A CIDADE E SEUS POVOADOS Mapa do Município de Tobias Barreto O Município de Tobias Barreto, a princípio, chamou-se Rio Real de Cima; depois, Campos do Rio Real. Mais tarde, Campos, por força de decreto lei Estadual nº 377, de 31 de dezembro de 1943, passou a donominar-se Tobias Barreto, numa homenagem ao seu filho ilustre, Tobias Barreto de Menezes, poeta, filósofo e jurisconsulto, consagrado nos mais altos meios culturais no Brasil e no exterior. Sua fundação se deu entre 1599 e 1622, pelo célebre sertanista Belchior Dias Moréia, sendo criada a sua Freguesia em 20 de outubro de 1718, pelo arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide. Algum tempo depois, precisamente em 17 de janeiro de 1835, era criada a Vila de Campos. Em 23 de outubro de 1909 pela lei de nº 550, passava de Vila para Cidade de Campos. E como já falamos em 31 de dezembro de 1943, passou de Campos para Tobias Barreto. Tobias Barreto está localizado na região centro-sul do Estado, entre o Rio Real e o Rio Jabiberi. Possui uma área de 1.033 km², que é localizada também na microrregião do Agreste ou do Sertão do Rio Real. É divisa com o Estado da Bahia a Oeste; os municípios de Poço Verde, Simão Dias e Riachão do Dantas, ao Norte; Itabaianinha e Tomar do Geru, ao Leste. A cidade possui uma população estimada em 47.265 habitantes, de acordo com o último censo realizado em 2007 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse contingente populacional, aproximadamente 10% vivem em condições precárias, necessitando da intervenção das Políticas Públicas, o que demanda o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito baixo. Segundo a classificação do Programa das Nações Unidas Para O Desenvolvimento (PNDU), esse índice é de 0, 596. Em relação aos outros municípios do Brasil, Tobias Barreto apresenta uma situação ruim, ocupando a 4.724ª posição. Em relação aos municípios do Estado, Tobias Barreto ocupa a 55ª posição em relação ao IDH, sendo que 54 municípios (72%) estão em situação melhor, e 20 municípios (28%) em situação pior ou igual. A população infanto-juvenil é estimada em 14.630. Desse total, um percentual de aproximadamente 10% ainda está fora da escola. O fato mais agravante dessa população vem se constituindo por estar localizada numa região de fronteira, o que favorece a expansão de problemas relacionados com a exploração sexual, prostituição infantil, exploração do trabalho Infantil e a Pedofilia, que atinge principalmente a classe baixa, desestruturando e tornando vulnerável, desta forma, a instituição FAMÍLIA. Diante da realidade do Município de Tobias Barreto que, apesar de ser portador de uma rede de Assistência Social eficiente, podemos constatar que as famílias de renda baixa estão cada vez mais vulneráveis necessitando de maior intervenção. Essa vulnerabilidade está dada principalmente na estrutura desigual e excludente da sociedade atual, onde os problemas sociais podem provocar na família várias mudanças consideráveis em seu inter-relacionamento, bem como acarretar uma série de consequências desastrosas. Por isso, essas famílias podem ser vistas como último elo de uma corrente que, muitas vezes, expressa de forma sintomática o abandono e a violência produzida em outras instâncias, ressaltando os casos de prostituição infantil, aumento do índice de crianças no trabalho infantil e famílias desempregadas nos bairros periféricos deste município. A sobrevivência da população provém em sua maioria da agropecuária, artesanato, bordado e do comércio, sendo o segundo o seguimento de maior relevância. Na década de 70, Tobias Barreto começou a se destacar no comércio de confecção em geral, inclusive, bordados, chamados richelieu. As mulheres saiam dos povoados para venderem-nos na cidade e os baianos começaram a frequentar Tobias para comprá-los. Foi aí que surgiu a Feira da Coruja (meia-noite). Em 1986, o centro comercial de Tobias Barreto foi inaugurado, e para onde a feira foi transferida. Hoje, o comércio de confecções da cidade decaiu muito, principalmente por causa do valor dos impostos que os comerciantes têm de pagar. Alguns fecharam suas portas e outros encontraram como forma de se libertar da política tributária do Estado, mudando-se para o Povoado Lagoa Redonda, do vizinho município de Itapicuru, na Bahia. Depois que a ponte que separa os Estados de Sergipe e Bahia foi construída, mais de 70 empresas já se instalaram naquele povoado baiano. Apesar de a produção de bordados de Tobias ter decaído, o município ainda mantém a tradição secular desse tipo de arte. Presença de destaque em vários eventos culturais, o artesanato de Tobias Barreto é famoso em todo o Estado. Com mais de 1000 km² de área, a ocupação e utilização do solo são muito bem planejadas. A sua agricultura é bem desenvolvida porque conta com o apoio do Governo Estadual, na construção de açudes, para melhorar a produção de hortifrutigranjeiros. Destacam-se entre os produtos agrícolas, o milho, seguido do feijão, maracujá e batata doce. A criação está pautada nos rebanhos bovinos, ovinos, suínos, equinos e nos galináceos. Há também projetos de piscicultura, com o aproveitamento da água das represas. Existem no Município de Tobias Barreto aproximadamente 11.831 estabelecimentos com predominância para agricultura familiar, e renda anual de R$ 2.000,00. Tobias Barreto ficou famoso em todo Estado de Sergipe pelo seu artesanato de linha (bordados) e de tecido. Vale ressaltar a COOPERBORDADOS como a entidade que aglutina artesãos e mantém viva a história do artesanato no município. A criação da cooperativa consolidou o artesanato de bordados no município de Tobias Barreto, de modo que tal empreendimento teve tamanha repercussão, que tem sido apresentado em alguns estados brasileiros e em países como Espanha, Portugal, Chile e Nicarágua, o que demonstra uma franca ampliação de mercado. O trabalho de COOPERBORDADOS tem reconhecimento nacional e, graças a ela, o Município de Tobias Barreto recebeu em 2002 o selo “Mário Covas”, como município empreendedor. Além disso, há também os trabalhos em couro e cerâmica. Dá suporte ainda à economia do município um Distrito Industrial, por meio da produção de bordados e de confecções. A atividade comercial conta com o apoio da Câmera dos Dirigentes Lojistas de (CDL), desse município. Grande parte do que é produzido no município é vendido diariamente no seu movimentado comércio, no Distrito Industrial (Pop Show / Imperador dos Tecidos) e também na feira, que acontece todas as segundas-feiras. São fontes de receitas do município: IPTU, ICMS, IPVA, FPM, FNDE, ISS e outros. O clima é suave, variando pouco a sua temperatura. Os meses mais chuvosos vão de março a agosto, e a precipitação pluviométrica atinge, no período, 1.900 mm. A media das máximas é de 29 graus centígrados, e a das mínimas, 22 graus. Na vegetação, predominam os campos destinados à pecuária. Seus principais rios são: Rio Real, Rio Jabiberi, Caripau, Jacarezinho, Mocambo, Itamirim, Pastorado e Guaracema. O relevo é pouco acidentado, apresentando-se como uma grande planície, rodeada de serras, como, por exemplo, as do Jabiberi, Arruda, Boqueirão, Macota, Evangelista ou Gangogi, Capitoa, Cosme, Palmares, Catramba, Cavalos, Oiti, Papagaios, Barriga, Saquinho, Babu, e a maior de todas e a mais falada, a Serra do Canine. Ainda sobre o assunto dos rios, procuraremos esclarecer algumas dúvidas que pairam entre alguns pesquisadores sobre as nascentes dos rios Rio Real e Jabiberi. O primeiro nasce ao sul da Fazenda Pedra Furada, no Estado da Bahia, a dez ou doze léguas da sede, passando por elas depois de percorrer toda a parte do oeste do município. Já o segundo nasce em um lugar denominado Barra e vai desaguar no Rio Real, bem próximo à sede, após um percurso de 30 km, recebendo os riachos Salgado, Sena, Eliseu, Pedra, Pai Chico, Quixaba e a Gravata. O Rio Real deságua no Oceano Atlântico, juntamente com o Rio Piauí, através do imenso estuário (estuário dos rios Piauí-Real, conhecido como estuário do Mangue Seco). A distância entre Tobias Barreto e a Capital Aracaju é de 127 km e, em linha reta, é de 108 km. Outros municípios, abaixo relacionados, que ficam perto do nosso, mantêm a seguinte distância da Capital sergipana: Itabaianinha ............................ 28 Km Tomar do Gerú ....................... 75 Km Riachão do Dantas ................. 33 Km Simão Dias ....................... 75 Km Poço Verde ....................... 55 Km Itapicuru – BA ....................... 26 Km Do nível do mar, Tobias Barreto fica a 180 metros acima, classificando-se entre as oito cidades de maior altitude do Estado. Suas coordenadas geográficas são: longitude 37.99º e latitude 11.18º (dados do IBGE). Atualmente o município possui 36.088 eleitores aptos a votar. Conforme dados do tribunal Regional Eleitoral, Tobias Barreto é o sétimo Colégio Eleitoral do Estado, ficando atrás apenas de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, São Cristóvão e Estância. Os dados da Secretaria de Finanças apontam para 9.239 domicílios e 1385 terrenos registrados no cadastro do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). No comércio existem 936 casas comerciais, 576 prestadoras de serviços, 22 indústrias, 03 telheiros, 19 edifícios, 222 galpões, 01 Hospital (Hospital São Vicente de Paulo), 07 unidades de saúde (Centro de Saúde II, SESP, Centro de Saúde João de Souza Andrade, Consultório Odontológico do Colégio Tobias Barreto, Unidade da Família Conjunto Padre Pedro, Unidade da Família CAIC, e Unidade da Família, Conjunto Maria do Carmo), contando ainda com o IPES. Hoje a cidade possui um supermercado grande, o G Barbosa, além de 08 supermercados de médio porte. Temos também um “Shopping” de médio porte, que é a loja BIS. São 12 farmácias, 08 padarias, 10 restaurantes, 11 pousadas, 02 hotéis, e tem também uma média de 48 bares em toda a cidade. Há ainda lojas de cama, mesa e banho, lojas de bordados; em síntese, são várias lojas de confecções espalhadas por toda a cidade. A população se diverte nos 03 clubes da cidade a saber: Clube Social de Tobias Barreto, Espaço Águia e Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Tobias Barreto possui uma média de 15.209 ligações elétricas, em todo o seu município. Esses dados foram fornecidos pela Sulgipe (Cia Sul Sergipana de Eletricidade) em 18/04/2008. A nossa água foi inaugurada em 22 de setembro de 1965. A firma naquela época era CAENE, e a água vinha das barragens do Jabiberi. Nesse período, Tobias Barreto tinha 6.200 habitantes. Depois, veio a DESO (Companhia de Saneamento de Sergipe), quando a água passou a vir da Capoeira, no Estado da Bahia, isso em 07/06/1984. Hoje, a DESO conta com 11.032 ligações domiciliares em todo município. A ultima mudança da DESO foi através do Governo Estadual realizada em 27/04/2009. Trazendo água da barragem do Jabiberi. Na estação de tratamento de água, utilizamse produtos químicos, como sulfato de alumínio, cloro e flúor. A cidade conta hoje com quatro agências bancárias: Banco do Estado de Sergipe (BANESE), Banco do Brasil S/A, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Ainda existe o Bradesco (Banco Brasileiro de Descontos S/A) que funciona na agência dos Correios - ECT (Empresa Brasileiro de Correios e Telégrafos), que atende em média de 300 pessoas por dia, desde o atendimento bancário, até o envio de correspondências em geral. Em matéria de comunicação impressa, Tobias possuíamos até 2008 o “Jornal Styllo, do saudoso jornalista Alberto Falk. Hoje, possuímos três jornais de circulação: o “Mega Styllo”, “Tobias Barretu’s com Styllo” e o informativo “Gloss”. Em termos de telefonia, Tobias Barreto possui um posto da TELEMAR, (onde era a TELERGIPE), que oferece serviços telefônicos urbanos e interurbanos. Há também serviços de telefonia celular, através de várias operadoras em nosso município. Contamos também com serviços de alto-falante por toda a cidade por meio de carros de som e motos sonorizadas, fazendo propagandas por todas as ruas. Quanto ao sistema de televisão, existem quatro repetidoras, a saber: canal 5, SBT; 6, TV Diário; 7, Rede TV e 13, Bandeirantes. Mas na maioria das casas residenciais já existe parabólica, melhorando assim os sinais das suas TV’s. Em relação ao sistema de rádio difusão, temos a rádio mais antiga fundada por Luiz Alves de Oliveira Filho, a Rádio Imperatriz, que hoje se chama: Rádio Ilha, inaugurada em 15 de agosto de 1990. A segunda rádio a ser inaugurada foi a Rádio Clube, em 23 de setembro de 1991, que fica na Lagoa Redonda, município de Itapicuru-BA, mas que tem toda a programação voltada para Tobias Barreto. E a mais nova rádio, a FM Luandê, cujo proprietário é o Ex-prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida, inaugurada em 20 de agosto de 2005. Tobias Barreto possui também algumas quadras de esporte e um Ginásio de Esporte do SESI, coberto, que leva o nome de Maria Rosa de Oliveira (D. Duca) inaugurado em 30 de outubro de 1988. Temos também o Estádio de Futebol o “Brejeirão”, inaugurado em 16 de agosto de 1981. Em termos de ensino profissional, existe aqui o SENAC, que foi inaugurado em 26 de fevereiro de 1994. Para a segurança do nosso município hoje, há uma Delegacia de Polícia, inaugurada em janeiro de 1981, contando com um delegado de carreira, que comanda a Polícia Civil. E temos também uma Companhia de Polícia, comandada por um Capitão da Polícia Militar do Estado de Sergipe. Existem 14.090 alunos matriculados na redes escolares, municipal, estadual e particular. As escolas que funcionam em nosso município: ESTADUAIS 1ª - C. E. Abelardo Barreto do Rosário Praça: Abelardo Barreto 2ª - C. E. Maria Rosa de Oliveira Conj. Maria do Carmo 3ª - E. E. Dr. Albano Franco Rod. Gov. Valadares 4ª - E. E. João Antônio César Rua: Carlos Lemos 5ª - E. E. Presidente Castelo Branco Praça: Castelo Branco 6ª - E. E. Tobias Barreto Av. 07 de junho 7ª - E. E. R. Engº José Carvalho Rod. Gov. Valadares 8ª - Unidade Pré-Escolar Rosinha Felipe Rua: Elias Felipe PARTICULARES 1ª - C. Basilíscio Batista de Santana Av. Gov. João A. Filho 2ª - Colégio Batista Integrado Rua: Carlos Lemos 3ª - C. C. Mons. Basilíscio Raposo Valeriano 4ª - Colégio Construir Geraldo 5ª - E. E. F. e Médio Profª Iromildes de B. V. Ramos 6ª - Instituto Educacional Cecília Meireles 7ª - Núcleo Educacional Irmã Mariele Conj. W. F. Praça: Conj. João Raimundo Rua Venâncio Largo do Glicério Rua Nova do MUNICIPAIS Zona Urbana 1ª - E. M. E. I. Jardim de Inf. Joana Ramos 2ª - E. M. E. F. Santa Terezinha Av. 7 de Junho Av. J. David 3ª - E. M. E. F. Telma de Souza Almeida 4ª - E. M. E. F. Dr. J. Rodrigues B. de Matos 5ª - E. M. E. F. Profº Nicodemos C. Falcão 6ª - E. M. E. F. Paulo Freire Av. Rotary Clube Bairro Suti Conj. Padre Pedro Rua Antônio V. F. dos Santos 7ª - E. M. E. F. São Vicente (Irmãs de S. Maria) 8ª - E. M. E. F. Iraildes Padilha Carvalho 9ª - E. M. E. F. Antônio Alves Barreto Dulce Pça. Irmã Mariele Rua Elias Felipe, 235 Conj. Irmã Zona Rural 1ª - E. M. E. F. Antonieta das V. França 2ª - E. M. E. F. João Rod. dos Santos 3ª - E. M. E. F. Gilmara Fontes de Góis 4ª - E. M. E. F. Dep. Arnaldo Garcez 5ª - E. M. E. F. Álvaro Alves de Matos 6ª - E. M. E. F. Pedro Izidio de Oliveira 7ª - E. M. E. F. Nossa Srª D’Ajuda 8ª - E. M. E. F. Antônio Euzébio dos Santos 9ª - E. M. E. F. Amintas Leopoldino Ramos 10ª - E. M. E. F. Italva Almeida da Fonseca 11ª - E. M. E. F. Elisabete Leonila dos Santos Água Boa Barriga Campo Pequeno Capitoa Jabiberi Montes Coelho Nova Brasília Roma Samambaia Saquinho Pé da Serra do Jacaré 12ª - E. M. E. F. Elze Dantas 13ª - E. M. E. F. Joaquim S. de Menezes 14ª - E. M. E. F. Gertrudes Felipe da Rocha 15ª - E. M. E. F. Regina V. dos Santos 16ª - E. M. E. F. Maria Amélia Ribeiro 17ª - E. M. E. F. Pedro Vieira de Góis 18ª - E. M. E. F. João Bispo dos Santos 19ª - E. M. E. F. Éster de Lemos Matos 20ª - E. M. E. F. Manoel E. de Santana 21ª - E. M. E. F. João dos Santos Araújo 22ª - E. M. E. F. Josefa Oliva de Menezes 23ª - E. M. E. F. Salustriano Ribeiro 24ª - E. M. E. F. Zeferino de Souza Lima 25ª - E. M. E. F. José Ismael Alves 26ª - E. M. E. F. Honorina Maria das Virgens 27ª - E. M. E. F. Lídia do Amor Divino 28ª - E. M. E. F. Josefa São Pedro de Jesus 29ª - E. M. E. F. Eduardo Bispo dos Santos 30ª - E. M. E. F. Maria N. Rogério dos Santos 31ª - E. M. E. F. José Cassimiro dos Santos 32ª - E. M. E. F. Auzenira G. de Santana 33ª - E. M. E. F. Manoel S. dos Santos Grande 34ª - E. M. E. F. José Geraldo 35ª - E. M. E. F. Mariana Macedo de Souza 36ª - E. M. E. F. José Roberto de Araújo Alagoas Agrovila Baixão Batata Boiadeira Borda da Mata Campestre do Abreu Candeias Caraíbas Curtume Jacaré Macacos Matinha Murituba II Patos Pau de Colher Sariema Baixa da Jurubeba Pedra de Amolar Pilões Poço da Clara Queimada Riacho Fundo Sutero Taquara No município, funcionam os Cursos Superiores da Universidade Tiradentes (UNIT), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Na rede Estadual, estão matriculados 4.892 alunos; na rede municipal, 7.884 e na rede privada, 1.314 alunos. Datas históricas importantes para o nosso município que deveriam ser consideradas como feriados municipais: Fundação da Povoação entre 1599 e 1622, por Belchior Dias Moréia; Criação da Freguesia, em 20 de outubro de 1718, por Dom Sebastião Monteiro da Vide; chegada da Imagem de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, em 18 de dezembro de 1721, trazida por Dom Sebastião Monteiro da Vide; criação da Vila de Campos, em 17 de janeiro de 1835; e mudança do nome de Campos para Tobias Barreto, em 31 de dezembro de 1943, pelo decreto-lei Estadual nº 377. O catolicismo reúne um bom número de adeptos e conta com uma única Igreja Matriz, a de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos, além de cinco Capelas distribuídas em toda cidade, a saber: Capela Mãe Peregrina, no Conjunto Maria do Carmo; Capelinha da Santa Cruz, Av. 7 de Junho; Capela da Sagrada Família, Conjunto Irmã Dulce; Capela de São Pedro e São Paulo, no Conjunto Padre Pedro e, por fim, Capela de São Benedito, no Abrigo Mariquinhas Barreto do Rosário. A Igreja Católica conta também com os trabalhos das pastorais da Criança, da Juventude, da 3ª Idade, da Carcerária, da Catequese, do Batismo, do Dízimo, da Liturgia, da Comunicação, do Matrimônio, da Evangelização e da Infância e Juventude. Existe também o Grupo da Renovação Carismática, que se reúne todas as terças-feiras, à noite, na Igreja Matriz. O nosso pároco é Raimundo Ferreira Araújo, que tomou posse em 10 de outubro de 2009 e permanece à frente da Igreja até os dias atuais. Hoje em dia, o protestantismo aumentou muito em nossa cidade, devido aos trabalhos realizados pelos pastores evangélicos, que deram origem às seguintes Igrejas: Assembléia de Deus Missão, Assembléia de Deus Ministério de Madureira, A Volta de Cristo, Assembléia de Deus Missionária, Igreja Quadrangular, Brasil para Cristo, Primeira Batista, Batista Renovada, Batista Monte Sião, Aliança Missionária, Igreja Pentecostal Deus Proverá, Graça de Deus, Igreja Congregacional, Presbiteriana, Filadélfia, Presbiteriana do Brasil, Adventista do Sétimo Dia, Adventista da Promessa, Apostólica Cristocentro, Pentecostal Deus é Amor, Universal do Reino de Deus, Ide Anunciai, Mundial da Fé, Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, Igreja Cristã Maranata, Igreja Cristã Evangélica Filadélfia, Igreja Batista Visão da Palavra, Congregação Cristã no Brasil e CVC, Comunidade de Vida Cristã. Dados fornecidos pelo pastor e presidente do C. B. E. B. (Convenção Batista Evangelizadora do Brasil). Hoje, aqui em Tobias Barreto, os evangélicos contam com o presidente da União dos Ministros Evangélicos de Sergipe (UIMESE), desde junho de 2008, que é o Pastor Luiz Fernandes de Oliveira Neto, da Igreja Presbiteriana. Os prédios mais importantes da cidade são: A Biblioteca Pública Francisco Barreto do Rosário, situada na Praça da Bandeira; O Fórum João Fontes de Faria, situado na Av. José David dos Santos; Prefeitura Municipal de Tobias Barreto, situada na Praça Dom José Thomaz S/N; Câmara Municipal de Vereadores (Poder Legislativo Municipal, composta por nove vereadores), situada na Av. 7 de Junho; Clube das Mães, situado na Rua Sílvio Romero; Abrigo Mariquinha Barreto do Rosário, situado na Av. Antônio Carlos Valadares; Memorial Tobias Barreto, na Av. 7 de Junho; Casa de Tobias Barreto, na Av. 7 de Junho; Agência de INSS de Tobias Barreto, que fica na Rua Antônio Souza Santos S/N; SENAC (Serviços Nacional de Aprendizagem Comercial), localizado na Praça do Abelardo Barreto do Rosário; Centro de Serviço de Confecções e Artesanato, situado na Av. Dr. José Airton de Andrade; Sociedade São Vicente de Paula (Sede Vicentina), situado na Rua Gov. João Alves; Centro de Treinamento Dom José Bezerra Coutinho (Casa das Irmãs Santa Maria), que fica na Praça Irmã Mariele e Centro de Convivência dos Idosos, localizado no Bairro Santos Dumont. No sentido de viagens, existe aqui o Terminal Rodoviário, inaugurado em 28 de setembro de 1986, na administração de Luiz Alves de Oliveira Filho e conta com as seguintes empresas de transportes interestaduais e estaduais: Senhor do Bomfim, Nossa Senhora de Fátima, Rota Sul, Itapemirim e São Geraldo, além de vários transportes alternativos, que saem a toda hora da Rodoviária para quase todos os lugares do nosso Estado. Vindo de Aracaju, a pista que dá acesso a Tobias Barreto é a BR 101, que é uma Rodovia Federal, e as Estaduais, conhecidas como Lourival Batista e João Valeriano. Vindo da Bahia, tem a BR 349, que é a pista de Itapicuru, Sambaíba, Lagoa Redonda, até chegar a Tobias Barreto. E temos também a rodovia que liga Tobias Barreto a Itabaianinha, denominada de Rodovia Luiz Alves de Oliveira (Luiz Caxingó). O calendário de eventos movimenta a comunidade logo no início do ano. Em janeiro, no dia 6, acontece a festa dos Santos Reis, que já foi uma das melhores festas realizadas aqui. Hoje pouco se faz para voltar aos tempos de outrora. No mês de fevereiro, acontece o carnaval, hoje antecipado, com várias bandas de fora da cidade e os famosos trios elétricos. Tobias Barreto sempre realizou o melhor carnaval do Estado, quando o fazia na data certa, mas hoje, que tudo mudou, caiu muito, tanto em animação, como em quantidade de pessoas que vinham brincar o grande carnaval tobiense. Na Semana Santa, há festejos religiosos na Igreja Matriz. viassacras pelas ruas de Tobias são realizadas e, na semana final, tem o Domingo de Ramos, celebrado, pela manhã, com a procissão dos ramos e, à tarde, com a procissão do encontro das imagens de Nossa Senhora e a de Jesus, e na Sexta-Feira da Paixão, é feita outra grande procissão com a imagem do Senhor Morto, percorrendo as principais ruas da cidade. Nesse período, há também a queima de Judas nos povoados. Mês de maio como em quase todo lugar, no Brasil, há as comemorações de Corpus Christi. Aqui não é diferente, há missas celebradas durante o dia e a procissão à tarde. Junho é um mês muito movimentado. Há a “Semana de Cultura”, alusiva ao grande filho da terra Tobias Barreto de Menezes, a qual termina no dia 7 de junho, data do Nascimento dele. Comemoram-se os festejos juninos com a festa de São João realizada na véspera do dia 24, e a festa de São Pedro, realizada no dia 29. É um dos meses mais movimentados da cidade, onde até o comércio vende mais devido às festas desse período. Nessas festas, há concursos de quadrilha, inclusive, com apresentação das quadrilhas famosas da cidade. A Quadrilha Junina Balancê foi fundada em 1997, e a Ciganinha, em 30 de junho de 2001. Existe o já famoso passeio de carroças, realizado pelo Colégio Estadual Maria Rosa de Oliveira, sob a idealização da professora Dilamar Barbosa Araújo. Aqui também ainda há algumas casas residenciais que acendem fogueira, e as crianças nas calçadas soltam fogos de todos os tipos, mas são poucas casas. Agosto é o mês principal, da nossa Padroeira. No dia 15 de agosto, é decretado feriado municipal, apesar de o Padre, há vários anos, ter mudado a data da festa, de modo que a procissão se realize no domingo, embora o dia 15 seja sempre mantido o feriado. A festa de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos conta com a seguinte programação, no dia: alvorada pela manhã, missa festiva, concelebração, procissão com a imagem da Santa, em um belíssimo carro triunfal, pelas principais ruas da cidade, e a bênção do Santíssimo Sacramento, após a chegada da procissão, na frente da Igreja Matriz. Em setembro, acontece o desfile cívico, que há muitos anos não era realizado. Por interesse da prefeita Marly do Carmo Barreto Campos, essa festa cívica foi resgatada e, durante toda sua administração, foi comemorado o 7 de setembro, porém, realizado um dia antes, precisamente no dia 6 do mesmo mês, por causa das bandas marciais que vêm de outras cidades abrilhantar a nossa festa. O desfile de 7 de setembro conta com a participação de todos os Colégios da cidade, além de algumas escolas dos povoados, que desfilam pela avenida principal (Av. 7 de Junho). Em outubro, há as comemorações do Dia da Criança, e as da Emancipação Política (passagem de Vila de Campos para cidade), que é comemorada no dia 23 de outubro. Antigamente, nesse mês, eram realizadas as festas no Parque de Exposições Yoyó Tavares, a exposição de gado, que já foi uma das melhores festas de exposição agropecuária do Estado. Dezembro é o mês de encerramento do ano, com a festa de Natal e Ano Bom, que geralmente estimula os tradicionais bailes sociais realizados na AABB e no Clube Social ou no Espaço Águia. Mas geralmente os tobienses, hoje, estão preferindo festejar essas duas datas em suas casas, juntamente com seus familiares e amigos. O município de Tobias Barreto ficou conhecido como a “Terra dos Bordados e das confecções convidativas”. Além desse epíteto, carrega o estigma de um nome que consagrou o nordeste brasileiro através da sua obra. Assim é que, na década de quarenta (31/12/1943), nasceria a mais justa homenagem a mais um sergipano que batizou o local do seu nascimento. O turista que vem a Tobias Barreto não pode deixar de visitar a casa onde Tobias Barreto de Menezes nasceu; o Memorial a Tobias Barreto; a Serra do Canine; o Casarão do grande poeta historiador José Francisco de Menezes (Zé Menezes, In Memoriam), hoje a Secretaria de Cultura e Juventude, tendo como Secretário Josinilson dos Santos Bispo; a Praça do Cruzeiro, com o Cruzeiro do século; a estátua de Tobias Barreto, ao lado da Praça do Cruzeiro; a Igreja Matriz de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos; Igrejinha da Santa Cruz, na avenida principal; as lojas de bordado e confecções; o Mirante de Oração da Serra da Saúde; a Biblioteca Pública Francisco Barreto do Rosário; a primeira Igreja Evangélica do nosso município; a Igreja Evangélica Congregacional, situada na Praça Cel. Luiz Antônio (Praça dos Crentes) e, por fim, a Praça da Bandeira, com seus quiosques aconchegantes. Aqui em nosso Município são muito apreciadas as comidas típicas locais, tais como: carne do sol com macaxeira, carne ensopada, sarapatel, enroladinho de carneiro (ou fatada) e a galinha caipira. Essa é a nossa cidade de ontem e de hoje, com suas histórias intrigantes, com seus personagens ilustres, fazendo das suas vidas simplesmente lições de superação, para que possamos aprender com eles os grandes exemplos de coragem, força e amor por sua terra natal. POVOADOS A zona rural do nosso município é composta por 27 povoados e uma Vila. Em 1970, existiam apenas 10 povoados, já um pouco desenvolvidos, com uma pequena quantidade de casas e de pessoas residindo nesses povoados, além de, naquela época, uma vila, a Vila de Samambaia. Ultimamente, as comunidades foram surgindo e se desenvolvendo, de uma forma cadenciada, a ponto de hoje o município contar com muitos povoados. Há também vários lugarejos, que não entram nessa pesquisa. Se olharmos no mapa de nosso município, juntando lugarejo com povoados, dá mais de cem, porém aqui, nós vamos fazer um estudo dos povoados mais desenvolvidos. Uma observação que também vai ser feita aqui é que algum tempo atrás, perdemos o povoado Campo Grande para o município de Tomar do Gerú, e agora no último censo do IBGE, já não mais foi contado como parte do nosso município. Os povoados aqui pesquisados são os seguintes: Agrovila, Água Boa, Alagoinhas, Barriga, Boiadeira, Borda da Mata, Brasília, Campestre do Abreu, Campo Pequeno, Candeias, Cancelão, Capitoa, Curtume, Fontinha, Jabiberi, Madeiro, Matinha, Monte Coelhos, Pau de Colher, Pedra de Amolar, Pilões, Poço da Clara, Riacho Fundo, Roma, Saquinho, Sutero, Taquara e Vila Samambaia. AGROVILA Agrovila é um povoado muito famoso pelo cultivo de suas hortaliças vendidas aqui em Tobias Barreto, principalmente os tomates vermelhos e bonitos, que dão água na boca. A coleta do lixo do povoado é feita através de um carro, que depois leva o lixo para ser enterrado. Lá, existe vegetação nativa perto do Rio Jabiberi, e a pesca predatória sempre acontece no povoado sem controle. O abate de animais é feito lá mesmo, sem estrutura apropriada, e o uso de agrotóxico nas pastagens é feito sem os devidos cuidados. O povoado em si possui quase 200 domicílios, com um número de famílias de quase 380 em toda região. A distância entre a sede do município e Agrovila é de 18 km. A sua escola chama-se Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Serafim de Menezes. Agrovila é onde se encontra a famosa barragem do Jabiberi, que fica próximo do povoado, além da barragem, há os poços tubulares, que já funcionaram; hoje são inutilizados, e entre os rios que passam por perto, o mais famoso é o Rio Jabiberi. O povoado hoje tem água encanada que vem da referida barragem. Há dois chafarizes, energia elétrica, uma Igreja Católica, um Posto de Saúde, duas mercearias, um campo de futebol, quatro bares, um cemitério local e uma borracharia. As associações existentes lá são três: Associações de Pequenos Criadores, Associação Comunitária Produtores do Perímetro Irrigado do Jabiberi e Associação de Desenvolvimento Comunitário José Olívio de Almeida. No povoado, não há associação de Artesanato. Suas principais fontes de renda são a agricultura, com o cultivo do milho, pimentão, tomate, quiabo, etc. Em segundo plano, vem a pecuária. Embora não tenha muito incentivo, o artesanato lá é limitado a um tipo de bordado chamado de crivo de linho, trabalhado por poucas pessoas. ÁGUA BOA Esse povoado tem uma estrutura que promete crescer muito mais. É um lugar bem amplo, com casas bem alinhadas, e o lixo lá é colocado no fundo das casas e depois queimado. Em Água Boa, não existe o abate de animais, e os moradores do povoado vêm comprar sua carne fresca na sede do município. Quanto à educação, há uma escola que leva o nome de Escola Municipal Antônio das Virgens França. No povoado, existem na faixa de mais ou menos 84 domicílios, e o número de famílias é de 82. A distância entre essa comunidade e a sede do município é de 21 km. Dentro do povoado existem algumas cisternas, construídas por um programa do Governo Federal (Programa Água Doce do Governo Federal). O povoado já possui energia elétrica e conta com uma Igreja Católica, um posto telefônico, uma mercearia, dois bares e uma borracharia. Água Boa é o único povoado que não possui um Campo de Futebol; é um fato meio estranho, mas não sabemos o porquê! A Associação Comunitária do Povoado Água Boa é uma das mais organizadas de todos os povoados. Lá não existe associação de artesanato, mas tem muitas pessoas que bordam, costuram e vão vender seus produtos na sede do município. Outras fontes de renda são a agricultura e a pecuária. ALAGOINHAS É um povoado ainda novo, em fase de crescimento. Lá não há coleta de lixo, que é todo jogado à beira da estrada; não existe vegetação nativa e não ocorre o pesca predatória. Sobre o abate de animais no povoado, este não é feito lá. Os animais são abatidos no povoado Monte Coelhos e vêm ser vendidos em Alagoinhas. Na plantação em geral, não existe o uso de agrotóxico, contribuindo assim para o meio ambiente. Existem 04 tanques públicos e em relação a rios, lá só tem um. O número de famílias é de 110, e destas, 50% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 27 km. Na comunidade, há uma Escola, a Elza Dantas, água encanada, açudes, energia elétrica e cisternas. Existe também a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Alagoinhas. O povoado em si conta com bares, uma Igreja Católica, Casa de Farinha, mercearia, orelhão e um Campo de Futebol. Suas principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo do milho, do feijão e da mandioca, além da pecuária. BARRIGA Esse já é um povoado mais antigos. O lixo não tem coleta. O povo o leva para um areal do município, onde tem um buraco onde é depositado, para depois ser queimado. Lá, não existe vegetação nativa. A pesca predatória também não é feita e os animais são abatidos no povoado, sem estrutura apropriada. Há também o uso de agrotóxicos sem os devidos cuidados nas pastagens. Existem dois tanques, inclusive, um serve para o consumo humano além de um riacho, que passa perto do povoado. O número de famílias é de 166, das quais 60% se enquadram no PRONAF B. à distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 12 km. Existe também um Colégio que leva o nome de Escola João Rodrigues dos Santos. A comunidade conta também com posto de saúde, chafariz, energia elétrica e cisternas. O povoado em si possui bar, uma Igreja Católica, mercearia, Campos de futebol, aparelho dessalinizador e orelhão. 90% das ruas do povoado são calçadas, e conta com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Barriga. As principais fontes de renda são a pecuária que compreende 80%, e a agricultura, 20%. O artesanato também é feito lá, e é uma das fontes de renda do povoado. BOIADEIRA O povoado possui a Associação do Desenvolvimento Comunitário do Povoado Boiadeira, que representa mais uma forma de crescimento da comunidade. O lixo fica a céu aberto, jogado. Não sabemos o destino certo. Lá, não ocorre a pesca predatória, não existe o abate de animais no povoado e a carne verde é comprada na sede do município nos dias de feira. Nesse povoado, foi constatado o uso de agrotóxicos sem os devidos cuidados. A Boiadeira possui um riacho, um rio que leva o nome de “Rio do Pastorado” e uma Escola: Maria Amélia Ribeiro. Todas as famílias são enquadradas no PRONAF B. A distância entre a sede do município e o povoado é de 10 km. Já possui luz elétrica e algumas cisternas. Lá no povoado, há uma Igreja Católica e um cemitério local. Suas maiores fontes de renda são a agricultura, através do plantio de milho, de feijão e de fava; a pecuária, com a criação de bovinos, ovinos e equinos. O artesanato lá é produzido em uma pequena quantidade, e os bordados que eles mais produzem é o “Richelieu”. BORDA DA MATA É um povoado ainda em fase de crescimento. 70% do lixo são jogados nas estradas, e 30% são queimados. Lá, não existe vegetação nativa, nem também a pesca predatória. O abate de animais não é feito lá. Toda a carne de consumo vem de Tobias Barreto. O uso de agrotóxico também não existe por lá. No povoado, há um tanque público e um riacho. O número de famílias é de 54, das quais 50% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 15 km. Já possui uma escola com o nome de E. M. E. F. Pedro Vieira de Góis. A comunidade possui chafariz, energia elétrica, cisternas, bares, Igreja Católica, um pequeno conjunto com 16 casas e a Associação Comunitária do Povoado Borda da Mata. As fontes de renda são a agricultura, da qual 70% destinam-se ao cultivo da mandioca, do milho e do feijão e a pecuária, com 30% para a criação de bovino e ovino. BRASÍLIA Ou Nova Brasília, como é conhecido. É mais um povoado antigo do nosso município. 90% do lixo ficam a céu aberto, esperando algumas atitudes da Prefeitura Municipal. Lá não existe rede de esgoto, nem ocorre a pesca predatória e criminosa nos rios, mas existe o abate de animais sem estrutura e o uso de agrotóxicos sem devidos cuidados técnicos nas pastagens. No povoado, há um tanque público, oito açudes privados, quatro riachos, três pequenas barragens e dois rios. O número de famílias que se enquadram no PRONAF B é de 95, e em todo povoado, existe uma média de 148 famílias residindo lá. A distância do povoado para a sede do município é de 14 km, e a única escola que o povoado possui é Escola Nossa Senhora D’Ajuda. A Nova Brasília possui água encanada, um posto de saúde, energia elétrica, uma Igreja Católica, três Igrejas Evangélicas, duas mercearias, dois campos de futebol, dois bares e uma borracharia. As principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo de milho, feijão, batata doce e mandioca. Na pecuária, há o criatório de ovelhas, gado e porcos. O artesanato é outra grande fonte de renda do povoado. Lá são feito dois tipos de bordados: o “Richelieu e o Aplicado”. Existem também duas Associações: Associação Comunitária do Povoado Nova Brasília e Associação Comunitária de Bordadeiras e Moradores do Povoado Nova Brasília. CAMPESTRE DO ABREU É considerado a Bolívia tobiense, por ficar nas alturas e fazer muito frio. Para quem gosta de morar em lugares altos, bem ventilados, onde “o vento faz a curva”, não há lugar melhor. Lá, não existe coleta de lixo, do qual 70% são jogados nas estradas, e 30%, queimados. A pesca predatória não existe por lá, nem há vegetação nativa na região. O abate de animais é feito sem nenhuma estrutura apropriada, e ocorre também o uso de agrotóxico sem os devidos cuidados técnicos nas pastagens. No povoado, há dois tanques públicos, açudes, chafariz e cisternas. Existem 132 famílias que habitam na comunidade. Destas 70% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede do município e o Campestre do Abreu é de 24 km. A comunidade possui a Escola João Bispo dos Santos, além de um posto de saúde e energia elétrica. O povoado conta também com um campo de futebol, uma Igreja Católica e uma Evangélica, um conjunto habitacional com 16 casas, uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Campestre do Abreu, uma mercearia e um orelhão. As principais fontes de renda são a agricultura, pecuária e o artesanato. CAMPO PEQUENO O povoado em si está em fase de crescimento, mas é um dos mais antigos do nosso município. Para a coleta do lixo, há quatro anos, havia tambores de lixo espalhados por todo o povoado, e hoje não isso existe mais. O lixo é jogado nas estradas, e uma parte é queimada. Lá não existe mais vegetação nativa, e também não ocorre a pesca predatória e criminosa. O uso de agrotóxico nas pastagens existe, mas em pequena quantidade. O abate de animais não é feito no povoado. Toda a carne a ser consumida vai de Tobias Barreto. Só existe um tanque público, e por perto passa um riacho. Existem também três pequenas barragens, um poço tubular e um rio, que é o conhecido “Rio Jabiberi”. O número de famílias existente é de 65, da quais 80% se enquadram no PRONAF B. A comunidade tem na faixa de 141 residências. A distância entre a sede do município o povoado é de 12 km. A comunidade possui uma Escola: Gilmara Fontes de Góis. Há um chafariz, um orelhão e energia elétrica. Conta com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Campo Pequeno, com Igreja Católica e com o apoio comercial de bares e mercearia. As principais fontes de renda são a pecuária, que corresponde a 70%, a agricultura, com 20% e o artesanato com 10%. Outra coisa que deve ser citada nesse povoado é que em cada 10 pessoas que moram lá, oito criam porcos no fundo dos seus quintais, que não deixa de ser outra fonte de renda do povoado. CANDEIAS É um povoado bem pequeno, onde 70% do lixo são jogados nas estradas, e 30%, queimados. Não há rede de esgoto. Sobre a vegetação nativa, existe uma floresta subtropical. A pesca predatória e criminosa nos rios e riacho não ocorre, porém o abate de animais é feito no próprio povoado, podendo comprometer a saúde da população. Existe o uso de agrotóxico nas pastagens, sem devidos cuidados técnicos e sem nenhum tipo de proteção ao ser humano. Lá, tem 04 tanques públicos e um riacho (Riacho do Bispo), e possui um açude com um dessalinizador que gera água potável através de energia solar. O número de famílias existentes no povoado é de 105, das quais 50% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 16 km. A comunidade é beneficiada por uma Escola, que leva o nome de Escola Municipal Ester de Lemos Matos. Lá, não possui água encanada, um chafariz e cisternas. Existe um posto de saúde e já há energia elétrica em todo povoado. No povoado, existe bar, mercearia, uma Igreja Católica e outra Evangélica, um posto telefônico, um campo de futebol, orelhão e uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Candeias. As principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo de milho, feijão e mandioca, pecuária e o artesanato. CANCELÃO É um povoado ainda em fase de crescimento. Uma parte do lixo é colocada na beira da estrada, e a outra é queimada. Existe vegetação nativa, mas fica um pouco longe do povoado, e a pesca predatória lá não existe. O abate de animais é feito no povoado Agrovila e levado para vender em Cancelão, na frente de um bar. Outro fator importante é que não existe o uso de agrotóxico nas pastagens. No povoado, há um tanque público, que fica a 500 metros de distância; um riacho, chamado de Riacho do André, localizado a uns 900 metros de distância da comunidade. Existe uma faixa de 144 domicílios, onde moram aproximadamente 80 famílias. A distância entre a sede do município e o povoado é de 13 km. O povoado já possui luz elétrica, e algumas casas possuem também cisternas. A comunidade conta com uma Igreja Católica, uma Igreja Evangélica, um orelhão da Telemar, uma mercearia, um campo de futebol, dois bares, além da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Cancelão. As maiores fontes de renda do povoado são Agricultura, através do cultivo de milho e feijão e a pecuária, com a criação de gado, ovelha e porco. O artesanato quase não existe; poucas pessoas bordam ou costuram. CAPITOA A Capitoa é um dos povoados mais antigos do nosso município. Lá ainda não tem coleta de lixo, sendo 50% jogado nas estradas, os outros 50%, queimados. Hoje, já não existe mais vegetação nativa, nem a pesca predatória e criminosa, mas existe o abate de animais, sem os devidos cuidados. Mesmo sem estrutura apropriada, são abatidos bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Outro problema é o uso de agrotóxico nas pastagens sem os devidos cuidados técnicos, podendo, assim, prejudicar a saúde humana. Existem dois tanques, sendo que um deles serve para consumo humano. Lá, há também um riacho, um rio, que leva o nome de Rio Candangue, e Açudes. O número de família é de 260, sendo que 75% se enquadram no PRONAF B. A distância entre a sede do município e o povoado é de 17 km. A comunidade possui uma Escola Municipal do Ensino Fundamental Dep. Arnaldo Garcez. Quanto ao número de residências, existem mais de 299, que contam com um posto de saúde e quatro associações, sendo que uma é em parceria com o povoado Nova Brasília. São elas: Associação Com. João Vicente dos Santos do Povoado Capitoa, Associação de Desenvolvimento Comunitário Povoado Capitoa, Associação Comunitária Nossa Senhora D’Ajuda e Associação Desenvolvimento Com. do Povoado Nova Brasília/ Capitoa. A comunidade possui energia elétrica, bares, uma Igreja Católica, campo de futebol, mercearia, Igreja Evangélica, cemitério, mercado municipal, armarinho, lanchonete, barbearia, orelhão, salão de bordado, posto telefônico, clube, padaria e farmácia. No povoado, 80% de suas ruas são calçadas. As principais fontes de renda estão assim distribuídas: 20% para agricultura, através do cultivo de mandioca, milho, feijão, fava e batata; 50% para a pecuária, por meio da criação bovina, ovina e caprina; 30% para o artesanato que, a cada dia, se desenvolve mais nesse povoado. CURTUME O povoado é um dos mais distantes da sede do município, são 38 km de distância. Conta com alguns lugarejos, como a Caraíbas, que se distancia da sede por 45 km, além de outros lugarejos não mencionados neste trabalho. Nesse povoado, 70% do lixo são jogados nas estradas, e 30% são queimados. Não existe vegetação nativa, não ocorre a pesca predatória no povoado. Lá, existe o abate de animais, sem estrutura apropriada. Uma das maiores virtudes do povoado é não usar agrotóxico nas pastagens. Isso já é uma grande vantagem nos dias atuais. No curtume, há dois tanques públicos, sendo que um serve para o consumo humano, dois riachos e um rio, que leva o nome de “Rio Mucambo”. O número de famílias é de 96, sendo que 80% destas se enquadram no PRONAF B. Lá, existe a Escola João dos Santos Araújo, e já possui luz elétrica. Há também algumas cisternas, uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Curtume, bares, uma Igreja Católica, um conjunto habitacional com 18 casas, campo de futebol e mercearia. Suas maiores fontes de renda são a agricultura (60%) e a pecuária (40%). O artesanato no povoado é pouco difundido. FONTINHA É um povoado novo, com pouca tradição, mas que se desenvolve a cada dia. Já possui a Associação Comunitária do Povoado Fontinha. O destino do lixo lá é desconhecido. Ocorrem a prática da pesca predatória e o uso de agrotóxico. O abate de animais é feito sem estrutura, e há o uso de agrotóxico nas pastagens. O povoado possui um tanque público, um açude privado, um riacho, uma escola municipal que leva o nome de Escola João Vicente dos Santos; possui luz elétrica, uma Igreja Católica, uma mercearia, um campo de futebol, dois bares e um cemitério local. No povoado, 60% das famílias se enquadram no PRONAF B. A distância entre a sede do município e a comunidade é de 8 km. A quantidade de domicílios é de aproximadamente, em todo seu território, 71. A fonte de renda são a agricultura e pecuária. O artesanato é representado pelo “Richelieu” em todo povoado. JABIBERI Esse é o primeiro povoado de Tobias Barreto. Muitos escritores acham até que ele veio primeiro do que a Freguesia de Campos do Rio Real. Isso tudo porque muitos afirmam que Belchior Dias Moréia (o grande fundador de Campos) teria ido primeiro para lá, e depois para Campos. Mas essa informação não é verídica. Belchior foi primeiro para Paraíso e depois é que ele veio adquirir uma fazenda no pé da Serra do Canine. Essa, sim, é a história verdadeira. Jabiberi é um povoado de grande porte, porém uma parte do lixo é transportada através de uma carroça para um terreno público, onde é jogado e queimado, e a outra parte é jogada nas estradas. Não existe rede de esgoto. Lá não há vegetação nativa; existe uma floresta subtropical, com uma área de 26 tarefas; não ocorre a pesca predatória e criminosa nos rios e riacho. No matadouro do povoado, há o abate de animais (porcos, bois e ovelhas), sem estrutura apropriada e sem nenhum tipo de higiene, e toda a carne verde é vendida no mercado central. Uma das maiores virtudes do povoado é não usar agrotóxicos nas pastagens. Existem dois tanques públicos e quatro riachos, sendo que de um dos quais não sabemos o nome. São eles: Riacho Sene, Riacho do Machado e o Riacho Pajaú. Existe um rio que dá o nome ao povoado, o Rio Jabiberi, um dos rios mais famosos do nosso município. O povoado possui mais de 243 domicílios e conta com uma faixa de mais ou menos 200 famílias. A distância aproximada entre a sede do município e o Jabiberi é de 20 km. A comunidade conta com uma escola que leva o nome de Escola Municipal de Ensino Fundamental Álvaro Alves de Matos, um posto de saúde, chafariz, energia elétrica, cisternas, campo de futebol, Igreja Católica, bares, Igreja Evangélica, mercado municipal, orelhão, mercearia, padaria, Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Jabiberi. Quanto à pavimentação, 80% das ruas do povoado são calçadas. As principais fontes de renda são: a agricultura, que abrange 30 %, e a pecuária, com 70%. E ainda tem o artesanato, que é bem executado pelos seus artesãos em todo o povoado. Lá, também conta com a Associação de Artesanato, que é outra grande fonte de renda do povoado. MADEIRO O Madeiro, assim chamado, é pouco conhecido e ainda não pode ser considerado um povoado, trata-se apenas de um lugarejo. O destino do lixo desse lugar é queimado ou enterrado, diferentemente de outros povoados e lugarejos. Não existe rede de esgotos. A vegetação nativa fica perto do “olho d’água do Madeiro”. Lá, não existe a pesca criminosa, e o abate de animais é feito em Salobo e Murituba, onde os moradores vão comprar sua carne fresca. No Madeiro, há um riacho que passa perto, o Sene, que vem do Jabiberi, e existe também uma presa, no “olho d’água do Madeiro”. A comunidade conta ainda com um rio, o famoso Rio Jabiberi, que passa nas proximidades do lugarejo. Existem aproximadamente 45 domicílios e mais ou menos 50 famílias, que residindo por lá. A distância entre a sede do município e o lugarejo é de 22 km. Lá, não há posto de saúde, nem luz elétrica. No Madeiro, algumas casas possuem cisternas, por não haver, em todo o lugarejo, água encanada; possui um campo de futebol e conta com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Jabiberi e a Associação de Artesão do Povoado Jabiberi. Suas principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo do milho, feijão e fava verde, e também a pecuária e o artesanato, feito à mão (bordado). MATINHA Ainda é considerado um lugarejo, mas com certeza daqui a alguns anos passará a ser um grande povoado. Em relação ao lixo do lugarejo, 80% são jogados nas estradas, e 20% são queimados. Não existe mata nativa, nem ocorre a pesca predatória e criminosa. Lá, não existe o abate de animais. A carne é comprada em Tobias Barreto e levada para o lugarejo. Outro fator positivo é que não é usado agrotóxico nas pastagens. No lugarejo, existe um tanque público, que serve para o consumo humano; há também açudes privados, três riachos e um rio, o Jabiberi, que passa perto de lá. O número de famílias que lá habitam é 80, das quais 50% se enquadram no PRONAF B. Quanto ao número de residências, existem na faixa de 81. A distância aproximada entre a sede do município e o lugarejo é de 30 km. A Matinha já possui uma Escola, que leva o nome de E. M. E, F. Zeferino de Souza Lima; possui energia elétrica, uma Associação de Desenvolvimento Comunitário Zeferino de Souza Lima do Povoado Matinha, um campo de futebol e 57 cisternas, em todo o lugarejo. A comunidade possui bares, cinco criadores de suínos, que têm suas pocilgas a 30 metros das casas. As fontes de renda são agricultura, que ocupa 30%; a pecuária, 60%, e o artesanato, 10%. Outra observação que deve ser feita sobre esse lugarejo é que, quando estava pesquisando na Prefeitura Municipal de Tobias Barreto, sobre o nome da associação, o que aparece já é povoado, em vez de lugarejo. Não sabemos ao certo, no momento, se o lugarejo Matinha realmente já passou a ser povoado. Isso vai ficar para outras pesquisas futuras. MONTES COELHO É um dos maiores povoados do nosso município e um dos mais antigos. Hoje, devido ao porte do povoado, já era para ser considerado uma pequena vila, mas esperamos que um dia esse acontecimento histórico se realize. O lixo de lá é transportado por carroça para o lixão, que fica fora do povoado. A vegetação nativa, hoje, não existe mais; a pesca predatória também não. O abate de animais é feito no matadouro, com estrutura apropriada. Outro assunto importante é que, no povoado, não são usados agrotóxicos nas pastagens, o que não tem prejudicado o meio ambiente. Existe um tanque público, três riachos, uma pequena barragem, um poço tubular, além do rio que passa no povoado, o “Rio Real”. Habitam no povoado 400 famílias, das quais 70% se enquadram no PRONAF B. Lá, existem mais de 281 residências. A distância aproximada entre a sede do município e a comunidade é 37 km. O povoado já possui uma Escola, a Pedro Izídio de Oliveira e conta com um posto de saúde, um posto telefônico, um posto policial, uma casa de farinha comunitária, uma lan house, um clube social, um campo de futebol, cemitério e com a Associação Comunitária Maria Francisca de Oliveira do Povoado Monte Coelho, além de já usufruir de energia elétrica e água encanada. A comunidade também possui bares, um mercado e o matadouro. 50% das ruas do povoado são calçadas. As principais fontes de renda são agricultura, pecuária e o artesanato. O povoado conta com uma das Igrejas Católicas mais antigas do nosso município, A Igreja de Nossa Senhora do Rosário. PAU DE COLHER O povoado é mais um, em nosso município, que está em fase de crescimento. Lá não tem coleta de lixo. Uma parte é jogada nas estradas, e a outra é queimada. No povoado, não existe vegetação nativa, não ocorre a pesca predatória, não existe o uso de agrotóxico nas pastagens e o abate de animais é feito lá mesmo, mas com toda higiene possível. No povoado, há um açude privado, que serve para o consumo humano, um riacho e duas barragens pequenas, que são particulares. A comunidade é composta de 100 famílias, das quais 60% se enquadram no PRONAF B. A distância entre a sede do município e o povoado é de 8 km. A comunidade possui uma escola, que leva o nome de Lídia do Amor Divino, uma Igreja Católica, uma mercearia, um campo de futebol, cisternas, um bar e a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Pau de Colher, além de já estar eletrificado. Principais fontes de renda: 70%, pecuária; 20%, agricultura e 10%, artesanato. Outro fato que vale ressaltar é que, nesse povoado, atualmente, o consumo de água para a comunidade provém de Tobias Barreto, através do caminhão pipa, principalmente no período de estiagem. PEDRA DE AMOLAR Hoje, é considerado um povoado que ainda está em fase de crescimento. O lixo, como nos outros povoados, é jogado à beira da estrada, prejudicando o meio ambiente. Lá não existe vegetação nativa, nem ocorre a pesca predatória e criminosa, porém, existe o uso de agrotóxico nas pastagens, sem os devidos cuidados. Não existe o abate de animais. No povoado, só há um tanque público, um riacho, além de açudes privados e cisternas. Habitam na comunidade 53 famílias, das quais 80% se enquadram no PRONAF B. Em toda região, existem mais ou menos umas 133 casas, e a distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 32 km. A comunidade já conta com a Escola Maria N. Rogério dos Santos, energia elétrica, Associação Desenvolvimento Comunitário Lindeval de Souza Neto do Povoado Pedra de Amolar, bares, oficina de bicicleta, mercearia, orelhão e campo de futebol. É um dos únicos povoados que não tem nem um tipo de igreja. As principais fontes de renda são agricultura, pecuária e o artesanato, produzido por algumas famílias do povoado. PILÕES Os Pilões é um povoado que promete crescer mais, dado o seu desenvolvimento constante. No povoado, o lixo é jogado próximo ao Riacho Caripau, que deságua no rio Real, comprometendo os recursos hídricos e o meio ambiente. Esse povoado é um dos únicos que possui 30% de rede de esgoto, e onde existem também chiqueiros a 10 metros das residências. Segundo os moradores, existe uma mão de poeira (é um resíduo que sai da mandioca) que sai das casas de farinha, prejudicando a todos da comunidade, problema que seria minimizado com a conclusão da rede de esgoto, onde o resíduo seria jogado. Lá, não existe mais vegetação nativa, não acontece a pesca predatória e criminosa, nem ocorre também o uso de agrotóxico nas pastagens. Entretanto acontece o abate de animais, sem estrutura apropriada, principalmente o de ovelhas e porcos. Existem dois tanques, o Riacho Caripau, e um rio que passa perto, que é o Rio Real. Formam a comunidade de Pilões 124 famílias, das quais 90% se enquadram no PRONAF B e, em todo o povoado, existem 116 domicílios. A distância entre a sede do município e Pilões é de 25 km. A comunidade conta com a Escola José Cassimiro dos Santos, com uma Igreja Católica, a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Pilões, uma casa de farinha comunitária, além de já usufruir de água encanada, energia elétrica, açudes, chafarizes e orelhão em praça pública. Quanto à pavimentação, 70% das ruas do povoado são calçadas. As fontes de renda comunidade são agricultura, pecuária e o artesanato. POÇO DA CLARA Poço da Clara é mais um povoado do nosso município, onde se joga o lixo à margem das estradas e nos fundos de quintais, causando danos ao meio ambiente. Nesse povoado, existe vegetação nativa, com cerca de 80 tarefas de caatinga virgem. Lá, não ocorre a pesca predatória, e o abate de animais é feito no povoado, sem estrutura apropriada. Por outro lado, não são usados agrotóxicos nas pastagens. Existem três tanques, mas todos estão contaminados, há dois açudes privados, dois riachos, uma barragem pequena, além dos rios que passam por perto do povoado. A comunidade é formada por 100 famílias, das quais 50% se enquadram no PRONAF B e, em todo povoado, há na faixa 116 residências. A distância entre a sede do município e o povoado é de 40 km. A comunidade conta com a Escola Auzenira Gonçalves de Santana, algumas igrejas, energia elétrica, cisternas, com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Poço da Clara, bares, padaria, mercearia, orelhão e campo de futebol. As fontes de renda são a agricultura, pecuária e lá é, em pouquíssima quantidade, o artesanato. RIACHO FUNDO Esse é um povoado do nosso município, ainda em desenvolvimento, que possui uma escola que leva o nome de Escola Municipal de Ensino Fundamental José Geraldo. O povoado fica a 12 km da sede do município. Lá existe vegetação nativa, que fica bem perto do povoado. No povoado, não ocorre pesca predatória, nem é feito o abate de animais. O destino do lixo é o fogo, isto é, 100% queimados. Riacho Fundo possui um tanque público, três açudes privados e um riacho, que recebe o nome do próprio lugar. São 40 famílias que se enquadram no PRONAF B; só no povoado existem 35 domicílios, um posto de saúde, chafarizes, luz elétrica, cisternas em algumas casas, uma Igrejinha Católica, uma mercearia, um campo de futebol, um cemitério local e uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Riacho Fundo. Principais fontes de renda: a agricultura, que abrange 80% e a pecuária, com 20%. Quanto ao artesanato, pouco é feito, por ser pequeno o número de pessoas que possuem máquinas de costura em suas casas. ROMA É um dos povoados mais antigos da nossa região. Lá, hoje existe um posto de saúde do município, uma Igreja Católica, a de Santa Luzia, e existe também uma Capelinha da Santa Cruz, que foi a primeira Igreja do povoado a ser construída. Possui uma Igreja Evangélica, posto telefônico, três mercearias, um campo de futebol, dois bares e um cemitério local. Além de tudo isso, a comunidade conta com a Associação Comunitária do Povoado Roma e com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Roma, fundada em 1988. Quanto ao artesanato, não existe associação, mas tem bordadeiras que fazem esse trabalho, usando máquinas industriais. Outra fonte de renda do povoado é a agricultura, sendo 20% destinados ao cultivo do milho, da fava e do feijão. A pecuária abrange 80% da fonte de renda, através da criação de ovinos, bovinos e equinos. Esse povoado possui luz elétrica, açudes, água encanada e uma escola, que leva o nome de Escola Municipal Antônio Euzébio dos Santos. A distância entre a sede do município e Roma é de 8 km, pela pista. Nas redondezas do povoado e no próprio povoado, existem 110 famílias, sendo que no povoado tem 35 domicílios. Roma possui tanques públicos, açudes privados, riachos (Riacho da Roma) e uma mini barragem. O lixo é armazenado no fundo do cemitério local, aonde funcionários da Prefeitura Municipal, periodicamente, vão e fazem a coleta. A vegetação nativa localiza-se perto do riacho. O abate de animais é feito na sede do município, e levado para ser vendido no povoado. Esse é o povoado Roma, com todo o seu desenvolvimento. SAMAMBAIA Ou Vila de Samambaia, como é conhecida. Hoje, é considerado um dos maiores povoados do nosso município, e também um dos mais antigos. Começou a ser conhecido por Várzea do Caripau, depois Igreja Nova de São José (nome dado pelo Padre Virgílio do Rosário Montalvão) e, definitivamente, passou a chamar-se de Vila de Samambaia. O lixo é jogado em um terreno público, através de coleta realizada lá mesmo. Metade da comunidade conta com rede de esgoto e, perto do povoado, a umas 500 tarefas de distância, existe vegetação nativa. Nos rios e riachos, não acontece a pesca predatória. Por outro lado, o abatimento de animais, no matadouro público, ocorre sem estrutura apropriada, além de haver o uso de agrotóxicos nas pastagens, sem os devidos cuidados técnicos. Existe em Samambaia um tanque público, um açude privado, cinco riachos, duas barragens, inclusive, uma precisando de reforma, e dois rios: Caripau e Macacos. A Vila de Samambaia possui uma média de 288 famílias, das quais 70% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a Vila e a sede do município é de 36 km. A comunidade dispõe de uma escola, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Amintas Leopoldino Ramos, de uma Igreja Católica e uma Evangélica, de dois campos de futebol, de um cemitério, de um posto policial, de um mini mercado, de bares, mercearia e lan house, de uma farmácia, de borracharia, de água encanada, de um posto de saúde, de energia elétrica e de algumas cisternas. Existem duas Associações, a saber: Associação dos Artesãos da Vila de Samambaia e Associação de Desenvolvimento Comunitário da Vila de Samambaia. As principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo de feijão, milho e mandioca; a pecuária e o artesanato, que é muito divulgado naquela comunidade. Uma das histórias do povoado versa sobre como e quando foi fundado o Cartório de Registro Civil e Notas, aliás, uma história muito mal explicada ao longo dos anos, a qual muitos já tentaram explicá-la e nunca chegaram a um denominador comum. Aqui, vamos aproveitar e elucidar essa questão definitivamente. O Intendente de Campos, na época, era o Sr. Filadelfo Santos Lima, juntamente com o Interventor do Estado, o Sr. Augusto Maynard Gomes, os quais resolveram criar um Cartório em Samambaia, devido ao grande número de moradores e ao crescimento do comércio. Através de um decreto, criado pelo intendente de Campos, foi fundado em 25 de setembro de 1931, o primeiro Cartório de Registro Civil e Notas, que teve como titulares: 1º - Domingos Leopoldino Ramos (pai de Dr. Moreno, grande advogado do nosso município); 2º - Boaventura José de Santana; 3º - Antero de Oliveira Souza; 4º - Luiz de Souza Lima e o 5º - Luizete de Souza Neto, o último a exercer a função no Cartório. Esse cartório funcionou durante um período de 76 anos e, nessa época, o povoado passou a se chamar Vila de Samambaia. Em 01 de fevereiro de 2008, o Cartório foi fechado pelo Tribunal de Justiça do Estado, e nunca mais foi reaberto. Esperamos que um dia ele volte a abrir suas portas, para que a Vila de Samambaia possa continuar crescendo e se desenvolvendo como antes. SAQUINHO O povoado Saquinho é um dos mais antigos de Tobias Barreto, e em fase de crescimento. 70% do são jogados nas estradas, e 30% são queimados, além de não haver rede de esgoto. Lá, existem 10 tarefas de vegetação nativa e não acontece a pesca predatória e criminosa; no entanto, o abate de animais é feito no povoado, sem estrutura apropriada. Em contrapartida, não ocorre o uso de agrotóxico nas pastagens. O povoado dispõe de açudes privados, que servem para o consumo humano, e de quatro riachos. O número de famílias é de 67, sendo que 70% se enquadram no PRONAF B, e há 120 casas em todo povoado. A distância entre a sede do município e o povoado Saquinho é de 17 km. A comunidade conta com a Escola Italva Almeida da Fonseca, com um posto de saúde, com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Saquinho, um centro de bordado e com uma Igreja Católica, além de haver um chafariz, energia elétrica, um campo de futebol, e bares. A principal dificuldade do povoado é a falta de água, já que, no período de seca, a comunidade está bebendo água, que não é de boa qualidade, provinda de dois açudes particulares. Existe um dessalinizador, mas está quebrado. Além disso, o povoado precisa também de calçamento, pois, no período de chuvas, a lama dificulta o tráfego das pessoas. Principais fontes de renda: a agricultura, que abrange 20%; e a pecuária, 80%. SOTERO O povoado é novo e ainda está em fase de crescimento. Em relação ao lixo, 60% são jogados às margens das estradas e 40%, queimados. Lá, existe uma área de aproximadamente 400 tarefas de cerrado, com mata virgem; não ocorre a pesca predatória, nem o uso de agrotóxico nas pastagens, e o abate de animais é feito lá, mas sem estrutura apropriada. Existem dois tanques públicos, dois açudes privados, um riacho que passa perto, uma barragem e um rio, o “Caripau”. Formam a comunidade mais de 50 famílias, sendo que 10% delas se enquadram no PRONAF B e, em todo o povoado, há na faixa de 109 casas. A distância entre a sede do município e o Sotero é de 24 km. Na comunidade existem chafarizes, 03 bares, orelhão, cisternas. O povoado ainda dispõe de energia elétrica, de uma Associação de Desenvolvimento Comunitário Lucas Aquino César do Povoado Sotero, de uma Igreja Católica, de casa de farinha e mercearia, de um campo de futebol e de um salão de beleza. Existem também 06 chiqueiros de porcos a dez metros das residências. As principais fontes de renda são a agricultura e a pecuária. TAQUARA Apesar de já ser considerado um povoado, a Taquara, como é conhecido, ainda está em fase de crescimento e desenvolvimento. O lixo é colocado em uma área privada, onde a comunidade o deposita e o queima. Lá, não existe rede esgoto nem vegetação nativa, e não ocorre a pesca predatória e criminal. Nas pastagens, ocorre o uso de agrotóxicos sem os devidos cuidados técnicos. Outro fator importante é o abate de animais, que lá não acontece. No povoado, há um tanque público, um açude privado, um riacho e um rio que passa perto, além de cisternas. Formam a comunidade 56 famílias, sendo que 60% delas se enquadram no PRONAF B e, em todo povoado, existem na faixa de 69 domicílios. A distância entre a sede do município e a Taquara é de 24 km. A comunidade possui uma escola, a José Roberto de Araújo, energia elétrica, uma Igreja Católica, bares e telefone comunitário via rádio. Para chegar ao povoado, enfrentamos algumas dificuldades devidas ao estrago das estradas, sem esquecer a escuridão total no centro do povoado, por falta de lâmpadas. Suas principais fontes de renda são o bordado (artesanato), agricultura e a pecuária. VILA DE CAMPOS PARA CIDADE A história de como o nosso Município passou à categoria de cidade foi a seguinte: Mons. Olímpio Campos, de memória imortal, chefiava o Partido Conservador (Cabaú) no Estado todo, e era grande amigo do Coronel Luiz Antônio da Costa Melo, grande homem de atitudes, o qual, naquela época, já era Deputado Provinciano da nossa povoação e vinha lutando incessantemente em favor da terra que ele tanto amava, conseguindo aos poucos a realização de obras indispensáveis para o desenvolvimento de Campos, terra que o adotou como filho. Conseguiu a construção da Represa e da Ponte no Rio Real, em pedra e cal, bem junto à atual Rua Elias Montalvão, à margem do rio; a abertura da Lagoa da Porta, fonte primeira e valor autêntico para a serventia pública; construiu a Represa no Lugarejo Samambaia, conhecido por Igreja Nova, nome admitido pelo vigário Virgílio do Rosário Montalvão. A posição do Coronel Luiz Antônio era das mais vantajosas entre os que se apresentavam na região e, dada a sua condição de amigo inseparável do Mons. Olímpio Campos, este não titubeara em apresentar ao Cel. Luiz Antônio um plano, que seria o seu afastamento das conversações políticas em favor do Major Ernesto José de Souza, irmão do Mons. Olímpio Campos, para que assumisse a Presidência da Assembléia, com todas as chances de ser conduzido à Presidência do Estado, em troca do reconhecimento, passaria a Vila de Campos para cidade. Cel. Luiz Antônio aceitou tranquilo e satisfeito, pois era desejo já manifestado aos amigos e correligionários. E tudo foi feito dentro na maior harmonia. Presidia os destinos do Estado o Guilherme de Souza Campos (1905 a 1906), irmão do Mons. Olímpio Campos. E nessa época, surgiu uma mobilização para derrubar do poder o Guilherme Campos. Seguido por uma multidão de sergipanos de várias partes do Estado, Fausto Cardoso foi chamado para assumir o Governo, por conta da deposição (ou renúncia) do Presidente Guilherme Campos. O vice-presidente, Pelino Nobre e seus auxiliares compuseram uma nova administração estadual. Quem assume o Governo é o desembargador João Maria Loureiro Tavares (1906), enquanto era nomeado, pelo Presidente Rodrigues Alves (Presidente da República Francisco de Paula Rodrigues Alves, de 15/11/1902 a 15/11/1906), o General Firmino Rego. A revolução demora pouco, e as forças federais, chamadas a intervir, matam Fausto Cardoso na Praça do Palácio e repõem os governantes afastados. Fausto Cardoso morre em 28 de agosto de 1906, dizendo frases que ficaram indeléveis na memória dos sergipanos: “A liberdade só se prepara na história, com o cimento do tempo e o sangue dos homens” e “Morro, mas a vitória é nossa, sergipanos”. Pouco mais de três meses, no dia 09 de novembro de 1906, os filhos de Fausto Cardoso – Humberto e Armando, em companhia de Délio Guaraná, atacam e matam o senador Mons. Olímpio de Souza Campos, na Praça 15 de novembro, no Rio de Janeiro. Tinha final trágico o confronto entre Fausto Cardoso, que representava as idéias progressivas da política sergipana, e o Mons. Olímpio Campos, chefe oligárquico conservador (Cabaú). Mas antes de acontecer a morte do Mons. Olímpio Campos, ele já tinha outorgado a lei que passava a localidade da condição de Vila de Campos para a de cidade, a qual entraria em vigor em 23 de outubro de 1909. E foi o que aconteceu. Mas isso tudo só foi possível através do acordo feito pelo Cel. Luiz Antônio da Costa Melo, um dos maiores líderes políticos de Campos. Nessa época, conduzia os destinos do Estado o Dr. José Rodrigues da Costa Dória (1908 a 1911), e era seu vice o Dr. Manoel Batista Itajay, que assumira a presidência estadual por ocasião da licença concedida ao efetivo, e é Manoel Batista Itajay quem assina a lei nº 550, de 23 de outubro 1909, passando da categoria de Vila para a de cidade. Outro que contribuiu para que a Vila de Campos passasse para cidade foi o nosso intendente João Alves de Oliveira, que, na ocasião, era quem comandava os destinos da vila de Campos; era também grande amigo do Coronel Luiz Antônio, ambos do mesmo partido político (conservador). E foi em 23 de outubro de 1909 que a lei nº 550 entrou em vigor, assinada por Manoel Batista Itajay, pois era quem estava no poder naquele momento e, sem pestanejar, acabava de ter assinado uma das maiores leis para o nosso município. A cidade recebeu com alegria esfuziante o chefe Luiz Antônio e, lá na Praça da Matriz, em seu velho sobrado, ele abriu as portas e salões para o grande baile, onde compareceu o povo sem distinções partidárias. Os liberais, sob a chefia do Cel. José Antônio de Lemos, aplaudiram o gesto, sobremodo, grandioso do Cel. Luiz Antônio. Nesse dia, os lampiões foram acessos mais cedo do que de costume, os foguetes estouraram, a missa solene foi celebrada pelo Padre Virgílio do Rosário Montalvão, e os discursos foram proferidos com o calor e o entusiasmo de uma mocidade cheia de esperança no futuro que se abria para a cidade sertaneja. A festa varou até a madrugada, os partidos que eram opostos se juntaram, e vários líderes políticos do partido Peba e Cabaú discursaram juntos (isso só aconteceu uma vez, depois que a festa acabou, os partidos Peba e Cabaú voltaram a ser adversários políticos). Foi uma bela festa que ficou na memória do tempo. No Jornal Coluna Popular nº 06, de 31 de dezembro de 2005, tem uma matéria tão importante, escrita pelo professor Aerton Matos de Oliveira, que resolvemos transcrever algumas partes, onde ele faz uma pergunta: “23 de outubro emancipação política ou elevação à categoria de cidade?” “O 23 de outubro certamente é uma das datas mais importantes do calendário cívico de Tobias Barreto. No entanto, convém fazer algumas ressalvas em relação ao evento que originou o feriado. A grande maioria das pessoas ao referir-se à data, erroneamente a denomina como dia da emancipação política de Tobias Barreto.” “Essa afirmação é incorreta, uma vez que a mesma ocorreu a partir do momento em que o povoado de Campos foi elevado à categoria de vila em 17 de Janeiro de 1835. Fica a sugestão para a Câmera dos Vereadores analisarem a possibilidade de incluir essa data como feriado municipal recebendo o nome de Vila de Campos”. “Alguns podem estar se perguntando como uma vila poderia estar emancipada politicamente. Realmente, hoje quando uma localidade ascende à categoria de vila, ela continua subordinada a outro município. No entanto, no século XIX, a emancipação ocorria com a elevação à categoria de vila. Um indício claro disso, é que nessa ocasião era criada a Câmera Municipal tendo esta autonomia política para tomar decisões peculiares à esfera Municipal. Conclui-se então, que o dia 23 de outubro, na verdade representa a comemoração alusiva a elevação de Vila de Campos à categoria de cidade”. Propomos uma reflexão sobre esse assunto, e nunca mais dizermos que 23 de outubro é feriado devido à emancipação política do município, sendo que houve apenas a elevação da Vila de Campos, já emancipada, para a cidade de Campos. Réplica da Lei que eleva a Vila de Campos à categoria de Cidade de Campos, sendo que no dia 23 de outubro de 2009, a Cidade de Tobias Barreto comemorou seu centenário. INTENDENTES A PREFEITOS A história política de nossa terra já vem de longas datas, de épocas passadas onde quem mandava eram os coronéis e pessoas mais abastadas do povoado. E isso nos leva à data de quando nossa Freguesia passou a ser Vila de Campos, em 17 de janeiro de 1835. Naquela época, quando qualquer povoado ou Freguesia passavam para a condição de Vila, eram considerados emancipados e, a partir daí, pessoas se reuniam para traçar os destinos do lugarejo. Antes dos intendentes, quem tomava as decisões em Campos era uma cúpula de pessoas mais conhecidas e bem abastadas financeiramente. Eram pessoas escolhidas pelo povo ou por algum Deputado Provinciano ou capitão. E assim se formava um “Conselho Municipal”, e o presidente desse conselho era quem mandava, tomando todas as decisões na Vila. Este conselho permaneceu por muito tempo conduzindo os destinos da Vila de Campos. Depois deste, foi os “edis” que começaram a comandar a Vila. Os “edis” era um conselho de vereadores, porém antes dos intendentes, também. As câmaras municipais estão nas origens de nossa história como Nação. Configuram as células iniciais de toda a estrutura política moldada nas lutas do nosso povo. A figura do vereador brasileiro nasceu em 1532, no momento em que Martim Afonso de Souza deu início à nossa organização política, instalando a primeira Câmara das Américas na Vila de São Vicente, sede de sua Capitania Hereditária, com 110 léguas de costa, ou seja, os 726 quilômetros, que hoje abrangem o Rio de Janeiro e o Paraná. Ali, começou a reproduzir-se a “Célula Mater” da Nacionalidade. Isso teve início quase um século antes de os “Pilgrims” de Massachussetts fazerem algo parecido nos assentamentos coloniais ingleses, que dariam origem aos Estados Unidos da América. Martim Afonso de Souza atribuiu à Câmara vicentina competência para discutir a deliberar sobre os problemas referentes a arruamento, construções, limpeza, ordem pública, taxas e impostos, divisão e posse de terras e heranças, além de promover a guerra e assentar a paz com os gentios, como aconteceu no episódio da confederação dos Tamoios; além disso, decretar a criação de arraiais e convocar juntas para discutir e deliberar sobre os negócios da Capitania. Era ela integrada por três vereadores, um Procurador, dois almotacés e um Escrivão. Para exercer a vereança, era preciso ser homem bom, conhecedor do português, ser bem instruído e gozar de prestígio entre os habitantes. Não podiam exercê-la os estrangeiros, os não católicos e os trabalhadores braçais. Os edis elegiam, entre seus pares, um Juiz Ordinário como presidente da casa legislativa. O Procurador requeria o andamento das causas públicas. Os almotacés administravam o mercado, verificando a distribuição dos gêneros alimentícios e a exatidão dos pesos e medidas. O Escrivão redigia as atas de reuniões, transcrevendo-as em livro próprio. A singela organização parlamentar vicentina multiplicou-se por todo o país, com os nomes de Senado da Câmara, Conselho ou, simplesmente, Câmara. Compostas por “homens bons” ou vereadores eleitos, essas cortes comunais tiveram magno papel na formação da consciência do povo brasileiro. Antes e depois do surgimento de nossas províncias e Estados, elas sempre figuraram na estrutura política da Nação. A etimologia da palavra “vereador” inicia-se no verbo “verear”, que significa administrar, reger, governar. Historicamente, a figura do edil aparece em Portugal no Século XIV, quando servia como assistente dos juízes na administração municipal. Esses assistentes, por suas atribuições, assemelhavam-se ao “aedile”, o antigo magistrado romano que cuidava da salubridade, da desobstrução das vias públicas, da inspeção e da conservação dos edifícios públicos, do abastecimento das cidades, além de vigiar o preço do trigo, os pesos e as medidas, para proteger os compradores contra fraudes. Para isso, a “aedile” podia editar os regulamentos edicilianos, depois chamados de posturas e, hoje, de leis municipais. Daí, a equivalência da nomenclatura entre “edil” e vereador. Desde o período colonial até a República, as câmaras encaminharam nosso povo em direção àquilo que hoje entendemos por democracia num Estado de Direito. Essa destinação de nosso Poder Legislativo municipal deve ter sido traçada por algo superior a regimes e ideologias, algo que se repete até hoje no artigo 167 da Constituição Imperial e oxalá os netos de nossos netos também possam usufruir essa prerrogativa. Ou seja, sempre por eleição, “em todas as cidades e vilas ora existentes, e nas mais que no futuro se criarem, haverá câmaras, às quais compete o governo econômico e municipal das cidades e vilas”, conforme aquele texto constitucional. Depois de 17 de janeiro de 1835, aparece o primeiro político de nossa terra, o Tenente-Coronel Salvador de Góis e Souza, irmão do naturalista Antônio Muniz de Souza. Ele pertencia ao Partido Liberal (PEBA) e era primo de Pedro Barreto de Menezes, pai de Tobias Barreto de Menezes. Naquela época, um dos seus adversários era Capitão-mor Luiz de Melo e Faria Oliveira, que pertencia ao Partido Político Conservador (Cabaú). Nos movimentos da Independência, ele lutou ao lado de Dantas Portátil no avanço sobre Vieira de Melo, na Capitania de Sergipe, para proclamar a obra de D. Pedro I. O Tenente-Coronel Salvador de Góis, já com a idade um pouco avançada, passa a liderança do partido na Vila de Campos para Pedro Barreto de Menezes, e logo funda o primeiro Conselho Municipal de Campos, juntamente com seu irmão Domingos José de Menezes Góis. Este conselho funcionava na Casa de Pedro Barreto. As reuniões sempre aconteciam aos domingos, tendo como Partido Político o Liberal (Peba). Em 29 de agosto de 1863, sai a primeira lista dos partidários que comandavam o Conselho Municipal. Todos sobre o comando de Pedro Barreto e seu irmão Domingos José de Menezes Góis. Esta lista é transcrita no Correio de Sergipe, ano XXVI, nº 67, de sábado, 29 de agosto do mesmo ano: Domingos de Souza Oliveira Félix Barreto de Menezes Diogo Travassos de Abreu Leite José Sotero de Melo Pedro Antônio de Souza Ricardo de Souza Oliveira Luiz Cirilo Lima Tenente José Antônio do Rosário Francisco José de Andrade Salvador Benvindo de Oliveira Félix Barreto de Oliveira José Domingues de Menezes Amâncio de Freitas de Oliveira José Felipe de Oliveira Tenente-Coronel Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral A Vila de Campos era comandada por estes senhores que acabamos de citar. Era o Conselho Municipal, denominado também de Câmara Municipal, composta pelos edis (vereadores) que cuidavam da edilidade naquela época e acumulava os poderes legislativo e executivo. O presidente eleito pelos seus pares exercia a função executiva em conformidade com as deliberações aprovadas e promulgadas. Assim, era esse conselho na época da Monarquia. O Partido Liberal elegeu naquela época vários Deputados provincianos. Os primeiros foram Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral, Tenente-Cel. Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral e Pe. João Antônio de Figueiredo Matos. Esses foram os primeiros a serem Deputados provincianos da Vila de Campos, todos eleitos com o apoio do político Pedro Barreto de Menezes, que liderava o partido Liberal. O Major Pedro Barreto de Menezes, homem esclarecido, destacou-se na política pela perspicácia e escrupulosa honradez. Dirigiu por muito tempo o partido Liberal e antes de falecer, em 1867, ele passa a liderança para o Tenente-Coronel Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral, outro grande líder político que chegou a ser Deputado Provinciano juntamente com o Coronel José Antônio Lemos que, depois do Tenente-Coronel Alexandre da Roma, como era conhecido, passou a liderança para José de Lemos, Deputado Provinciano por várias vezes e que soube como ninguém conduzir os destinos políticos do Partido Liberal (Peba). O Capitão-mor Luiz de Melo de Faria e Oliveira era do Partido Conservador e passa a liderança do partido para o Coronel Luiz Antônio da Costa Melo, em 1868. Este assume, com a idade de 32 anos, e faz uma mudança geral em toda a sua estrutura, chamando pessoas mais conhecidas da Vila de Campos para fazerem parte desse partido, que não tinha grande ascensão em Campos e não era muito popular. Esse partido tinha como principal chefe político em Sergipe o Mons. Olímpio Campos. O Coronel Luiz Antônio consegue trazer para seu partido o Tenente José Dantas da Costa e o astuto Professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos, João Francisco de Faria, e algum tempo depois, o Coronel Francisco Barreto do Rosário, que chega a assumir a liderança do partido Conservador, quando o Coronel Luiz Antônio passa para ele a liderança, isso tempos depois. O partido político Conservador ainda conseguiu eleger Deputado Provinciano por um mandato o Professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos, e por vários mandatos, o Cel. Luiz Antônio. Depois de algum tempo, conseguiu eleger também o Cel. Francisco Barreto do Rosário, por vários mandatos. Nesta lista, há o nome dos primeiros políticos que se destacaram na antiga Vila de Campos, tanto dos Liberais, como dos Conservadores. Foram pessoas que fizeram história em Campos e deixaram seus nomes gravados na história. Essa lista compreende de 1835 a 1900, depois da Proclamação da República. LIBERAL – Peba Salvador de Góis e Souza Pedro Barreto de Menezes Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral Pe. João Antônio de Figueiredo Matos Alexandre da F. Cunha e Amaral Cel. José Antônio de Lemos CONSERVADOR – Cabaú Luiz de Melo de Faria e Oliveira Luiz Antônio da Costa Melo Profº Manoel Joaquim de O. Campos José Dantas da Costa João Francisco de Faria Cel. Francisco Barreto do Rosário OBS: Essas estrelas significam dizer que foram esses os primeiros deputados provincianos da Vila de Campos, e os que possuem a bolinha preta chegaram a ser líderes políticos, em Campos, dos seus respectivos partidos. Agora, passaremos a relatar os fatos acontecidos na época da República, já na ocasião em que ela foi proclamada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite desse mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório. Após 67 anos, a monarquia chagava ao fim. No dia 18 de novembro, D. Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo à consolidação da democracia no Brasil. A figura do “coronel” era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de “cabresto”, pelo qual o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram fiscalizados e pressionados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência. Com a proclamação da República, todas as grandes Vilas e Municípios do Estado de Sergipe mandaram para capital do Estado um documento escrito pela Câmara Municipal (Conselho Municipal), com o título de “Adesão do Povo”. Aqui foi escrita com o título de Adesão do Povo de Campos, Documento nº 26 A e nº 27 B. Sendo que foram escritas duas adesões e enviadas para a capital. Estes dois documentos foram tirados do livro “A República em Sergipe”, de autoria de Baltazar Góes, relançado em 2005 pela Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe. DOCUMENTO Nº 26 A Adesão do povo de Campos “Cidadãos membros do Governo Provisório do Estado Federal de Sergipe. A Câmara municipal desta vila de Campos, unindo-se ao sentimento de patriotismo que inspirou o nosso Exército e Armada, e o povo a dar no dia 15 do Corrente o brado que constituiu a República em nosso país; e considerando que esse ato de nossos patrícios, alvissareiro da felicidade pública, vai abrir para o Brasil a era de nossa verdadeira liberdade, alargando a estrada do progresso moral e material, que a política até então seguida embaraçava, já corrompendo a virilidade do caráter nacional, já amortecendo o civismo de nossos patrícios por meio da corrupção dos costumes, e da compressão oficial, exercida em todos os ramos do público serviço e, felicitando-se por ter realizado tão auspicioso acontecimento sem a mais leve perturbação da ordem pública, e da tranquilidade particular, apressa-se em vir trazer ao Governo Provisório do Estado Federal de Sergipe os seus mais ardentes votos de adesão, obediência, simpática e respeito profundo, penhorando desde já todos seus esforços e serviços para o definitivo assentamento e acordo. Viva a República. Viva o povo brasileiro. Paço da Câmara Municipal da Vila de Campos, 23 de novembro de 1889. Diogo Travassos de Abreu Leite, P. José Antônio de Faria, Ladislau Febrônio de Andrade, Joaquim José de Montalvão, Francisco José de Andrade Sólon”. DOCUMENTO Nº 26 B Adesão da Câmara de Campos “Cidadãos membros do Governo Provisório do Estado Federal de Sergipe. Os abaixo-firmados, residentes no Município da Vila de Campos, acordes com as vistas que o Governo Provisório do Brasil prometeu aos nossos patrícios e, atendendo a que o estabelecimento do governo do povo, pelo povo, é o único capaz de garantir em toda sua plenitude os direitos dos cidadãos sem distinção de classes, instruindo-o, moralizando, e implantando em seu ânimo as normas de bons cidadãos pelo exemplo, vêm depor ante o governo provisório do Estado Federal de Sergipe os seus protestos de absoluta adesão e obediência a todos os atos emanados do poder republicano. Viva a República. Viva o povo brasileiro. Vila dos Campos, 25 de novembro de 1889. (Assinam 52 cidadãos)”. Então ficava clara a adesão do povo e dos políticos da Vila de Campos aos movimentos Republicanos. Neste ano de 1889, aparecia outra formação da Câmara Municipal com nomes novos na política. A formação era a seguinte: Presidente: Diogo Travassos de Abreu Leite 1º MEMBRO: P. José Antônio de Faria 2º MEMBRO: Ladislau Febrônio de Andrade 3º MEMBRO: Joaquim José de Montalvão 4º MEMBRO: Francisco José de Andrade Sólon Houve, nos primeiros anos da República, séria instabilidade política. Uma série de acontecimentos influiu para essa instabilidade no Estado, mormente no interior. Mudanças contínuas do Governo Provisório Estadual e de Juntas Governativas, como: anulação de leis e atos dos governos anteriores, promulgação e revogação de Constituições, dissolução da Assembléia Constituinte, dissolução das Câmaras Municipais, etc. Por decreto de 21 de novembro de 1890, do Vice-Governador em exercício, o Juiz de Direito Lourenço Freire de Mesquita Dantas, foi promulgada uma Constituição, pela qual cada município seria governado por um CONSELHO MUNICIPAL, cujos membros seriam eleitos diretamente para um período de quatro anos. Essa Constituição foi revogada pela Lei de 8 de junho de 1891, promulgada pela Assembléia Constituinte, de que foi 1º Secretário o político simãodiense Dr. Joviniano Joaquim de Carvalho. Segundo essa nova Constituição, os municípios governar-se-iam por uma Câmara de Vereadores e um Edil, eleitos anualmente através de voto direto. A Constituição de 1891 teve vida efêmera, revogada que foi pela de 18 de maio de 1892. O Decreto nº 15, de 09 de novembro de 1891, fixou o dia 21 de dezembro do mesmo ano para a realização das eleições de vereadores e edis. Para as aludidas eleições, as cédulas de vereadores conteriam nove nomes em alguns municípios. Em São Cristóvão e nas vilas, apenas cinco nomes. Nas cédulas referentes à eleição de edis, apenas um nome. Essas eleições municipais não se realizaram. O Decreto nº 21, de 5 de janeiro de 1892, assinado pela Junta Governativa do Estado, aclamada em 26 de novembro de 1891, dissolveu a Assembléia Constituinte eleita em 10 de março do referido ano, 1891. Pelo Decreto nº 17, de 28 de novembro de 1891, da JUNTA DO GOVERNO PROVISÓRIO, constituída dos cidadãos Leandro Ribeiro da Siqueira Maciel, Olinto Rodrigues Dantas e Marcelino José Jorge, foram declarados de nenhum efeito todos os atos do Governador Cel. Luiz de Oliveira Ribeiro, por consequência de determinado comportamento na Assembléia do Estado. Tudo isso, essa evidente instabilidade da política estadual infundia desconfiança e retraimento nos chefes políticos do interior. Finalmente, instituiu-se melhor ordem. Tomados outros rumos, e uma nova legislação trouxe outra forma de governo para os municípios, com um Conselho Municipal e um Intendente, diretamente eleitos. Em 1892, 22 Deputados da Assembléia Legislativa de Sergipe, sob a presidência do padre Olímpio de Souza Campos, elaboraram outra Constituição que, oficialmente, é conhecida como a primeira de Sergipe. Foram eles: Bacharel João de Araújo Lima, professor Brício Cardoso, Coronel Benjamin de Souza Telles, Manuel Francisco de Oliveira, Alexandre Félix de Menezes Júnior, Guilherme Nabuco Maciel, Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel Júnior, Domingos de Santiago, Joaquim do Padro Sampaio Leite, Sebastião da Fonseca Andrade, Dr. Manuel Batista Itajaí, Mateus de Souza Machado, Rafael Arcanjo Montalvão1, Antônio Ludugero de Oliveira Queiroz, Manuel Xavier de Oliveira, Capitão Vicente Ferreira dos Passos, Antônio Augusto Gentil Fortes, Marcolino Ezequiel de Jesus, Farmacêutico Josino Odorico de Menezes, Capitão Messias Ludugero e Oliveira Valadão, Bacharel Gonçalo de Aguiar Boto de Menezes e Alferes Arestides Augusto Vilas-Boas. OBS: Este nome grifado é de um dos filhos ilustres de Campos, que na ocasião era deputado provinciano por Simão Dias. Depois da primeira constituição de Sergipe, realizada em 1892, Campos continuou com a Câmara Municipal, tendo seu presidente comandando a política local. Só depois de seis anos, é que veio aparecer o seu primeiro Intendente da Vila de Campos, o Sr. José Domingues de Menezes. Intendente é a pessoa que dirige ou administra alguma coisa, podendo ser o presidente dos vereadores da época (edis). É uma designação dada, até pouco depois de 1920, aos chefes do poder executivo municipal. Atualmente, prefeito. OBS: Entre os primeiros intendentes de Campos, discriminados doravante, não foi possível saber sobre o mandato do Cel. Luiz Antonio da Costa Melo, como intendente. Sabemos apenas que ele o foi, mas não encontramos nenhum documento provando essa tese. Descobrimos que ele exerceu o cargo através de algumas entrevistas com pessoas mais idosas, que nos relataram esse fato. Achamos todos os documentos dos outros intendentes, tanto de entrada, como de saída da intendência. O caso de Cel. Luiz Antônio, este grande líder político, vai ficar para outros pesquisadores descobrirem o tempo certo de sua entrada e saída da intendência da velha Campos de outrora. 1º INTENDENTE José Domingues de Menezes Era tio de seu Zé Menezes (Grande Historiador), irmão de Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes), que se destacou novo na política local como chefe político de Campos. José Domingues era fazendeiro e foi eleito em 1898 até 1901, chegando a fazer uma boa administração na Vila de Campos. Ele assumiu o posto de intendente já com a idade de 59 anos. Saiu do comando da Vila e nunca mais quis exercer outro cargo na política local. Integrava o partido dos Liberais (Peba). 2º INTENDENTE Antônio Guimarães de Carvalho (Mangabinha) Nasceu aqui na Vila de Campos e era muito conhecido. Na época em que assumiu a intendência, foi eleito em 1901 e, até 1904, trabalhou na construção do Mercado Municipal, uma das maiores obras já realizadas em Campos, ao qual deu nome de Mercado Municipal Cel. Luiz Antônio da Costa Melo, (grande homenagem a seu “cacique” político do partido conservador, Cabaú). Ele recebeu também em 1903 o telégrafo, cujo serviço foi inaugurado em sua administração, e ficava instalado no sobrado do chefe político Cel. Luiz Antônio Mangabinha, como era conhecido aqui e no Estado da Bahia. Antônio Guimarães fez sua carreira política no Estado da Bahia, precisamente, em Barracão (hoje Rio Real). Foi que ele adquiriu status políticos e ficou muito conhecido em todo o Estado da Bahia. 3º INTENDENTE Cel. Francisco Barreto do Rosário Era um grande chefe político conservador (Cabaú), juntamente com o coronel Luiz Antônio da Costa Melo. Chico Barreto, como era conhecido, lutou muito ao lado do Cel. Luiz Antônio para ver a Vila de Campos passar para a condição de cidade. Mas esta emancipação política só veio em 1909. Ele fez uma boa administração à altura do possível, nesse seu primeiro mandato. Comandou a edilidade de 1904 até 1907. 4º INTENDENTE Comendador João Alves de Oliveira O Comendador era um homem sério, um folhetinista, católico de grandes virtudes e que, em Itororó, na Bahia, construiu Igrejas, lutando e combatendo o Protestantismo, merecendo a honraria de ser agraciado com a comenda da Santa Sé, no grau de comendador da Ordem de São Gregório Magno. Realizou uma administração elogiada por todas as correntes, fato que o capacitou para novas realizações sociais. Ele conquistou a simpatia dos amigos e partidários de um e outro partido, pois tinha linha franca nas conversações entre Cabaus e Peba (conservador e Liberal), cujos chefes eram Luiz Antônio e José de Lemos. Ficou aproximadamente na administração de 1907 até 1910. Foi nessa administração que a Vila de Campos passou a ser cidade de Campos, através da força política do Cel. Luiz Antônio e do Cel. Chico Barreto, contando com a grande ajuda do Comendador João Alves de Oliveira. Essa foi uma das maiores festas realizadas em Campos. Foi em 23 de outubro de 1909, quando se juntaram pela primeira vez os Conservadores e Liberais para festejarem a passagem da Vila para cidade (na primeira parte do livro eu conto esta história com detalhes). Aquela grandiosa festa, com banda de música, foi toda realizada na administração do Comendador João Alves. Ele fez um dos melhores administradores e fez uma falta muito grande a Campos com o seu afastamento da edilidade. OBS: Os administradores, depois de João Alves de Oliveira, fizeram alguma coisa dentro dos recursos administrados praticamente pela Câmara de Vereadores, que eram os auxiliares diretos dos Intendentes, pois as obras eram indicadas e realizadas com a sua colaboração. Os impostos eram colocados em hasta pública, sob o nome de “ramos”, que eram leiloados pelos interessados e arrematados por determinado valor para recolhimento em cotas mensais. Havia um planejamento administrativo e sem mordomias, com ajuda do povo na solução dos problemas mais corriqueiros. 5º INTENDENTE Cel. Francisco Barreto do Rosário Segundo mandato dele. Mais uma vez, consegue comandar a edilidade. Seu partido, o Conservador (Cabaú), cada vez crescia mais naquela época, em Campos. Ele entrou em 1910 e ficou até 1913. Realizou outra boa administração, mas nunca igual ao comendador João Alves. Mas Chico Barreto era um homem prestimoso e sabia como ninguém agradar a seus munícipes. OBS: Em 1913, já acabando a administração de Chico Barreto, era para ser Intendente em Campos o Cel. Luiz Antônio da Costa Melo, mas houve um impasse do partido político Conservador, que só foi ter um chefe político em Campos a partir 31 de maio de 1914, sendo colocado na Intendência o Sr. Severiano Cardoso. 6º INTENDENTE Severiano Cardoso dos Santos Assumiu a intendência, apenas por dez meses, em 31 de maio de 1914, no lugar do Cel. Luiz Antônio, e saiu em 31 de março de 1915. Fez uma razoável administração pelo pouco tempo que passou. Homem muito inteligente, de modo que, nos anos 20, chegou a ser promotor e juiz em Campos. (Ele é o pai de Dona Raimundinha de Severo, grande professora desta terra, com grandes serviços prestados a cultura tobiense). Seu Severo, como era chamado, não era um político profissional como o Cel. Luiz Antônio nem como Cel. Chico Barreto. Era apenas um partidário fiel ao seu partido político e não hesitou quando foi chamado para assumir a Intendência Municipal. OBS: Não sabemos o porquê de a cidade de Campos ficar sem Intendente por, praticamente nove meses, de 31 de março de 1915 até 1º de janeiro de 1916. Em nossas pesquisas, não foi possível saber os motivos reais desta parte da história. 7º INTENDENTE Antônio Justiniano de Menezes Entra em 1º de janeiro de 1916, dedicando-se ao serviço de limpeza da Lagoa da Porta e Construção do Mercado de Samambaia, embora não cuidasse bem da iluminação da cidade, a querosene. Deixou a Intendência em 31 de dezembro de 1918. 8º INTENDENTE Francisco Alves de Oliveira Homem sério, de caráter forte, que exercia a função de farmacêutico. Era amigo de Pereira Lobo. Assumiu a intendência em 1º de janeiro de 1919, fazendo uma administração um tanto revolucionária, com abertura de ruas, cortando pastos e encontrando dura resistência por parte de proprietários políticos que acompanhavam os chefes José de Lemos e Francisco Barreto (Peba e Cabaú). Concluiu sua administração em 31 de dezembro de 1921, e foi nomeado funcionário público federal. 9º INTENDENTE Thomé Dantas da Costa Um homem muito rico, um grande fazendeiro, dono de muitas terras e o maior comerciante naquela época. Eleito, assumiu em 1º de janeiro de 1922, realizando uma administração a contento das partes, pois sabia impor respeito aos seus adversários, e, ao terminar o mandato, permaneceu cercado de estima geral, exercendo suas atividades nos campos da pecuária e do comércio. Saiu em 31 de dezembro de 1924. 10º INTENDENTE Pedro Antônio de Menezes Um dos homens mais cultos daquela época, muito inteligente e retraído, poliglota, sabia o português como poucos. Não é a toa que era parente de Tobias Barreto de Menezes. Pertencia ao partido Liberal (Peba) e entrou na política, colocado pelo chefe político e seu parente, o Cel. Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes), seu tio e grande amigo. Ambos tinham grande confiança um no outro. Foi eleito em 1º de janeiro de 1925, mas não demorou muito tempo e renunciou ainda nesse ano, precisamente, no mês de maio. 11º INTENDENTE Isaías Alves Barreto Assumiu o cargo em junho de 1925. Ele era o presidente da Câmara Municipal na ocasião e teve que assumir a edilidade. Comerciante que desenvolveu alguns trabalhos em favor da edilidade e entrou com uma trajetória de trabalho voltado para a cidade. Deixou a Intendência em 31 de dezembro de 1925. 12º INTENDENTE Joviniano José dos Santos Foi eleito em 1º de janeiro de 1926. Era comerciante e exerceu o mandato para completar o outro passado. Soube desenvolver grande atividade dentro dos recursos orçamentários, fazendo o que lhe foi possível para melhorar a vida urbana da cidade, sem esquecer o interior. Deixou a Intendência em 31 de dezembro de 1928, sendo considerado um ótimo Intendente por suas realizações em Campos. 13º INTENDENTE Carlos Vieira Sobral Sempre honesto ao extremo. Estudou muito até chegar a bacharel. Foi genro de Thomé Dantas e sócio da grande firma de Tecidos, além de agente de Bancos. Elegeu-se em novembro de 1928, época em que surgiu o Jornal de Campos. Tomou posse a 1º de janeiro de 1929, e seu discurso de posse foi publicado no Jornal de Campos. Trimestralmente, era publicado o Balancete de Receitas e Despesas da Intendência. Arboriza a cidade, constrói ponte de madeira no Rio Jabiberi, cerca com seis fios de arame farpados a cidade, para evitar a presença de animais. Foi, sem dúvida, a melhor administração já realizada em Campos. Veio a revolução de 30 e Sobral renunciou em 07 de novembro de 1930. OBS: Com a renúncia do Dr. Carlos Vieira Sobral, devida à revolução de 30, assume o cargo o Secretário Geral da Prefeitura inteiramente, por um período de quase um mês. 14º INTENDENTE Josué Montalvão Filho Toma posse em 08 de novembro de 1930, na qualidade de Secretário da Prefeitura. Assumiu em decorrência do Decreto de 06 de novembro de 1930, que dissolveu a Assembléia e as Câmaras ou Conselhos Municipais, no dia 08 de novembro. Permaneceu no cargo até o dia 28 de novembro de 1930. 15º INTENDENTE Filadelpho dos Santos Lima Sr. Filadelpho com sua esposa Dona Mariolinda Caxingó Comerciante, nomeado em 21 de novembro de 1930. Empossado a 28 de novembro do mesmo ano, de imediato, lutou para desenvolver uma atividade que empolgou, pois continuava o trabalho de Sobral e ainda adquiriu madeirame para instalação da Energia Elétrica, um sonho que ele nutria há muito tempo. A política exigiu sua renúncia e no dia 25 de fevereiro de 1932, solicitou sua exoneração, tendo o Interventor Federal, Maynard Gomes, agradecido sua colaboração nos seguintes termos: “Ao conceder-lhe exoneração, pedistes intendente de Campos, cabe-me agradecer pela colaboração prestada a meu governo como administrador desse município, cargo que soubestes exercer com integridade, esforço e dedicação, que aqui louvo sem reservas pt. Atenciosas saudações (a)... Augusto Maynard – Interventor Federal”. (D. O. de 27.02.1932) 16º INTENDENTE José Pedro dos Santos Seu José Pedro era pai de Dona Julieta Barreto, casada com Zé Menezes (historiador), homem íntegro, político já há vários anos de estrada. Era comerciante, de cursos corridos, nomeado a 25 de fevereiro de 1932, tomou posse aos 05 de março do mesmo ano. Realizou obras a contento e deu assistência aos flagelados que invadiram a cidade, tangidos pela seca impiedosa que devastou o sertão. Construiu Talho de Carne Verdes, Matadouro, onde hoje é depósito e garagem da prefeitura (isso no ano de 1988. Hoje em 2008, as garagens têm donos particulares). Foi exonerado em 13 de abril de 1935, no Governo Eronildes de Carvalho, eleito pela Assembléia de Estado. OBS: José Pedro dos Santos, quando foi exonerado pelo Governador do Estado Eronildes de Carvalho, acabava em Campos os Intendentes, e começava a era dos Prefeitos Nomeados pelo poder maior, que era o governador. Isso prevaleceu por muito tempo, e o primeiro prefeito nomeado foi o Cel. Francisco Barreto do Rosário (Chico Barreto), em 13 de abril de 1935. Cópia do Decreto que comprova a nomeação de Chico Barreto como o primeiro Prefeito Nomeado pelo Município. 1º PREFEITO NOMEADO Cel. Francisco Barreto do Rosário Nomeado pelo decreto-lei de 13 de abril de 1935, tomou posse aos 29 de abril e afastou-se para concorrer às eleições que iriam ser disputadas nesse mesmo ano. Saiu em 17 de setembro de 1935, período bem curto de administração, quase não podendo fazer nada pelo Município. OBS: Agora, passamos a falar de uma página triste da nossa história, que manchou de sangue a nossa política, isso no ano de 1935. A história que vamos narrar agora provém dos depoimentos de Zé Menezes, Dr. Aderbal, Raimundo de Bem Bem e das informações contidas nos livros consultados ao longo desta pesquisa, além de entrevistas com pessoas conhecedoras da história da nossa cidade. Era o ano de 1935, e, com a promulgação da Constituição Estadual, de 16 de julho de 1935, em noventa dias depois, seria realizada a eleição municipal. Quem estava na administração do nosso município era o Intendente José Pedro dos Santos, que foi exonerado pelo Governo Eronildes de Carvalho, através do Decreto-Lei datado de 13 de abril de 1935, que exonerava aquele e dava posse ao primeiro Prefeito nomeado de Campos, o Cel. Francisco Barreto do Rosário. Chico Barreto resolve se afastar do cargo de Prefeito, nomeado em 17 de setembro de 1935, para concorrer às eleições de 14 de outubro do mesmo ano, contra seu grande adversário João Hermenegildo Ramos, outro grande político da terra, pertencente à corrente política de Leandro Maciel. Para um atendimento melhor sobre os políticos daquela disputa, vejamos a seguinte situação: João Hermenegildo Ramos (João de Santa) tinha o apoio do Ex-intendente José Pedro dos Santos, juntamente com José Caetano de Siqueira Filho, os quais faziam parte da ala Leandris, sendo oposição ao Cel. Chico Barreto. O segundo grupo era do Cel. Chico Barreto, que tinha o apoio de seu sobrinho Barreto Filho (grande político sergipano) e de outros correligionários de Campos. O Cel. Chico Barreto já tinha se afastado da prefeitura, deixando em seu lugar Petronilio Ferreira de São José, do mesmo partido, “União Republicana”, o qual tomou posse a 18/09/1935 e permaneceu no cargo por um bom tempo. Para completar, falece o Cel. José Antônio de Lemos em 17 de junho de 1935, o qual tinha passado a chefia do seu partido político para Chico Menezes. Se o Cel. José Lemos tivesse vivo, iria tentar apaziguar os ânimos dos dois lados partidários, para haver uma junção. O clima ficou muito pesado em Campos devido à disputa existente entre estes dois grupos, um do Cel. Chico Barreto, e o outro do ex-Intendente José Pedro dos Santos. O Governo procura intervir na situação de Campos, que parecia não dar nada de bom nas eleições de novembro, e procura uma solução para os problemas existentes, buscando um acordo político entro as duas partes litigantes, sem conseguir sucesso com as negociações. Embora as precauções tomadas pela autoridade judiciária local, o juiz Dr. J. Pires Wynne, que aconselhou paz e ordem em Campos, os ânimos dos dois lados ainda permaneceram muito acirrados. Chega o dia da eleição em Campos, realizado em 14 de outubro de 1935 (um dia de segunda-feira). O dia começa um pouco agitado, devido aos eleitores dos dois partidos estarem um pouco exaltados. A votação começa pela manhã e, quando o povo está na fila para votar, começa um tiroteio tremendo, amedrontando os votantes. Foi um corre-corre em toda a cidade. Parecia uma guerra. O pânico tomou conta de todo o povo de Campos, inclusive, dos políticos mais experientes, que ficaram atônitos com toda bagunça que foi gerada com aquele tiroteio imenso. A confusão foi na Praça da Igreja Matriz (hoje Praça Dom José Thomaz), onde trocaram tiros Canuto e Noel contra José Pedro dos Santos e Siqueira e onde ficaram feridos gravemente os dois últimos. Canuto e Noel fugiram. Siqueira faleceu no dia seguinte devido ao ferimento em 15 de outubro de 1935, e José Pedro, dois meses depois, no dia 14 de dezembro de 1935, aqui em Campos. Na mesma hora que aconteceu o tiroteio, a votação foi cancelada e foi nula a eleição. Pairou sobre a cidade grande silêncio e desânimo, dando margem às reações contra a atitude violenta dos responsáveis pela intranquilidade pública, no Município e no Estado, com repercussão nos jornais da capital e do país. Os dois atiradores, Canuto e Noel, fugiram para lugares desconhecidos e não foi possível saber o seu paradeiro. Algum tempo depois, quando a poeira já tinha baixado, voltam a Campos os dois assassinos. Canuto é preso e levado para capital, ficando lá em uma penitenciária do Estado. Morre na prisão. Já Noel teve um fim que não foi bom. Um dia pela manhã, Noel ia comprar pão, passando pela Rua do Amparo, logo no começo da rua bem na esquina, quando ele chega nesse ponto é alvejado por um tiro certeiro no pescoço, a bala atravessa e pega na parede, Noel cai morto, todo lavado de sangue. O tiro veio de fuzil do soldado Pedro que destacava aqui em Campos. E assim acabava essa história triste da política de Campos, com um fim de vingança para esses dois assassinos. 2º PREFEITO NOMEADO Petronilo Ferreira de São José Foi nomeado através dos pedidos do Cel. Chico Barreto, que ia deixar a prefeitura, para se candidatar nas eleições de novembro de 1935, e como Petronilo era do mesmo partido do Cel. Chico Barreto, ele consegue ser nomeado, em 18 de setembro de 1935. Petronilo era o antigo Escrivão do Registro Civil e fez uma administração boa, voltada para os serviços burocráticos da prefeitura. Depois daquela confusão do tiroteio na praça da Matriz de Campos, fazendo duas vítimas mortais, e com a anulação da eleição, quem levou vantagem foi seu Petronilo, que continuou como prefeito nomeado de Campos, só saindo em agosto de 1937. 3º PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL José de Souza Santos Toma posse em 21 de agosto de 1937. Com a saída de Petronilo, e com a ausência do Cel. Chico Barreto, José de Souza, como presidente da Câmara, assume o cargo. Em 10 de novembro, um golpe de Estado implantando um sistema político diferente fazia desaparecer as representações partidárias e, com isso, José de Souza sai do cargo em 13 de novembro de 1937, devido ao golpe de Estado. 4º PREFEITO NOMEADO Cel. Francisco Barreto do Rosário Assume, ao voltar da capital onde estava afastado, no dia 15 de novembro de 1937, e permanece até o princípio de dezembro, quando embarca para o Rio de Janeiro, abandonando definitivamente a vida política em seu município. Acaba aqui a passagem deste grande líder político em nossa cidade, o qual vem a falecer em Viradouro, Estado de São Paulo, em 1947 (ver Biografias). 5º PREFEITO NOMEADO João Hermenegildo Ramos É nomeado em 12 de dezembro de 1937. Permanecendo à frente da edilidade realizando serviços a contento dos amigos e dos que antes o combatiam. Instala o Serviço de Energia Elétrica na cidade, adquire um possante motor a lenha, iluminando boa parte da cidade. Faz diversas obras em toda cidade, o que o fez um ótimo prefeito para Campos. João Hermenegildo era pai do Dr. Antônio Ramos, que, anos depois, seria prefeito do nosso município. Essa é outra história. Ficou à frente da prefeitura até 02 de agosto de 1940. 6º PREFEITO NOMEADO Dr. Aloísio Barrados Coutinho Neves Médico baiano. É nomeado sob os auspícios do Dr. Moreira de Souza, da ala Mayniardista. Assumiu em 03 de agosto de 1940, saindo em 01 de dezembro de 1940, por motivos políticos. 7º SECRETÁRIO INTERINO Josué Montalvão Filho Era Secretário geral da prefeitura e assume mais uma vez; porém desta vez, o tempo que ele passa é bem maior do que a primeira vez. Assume a 1º de dezembro de 1940, no mesmo dia que é exonerado o Dr. Aloísio Coutinho. Faz boa administração, um pouco cautelosa, podendo ter feito mais pela população de Campos. Deixa o cargo em 31 de julho de 1941. 8º PREFEITO NOMEADO Dr. Aloísio Barrados Coutinho Neves Reassume as rédeas do poder em Campos. É nomeado em 1º de agosto de 1941 e passa a dar uma grande assistência ao setor de saúde. Dr. Aloísio ajeita todo setor pessoal da prefeitura, nomeando pessoas para serviços básicos e necessários, através de Portaria e Decretos. É ele que fez um Decreto de nº 5, de 19 de abril de 1942, dando o nome de “Getúlio Vargas” à rua que fica ao lado da avenida principal (Av. 7 de junho). Dr. Aloísio foi outro que fez uma ótima administração em Campos. Deixa a prefeitura em 30 de maio de 1942. 9º PREFEITO NOMEADO José Joviniano dos Santos Toma posse em 31 de maio de 1942, um dia após a saída de Dr. Aloísio Coutinho. Permanece no cargo, depois de várias obras de limpeza e arborização da cidade, constrói a Prefeitura Municipal (hoje Memorial de Tobias Barreto), dando assim uma grande alavancada em sua administração. Esta foi uma de suas maiores obras. Permaneceu à frente da prefeitura até o dia 12 de março de 1945. 10º PREFEITO NOMEADO Francisco Sales de Menezes Toma posse em 12 de março de 1945, dia da saída de José Joviniano. Chico Menezes, como era conhecido e grande chefe político da época, era o último remanescente do velho Partido Liberal (Peba), herdado das mãos do Cel. José de Lemos, que via em Chico Menezes seu grande substituto. E nessa época, quando entra na prefeitura, já era chefe político do PR (Partido Republicano), que sempre se unia com o PSD (Partido Social Democrático) contra a UDN (União Democrática Nacional). Chico Menezes era um homem de fibra, pai do grande historiador Zé Menezes. Sua palavra tinha o “poder de um tiro”. Comandou por muito tempo a política em Campos. Muito esperto e astuto, geralmente quando as urnas se abriam, só dava candidato por ele indicado. Sempre ocupava cargos bons em Campos, como: Delegado de Polícia, Juiz e outros. Era agraciado pelos políticos da capital sergipana, que sempre deviam favores a Chico Menezes. Entrega o cargo no dia 19 de novembro de 1945, ficando por pouco tempo à frente da edilidade. Esse foi um dos maiores líderes políticos de Campos (ver Biografias). 11º PREFEITO NOMEADO Dr. João Fontes de Faria Dr. João Fontes é nomeado prefeito em 20 de novembro de 1945. Juiz de Direito da cidade, assume o cargo para presidir o pleito de 02 de dezembro de 1945, tendo como candidatos o General Dutra e o Brigadeiro Eduardo Gomes. Entrega o cargo após o término da eleição. 12º PREFEITO NOMEADO Francisco Sales de Menezes Reassume Chico Menezes a prefeitura em 10 de dezembro de 1945 e, no mesmo dia, renuncia ao cargo, ficando obrigado a assumir o seu lugar o Secretário Geral da Prefeitura. 13º SECRETÁRIO INTERINO João Batista Lima Homem trabalhador, que já exercia o cargo de Secretário da Prefeitura há muito tempo, assume o cargo em 11 de dezembro de 1945 e permanece até o dia 23 de dezembro do mesmo ano. 14º PREFEITO NOMEADO Capitão Deoclides Bastos Toma posse no mesmo dia que João Batista Lima sai, em 23 de dezembro de 1945. Capitão Deoclides Bastos era um homem que seguia uma linha militar, aliás, foi o primeiro militar de carreira a assumir a edilidade. Ficou até o dia 1º de março de 1946. Nesse período, que o Capitão Bastos sai, ninguém quis assumir a prefeitura, cujo Secretário Geral estava afastado das suas funções. Então, quem assume por apenas dezesseis dias é o fiscal da Prefeitura, Filomeno Travassos de Abreu Leite, mas não chegou a assinar nenhum documento. Assumiu apenas para não deixar a edilidade só, durante dezesseis dias. 15º PREFEITO NOMEADO João Hermenegildo Ramos É nomeado novamente pela segunda vez João Hermenegildo, que toma posse em 16 de março de 1946. Em seu primeiro Ato, de número 09, reintegra no cargo de Secretário Geral da Prefeitura João Batista Lima, que também era tesoureiro. Fez outra boa administração e saiu em 03 de maio de 1947. 16º PREFEITO NOMEADO João Antônio César Toma posse em 03 de maio de 1947, e fez boa administração. Seu maior erro foi destruir a casa de Tobias Barreto para construir uma exatoria estadual. Ele, em sua administração, calça o mercado Luiz Antônio e constrói a frente em arcos, modernizando assim toda a sua estrutura (este mercado hoje é o calçadão da Av. 7 de Junho). João César foi quem tirou o nome da Rua Tobias Barreto e coloca o nome de Avenida sete de Junho (data do nascimento do ilustre filho da terra), sugestão dada pelo Juiz Dr. João Fontes de Faria. Fica na prefeitura até o dia 09 de novembro de 1947, quando assume o primeiro prefeito eleito pelo voto direto. Esses foram todos os prefeitos colocados no poder através de nomeações e de decretos. Agora, nosso município passava por uma mudança na política, começando a era dos prefeitos eleitos pelo voto direto, com a promulgação da constituição do Estado, em 16 de julho de 1947. Noventa dias depois, realizaram-se as eleições municipais, precisamente, em 19 de outubro de 1947, um dia de domingo. Foi a primeira eleição com o voto direto. Eram candidatos: José Francisco de Menezes, filho de Chico Menezes, líder político do partido PR (Partido Republicano), contra o Sr. Manoel Barbosa Sobrinho (Nezinho Barbosa, pai de Dr. Aderbal Barbosa), pelo partido da UDN (União Democrática Nacional). Sai vencedor do pleito o Sr. José Francisco de Menezes, o primeiro prefeito de nossa história política, o qual tomou posse em 09 de novembro de 1947. Nesta primeira eleição, houve duas chapas de votação. Uma era para votar no prefeito, e a outra, no vereador da preferência do eleitor. Além dos prefeitos, nesta primeira eleição, foram votados os primeiros vereadores com o voto direto, mudando assim a história das eleições em Tobias Barreto. Os vereadores ou edis, como queiram chamar na época dos Intendentes e Prefeitos Nomeados, geralmente eram escolhidos pelos Intendentes, chefes de partido (líderes partidários) e coronéis, que tinham voz ativa no partido político e grande poder de persuasão. Era assim que tudo funcionava. Só depois desta eleição de 19 de outubro de 1947, é que tudo se modificou para melhor. As origens das palavras prefeito e município também são latinas. Os romanos denominavam praefectus, a autoridade posta à frente das fortificações que cercavam o município. O praefectus( prefeito) era o chefe do municipium (município), local onde as pessoas moravam e exerciam seus ofícios, gozando dos seus direitos e cumprindo com seus deveres. 1º PREFEITO José Francisco de Menezes VEREADORES: Próspero Pereira de Freitas José Nunes de Oliveira João Basílio de Oliveira Alcides Rodrigues da Silva José Jeremias dos Santos Virgílio Rabelo do Rosário Austeclino Batalha de Matos (*) (*) Assumiu bem depois, já no final do mandato. José Menezes assume o cargo em 09 de novembro de 1947. Sua administração foi uma verdadeira aula de como devemos tratar a nossa cidade. Era um brilho só. Constrói a parte da Av. Getúlio Vargas, pavimenta a parte da Av. 7 de Junho que vai da porta da Casa Santo Antônio até o Bar Popular; calça a Rua Oliveira Campos, a Rua Antônio Muniz, a Praça da Matriz e a Rua Cel. José de Lemos. Adquiriu Motores para Energia Elétrica e luta junto ao Senador Júlio Leite e as Prefeituras de Arauá, Itabaianinha e outros para conseguir a vinda dos fios de Paulo Afonso. Abre Posto Médico e coloca à frente o Dr. Bernardino Mitidieri; auxilia a compra do instrumental da Lira Nossa Senhora Imperatriz; faz doação de motor a óleo para Matriz; constrói represas em vários lugares do município, pontes, etc. Foi uma das administrações mais conscientes e voltadas para as necessidades do povo. No dia 30 de junho de 1949, o Prefeito Zé Menezes pede afastamento do cargo por motivo de doença e, para ocupar interinamente o seu lugar, o Presidente da Câmara de Vereadores, o Sr. Próspero Pereira de Freitas, que assume no dia 1º de junho do mesmo ano. Reassume seu Zé Menezes a 1º de outubro de 1949 e dá continuidade ao seu grandioso trabalho na cidade. Entrega o cargo em 31 de janeiro de 1951. OBS: A disputa agora era com o Sr. Raimundo Geraldo dos Santos, do partido político UDN, contra o ex-presidente da Câmara de Vereadores, o Sr. Próspero Pereira de Freitas, apoiado pelo partido de Chico Menezes e do ex-prefeito Zé Menezes (PR), chegando a ter também o apoio do PSD (Partido Socialista Democrático). Chegou o dia da eleição e quem sai vitorioso é Raimundo Geraldo do Santos, da UDN. 2º PREFEITO Raimundo Geraldo dos Santos VEREADORES: João Basílio de Oliveira Virgilio Rabelo dos Santos Alcides Rodrigues da Silva Antonio Dória de Morais João de Barros Padilha (*) Josafá José de Santana (**) (*) Ficou como vereador até o dia 13/06/1951, quando assume, em seu lugar, João Emílio dos Santos, que fica até o final do mandato. (**) Não sabemos a data do seu mandato. Foi mais ou menos entre os anos de 1953 e 1955. Raimundo Geraldo, homem honesto de boa índole, um ser cativante em toda sua bondade, tomou posse em 1º de fevereiro de 1951, e fez também uma maravilhosa administração. Constrói o Matadouro, Talho de Carnes Verdes, calça diversas ruas, constrói palanque na Praça Dom José Thomaz e mantém em dia a cidade limpa e assistida, além de uma série de outros benefícios. Terminou seu mandato em 31 de janeiro de 1955. OBS: Agora os candidatos eram outros. Só não mudavam as siglas partidárias, que permaneciam as mesmas. João Basílio de Oliveira, da UDN contra José Francisco de Menezes, que iria tentar se eleger pela segunda vez, com o apoio de seu pai e chefe do partido PR. chega a eleição e, mais uma vez, sai vitorioso Zé Menezes. João Basílio, mesmo com o apoio de João Valeriano, não consegue se eleger prefeito. 3º PREFEITO José Francisco de Menezes VEREADORES: José Nunes de Oliveira Alcides Rodrigues da Silva Antonio Dória de Morais João Valeriano dos Santos Próspero Pereira de Freitas Antonio da Mota Amado Enéas Amado de Oliveira (*) (*) Entrou depois de quase dois anos de mandato. José Menezes é eleito mais uma vez, provando, assim, o que foi a marca do seu trabalho para com seus conterrâneos. Toma posse em 1º de fevereiro de 1955 e dá continuidade ao seu trabalho, um trabalho sempre voltado para Igreja Católica e, contando sempre com ajuda do Padre João Barbosa, para a população mais carente do município. Ele, nesse período de administração, voltou a fazer grandes obras, dando uma desenvoltura maior ao nosso comercio. Foi outra administração brilhante, como da primeira vez. Terminou seu mandato em 31 de janeiro de 1959. OBS: Na política de Tobias Barreto, sempre estava aparecendo, naquela época, novos nomes. Agora, aparecia um nome para prefeito que ia fazer história em nosso Município e no Estado, sendo um verdadeiro líder político, comandando seu partido político por muitos anos: era João Valeriano dos Santos, candidato da UDN a prefeito, contra João Ramos de Oliveira, do PR e PSD. Ele era filho do grande comerciante Leopoldo de Oliveira, muito conhecido na cidade e militante do partido político de Chico Menezes. Vence as eleições João Valeriano, da UDN, e assim começava aqui a brilhante carreira política deste grande homem. 4º PREFEITO João Valeriano dos Santos VEREADORES: João Basílio de Oliveira José Rosa Felipe Raimundo Menezes Fontes Raimundo Geraldo dos Santos Antônio da Mota Amado Overlack Ramos Campos Alcides Rodrigues da Silva Antônio de Souza Lima Sr. João Valeriano foi um dos grandes líderes políticos que passou por esta terra e que deixou muitas saudades. Homem honesto, de grande senso de responsabilidade para com os outros, dedicou sua vida à política, e tomou posse em 1º de fevereiro de 1959. Simples, de atitudes firmes, muitas vezes voluntarioso, João Valeriano fez grandes obras. A que mais chamou atenção foi a luz elétrica, trazida por ele, de Paulo Afonso, através da Sulgipe. Essa foi uma das suas maiores obras já realizada aqui em Tobias Barreto. Ele terminou seu mandato em 31de janeiro de 1963. OBS: O pleito agora era Raimundo Geraldo dos Santos, da UDN, tentando se eleger pela segunda vez, contra José Leopoldo de Oliveira, do PR. Vence mais uma vez Raimundo Geraldo dos Santos e iguala a Zé Menezes, com dois mandatos de prefeito. 5º PREFEITO Raimundo Geraldo dos Santos VEREADORES: Anderson Valadares Santos Antônio de Souza Lima Guilherme de Souza José Bispo dos Santos Francisco Ribeiro de Almeida Manoel Barbosa Sobrinho (*) (*) Seu Nezinho Barbosa assumiu no final do mandato. Não foi saber a data de sua entrada nem saída da Câmara de Vereadores. Sr. Raimundo Geraldo entra agora para o seu segundo mandato, provando, assim, sua grande credibilidade como político. Tomou posse em 1º de fevereiro de 1963. Fez uma administração estável, inalterável, de poucas realizações, mas sempre pronto para ajudar o povo mais carente. Saiu em 31 de janeiro de 1967. OBS: As eleições para prefeito eram para ser realizadas, aqui em Tobias Barreto, em 15 de novembro de 1966, mas foram adiadas para 12 de março de 1967, não somente aqui, mas também em algumas cidades do Estado de Sergipe. O Prefeito que ia deixando o cargo, o Sr. Raimundo Geraldo, permanece como interventor, por ordem do juiz, ficando mais dois meses: fevereiro até o final de março, administrando a nossa cidade. Entre os anos de 1947 e 1966, não existiam os vice-prefeitos. Só a partir do ano de 1967 é que aparecem nas chapas majoritárias os prefeitos e seus vices. Nas eleições de 1967, os partidos políticos resolveram eleger um candidato único que, para ser eleito, tinha que ter 50% dos votos mais um. O candidato era Antônio Souza Ramos, filho do ex-prefeito nomeado João Hermenegildo Ramos (João de Santa). Com a candidatura única, é eleito Antônio Ramos ,e o primeiro vice-prefeito da história, Dr. Brás Melo Costa. 6º PREFEITO Antônio Souza Ramos VICE: Dr. Brás Melo Costa Dr. Antônio Ramos VEREADORES: José Vasconcelos Filho Raimundo Menezes Fontes Antônio Nery do Nascimento () Alcides Rodrigues da Silva Guilherme de Souza Antônio de Souza Lima () José Alves dos Santos () () Em 31 de agosto de 1969, foi declarado cassado o mandato do vereador Antônio Nery do Nascimento, por faltas. Reassumiu o cargo, por decisão judicial, em 08 de setembro de 1970. () Exerceu mandato de 09 de setembro de 1969 a 1º de setembro de 1970, ocupando a vaga do vereador Antônio Nery. () Exerceu mandato no período de 30 de setembro de 1969 a 04 de novembro de 1969 e 03 de março de 1970 a 15 de maio de 1970, por licença do Vereador Alcides Rodrigues da Silva. OBS: Nesta administração, Pedro de Sinhô ainda chegou assumir por alguns dias no lugar do vereador Alcides Rodrigues da Silva. Sr. Antônio Ramos, uma pessoa de grande personalidade, que deu uma visão de cidade, com sua administração dinâmica e para frente com o pensamento no futuro, assumiu a prefeitura em 30 de março de 1967. Realizou obras monumentais para época. Foi dele a abertura da Av. 31 de março, hoje Luiz Alves, a Praça do Castelo Branco, o Fórum João Fontes de Farias, o Sanitário Público, a Praça N. Srª Imperatriz, onde ficava localizado o Bar Estrela; fez também a primeira Escola Pública do Município, o Jardim de Infância Joana Ramos, a Praça da Bandeira, onde existia um parque de diversão. Aliás, até hoje, foi o único prefeito a preocupar-se com a infância tobiense. Foi ele também o primeiro perfeito a homenagear Tobias Barreto com um busto, que foi colocado na entrada da cidade, e hoje está no Escola Estadual Tobias Barreto. Essas foram algumas das obras mais importantes realizadas pelo Sr. Antônio Ramos, não esquecendo que foi ele quem trouxe o primeiro trio elétrico para Tobias Barreto. Nesse período do mandato de quatro anos de Antônio Ramos, o seu vice, Dr. Brás, chegou a assumir por um mês, chegando a calçar a rua que fica do lado do Mercado de Cereais, bem em frente a sua loja de Material de Construção. Esta foi a única realização do seu vice. Antônio Ramos retorna à prefeitura e sai em 31 de janeiro de 1971. OBS: O próximo prefeito que assumiria a prefeitura foi votado para um mandato tampão, de dois anos. E o eleito para esse mandato foi João Valeriano dos Santos, que vinha para seu segundo mandato, elegendo-se com uma boa votação. Seu opositor foi José Juarez de Almeida, tendo como seu vice Antônio Nery do Nascimento, mas essa chapa não conseguiu sucesso. 7º PREFEITO João Valeriano dos Santos Vice: José Vasconcelos Filho Vereadores: Antônio Ávila dos Reis Antônio de Souza Lima Anderson Valadares Santos Guilherme de Souza Alcides Rodrigues da Silva Álvaro Alves de Matos Pedro Simões de Souza José Alves dos Santos Filomeno Neto Jovino Alves da Silva Sr. João Valeriano volta mais uma vez para o seu segundo mandato. Ele, como era um líder nato, sabia como ninguém comandar o seu povo. Tomou posse em 1º de fevereiro de 1971, voltando a fazer mais uma boa administração. Deixa a prefeitura a 15 de março de 1973 (tampão). OBS: Começava agora a era Luizinho, que aparecia pela primeira vez para disputar o pleito, tendo como seu vice João Basílio de Oliveira, apontados por João Valeriano e Raimundo Geraldo. Essa era a chapa do partido político Arena I (Aliança Renovada Nacional), um partido apoiado pelo governo. A segunda chapa era formada por Antônio Nery do Nascimento e vice João de Souza Andrade (Arena II). Saiu vitorioso desse pleito Luiz Alves de Oliveira Filho (Luizinho), que tomou posse logo na saída de João Valeriano dos Santos, seu cacique político. 8º PREFEITO Luiz Alves de Oliveira Filho VICE: João Basílio de Oliveira Luizinho – grande líder político VEREADORES: José Alves dos Santos Miguel Alves da Silva () Pedro Simões de Souza Antônio A’vila dos Reis Filomeno Neto Antônio de Souza Lima Jerônimo José dos Santos José Bispo dos Santos João Evangelista dos Santos Salomão Ferreira do Nascimento Guilherme de Souza Ademir Freitas Batista () Jovino Alves da Silva () Carlos Lemos Matos () () Exerceu o mandato até 17 de junho de 1975, por renúncia. () Assume a vereança a 06 de maio de 1975, por licença de José Alves dos Santos e, logo após, ocupou a vaga do Miguel Alves da Silva, que renuncia, permanecendo até 12 de maio de 1976, quando também renunciou. () Assumiu o cargo em 06 de maio de 1975 por licença de Salomão Ferreira do Nascimento e, após, renunciou o mandato em 17 de junho de 1975. () Ocupou a vaga de Ademir Freitas Batista a 19 de maio de 1976 e exerceu o mandato até o fim da legislatura. Luizinho, como era conhecido, iniciou aqui a sua carreira vitoriosa e de grande sucesso. Foi empossado em 15 de março de 1973, mas com pouca experiência, não fez uma boa administração e ficou um pouco apagada. Ele ainda não sabia como administrar um município. Em seu primeiro mandato, Luizinho foi orientado por João Valeriano, que era seu cacique político, e nesse período, sua administração foi considerada média, embora muitos adversários o tenham criticado. Mas ele nunca se esqueceu dos menos favorecidos e nem da população rural do município, onde ele sempre teve um bom conceito perante os mais necessitados e sempre prestou grandes serviços às pessoas enfermas. Seu mandato acabou a 31 de janeiro de 1977. Em 15 de novembro de 1976, a disputa era João Valeriano dos Santos contra mais uma vez Antônio Nery do Nascimento. Agora, já era Leão contra a Zebra. As disputas eram acirradas, quem era Leão era Leão, diga-se da mesma forma com a Zebra. E nesse pleito, sai vitorioso mais uma vez João Valeriano; porém, o destino mudaria tudo. No dia 25 de dezembro de 1976, falece João Valeriano, deixando uma imensa tristeza em todo o seu eleitorado e, no seu lugar, como principal herdeiro político, o Luizinho, que tempos depois soube como ninguém honrar o seu nome. O Juiz da cidade, Dr. José Alves Neto, dá a eleição para o outro partido (Zebra), e sai vitorioso Antônio Nery, que ainda chega a fazer festa na cidade comemorando a vitória. Luizinho, junto às forças políticas, recorre para o Supremo Tribunal Eleitoral em Brasília juntamente com seu amigo, o senador Lourival Baptista. Chega o final do mandato de Luizinho, e quem assume é Josafá Ribeiro de Almeida (Joca), depois José Dias dos Santos (Zé Vermelho), quando chega a decisão final do Supremo Tribunal Eleitoral dando posse ao vice de João Valeriano, o Sr. Antônio Ávila dos Reis, que assume a prefeitura por um mandato de seis anos. 9º PREFEITO Josafá Ribeiro de Almeida VEREADORES: José Dias dos Santos Pedro Simões de Souza Nivaldo Torres Lemos Ariscógenis de Oliveira Lemos José Alves de Melo Filomeno Neto Jerônimo José dos Santos Adolfo Santana Raimundo Alves dos Santos Antônio Oliveira dos Santos Josafá Ribeiro de Almeida (Joca) assume em virtude de ser o primeiro Secretário Interino da Prefeitura, no dia 01 de fevereiro de 1977 e permanece até o dia 09 de março de 1977, juntamente com todos os vereadores eleitos. 10º PREFEITO José Dias dos Santos Zé Vermelho, como era conhecido, assumiu em virtude de a Câmara de Vereadores já o ter elegido como presidente da Câmara. Assumiu no dia 10 de março de 1977, e deixando o cargo de prefeito em 14 de abril de 1977, quando chega a decisão do Supremo Tribunal Eleitoral dando posse ao vice da chapa de João Valeriano, Antônio Ávila dos Reis. 11º PREFEITO Antônio Ávila dos Reis Brejeiro, como é conhecido, fez também uma boa administração. Tomou posse em 14 de abril de 1977. Fez grandes obras, como: pavimentação e saneamento básico no Bairro Castelo Branco e Conjunto Walter Franco e construiu doze escolas em todo município. Foi o primeiro prefeito a usar manilha no serviço de esgoto da cidade. Conseguiu através do governador Augusto Franco e do Secretário de Educação do Estado da época, Antonio Carlos Valadares, o terreno para a construção do Colégio Abelardo Barreto do Rosário. Fez a construção do estádio de futebol, que hoje leva o nome de “O Brejeirão, além de outras obras. Saiu da prefeitura em 31 de janeiro de 1983. OBS.: As eleições de 1982 foram em todos os níveis: Governo, Deputados, Prefeitos, Vereadores, etc. Foi realizada em 15 de novembro desse mesmo ano. Aqui a disputa era Luizinho, mais uma vez candidato, contra Antônio Ramos. Naquela eleição, havia também outros candidatos a prefeito, mas os mais populares eram eles dois. Vence Luizinho, com uma diferença de votos incrível para época. O “Jornal de Campos”, em seu editorial, fala assim da eleição de 1982: “Parece-nos que isto se deve a que, de algum modo, esse bloco, até aqui vinha mudando as figuras de proa, no caso o Prefeito Luiz Alves não atinar para esse prisma, se desenhe uma sucessão hereditária – familiar. Mas, mesmo assim, vale a observação, pois se substituíram Raimundo Geraldo, Antônio Ramos, Valeriano, Luizinho, A’vila dos Reis e agora, de novo Luizinho. Mudam, sempre, as feições de frente de bloco. Por sua vez o bloco da “zebra”, o PDS-2, depois da morte de Francisco Menezes jamais encontrou um líder e sim figuras circunstanciais e tópicas, de tal modo que foram buscar do PDS-I a figura de Antônio Ramos para porta-bandeira. Com resultados nulos, como se vê. Falta, sobretudo, liderança ao PDS-2. Sua tendência, não o encontrando, é a liquidação”. (Sic) Este foi um comentário feito pelo Jornal de Campos depois da vitória de Luizinho sobre Antônio Ramos. Luizinho obteve 6.170 votos e Antônio Ramos, 4.290. 12º PREFEITO Luiz Alves de Oliveira Filho VICE: Raimundo Menezes Fontes VEREADORES: Josafá Ribeiro de Almeida Lindeval de Souza Neto José Alves de Melo () Nivaldo Torres Lemos Raimundo Serafim de Menezes Filomeno Neto Salomão Ferreira do Nascimento Fernando Luiz Ribeiro Cruz Maria Cremildes de Souza Antônio Valentim Ferreira Filho Pedro Simões de Souza () Falece o vereador José Alves de Melo, mais conhecido por José Pascoal, em fevereiro de 1987. Ocupa seu lugar José Vasconcelos Filho, até o fim do mandato, em 31/12/1988. Luizinho chegava agora para o seu segundo mandato, agora, porém, com uma bagagem bem diferente da primeira vez. Já era um verdadeiro líder em todos os sentidos, um comandante como Chico Menezes e João Valeriano. Tomou posse a 1º de fevereiro de 1983. Nesse segundo mandato, em pouco tempo, Luizinho já se mostrava um grande administrador devido ao número de obras entregues à população tobiense. Em pouco mais de um ano de mandato, o Jornal de Campos publicou que o plano de governo de 6 anos de Luizinho foi cumprido em um ano e meio de administração. Ele contemplou todos os setores da administração, como saúde, educação, saneamento básico, esgotos, pavimentação de ruas e avenidas, urbanização de praças e jardins, construção e recuperação de rodagens e aterro de pedreiras na cidade. Foram pavimentadas ruas como a Av. João Alves Filho, Trav. Dom José Thomaz, a Rua Graccho Cardoso, Trav. Nossa Senhora do Amparo, Rua Elias Felipe, Av. 31 de março, entre outras. Foram eletrificadas várias ruas, como a Rua José Leopoldo de Oliveira, Rua da Brasília e Rua Elias Felipe. Abriu novas ruas, entre as quais, a rua Itabaianinha e a Rua Manoel Barbosa Sobrinho, para ligar o Conjunto Walter Franco à cidade. Inaugurou a Adutora da capoeira em 1984. Construiu vários açudes em todo o município, 15 poços artesianos e 600 cisternas nos vários povoados que integram o município. Construiu também várias escolas em todo o município entre as quais, a Pré-Escola Rosinha Felipe, na Rua Elias Felipe (Rua que leva o nome de seu avô materno e pré-escola que leva o nome de sua avó materna). Edificou vários conjuntos residenciais, fazendo também grandes mutirões para levantamento de casas para o povo. Em termo de saúde, construiu um posto municipal com serviço de parto, pequenas cirurgias e com três médicos atendendo. Fez do Tanque dos Missionários um verdadeiro zoológico, e da Lagoa da Porta, ponto turístico. Ele soube como ninguém transformar Tobias Barreto em uma verdadeira cidade, tanto que foi considerado o melhor prefeito do Estado Sergipe. Essas foram algumas obras que o prefeito Luizinho realizou em Tobias Barreto, não vamos enumerar todas por não haver necessidade. Em 09 de novembro de 1984, Luizinho pede à Câmara de Vereadores licença do cargo, para descansar e quem assume o cargo é o seu vice, Raimundo Menezes Fontes, por três meses. Luizinho retorna no final de janeiro de 1985, para dar continuidade a sua administração. O mandato de Luiz Alves se estende até 31 de dezembro de 1988, de acordo com a nova Constituição Brasileira, promulgada a 05 de outubro de 1988. OBS: A eleição de 1987 não teve muita graça. Luizinho, com uma administração fabulosa, quem ele apontasse para prefeito seria eleito. Luizinho indicou seu tio Josafá Ribeiro de Almeida (Joca), que vence facilmente com uma votação de 8.801 votos, em uma eleição que votaram 17.767 eleitores. 13º PREFEITO Josafá Ribeiro de Almeida VICE: Filomeno Neto VEREADORES: Antônio Valentim Ferreira Filho Lindeval de Souza Neto Antônio Nery do Nascimento Júnior Nailson Gama Ramos Osvaldo Vidal dos Santos Jerônimo José dos Santos Antônio Carlos Ramos Armindo Oliveira Santos Raimundo Alves dos Santos Luiz Carlos dos Santos Antônio Ávila dos Reis Valdécio Cassiano Ramos Antônio Oliveira Santos Juarez Alves Matos () () O vereador Juarez, do Jabiberi, assumiu o posto do Planejamento, e ocupa sua cadeira na Câmara o primeiro suplente, Pedro Simões de Souza (Pedro de Sinhô). Joca, como era conhecido, tomou posse a 1º de janeiro de 1989, e fez uma boa administração, principalmente no sentido da saúde, e no setor pessoal, ajudando as pessoas mais carentes, dando de tudo: de botijão ao colchão, cama, mesa e banho, etc. Suas principais obras foram a construção de um posto médico situado, no Povoado Roma; manutenção geral do Hospital São Vicente de Paulo; construção do Grupo Escolar Municipal Santa Terezinha, no Bairro Santa Rita e reforma em vários colégios da cidade e do município. Reconstruiu a casa onde Tobias Barreto de Menezes nasceu e fez uma grandiosa festa na inauguração, com a presença de escritores da obra de Tobias Barreto no evento. Construiu várias pontes nos povoados e reformou outras também. Foi na gestão de Joca a Criação e instalação do Projeto Criança Feliz com mais de cento e sessenta crianças pobres do município. Esse projeto era administrado pela primeira dama do município, Dona Maria Raimunda Felipe de Almeida (Dona Raimundinha), projeto este que várias cidades vieram aqui copiá-lo. Construiu 115 casas no Bairro Padre Pedro e o Jardim elevado por toda extensão da Av. 7 de Junho, com pedras portuguesas. Doou um terreno na praça do Abelardo para que lá fosse construído o prédio do SENAC, além de outras realizações. Joca deixou a prefeitura em 31 de dezembro de 1992, mais paupérrimo do que nunca, e não conseguiu fazer sucesso. OBS: As eleições para prefeito em 1992 não foram muito boas para o PFL, que não contava mais com seu grande líder Luizinho, o qual havia falecido a 23 de agosto de 1990, ficando a cidade de Tobias Barreto sem liderança política. Os candidatos eram pelo PFL, Carlos Alberto de Oliveira (irmão de Luizinho) e Antônio Nery do Nascimento Júnior, que se prevalece da falta de organização do PFL, de Alberto e Joca, e principalmente, da falta do grande líder Luizinho e vence a eleição, sendo eleito na época o mais jovem prefeito do Estado de Sergipe, com uma expressiva votação, que ficou na história. 14º PREFEITO Antônio Nery do Nascimento Júnior VICE: Josenaldo de Góis VEREADORES: Pedro Simões de Souza Antônio Ávila dos Reis Nailson Gama Ramos Osvaldo Vidal dos Santos Juarez Alves de Matos Filomeno Neto Armindo Oliveira Santos Maria Vital de Macedo Luiz Carlos dos Santos José Romero Alves de Oliveira Raimundo Alves dos Santos Élson Figueiredo Nascimento Valdécio Cassiano Ramos Lindeval de Souza Neto () () Falece Lindeval de Souza e, em seu lugar, assume o primeiro suplente, que era João Farias de Santana (Badurel, do Povoado Jabiberi). Antônio Nery Júnior toma posse em 01 de janeiro de 1993, com status de grande líder, tendo uma votação esmagadora. Sua administração teve altos e baixos devido a sua inexperiência como administrador. Suas principais obras foram: pavimentação de várias ruas; construção da Praça Éster de Lemos; reforma da Praça da Bandeira; reforma também de várias escolas do município; aquisição da sede da Secretaria de Obras; reforma do Mercado da Carne; instalação de um posto telefônico no Povoado Campo Pequeno; Construção do Calçadão Afonso Assis de Almeida (onde era o Mercado Velho da Av. 7 de Junho); antecipação do carnaval tobiense; construção da Praça Irmã Dulce (antigo Largo São Vicente), além de várias escolas no Município e do Shopping Popular de Tobias Barreto (Arca de Noé). Essas foram algumas obras realizadas na administração de Antônio Nery Júnior. Deixou a prefeitura por afastamento a 31 de outubro de 1996, e assumiu o seu posto o Presidente da Câmara. 15º PREFEITO Armindo Oliveira Santos Assume a prefeitura em 01 de novembro de 1996, comandando a nossa cidade por dois meses. Deixa a prefeitura em 31 de dezembro de 1996. OBS: Nas eleições de 03 de outubro de 1996, houve vários candidatos para disputar a prefeitura. Foram eles: Diógenes José de Oliveira Almeida (PMDB) e a Vice Marly do Carmo Barreto Campos, José Menezes Costa (Deka, PSDB) e o Vice Armindo Oliveira Santos, Josenaldo de Góis (Nado do posto, PPS) e o Vice Josafá Ribeiro de Almeida (Joca). E correndo por fora, ainda teve Antônio de Souza Ramos (PSB) e o Vice Raimundo Antônio C. de Andrade. Vence Diógenes José de Oliveira Almeida por uma diferença mínima, contra Deka e Armindo. Os outros obtiveram poucos votos. 16º PREFEITO Diógenes José de Oliveira Almeida VICE: Marly do Carmo Barreto Campos Diógenes Almeida, depois de Luizinho, uma das melhores administrações VEREADORES: Luiz Carlos dos Santos Filomeno Neto Nailson Gama Ramos Raimundo Alves dos Santos Osvaldo Vidal dos Santos Élson Figueiredo Nascimento João Farias de Santana José de Góis Filho José Mauro dos Santos Lenilson José de França Valmira Almeida Souza Montival Cardoso dos Santos Jerônimo José dos Santos José Edivânio dos Santos () () O vereador José Edivânio dos Santos faleceu em 24 de fevereiro de 1998, entrando em seu lugar José Pereira dos Santos (Zé Malandro), que assumiu por um ano e quase dois meses. Depois, ele assume a Secretária de Obras, e entra no seu lugar o vereador Manuel Jobson de Souza Santos (King), permanecendo no cargo por um bom tempo. Administração Diógenes Almeida começou em 01 de janeiro de 1997. Foi uma das melhores depois de Luizinho. Arrumou a prefeitura, que estava uma bagunça, quando ele entrou. Em menos de um ano, colocou a casa em ordem. Seu secretariado era muito eficiente. Diógenes foi quem colocou, na Praça do Cruzeiro, a estátua de corpo inteiro de Tobias Barreto de Menezes, um grande feito em sua administração. Construção e reforma do prédio da prefeitura, situado na Praça Dom José Thomaz (onde era o fórum). Colocou energia no Povoado Campestre do Abreu e fez o saneamento básico da Rua Júlia Maria da Soledade; criação da Central de Ambulância, reforma do prédio e criação do Memorial de Tobias Barreto; reforma e funcionamento do posto de saúde João de Souza Andrade; pavimentação a paralelepípedo de várias ruas no Povoado Monte Coelho, inclusive, a entrada do povoado; reforma de várias escolas no município através de convênios, entre outras. Essas foram algumas obras realizadas nesta administração. Deixou a prefeitura toda organizada, com todas as contas quitadas, que é uma coisa difícil de acontecer, mas o prefeito Diógenes Almeida assim o fez. Saiu da prefeitura em 31 de dezembro de 2000. OBS.: Nas eleições de 01 de outubro de 2000, os candidatos eram Esdras Valeriano dos Santos e o vice Dr. José Airton de Andrade, contra Marly do Carmo Barreto Campos e sua vice Nildete Góis. Como comentavam aqui, eram os meninos contra as meninas e, naquela ocasião, Esdras Valeriano tinha o apoio do radialista Cláudio Rotay, que havia sido preso há alguns dias. Quando foi solto, uma multidão de “fiéis” a Rotay foram esperá-lo na entrada da cidade. Foi ali que Esdras Valeriano ganhou a política, uma vez que ele estava no meio da multidão. Esdras vence a eleição com uma diferença de votos grande, por ter contado também com o apoio da maioria das lideranças políticas de Tobias Barreto. 17º PREFEITO Esdras Valeriano dos Santos VICE: José Airton de Andrade VEREADORES: Nailson Gama Ramos Antônio Menezes Costa Filomeno Neto João Farias de Santana José Claro dos Santos José de Góis Filho Lenilson José de França Manoel Jobson de Souza Santos Raimundo Alves dos Santos Valmira Almeida Souza Maria Vital de Macedo Montival Cardoso dos Santos Luiz Carlos dos Santos Osvaldo Alves dos Santos Foi uma administração um pouco conturbada por causa dos problemas relacionados com as verbas da Educação, (Verbas Federais) e outras coisas mais, que aconteceram durante o período em que Esdras ficou na prefeitura. Tomou posse em 01 de janeiro de 2001. Suas principais obras foram: campo do gado, que leva o nome do irmão, Joãozito Valeriano (in memorian), auditório João Valeriano; adquiriu a parte de cima do Banco do Brasil e o Colégio Paulo Freire, com recursos da prefeitura; construiu o consultório odontológico no fundo do Colégio Tobias Barreto e o PA, do calçadão; reformou várias secretarias do Município; calçou o Bairro Suti e o Santos Dumont; construiu o posto de saúde do Riacho Fundo e do Campo Pequeno; reformou várias escolas do município; no Cancelão, construiu algumas casas habitacionais. Nessa administração, Esdras Valeriano ainda chegou a ser afastado do cargo, em um dia de sexta-feira, e assumiu o seu vice Dr. Airton Andrade, por dois dias. Na segunda-feira, à noite, já estava de volta ao cargo. Deixou o cargo em 31 de dezembro de 2004. OBS: Chegam as eleições de 2004, que, por sinal, foi muito disputada pelos dois candidatos, um pelo PTB, Dr. José Airton de Andrade, com sua vice Marly Barreto e, do outro lado, pelo PT, Adílson de Jesus Santos (Dílson de Agripino), com seu vice: Dr. João Pacífico de Andrade Neto (João Pacífico). Foi uma verdadeira disputa acirrada. Há muito que Tobias Barreto não viu uma disputa daquelas: ânimos muitos exaltados, confusões por toda a cidade. Chegou o dia da votação, realizada em 03 de outubro de 2004, e o vencedor, por uma quantidade mínima de votos, foi Dr. Airton de Andrade. 18º PREFEITO José Airton de Andrade VICE: Marly do Carmo Barreto Campos Dr. Airton, o homem que tinha tudo para ser o salvador da pátria VEREADORES: Antônio de Menezes Costa Lenilson José de França Luiz Carlos dos Santos Montival Cardoso dos Santos Maria Vital de Macedo Manuel Jobson de Souza Santos Fábio dos Santos Ramos () João Olegário de Matos Neto Osvaldo Vidal dos Santos () O Vereador Fábio dos Santos Ramos (Fábio de Nailson) é afastado por infidelidade partidária e entra em seu lugar José de Góis Filho, que assume em 14 de agosto de 2008 e permanece até o final do mandato. Dr. Airton era uma pessoa boa, muito voltada para as causas da justiça. Como advogado, fez muito favor para pessoas mais carentes. Sempre brincalhão e sorridente, parecia que nada o abalava. Era um menino que se esqueceu de crescer. Tivemos o prazer de conhecer de perto quem foi o homem Airton Andrade. Era nosso amigo particular. Assumiu a tão sonhada prefeitura em 01 de janeiro de 2005; porém, o destino mudou tudo. No dia 23 de maio deste mesmo ano, numa vigem para a capital sergipana, envolve-se em um acidente automobilístico e vem a falecer no lugar do acidente, acabando ali a sua boa administração que, até o momento, vinha fazendo em nosso município. 19ª PREFEITA Marly do Carmo Barreto Campos Assume a prefeitura em 25 de maio de 2005, ainda em estado de choque, em função da morte de Dr. Airton Andrade. E faz a sua parte como a primeira mulher a assumir a nossa prefeitura. A administração Marly Barreto foi muito voltada para o social do município. Ela inaugura o projeto Fênix, adquirindo sede própria; faz o Posto de Saúde, que leva o nome do grande médico Dr. Lafayete Simões, no Bairro Maria do Carmo; reforma os colégios Telma Almeida, Nicodemos Falcão, Gilmara Fontes, entre outros; constrói uma escola no Povoado Alagoinhas; resgata o 7 de setembro através de desfiles cívicos; adquire nova sede para o Conselho Tutelar; reforma o Centro de Conveniência dos Idosos; conclui a Praça no povoado Samambaia; faz a praça do povoado Brasília; reforma a Praça do Cruzeiro; eletrifica diversas ruas da cidade, tais como: Pedro Correia, Bom Jardim e Brás Melo Costa; revitaliza os canteiros da Av. Gumercindo Bersa e Francisco Barreto,além de outras obras na cidade. Seu mandato terminou em 31 de dezembro de 2008. OBS: A política realizada no ano de 2008 começou com três candidatos, sendo eles: A prefeita Marly Barreto (PSDB), tendo como vice Acledison Silvino. Adilson de Jesus Santos (Dílson de Agripino – PT) e o vice Antônio Menezes Costa (Tony Tecido), e Diógenes José de O. Almeida (PP), e o vice Fabinho de Dr. Airton. Com o desenrolar da campanha, o vice da prefeita renuncia em plena rádio, e ela resolve renunciar também, fazendo seu pronunciamento em outro programa de rádio, e opta a apoiar o candidato do PT, Dílson de Agripino. Foi uma eleição bem diferente das outras passadas, prevalecendo mais o jogo de bastidores, bem como o poder aquisitivo dos mais abastados, e com o PT bem fortalecido e bem diferente das outras eleições passadas. Já o PP, de Diógenes Almeida, foi menos favorecido em suas coligações. Não havia nomes relevantes em seu palanque, com algumas exceções, é claro. A eleição foi realizada em 05 de outubro de 2008 e vence o candidato do PT, Dílson de Agripino, com uma diferença de votos muito grande, uma das maiores de toda a história política de Tobias Barreto. E uma das pessoas que devemos destacar nessa eleição foi o Promotor de Justiça, Dr. Raimundo Bispo Filho, que muito atuou em todo o nosso município, prestando grandes serviços à Justiça Eleitoral de Sergipe e mostrando que as autoridades quando querem agir e fazer cumprir a lei, eles o fazem. E assim fez Dr. Raimundo Bispo, esse grande promotor, que nunca deveria ter saído desta cidade carente de pessoas como ele, que sabem impor a lei, e soube fazer com que os tobienses passassem a acreditar mais na justiça deste país. 20º PREFEITO Adilson de Jesus Santos VICE: Antônio de Menezes Costa Dílson de Agripino, a nova esperança de Tobias Barreto VEREADORES: João Olegário de Matos Neto Diógenes José de Oliveira Almeida Júnior Montival Cardoso dos Santos Lenilson José de França Nailson Gama Ramos Adisandro Pinheiro dos Santos Osvaldo Vidal dos Santos Luiz Carlos dos Santos Luiz Ferreira da Silva Filho Dílson de Agripino foi diplomado em 18 de dezembro de 2008 e tomou posse em 1º de janeiro de 2009, com uma grande festa realizada. O PT de Francisco de Assis (Cici) e outros, cujos membros há muitos anos falavam em cima de um banquinho de madeira consegue chegar ao cargo mais alto do nosso Município. CURIOSIDADES POLÍTICAS EM TOBIAS BARRETO 1º. PRIMEIRO INTENDENTE DE CAMPOS (Tobias Barreto): Cel. José Domingues de Menezes – comandou de 1898 a 1901. 2º. PRIMEIRO PREFEITO NOMEADO PELO GOVERNO DE SERGIPE: Cel. Francisco Barreto do Rosário (Cel. Chico Barreto) – comandou de 29/04/1935 a 17/09/1935. 3º. PRIMEIRO PREFEITO ELEITO PELO POVO: José Francisco de Menezes (Zé Menezes) – administrou de 09/11/1947 a 31/01/1951. 4º. PRIMEIRA ELEIÇÃO REALIZADA EM TOBIAS BARRETO. ELEIÇÕES COM O POVO NAS URNAS (Eleições Diretas): realizada em 19/10/1947, um dia de domingo. 5º. PRIMEIRO CANDIDATO ÚNICO A DISPUTAR AS ELEIÇÕES PARA PREFEITO: Antônio de Souza Ramos – em 12/03/1967. 6º. PRIMEIRO VICE-PREFEITO DA NOSSA HISTÓRIA: Dr. Brás Melo Costa – assumiu durante o período de 30/03/1967 a 31/01/1971. 7º. PRIMEIRO DEPUTADO ESTADUAL ELEITO PELO VOTO DIRETO: João Valeriano dos Santos, pelo Partido da UDN (União Democrática Nacional) – período de 1963 até 1966, com 2.121 votos. Eleição realizada em 07/10/1962. 8º. PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR A CAMÂRA DE VEREADORES: Maria Cremildes de Souza, entre 31/01/1983 a 31/01/1988, com 519 votos, pelo partido político PDS (Partido Democrático Social). 9º. PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR A PREFEITURA DE TOBIAS BARRETO: Marly do Carmo Barreto Campos – durante o período de 25/05/2005 a 31/12/2008. 10º. MAIORES LÍDERES POLÍTICOS DE TOBIAS BARRETO: • Pedro Barreto de Menezes (LIBERAL) • Cel. Luiz Antônio da Costa Melo (COSERVADOR) • Cel. José Antônio de Lemos (LIBERAL) • Cel. Francisco Barreto do Rosário (CONSERVADOR) • Cel. Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes, PR) • João Valeriano dos Santos (UDN) • Luiz Alves de Oliveira Filho (ARENA I, PDS I, PFL) INTENDENTES A PREFEITOS INTENDENTES POSSE SAÍDA 1º José Domingues de Menezes Intendente 1898 1901 2º Antônio Guimarães de Carvalho Intendente 1901 1904 3º Cel. Francisco Barreto do Rosário Intendente 1904 1907 4º Comendador João Alves de Intendente 1907 1910 5º Cel. Francisco Barreto do Rosário Intendente 1910 1913 6º Severiano Cardoso dos Santos Intendente 31/05/1914 31/03/1915 7º Antônio Justiniano de Menezes Intendente 01/01/1916 31/12/1918 8º Francisco Alves de Oliveira Intendente 01/01/1919 31/12/1921 9º Thomé Dantas da Costa Intendente 01/01/1922 31/12/1924 10º Pedro Antônio de Menezes Intendente 01/01/1925 05/1925 Presidente do 06/1925 31/12/1925 Oliveira 11º Isaias Alves Barreto Cons. Municipal 12º Joviniano José dos Santos Intendente 01/01/1926 31/12/1928 13º Carlos Vieira Sobral Intendente 01/01/1929 07/11/1930 14º Josué Montalvão Filho Secretário 08/11/1930 28/11/1930 Interino 15º Filadelpho dos Santos Lima Intendente 28/11/1930 25/02/1932 16º José Pedro dos Santos Intendente 05/03/1932 13/04/1935 PREFEITOS NOMEADOS 1º Cel. Francisco Barreto do Rosário Prefeito POSSE SAÍDA 29/04/1935 17/09/1935 18/09/1935 08/1937 21/08/1937 13/11/1937 15/11/1937 12/1937 12/12/1937 02/08/1940 03/08/1940 01/12/1940 01/12/1940 31/07/1941 01/08/1941 30/05/1942 31/05/1942 12/03/1945 10/12/1945 10/12/1945 20/11/1945 12/1945 10/12/1945 10/12/1945 11/12/1945 10/12/1945 23/12/1945 01/03/1946 16/03/1946 03/05/1947 03/05/1947 09/11/1947 POSSE SAÍDA Nomeado 2º Petronilo Ferreira de São José Prefeito Nomeado 3º José de Souza Santos Presidente da Câmara Municipal 4º Cel. Francisco Barreto do Rosário Prefeito Nomeado 5º João Hermenegildo Ramos Prefeito Nomeado 6º Dr. Aloísio B. Coutinho Neves Prefeito Nomeado 7º Josué Montalvão Filho Secretário Interino 8º Dr. Aloísio B. Coutinho Neves Prefeito Nomeado 9º José Joviniano dos Santos Prefeito Nomeado 10º Francisco Sales de Menezes Prefeito Nomeado 11º Dr. João Fontes de Faria Prefeito Nomeado 12º Francisco Sales de Menezes Prefeito Nomeado 13º João Batista Lima Secretário Interino 14º Capitão Deoclides Bastos Prefeito Nomeado 15º João Hermenegildo Ramos Prefeito Nomeado 16º João Antônio César Prefeito Nomeado PREFEITOS 1º José Francisco de Menezes Prefeito 09/11/1947 31/01/1951 2º Raimundo Geraldo dos Santos Prefeito 01/02/1951 31/01/1955 3º José Francisco de Menezes Prefeito 01/02/1955 31/01/1959 4º João Valeriano dos Santos Prefeito 01/02/1959 31/01/1963 5º Raimundo Geraldo dos Santos Prefeito 01/02/1963 31/01/1967 6º Antônio de Souza Ramos Prefeito 30/03/1967 31/01/1971 7º João Valeriano dos Santos Prefeito 01/02/1971 15/03/1973 8º Luiz Alves de Oliveira Filho Prefeito 15/03/1973 31/01/1977 9º Josafá Ribeiro de Almeida Secretário 01/02/1977 09/03/1977 10/03/1977 14/04/1977 Interino 10º José Dias dos Santos Presidente da Câmara 11º Antônio Ávila dos Reis Prefeito 14/04/1977 31/01/1983 12º Luiz Alves de Oliveira Filho Prefeito 01/02/1983 31/12/1988 13º Josafá Ribeiro de Almeida Prefeito 01/01/1989 31/12/1992 14º Antônio Nery do N. Júnior Prefeito 01/01/1993 31/10/1996 Presidente da 01/11/1996 31/12/1996 15º Armindo Oliveira Santos Câmara 16º Diógenes José de O. Almeida Prefeito 01/01/1997 31/12/2000 17º Esdras Valeriano dos Santos Prefeito 01/01/2001 31/12/2004 18ºJosé Airton de Andrade Prefeito 01/01/2005 23/05/2005 19º Marly do Carmo B. Campos Prefeita 25/05/2005 31/12/2008 20º Adilson de Jesus Santos Prefeito 01/01/2009 - 21º 22º 23º 24º 25º OBS: Essas lacunas em branco no gráfico são para preenchimento, com o passar do tempo, dos novos prefeitos que forem tomando posse. Assim, vocês manterão este livro sempre atualizado. PARTIDOS POLÍTICOS – SIGLAS Os partidos políticos que se destacaram em nossa cidade foram muitos. Depois dessas siglas partidárias, a política virou bagunça. Hoje em dia, não sabemos mais quem é Zebra (Cabaú) ou Leão (Peba), como antigamente. Virou um emaranhado de siglas partidárias que dificulta identificarmos quem é quem; por isso, o município está do jeito que está. Liberais Conservadores PEBA União Democrática Nacional UDN ARENA 1 Aliança Renovada Nacional LEÃO PDS 1 Partido Democrático Social PFL Partido da Frente Liberal CABAÚ Partido Republicano PR Partido Socialista Democrático PSD ARENA 2 Aliança Renovada Nacional ZEBRA PDS 2 Partido Democrática Social PMDB Partido do Movimento Democrática Brasileiro OBS.: O PTB, PDT, PSDB, PPR, PFL hoje é o DEM, e, correndo por fora e muito prestigiado no atual momento político por que passa o país, vem o velho e insistente PT ocupar o cargo mais elevado do nosso Legislativo. O Legislativo Tobiense A Lista de deputados que assumiram uma cadeira pela cidade de Campos, hoje Tobias Barreto, começa nos remotos anos de 1845 até os anos atuais. São Deputados Provincianos; depois, passaram a ser Deputados Estaduais, e houve também os Deputados Federais, filhos da terra, que não chegaram a se eleger, mas ficaram em uma boa colocação, com votação estrondosa. Deputado veio do latim deputadu, enviado a alguma missão. Em latim, deputare significou inicialmente posar, separar e, por fim, o sentido que hoje tem, de indivíduo que trata de interesses de outros. Já senatus, senado, conselho onde tinham assento os anciães, e senator, senador. O termo ancião, cujo sentido equivale ao indivíduo que atuava como conselheiro, também é palavra de origem latina. Esse é também o caso do presidente, do latim praesidente, declinação de praesidens, presidente, designado àquele que está assentado à frente, na sede, no palácio, ocupando o primeiro lugar. 1ª PARTE 1845 a 1900 - DEPUTADOS PROVINCIANOS 1º. Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral (Pe. Amaral) – Partido Político: Liberal (PEBA). 2º. Profº.: Manoel Joaquim de Oliveira Campos (Profº.: Oliveira Campos) – Partido Político: Conservador (CABAÚ). 3º. Pe. João Antônio de Figueiredo Matos (Pe. João de Matos) – Partido Político: Liberal (PEBA). 4º. Tenente-coronel Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral (Alexandre da Roma) – Partido Político: Liberal (PEBA). Além de ser deputado, foi chefe político do Partido Liberal. 5º. Cel. Luiz Antônio da Costa Melo (Cel. Luiz Antônio) – Partido Político: Conservador (CABAÚ). Exerceu o mandato de 1886 a 1887 / 1888 a 1889 / 1901 a 1902. E foi chefe político do Partido Conservador por muitos anos. 6º. Cel. José Antônio de Lemos (Cel. Zé de Lemos) – Partido Político: Liberal. Foi eleito deputado pela primeira vez no século XIX, (não sabemos a data certa); depois, foi eleito em 21 de abril de 1918 na vaga do Dr. Batista Itajaí. Posteriormente, foi eleito por mais um mandato, cujo período não foi encontrado. Foi chefe político do Partido Liberal. 7º. Cel. Francisco Barreto do Rosário (Cel. Chico Barreto) – Partido Político: Conservador (Cabaú). Foi por vários mandatos Deputado Provinciano, e foi também chefe político, Intendente e Prefeito Nomeado. 2ª PARTE Agora, a lista dos Deputados Estaduais, das décadas de sessenta até os anos atuais. João Valeriano dos Santos PARTIDO: UDN (União Democrática Nacional) VOTAÇÃO: 2.121 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 07/10/1962 EXERCEU: 1º Mandato de 1963 até 1966. João Valeriano dos Santos PARTIDO: ARENA I (Aliança Renovada Nacional) VOTAÇÃO: 2.658 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1966 EXERCEU: 2º Mandato - de 1967 até 1970. Antônio Souza Ramos PARTIDO: ARENA (Aliança Renovada Nacional) VOTAÇÃO: 2.186 - SUPLENTE ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1974 EXERCEU: Entrou nos últimos anos, já acabando o seu mandato. Luiz Alves de Oliveira Filho PARTIDO: ARENA I (Aliança Renovada Nacional) VOTAÇÃO: 8.982 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1978 EXERCEU: 1º Mandato - de 1979 até 1982. Antônio Nery do Nascimento PARTIDO: ARENA II VOTAÇÃO: 8.535 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1978 EXERCEU: 1º Mandato - de 1979 até 1982. Carlos Alberto de Oliveira PARTIDO: PDS I (Partido Democrático Social) VOTAÇÃO: 10.751 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1982 EXERCEU: 1º Mandato - de 1983 até 1986. Carlos Alberto de Oliveira PARTIDO: PFL (Partido da Frente Liberal) VOTAÇÃO: 9.403 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1986 EXERCEU: 2º Mandato - de 1987 até 1990. Carlos Alberto de Oliveira PARTIDO: PDC / PFL / PMN / PRN / PSDB (coligações) VOTAÇÃO: 6.615 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1990 EXERCEU: 3º Mandato - de 1991 até 1994. Josenaldo de Góis PARTIDO: PDT (Partido Democrático Trabalhista) VOTAÇÃO: 8.279 ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1994 EXERCEU: 1º Mandato - de 1995 até 1998. Diógenes José de Oliveira Almeida PARTIDO: PPR VOTAÇÃO: 9.027 - SUPLENTE ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1994 EXERCEU: OBS: Ficou na suplência do partido, mas depois, assumiu por um período de quase dois anos. OBSERVAÇÕES: Nesta eleição de 1994, Tobias Barreto teve três candidatos às vagas de Deputado Estadual. E nesse ano, Carlos Alberto de Oliveira ainda ficou na suplência de seu partido, PFL, com uma votação de 5.339 votos. No ano de 1998, ano de eleições, tivemos um filho da terra que ficou na suplência do seu partido, PSDB, para Deputado Estadual, Antônio Nery do Nascimento Júnior, mas não chegou a assumir. Obteve 5.415 votos na época. Nas eleições de 2002, tivemos também outro candidato a Deputado Estadual, que se destacou, ficando na primeira suplência do seu partido PTB, Dr. José Airton de Andrade, que teve 10.379 votos em todo o Estado, uma votação surpreendente, mas não chegou a assumir. Com a lista de Deputados Federais dos filhos da terra, ainda não tivemos a oportunidade de assumir uma cadeira no Plenário Federal. Só chegamos perto por duas vezes, uma com o radialista Miguel Alves da Silva, nas eleições realizadas em 04/10/1998, pelo partido político PSC, com uma votação de 7.064 votos, e outra foi Adisandro Pinheiro dos Santos (Pinheirinho na Moral), que ficou na primeira suplência do partido PC do B, com uma votação de 12.484 votos, nas eleições realizadas em 01/10/2006. Essa votação expressiva que Pinheirinho obteve mostra que é possível eleger um Deputado Estadual e um Federal em Tobias Barreto. É só haver união partidária. No âmbito do Senado Federal, houve Carlos Alberto de Oliveira, que chegou a ficar na primeira suplência da Senadora Maria do Carmo Alves, mas por divergências políticas, e impasse da Senadora, ele não assumiu o cargo. OS PRÉDIOS DA INTENDÊNCIA O primeiro prédio onde foi instalada a primeira prefeitura, de que se tem idéia, foi ao lado da Igreja Matriz, na Praça Dom José Thomaz. Era uma casa grande, com várias portas, onde ficava o fórum e onde atendiam os primeiros edis da nossa história. Lá, eram realizados trabalhos jurídicos, administrativos da intendência e trabalhos dos primeiros edis (vereadores). Essa casa foi construída no final do século XIX e permaneceu até os anos quarenta, por onde passaram Intendentes e alguns Prefeitos Nomeados. Primeira Intendência de Tobias Barreto, onde está escrito Ministério da Saúde Entre os anos de 1942 a 1944, foi construída outra prefeitura, na rua principal de campos, bem no centro da cidade. Isso aconteceu na administração de José Joviniano dos Santos. Com a nova prefeitura, tudo foi mudado, só ficando na antiga Intendência o fórum, onde eram realizados os trabalhos jurídicos. Em 23 de janeiro de 1971, nessa primeira prefeitura, foi inaugurado pelo prefeito Antônio de Souza Ramos o Fórum Dr. João Fontes de Faria que, depois, foi mudado para a Avenida José David dos Santos. Foto da antiga prefeitura na Avenida 7 de junho, hoje Memorial de Tobias Barreto de Menezes. Essa prefeitura foi inaugurada na administração de José Joviniano dos Santos e permaneceu por um período de 55 anos. Em 1947, recebeu o primeiro prefeito eleito pelo voto direto, o Sr. José Francisco de Menezes (Zé Menezes) e foi lá que surgiu a segunda Câmara de Vereadores, que ficava em uma sala grande e onde tinha uma mesa, em torno da qual primeiros edis de Campos se reunião para tomar suas decisões. Com o passar do tempo, a Câmara de Vereadores passou a fazer suas reuniões na casa vizinha à prefeitura, que tinha como seu proprietário um dos antigos músicos, conhecido por “Rosinha”. Aquela casa também serviu de escola musical da lira e de escola de arte culinária, inclusive, minha mãe foi a primeira e única professora (Dona Raimundinha de Joca), e foi nessa casa onde depois foi construída a Câmara de Vereadores. Em 1998, o prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida constrói no antigo prédio do Fórum a nova Prefeitura Municipal, precisamente em dezembro daquele ano, e inaugura com grande festividade. Assim a prefeitura voltava para o seu lugar de sempre, de onde nunca deveria ter saído. No lugar da prefeitura velha, situada na Av. 7 de Junho, foi construído o Memorial Tobias Barreto de Menezes pelo prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida e inaugurado em 07 de junho de 2000, quando a cidade comemorava os 161 anos de nascimento de seu mais ilustre filho, Tobias Barreto de Menezes. Atual prefeitura da nossa cidade inaugurada em dezembro de 1998 pelo prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida. E sobre a Câmara de Vereadores, quando a Prefeitura foi mudada para Praça Dom José Thomaz, ela permaneceu no mesmo lugar, porém passando por um processo de várias reformas para deixar o lugar adequado para as reuniões e seções da Câmara e deixar o espaço confortável para o atendimento ao público tobiense. O nosso legislativo já chegou a ter no começo seis edis, depois passou a oito, chegando a quatorze vereadores e hoje, o Legislativo Municipal conta com nove vereadores eleitos pelo povo. A Câmara Municipal de Vereadores também tem seu plenário, que homenageia um dos ilustres vereadores, com o nome de Plenário Lindeval de Souza Neto. Essa é a Câmara de Vereadores, situada na Av. 7 de Junho, depois da sua última reforma.