NR-33 - PAULA SCARDINO
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde nos
Trabalhos em Espaços Confinados
Paula Scardino
Coordenação Nacional da Norma - ABNT NBR 14.787,
publicada em Dezembro de 2001
Membro do GT Tripartite da NR-33, publicada em
27/12/2006
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Identificação de Riscos
 Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento ou de
sua responsabilidade;
 Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
Buscar o máximo de informações dos agentes, considerando exposição
humana em locais que não foram projetados para ocupação humana (!!)
Dar apoio ao Supervisor de Entrada para tomada de decisões, de liberação do
EC, com foco nos riscos “estáticos” do local:
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Riscos estáticos: elaboração da PET de acordo com o segmento da empresa
Riscos dinâmicos: elaboração da APR de acordo com o serviço que iremos
executar integrado aos riscos estáticos.
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Explosividade
 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou
explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento,
esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou
calor;
Conhecimento aprofundado em propriedades físico-químicas dos gases
inflamáveis com ênfase em: densidade do gás, limite inferior de
inflamabilidade, ponto de fulgor e temperatura de auto-ignição.
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Determinação do gás de calibração do oxi-explosímetro de acordo com os
riscos existentes na planta com o objetivo de nortear o resultado real da
leitura do detector;
Conhecimento das possíveis áreas classificadas, zonas 0,1 e 2 e grupos de
gases presentes na planta;
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Explosividade
Detector de gás:
quantifica uma atmosfera
inflamável.
Cromatógrafo:
qualifica e quantifica qual
gás inflamável está presente.
Cada substância inflamável possui um L.I.I. % em Volume
O sensor de gás inflamável do detector deve ser calibrado com um gás
padrão, que será a referência do mesmo em % de volume;
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Quando um detector é calibrado com gás metano, LII = 5,0%
VOL (por ex.), e encontra uma atmosfera com gás hexano,
LII = 1,2% VOL, a leitura de 25% do LII será, na verdade, de
104% do LII
(5,0/1,2 = 4,16 como fator de multiplicação);
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Conversão de medidas
CONCENTRAÇÃO EM
% VOLUME OU MOL
CONCENTRAÇÃO EM
% LIE
CONCENTRAÇÃO EM
PPM
0,6
12
6.000
1,0
20
10.000
1,5
30
15.000
2,0
40
20.000
2,5
50
25.000
3,0
60
30.000
3,5
70
35.000
4,0
80
40.000
4,5
90
45.000
5,0
100
50.000
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Testando detectores de explosividade
Considerações:
Gás padrão do cilindro é aceito pelo
fabricante e expresso no manual ?
Qual é o gás de calibração ? Metano,
Propano (??)
O cilindro está dentro da validade ?
O certificado de análise encontra-se
acessível ?
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Conhece a conversão vol/mol/lii ??
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Testando detectores de explosividade
Exemplo de instrução de um fabricante:
Considerações:
-Cilindro com 1,5% de Metano - Leitura
58% LEL (mas... 1,5% vol é = a 30%
LEL – por que isso ???)
Utiliza dispositivo automático de
calibração ou teste de resposta ?
- Cilindro com 0,6% de Propano - Leitura
37% LEL (mas... 0,6% de propano é = a
12% LEL – como assim ??)
Se o dispositivo falhar, dispõe de
regulador de pressão, mangueira e
instrução de calibração e teste de
resposta manual ? (plano B)
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Todos os usuários de detectores tem
treinamento no uso dos mesmos?
Conhecem todas as funções ?
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Testando detectores de explosividade
Sugestão:
Manter fichas de procedimentos de
 Teste de resposta e
 Calibração modo automático e modo manual
para todos os modelos utilizados na planta, mantendo-os acessíveis a todos os
supervisores capacitados.
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O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
...executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos
contidos na PET ...
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Interface com contratadas x detectores
de explosividade
Integração preliminar (fase contratual):
O prestador de serviços deve ser informado sobre os gases possíveis presentes na
planta bem como ter infra-estrutura de monitoramento dos possíveis gases que
serão liberados na execução da tarefa.
Normalmente o contratado não traz o próprio cilindro de calibração ou teste e
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espera que o contratante possa testar o equipamento, que poderá ter um modelo
diferente e o cilindro não irá corresponder.
Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas
áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus
trabalhadores;
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Interface com contratadas x equipamentos em geral
A contratada não têm equipamentos para o controle de riscos da contratante e
chega para trabalhar...!?
-O serviço precisa ser feito;
-Pede-se o equipamento emprestado;
-O trabalhador não conhece aquele equipamento;
-Curso “express” de utilização ... (!)
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-Responsabilidade civil e penal.
Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para
que eles possam atuar em conformidade com esta NR
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Controle de Riscos
 Manter cadastro atualizado de todos os espaços
confinados, inclusive os desativados, e respectivos riscos;
 Definir medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou
controlar os riscos do espaço confinado;
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Rastreando a FISPQ ...GLP x LT´s
Parâmetros de controle:
BUTANO: Limites de exposição ocupacional
Limite de tolerância - média ponderada
(48 h/semana) = 1090 mg/m3 (470 ppm).
Limite de tolerância - valor máximo
= 735 mg/m3 (588 ppm).
Valor limite (Brasil, Portaria MTb 3214/78, NR 15 - Anexo 11):
BUTANO: Grau de insalubridade = médio.
Valor limite (EUA, ACGIH): Butano: TLV/TWA: 800 ppm.
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G.L.P.: TLV/TWA: 1.000 ppm.
Butano: IDLH = 19.000 ppm
G.L.P.: IDLH = 19.000 ppm
Valor limite (EUA, NIOSH):
Propano: IDLH = 19.000 ppm
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Rastreando a FISPQ ... GLP x EPI´s
Equipamento de Proteção Individual
- Proteção respiratória: Em baixas concentrações, usar respirador com filtro químico para
vapores orgânicos. Em altas concentrações, usar equipamento de respiração autônomo ou
conjunto de ar mandado.
- Proteção das mãos: Luvas de PVC em atividades de contato direto com o produto.
- Proteção dos olhos: Nas operações onde possam ocorrer projeções ou respingos,
recomenda-se o uso de óculos de segurança ou protetor facial.
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Precauções especiais: Manter chuveiros de emergência e lavador de olhos disponíveis nos
locais onde haja manipulação do produto.
Medidas de higiene: Higienizar roupas e sapatos após o uso. Métodos gerais de controle
utilizados em Higiene Industrial devem minimizar a exposição ao produto. Não comer,
beber ou fumar ao manusear produtos químicos. Separar as roupas de trabalho das roupas
comuns.
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Rastreando a FISPQ ... GLP x controle
explosividade e liberação
Temperatura de auto-ignição: Butano: 405 ºC / Propano: 466 ºC
Limites de explosividade no ar
- Superior (LSE): Butano: 8,5 % / Propano: 9,5 %.
- Inferior (LIE): Butano: 1,9 % / Propano: 2,2 %.
Densidade de vapor: Butano: 2,046 / Propano: 1,56.
2. PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS:
L.I.I., L.I.E. ou L.E.L.:
LIMITE DE TOLERÂNCIA
DENSIDADE EM ESTADO
GASOSO:
Butano: 1,9% VOL
Butano: 470 ppm
Butano: 2,046
Propano: 2,2% VOL
GLP: 1000 ppm
Propano: 1,56
PONTO DE FULGOR:
N/d
TEMPERATURA DE
AUTO-IGNIÇÃO
Butano: 405º C
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MARCAÇÃO DO DETECTOR DE
GÁS / LUMINÁRIA / RÁDIO:
BR Ex d ia IIC T4/T3
Propano: 466º C
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Gases e Vapores Inflamáveis
L.I.I.
10%
Gás/Vapor ou névoa inflamável
em concentrações superiores a
10% do seu Limite Inferior de
Inflamabilidade LII ou
Lower Explosive Limit LEL;
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LII, LIE (limite inferior de explosividade), ou LEL (lower
explosive limit) = fração expressa em volume
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Gases e vapores inflamáveis
L.I.I. é o ponto onde existe a mínima
concentração para que uma mistura
de ar + gás/vapor se inflame.
L.S.I. é o ponto máximo onde ainda
existe uma concentração de mistura de
ar + gás/vapor capaz de se inflamar.
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Combustível 0%
POBRE
Pouco Gás
L.I.I.
L.S.I.
EXPLOSIVA
100% Combustível
EXPLOSIVA
RICA
Muito Gás e pouco Ar
0% Ar
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Gases e Vapores Inflamáveis
Detector de gás:
quantifica uma atmosfera
inflamável.
Cromatógrafo:
qualifica e quantifica qual gás
inflamável está presente.
Cada substância inflamável possui um L.I.I. % de Volume
O sensor de gás inflamável do detector deve ser calibrado com um gás
padrão, que será a referência do mesmo em % de volume;
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Quando um detector for calibrado com gás metano, LII = 5,0% VOL (por ex.),
e encontrar com uma atmosfera com gás hexano, LII = 1,2% VOL,
a leitura de 25% do LII será, na verdade, de 104% do LII
(5,0/1,2 = 4,16 como fator de multiplicação);
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NR-33 - PAULA SCARDINO
Gases Tóxicos (LT, IPVS)
ABNT 14.787:
Deve-se manter a exposição do trabalhador abaixo do
Limite de Tolerância (publicado na NR-15 do MTbE ou
em recomendação mais restritiva – ACGIH - American
Conference of Governmental Industrial Hygienists.
Comparar LT’s da NR-15 e ACGIH e adotar o mais
restritivo.
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Buscar informação na FISPQ – Ficha de Informação de
Segurança de Produto Químico
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NR-33 - PAULA SCARDINO
11. Bibliografia
NR - 33
NBR 14787 da ABNT
Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo - Atmosferas Explosivas
Autor: Engº Dácio de Miranda Jordão - 3ª Edição
Editora Qualitymark - Tel.: 21-3860- 8422
Site: www.qualitymark.com.br
Manual de Proteção Respiratória
Autores: Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira
Site: www.abho.com.br
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TLV´s e BEIs – Limites de Exposição para substâncias químicas, agentes físicos
Site: www.abho.com.br
Limites de tolerância atualizados, fichas técnicas de substâncias: www.cetesb.sp.gov.br
emergências químicas – manual de produtos químicos perigosos.
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Paula Scardino - Agência Brasil de Segurança