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DEGRADABILIDADE IN SITU DA MATÉRIA SECA DO FARELO DE BABAÇU EM DIFERENTES
GRANULOMETRIAS
SALETE ALVES DE MORAES1, ANDRÉ GUIMARÃES MACIEL E SILVA1, YURI IDA
BENEVIDES2, ABNER JOSÉ GIRÃO3 , LIANDRO TORRES BESERRA3, JOSÉ NEUMAN
MIRANDA NEIVA4, IRANBORGES5
1
Estudante de doutorado UFMG
Estudante de graduação agronomia UFC
3 Estudante de graduação zootecnia UFC
4 Professor UFT TO [email protected]
5 Professor UFMG2
RESUMO: Foram avaliadas as degradabilidades "in situ" da matéria seca (MS) do farelo de babaçu (Orbignya speciosa),
com diferentes tamanhos de partícula. O trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisa em Forragicultura da Universidade
Federal do Ceará NPF/CCA/UFC Utilizou-se dois ovinos canulados no rúmen, e os tempos de incubação foram: 0, 6, 12,
24, 48, 72 e 96h. As amostras foram moídas em peneira de 5mm e 3mm. Os parâmetros de degradabilidade foram
avaliados segundo o modelo proposto por Sampaio, (1988), DP= A-B*EXP(-ct) Os resultados não apontaram maiores
diferenças exceto no tempo de colonização (TC) das amostras.O farelo de babaçu com menor tamanho de partícula
(3mm) apresentou menor TC evidenciando uma menor resistência da fibra ao ataque microbiano.
PALAVRAS-CHAVE: casca rume
incubação
IN SITU DEGRADABILITY OF DRY MATTER BABASSU MEAL (ORBIGNYA SPECIOSA) IN DIFFERENTS SIZES
PARTICLE
ABSTRACT: It had been evaluated degradability “in situ" of the dry matter (DM) of Babassu meal (orbignya speciosa),
with different sizes of particle. The work was carried through the Nucleus of Research in Forragicultura of the Federal
University of Ceará NPF/CCA/UFC Used two ovine canalled in rumen, the incubation times has been: 0, 6, 12, 24, 48, 72
and 96h. The samples has been worn out in bolter of 5mm and 3mm. The degradability parameters had been found
according to model considered for Sampaio, (1988), DP = A-B*EXP(-ct) the results had not pointed differences except in
the time of settling (TC) of samples. Babassu meal with particle minor (3mm) presented minor TC evidencing a lesser
resistance of the fiber to the microbial attack.
KEYWORDS:
incubation
, rume
, shell
INTRODUÇÃO
O babaçu (Orbignya speciosa) é um dos principais produtos do extrativismo vegetal em alguns
estados do Nordeste brasileiro e é aproveitado para vários fins, dentre eles a utilização na nutrição
animal. O Farelo de babaçu, um subproduto do processamento das amêndoas de babaçu, é um
ingrediente de ração animal, rico em fibras e segundo Lennerts, (1988) o subproduto de babaçu
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processado sem cascas, possui em média, 19 a 22% de proteína e 4 a 7,9% de fibra bruta além de
poder teoricamente ser incorporado em pelo menos 50% em rações para bovinos de leite. No
entanto, em nível mundial a oferta é muito baixa, além de problemas do processamento do material
com um alto teor de casca que produz uma matéria prima inadequada ao consumo animal, apesar
do valor nutricional em geral. É necessário o incremento dos estudos que avaliem a condição de
alimentos alternativos como os subprodutos da agroindústria, no sentido de que eles possam ser
utilizados na alimentação animal e finalmente contribuir para diminuir o custo de produção do
sistema. Esse trabalho foi realizado com o objetivo de estudar a degradabilidade da matéria seca do
farelo de babaçu processada em peneira de 5mm e peneira de 3mm,.
MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisas em Forragicultura da Universidade Federal do
Ceará, em Fortaleza-CE. Foram utilizados dois ovinos machos castrados e canulados no rúmen. Os
animais foram mantidos em gaiolas metabólicas, com comedouro e bebedouro e sal mineral à
vontade. A dieta fornecida era constituída de concentrado à base de milho e soja e feno de capim
elefante “ad libitum”, às 8:00 e 17:00hs. Os subprodutos, previamente desidratados foram moídos
em peneira de martelo de 5mm e depois em moinho de facas tipo “wlilley” de 5mm e uma das
amostras passadas em peneira de 2mm. Depois de moídas, as amostras foram colocadas em sacos
de nylon tipo poliéster de abertura de poro 50µ, nas dimensões de 12 x 8cm. Pesou-se três gramas
de amostra em cada saco, ocorrendo a posterior incubação. Depois de incubados e após cada
tempo de incubação, os sacos foram lavados em água corrente até um a coloração límpida e
levados para secagem em estufa ventilada a 55°C até 72h. Os cálculos da degradabilidade potencial
(DP) foram encontrados segundo o modelo proposto por Sampaio (1988), DP= A-B*EXP(-ct) onde
“DP” é a degradabilidade potencial; “A” é potencial máximo de degradação da amostra;”B” é a fração
potencialmente degradável e “c” é a taxa constante de degradação da fração “B” no tempo “t” em
horas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa SAEG versão 8.4, (1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados referentes à estimativas dos parâmetros relativos à degradabilidade da MS dos
subprodutos avaliados encontram-se na Tabela 1. Na verdade os subprodutos em relação ao
tamanho de partícula (5mm e 3mm) não apresentaram maiores diferenças. No entanto,
particularidades são notadas em alguns parâmetros avaliados. O tempo de colonização do
subproduto com tamanho de partícula 5mm, foi bem superior P(<0,05) (0,75) ao de 3mm (0,39).
Menores tempos de colonização podem em teoria evidenciar uma maior digestibilidade da fração
fibrosa (Leite et al, 2004). É importante observar que tanto para tamanho de partícula 5mm como
para 3mm, os valores de taxa de degradação foram exatamente iguais (0,06), intensificando assim a
importância da etapa do tempo de colonização das partículas menores.
CONCLUSÕES
O subproduto do babaçu livre de cascas e com menor partícula pode vir a proporcionar
indiretamente uma melhor degradabilidade do alimento, já que, mostra uma menor resistência da
fibra ao ataque microbiano mostrado pelos valores menores do tempo de colonização pelo
subproduto em 3mm.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LEITE, L. A.; PEREIRA, R.G.L. et al., Avaliação de dietas para vacas leiteiras contendo silagens
de girassol e de milho pela técnica ‘in vitro” semi automática de produção de gases. 41a.
Reunião Anual da SBZ. Campo Grande-MS, 2004
2. LENNERTS, L. Animal Feed Resources Information System. Muhle-+- Mschfuttertechnik. 1988,
125: 14. 189.
3.
SAMPAIO, I.B.M. Experimental designs and modeling techniques in the study of roughage
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degradation in rumen and growth of ruminants. Reading: University of Reading, 1988. 214p. (Tese,
Doutorado em Fisiologia).
4.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA-UFV. Manual de Utilização do Programa SAEG
(Sistema para Análises Estatísticas 8.0). Viçosa: UFV, Imprensa Universitária, 1999, 141p
5. AUTORES. [Demais Dados Da Publicação]
Tabela1. Estimativas dos parâmetros para degradabilidade da MS (%) a 65°C e respectivos coeficientes de
determinação (R2) e Coeficiente de variação (CV) dos subprodutos avaliados.
Parâmetros
A1
B1
c1
R2
DE 2%2
DE 5%2
DE 8%2
B13
TC4
0
6
12
24
48
72
96
CV
Subprodutos
Babaçu 5mm
64,53
Babaçu 3mm
61,35
52,25
0,06
0,98
51,20
40,70
34,86
44,85
0,06
0,99
49,98
40,87
35,76
50,13
0,75
43,87
0,39
14,4 e
24,3 d
35,2 c
54,6 b
62,2 a
61,3 a
64,2 a
17,48 e
28,30 d
37,65 c
51,47 b
59,54 a
60,47 a
60,08 a
3,39
Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste SNK a 5% de probabilidade
1.Parâmetros de degradação segundo equação DP= A-B*EXP(-ct), Sampaio (1988):
“DP”- degradabilidade potencial; “A” - potencial máximo de degradação da amostra;”B” - fração potencialmente degradável e “c”-taxa
constante de degradação da fração “B” no tempo “t” em horas
2..Taxa de degradação efetiva
3. Parâmetro sem valor biológico obtido pela subtração de A -S
4.Tempo de colonização
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- Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura