Relato de Experiência
INCORPORANDO AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NA REDE ESTADUAL DE DIAMANTINA (MG)
GT 06 – Formação de professores de matemática: práticas, saberes e desenvolvimento
profissional
Quênia Luciana Lopes Cotta Lannes (Coord.), UFVJM, [email protected]
Wagner Lannes, UFVJM, [email protected]
Thiago Freire Alves Ferreira, UFVJM, [email protected]
Vívian Ludimila Aguiar Santos, UFVJM, [email protected]
Eduarda Lauck, UFVJM, [email protected]
Resumo: O relato que apresentaremos aqui é fruto de um Projeto de Extensão desenvolvido em
2010, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, na cidade de Diamantina, Minas Gerais, com continuidade em 2011. A
proposição deste projeto foi motivada pela experiência de uma pesquisa desenvolvida em 2007 e
2008 na Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha, também em Diamantina, que pretendia
investigar de que forma a tecnologia influenciava a prática pedagógica dos professores de
Matemática das escolas estaduais desta cidade. Todavia, no final deste, percebeu-se que as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) não eram efetivamente utilizadas, por diversos
motivos. Assim, buscamos no presente projeto fornecer aos professores de Matemática da Rede
Estadual em Diamantina subsídios para que possam construir e colocar em prática na sua escola um
projeto que vise à utilização das TIC’s na Educação Matemática. Teceremos aqui impressões sobre
as atividades realizadas neste período e delinearemos as ações planejadas e propostas pela equipe.
Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação; Educação Matemática; Formação de
Professores de Matemática.
1. Introdução
A coordenadora do presente projeto desenvolveu uma pesquisa na Fundação
Educacional do Vale do Jequitinhonha (FEVALE), no período de março de 2007 a
fevereiro de 2008, que pretendia investigar a prática de professores de Matemática das
escolas estaduais de Diamantina que utilizavam o computador como recurso didático.
Pretendia também verificar como as relações entre os sujeitos e o computador eram
construídas no ambiente escolar. O projeto contava com uma bolsista de Iniciação
Científica da Fapemig que conduziu a investigação sob orientação desta professora.
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Ao finalizar o trabalho, percebeu-se que os professores de Matemática, sujeitos da
pesquisa, conheciam a importância da Informática nos dias atuais e possuíam habilidades
básicas quanto ao uso de computadores, porém, a maioria não possuía conhecimento em
Informática na Educação e, aqueles que o possuíam, não colocavam em prática em suas
aulas. Os projetos de Informática que os professores afirmavam existir em suas escolas
tratavam de aulas básicas instrumentais (de conhecimento e reconhecimento das funções
da plataforma implantada nos computadores das escolas). Verificou-se também que os
laboratórios não eram disponibilizados para uso em aula.
Concluiu-se que não era possível responder a questão inicial do projeto sobre a
utilização do computador como recurso didático. Mas percebeu-se, também, como a
formação destes professores dificultava sua prática quando se tratava da utilização da
Informática.
Esta experiência veio comprovar que precisamos ampliar os espaços para a
capacitação dos professores quanto ao uso das TIC’s na Educação, fato que motiva o
desenvolvimento da presente proposta. Percebemos que os professores de Matemática
poderiam ser acolhidos por uma proposta que disponibilizasse a eles oportunidades de
reflexão sobre o uso das TIC’s na Educação Matemática. A troca de experiências
contribuiria para a capacitação deste professor quanto à inserção da informática como
ferramenta para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem em Matemática.
Neste sentido, o grupo atual foi formado e elaborou uma proposta, submetendo-a,
por meio de um Edital da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXC) da UFVJM, à
avaliação e julgamento, sendo aprovado e agraciado com financiamento e bolsas para
estudantes. As ações foram planejadas para sua continuidade em 2011. Neste sentido,
submetemos novamente à seleção para 2011 e novamente foi aprovado.
2. Revisão de literatura crítica
A sociedade atual tem sido direcionada por uma linha segundo a qual o trabalhador
vê-se obrigado a ser dinâmico e aprender a lidar com as incertezas do mercado de trabalho.
Percebemos essas mudanças de forma mais significativa ao relacioná-las com os aspectos
da sociedade produtiva no período Fordista, que consagrava valores coletivos e individuais
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relacionados à construção de um indivíduo padronizado, que não se posicionava como
sujeito de suas ações, treinado e especializado para executar tarefas específicas e rotineiras
além de privilegiar a formação em massa, seriada e especializada. A revisão desta
percepção foi acentuada depois da Segunda Guerra Mundial, quando, além de diversos
fatores, a disseminação do uso dos computadores provocou maior simplificação dos
trabalhos e grande versatilidade ou possibilidade de realizar tarefas muito diferentes (Cano,
1998).
Neste caminho, a Escola procurou integrar, de forma mais significativa, a educação
com as tecnologias existentes, mais especificamente em relação à Informática. A
concepção vigente rezava que o uso de computadores nas escolas facilitaria a compreensão
de conceitos abstratos e a resolução de problemas, aumentaria a motivação dos alunos pela
aprendizagem e facilitaria a tarefa dos professores (Sancho, 1998). Seguindo esta linha, a
escola poderia auxiliar os alunos a pensarem mais criticamente sobre os acontecimentos
cotidianos, agir de maneira produtiva na sociedade e prepará-los efetivamente para o
mercado de trabalho (Shöon, 2001).
Observa-se então nas décadas de 1950 e 1960, uma predominância na Educação de
estudos sobre instrumentos geradores de aprendizagens e, nas últimas décadas da década
de 1970, sobre transformação em uma disciplina científica com o potencial de regular e
prescrever a ação instrutiva (Pons, 2001). Os resultados obtidos por estes estudos em
conjunto com as crescentes inovações tecnológicas exigiram uma preparação de
professores para a utilização dessas tecnologias e, por sua vez, esta demanda cairia sobre as
Universidades que precisaram refletir sobre como a formação de professores deveria ser
repensada diante da nova realidade social. Neste sentido, no Brasil, além das diversas
iniciativas de Universidades, como a UFRPE, a Unesp-RC e a UFMG, ocorreram também
iniciativas governamentais como o Proformação e o Proinfo (BRASIL, 2007).
Essas perspectivas teóricas fundamentam nossa concepção de que uma das formas
de se garantir uma integração significativa e proveitosa entre a educação e as tecnologias
disponíveis é capacitar os professores. Não basta apenas equipar as escolas com
instrumentos tecnológicos, é preciso, principalmente, que o professor saiba utilizá-los de
modo a construir um ambiente que possibilite aos alunos a desenvolverem uma visão
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crítica e uma compreensão dos conhecimentos matemáticos, com a ajuda de programas
computacionais nos laboratórios de Informática.
3. Sobre a proposição das ações extensionistas.
3.1. Objetivos.
Este trabalho tem dois objetivos: o primeiro, fornecer aos professores de
Matemática de Diamantina da Rede Estadual subsídios teóricos e instrumentais para que
possam construir e colocar em prática na sua escola um projeto que vise à utilização das
TIC’s na Educação Matemática e, o segundo, investigar como sua prática interferirá no
processo de ensino e aprendizagem. Especificamente, esperamos que os professores da
Rede Estadual tenham uma visão crítica sobre as TIC’s na Educação Matemática, dos
desafios do uso das TIC’s e suas articulações com a Matemática na sua escola; conheçam e
saibam utilizar softwares matemáticos no processo de ensino-aprendizagem e tenham um
projeto de TIC’s na Educação Matemática em desenvolvimento na sua escola.
3.2. Execução.
Nossas atividades foram divididas em duas etapas. Na primeira, ocorreram
seminários sobre textos e artigos previamente selecionados, oficinas sobre a utilização de
softwares e avaliação dos mesmos, seminários e grupos de estudo. Na segunda etapa, os
professores da Rede Estadual de Diamantina foram acompanhados pelos proponentes do
projeto na aplicação dos conhecimentos desenvolvidos em sua atividade pedagógica,
seguida de investigação sobre estas ações e o desempenho de seus estudantes. Nesta etapa,
objetivamos estabelecer um vínculo entre Pesquisa e Extensão.
3.3.
Responsabilidades dos proponentes.
3.3.1 Docentes. Responsáveis pela articulação entre teoria e prática dos discentes
envolvidos e dos professores participantes do projeto, da seguinte maneira:
•
Selecionando os artigos e textos discutidos em seminários;
•
Mediando seminários e orientando grupos de estudo;
•
Orientando os estudantes no desenvolvimento dos trabalhos em oficinas;
•
Propondo avaliações periódicas sobre as ações desenvolvidas.
3.3.2. Discentes:
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•
Estudo e participação dos seminários sobre as temáticas que envolvem
Informática na Educação Matemática;
•
Pesquisa de softwares matemáticos, prioritariamente softwares livres;
•
Participação, junto com os docentes da UFVJM, da elaboração de oficinas
envolvendo temas sugeridos pelo grupo;
•
Auxílio aos professores da Rede Estadual nas oficinas no Laboratório de
Informática;
•
Monitoramento sempre que necessário os demais trabalhos dos participantes.
4. Relato das ações extensionistas desenvolvidas em 2010.
Inicialmente, as estudantes da UFVJM envolvidas no projeto participaram de um
estudo teórico sobre Informática na Educação a fim de se preparar para executar suas
atividades junto ao público-alvo, os professores de Matemática da Rede Estadual de
Diamantina. Este estudo foi feito através de pesquisas e leituras de artigos sobre o tema.
Realizamos também seminários para troca de experiência entre os membros do grupo.
Em seguida, apresentamos o projeto à Superintendência Regional de Educação
(SRE) de Diamantina, para conhecimento e apreciação. Todavia, antes do retorno de
contato desta Instituição, foi deflagrada a greve dos professores da Rede Estadual de Minas
Gerais. Este fato limitou nossas ações e resolvemos reajustar nosso cronograma, realizando
mais seminários, planejando as atividades a serem realizadas nas escolas participantes,
preparando material sobre o uso das TIC’s na Educação e para a apresentação do projeto
aos diretores e professores da Rede Estadual.
Com o fim da greve, já no segundo semestre de 2010, a SRE entrou em contato
conosco e, numa reunião previamente agendada pelas partes, apresentamos o projeto aos
diretores e professores das Escolas Estaduais e demais profissionais da área. Neste
encontro, os professores receberam um questionário para que justificassem a sua intenção
em participar deste projeto. Estes questionários foram analisados e os professores que
participariam efetivamente do projeto foram selecionados com base em sua disponibilidade
e interesse.
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Realizamos então reuniões com os professores participantes do projeto dando mais
detalhes sobre o mesmo e desenhamos um cronograma de atividades, adaptando o projeto,
pois este teve que ser ajustado devido à greve dos professores. Nestas reuniões, colhemos
ainda depoimentos dos professores sobre os processos educativos na sua escola, sobre a
informática, as políticas educacionais para incentivar o uso de TIC’s nas escolas, e quais
eram suas perspectivas para o projeto. Estas discussões motivaram o estudo de alguns
textos sobre o assunto seguidos de seminários.
Após exaurirmos a preparação teórica, iniciamos uma seqüência de oficinas sobre o
uso de softwares livres, tais como planilhas eletrônicas do ambiente Linux e o Geogebra.
As atividades foram elaboradas a partir das demandas apontadas pelo grupo de professores.
Em cada etapa, as oficinas eram intercaladas com discussões sobre as potencialidades
pedagógicas dos programas. Nós, proponentes, sugerimos atividades e outras eram
sugeridas pelos professores participantes.
No decorrer das semanas, o grupo de professores participantes que começou com
15 reduziu gradativamente até finalizar com 7. Os desistentes alegaram diversos motivos,
como aumento de encargos trabalhistas devido à reposição de aulas por motivo da greve,
preparação para prestação de concursos e falta de tempo para estudo. Com o prazo para
execução do projeto se encerrando, todas as partes envolvidas se reuniram para discutir o
fechamento do projeto em 2010 e planejar as ações para 2011. Como sugestão de atividade
de encerramento, foi indicada a aplicação dos conhecimentos adquiridos pelo Geogebra em
uma turma de Ensino Médio ou Fundamental de algum dos professores participantes sob a
supervisão dos demais.
Uma professora participante se prontificou a levar sua turma do 7º ano. Então nós,
proponentes, enviamos uma carta à escola desta professora solicitando a participação dos
alunos desta referida professora em uma atividade na Universidade. A Escola atendeu
prontamente e recebemos, em data previamente combinada, os estudantes para passarem
algumas horas no Laboratório de Informática da UFVJM, realizando atividades no
Geogebra sob a supervisão de todos os professores envolvidos no projeto. Após o
encerramento das atividades e retorno das crianças para suas casas, nós proponentes,
fizemos uma avaliação da atividade junto com os professores e elaboramos em conjunto
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uma lista de ações a serem realizadas em 2011. Nos prontificamos ainda a entrar em
contato, assim que a proposta deste projeto para 2011 fosse aprovada pela
PROEXC/UFVJM.
5. Análise dos impactos das ações extensionistas no público-alvo.
O grupo participante apresentou-se um pouco heterogêneo, tanto no que diz
respeito aos conhecimentos matemáticos, à formação enquanto educador, quanto aos
conhecimentos sobre informática. Neste sentido, para algumas pessoas, as atividades
sugeridas proporcionaram dificuldades matemáticas e técnicas (no que diz respeito à
familiarização com o computador), outros perceberam dificuldades apenas técnicas, e um
terceiro grupo não apresentou dificuldades nem matemáticas e nem técnicas, mas as
dificuldades na articulação da matemática e da informática com a prática pedagógica foram
praticamente unânimes.
As dificuldades técnicas, quando observadas, também variavam de pessoa para
pessoa. Além de usar os softwares sugeridos, os participantes também utilizavam serviços
de internet e, em particular, de correio eletrônico, para a realização e socialização das
atividades propostas. Também utilizamos grupos de discussão virtuais. Portanto, enquanto
uns dominavam este tipo de serviço e demonstravam algumas dificuldades nos softwares
educacionais, outros tinham dificuldades para utilizarem tanto a internet quanto os
softwares educacionais.
As observações que fizemos dos participantes durante todo o percurso explica, em
parte, as dificuldades apresentadas pelos mesmos. Nos diversos momentos de
acompanhamento e avaliação realizados pelos proponentes, os professores participantes
revelaram que não tiveram oportunidades de trabalhar com o computador no seu curso de
formação e, enquanto professores da Rede Estadual, tiveram poucas oportunidades de
participarem de cursos para este fim, pois as escolas não têm uma política de incentivo
para a realização destes cursos. Segundo os poucos professores que participaram destes
cursos, eles revelaram que os cursos se fundamentam em mostrar as ferramentas, mas em
nenhum momento, ocorre uma articulação entre teoria e prática.
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Os participantes revelaram ainda que, no projeto presente, também não dispunham
de tempo para exercitar o que aprendiam e, em alguns casos, não tinham local para fazer
isto. Neste sentido, em muitos encontros, disponibilizamos uma parte do tempo para suprir
a demanda apresentada por eles.
Apesar das dificuldades apresentadas, os participantes que estiveram presentes até o
último encontro receberam positivamente as propostas e as discussões realizadas. Eles
perceberam seus limites e mostraram empenhados em ultrapassá-los. Segundo reflexão de
um professor participante sobre a atividade docente, “os professores de uma forma geral
ainda não estão preparados para levar o computador para sala de aula, pois já se
acostumaram com aulas transmissivas em vez de interativas”. Os professores também
revelaram que a falta de interesse prévio dos estudantes proporcionada pela sua estadia
obrigatória na escola e, ainda, dentro de um sistema de promoção automática, é um
obstáculo para a sua própria motivação.
Sobre a possibilidade de superar os obstáculos citados e experimentar o computador
em suas aulas, os professores se mostraram motivados. Ficaram satisfeitos com a oficina
realizada com os alunos do 7º ano e demonstraram interesse em realizar mais atividades
neste sentido.
Finalizamos esta etapa do projeto satisfeitos com o desempenho geral dos
professores e com o interesse dos mesmos em continuar em 2011. Realizamos uma pauta
conjunta de intenções que, posteriormente, se transformariam em um novo projeto a ser
encaminhado à PROEXC. O projeto foi, de fato, construído, encaminhado e selecionado
para iniciar em março de 2011.
6. Sobre as futuras ações extensionistas.
Dando continuidade à proposta iniciada em 2010, ao grupo de docentes da UFVJM
proponentes do projeto foram agregados novos docentes vislumbrando uma transformação
futura deste projeto num programa de extensão a partir de 2012.
Antes disso, porém, pretendemos, no ano de 2011, dar continuidade às atividades
com os softwares livres (Geogebra, Superlogo, etc.), incluindo oficinas, grupos de
discussões e aplicações em turmas do Ensino Fundamental e Médio. Todavia pretendemos
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também construir o projeto de TIC’s nas escolas dos professores participantes (proposta
que não pôde ser concluída em 2010 em virtude da greve dos professores) e,
principalmente, proporcionar uma interface deste projeto com a pesquisa, na qual, os
professores participantes não serão objetos de pesquisa, mas sujeitos participantes também
desta ação.
Estes professores avaliarão continuamente, sob a orientação do grupo proponente,
as atividades pedagógicas nas quais as TIC’s foram utilizadas e buscarão compreender, por
meio de uma prática investigativa, de que maneira as TIC’s contribuiram para o processo
de ensino-aprendizagem em Matemática. Neste sentido, os estudantes da UFVJM
participarão de todo o processo como bolsistas de extensão e também como estudantes de
iniciação científica.
No final deste projeto, caso façamos uma avaliação positiva do mesmo,
pretendemos, para 2012, transformá-lo em um grande programa de extensão, agregando
docentes da UFVJM de outras áreas do conhecimento para que possam discutir a
incorporação das TIC’s no processo de ensino-aprendizagem da área em que atuam, nas
escolas de Diamantina.
Desta maneira, acreditamos possibilitar também a formação de um grande grupo de
pesquisa em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação e consolidar, a partir
da experiência vivenciada nas ações extensionistas, a discussão sobre o uso de tecnologias
de comunicação e informação aplicadas no ensino à distância (já em desenvolvimento na
UFVJM).
7. Considerações finais
Esta experiência desvelou a importância e a urgência em ampliarmos ações que
visem estabelecer uma relação dialógica e contínua entre Universidade e Escola, a fim de
proporcionar um aprimoramento da prática docente nos diversos segmentos de ensino –
básico e superior – considerando, principalmente, as especificidades regionais. Devemos
ainda destacar a importância da flexibilidade ao planejar as ações extensionistas, o que
seria impossível se considerássemos o público-alvo como receptores acomodados dentro
de um modelo previamente definido. É imprescindível compreender que sua realidade se
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transforma em função dos contextos em que estão inseridos. Percebemos, enfim, que as
nossas ações agregaram valores para o grupo participante uma vez que, sempre quando
necessário, as mesmas foram reorientadas coletivamente.
8. Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria da Educação à Distância. Programa
nacional de Informática na educação. Disponível em: <www.mec.gov.br>, acesso em
06/06/2007.
CANO, Cristina Alonso et al. Os recursos da Informática e os contextos de ensino e
aprendizagem. Para uma Tecnologia Educacional. 2ª reimpressão. Porto Alegre: Artmed,
1998.
PONS, Juan de Pablos et al. Visões e conceitos sobre a tecnologia educacional. Para uma
Tecnologia Educacional. 2ª reimpressão. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SANCHO, Juana M. et al. A tecnologia: um modo de transformar o mundo carregado de
ambivalência. Para uma Tecnologia Educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SCHÖN, Donald A. Educando o Profissional Reflexivo – um novo design para o ensino e
a aprendizagem. São Paulo: Artmed, 2000.
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