PAINEL 187 INCLUSÃO DE GRADIENTES DE METALICIDADE NA GALÁXIA COM O TRILEGAL João A. S. Amarante1,2, Leo Girardi3,2, Helio J. RochaRocha-Pinto1,2, Cristina Chiappini4,2, Basílio Santiago5,2, Ricardo Ogando6,2, Luiz Nicolaci da Costa6,2, Márcio A. G. Maia6,2 1 - OV/UFRJ 2 - LINEA 3 - Osservatorio Astronomico di Padova 4 - LeibnizLeibniz-Institut für Astrophysik Postdam 5 - IF/UFRGS 6 - ON/MCT O projeto Sloan Digital Sky Survey III, SDSS III, constitui-se de quatro levantamentos espectroscópicos de extensas regiões do céu, que estão produzindo grandes amostras para estudos estatísticos de diversos temas relevantes à Astronomia moderna. Um destes levantamentos será o APOGEE (Apache Point Observatory Galaxy Evolution Experiment), que realizará espectroscopia de alta resolução (R 20.000) na banda H para mais de 100 mil estrelas pertencentes todos os componentes estruturais galácticos (bojo, discos e halo). Simulações da amostra do APOGEE vêm sendo realizadas, por nosso grupo, através do programa TRIdimensional modeL of thE GALaxy (TRILEGAL; Girardi et al. 2005). Este programa simula a fotometria estelar de qualquer direção da Galáxia e foi utilizado para auxiliar a escolha dos campos de observação do APOGEE. Porém, o programa possui algumas limitações, como por exemplo, a falta da previsão de um gradiente radial de metalicidade no disco Galáctico e a ausência da barra da Galáxia como um componente distinto. Este trabalho descreve as etapas da implementação de gradientes radiais de abundância e da variação radial da taxa de formação estelar (SFR) no código do TRILEGAL. Utilizamos prescrições de Chiappini et al. (2001) para a variação radial da taxa de formação estelar e gradientes de metalicidade que variam de 0 a -0.07 dex/kpc. Mostramos como os diferentes gradientes afetam a distribuição de propriedades estelares da amostra APOGEE. Esse estudo é uma preparação para o Data Release final do APOGEE, estimado para 2014, quando poderemos comparar a amostra observada com as previsões do modelo, levando-nos a uma melhor descrição da estrutura galáctica. Mostramos que a introdução dos gradientes de metalicidade no TRILEGAL afeta substancialmente os extremas da distribuição de metalicidade das estrelas observadas. No caso de gradientes mais íngremes (-0.07 dex/kpc), há um aumento de até 25% no número de estrelas com [Fe/H] >-0.15 dex nas direções de apontamento cujas linhas de visada cruzam as regiões internas do disco galáctico. PAINEL 189 ESTUDO DA AGLOMERAÇÃO NO ESPAÇO DE ABUNDÂNCIAS ESTELARES MEDIANTE A REGRESSÃO EM ÁRVORES Raquel Boesso Boesso Silva1,2, Helio J. RochaRocha-Pinto1,2, Cristina Chiappini3,2, Luiz Nicolaci da Costa4,2, Márcio A. G. Maia4,2, Basílio Santiago5,2 1 - OV/UFRJ 2 - LINEA 3 - LeibnizLeibniz-Institut für Astrophysik Postdam 4 - ON/MCT 5 - IF/UFRGS O APOGEE é um levantamento de dados espectrais estelares que tem como objetivo responder diversas questões acerca da estrutura e evolução da Galáxia. Esses dados serão obtidos para cerca de 110 mil estrelas na Galáxia, observadas na banda H no infravermelho. Uma vez que as estrelas são formadas a partir do meio interestelar, herdando deste as abundâncias químicas, é de se esperar que essas estrelas observadas possam ser enquadradas em grupos químicos, que evidenciam condições passadas do meio interestelar na Via Láctea. Nosso estudo tem como finalidade estudar modelos de aglomeração no espaço de abundâncias estelares mediante a técnica de regressão em árvores. Inicialmente usamos dados publicados na literatura, tais como os de Edvardsson et al. (1993). Mostramos que as estrelas de Edvardsson et al. podem ser subdivididas em 7 grupos em função do valor da abundância de 4 elementos químicos particulares, a saber: O, Na, Ni e Y. Curiosamente, cada um desses elementos químicos é produto de um processo nucleossintético particular, o que sugere que eles desempenham um papel único no esquema de classificação que usamos. Para confirmar essa hipótese, refizemos a classificação em árvores retirando um ou dois elementos químicos quaisquer dos dados de entrada, incluindo aqueles que se mostraram unicamente relevantes para a classificação. Mostramos que a eliminação de elementos químicos pré-classificação não afeta substancialmente a árvore regressora encontrada. PAINEL 191 AN IDENTIFICATION STUDY OF STAR CLUSTER EFFECTS IN PMDD USING GRADIENT PATTERN PATTERN ANALYSIS Thiago Caetano1,2, Reinaldo R. Rosa3, Wilton S. Dias1 1 - Universidade Federal de Itajubá 2 - IAG/USP 3 - INPE There are many ways to confirm the existence of a cluster in a sample of stars being one of the most used the photometric diagrams analysis. This technique, however, suffers severely from field contaminating stars and it requires a subjective analysis which makes it inconvenient for a large quantity of data and non-efficient in some cases. In this work we propose a new approach to perform the star cluster identification based on the proper motion density distribution (PMDD) in small angular size sky regions. We are interested in applying a numerical method to provide us a parameter that could indicate, in a non-subjective manner, whether the PMDD is being affected by a cluster population or not, and apply this method to a large amount of data. Thus, in this work, we have used the Gradient Pattern Analysis (GPA) algorithm to identify the star cluster effects in PMDD. Basically, computing the so-called Gradient Asymmetry Coefficient (GA), GPA algorithm measures bilateral asymmetries over a two dimensional distribution. We have applied the GPA algorithm to synthetics PMDD which has been generated according to a two dimensional Gaussian function. We also have introduced noise in our synthetics sample. The value of GA was investigated as a function of the most important parameters of the PMDD (mean proper motion, dispersions, correlation coefficients and separation between populations) and this value was found to be greater than 1.8 every time we have two distinct populations in the sample (a field and a cluster one). So, GPA algorithm has been revealed as an useful tool to confirm the existence of star clusters. PAINEL 193 ESO442ESO442-04: A DISSOLVING STAR CLUSTER Francisco Ferreira de Souza Maia1, Joao Francisco Coelho dos Santos Jr1, Wagner José Corradi Barbosa1, Andrés E. Piatti2 1 - ICEx/UFMG 2 - IAFE/CONICET We present a conclusive analysis on the true nature of the controversial object ESO442-04. Its nature as Possible Open Cluster Remnant is supported by means of projected star density profiles according to Bica et al. (2001), but dismissed on the basis of proper motion and 2MASS color-magnitude diagrams analyses according to Carraro et al. (2005). To investigate the target we carried out multiobject spectroscopy of stars in its inner area using GMOS at Gemini-S telescope and UBVRI photometry using the SOAR Optical Imager. We further supplemented this data with near-infrared photometry from 2MASS catalogue and proper motions from UCAC3 catalogue. Parameters from each GMOS spectrum were derived from the 10 best matches of a correlation procedure with a spectral library. The photometric analysis were subject to a recently developed field decontamination procedure to better constrain the physical parameters derived from isochrone fitting. We found out that while proper motions and near-IR photometry data alone are too scant to provide conclusive results, the deeper SOAR photometry allied with the derived spectral parameters reveals an small group of cohered stars compatible with a sparse, intermediate age, disrupting open cluster. Taken all together, we conclude that ESO442-04 is open cluster in its final life stages, presenting a distance of 1.3 0.1 Kpc, reddening of E(B-V)=0.09 and age of 2.5 Gyr. PAINEL 195 PRODUÇÃO DE MAPAS DA EMISSÃO POLARIZADA DA GALÁXIA EM 10 GHz A PARTIR DOS DADOS DOS EXPERIMENTOS GEM E WMAP Marcos Antonio Fonseca Faria, Faria, Adhimar Flávio Oliveira, Agenor Agenor Pina, Newton Figueiredo Universidade Federal de Itajubá Medidas de polarização da emissão galáctica em comprimentos de onda centimétricos e decimétricos feitas nos últimos cinco anos têm se mostrado uma fonte importante de informações sobre a estrutura da Galáxia, especialmente no que diz respeito à distribuição do campo magnético galáctico. Esses resultados têm sido também aplicados com sucesso a técnicas de descontaminação de medidas da Radiação Cósmica de Fundo em Microondas (RCFM). O radiotelescópio GEM (Galactic Emission Mapping) vem desenvolvendo um papel fundamental nas medidas de polarização da emissão galáctica, com um receptor de 5 GHz que realizou observações que cobrem cerca de 47% do céu entre 2006 e 2007. Neste trabalho apresentamos um conjunto de mapas de polarização para a frequência de 10 GHz, gerados a partir dos dados do GEM em 5 GHz e dos dados do satélite WMAP em 23 GHz. Na produção desses mapas, que apresentam os parâmetros de Stokes Q e U, foi levado em conta o ruído instrumental e os efeitos de despolarização devidos à rotação Faraday. Esses mapas serão utilizados para calibrar o receptor de 10 GHz do GEM que está sendo montado e deverá entrar em operação na próxima campanha de observação. PAINEL 197 UMA NOVA DESCRIÇÃO PARA O POTENCIAL POTENCIAL GRAVITACIONAL GERADO POR BRAÇOS ESPIRAIS Thiago Correr Junqueira, Junqueira, Jacques R. D. Lépine IAG/USP Apresentaremos um novo modelo de perturbação do potencial gravitacional para descrever os braços espirais de galáxias. As funções geralmente usadas para descrever essas perturbações são do tipo senoidal. Estas funções tem a desvantagem de oscilarem entre sinais positivos e negativos, apesar de sabermos que o potencial gravitacional é sempre negativo. Outra desvantagem destas funções é que não conseguem reproduzir braços espirais bem definidos, pois seus máximos e mínimos são espacialmente extensos, em termos de variação angular. O novo potencial que propomos apresenta um perfil gaussiano que acompanha uma espiral logarítmica. Fazendo o uso deste novo potencial e do potencial axis-simétrico (não perturbado) de nossa Galáxia deduzido da curva de rotação, integramos as órbitas das estelares para sucessivos raios galácticos e encontramos locais onde as órbitas não circulares se aproximam uma das outras, causando excessos de densidade estelar. A nova descrição do potencial dos braços mostrou-se mais consistente, gerando uma estrutura espiral bem definida e parecida com a da Galáxia, com ressonâncias ressaltadas, e amplitude do movimento de perturbação epicíclica que pode ser diretamente comparada com as estruturas observadas, em particular a ressonância 4:1. Com esta nova descrição do potencial, que tem a largura da perfil gaussiano como parâmetro ajustável, conseguimos reproduzir bem tanto braços espirais estreitos quanto braços mais largos. PAINEL 199 ESTUDO DA NATUREZA FÍSICA DE UMA AMOSTRA DE CANDIDATOS A AGLOMERADOS ABERTOS E REMANESCENTES Daniela B. Pavani1, Charles Bonatto2, Eduardo Bica2 1 - Unipampa 2 - IF/UFRGS Apresentamos os primeiros resultados do estudo de uma amostra de candidatos a aglomerados abertos e remanescentes de aglomerados abertos. Os objetos são compactos e em geral subpovoados em relação a aglomerados abertos típicos, e foram selecionados (i) de catálogos clássicos de aglomerados abertos, e (ii) entre concentrações de estrelas classificadas como asterismos. Nas análises utilizamos dados fotométricos do 2MASS para obtenção de diagramas cor-magnitude (CMDs). Duas ferramentas foram empregadas: (i) análise da distribuição de estrelas nos objetos e em campos próximos, realizando descontaminação por estrelas de campo, (ii) diagnóstico computacional semiautomatizado, baseado em uma série de algoritmos e adaptada para estudo de sistemas estelares pouco povoados. Exploramos em alguns casos a estrutura de densidade do objeto. As ferramentas permitem a obtenção da natureza física dos objetos, distinguindo flutuações de densidade de estrelas de campo de possíveis sistemas físicos, fornecendo idades, avermelhamentos e módulo de distância. A utilização dos dois conjuntos de algoritmos computacionais é importante para comparação de resultados, e também para testar os próprios limites de aplicação das duas ferramentas. Os objetos resultantes como aglomerados abertos ou remanescentes têm em geral pela primeira vez parâmetros fotométricos (idade, avermelhamento e módulo de distância) e estruturais determinados. PAINEL 201 UMA FUNÇÃO DE LUMINOSIDADE ATUALIZADA PARA ESTRELAS NO INFRAVERMELHO Priscilla Polido, Polido, Francisco Jablonski INPE A função de luminosidade é um dos ingredientes importantes na investigação da estrutura da Galáxia, já que é um dos termos da equação de estatística estelar que permite predizer o número de objetos para uma dada linha de visada definida por uma latitude e uma longitude galácticas. Uma vez que empregamos o método de contagens de estrelas no estudo da estrutura galáctica, é essencial que utilizemos uma função de luminosidade obtida a partir de dados observacionais recentes. Tendo isso em vista, revisamos a literatura e construímos uma função de luminosidade atualizada para objetos no infravermelho. Neste trabalho descrevemos a função obtida e a utilizamos no modelo de Galáxia desenvolvido originalmente por Ortiz & Lépine e posteriormente aperfeiçoado por aqueles autores. Também apresentamos comparações entre as contagens previstas e as contagens obtidas a partir de dados do levantamento 2MASS.