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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
III SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP
SUBPROJETO: BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
DESENVOLVEM A SUA FUNÇÃO SOCIAL?
Diego Martins Aragão da Silva (Bolsista de Iniciação Científica - UNIRIO) –
[email protected]
Prof.ª MSc Daniele Achilles Dutra da Rosa (Orientadora) - [email protected]
PROJETO: AS BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO:
UM RECORTE DE SUA SITUAÇÃO
Rio de Janeiro
2014
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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
III SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP
SUBPROJETO: BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
DESENVOLVEM A SUA FUNÇÃO SOCIAL?
Diego Martins Aragão da Silva
Prof.ª MSc Daniele Achilles Dutra da Rosa (Orientadora)
PROJETO: AS BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO:
UM RECORTE DE SUA SITUAÇÃO
Projeto de pesquisa submetido ao colegiado
do Departamento de Estudos e Processos
Biblioteconômicos (DEPB) da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro
(UNIRIO)
Linha de Pesquisa: Cultura e Sociedade
Área de Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas
Subárea: Biblioteconomia
Rio de Janeiro
2014
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Resumo
Apresenta um breve panorama das Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro
como mediadoras entre a informação e o usuário e que se encontra em constante
renovação, buscando um paralelo com a sociedade. O subprojeto: Bibliotecas Públicas do
Município do Rio de Janeiro desenvolvem a sua função social?; ressalta e questiona as
ações desenvolvidas no âmbito das Bibliotecas Públicas, o que significa promover reflexões
de quanto e como essas bibliotecas vem atuando. O objetivo geral é incentivar o
questionamento da função social e institucional exercido na sociedade. Após o levantamento
e o mapeamento dos dados, chegaremos a uma conclusão da missão e dos objetivos da
Bibliotecas Públicas e qual é o estado atual no desempenho social dessas instituições.
Busca objetivar o questionamento da função social e institucional dessas bibliotecas,
trabalhando juntamente com questões ligadas ao seu reconhecimento institucional e sua
própria função social. Tece elementos que constituem sua definição (seu caráter)
institucional e social, bem como indica aspectos que podem formar e fomentar
transformações na identidade da Biblioteca Pública do Município do Rio de Janeiro. Conclui
que existem possibilidades criativas para implementar soluções que possibilitarão o
fortalecimento de sua identidade e na sua função social.
Palavras-chave: Biblioteca Pública. Biblioteca Pública – função social. Bibliotecas Públicas
do Município do Rio de Janeiro.
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SUMÁRIO
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2
3
3.1
3.2
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6
INTRODUÇÃO................................................................................................
BIBLIOTECAS PÚBLICAS...........................................................................
OBJETIVOS.....................................................................................................
OBJETIVO GERAL..........................................................................................
OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................
JUSTIFICATIVA.............................................................................................
METODOLOGIA.............................................................................................
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO SUBPROJETO.............................
REFERÊNCIAS...............................................................................................
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19
5
1 INTRODUÇÃO
A Biblioteca Pública mudou a sua maneira de atuar na sociedade.
Baseando-se na linha de pesquisa sobre o levantamento informacional das
Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro do projeto “As Bibliotecas
Públicas do Município do Rio de Janeiro: um recorte de sua situação”, que
seria definir a Biblioteca como mediadora entre a informação e o usuário e
também ser responsável pela transformação da realidade de um indivíduo ou
grupo. Esse subprojeto aborda o reconhecimento do poder institucional
baseado no conceito presente no manifesto da UNESCO (1962, p. 158-62) que
indica que a Biblioteca Pública é uma “força em prol da educação e da
informação e um instrumento indispensável para promover a paz e a
compreensão dos povos e nações”.
Assim como o ponto de vista de autores como Nogueira (1983, p. 206)
que apresenta na Biblioteca Pública uma visão de “[...] coletividade particular,
um coletividade local ou regional... Para atingir seus objetivos, a biblioteca
pública deve ter acesso fácil e suas portas devem estar igualmente abertas a
todos os membros da comunidade [...]”. Essa disseminação do saber
representa
um
símbolo
de
conhecimento
e
poder
voltado
para
o
desenvolvimento social, construindo um registro da história local permitindo o
desenvolvimento da educação e revelando a verdadeira função da informação
na
sociedade.
Função
essa
que
deve
estar
direcionada
para
o
desenvolvimento da educação e democratização informacional.
Essa pesquisa pretende fundamentar a importância social das
Bibliotecas Públicas. Para isso faz-se necessário esclarecer as funções sociais
deste tipo de biblioteca como:
[...] suprir os usuários de informação de caráter utilitário [...]
[com] respostas às necessidades do dia a dia, tais como sobre
indicação de emprego, burocracia para se tirar documentos,
localização de organismos governamentais ou particulares, etc.
(NOGUEIRA, 1983, p. 210)
Revela que sua função institucional da Biblioteca Pública vai muito além
da leitura, cultura e recreação.
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Apoiando essas funções temos Vergueiro (1996. p. 12) ressaltando que
a Biblioteca Pública pode incentivar “[...] serviços com um nível de qualidade
superior [...] agregando valor ao produto informacional oferecido [...]”, que ainda
reflete que transformações reais devem acontecer nos profissionais e usuários
para o reconhecimento desse valor, voltadas para a informação e sua
aplicação social.
Nogueira (1983, p 210) relata que no Brasil “[...] a realidade das
Bibliotecas Públicas não corresponde ao que prega o discurso oficial. A
demanda para a utilização das mesmas é restrita a determinados grupos e
simultaneamente elas funcionam para satisfazer, interesses e necessidades
particulares [...]” pensando no direito da informação seu direcionamento estava
para a classe média e alta. A causa para isso acontecer, é o fato da educação
e o poder aquisitivo sempre estar nas mãos da minoria.
É função primordial do subprojeto, questionar a função social dessa
instituição e o quanto ela deixou de atuar na camada mais necessitada dela.
Como foi visto e refletido aqui sobre as funções sociais e atitudes que a
Biblioteca Pública pode acrescentar no dia a dia de uma comunidade, se faz
essencial um estudo do usuário e da comunidade por meio de levantamento
informacional que o projeto central “As Bibliotecas Públicas do Município do Rio
de Janeiro: um recorte de sua situação” executará.
O Brasil é um país marcado por uma enorme carência na educação que
reflete, de certa forma, a desvalorização social das nossas bibliotecas.
E quando pensamos nas Bibliotecas Públicas – as do Município do Rio
de Janeiro, não podemos deixar de lado a realidade vivida por bibliotecários,
usuários e pelas próprias instituições, Sendo assim, esse subprojeto também
visa levantar dados, a partir dos questionários aplicados no Projeto “As
Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro: um recorte de sua
situação”.
É função do projeto, levantar os dados e refletir acerca da realidade que
a Biblioteca Pública passa hoje. Como complemento, esse subprojeto deve
identificar o valor social e o poder exercido pelas Bibliotecas Públicas na
sociedade.
7
O projeto ressalta as funções sociais exercidas pela Biblioteca Pública e
analisa as diversas expectativas que a sociedade tem da mesma como, por
exemplo:
[...] [a] sociedade tem expectativas diferentes em relação ao
papel da biblioteca pública. A indústria editorial acredita que o
objetivo fundamental é a formação de um público leitor. Os
educadores acreditam que a biblioteca deve ser o alicerce do
processo ensino-aprendizagem. Os intelectuais acreditam que
deve ser um espaço rico em leitura de ficção. (SUAIDEN, p. 57)
Cada área da sociedade vê em comum a formação do cidadão baseado
na educação. O hábito de leitura é reflexo de uma política de difusão
informacional, voltada no desenvolvimento de atividades que caracterizem um
grupo social.
Esse relacionamento de usuário e informação pode ser direcionado para
ao desenvolvimento da cidadania como um todo (informação, usuário e
comunidade).
Esse subprojeto de pesquisa avaliará o valor social da Biblioteca Pública
baseado em questionamento feitos pelo projeto central. Definirá a importância
desse instrumento na sociedade brasileira levantando, por exemplo, uma
questão importantíssima como: “qual a missão e os objetivos das bibliotecas
públicas localizadas no Município do Rio de Janeiro e qual é a situação dessas
Bibliotecas?”. Em paralelo ao projeto central, cabe a este subprojeto levantar
questões relativas as Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro e
como elas desenvolvem sua função social.
8
2 BIBLIOTECAS PÚBLICAS
Segundo Cunha e Cavalcante (2008, p. 52), entende-se por biblioteca
pública aquela “a que é posta à disposição da coletividade de uma região,
município ou estado, e que é financiada principalmente por dotações
governamentais”. Ou seja, a biblioteca pública por ser financiada por um órgão
governamental e deverá enquadrar-se nas normas e padrões estabelecidos
pela esfera a qual pertence – municipal, estadual.
Outros autores do campo da Biblioteconomia atribuíram diferentes
definições para estas bibliotecas, mas o foco não é a sua definição em si, mas
sim as suas missões e funções. Sendo assim, vale citar o Manifesto da
IFLA/UNESCO (1994, p.1) que serve como parâmetro para as bibliotecas
públicas do mundo inteiro e as define como “o centro local de informação,
tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a
informação de todos os gêneros”. Além disso, o manifesto alerta que as
missões dessas bibliotecas deverão relacionar-se diretamente com a
informação, a alfabetização, a educação e a cultura, e ainda apresenta que
elas devem possuir as seguintes missões:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças,
desde a primeira infância;
Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim
como a educação formal a todos os níveis;
Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de
forma criativa;
Estimular a imaginação e criatividade das crianças e
dos jovens;
Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o
apreço pelas artes e pelas realizações e inovações
científicas;
Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão
cultural das artes do espetáculo;
Fomentar o diálogo intercultural e a diversidade cultural;
Apoiar a tradição oral;
Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de
informação da comunidade local;
Proporcionar serviços de informação adequados às
empresas locais, associações e grupos de interesse;
Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a
informação e a informática;
9
12.
Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e
actividades de alfabetização para os diferentes grupos
etários.
É válido esclarecer que tanto o Manifesto da IFLA/UNESCO (1994),
como autores do Campo da Biblioteconomia e da Educação, também atribuem
a essas bibliotecas uma missão essencialmente educacional e só depois
atentam para suas outras missões. Sendo as bibliotecas públicas instituições
fundamentais à manutenção da sociedade, possui como função a preservação
da cultura, o estímulo a ações de incentivo a leitura, a disponibilização de
produtos e serviços de informação, etc. E pelo fato de que elas funcionam
também como instituições sociais que servem a propósitos sociais (educação,
cultura, lazer, informação, etc) é válido supor que elas contribuem
consideravelmente para a formação do individuo, dos grupos sociais e de
identidades.
Dessa forma, corroborando com a ideia de instituição social, Arruda
(2000, p. 9) afirma que “para que uma biblioteca torne-se verdadeiramente
pública, faz-se necessário assumir as seguintes funções: educativa, cultural,
recreativa e informacional”. Essas quatro funções apresentadas por Arruda
(2000) também estão, de certa forma, presentes em uma das definições
prescritas pela IFLA/UNESCO, mas encontravam-se presentes já no Manifesto
de 1972, que considera a biblioteca pública como “uma força em prol da
educação e da informação e um instrumento indispensável para promover a
paz e a compreensão entre os povos e nações”.
Vale observar que as bibliotecas públicas sempre trabalham em prol da
demanda da sociedade, mas é controlada pelo poder político e público, uma
vez que é uma instituição que pertence ao poder público e serve a propósitos
político, sociais, econômicos e até mesmo culturais. Quando se configura a
biblioteca pública como instituição social, cultural e de memória percebe-se que
ela é uma instituição que reúne missões e funções importantes para a
sociedade, contribui para a formação dos indivíduos, do tecido social, da
cultural e coopera para a conservação da memória da humanidade.
Quando se fala em memória, a escrita e o registro é a primeira coisa que
nos vem em mente, por isso Breitas (2010, p. 102) afirma que “[...] a escrita [é]
a base para a construção da memória e da identidade.” Baseada nessa
10
afirmação de Breitas (2010) se pode deduzir que os registros do conhecimento
sempre refletiram as expectativas e ideologias de um grupo, de uma geração.
É a partir desses registros e documentos que a memória no âmbito das
bibliotecas se constrói, tornando assim o nosso legado. Somos o que
construímos em termos de memória e as instituições como as bibliotecas
públicas, são os espaços pertinentes para a seleção, o armazenamento, a
conservação e disseminação dessa memória.
Diante dessa perspectiva, a memória no âmbito das bibliotecas públicas
sempre esta atrelada a idéia de acúmulo e conservação dos registros da
humanidade. Portanto, cabe destacar que as bibliotecas, principalmente as
públicas que contam com um público diversificado, tendem a acumulação. E os
bibliotecários se colocam neste cenário como guardiões dessa memória com o
objetivo de garantir que a próxima geração tenha o acesso a esses
documentos.
Mas, a Biblioteca Pública não pode restringir sua atuação apenas ao
acúmulo, a conservação de memória, a educação, ela deve ser integrada com
a sociedade, como coloca Breitas (2010, p. 102), ela “[...] se encontra inserida
em um determinado contexto político e cultural, do qual pode sofrer influencias
[...]”, tanto sociais e dos serviços oferecidos. Logo, os serviços oferecidos pela
biblioteca promoverão mudanças e interferências na vida das pessoas da
comunidade e por meio dessas mudanças, é que o bibliotecário pode aplicar a
energia ao seu trabalho na biblioteca em prol dos anseios da comunidade, ou
seja, efetivar o. alinhamento da biblioteca com a rotina social e direcionar os
serviços prestados as necessidades da comunidade/sociedade.
Na sociedade quando as idéias são agrupadas, geralmente os grupos
sociais se formam e os indivíduos que o compõem partilham de similaridades e
identidades. Sendo assim, os indivíduos trabalham em conjunto para cumprir
tarefas e manter o grupo social estável. A manutenção dos grupos sociais se
dá por meio dos atores e das instituições. A biblioteca pública como uma
instituição social, cultural e de memória também tem a função de manter uma
coesão social, uma ordem social, visto que apenas oferecem um conjunto de
obras, serviços alinhados a intenções advindas do poder público e político.
Ao longo da historia, observar-se a produção dos registros do
conhecimento, sua contextualização que rege a construção da memória
11
através de uma ordem social contínua que resulta na formação de identidade.
Essa ordem social atua diretamente na sociedade e para defini-la Johson
(1997, p. 213) afirma que ela:
[...] é um tipo especial de sistema social que, como todos os
outros sistemas sociais, distingue-se por suas características
culturais,
estruturais
e
demográficas/ecológicas.
Especificamente, é um sistema definido por território geográfico
[...] dentro do qual uma população compartilha de uma cultura e
estilo de vidas comuns, em condições de autonomia,
independência e autossuficiência relativas [...]
Cada sociedade ou grupo social possui o seu próprio desenvolvimento e
para que esse aperfeiçoamento aconteça, a cultura, a memória e a identidade
são atravessadas por mecanismos do poder. Os mecanismos de poder que se
encontram presentes em todo o tecido social, bem como nas bibliotecas
especialmente as públicas, ‘ditam’ regras para os modos de vida.
As
necessidades
informacionais
coletivas
são
colocadas
como
realidades que devem ser enfrentadas e em instituições como a biblioteca
pública deve não só atuar de forma hierárquica, respeitando as normas
emanadas do poder político e público, mas se colocar de maneira diferente,
isto é construir possibilidades criativas de modo que não produza manobras
prontas.
12
3 OBJETIVOS
Ao longo do subprojeto mostraremos e questionaremos os pontos do
objetivo geral e os objetivos específicos referentes a esta pesquisa.
3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste subprojeto de pesquisa é incentivar o
questionamento da função social e institucional exercido na sociedade, em
especial por aquelas Bibliotecas públicas do município do Rio de Janeiro. Além
disso, objetiva-se ressaltar traços da identidade social dessas instituições.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Reconhecer o poder institucional das Bibliotecas Públicas do Município
do Rio de Janeiro e identifica-las.
•
Verificar se as Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro
cadastradas no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas desenvolvem
sua função social.
13
4 JUSTIFICATIVA
Ao longo da pesquisa levantaremos os dados das Bibliotecas Públicas
do Município do Rio de Janeiro por via do Projeto Central. Esse objetivo do
projeto central visa identificar a relevância e o quanto os profissionais
bibliotecários atuam nessas instituições. Levantando e analisando esses dados
a fim de se chegar a uma conclusão mais elaborada da missão e dos objetivos
das Bibliotecas Públicas, o subprojeto complementa o projeto central, no que
tange o levantamento de questões ligadas ao desempenho dessas funções
sociais das Bibliotecas Públicas.
Pretende-se construir um plano de estudo, onde verificaremos o
alinhamento das Bibliotecas Públicas com as comunidades. A importância
desse subprojeto se justifica por guiar essas instituições para as necessidades
informacionais desses grupos ressaltando o papel do bibliotecário e focando
sempre que a função da biblioteca é o usuário. Usuário e profissionais devem
reconhecer esse poder institucional, resgatando elementos presentes nas
missões e nos objetivos da biblioteca. Uma alternativa é uma atuação na
valorização desse poder é atuar positivamente no crescimento social da
sociedade, que deve ser aquela amparada na sua meta de planejamento.
Essa pesquisa avaliará a atuação social, refletindo sobre os dados
mapeados da pesquisa central. Dados que ilustram a importância da Biblioteca
Pública para a construção do indivíduo social e para o desenvolvimento da
sociedade. A construção alertar a sociedade para a importância dessas
instituições, e permite que as Bibliotecas Públicas sejam um espaço cultural e
social, além de símbolo da memória e identidade regional/nacional. Além disso,
os resultados dessa pesquisa irão compor parte do conhecimento acumulado
pela Biblioteconomia Brasileira e contribuir para o desenvolvimento na área.
A ideia que é construída no subprojeto é de que a mudança que ocorreu
no caráter institucional ao longo do tempo enfraqueceu o valor social da
Biblioteca Pública. Nesse processo a sua imagem foi alterada refletindo as
necessidades de um grupo social ou mesmo uma determinada época. A
Biblioteca é símbolo de poder, poder esse que é responsável por criar uma
nova realidade social, reafirmando o seu poder de mediação entre a
informação e o usuário, um dos pontos principais do projeto central. Segundo
14
Suaiden (2000, p. 57) a Biblioteca Pública é “[...] uma entidade prestando
serviços
ao
público
em
geral,
independente
das
condições
sociais,
educacionais e culturais.”. A parte fundamental da vida na sociedade é a
valorização do caráter social de cada indivíduo na sociedade.
Segundo SUAIDEN (2000, p. 56):
[...] a biblioteca pública não teve o desenvolvimento esperado,
isso se deve as dificuldade que o profissional da informação
enfrentou para formar um público leitor, para elaborar
diagnósticos consistentes, para vincular a biblioteca com os
interesses comunitários e, principalmente, demonstrar a
importância dos serviços bibliotecários para o grande público.
Para o exercício da integração entre sociedade e cidadania, a biblioteca,
os Bibliotecários e seus serviços são de extrema importância em um
planejamento estratégico da informação e sua atuação.
O acervo segundo Vergueiro (1996, p. 13) pode “[...] incorporar as
características especificas dos clientes e do próprio meio ambiente no qual os
serviços de informação se localizam.”. Como produto de divulgação o acervo
pode ser desenvolvido, com novos produtos e serviços, no intuito de formar o
usuário como “[...] o centro de ser da própria instituição.” (VERGUEIRO, p. 13).
A tecnologia empregada nas Bibliotecas Públicas deve buscar um
estudo profundo na comunidade, onde a sua atuação deve funcionar a favor da
cidadania e funcionar como instrumento “[...] de grandes mudanças
principalmente na área de serviços de informação.” (VERGUEIRO, p. 7).
Além das funções básicas da Biblioteca Pública de guardar e
representar a memória regional/nacional, pois segundo Breitas (2010, p. 107)
“Uma biblioteca é um centro de informações atuando permanentemente,
atendendo a demanda da população, estimulando o processo continuo de
descobrimento e produção de novas obras [...]”, com atuação direta na
sociedade, a memória, a identidade e a ideologia devem andar lado a lado com
informação e usuário (grupo, comunidade, sociedade).
Conclui-se que uma politica que qualifique esses profissionais e
atividades voltadas para o fortalecimento da função social, fortaleça a ligação
entre Biblioteconomia, Biblioteca Pública e Sociedade. Esse fortalecimento
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ajudará no fim das barreiras que afastam diversos grupos do acesso à
informação. Funciona também como uma forma de promover transformações
em qualquer realidade social, no que diz respeito os objetivos do Projeto
Central. Por fim, esse subprojeto vem complementar a pesquisa central “As
Bibliotecas Públicas do Município do Rio de Janeiro: um recorte de sua
situação” da linha de pesquisa da área Biblioteconômica, que além de alertar
para essa urgência de mediação entre informação e usuário, visa revelar o
verdadeiro papel social e sua identidade na sociedade atual.
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5 METODOLOGIA
Este subprojeto de pesquisa, que se insere na linha de Pesquisa do
Departamento de Estudos e Processos Biblioteconômicos – Biblioteconomia,
Cultura e Sociedade, estão apoiados na revisão da literatura sobre o tema,
pesquisas em fontes bibliográficas. A pesquisa é classificada como analítica,
visa identificar as características do problema e descrevê-las, a fim de analisar
e explicar os motivos dos fatos ou dos fenômenos, com a intensão de ressaltar
suas causas. Para isto, serão utilizados métodos de levantamento de dados a
partir de questionários e entrevistas para análise.
As etapas de pesquisa são:
a) Levantamento bibliográfico sobre o tema, a partir de consulta de fontes
(primárias e secundarias) bibliográficas de livro e artigos da área;
b) Seleção das fontes;
c) Revisão de Literatura;
d) Desenvolvimento das questões a serem aplicadas. Foi criada uma
estrutura de perguntas abertas e fechadas com o intuito de atingir um
certo número de pessoas;
e) Confecção dos questionários para aplicação. Seguindo o formulário e as
perguntas estruturadas, Costa (2012, p. 50) define como “[...] perguntas
[...] feitas a partir de um formulário com perguntas previamente
estruturadas; ”, permitiu a interação com o entrevistador;
f) Decisão
de
quais
bibliotecas
publicas
iriam
ser
mapeadas
primeiramente. Após contato com as Secretarias da Educação e da
Cultura, foi selecionado as bibliotecas que seriam mapeadas;
g) Coleta de dados a partir da aplicação dos questionários e entrevistas. A
entrevista seguiu a ordem preelaborada e procurou não influenciar o
entrevistado;
h) Análise dos dados coletados foi através de dados qualitativos e fonte
primária. Costa (2012, p. 54) define fonte primária como “Aquela
levantada pelo próprio pesquisador.”;
i) Mapeamento dos dados. Após analisar as respostas encontradas nos
formulários, utilizamos uma planilha para agrupar as respostas de tal
17
modo, que permitisse construir gráficos para refletir sobre os resultados
encontrados;
j) Conclusões sobre o estudo e comparação com a literatura selecionada.
18
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO
Foi estabelecido o cronograma abaixo, para a melhor realização do
subprojeto:
1
Revisão da
Leitura
Seleção das
Fontes
Verificação
das
Bibliotecas
Públicas
Cadastradas
no SNBP
Confecção
do
Questionário
Aplicação do
Questionário
e Entrevistas
Análise dos
Dados
Coletados
Tabulação e
Mapeamento
dos Dados
Conclusões
do Estudo
2
3
4
5
6
7
8
9
1
0
1
1
1
2
1
3
1
4
1
5
1
6
1
7
1
8
1
9
2
0
2
1
2
2
2
3
2
4
19
Referências
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funções básicas. In.: Proceedings XIX Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e
Documentação, 1, PUCRS, 2000.
BREITAS, Aline Pinheiro. A Biblioteca Pública: um papel determinado e determinante
na sociedade. Rev. 10 Instituto de Ciências Humanas e da Informação, v. 24, n. 2,
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FERREIRA, Maria Mary. Políticas públicas de informação e políticas culturais: e as
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JOHSON, Allan G. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica.
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NETA, Antonia de Freitas; BEZERRA, Carlos André Cruz; COSTA, Larissa Inês. A
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Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da
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ROSA, Flávia Goullart Mota Garcia; ODDINE, Nanci. Políticas Públicas para o livro,
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das bibliotecas públicas em um ambiente de informação eletrônica. Inf. Inf., Londrina,
v. 1, n. 2, p. 7 – 18, jul./dez. 1996.
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