NOTA
LITERATURA
KLEBER – EDNA
ALUNO(A):_____________________________________________________________________________
04
03
2011
MARQUE COM LETRA DE FORMA A SUA TURMA 2º ANO
 Usar somente caneta esferográfica (azul ou preta)  Não usar calculadora  Não fazer perguntas
 Não usar corretivo nem rasurar A interpretação das questões faz parte da prova
INSTRUÇÕES:
Observe atentamente o quadro do pintor romântico alemão, Caspar David.
01. Como a natureza está caracterizada?
Como um espaço verdadeiramente exuberante, exótico, praticamente mágico de se contemplar.
02. Qual é a reação da personagem diante da natureza que ela está comtemplando?
Como quem está encantada, deixando-se levar pelas belezas à sua volta (completamente
desnorteada com tanta maravilha reunida em um só lugar).
Leia os fragmentos abaixo, extraídos de Iracema, romance de José de Alencar:
Fragmento 01
“[...] O herói sonha tremendas lutas e horríveis combates, de que sai vencedor, cheio de glória e fama.
O velho renasce na prole numerosa, e como o seco tronco, donde rebenta nova e robusta sebe, cobre-se
ainda de flores.
Todos sentem a felicidade tão viva e contínua, que no espaço da noite cuidam viver muitas luas. As
bocas murmuram; o gesto fala; e o pajé, que tudo escuta e vê, colhe o segredo das almas desnudas.
Iracema, depois que ofereceu aos guerreiros o licor de Tupã, saiu do bosque. Não permitia o rito que
ela assistisse ao sono dos guerreiros e ouvisse falar os sonhos [...]”
(ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 2009, p.54)
QUESTÕES RESPONDIDAS A LÁPIS SERÃO ANULADAS
Fragmento 02
“[...] A caça e as excursões pelas montanhas em companhia do amigo, as carícias da terna esposa que
o esperavam na volta, o doce carbeto no copiar da cabana, já não acordavam nele as emoções de outrora.
Seu coração ressonava.
Iracema brincava pela praia: os olhos dele retiravam-se dela para se estenderem pela imensidade dos
mares[...]”
(Idem, p.72)
Fragmento 03
“[...] A voz trêmula da filha ressoou:
— Ainda vive Araquém sobre a terra?
— Pena ainda; depois que tu o deixaste sua cabeça vergou para o peito e não se ergueu mais.
— Dize-lhe que Iracema é morta já, para que ele se console.
A irmã de Caubi preparou a refeição para o guerreiro, e armou no copiar a rede da hospitalidade
para que ele repousasse das fadigas da jornada. Quando o viajante satisfez o apetite, ergueu-se com estas
palavras:
— Diz onde está teu esposo e meu irmão, para que o guerreiro Caubi lhe dê o abraço da amizade [...]”
(Idem, p.82)
03. Explique a ação narrativa do fragmento 01 a partir da sua leitura da obra Iracema.
O narador relata-nos os sonhos dos tabajaras, eram imagens provocadas pelo licor servido por
Iracema aos seus irmãos (segredo da Jurema).
04. A respeito do fragmento 02 o que aconteceu a Martim para abandonar o tédio que o envolvia nessa passagem do
romance?
Um índio pitiguara, a mando de Jacaúna e Poti, convoca Martim para ajudar os pitiguaras na luta
contra os tabajaras que estão em aliança com os “brancos tapuias”, como diz o narrador.
05. Lendo o fragmento 03, Iracema diz na 3ª pessoa: “Dize-lhe que Iracema é morta já, para que ele se console”. O que a
personagem protagonista pretendia com esta mentira?
O pai de Iracema estava sofrendo com a “traição”da filha, quando esta abandonou a sua gente (e
o segredo da Jurema) e ficou ao lado do guerreiro branco, Martim. Por isso, acreditando que a filha
estivesse morta, o pai poderia sentir um certo alívio e esquecer do desgosto causado por ela.
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06. A respeito da questão anterior (e relendo o fragmento 03), o que você considera como atitude romântica por parte das
personagens envolvidas? Justifique a partir do mesmo fragmento.
Quando Iracema prefere que o pai pense que ela esteja morta (pensando no melhor para ele)
e no momento que Caubi pretende abraçar o esposo de Iracema (o que trasnparece perdão e
reconciliação proposta pela personagem indígena).
Canção do exílio
Kennst du das Land, wo die Citronen blühn,
Im dunklen Laub die Gol-Orangen Glühn,
Kennst due s wohl? – Dahin, dahin!
Möcht ich… ziehn*
(Goethe)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Primeiros cantos - Gonçalves Dias (1847)
* “Conheces o país onde florescem as laranjeiras? Ardem na escura fronde os frutos de outro. Conhecê-lo? – Para lá quisera eu ir!” (Tradução de Manoel Bandeira).
O poema de Gonçalves Dias tem como epígrafe alguns versos do escritor alemão Goethe. Epígrafe é uma frase ou um trecho de
obra de outro autor no qual o escritor se inspira para escrever seu próprio texto. Leia a nota de tradução dos versos de Goethe e
compare os versos do escritor alemão aos do escritor brasileiro. Responda as questões a seguir.
07. Em que se assemelham?
Em ambos os textos o eu lírico manifesta o desejo de ir para outro país, para outro lugar, cuja
natureza é generosa.
08. Gonçalves Dias fala de uma natureza generosa, como nos versos de Goethe, mas substituiu as laranjeiras dos versos
do escritor alemão por palmeiras. Por que você acha que isso acontece?
Porque as palmeiras são mais representativas da natureza brasileira do que as laranjeiras.
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