tarde
Tecnologias de informação e comunicação em saúde
Trauma abdominal
Urgência em urologia
Abordagem da criança com febre
Abordagem das manifestação hemorrágicas
Colposcopia e rastreio do cancro do colo uterino
Diabetes Mellitus: diagnóstico e tratamento
Auditoria de mortes maternas
Novas tecnologias em saúde
INSP
Clínica Girassol
FM da UAN – HAB-SALA 2
HPDB
HMP
HAG
CNO
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
Tiago Baptista e Manuel Laco
.Júlio Neto
Nilo Borja e Simão Bom Ano
Francisco Domingos
Mariquinha Moniz Carvalho
INSP
14h00 – 18h00
Judite Ferreira
Morgada Rodrigues e Eunice Palmira
Adelaide de Carvalho e Isilda Neves
EFTSL
14h00 – 18h00
Alexandre Lobo
FM da UAN
FM da UAN
HJM – sala 1
FM da UAN
HPDB
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
8H30 – 17H30
8h30 – 12h30
8H30 – 12H30
8h30 – 12h30
Milton Veiga
Fernanda Dias Monteiro
José Cordeiro Alves
Lidia Voumard
SAP
João Paulo Conceição
Adelaide de Carvalho e Isilda Neves
14h00 – 18h00
22/01/2015 Manhã
Actualização em HIV
Actualização em malária
Actualização em medicina intensiva
Dermatologia: Princípios Gerais e Tratamento
Pediatria no ambulatório
Perícia médica
Actualizações em planeamento familiar
Oftalmologia para clínicos gerais
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HJM – sala 2
INSP
IONA
Isabel Alexandre
22/01/2015 Tarde
Atendimento do queimado
AVC: diagnóstico e tratamento
Biossegurança nas unidades sanitárias
Atendimento do politraumatizado
Choque : diagnóstico e tratamento
Dispepsia funcional e helicobacter pylori: diagnóstico e tratamento
ETSL
HJM – sala 1
INSP
HJM – sala 2
HMP
HMP
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
14h00 – 18h00
Valdemiro Diogo
Elisa Inglês
Filomena Silva e Moisés Francisco
Leonardo Inocêncio
Luís Filipe Borges
Belmiro Rosa
23/01/2015 Manhã
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
14h00 – 18h00
8h30 – 12h30
8h30 – 12h30
Lina Antunes
Colégio de gastrenterologia
José Carlos Van-Dúnem e Suzana Bessa
Henrique Batista e Silva
8h30 – 12h30
José Cunha e Paulo Salgado
Colégio de Nefrologia
Adelaide de Carvalho e Rosa Moreira
8h30 – 12h30
António Vaz Carneiro
24/01/2015 Manhã
HP – Hospital do Prenda
HNB – Hospital Neves Bendinha
CRF – Centro de Reabilitação Física
INLS – Instituto Nacional de Luta Contra o Sida
INSP – Instituto Nacional de Saúde Publica
HAG – Hospital Auguto N´gangula
ETSL – Escola Técnica de Saúde de Luanda
HPDB – Hospital Pediátrico David Bernardino
CNO – Centro Nacional de Oncologia
FM da UAN – HAB (Fac. de Medicina da Univ. A. Neto – Hospital Américo Boavida
HMP – Hospital Militar Principal
MLP – Maternidade Lucrécia Paim
HJM – Hospital Josina Machel
RESUMOS*
COMUNICAÇÕES LIVRES
TL1 - Asma, diagnóstico e tratamento
Autor: Margarete Arrais
Introdução: A asma é uma importante causa de morbidade crónica e de mortalidade em todo o
mundo e existem evidências de que a sua prevalência tem vindo a aumentar consideravelmente ao
longo dos últimos 20 anos, principalmente em crianças. Estima-se que, no mundo inteiro, existam
mais de 300 milhões de indivíduos com asma. Trata-se de uma doença inflamatória crónica das vias
aéreas caracterizada por episódios recorrentes de sibilos, dificuldade respiratória, aperto torácico e
tosse, principalmente durante a noite ou de manhã cedo.
Diagnóstico: Em geral, a asma pode ser diagnosticada com base na história clínica de um doente.
A medição da função pulmonar através da espirometria fornece uma avaliação da gravidade,
reversibilidade e variabilidade da limitação do fluxo aéreo e ajuda a confirmar o diagnóstico de asma.
Tratamento: A meta do tratamento da asma é atingir e manter o controlo das manifestações clínicas
da doença por períodos prolongados, pois é uma doença que não tem cura. Os fármacos para o
tratamento da asma podem ser divididos em duas classes: aqueles que previnem ou revertem o
processo inflamatório da asma, considerados como medicamentos controladores ou de manutenção
(corticosteróides, principalmente os inalatórios); e aqueles que previnem ou revertem a contracção
das vias aéreas, que são os medicamentos de alívio ou de resgate (broncodilatadores inalatórios de
curta acção).
TL2-Oftalmologia preventiva na criança
Autor: Isabel Alexandre
Introdução: O conhecimento das causas locais é a primeira medida para elaboração de estratégias
para a redução local da cegueira na comunidade. O tema aborda as principais patologias oculares
responsáveis pela cegueira e deficiência visual no recém-nascido e na criança, com o objectivo de
apontar as medidas preventivas aplicáveis nos níveis de atenção primária.
Metodologia: Fez-se uma pesquisa bibliográfica utilizando-se as palavras-chave: causas de cegueira,
cegueira infantil, baixa visão infantil, oftalmia, neonatal, infecções oculares congénitas.
Resultados: A perda visual é um importante problema de saúde pública com impacto em diferentes
níveis (individual e colectivo) e com um custo económico e social muito elevados (custo global da
cegueira, estimado em 2000, é de 42 bilhões de dólares, perspectivando-se um aumento para 110
bilhões em 2020). Os dados globais sobre cegueira e deficiência visual da OMS indicam: 45 milhões
de cegos, 135 milhões de deficientes visuais sendo as crianças cegas em todo mundo 1 milhão e 400
mil. Nos países em vias de desenvolvimento vivem 90% das crianças cegas e estima-se uma incidência
de 500 mil crianças cegas/ano. Apresentam-se as principais patologias responsáveis por cegueira e
ou baixa visão destacando as causas mais frequentes nos países em vias de desenvolvimento. De
modo geral, mais da metade das crianças cegas do mundo são-no por causas inevitáveis sendo
15% tratáveis e 28% preveníveis. Apresentam-se ainda dados estatísticos locais sobre as patologias
oculares frequentes no recém-nascido e na criança localmente.
Conclusões: O conhecimento das principais causas de cegueira e baixa visão no recém-nascido e na
criança em idade pré-escolar é uma condição indispensável para elaboração de programas efectivos
de prevenção da cegueira infantil no nosso meio.
*Resumos recebidos até 12 de Dezembro de 2014
21
TL3 - Protocolo reabilitador de atendimento do doente com lesão medular de etiologia
traumática
Autor: Manuela da Conceição Escolástica de Oliveira
Introdução: África é o segundo Continente mais populoso do Mundo, com mais de 800 milhões de
habitantes, sendo estimado que mais de metade da população se concentrou nas cidades. Angola está
dividida em 18 províncias, com uma aglomeração da população nas zonas de maior desenvolvimento
económico e social. Luanda é considerada a cidade de maior densidade populacional.
Preocupados com o índice de vítimas resultante dos acidentes de viação, que eleva de maneira
relevante o índice de sinistralidade rodoviária, destacando-se os doentes politraumatizados e com
sequelas de Trauma Vértebro-Medular, impõe-se a necessidade de melhorar o atendimento integral
- desde o local do acidente até ao momento da reinserção social do paciente. Trata-se de estabelecer
um programa de tratamento que diminua o número de complicações pós-trauma, que acelere o
atendimento integral e permita conservar ou devolver a funcionalidade do indivíduo sem acarretar
uma sobrecarga social, ou seja, implicando um número reduzido de incapacidades.
A Lesão Vértebro-Medular é um dos episódios mais avassaladores e traumáticos que um ser humano
pode vivenciar, obrigando a uma adaptação completa com dificuldades ou obstáculos. Pode ser
considerada um grande problema de saúde pública.
Material de Estudo: Foi realizado um estudo investigativo baseado na experiência dos médicos
fisiatras no atendimento ao doente com Trauma Vértebro-Medular de etiologia Traumática,
recorrendo a evidências da prática assistencial dos Hospitais Nacionais Américo Boavida e Centro de
Reabilitação Física de Luanda.
Métodos: Para concretizar o objectivo de elaboração do Protocolo Reabilitador de atendimento
ao lesionado medular, aplicaram-se variáveis nominais qualitativas em doentes em tratamento
reabilitador.
Resultados: Apresentação de uma proposta de Protocolo Reabilitador no seguimento do doente
com Trauma Vértebro-Medular de maneira a definir estratégias de intervenção ao nível dos hospitais
nacionais e regionais em Luanda.
Conclusões: Em função do crescente número de doentes observados com Lesão Vértebro-Medular
e da deficiente intervenção ao nível da Reabilitação, propomos uma nova estratégia de atendimento
reabilitador destes doentes de maneira a agir prontamente até ao logro de uma reintegração social
com um mínimo de incapacidade.
22
TL4 - Uma abordagem à paralisia cerebral em reabilitação pediátrica
Autor: Eduardo Dunn García
Introdução: A paralisia cerebral é um grupo de transtornos do desenvolvimento da postura e do
movimento que causa limitação da actividade, sendo atribuída a distúrbios não progressivos que
ocorrem no cérebro fetal e infantil. Este grupo de doenças é, muitas vezes, a principal fonte de grande
deficiência na população pediátrica em todo o mundo e também na população de Angola, embora
nesta última os números não tenham ainda sido estimados. Certamente, a complexidade da sua
gestão impõe um início na organização do diagnóstico e classificação, assim como algumas linhas
necessárias para a sua abordagem terapêutica. Este continua a ser um tema amplo e complexo.
Pretende-se, então, com este trabalho, divulgar o conceito actual de paralisia cerebral e alguns
dos sistemas de classificação sugeridos para a sua classificação funcional, assim como mencionar
a importância da terapia a desempenhar nestes pacientes, abandonando muitos dos antigos
tratamentos convencionais, que incorporaram já o conceito do jogo para o tratamento de crianças
com paralisia cerebral. A questão apresentada é baseada em informações obtidas nos últimos dez
anos na área de reabilitação pediátrica publicadas em revistas de alto impacto.
TL5 - Síndroma da Apneia Obstrutiva do Sono
Autor: Maria de Fátima Caetano
Os distúrbios do sono têm vindo a adquirir uma importância crescente nos últimos anos,
nomeadamente a Síndroma de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), que, dada a sua prevalência e
consequências clínicas, é actualmente considerada um problema de saúde pública.
A hipersonolência diurna e as alterações neuropsicológicas secundárias a esta patologia são
responsáveis por um elevado número de acidentes de trabalho e de viação. Por outro lado, a
associação da síndroma a complicações cardiovasculares como a hipertensão arterial, a doença
coronária e doença cerebrovascular é apontada como responsável pelo aumento da mortalidade e
morbilidade nos doentes com SAOS.
Por este facto, o seu diagnóstico e tratamento são fundamentais, embora os dados da literatura
apontem que a SAOS ainda é subdiagnosticada devido ao desconhecimento tanto da parte dos
médicos, como do público em geral.
Afecta preferencialmente 4% dos indivíduos do sexo masculino, de meia-idade, na maioria obesos.
Nas mulheres, é mais frequente em 2% pós-menopausa. Nas crianças a prevalência é de 2%.
A obesidade, os hábitos alcoólicos, tabágicos e sedativos, as alterações crânio-faciais e orofaríngeas
são factores de risco no desenvolvimento de limitação do fluxo oronasal.
A SAOS é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior (VAS),
condicionando ausência total (apneia) ou parcial (hipoapneia) do fluxo oronasal devido à incapacidade
de manter a permeabilidade da VAS. A repetição dos episódios de apneia causam dessaturações,
múltiplos despertares e microdespertares que fragmentam o sono e, como consequência, a sonolência
diurna excessiva, alterações neurocognitivas e cardiovasculares.
As queixas são referidas pelo doente ou cônjuge como: roncopatia, paragens respiratórias, nictúria,
cefaleias matinais, hipersonolência diurna, défice de memória, impotência sexual.
O diagnóstico deve iniciar-se por uma anamnese detalhada seguida de exame físico onde a obesidade,
a hipertensão arterial, as alterações crânio-faciais e orofaríngeas são sugestivos de SAOS.
A polissonografia é o exame do sono de referência que confirma o diagnóstico e a gravidade da
SAOS.
O tratamento da SAOS passa pela adopção de medidas gerais higieno-dietéticas, de abstinência
alcoólica, tabágica e de sedativos, associadas à aplicação de pressão positiva contínua na VAS
mediante um gerador de pressão, o CPAP. As medidas cirúrgicas da VAS e dispositivos intraorais são
também opções terapêuticas nos casos ligeiros de SAOS.
O CPAP é o tratamento de eleição para a SAOS grave, com maior eficácia e com evidência científica
comprovada na remissão dos sintomas no risco cardiovascular na SAOS.
TL6 - Tratamento cirúrgico da fissura labial e palato unilateral. Estudo preliminar
Autor: Luís E Torres Rodriguez
Introdução: As fissuras lábio-alvéolo-palatinas constituem uma das malformações congénitas que
mais frequentemente afectam as estruturas faciais humanas. São defeitos anatómicos com um
profundo impacto estético e funcional que levam a outras alterações.
Objectivo: Apresentar cinco casos operados e expor a sua evolução pré e pós-operatório até à
presente data.
Materiais e métodos: Foram avaliadas doze crianças na consulta de cirurgia maxilofacial, com
diagnóstico de fissura de lábio e palato unilateral completa, sendo operados cinco doentes. Fezse a avaliação em conjunto com a equipa de pediatria e anestesia, e foram levados para a unidade
cirúrgica de forma electiva. Realizou-se a técnica de rotação e avanço modificada de Millard II na
fissura de lábio em cinco doentes e recorreu-se à técnica de Waldir numa criança, conseguindo-se
operar as duas doenças.
Resultados: Cinco crianças foram alvo de intervenção: todas do sexo masculino, duas portadoras de
fissuras lábio-alvéolo-palatinas unilaterais completas, um paciente com uma fissura labial incompleta,
um outro paciente com uma sequela de uma cirurgia primária correctiva (defeito estético), um
paciente alvo de cirurgia de palato com técnica de Waldir, já que havia sido diagnosticado com
fissura de lábio e palato completa. Os cinco doentes estão a evoluir satisfatoriamente até à data.
23
Conclusões: Ficou demostrado que a técnica de rotação e avanço de Millard II tem as suas vantagens,
sendo recomendada em fissuras unilaterais do lábio, pois verificaram-se resultados satisfatórios nas
cinco crianças. A técnica de Waldir mostrou-se adequada na única criança a que se aplicou.
Recomendação: A criação do protocolo em equipa multidisciplinar para o tratamento dos pacientes
portadores de fissuras lábio-alvéolo-palatinas nas unidades de saúde onde exista a condição. TL7 - Reacções adversas relacionadas com o tratamento da tuberculose
Autor: Maria Luísa Pereira de Alfredo
Introdução: O tratamento da TB combina diferentes fármacos e tem os seguintes objectivos: curar
o doente com TB; prevenir a transmissão do bacilo a outros indivíduos; prevenir as recidivas da
doença; prevenir o desenvolvimento de resistência aos fármacos; prevenir o desenvolvimento de
complicações (óbito e sequelas de doença).
Combinações de fármacos: RHEZ, RHZ, EH, RHZ, RH.
Esquemas de tratamento: Todos os esquemas de tratamento podem ser administrados diariamente,
três vezes por semana ou em tratamento intermitente. Esquema I (padrão): RHEZ diariamente
durante 2 meses, seguido de RH durante 4 meses, indicado para casos novos sem tratamento anterior.
Esquema IR (reforçado): RHZE diariamente durante 2 meses, seguido de RHE durante 4 meses;
formas de retratamento (recidiva pós-cura com E-I e retorno pós-abandono com E-I).
Esquema II: RHZ diariamente durante 2 meses seguido de RH durante 7 meses: formas de TB
meningoencefálica.
Esquema III: SZEEt durante 3 meses seguido de EEt durante 9 meses: falência do E-I/E-IR (caso
crónico) deve ser referenciado à US especializada para tratamento anti-TB de segunda linha. Grande
parte dos doentes não apresenta qualquer reacção adversa (RA) relevante durante o tratamento.
A ocorrência de RA leves varia entre 5% a 26% e as RA graves, que determinam a suspensão ou
alteração no esquema terapêutico, variam entre 3% a 8%. Os factores de risco mais referidos para
o desenvolvimento são: idade acima dos 40 anos, dependência química do álcool (ingestão diária
de álcool acima de 80g/dia, desnutrição (perda de acima de 15% do peso corporal), história de
doença hepática prévia, coinfecção pelo vírus do HIV. As RA mais frequentes do esquema HRZE são a
mudança na coloração da urina (ocorre universalmente), a intolerância gástrica (40%), as alterações
cutâneas (20%), a icterícia (15%) e as dores articulares (4%). Deve ter-se em mente que, quando
a RA resultar de reacção de hipersensibilidade, por exemplo, de plaquetopenia, anemia hemolítica,
insuficiência renal, etc.), o medicamento suspeito não deve ser reiniciado após a suspensão, pois na
reintrodução, a RA é ainda mais intensa e grave.
24
TL8 - Trauma Rodoviário. Prevenção
Autor: Roberto Arbelo
Introdução: Face aos desafios na prevenção dos acidentes rodoviários, pela sua alta incidência tanto
ao nível mundial como a nível local, e pelas suas múltiplas consequências, sendo aa mais graves uma
alta mortalidade e taxa de invalidez, consideramos que são de grande interesse as abordagens a esta
problemática da sociedade moderna.
Material de Estudo: Revisão sistémica dos relatórios, informações, estatísticas e demais bibliografia
local e mundial sobre o Trauma Rodoviário. Análises da população lesada no período 2003-2013 no
País. Analisámos o triângulo epidemiológico: Hóspede-Agente-Meio Ambiente dos acidentes.
Método: Realizou-se um estudo descritivo retrospectivo e transversal com cálculo das taxas (X 100
mil habitantes).
Resultados: O estudo demonstrou as altas taxas de incidência de feridos e mortos em acidentes
rodoviários, revelando que essa foi a segunda causa de morte da população entre os 22 e os 40 anos.
Os factores causais mais comuns foram a deficiente formação dos condutores, a condução sob o
efeito de álcool, o desrespeito das regras básicas rodoviárias, a ineficiência na aplicação da lei, e o
défice construtivo e de iluminação nas vias. 80% dos casos eram de trauma fechado. Verificaram-se
altos custos ao nível da atenção médica, seja por cuidados médicos ou por invalidez.
Discussão: Os indicadores de mortalidade, invalidez e dos custos económicos são altos em todo o
mundo, sendo que as nossas taxas são das mais elevadas, apesar dos esforços que se realizam para a
sua diminuição. Pretendemos que o trauma seja considerado como um problema de saúde pública.
Para isso, importa fomentar o debate e os conhecimentos dos profissionais da área da saúde e da
sociedade em geral ao nível da prevenção e dos cuidados sobre algo que a todos afecta de uma
forma ou de outra.
Conclusão: O Trauma não é um acidente, pode ser evitado. Os riscos específicos que concorrem para a
sua ocorrência são identificáveis e controláveis. É um problema actual, que, com o grande e acelerado
desenvolvimento das estradas no país, pode futuramente aumentar. Propomos sugestões e recomendações
para a prevenção e controlo do trauma e também apresentamos a bibliografia estudada.
TL9 - Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com neoplasia hematológica no IACC
Autores: Silvana Kurizemba, António Armando
Introdução: O cancro da mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres no mundo.
Objectivo: Descrever as características clínicas e demográficas de pacientes com diagnóstico de
cancro da mama submetidas ao tratamento radioterapêutico em 2013 no Serviço de Radioterapia
da instituição acima citada.
Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal prospectivo. Os dados foram obtidos no
banco de dados do Serviço de Radioterapia. Foram incluídos todos os casos com o diagnóstico
de cancro da mama submetidos ao tratamento radioterapêutico no período de 01/01/2013 a
31/12/2013. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, topografia do tumor, estádio da doença
e área de residência.
Resultados: No período estudado foram tratados 71 novos casos de cancro da mama, o que
corresponde a 31% de todos os casos no Serviço. Desses, 65% viviam na província de Luanda. Em
relação à idade, 24% das pacientes tinham idade inferior a 40 anos, 65% entre os 40 e 65 anos
de idade, e 11% tinham acima de 65 anos. Quanto ao estádio da doença, 59% das pacientes não
apresentavam essa variável, 21% encontravam-se no estádio III e 17% no estádio II.
Conclusões: Considera-se que o IACC é a única instituição hospitalar do país especializada no
tratamento das neoplasias malignas. Os presentes resultados são uma amostra razoável para se
determinar o perfil epidemiológico da paciente com cancro da mama no país.
TL10-Citologia vaginal para rastreamento do câncer do colo uterino: experiência do IACC
Autores: António Armando, Fernando Miguel
Introdução: A citologia vaginal é o principal exame de rastreamento do câncer de colo uterino. Os
países que implantaram esse método de rastreamento com taxa de cobertura de 80%, reduziram,
tanto a incidência, quanto a mortalidade por câncer de colo uterino em 75%. É nesta perspectiva que
o IACC tem realizada esses exames para beneficiar a população de risco.
Objectivo: Apresentar os resultados dos exames citopatológicos analisados no laboratório de
citologia do IACC em 2013.
Materiais e métodos: trata-se de um estudo transversal retrospecto. Foram incluídos casos
de citopalogia vaginal de pacientes que acorreram tanto para IACC quanto para a campanha de
prevenção de colo uterino com o objectivo de realizar o exame.
Resultados: Foram alisadas 2326 exames citológicos, dos quais 57% foram colectados no IACC e
o restante em campanhas de controlo do câncer de colo uterino. Do total de casos analisados, 531
(22%) foram positivos. Esta positividade foi de 10,5% para os casos colectados no IACC e de 22,8%
para os casos colectados nas campanhas.
Conclusões: A alta proporção de casos positivos encontrados pode ser atribuída ao facto de o
rastreamento no IACC ainda se encontrar nos anos iniciais, em que se detecta a maioria de população
com alterações pela primeira a realizarem. Em programas de rastreamento coordenados e de longa
duração, em que a maioria do grupo alvo já realizou mais de uma exame, a proporção de casos
positivos é de 1%.
25
TL11-O exame médico do condutor e a segurança no trânsito
Autor: Rui Manuel Capo
Introdução: O acidente de trânsito é hoje considerado uma causa externa importante de
morbimortalidade em todo o mundo. Em Angola, estima-se que seja a segunda causa de morte,
depois da malária. O presente estudo de carácter descritivo do tipo transversal teve como objectivo
avaliar a condição de saúde dos condutores na cidade de Luanda e determinar a sua aptidão médica
para uma direcção veicular segura através de exames padronizados de medicina do tráfego. Como
base legal, e por inexistência, em Angola, de critérios padronizados claros para estas avaliações,
usou-se a Resolução 267 do Código de trânsito do Brasil que prevê procedimentos clínicos para
aferir a aptidão física, mental e psicológica de condutores e candidatos a carta de condução. As
avaliações foram feitas nas estradas da cidade de Luanda e em duas empresas, entre Novembro de
2013 e Janeiro de 2014, com os seguintes resultados finais: dos 333 condutores que participaram
na pesquisa, 330 completaram as seis estações das avaliações médicas pela Brigada de Saúde na
Estrada. Destes, 214 (65%) teriam sido considerados aptos no momento da avaliação, dos quais
19 (9%) teriam aptidão com redução do tempo de validade da carta de condução e 2 (1%) com
restrição de condução nocturna. Um total de 116 (35%) teriam sido considerados temporariamente
inaptos e encaminhados para reavaliação em consultas externas com diferentes especialistas. Os
automobilistas referiram que não precisaram de efectuar nenhum procedimento médico para
a obtenção do atestado médico para carta de condução, tendo obtido o documento a partir de
vendedores de rua.
Palavras-chave: Acidentes rodoviários, sinistralidade, prevenção de acidentes, legislação do trânsito.
TL12-Ecografia doppler nos vasos do pescoço
Autores: Yanela Peguero Bringuez, Iván Diaz Hernández
Resumo: O físico Christian Doppler descreveu o efeito doppler utilizado no campo da medicina no
diagnóstico não-invasivo de doenças vasculares.
Ultra-som de troncos supra aórticos é muito importante para detectar lesões do sector extra craniano
como são a causa aterosclerótica, inflamatória, glomus carótideo, roubo da subclávia, etc.
Realizou-se um estudo descritivo e transversal de 30 pacientes (26 homens e 14 mulheres) que
vieram à consulta de Angiologia com história de acidentes cérebro vasculares, sopros e massa
cervicais palpável no período de Janeiro a Setembro do 2014.
Foram detectados 15 pacientes com doença aterosclerótica esteno-oclusivas, 2 com lesões
inflamatórias, 3 com roubo da subclávia, e em 8 pacientes não se observaram lesões.
26
TL13 - Derivação submandibular versus traqueostomia nos traumas faciais complexos
Autor: Luís Torres Rodrigues
Introdução: A derivação submandibular consiste na passagem do tubo endotraqueal da boca para
o ambiente externo, entrando através do assoalho lateral da boca até fora através de uma incisão
na pele da região submandibular. O cirurgião tem acesso livre para o controlo e a restauração da
oclusão dentária, permitindo a realização de bloqueio maxilar, bem como a adequada redução de
fracturas envolvendo a pirâmide nasal e o complexo naso-órbito-etmoidal. Denomina-se fractura
panfacial quando a lesão compromete os terços superiores, médio e inferior da face, o que resulta
numa perturbação grave da arquitectura facial. A traqueostomia é um procedimento realizado com
o objectivo de criar uma abertura na traqueia através de uma incisão realizada no pescoço com a
inserção de um tubo ou cânula para facilitar a passagem de ar para os pulmões. Objectivos: Dar a conhecer como se elabora o procedimento cirúrgico em equipa (anestesista e
cirurgião maxilofacial) e relatar os casos realizados até à actualidade.
Materiais e Métodos: Expõe-se o caso realizado, levado ao bloco cirúrgico de forma urgente por
apresentar um diagnóstico de fractura panfacial complexo ao qual se fez uma derivação submandibular.
Realizou-se a técnica descrita por Altemir e também muito bem comentada por Guevara Mantilla,
Cano Tejada, Tenopala Villegas e Sánchez Toledo, seguindo as quatro etapas descritas pelos mesmos.
Conclusões: Mostra-se a realização do procedimento cirúrgico onde se evidencia a obrigatória
harmonização da equipa, anestesista e cirurgião, para se atingir a realização correcta do procedimento
e garantir uma via aérea segura durante o protocolo cirúrgico planificado para cada doente. Não foram
reportadas complicações no pré nem no pós-operatório nesta alternativa cirúrgica à traqueostomia.
TL14 - Avaliação do cumprimento do calendário vacinal em crianças dos 0-5 anos no Hospital
Municipal de Capalanga – Viana
Autor: Esperança Correia da Silva
Fundamento: A imunização é uma das mais importantes intervenções disponíveis para prevenção
das doenças com melhor custo-benefício. Constitui uma componente obrigatória dos programas de
saúde pública através do calendário vacinal.
Objectivo: Avaliar o cumprimento do calendário vacinal e identificar os factores relacionados com a
não imunização de rotina.
Material e métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal que incluiu 393 crianças
entre os 0 e os 5 anos atendidas no Hospital Municipal de Viana - Capalanga ao longo do trimestre
de Julho a Setembro de 2013. Todas as mães das crianças incluídas no estudo foram alvo de um
questionário.
Resultados: O cumprimento do calendário vacinal foi de 79,4%. Relativamente às vacinas Penta 1, 2
e 3, o cumprimento foi de 98,8%, 97,7% e 90,9%, respectivamente. A taxa global de incumprimento
do calendário vacinal foi de 65,7%. Além do grupo etário dos 0-5 meses (43 vs. 17%; p=0,0001)
e dos moradores do bairro de Luanda sul (2,9 vs. 1,9%), todos os outros grupos etários e bairros
registaram níveis elevados de atraso no cumprimento do calendário vacinal e, até mesmo, do seu
abandono. As mães escolarizadas (34,7 vs. 1%; p=0,009), com menor número de filhos (24,7 vs.
9,6%; p=0,0001) e com emprego não fixo (55 vs. 44%; p=0,00001) foram as que mais cumpriram o
calendário. A falta de conhecimento (9,3 vs. 56,7%; p=0,001), a distância (7,4 vs. 58,7%; p=0,004),
a ocupação laboral (6,1 vs. 59,6%; p=0,004) e a falta de meios financeiros (3,2 vs. 62,5%; p=0,018)
não foram associados ao incumprimento do calendário vacinal. Em 39,4% dos casos, as mães não
declararam o motivo do incumprimento.
Conclusão: Para obtermos maior êxito no cumprimento do calendário vacinal, cabe aos profissionais
de saúde participar mais activamente na busca de crianças com vacinas em atraso, por meio da
revisão sistemática dos cartões, de palestras ministradas à população e de uma maior efectividade
nas visitas domiciliares.
Palavras-chave: Cumprimento vacinal - Imunização de rotina - Factores de risco
27
TL15 - Micro-mapeamento da filaríase linfática e oncocercose em áreas co-endémicas de loa
loa, na província do Bengo
Autores: Rossely Paulo, Tom Unnasch, Robert Novak, Benjamin Jacob
Conceitos-chave: Loa loa, Filaríases, Angola
Introdução: A co-distribuição de Loa loa (loíase ou verme do olho) é um entrave significativo para o
programa de eliminação da filaríase linfática e da oncocercose em Angola, devido ao potencial risco
de efeitos adversos graves associados à administração de ivermectina em indivíduos com Loa loa.
Isto tem implicações significativas não só para as campanhas de administração de medicamentos
em massa, como também para estratégias alternativas que possam ser necessárias nas áreas
seleccionadas. Umas das áreas de maior risco de Loa loa é o município de Dande, província do Bengo,
no norte de Angola, sendo considerada historicamente uma área com casos significativos de filaríase
linfática e oncocercose.
Objectivos: Para melhor determinar a estratégia de um tratamento mais seguro nesta área, foi
realizado um estudo de micro-mapeamento das filaríases para compreender a sobreposição geográfica
das três doenças em causa. Dados de satélite GIS foram utilizados para fornecer informação empírica
sobre os vectores e os parasitas.
TL16 - Aspectos modernos da cirurgia plástica reconstrutiva
Autores: Kodirov Ahad, João Caratão, Eduardo Kedisobua
Resumo: Hoje em dia, como nos anos anteriores, o número de pessoas que sofrem os efeitos
das queimaduras continua a crescer de forma constante. Embora o uso de métodos modernos
de tratamento tenha reduzido significativamente a mortalidade de pacientes com queimaduras
profundas, os problemas com o crescente número de pessoas com deficiência continuam sem solução.
Na sua maioria, são casos de pessoas de idade que desenvolveram complicações pós-queimaduras na
forma de contracturas, defeitos de tecidos (cicatrizes e quelóides) e úlceras tróficas nos seus locais
de trabalho. Neste sentido, a reabilitação destes pacientes é de grande importância socioeconómica
e, hoje em dia, uma tarefa urgente. Os efeitos mais comuns de queimaduras extensas profundas
são graves contracturas e deformidades nos membros, o que leva à interrupção das suas funções,
e, por vezes, à incapacidade total do paciente. A reconstrução da perda de funções das articulações
afectadas é uma das principais áreas da cirurgia plástica reconstrutiva. De acordo com diversos autores
da especialidade, 40 a 75% dos pacientes submetidos a queimaduras profundas exigem intervenção
da cirurgia plástica reconstrutiva. As consequências das graves contracturas e deformidades, como
uma disfunção das extremidades, bem como defeitos estéticos, contribuem para a perturbação do
estado mental e emocional dos pacientes, levando a um sentimento de insegurança, inadequação,
desmotivação e à redução das oportunidades de emprego, assim como à discriminação, contribuindo
para o desenvolvimento de doenças de origem psicossomática, depressiva e relacionadas com a
ansiedade.
TL17 - Factores de risco cardiovascular: um estudo prospectivo em Angola
28
Autores: Miguel Brito, Michelle Stanton, David Molyneux, Louise Kelly-Hope
Conceitos-chave: Hipertensão, Factores de risco cardiovascular.
Introdução: A saúde da população em Angola reflecte o duplo desafio epidemiológico entre as doenças
infecciosas e o surgimento de doenças não transmissíveis e as suas determinantes sociais e biológicas.
Em Angola, com uma sociedade marcada por um crescimento económico extraordinariamente
rápido, logo, com grandes mudanças comportamentais, as doenças cardiovasculares representam já
a segunda causa de morte.
Objectivos: medição de tendências nas determinantes das doenças cardiovasculares como o
tabagismo, consumo de álcool, índice de massa corporal (IMC), relação cintura-quadril (RCQ) e
pressão arterial, dois anos após uma avaliação inicial de base populacional.
Material e Métodos: O estudo foi realizado na área de estudo do Centro de Investigação em Saúde
de Angola (CISA), que monitoriza através de um Sistema de Vigilância Demográfica mais de 60.000
pessoas em três comunas do município do Dande, província do Bengo. Seguindo a metodologia
STEPS (STEP wise approach to surveillance) da Organização Mundial de Saúde, uma amostragem
aleatória estratificada por sexo e idade permitiu o recrutamento de 1.464 indivíduos em 2011. Os
mesmos indivíduos foram contactados em 2013 e, desses, 303 foram avaliados utilizando a mesma
metodologia.
POSTERS
P1 - Angiodisplasia em criança de 7 anos de idade internada no Hospital Pediátrico David
Bernardino
Autores: Cristina de Oliveira, César Freitas, Filomena Manuel
Angiodisplasias ou ectasias vasculares são lesões vasculares degenerativas caracterizadas pela
presença de dilatações tortuosas do plexus vascular submucoso geralmente encontradas na parede
intestinal de pacientes na terceira idade. Nessa idade, é uma das causas de hemorragia baixa
recorrente, com predomínio do sexo masculino e poucos casos descritos em crianças nas idades de
2 a 15 anos.
Retratamos o caso de uma criança de 7 anos de idade, do sexo masculino, internada no HPDB
na sequência de um quadro de hemorragia digestiva baixa recorrente. Foi trazida à urgência dois
dias depois do início da sintomatologia, caracterizada por dor abdominal intensa de aparecimento
súbito e dejecções pastosas e fétidas, com abundante muco e sangue, sem febre nem vómitos.
Tinha antecedentes de dois internamentos aos 6 anos de idade com 6 meses de intervalo por
rectorragia, tratada com metronidazol. Ao longo do exame físico, a criança revelou um bom estado
geral, apresentando-se afebril, com mucosas coradas, sem dispneia e pulso normal. À inspecção do
ânus, não se observavam fissuras ou hemorróidas. Exames complementares realçaram uma anemia
microcítica. Durante o internamento (14 dias), a hemorragia melhorou espontaneamente e a dor
abdominal abrandou 48 horas depois do início da toma de omeprazol. A endoscopia digestiva alta
realizada revelou-se normal e a colonoscopia revelou alterações na vascularização submucosa
compatível com angiodisplasia ou ectasia vascular.
P2 - Prevalência de pacientes com sequelas por acidentes de trânsito no CMFR, de Maio a
Outubro de 2014
Autor: Maribel Aguila Toledo
Introdução: Os acidentes do trânsito são um problema crescente de saúde pública que afecta
desproporcionalmente os grupos vulneráveis de usuários de vias públicas (pedestres, ciclistas e
usuários de automóvel de duas rodas), especialmente os pobres. Todos os anos morrem mais de 1,2
milhões de pessoas nas vias rodoviárias do mundo todo, e entre 20 a 50 milhões sofrem traumatismos
não mortais. Angola ocupa a terceira posição na lista de países com mais acidentes de trânsito no
mundo, com um recorde em Setembro de 2010 de 10529 acidentes, de que resultaram 2493 mortos
e 9915 feridos. Motivados pela importância do tema, traçamos como objectivo fundamental deste
trabalho determinar a prevalência de pacientes com sequelas de acidentes de trânsito atendidos no
CMFR de Maio a Outubro deste ano.
Material de estudo: Foi realizado um estudo descritivo com carácter retrospectivo. A amostra foi
composta por 28 pacientes aos quais se fez uma encosta.
Métodos: Para atingir o objectivo foram utilizadas as variáveis nominais quantitativas e qualitativas.
Os resultados foram expressos em tabelas e gráficos para melhor entendimento, usando percentagem
e números absolutos.
P3 - Apresentação de um caso de pseudo-puberdade precoce masculina
Autor: Luís Torres Rodrigues
Introdução: A avaliação de uma criança com puberdade precoce implica numa anamnese e exame
físico cuidadosos, que podem, por si só, fornecer elementos importantes para o diagnóstico etiológico.
Um aspecto de fundamental importância é a caracterização do processo como central (puberdade
precoce verdadeira) ou periférico (pseudo-puberdade precoce), pois a abordagem difere tanto do
ponto de vista etiológico como do terapêutico. Com uma avaliação laboratorial coerente baseada
nas probabilidades etiológicas, é possível chegar-se a um diagnóstico com bastante precisão.
Material de Estudo: Apresenta-se uma criança de sete anos com pseudo-puberdade precoce de
causa adrenal.
Resultados: A. A. D. sexo masculino, sete anos, apresentando sinais compatíveis com puberdade
29
precoce: acne e pêlos pubianos. Antecedente do início da puberdade aos 3 anos, de acordo com o
relato dos pais na consulta. Os parentes negam qualquer tratamento até ao momento actual. Refere
cefaleias e dores ósseas frequentes. Ao interrogatório constata-se a voz semelhante à de um adulto.
Durante o exame físico detecta-se: aumento da massa muscular para a idade; desenvolvimento
genital completo (estágio de Tanner 5); cabelo pubiano e pénis semelhante aos do adulto; testículos
hipotróficos. Os exames laboratoriais revelaram: Testosterona: 3,7 ng/ mL (0,1-0,2); TSH: 5,9 mUI/
mL (0,4-4,2); T4 Total: 8,7 mcg/ dL (5,1-14,1); FSH: 0,5 mUI/ mL (1,5-12,4); LH: 0,1 mUI/ mL (0,1-6,0);
Prolactina: 11,2 ng/mL (2,1-17,7); TAC de abdómen: sem contraste - massa heterogénea com áreas
císticas e calcificadas na topografia da adrenal direita, de dimensão 6.1 x 5.2 cm; com contraste:
massa heterogénea com áreas císticas, realce pós-contraste que desloca inferiormente o rim direito. Discussão e Conclusão: O diagnóstico da neoplasia adrenocortical depende da identificação de
massa adrenal por meio da ultra-sonografia, tomografia computadorizada (TC) e/ou ressonância
magnética (RM). A ultra-sonografia abdominal, embora seja um método operador-dependente,
tem sido efectiva na identificação de massas adrenais, particularmente em crianças e em pacientes
magros. Os carcinomas adrenocorticais são tumores raros, com incidência de 1-2 por milhão de
pessoas por ano. Os pacientes com carcinomas adrenocorticais tendem a apresentar uma evolução
rápida e progressiva dos sinais clínicos de hipercortisolismo, muitas vezes coexistindo com sinais de
virilização (tumores de secreção mista).
P4 – Apresentação clínica de carcinoma renal com metástases ósseas dolorosas
30
Autor: Tomás Lázaro Rodríguez Collar
Introdução: O carcinoma renal apresenta-se com frequência com sintomas não dependentes do
sistema geniturinário, os quais incluem as manifestações das metástases à distância.
Objectivo: Apresentar um caso com diagnóstico imagiológico de carcinoma renal, com manifestação
inaugural caracterizada por dor causada por metástases ósseas.
Métodos: Paciente feminina de 44 anos de idade que acorreu ao banco de urgência por dor lomboabdominal e da articulação sacroilíaca esquerdas, com dificuldade para a marcha, astenia e perda
de peso significativa de 8 meses de evolução. Durante o exame físico em decúbito lateral direito
preferencial, apresentava mucosas húmidas e hipocoradas, e, no abdómen, dor à palpação profunda
em flanco e fossa lombar esquerdos sem visceromegalias. Revelava dor mediante a mobilização do
membro inferior esquerdo, ao nível da articulação coxofemoral, em todas as direcções.
Resultados: Constatou-se anemia de 7,3 g/dl, e, na ecografia abdominal, uma lesão expansiva de
aspecto tumoral no rim esquerdo. A tomografia axial computorizada do abdómen confirmou o
tumor renal esquerdo, melhor realçado no exame contrastado, e lesões osteolíticas extensas na 12.ª
costela, sacro e ilíaco esquerdo. Discutiu-se o caso no colectivo médico e, por se tratar de um caso
em estádio avançado, decidiu-se remeter ao hospital de oncologia para tratamento onco-específico
paliativo.
Conclusões: As metástases ósseas dolorosas são uma forma de apresentação clínica infrequente
do carcinoma renal, e, quando são múltiplas e extensas, limitam as opções terapêuticas, tornando o
prognóstico sombrio.
P5 – Tumor de Wilms. Caso clínico e revisão da literatura
Autor: Tomás Lázaro Rodríguez Collar
Introdução: Os tumores renais malignos representam 6% de todos os cancros na infância, sendo o
tumor de Wilms o mais frequente, com 95% dos casos.
Objectivo: Apresentar um novo caso com diagnóstico de tumor de Wilms, o tratamento aplicado e
rever a literatura sobre o tema.
Métodos: Paciente feminina de 2 anos e 8 meses de idade trazida à consulta externa de Urologia
pela mãe, que palpou um tumor na parte esquerda do abdómen, durante o banho. Não tinha outros
sintomas. Ao exame físico reforçou-se a existência de uma massa tumoral de entre 8 a 9 cm de
diâmetro, de superfície irregular, movível e não dolorosa, ao nível do flanco e fossa ilíaca esquerdos.
Resultados: A ecografia abdominal relatou uma lesão sólida, heterogénea e vascularizada, ao nível da
porção média do contorno externo do rim esquerdo. Na tomografia axial computorizada comprovouse que realçava, ligeiramente, com o contraste endovenoso. Os restantes órgãos abdominais
revelaram-se normais e não foram detectadas adenomegalias. A radiografia do tórax era normal.
Fez-se nefrectomia radical esquerda via transperitoneal, constatando-se múltiplas adenopatias
mesentéricas. Evoluiu satisfatoriamente. O estudo histopatológico evidenciou um tumor de Wilms
com aérea focal de anaplasia. Os gânglios mesentéricos estudados foram informados como reactivos.
Remeteu-se para avaliação oncológica em centro especializado.
Conclusões: O diagnóstico clínico-imagiológico precoce, a nefrectomia radical transperitoneal e o
tratamento adjuvante com quimio e/ou radioterapia são elementos fundamentais no prognóstico
do tumor de Wilms.
P6 – Diagnóstico de situação da reabilitação no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento
Sanitário
Noélia Maria Teixeira
A prevalência da deficiência grave - cerca de 10 % - é aceite na maioria dos países do mundo.
Nenhum país escapa à tendência do seu aumento enquanto elemento associado ao envelhecimento
da população. Angola não dispõe de estudos sobre a prevalência da deficiência, mas, não longo da
última década, tem-se registado um aumento da expectativa de vida como consequência da melhoria
da sobrevivência das doenças infecto-contagiosas - a primeira causa de doenças e morte. Também se
observa um aumento de doenças crónicas não transmissíveis como parte da transição epidemiológica.
O objectivo do trabalho é conhecer a situação actual da Medicina Física e Reabilitação em Angola.
Material de estudo: Um estudo descritivo para conhecer a situação actual da Medicina Física e
Reabilitação. A amostra foi composta pelas 18 províncias. As variáveis investigadas foram a distribuição
de Serviços de Reabilitação segundo os níveis de atenção e por províncias.
Métodos: Para alcançar esse objectivo foram utilizadas as variáveis nominais quantitativas e
qualitativas. Os resultados foram expressos em tabelas e gráficos para um melhor entendimento,
usando percentagens e números absolutos.
Resultados: O país conta somente com 28 instituições públicas com serviço de MFR, distribuídos da
seguinte maneira: seis serviços em atenção primária, quinze serviços em atenção secundária (onde
se incluem os CMFR), e sete em terceiro nível. Observou-se que apenas 1,17% das 513 instituições
primárias contam com algum Serviço de Reabilitação. A província com mais desenvolvimento
é Luanda, com nove centros para 32% do total de serviços com que conta o país. De salientar
que existem três províncias que não possuem quaisquer Serviços de Reabilitação. Encontram-se a
trabalhar nas instituições do MINSA dez médicos especialistas em Fisiatria, oito dos quais em Luanda
e dois nas outras províncias. A situação dos licenciados em Fisioterapia e técnicos médios é mais
favorável: trabalham na rede de serviços públicos do país 276 profissionais técnicos superiores e
médios, sendo 111 licenciados graduados nas universidades privadas do país e no exterior.
P7 – Programa de formação do internato médico complementar de Medicina Física e Reabilitação
Autor: Colégio de Medicina Física e Reabilitação
Introdução: Pela primeira vez em Angola, e à luz da sensibilização face aos conhecimentos acrescidos
noutras Ciências da Medicina Moderna, pretende iniciar-se em 2015 o Programa de Formação do
Internato em MFR. O especialista em Medicina Física e Reabilitação é o médico especializado no
diagnóstico, prevenção, tratamento e integração da pessoa com distúrbio funcional, congénito ou
adquirido, agudo ou crónico, temporário ou permanente. O Fisiatra é o coordenador da equipa de
Reabilitação, devendo possuir conhecimentos e competência sobre o trabalho em equipa, liderança
de equipas e estratégias de comunicação. A ênfase da especialidade é colocada na maximização do
potencial físico, cognitivo, social e vocacional na promoção da saúde, prevenção das complicações
secundárias e no controlo da dor. Material de Estudo: Tomando como base os Programa de formação das reconhecidas Universidades
Médicas em Madrid-Espanha, Lisboa-Portugal e Havana-Cuba, foi conformado um programa de
internato com uma duração total de 3 anos, com uma carga horária de 7776 horas.
31
P8 – Serviço de informação dos medicamentos no Hospital Josina Machel-Maria Pia
Autor: Lucia Gómez Fraga
Resumo: A informação sobre medicamentos é uma actividade inerente e inseparável dos serviços
farmacêuticos. Como actividade formal, ou informal, o pessoal da farmácia sempre atende às
preocupações de médicos, doentes e da comunidade em geral sobre os medicamentos.
Quando esta actividade é estruturada como um sistema organizado que permite, além de responder
às necessidades de informação que surgem na instituição hospitalar, a divulgação contínua de
informação científica, experiência e dados, de forma eficaz e em tempo útil, tanto a equipe do
hospital e outros que exigem o uso sábio de medicamentos, por meio de actividade que o suporta,
podemos afirmar que se estabeleceu um Serviço de Informação de Medicamentos.
As únicas condições materiais que necessitem de autorização para o Serviço de Informação de
Medicamentos são a existência de bibliografia cientificamente apoiada e actualizada.
Dada a importância desta actividade, decidiu-se assumir a tarefa de projectar, no nosso hospital, um
serviço de informação sobre medicamentos.
P9 – Caracterização das patologias associadas a síndromes febris em crianças menores de cinco
anos, no Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, de Fevereiro a Abril de 2014
32
Introdução: Inúmeras doenças de natureza infecciosa cursam com hipertermia. O diagnóstico e
tratamento da malária, utilizando os antipalúdicos em pacientes não testados ou negativos,
constituem preocupação que merece explicação. O objectivo do estudo foi de caracterizar as
patologias associadas a síndromes febris.
Metodologia: Realizou-se um estudo de corte transversal descritivo no Hospital Pediátrico David
Bernardino em <5 anos de idade com síndrome febril, atendidos no banco de urgência, de Fevereiro a
Abril de 2014. Crianças <5 anos, com temperatura axilar ≥ 37.5ºc, com o consentimento informado
dos pais, foram incluídas no estudo e excluídas todas aquelas com doença crónica conhecida.
Questionários estruturados foram utilizados em entrevista face a face aos responsáveis das
crianças elegíveis para recolha de dados sociodemográficos. Os diagnósticos e os dados clínicos
foram confirmados pelos resultados dos testes laboratoriais. Todas as crianças foram testadas para
a Malária, Dengue, Hepatite B, VIH e Chikungunya, usando testes rápidos de diagnóstico (TRD). Os
TRD para Rotavirus e reacção de Widal foram realizados apenas em crianças com febre, diarreia e
vómitos. Exames químicos e microscópicos de urina foram realizados em pacientes com queixas
urinárias. Pacientes com queixas respiratórias foram submetidos a exames radiológicos do tórax se
o pediatra achasse necessário.
Resultados: Foram incluídas na análise 421 crianças. A mediana de idade das crianças foi de 17 meses
e das mães de 28 anos. Mais de 40% das mães tinham o nível secundário de escolaridade. Todas as
crianças receberam um diagnóstico clínico inicial em que malária e as pneumopatias prevaleceram
com 361 (84,7%) e 50 (11,7%), respectivamente. Depois de se terem feito os testes laboratoriais,
a malária foi positiva em apenas 72 (16,9%); Pneumopatias confirmadas em 29 (6,8%), Rotavirus
23 (5,4%); Dengue 16 (3,8%); VIH 9 (2%); Chikungunya 6 (1,4%); Meningite 2 (0,5%); Febre tifóide
e Hepatite B com 1 caso cada (0,2%). Duzentos e sessenta dos pacientes testaram negativos para
todos os tipos de testes. A infecção urinária foi mais frequentes em menores 2 anos com 5/8 casos.
Tosse, diarreia e vómitos foram sintomas mais comuns. Dois dos sete óbitos registados durante o
estudo deveu-se a malária, enquanto que a meningite contabilizou três e as pneumopatias os outros
dois .
Conclusões: A malária constituiu 16,9% de todos os síndromes febris atendidos no período em
estudo, seguido das doenças respiratórias com 6,8%. As arboviroses como a Dengue e Chikungunya
também contribuíram significativamente para o fardo dos síndromes febris. Mais de 200 pacientes
tiveram teste negativo para qualquer um dos testes efectuados e terminaram apenas com o
diagnóstico clínico, em que a malária teve prevalência de 84,7%, evidenciando a necessidade de
inclusão de mais testes bacterianos e virais para a caracterização dos síndromes febris.
P10 – Investigação do surto de cólera num estaleiro de construção
Autor: José M. Catalahali
Introdução: Problemas de saúde enfrentados pelos trabalhadores da construção civil migrantes são
muitas vezes negligenciados. Em 23 de Fevereiro de 2013, a Repartição Municipal de Saúde de Viana
foi notificada de 15 trabalhadores da construção civil no Zango 5 internados com diarreia aquosa
aguda no hospital. Realizamos uma investigação para identificar os casos, a fonte de infecção e
recomendar medidas de controlo.
Metodologia: Foi realizado um estudo caso-controle, não pareado 1:1. Um questionário sob forma
de entrevista foi administrado para colectar dados sobre o tempo, pessoa, lugar e os factores de risco
associados. Todos os casos foram incluídos no estudo. Os controlos foram colegas de trabalho dos
casos sem diarreia durante o período de estudo. Foi realizada uma avaliação sanitária para identificar
possíveis fontes de infecção. Sete amostras de fezes foram colectadas em meio Cary Blair para
cultura.
Resultados: No final do surto registaram-se 94 casos e três óbitos, o que representa uma taxa de
letalidade de 3,1%. A empresa construtora tem os seus estaleiros no Zango 5, com cerca de três mil
trabalhadores aquartelados, recrutados a partir de três províncias. Uma média de 18 trabalhadores
dorme em cada dormitório. A avaliação sanitária mostrou condições de higiene precárias, tais
como maus chuveiros, sistema de latrina ruim e procedimentos. As fossas foram construídas a 50
metros dos tanques de água. Eles estavam usando a água do rio Kwanza, armazenada em tanques e
canalizada para torneiras sem tratamento prévio. Todos os casos e controles eram trabalhadores do
sexo masculino. A mediana de idade era de 23 anos (IQR 20-26) e 63 (67%) eram analfabetos. Os
doentes foram tratados no Centro de Tratamento de Cólera, os outros foram transferidos para um
lugar mais limpo. A faixa etária mais acometida foi a de 20-29 anos. Curva epidémica, com um pico
foi notável. Factores independentes associados à cólera foram: nenhum conhecimento sobre como
prevenir a cólera [OR: 7,4 (IC :2.5-45 0,5)], a história de ter contacto com alguém com diarreia [OR:
13,5 (IC :5.8-31 0,2)] e não ter concluído pelo menos o ensino primário [OR: 0,3 (IC: 0,28-0,5)] foram
factores independentes associados à cólera. Vibrio cholera O1, serotipo Ogawa, foi identificado nas
sete amostras de fezes. O laboratório não foi capaz de analisar amostras de água. O controlo do
surto foi feito em tempo oportuno.
Conclusão: A falta de conhecimento sobre a doença fez com que se disseminasse de pessoa a pessoa
facilitada pelas más condições sanitárias.
P11 - Prestação de serviços de saúde às populações de difícil acesso com equipas móveis e
avançadas
Autores: Ramón Gonzalez Tarrago, Dália Portal, Yamila de Arma, Helga Reis Freitas, Adelaide de
Carvalho.
Resumo: Pretende-se apresentar as actividades desenvolvidas nos Serviços Municipais de Saúde
com destaque para as equipas móveis e avançadas com o apoio da equipa de reforço dos cuidados
primários de saúde da cooperação cubana (Trios de APS). O mesmo faz um breve resumo histórico,
conceitos da municipalização, pacote integrado de serviços de saúde prestado pelas equipas móveis.
A partir desta abordagem mostra-se a importância das acções desenvolvidas pelas equipas móveis
e avançadas, contribuindo para a eficiência e a equidade do Serviço Nacional de Saúde. Relaciona e
contextualiza a disponibilidade do pacote de cuidados e serviços de saúde, a melhoria dos indicadores
de saúde, incluído o seu financiamento pelas administrações municipais.
Palavras-chave: Cuidados Primários de Saúde, municipalização, equipas móveis e avançadas;
33
34
Anotações
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Anotações
Alto Patrocínio
REPÚBLICA DE ANGOLA
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO da SAÚDE
Organização
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