VOLUME 1 | BIOLOGIA 4 Resoluções das Atividades Sumário Aula 3 – Grupos sanguíneos, transplantes, doenças autoimunes, sistema Rh e eritroblastose fetal......................................................................................................1 Aula 3 Grupos sanguíneos, transplantes, doenças autoimunes, sistema Rh e eritroblastose fetal Atividades para Sala 01 D Os alelos envolvidos no sistema ABO são IA, IB e i, sendo o alelo i recessivo em relação a seus alelos IA e IB. Dependendo dos alelos de pares formados, são obtidos quatro fenótipos possíveis: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O. Os indivíduos do tipo sanguíneo O não possuem agutinogênio em suas hemácias. Um indivíduo do grupo sanguíneo A, heterozigoto, produzirá gametas portadores de IA ou de i. A expressão de um alelo depende de outros genes ou de outros fatores que interfiram em suas expressividade, assim sendo, o tipo sanguíneo mais frequente, não necessariamente, é o portador do alelo dominante. respectivamente. No sangue da mulher, existe aglutinogênio A nas hemacias, uma vez que houve aglutinação com o soro anti-A, assim a mulher pertence ao grupo sanguíneo A e é heterozigota, uma vez que seu pai pertence ao tipo O. O sangue do homem aglutinou com o soro anti-A e anti-B, assim, pertence ao tipo sanguíneo AB. Quando, em contato com o soro anti-Rh, as hemácias do sangue sofrem aglutinação, como no caso da mulher, é por que existe fator Rh no sangue, e este é classificado como Rh+. Quando não sofrem aglutinação, como no caso do homem, há ausência de fator Rh nas hemácias e seu sangue é classificado como Rh–. Para que os eventos ocorrem, devemos considerar os seguintes genótipos do casal: A B × IA i G: IA IB × IA i F: IA IA × IA i IA IB 1 4 P: rr P: I I 02 C A eritroblastose fetal ocorre quando mulheres Rh– são sensibilizadas na 1ª gestação, devido à criança ser Rh+. A sensibilização ocorre 15 a 20 dias dessa passagem, quando a mãe desenvolve anticorpos anti-Rh. G: r F: 03 B Próximo ao fim da gravidez ou na hora do parto, é comum a ocorrência de rupturas placentárias ou contato de sangue do feto para a mãe, devido a rupturas ou ao desprendimento da placenta, assim, o sangue materno e fetal se misturam. A figura revela a produção de anticorpos anti-Rh pela mãe e a passagem desses anticorpos para o organismo fetal, iniciando-se o processo de hemólise e um conjunto de sinais e sintomas, que caracterizam a DHRN, e que podem levá-lo à morte. 04 C Os anticorpos presentes no plasma sanguíneo reagem com os aglutinogênios das hemácias e provocam a reação de aglutinação. Os anticorpos denominam-se aglutinina anti-A e anti-B, por reagirem com os aglutinogênios A e B, IB i × × Rr Rr Rr rr 1 2 1 1 1 R= ⋅ = . 4 2 8 Atividades Propostas 01 A O terceiro filho nasceu saudável, depois de o segundo ter sido afetado pela eritroblastose fetal, o que indica que o pai é Rh+ heterozigoto; a mãe só pode ser homozigota recessiva (rr); o primeiro filho, que sensibilizou a mãe é heterozigoto, assim como o segundo filho; o terceiro é homozigoto recessivo e o quarto, heterozigoto. Pré-Universitário | 1 VOLUME 1 | BIOLOGIA 4 Agora façamos a análise das hipóteses: 02 C A árvore genealógica adiante revela o histórico familiar: I. (F) Existe a possibilidade de a criança herdar um IB do pai e um i da mãe. II. (V) O casal pode ser IAi e IBIB, ou outra das formas variantes com três genes. III. (V) Se o casal for IAi e IBi, de fato, poderão ser geradas crianças dos quatro grupos sanguíneos. IV. (V) Existe a possibilidade de o casal ser IAIA e IBIB. V. (F) O casal pode ter filhos do grupo O, se tiver genótipo IAi e IBi, diferindo da frase que afirma que o casal só pode ter filhos no grupo O. Rr rr rr Rr Rr normal DHRN A chance de uma terceira criança do casal ter DHRN é de 50%. P: rr × Rr G: r Rr F: Rr rr O casal 3×4 não poderá ter filhos com eritroblastose fetal, uma vez que a mãe (4) é Rh+ e o pai (3) é Rh–. A eritroblastose fetal só ocorre quando mulheres Rh–, já sensibilizadas anteriormente, têm filhos Rh+, assim o pai deve ser Rh+ (R—). 07 1 2 03 B A eritroblastose fetal se manifesta, de modo geral, a partir da segunda gravidez, quando a mãe Rh– estiver sensibilizada, ou seja, quando possuir anticorpos anti-Rh. 04 A Os indivíduos do grupo sanguíneo O podem doar sangue para indivíduos de todos os outros grupos (doadores universais); já os indivíduos do grupo AB podem receber sangue de indivíduos de todos os outros grupos (receptores universais). Assim, de acordo com o genograma, teremos: P: IA IB × IA IA lA IA lB IA IA lA lB Indivíduos do grupo A podem receber sangue A ou O, com base na presença ou na ausência de aglutinogênios. 05 A Como o homem é do grupo sanguíneo A e a mulher é do grupo sanguíneo B, podemos formar as seguintes combinações genotípicas: 1. IAIA × IBIB 2. IAi × IBIB 3. IAIA × IBi 4. IAi × IBi 2 | Pré-Universitário 06 A a) A identificação pode ser feita pela tipagem sanguínea. Nesse processo, o sangue a ser analisado é misturado com o soro que contém os anticorpos de cada tipo sanguíneo; a aglutinação do sangue indica a presença de antígeno. b) Pessoas com sangue do tipo O apresentam todos os anticorpos, por isso não podem receber sangue de outro tipo. O grupo sanguíneo AB apresenta todos os antígenos, por isso não pode ser doado para pessoas de outros tipos. Uma pessoa pode ser identificada pela tipagem sanguínea, por meio de exames laboratoriais: coloca-se em uma lâmina uma gota de soro que possui aglutinina anti-A e, separado, uma gota de soro que possui aglutinina anti-B. Acrescenta-se uma gota de sangue a cada gota de soro. Mistura-se com um bastão de vidro cada uma das amostras. Ocorrendo aglutinação com anti-A, o indivíduo é do grupo A; ocorrendo aglutinação com anti-B, o indivíduo é do grupo B, ocorrendo aglutinação tanto com anti-A quanto com anti-B, o indivíduo é do grupo AB; na ausência de aglutinação, o indivíduo é do grupo O. Nas transfusões de sangue, é necessário que haja compatibilidade entre o antígeno (aglutinogênio) das hemácias do doador e o anticorpo (aglutinina) do plasma do receptor. VOLUME 1 | BIOLOGIA 4 08 Caso 1: pais impossíveis – B e O. Caso 2: pai impossível – O. Caso 3: pai impossível – AB. De acordo com o sistema ABO, dependendo das circunstâncias, é possível provar que determinado indivíduo não pode ser o pai de uma criança. Entretanto, apenas pelos grupos sanguíneos do sistema ABO não se pode provar que um homem é de fato o pai de uma criança. A tabela adiante revela os tipos de fecundação e os possíveis genótipos e fenótipos. Genes dos pais A B O A AA (A) AB (AB) AO (A) B AA (AB) BB (B) BO (B) O AO (A) BO (B) OO (O) Pessoas do grupo sanguíneo A apresentam os genótipos IAIA (AA) ou IAi (AO); pessoas do grupo B apresentam os genótipos IBIB (BB) ou IBi (BO); pessoas do grupo sanguíneo AB apresentam o genótipo IAIB (AB) e pessoas do grupo O apresentam o genótipo ii (OO). O casal 12 × 13 = IBi × IB_. A probabilidade de 13 ser heterozigótico é 1 ; nesse caso, a chance de ter filho ii é 1 . 2 4 1 1 1 Portanto, a probabilidade final é de ⋅ = . 2 4 8 ← Genótipo do filho ←Fenótipo 09 E Indivíduos do grupo sanguíneo AB não apresentam aglutininas no plasma sanguíneo, como no caso do garoto. Portanto, tem genótipo IAIB . Indivíduos do grupo A apresentam aglutinina anti-B no plasma e indivíduos do grupo sanguíneo B apresentam aglutinina anti-A. IBi IAi AB uma aglutinina (A) 10 a) 1. IBi 2. IAi 3. IB_ 4. ii 5. ii 6. IAi 7. IBi 8. IBi b) 1 8 I AIB uma aglutinina (B) 9. IAIB 10. ii 11. IAi 12. IBi 13. IB_ 14. IAi 15. IAi Pré-Universitário | 3