No instante t = 0 , uma fonte sonora que gera um tom com freqüência de 500 Hz é arremessada verticalmente do solo com velocidade inicial de 40 m/s . Pede-se: a) a maior e a menor freqüência do som ouvido por um observador estacionário situado muito próximo do local do arremesso: b) um esboço do gráfico da freqüência ouvida pelo observador em função do tempo após o lançamento para 0 < t < 10s . Dados: aceleração da gravidade ( g ) = 10m/s 2 ; velocidade do som ( vS ) = 340 m/s 2 . Obs.: despreze o atrito da fonte sonora com o ar e suponha que a fonte permaneça imóvel após atingir o solo. Resolução: a) A partícula é lançada com v f o = 40 m/s , e então, chega ao solo novamente com v f = −40 m/s : Assim; i) Maior freqüência: Ocorre quando a aproximação for máxima, ou seja, instante em que a fonte retorna ao solo: f = f0 ⋅ vS ± v0 ⇒ vS ± v f 340 ⇒ 340 − 40 340 = 500 ⋅ = 567 Hz 300 f máx = f 0 ⋅ f máx ii) Menor freqüência: Ocorre quando o afastamento for máximo, ou seja, instante de lançamento: 340 ⇒ f mín = f 0 ⋅ 340 + 40 f mín = 500 ⋅ b) 340 = 447 Hz 380 A freqüência do instante do lançamento até a queda pode ser determinada pela seguinte equação: 340 340 f = f0 ⋅ ⇒ f = 500 ⋅ 380 − 10t 340 + ( 40 − 10t ) Sendo que o lançamento dura 8s (v f = −40m/s ) . Após, a queda, a partícula está em repouso, e então a freqüência ouvida é constante. Gráfico: A figura ilustra um bloco M de madeira com formato cúbico, parcialmente submerso em água, ao qual está fixado um cursor metálico conectado a um circuito elétrico. Na situação inicial, a face do fundo do bloco se encontra a 48cm da superfície da água, a chave K está aberta e o capacitor C1 descarregado. O comprimento do fio resistivo entre a posição b do cursor metálico e o ponto a é 10cm . A potência dissipada no resistor R1 é 16 W . Em determinado instante, a água é substituída por outro líquido mais denso, mantendo-se constante o nível H da coluna de água inicialmente existente. Fecha-se a chave K e observa-se que, após um longo intervalo de tempo, a energia armazenada em C1 se estabiliza em 28,8 μ J . Considerando que a resistência por unidade de comprimento do fio resistivo é constante, determine a massa específica do líquido que substituiu a água. Dados: aceleração da gravidade ( g ) = 10m/s 2 ; massa específica da água ( μ0 ) = 1 g / cm3 . Resolução: Substituindo o líquido por outro mais denso, para que o corpo permaneça em equilíbrio, o volume deslocado diminui, e logo, o bloco sobe mudando a posição do cursor b . Assim: i) Na posição inicial: Pela potência em R1 descobriremos U e i nesse resistor: P = R ⋅ i 2 ⇒ 16 = 1 ⋅ i 2 ⇒ i = 4 A U = R ⋅ i ⇒ U = 1⋅ 4 = 4 V Então, no reostato temos, U ab = 24 − 4 = 20 V E por fim: U = R ⋅ i ⇒ 20 = Rab ⋅ 4 ⇒ Rab = 5Ω ii) Na posição final: Para o capacitor carregado: CU 2 U2 E= ⇒ 28,8μ = 10μ ⋅ ⇒ 2 2 U = 2,4 V E estando o capacitor em paralelo com R1 : U C = R1 ⋅ i' ∴ i' = 2 ,4 A que é a nova corrente. Então para o cálculo da resistência final do reostato ( R'ab ) : U 'ab = 24 − 2 , 4 = 21,6 V Logo: U 'ab = R'ab ⋅ i' ⇒ 21,6 = R'ab ⋅ 2,4 ⇒ R'ab = 9 Ω Por fim, se a resistência por unidade de comprimento é constante, a resistência total é proporcional ao comprimento do fio: Rab : R'ab ⇒ Lab : L'ab 5 9 = ⇒ L'ab = 18cm 10cm L'ab Portanto, o cursor (e também o bloco) subiram 8cm , e como os empuxos no início e no fim equilibram a força peso no bloco: E0 = E f μ a ⋅ g ⋅ V0 = μ 2 ⋅ gV f μc ⋅ g ⋅ A ⋅ 48 ⋅ 10−2 = μ L ⋅ g ⋅ A ⋅ 40 ⋅ 10−2 μ L = 1,2g/cm3 Um pequeno corpo é abandonado com velocidade inicial nula no ponto A de uma rampa, conforme ilustra a Figura 1 . No instante em que esse corpo passa pelo ponto P , um dispositivo provoca o fechamento da chave S1 do circuito elétrico apresentado na Figura 2 . No instante em que o resistor R1 desse circuito atinge o consumo de 0,05 W ⋅ h um percussor é disparado, perpendicularmente ao trecho plano BC , com o objetivo de atingir o corpo mencionado. Sabe-se que ao percorrer a distância d mostrada na figura 1 , o corpo tem sua velocidade reduzida a 1 / 3 da alcançada no ponto B . Considerando que os trechos AB e PC não possuem atrito e que o corpo permanece em contato com o solo até o choque, determine o ângulo de inclinação θ da rampa para que o corpo seja atingido pelo percussor. Dado: aceleração da gravidade ( g ) = 10 m / s 2 . Resolução: Cálculo do intervalo de tempo Δt entre o fechamento da chave S1 e o disparo do percussor. 4 i − 20 = 0 i =5A P1 = R1 ⋅ i 2 P1 = 1,2 ⋅ 52 W P1 = 30 W P1 ⋅ Δt = E1 30 ⋅ Δt = 0 ,05 Wh 0 ,05 ⋅ 3600s 30 Δt = 6s Δt = No trecho PC não temos atrito, então o corpo vai em movimento uniforme: Seja v p o módulo da velocidade do corpo no ponto P . vP = Δs 10 m 5 = = m/s (o bloco deve ser atingido pelo percussor) Δt 6s 3 Seja o vB módulo da velocidade do corpo no ponto B . 1 5 1 vP = vB ⇒ = vB ⇒ vB = 5m/s . 3 3 3 Fazendo conservação de energia no trecho AB . m vB2 mgh = 2 2 v 25 h= B = 2 g 2 ⋅ 10 h = 1, 25m Voltando à figura: 1, 25 1 = 2 ,5 2 ∴ θ = 30° sen θ = Uma mola com constante elástica k , presa somente a uma parede vertical, encontra-se inicialmente comprimida em 10cm por um bloco de massa m = 4 kg , conforme apresenta a figura abaixo. O bloco é liberado e percorre uma superfície horizontal lisa AO sem atrito. Em seguida, o bloco percorre, até atingir o repouso, parte da superfície rugosa de uma viga com 4 m de comprimento, feita de material uniforme e homogêneo, com o perfil mostrado na figura. Sabendo que a força normal por unidade de área no tirante CD de seção reta 10mm 2 é de 15 MPa na posição de repouso do bloco sobre a viga, determine o valor da constante elástica k da mola. Dados: pesos por unidade de comprimento da viga ( PL1 ) = 20 N/m e ( PL 2 ) = 40 N/m ; coeficiente de atrito cinético ( μC ) = 0,50 ; aceleração da gravidade ( g ) = 10m/s 2 ; 1 Pa = 1N/m 2 . Obs.: o tirante não prejudica o movimento do bloco. Resolução: Determinação da posição em que o bloco para sobre a viga: ∑M = 0 = P1 ⋅ 3 + N ⋅ x + P2 ⋅ 1 − F ⋅ 2 = 0 120 + 40 x + 80 − 300 = 0 x = 2 ,5m Notemos que o bloco percorreu 1,5m sobre a viga até parar: τ Fat = Δ Ec Fat ⋅ d ⋅ cos180º = 0 − μ ⋅ N ⋅ d ⋅ ( −1) = − μ ⋅ mg ⋅ d = mv 2 , em que v é a velocidade de chegada à viga. 2 mv 2 2 mv 2 2 v = 2 ⋅ μg ⋅ d v = 2 ⋅ 0 ,5 ⋅ 10 ⋅ 1,5 v = 15 m/s Antes da chegada á viga o sistema é conservatório: kx 2 mv 2 = 2 2 2 mv k= 2 x k= 4⋅ ( 15 ) 2 (10 ⋅ 10−2 ) 2 k = 6 ⋅ 103 N/m = 4 ⋅ 15 10−2 A figura 1 ilustra uma bateria, modelada através de uma fonte de tensão elétrica VF em série com um resistor RS , conectada a um voltímetro V , cuja leitura indica 24 V . Essa bateria é ligada em série com o amperímetro A e com um circuito composto por uma resistência de aquecimento RA em paralelo com uma resistência RB , conforme mostra a Figura 2 . A resistência RA encontra-se imersa em 0,2 L de um líquido com massa específica de 1,2 g / cm3 . Inicialmente, as chaves S1 e S 2 da figura 2 encontram-se abertas. A chave S1 é acionada. Observa-se que o amperímetro indica 2 A e que a temperatura do líquido se eleva a 10 °C para 40 °C em 30 minutos. Em seguida, a chave S 2 é fechada e o amperímetro passa a indicar 2 ,4 A . Considerando que não exista perda de energia no aquecimento da água e que o voltímetro e o amperímetro sejam ideais, determine: a) a resistência RA em ohms; b) a resistência RS em ohms; c) a resistência RB em ohms. Dados: calor específico do líquido ( c ) = 2cal/ ( g°C ) ; 1cal ≅ 4 J . Resolução: a) Calculo da potência dissipada em RA : m ⋅ c ⋅ Δθ d ⋅ V ⋅ c ⋅ Δθ = Δt Δt g cal ⋅ 30º C 1,2 3 ⋅ 200cm3 ⋅ 2 J cal cm gº C PA = =8 = 8,4 30 ⋅ 60 ⋅ s s s PA = 32 W PA = Q Δt = Lembrando que PA = RA ⋅ i 2 vem: PA 32 W = i 2 2 2 A2 RA = 8Ω RA = b) Como VF = 24 V (situação da figura 1 ): VF = RS ⋅ i + RA ⋅ i RS = VF 24V − RA = − 8Ω = 12Ω − 8Ω i 2A RS = 4Ω c) Com as chaves S1 e S 2 fechadas: +4 ⋅ 2 ,4 + 8 ⋅ i − 24 = 0 i = 1,8A + RB ⋅ ( 2 ,4 − i ) − 8 ⋅ i = 0 RB ⋅ 0 ,6 − 8 ⋅ 1,8 = 0 RB = 24Ω Uma massa m de ar, inicialmente a uma pressão de 3atm , ocupa 0,1m3 em um balão. Este gás é expandido isobaricamente até um volume de 0,2m3 e, em seguida, ocorre uma nova expansão através de um processo isotérmico, sendo o trabalho realizado pelo gás durante esta última expansão igual a 66000 J . Determine: a) o trabalho total realizado em joules pelo gás durante todo o processo de expansão; b) o calor total associado às duas expansões, interpretando fisicamente o sinal desta grandeza. Dados: 1atm = 1 Cp kgf = 14. , 1 kgf = 10 N e γ = 2 Cv cm Obs.: Suponha que o ar nestas condições possa ser considerado como gás ideal. Resolução: a) Na transformação isobárica: τ 1 = p ⋅ ΔV = 3 ⋅ 105 ⋅ ( 0 ,2 − 0 ,1 ) = 3 ⋅ 104 J o trabalho na transformação isotérmica foi fornecido: τ 2 = 66000J Logo, τ T = τ 1 + τ 2 = 66000 + 30000 τ T = 96000J b) Na transformação isobárica temos: Q1 = n ⋅ C p ⋅ ΔT , onde: C p − Cv = R ⇒ C p − ⎛ 1⎞ R ⋅γ = R ⇒ C p ⎜1 − ⎟ = R ⇒ C p = γ γ −1 ⎝ γ⎠ Cp Assim: R ⋅γ γ ⋅ ΔT = ⋅ n ⋅ R ⋅ ΔT ⇒ γ −1 γ −1 γ γ 1, 4 Q1 = = p ⋅ ΔV = ⋅τ1 = ⋅ 30000 ⇒ 1, 4 − 1 γ −1 γ −1 Q1 = n Q1 = 105000 J Na transformação isotérmica: Q2 = τ 2 + ΔU , em que ΔU = 0 , por tanto: Q2 = τ 2 = 66000J Por fim o calor total será: QT = Q1 + Q2 = 105000 + 66000 = 171000 J. Concluímos que, sendo positiva essa grandeza, o calor é recebido pelo gás durante as transformações. Um pêndulo com comprimento L = 1m , inicialmente em repouso, sustenta uma partícula com massa m = 1kg . Uma segunda partícula com massa m = 1kg movimenta-se na direção horizontal com velocidade constante v0 até realizar um choque perfeitamente inelástico com a primeira. Em função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo, conforme ilustrado na figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada pelo pêndulo é a mesma do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível e permanece sempre esticado. Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s 2 e a resistência do ar desprezível, determine: a) a velocidade v0 da partícula com massa M antes do choque; b) a força que o fio exerce sobre a partícula de massa m imediatamente após o fio bater no obstáculo. Resolução: a) Após a colisão o sistema é conservativo: 2m ⋅ v 2 = 2m ⋅ g ⋅ 0,8 L , em que v é o módulo da velocidade do conjunto imediatamente após a colisão: 2 v 2 = 1,6 ⋅ g ⋅ L = 1,6 ⋅ 10 ⋅ 1 v = 4 m/s Na colisão temos conservação da quantidade de movimento: m ⋅ v0 = 2m ⋅ v JJG v0 = 8m/s (a direção e o sentido do v0 estão indicados na figura do enunciado da questão). b) Cálculo de v' : L 2m ⋅ v 2 2m ⋅ v' 2 = + 2m ⋅ g ⋅ 2 2 2 v' 2 8= +5 2 v' 2 = 6 m 2 /s 2 Lembrando que agora o raio da curva é 0,6 L : T − 2mg ⋅ cos 60° = T − mg = 2m ⋅ v' 2 0 ,6 L m ⋅ v' 2 0 ,3L m ⋅ v' 2 1⋅ 6 = 1 ⋅ 10 + 0 ,3L 0,3 ⋅ 1 T = 30 N , que é a intensidade da força que o fio exerce sobre a partícula, lembrando que ela atua na direção do fio conforme T = mg + indicado na figura. Uma partícula de massa m e carga elétrica q é arremessada com velocidade escalar v numa região entre duas placas JG de comprimento d , onde existe um campo elétrico uniforme E, conforme ilustra a figura. Ao sair da região entre as placas, JG a partícula entra numa região sujeita a um campo magnético uniforme B e segue uma trajetória igual uma semicircunferência, retornando à região entre as placas. Pede-se: a) o ângulo θ de arremesso da partícula indicado na figura; b) a energia cinética da partícula no instante de sue retorno à região entre as placas; JG c) a faixa de valores de B para que a partícula volte à região entre as placas; d) verificar, justificando, se existe a certeza da partícula se chocar com alguma das placas após regressar à região entre as placas. Obs.: desconsidere a ação da gravidade. Resolução: a) JG Para que a partícula faça uma semi-circunferência na região de B , ela deve sair da região entre as placas na direção horizontal JG ( q > 0 ) , assim; ao término da travessia do campo E teremos v y = 0 : FR = q ⋅ E = m ⋅ a y ⇒ a y = qE m E para as velocidades: v y = voy − a y t ⇒ 0 = v ⋅ sen θ − qE ⋅t m ( I) Sendo que no eixo x: d d = vx ⋅ t ⇒ t = ( II ) v ⋅ cosθ Substituindo ( II ) em ( I ) : 0 = v sen θ − θ= b) qE d Ed ⋅ ⇒ sen 2θ = 2q 2 m v cos θ mv 1 ⎛ 2qEd ⎞ ⋅ arcsen ⎜ 2 ⎟ 2 ⎝ mv ⎠ A carga retorna às placas com a mesma energia com que saiu já que o campo magnético não realiza trabalho. mvx2 mv 2 ⋅ cos 2 θ EC = = ( III ) 2 2 Calculo de cos 2 θ : cos 2 2θ = 1 − sen 2 2θ cos 2θ= 1 − sen 2 2θ 2cos 2θ − 1 = 1 − sen 2 2θ cos 2 θ = 1 + 1 − sen 2 2θ 2 ⎛ 2qEd ⎞ 1+ 1− ⎜ 2 ⎟ ⎝ mv ⎠ 2 cos θ= 2 Voltando em ( III ) : 2 2 ⎛ ⎞ ⎞⎟ ⎜1 + 1 − ⎛⎜ 2qEd ⎟ 2 2 ⎞ ⎝ mv ⎠ ⎟ mv 2 ⎛ mv 2 ⎜⎝ ⎠= ⎜1 + 1 − ⎛⎜ 2qEd ⎞⎟ ⎟ ⋅ EC = 2 2 2 4 ⎜ ⎝ mv ⎠ ⎟ ⎝ ⎠ c) Cálculo do afastamento H da carga à placa negativa no instante em que ela entra na região do campo magnético. 1 1 qE d2 H = at 2 = ⋅ ⋅ 2 2 2 m v cos 2 θ qEd 2 H= 2 ⎛ ⎛ 2qEd ⎞ ⎞⎟ mv 2 ⋅ ⎜1 + 1 − ⎜ 2 ⎟ ⎜ ⎝ mv ⎠ ⎟⎠ ⎝ Analisando o MCU na região do campo magnético: mvx2 mv qvx ⋅ B = ⇒R= x R qB R= mv ⋅ cos θ . qB Observe na figura que R < H 2 mv ⋅ cos θ H < 2 qB B> 2mv ⋅ cos θ q⋅H Substituindo H e cos θ vem: 3 2 ⎤2 4m v ⎡ 1 ⎛ ⎛ 2qEd ⎞ ⎞⎟ ⎥ B > 2 2 ⎢ ⎜1 + 1 − ⎜ 2 ⎟ q Ed ⎢ 2 ⎜ ⎝ mv ⎠ ⎟⎠ ⎥ ⎣ ⎝ ⎦ 2 3 d) Ao voltar para a região entre as placas, a partícula será lançada horizontalmente com velocidade v X e durante a travessia terá um deslocamento H para cima em y . Assim, ao retornar às placas, a carga se choca certamente com a placa superior. Um explorador espacial sofreu um acidente e encontra-se em um planeta desconhecido. Entre seus equipamentos, ele dispõe de um telescópio, um dinamômetro, um bloco de massa M conhecida e um fio de comprimento L . O telescópio é composto por uma objetiva e uma ocular com distâncias focais f e f ' , respectivamente. O explorador observou a existência de um satélite no céu deste planeta e o telescópio apresentou uma imagem de diâmetro máximo 2r' . Medidas anteriores ao acidente indicavam que o raio deste satélite era, na realidade, R . O astronauta determinou que o período de revolução do satélite em torno do planeta era equivalente a 5000 períodos de um pêndulo improvisado com o bloco e o fio. Se o dinamômetro registra que este bloco causa uma força F sob efeito da gravidade na superfície do planeta, determine: a) a massa M em função dos parâmetros fornecidos; b) o diâmetro D deste planeta em função dos parâmetros fornecidos. Dado: constante da gravitação universal = G . Resolução: a) Como descreve o enunciado, a massa M do bloco é conhecida. Então, neste item a banca examinadora provavelmente gostaria de ter pedido a massa do planeta M P . Da indicação do dinamômetro: F F = M ⋅ g0 ⇒ g0 = M Para o pêndulo simples L LM = 2π t = 2π g0 F Usando agora a órbita do satélite Fcp = FG 2 G ⋅ MS ⋅ MP d3 ⎛ 2π ⎞ ⇒ T = 2π MS ⋅⎜ ⎟ ⋅d = 2 d GM P ⎝ T ⎠ Como T = 5000 ⋅ t vem 2π d3 LM = 5000 ⋅ 2π GM P F F ⋅ d3 , sendo d a distância até o satélite. 25 ⋅ 106 L ⋅ M ⋅ G Para a determinação de d , consideraremos que a distância da superfície do planeta ao satélite é aproximadamente igual a distância entre os centros de massa do planeta e do satélite. Assim, d é a distância medida do satélite ao objetiva do telescópio conforme a figura abaixo MP = Por semelhança de triângulos r R = f d f ⋅R ( I) d Lembrando que a imagem da primeira lente é objeto para a segunda e que a segunda imagem deve ser formada a 0 ,25m da ocular r= 1 1 1 = + f ' p −0 ,25 ( II ) r' − p' 0 ,25 = = r p p ( III ) De ( I ) e ( III ) : r' ⋅ d 0 ,25 1 4r' d = , que substituindo em ( II ) conduz a: = ⇒ p f ⋅R f ⋅R p 1 4r' d ( 4 f ' + 1) f ⋅ R . = −4 ⇒ d = f' f ⋅R 4r' ⎡ ( 4 f ' + 1) f ⋅ R ⎤ F ⎢ ⎥ . 25 ⋅ 106 L ⋅ M ⋅ G ⎣ 4r' ⎦ 3 Do exposto concluímos M P = b) g0 = GM P RP2 F GM P = M RP2 GM GM F ⋅ d3 ⋅ MP = ⋅ F F 25 ⋅ 106 L ⋅ M ⋅ G d3 RP2 = 25 ⋅ 106 L RP2 = 3 d 2 5 ⋅ 103 L Substituindo d RP = RP = 1 4 ⋅ 104 L ⎡ ( 4 f ' + 1) f ⋅ R ⎤ ⋅⎢ ⎥ r' ⎣ ⎦ 3 2 3 ∴ D = 2 RP = ⎡ ( 4 f ' + 1) f ⋅ R ⎤ 2 1 ⋅⎢ ⎥ . 4 r' 2 ⋅ 10 L ⎣ ⎦ A figura ilustra uma empacotadora de papel que utiliza um capacitor de placas quadradas e paralelas para empilhar a quantidade exata de folhas contidas em cada embalagem. Ao atingir a altura limite do bloco de papel, o laser L acoplado à fenda simples F5 projeta os mínimos de intensidade de difração de primeira ordem nos pontos A e B , eqüidistantes da linha tracejada ED . Sabendo que cada folha de papel possui uma espessura e f . Determine o número de folhas contidas em cada embalagem. Dados: comprimento de onda do laser = λ ; largura da fenda simples = a ; distância entre a fenda e a reta AB = 2d ; área da superfície das placas do capacitor = d 2 ; permissividade do vácuo = ε 0 ; permissividade do papel = ε ; capacitância do capacitor com o limite máximo de folhas de papel = C . Obs.: despreze o efeito da borda do capacitor. Resolução: Com o limite máximo de folhas, podemos escrever para o capacitor: C ⋅C ε⋅d2 ε ⋅d2 e CBC = C = AB BC ( I ) , onde C AB = 0 C AB + CBC x N ⋅ ef Onde x pode ser determinado pela difração na fenda simples: i) a sen θ = m ⋅ λ (com m = 1 ) ⇒ sen θ = ii) sen θ = λ a x 2 2 ⎛ x⎞ 2 ⎜ ⎟ + ( 2d ) ⎝2⎠ De i) e ii): x λ λ2 x2 2 = ⇒4 2 = 2 ⇒ 2 x a a 2 ⎛x⎞ 2 + 4d ⎜ ⎟ + ( 2d ) 4 ⎝2⎠ x2 a2 + 4d 2 = x 2 ⋅ 2 ⇒ 4 4λ ⎛ a2 ⎞ ⋅ ⎜ 2 − 1⎟ = 4 d 2 ⇒ λ ⎝ ⎠ 4d x= a2 −1 λ2 x2 4 E por fim, resolvendo C= C= ( I) : C AB ⋅ CBC ⇒ C AB + CBC ε 0 d 2 εd 2 ⋅ x N ⋅ ef ε0d 2 εd 2 + x N ⋅ ef ⇒ ⎛ N ⋅ e f ⋅ ε0 ⋅ d 2 + xε ⋅ d 2 ⎞ ε ⋅ ε 0 ⋅ d 4 C⎜ ⇒ ⎟⎟ = ⎜ x ⋅ N ⋅ ef ⎝ ⎠ x ⋅ N ⋅ ef ε ⋅ ε0 ⋅ d 4 − x⋅ε⋅d2 C ⎛ ε⋅d2 ε⎞ 1 N =⎜ − x ⎟⋅ C ε 0 ⎠ ef ⎝ 4d Sendo x = ⇒ a2 −1 λ2 N ⋅ e f ⋅ ε0 ⋅ d 2 = ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ 2 1 ε⋅d 4d ⋅ ε ⎟ N = ⋅⎜ − ⎟ ef ⎜ C a2 ⎜ −1 ⎟ 2 λ ⎝ ⎠ Obs: Não consideramos θ pequeno já que para isso seria preciso a bem maior que λ , o que não é estriamente necessário.