Trabalho para a Cadeira de História Politica séc. XX Portugal Mestrado em História Contemporânea Subsídios para uma Biografia de Augusto Celestino da Costa Manuscrito de José Francisco david-Ferreira Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Sociais e Humanas 28 de Maio de 2013 J.P. David Ferreira 18/06/13 Pág. 1/67 Índice 1. Sumário Analítico ..................................................................................................................... 3 2. Introdução .................................................................................................................................. 4 3. a. b. c. d. e. f. Corpo ............................................................................................................................................. 6 Apresentação Biográfica de Augusto Celestino da Costa ................................................................ 6 Antecedentes e Enquadramento Político ............................................................................................. 12 Educação e Universidade durante a República ................................................................................. 14 Educação e Universidade durante a ditadura e o Estado Novo ................................................ 17 Política Científica em Portugal e o Papel de ACC ............................................................................. 22 História de uma Experiência ...................................................................................................................... 37 4. Conclusão .................................................................................................................................. 39 5. Apêndice .................................................................................................................................... 41 6. g. h. i. j. k. l. m. Anexos ........................................................................................................................................ 42 Bibliografia referenciada no Manuscrito de JFDF ........................................................................... 42 Estágios que Frequentou ............................................................................................................................ 44 Instituições em que Participou .................................................................................................................. 45 Instituições onde trabalhou ........................................................................................................................ 46 Os Professores e Condiscípulos de ACC ................................................................................................. 47 Participação em Reuniões Científicas .................................................................................................... 49 Publicações conhecidas de ACC .............................................................................................................. 51 7. Bibliografia Geral ................................................................................................................... 64 Nota : Devido à exigida restrição de tamanho, o trabalho desta cadeira encontra-se centrado desde a página 6 à página 36. 18/06/13 Pág. 2/67 1. Sumário Analítico O objectivo deste trabalho, relaciona-se com o levantamento de informação escrita relativa ao espólio documental, deixado por José Francisco David Ferreira (JFDF), Cientista e Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa (FML) nascido em 1929 e falecido em 2012, relativo ao Professor Augusto Celestino da Costa(ACC). O Espólio documental encontra-se na sua maioria na sua residência em Oeiras, estando outra parte relacionada com os seus antecessores na Escola de Histologia de Lisboa, sua carreira de Professor e membro dos órgãos científicos da FML e da Reitoria da Universidade de Lisboa, em 3 salas da FML no Hospital de Santa Maria em Lisboa. Tendo por objectivo final, elaborar uma biografia de ACC, com base no manuscrito deixado por JFDF, este trabalho delimitado no tempo disponível, será um contributo indispensável no sentido de fazer a sua transcricção e o possível levantamento da documentação disponível relativamente ao Professor Augusto Celestino da Costa. Foi efectuado um levantamento e análise da informação, organizando-a num conjunto de temas a tratar. Com esta recolha foi possível elaborar um conjunto de índices relativos ao percurso profissional, “time line” da sua vida, dos cargos que ocupou, conferencias atendidas, contemporâneos, instituições onde trabalhou, trabalhos científicos e obras publicadas, desde a sua licenciatura até ao fim da sua vida. 18/06/13 Pág. 3/67 2. Introdução Este trabalho relativo a ACC e à Politica Científica em Portugal à época, situa-se num contexto de um Projecto mais vasto, que podemos caracterizar da seguinte forma: Com a morte de JFDF foi diagnosticada a necessidade do tratamento do seu espólio por parte da FML, pela Prof. Carmo Fonseca e por um conjunto de discípulos de JFDF. Da parte da família, também pretende ver preservada a sua obra e torná-la publica para quem tiver interesse na sua consulta. Este trabalho é um pequeno passo para dar início a este projecto. O Projecto Elaboração de um Projecto Multidisciplinar. Tratamento do Acervo Documental Fotográfico e Museológico de JFDF. Tendo como objectivo final divulgar aos estudantes, Médicos, investigadores: • História da Ciência; • História da Investigação Científica; • Política de ensino superior em Portugal no século XX; • Biografia de Augusto Celestino da Costa (manuscrito JFDF) • Biografia de JFDF; num portal interactivo em Português e Inglês de acesso universal. O projecto terá componentes nas áreas de: -‐ Inventário -‐ Museologia -‐ Arquivística -‐ Biblioteconomia -‐ Entrevistas e testemunhos -‐ Edição de Manuscritos e Publicação -‐ Sistema de Informação e Portal Web -‐ Publicação On Line Bilingue (Português, Inglês) Enquadramento: Personagem - Origens -Tempo – Espaço Carreira de Cientista e Professor. Produção Científica. Internacionalização da Ciência Pré - 25 Abril 1974. Instituições onde trabalhou. Períodos da Vida/Vivências Influências Acontecimentos Personagens que o Influenciaram Pensamento Político Possíveis Participantes/Patrocinadores do Projecto: o o o o 18/06/13 Museu de Ciência e História Natural da Escola Politécnica Arquivo da Ciência e Tecnologia Secretária de Estado da Ciência – Prof. Drª Leonor Parreira Reitoria da Universidade de Lisboa Pág. 4/67 o Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Prof. Fernandes e Fernandes o Instituto de História Contemporânea da F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa – Prof. Fernanda Rolo o Professor Barata Moura – UL o Professora Luísa Cerdeira Pro-Reitora UL o Professor José Manuel Rolo - ICS o Professora Maria do Carmo Fonseca – Cientista o José Pedro Lindmark David Ferreira - Família o Fundação Calouste Gulbenkian Resumidamente, são estas as ideias, ainda em bruto, para a realização do Projecto de Tratamento e divulgação do Espólio documental deixado por JFDF tendo como “leit motif” - a História da Escola e Instituto de Histologia e Embriologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que começa com Augusto Celestino da Costa e termina com José Francisco David Ferreira. 18/06/13 Pág. 5/67 3. Corpo a. Apresentação Biográfica de Augusto Celestino da Costa Neste subcapítulo, pretendemos apresentar uma súmula biográfica, de forma cronológica, sobre Augusto Peres Celestino da Costa (ACC). Augusto Peres Celestino da Costa, nasceu no ano de 1884 em Lisboa, num r/c de um prédio na Rua dos Navegantes, filho de Pedro Celestino da Costa (1852-1910) (filho legitimado de Pedro Homem da Costa Noronha Ponce de Leão (Visconde de Noronha), militar de carreira enobrecido pela sua participação nas lutas liberais) e de D. Úrsula Cândida de Canto e Castro (que morreu quando ACC tinha 3 anos) e após a sua morte com D. Joana Figueira Magalhães (familiar de May Figueira médico da Casa Real e Professor de Medicina em Lisboa). Foi casado com Emília Hermengarda Croner Celestino da Costa (1883-1946) e teve como filhos Jaime Augusto Croner Celestino da Costa (1915- ) e Pedro Celestino da Costa.(1913- ) “Duas tragédias assinalam o nascimento e a carreira de Agusto Celestino da Costa, a morte de sua mãe, quando tinha apenas 3 anos e o assassinato de seu Pai” (em 10 Outubro de 1910 na Revolução Republicana, militar monárquico) “quando já iniciara o seu percurso profissional.” (pg. 311). No mesmo dia, também morre Miguel Bombarda, assassinado por um seu doente. Uma primeira influencia de um seu familiar (tio por afinidade) ligado à sua madrasta, o Professor Jubilado May Figueira (1829-1923), que tendo tido uma carreira como microscopista e professor na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, o apoiou e incentivou no encontro com a Ciência e a orientar como microscopista, no ínicio da sua licenciatura, tendo sido seu mentor e protector. Depois do Liceu, ingressou na Escola Politécnica no curso preparatório, para a Licenciatura, onde teve como Professor Achiles Machado, que o despertou para o trabalho laboratorial. Aos 15 anos o gosto pela investigação histórica, a curiosidade científica e a influência que a morte trágica de Camara Pestana (1863-1899) (No combate ao surto da Gripe, foi vítima da epidemia de Peste no Porto a 15 de Novembro) teve, fixou o seu desejo de prosseguir uma carreira no ambito da investigação científica. Com a prévia leitura do “Testet” tratado que servia na época de livro de referencia para a Anatomia, ACC encontra referencias a dois portugueses Jose António Serrano (18511904) e Mark Athias (1875-1946). Com 16 anos, ACC em 1900, matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa com o objectivo de tirar o curso de medicina. 18/06/13 Pág. 6/67 Durante o seu segundo ano de licenciatura, ACC, começa a “acompanhar os movimentos de renovação que se viviam na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa” (pg. 2), onde se destacam Miguel Bombarda (1851-1910) e Francisco Gentil (1878-1964). “Encruzilhada de vidas, das personagens principais da história do Ensino Médico de Lisboa: May Figueira/ ACC Mark Athias/ACC Miguel Bombarda/Athias Miguel Bombarda /Francisco Gentil Miguel Bombarda/ACC Francisco Gentil/Azevedo Neves/Bombarda Encontro feliz de duas gerações animadas pelo mesmo projecto” (Pg. 2) ACC, durante a licenciatura (1901), toma a iniciativa de ir ao encontro de Mark Athias, na época, Director do Laboratório de Histologia no Hospital de Rilhafoles. Neste contexto, ainda como aluno, consegue excepcionalmente, frequentar um curso de microscopia e técnicas de Histologia, de Mark Athias, destinado a 10 docentes e de acesso muito limitado. Foram seus colegas neste curso: Pinto de Magalhães, Borges de Sousa, Oliveira Soares, Aníbal de Castro, António Barbosa e Costa Santos. «No inverno de 1902-1903, numa breve convalescença, no meu terceiro ano, tomei consciência das deficiências da Escola e do ensino e do que havia a fazer integrandoos no movimento cientifico de criação de ciência nova», e acrescenta: «Decisão de apostolado nesse sentido». Em 1902! Aos 18 anos! Apostolado! (Pg. 48). Em 1903 é externo dos Hospitais Civis de Lisboa. ACC também estagiou no Real Instituto Camara Pestana, sob a orientação de Miguel Bombarda, no periodo em que Nicolau Bettencourt (1872-1941) (sucessor de Camara Pestana) transformou o Instituto, num verdadeiro Instituto de Medicina experimental. Publicação do 1º Artigo Científico a 20 de Abril de 1904 com ligação ao Real Instituto Camara Pestana. Conclui os estudos de Medicina em 1905 no Hospital de S. José. Estágio em Berlim (entre Setembro de 1906 e Abril de 1907, no âmbito de um estágio na Universidade com os Cientistas Hertwig e Krause). “ACC como muitos homens cultos da sua geração, a sua pátria de adopção foi a França, mas não esteve alheio aos progressos e à influência da ciência e cultura alemã.” (Pg. 30) Passa e visita Paris, onde se dá o seu deslumbramento com a cultura francesa e a descoberta da cidade. Assiste ao Congresso Internacional de Medicina em 1906, em que participam Cajal, Waldeyer, Benda, Uma, primeiro contacto com o mundo científico internacional. 18/06/13 Pág. 7/67 Durante este estágio em Berlim, existe correspondencia referenciada pelo seu filho (Jaime Celestino da Costa) entre ele e Mark Athias, Sílvio Rebelo, que retrata as reformas aceites por João Franco, a forma de convencer Miguel Bombarda a aderir à reforma, às novas cadeiras de Histologia, Fisiologia, Matéria Médica e Terapêutica que precisavam de candidatos à sua regência e as candidaturas e concursos de Mark Athias, ACC e Sílvio Rebelo a Professores da Nova Escola. É neste contexto que a “Geração de 1911 produziu por dentro uma reforma – uma auto reforma - que é afinal possível quando um grupo válido e unido faz, com determinação, esse esforço decisivo.” (Pg. 29) No Real Instituto Camara Pestana, (antigo Real Instituto Biológico) ACC realizou os primeiros trabalhos de investigação científica, que foram apresentados no famoso XV Congresso Internacional de Medicina, realizado em Lisboa, organizado pelo seu secretário geral Miguel Bombarda, de 19 a 26 de Abril de 1907. “Foi no Real Instituto Câmara Pestana, onde ACC sob a orientação de M. Athias realizou as primeiras investigações sobre a glândula supra-renal” (pg. 21) Este Instituto, (criado em 1908) dispunha na época de instalações e equipamentos apropriados para o trabalho científico e permitiu realizar os primeiros trabalhos de investigação científica aos futuros professores e investigadores da Faculdade de Medicina de Lisboa. No Real Instituto Camara Pestana “Mark Athias foi um orientador e líder incontestado dos docentes que viram a povoar os Institutos criados quando da nova Faculdade de Medicina. (Período 1907-1910)” (Pg. 54) Neste Congresso Internacional participaram os mais importantes Cientistas Europeus, entre os quais S. R. Cajal (1852-1934), que teve uma grande influência em ACC. Para a realização deste Congresso Internacional ser efectuada em Lisboa, foi a argumentação usada por Miguel Bombarda, no sentido de exigir e construir um novo edifício para a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, até aí instalada num edificio degradado na cerca do Hospital de S. José, para o Campo Santana. Este novo edificio, foi para onde foi transferida a Escola Médico-Cirúrgica, só após a Revolução Republicana em 1911 e com a nova denominação de Faculdade de Medicina de Lisboa. (Com a criação das Universidades de Lisboa e do Porto) Foi nestas novas instalações, que ACC trabalhou como Professor e Cientista até 1952, ano em que se jubilou. Neste mesmo ano, a Faculdade foi transferida para o novo edifício do Hospital Escolar de Santa Marta. Desde o seu primeiro estágio em Berlim (Institutos de Investigação Científica da Sociedade do Imperador Gulherme (Kaiser Wilhelm Gesleschaft)) que ACC, começa um périplo anual de participação em conferencias e seminários científicos e visitas a Institutos similares na Europa, numa época em que viajar era muito difícil e moroso. Estas deslocações sistemáticas, permitiram-lhe conhecer o que de melhor se fazia na Europa, em termos de investigação científica e em termos de formas possíveis de organizar a promoção nacional da Ciência nos diversos países. 18/06/13 Pág. 8/67 Com a morte de Miguel Bombarda, então Professor regente das cadeiras de Histologia e Fisiologia Geral, ficam vagas as cadeiras do Curso de Medicina, que vieram a ser ocupadas por Mark Athias e ACC. Revolução Republicana de 10 de Outubro de 1910 e a preparação das reformas de 1911 em que intervêm Sobral Cid, José de Magalhães e Mendes dos Remédios. Em 1911, consegue com a prestação de provas a posição de Professor Catedrático de Histologia (Dissertação - Histofisiologia das Glândulas Endócrinas). Durante o ano de 1912, transformam-se os laboratórios dependentes das cadeiras de medicina, em Institutos por decisão da Faculdade de Medicina de Lisboa. A Escola de Histologia de Lisboa, consolida-se e desenvolve-se com o trabalho de ACC. Estava inserida dentro do que se chamou a Geração Médica de 1911, que sob a liderança de 2 gerações, promoveu a possível revolução, no método de ensino universitário e investigação em Portugal. “A chamada Geração de 1911 - Um novo modelo de Universidade (Condocert) (a universidade de Berlim/Humbolt)”(Pg. 180) Os homens da Geração de 1911: Aníbal Bettencourt, Mark Athias, Sílvio Rebelo, Vilhena, A. Neves, ACC, Gama Pinto, Júlio de Matos, Sobral Cid. Nesta fase da Faculdade de Medicina, houve transferencias de Professores de outras Escolas, que vieram enriquecer o projecto, como exemplo Ricardo Jorge. (1858-1939) Dentro dos discípulos de ACC no Instituto de Histologia da Faculdade de Medicina de Lisboa, podemos destacar Dias Amado (expulso em 1947) e Xavier Mourato seu sucessor. Em 1916 visita S. R. Cajal e visita Centros de Investigação em Espanha e em 1917 realiza um estágio no Laboratório de Cajal onde conhece Rio Hortega e visita pela primeira vez a Junta de Ampliasion de Estudios. “Cajal foi de facto a grande figura inspiradora da juventude ibérica. O seu Livro Regras e consejos... foi leitura recomendada às gerações que viveram a redenção pela Ciência (actividade cientifica) da decadência politica e económica que viviam os povos peninsulares nos finais do sec. XIX e princípio do sec. XX.” (Pg. 50) Estas visitas e conhecimento da politica nacional de fomento à investigação científica espanhola, tiveram grande impacto em ACC, no sentido de começar a tentar criar em Portugal uma Instituição similar. Desde 1921 no Congress Intenational da Association des Anatomistes (em Bruxelas) até ao fim da sua vida ACC vai comparecer às reuniões da Association des Anatomistes (26 reuniões desde 1920 a 1956), que se vão realizar em inúmeras cidades europeias e permitiram um contacto estreito e eficaz na interacção científica, essencial para o seu desenvolvimento e irradiação em Portugal. Em 1923, é criada a Junta da Educação (Fundação particular) promovida por Simões Raposo e a que aderiu Mark Athias. 18/06/13 Pág. 9/67 Durante 1929, é criada a Junta de Educação Nacional (Ministro Cordeiro Ramos) onde foram membros dirigentes Mark Athias, Simões Raposo e sendo ACC Vice Presidente. Em 1931, ACC nomeado secretário da Faculdade de Medicina de Lisboa. Em 1932 Vice Presidente da Secção de Ciência – Junta Nacional de Educação Em 1934 Presidente da Junta Nacional de Educação (2 de Junho) e estágio de 4 meses no University College de Londres (Bolsa Rockfeller) com o Professor Hill. Nomeado em 1935, Director da Faculdade de Medicina de Lisboa (1935-1942) Nomeado, Presidente do Instituto para Alta Cultura 23 de Maio (1936-1947 Junho) - a dualidade - o fomento da investigação científica e da politica cultural. 1940, Presença de ACC no Congresso para o Progresso das Ciencias, iniciativa Ibérica para a promoção da investigação cientifica e sua difusão em Portugal e Espanha. (o embaixador itinerante de Portugal para Espanha e vice versa) “A geração a que pertenço», diria em 1940, «conseguiu grandes coisas, mas vai deixando o combate, levada pela morte, cansada pela velhice, às vezes pela doença ou pelo desalento —que doença é também— sem ter conseguido tudo quanto se propunha e houvera aliás obtido se a nação fosse outra. Mas alguma coisa se fez; e deixará a medicina portuguesa bem diferente do estado em que a encontrou». (Pg. 67) Nomeado Presidente da Sociedade das Ciências Medicas (1946-1949) Demitido a 18 de Junho (Diário do Governo) de 1947, numa depuração política organizada por António Oliveira Salazar, tendo sido no caso de ACC, reintegrado na Universidade em Setembro do mesmo ano. Em 1950, desloca-se pela primeira vez e em trabalho ao Brasil, onde participa em cursos e conferências em várias cidades. Irá ao Brasil pelo menos em 3 anos consecutivos. Em 1954 ACC, completa 70 anos e é Jubilado. Já retirado do Instituto de Histologia e Embriologia, consegue com a sua influência uma bolsa do governo francês (através de Preire Hourcard) para que David-Ferreira, J.F. licenciado em Medicina possa ir estagiar em França no Institut de Recherches sur le Câncer (Dr. Wilhem Bernard) as novas técnicas da Microscopia Electrónica aplicadas à Histologia, para as trazer para Portugal. Morre de 26 para 27 de Março de 1956, como Presidente e durante a Reunião Internacional da Association des Anatomistes, onde apresentou comunicação científica, que se realizava em Lisboa nesse ano, em sua honra. ACC era um persongem irrequieto, homem de acção, reformador, frugal, a sociedade para ele eram os seus pares colegas e discípulos, dentro dos seus prazeres pessoais estava sempre presente o amor por Portugal, Lisboa, pela música, ópera e cultura em todos os Países que visitava. 18/06/13 Pág. 10/67 “Apesar das muitas frustrações não desistiu (nunca) e nunca descuidou das suas obrigações como professor, cientista e académico.” Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 11/67 b. Antecedentes e Enquadramento Político As causas remotas do atraso Português podem ser encontradas analisando as causas internas e as forças reacçionárias de uma aristocracia atrasada. Para a economia, a expulsão dos Judeus e cristãos novos teve um impacto significativo, com a mudança para a Holanda do seu eixo central. “a independência nacional reconquistada em 1640, foi acompanhada como já o fora em parte aquando da crise de finais do sec. XIX, de um preço muito alto: aquilo que chamaríamos em linguagem de hoje, a dependência em relação à Inglaterra.” (Pg. 17) A Independencia do Brasil reflectiu-se na Economia com a perca do monopólio comercial e exploração de Ouro. As primeiras tentativas de reformas do Marquês de Pombal durante o reinado do Rei D. José I podem ser consideradas como a primeira abertura à Europa Iluminista. Entre 1559 e 1759 existiu a Universidade de Évora dirigida pela Companhia de Jesus e encerrada por ordem do Marquês de Pombal. A relação entre os estrangeirados e o Marques de Pombal permitiu um estudo e análise dos problemas e constrangimentos nacionais e as reformas necessárias para os ultrapassar. Esta atitude, foi sentida na reforma dos estudos medicos com Jacob de Castro a viver em Londres, que estudou esta questão. A Revolução de Setembro de 1836 durante o Reinado de D. Maria criou um novo modelo de ensino liberal, com a obrigatoriedade do ensino primário, a criação de liceus distritais. convergencia das Escolas Régias e do Colégio dos Nobres. Foram também criadas as Escolas Médico-Cirúrgicas de Lisboa (1836) e a Escola Politécnica de Lisboa (convergência das Escolas Régias e do Colégio dos Nobres) e da Academia Politecnica do Porto. Em 1844 Costa Cabral procura arrumar a casa – é instituído o ensino primário elementar e complementar, que só em 1919 e por pouco tempo, seria posto em prática. Durante meados do século XIX com a politica do Fontismo e Regeneração houve um periodo de acalmia politica - Fontes Pereira de Melo (1819-1887) foi um reformador, tolerante, liberal, honesto, que governou durante 20 anos, dos quais 12 como Presidente do Conselho. O seu objectivo, de diminuir o atraso de Portugal em relação à Europa, levou-o com a sua “flexibilidade táctica e estratégia inalterável”(Pg. 40) a abrir o País ao caminho de ferro que segundo Eça de Queiróz “Pelos caminhos de ferro, que tinham aberto a Península, rompiam cada dia, descendo de França e da Alemanha (através da França) torrentes de coisas novas, ideias, sistemas, estéticas, formas, sentimentos, interesses humanitários”. Permitiu deste modo uma revolução ou evolução cultural em Portugal, numa fase já aberta, às ideias vindas das capitais europeias mais desenvolvidas. Com a política de Fontes Pereira de Melo, houve a efectiva perda do monopólio de Coimbra na gestão dos Estudos “passa a depender do Ministro do Reino mediante o Conselho de Instrução Pública (1859)” (Pg.9) 18/06/13 Pág. 12/67 Nas últimas décadas do século XIX, no rescaldo das guerras liberais, Portugal era um País humilhado pelo Ultimato Britânico, falido com fome, sujeito a motins e revoltas populares, com “uma pobreza endémica só compensada pela emigração” (Pg.7). Esta situação foi determinante para a culpabilização da Monarquia pela submissão a Inglaterra e pelo agudizar do confronto entre monárquicos e republicanos. Não foram suficientes para acalmar a fúria popular as medidas tomadas durante o governo ditatorial de João Franco. Insurreições e revoltas militares, perseguições políticas e assassinatos, greves, instabilidade política, minando toda a estrutura do poder, que culminou com o assassinato do Rei e do Príncipe Real em 1908. “Circunstâncias que despertaram a morte do ancien regime, a queda dos impérios centrais, formação dos impérios coloniais, crises económicas, pestes, fome mas simultaneamente de grande criação artística, técnica e científica um longo período em termos humanos que despertou os nacionalismos.” (Pg. 153) Foi ainda nas últimas décadas da monarquia, que algumas reformas, implementadas pelos liberais, nos começaram a aproximar em termos institucionais da Europa. “Com a implantação da República, consolidaram-se algumas dessas reformas mas os políticos alheados dos partidos e os seus líderes ignoravam o “Pais real” entretidos que estavam nas lutas pelo poder.” (Pg.145) As questões políticas relacionadas com a Ciência e a Universidade entre o periodo da Primeira República até ao Estado Novo irão ser analisadas nos próximos subcapitulos. Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 13/67 c. Educação e Universidade durante a República A quando da Revolução Republicana de 1910, uma das questões centrais era a realização da reforma das mentalidades, que só poderia ser efectuada através da Educação. Neste contexto era necessário transformar a Educação da população para o Projecto Republicano. Para o projecto Republicano, o Ensino deveria ser de acesso universal, laico e cívico e não um País de analfabetos. A ideologia que enformou a 1ª Republica foi de positivismo iluminista, com uma carga de anticlericalismo. Uma educação Liberal, iluminista, vinculada à Revolução Francesa (ternário sagrado da Revolução). Existiam vários obstáculos a esta reforma, onde se se inserem a influência das ordens religosas no ensino, a sua doutrinação católica e os privilégios da Universidade de Coimbra. Qual a situação encontrada, segundo Adolfo Coelho, os sintomas do mal português caracterizavam-se por: “Falta de iniciativa, espírito quase constante de hesitação, incapacidade progressiva para o trabalho e sobretudo para o trabalho intelectual persistente, grande pressa em chegar às posições mais altas a que se pode aspirar, predomínio dos sentimentos egoístas sobre os colectivistas, espírito excessivo de imitação, insânia moral frequente” (Pg. 658). Obra reformadora da 1ª Republica Ensino Infantil: Educação e Desenvolvimento integral físico moral e intelectual das crianças, para os 2 sexos. Ensino Primário: revelar as aptidões naturais e preparar para qualquer profissão. Fomento Cultural: no ensino livre e na difusão da cultura pelo Povo. Universidades Livres em 1912 e as Universidades Populares em 1913. Curso Germinal para cultura Geral do operariado em 1916. O educador tipo, exigido pela formação do homem novo, tinha de ser preparado, era a prioridade das prioridades. A formação dos Professores. Assim, apresentadas crológicamente e de forma resumida, foram tomadas um conjunto de decisões de ponto de vista legislativo, para tentar resolver os problemas e causas detectadas, dos quais podemos destacar: 15/10/1910 - o primeiro diploma do Ministério da Guerra para o sistema escolar (ensino militar preparatório nas escolas) – máxima prioridade Deficiente preparação dos professores e mísera situação económica. 08/10/1910 - Expulsão de Portugal de todos os membros da Companhia de Jesus (que tinham regressado pós Pombal). Extinção das Ordens Religiosas e proibição dos seus membros de ensinar. 18/06/13 Pág. 14/67 22/10/1910 – Proibição de ensino da doutrina cristã nas escolas primarias 23/10/1910 – 4 decretos destinados a abolir certas prerrogativas, juramentos e costumes da Universidade de Coimbra. Extinção da Faculdade de Teologia. 22/02/1911 As Faculdades de Medicina foram objecto de um decreto de que antecedeu o da criação das Universidades de Lisboa e do Porto. 22/03/1911 - O grande golpe na Universidade de Coimbra foi dado com a criação das Universidades de Lisboa e do Porto com o objectivo de “Fazer progredir a Ciência pelo trabalho dos seus mestres e iniciar um escol de estudantes nos métodos de descoberta e investigação científica”(Pg. 688). 29/03/1911 - Escolas Móveis decreto. Em 1913 criadas 172 escolas móveis, para adultos, tendo até 1930 tido 200.000 alunos de ambos os sexos. 20/04/1911 - Promulgação da Lei de separação do Estado das Igrejas 17/07/1913 - Criação do Ministério da Instrução Publica. 1914 - Sobral Cid - Proposta de Lei de reorganização universitária 09/09/1915 Lei 410 - Os Republicanos com a instabilidade governativa, recorreram também a métodos pouco democráticos como a vigilância apertada sobre a ideologia politica dos funcionários públicos. 06/07/1918 – sob o Governo de Sidónio Pais, foi publicado um Estatuto Universitário – em que o governo das Universidades pertence à Assembleia Geral, ao Senado, ao Conselho Académico, há Junta administrativa e ao Reitor. É confiado às Universidades o seu governo económico. 21/06/1923 - Estatuto da Educação Publica – Ministro da Instrução Camoesas proposta séria de reorganização do ensino em Portugal apoiada por Jaime Cortesão e por António Sérgio, que com a queda do governo não vingou. 23/06/1923 - Tentativa de reforma global do ensino – proposta de Lei sobre a reorganização da Educação Nacional, na qual António Sérgio teve um papel preponderante, do grupo da Seara Nova. Desde a criação do Ministério da Instrução Publica em 1913 até à Revolução do 28 de Maio de 1926, houve quarenta ministros da instrução publica. Para António Sérgio: (Pg. 707) “O papel da escola é ... inocular, realizar, elaborar, o ideal dos portugueses, o ideal da Nação, e nunca o de uma seita ou de um partido” “ é impossível reformar a escola sem se trabalhar ao mesmo tempo na transformação da sociedade” Para João de Barros “tem-se por vezes a impressão de que a República surgiu cedo demais” 18/06/13 Pág. 15/67 Augusto Celestino da Costa (1917) (Pg. 709) “na realidade as universidades portuguesas não existem; são meras fórmulas burocráticas, sem consciência clara da sua missão” “O papel importantíssimo das novas Universidades para o futuro do País”(Pg. 715) , onde as frequências mais elevadas referem-se às Faculdades de Ciências (1247 alunos) e de Medicina (1170 alunos). No Ensino Superior dos 1262 alunos que frequentavam a Universidade de Coimbra em 1910 passou para 4117 no conjunto das 3 Universidades em 1926 e de 78 professores para 465 no mesmo intervalo. A Reforma Republicana do ensino, apesar do avanço nas ideias e intenções foi dispersa e incompleta. O Ensino Superior foi a prioridade resultante. Bibliografia de Referência Carvalho, Rómulo de, História do Ensino em Portugal , Desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar Caetano, 1986, Fundação Calouste Gulbenkian, 962, Portugal 18/06/13 Pág. 16/67 d. Educação e Universidade durante a ditadura e o Estado Novo A situação do Ensino em Portugal em 1926, era diferente e para melhor, do que com a implantação da República, se olharmos para a taxa de analfabetismo baixou de, em 1910 de 75,1% da população para em 1926 de 67,8% da população. É claro, que a situação era profundamente chocante e desigual, se comparamos com a taxa de analfabetismo da Suécia, em 1910, que era de 0,4%. O Golpe Militar de 28 de Maio de 1928, que marca o fim da Primeira República, foi inicialmente bem recebido pela população e mesmo de: António Sérgio, João de Barros, Bento de Jesus Caraça, que acolheram inicialmente esta revolução. Em 1928, com a, extremamente difícil situação económica e financeira do País, António de Oliveira Salazar foi chamado pela 2ª vez para participar no Governo, numa fórmula em que o Ministério das Finanças, teria a preponderância e inicia aí a sua carreira de 40 anos de ditador. Segundo Rómulo de Carvalho, Salazar não enganou ninguém, deixando claros os seus objectivos e métodos, declarando a 27 de Abril de 1928 “Sei muito bem o que quero e para onde vou” e “Na estratégia defensiva da guerra declarada ao comunismo, o mais urgente baluarte a erguer, com vista ao futuro da Nação, situar-se-ia nas escolas” (in R. Carvalho Pg.724) Com a ditadura militar e o sector conservador e reaccionário a tomar o poder, temos uma forma de “contra-revolução” do ensino, em que durante o período de entre 1928 e 1936, foram anuladas, muitas das reformas efectuadas pelo Regime Republicano. No entanto é preciso realçar, de que a Educação, também era para o novo regime um sector estratégico a considerar. Mas, resumindo, duma forma inversa, pela imposição da autoridade, valorização da moral e da religião, orientação para o sentimento e focalização no conceito de família e Pátria, separação dos géneros, do centralismo do controlo dos funcionários e da sua mentalidade, pelo baixar da qualidade do ensino, pela redução do nível de competência dos professores, desvalorização do estatuto do professor, pela redução dos programas de ensino e alguma aproximação ao modelo Nazi Alemão (05/03/1938). A Formação de Professores, era o problema para o Estado Novo, não conseguindo reformar as escolas republicanas, encerra-as e cria novas instituições. O analfabetismo, deixou de ser visto como uma praga e passou a ser enaltecido, uma situação vergonhosa, que já na época era mal vista pelo povos desenvolvidos na Europa. Em 1927, a escritora Virgínia de Castro e Almeida – “A parte mais linda, mais forte e saudável da alma portuguesa reside nesses 75 por cento de analfabetos” (in R. Carvalho Pg.726) 18/06/13 Pág. 17/67 O Ministro Cordeiro Ramos foi endurecendo a sua actuação, lançando medidas duras e repressivas. O Estatuto da Instrução Universitária (02 de Outubro de 1926), teve de ser revisto e publicado a 27 de Julho de 1930. Criação da Universidade Técnica de Lisboa a 2 de Dezembro de 1930, que reúne as escolas superiores técnicas de Lisboa. Cordeiro Ramos teve por 4 vezes o cargo de Ministro da Educação Nacional. A 13 de Maio de 1935, durante a vigência de Eusébio Tamagnini como Ministro da Instrução Pública, foi exarado um diploma legislativo que inicia a depuração dos serviços públicos de forma sistemática de toda a oposição e opinião contrária. Nesta fase do regime foram “depurados”: Abel Salazar, Rodrigues Lapa, Sílvio Lima e Aurélio Quintanilha. A partir desta altura, todos os funcionários públicos, ficaram obrigados a assinar uma declaração, em que se comprometem com o Estado Novo e renegam ser opositores ao regime vigente. A 11/04/1936, Carneiro Pacheco, Ministro de Educação Nacional emanou a Lei que resumidamente implementa: • • • • • • De Instrução Pública passa o Ministério a denominar-se de Educação Nacional; Cria a Junta Nacional de Educação; Institui a Mocidade Portuguesa como organização nacional e para-militar; Torna obrigatório o Canto Coral; Torna obrigatória a existencia de Crucifixo nas salas de aula; Adopta a saudação Romana. A Junta Nacional de Educação, centraliza a supervisão sob todos os graus de ensino. Foi o culminar da organização centralizadora e burocrática nacionalista da Educação em Portugal, que só foi reformada parcialmente no consulado de Veiga Simão, já nos anos 1970. A Educação, nestes 2 periodos passou várias fases que segundo (Rosas, Fernando; Brito, José Maria Brandão de; Rollo, Maria Fernanda, Dicionário de História do Estado Novo A-L & M–Z ,1996, Bertrand Editora, 2 volumes, Portugal), vol 1, Pg 286) podem ser caracetrizadas e agrupadas: • • • • 1º Fase–1930-36: desnorte e desmantelamento da escola republicana; 2ª Fase–1936-47: edificação da escola nacionalista, formação das consciências. Criação da Mocidade Portuguesa e do livro único; 3ª Fase–1947-60: reforma ensino liceal e técnico, influência do pós-guerra, necessidade de formar quadros qualificados; 4ª Fase–1960–74: maior abertura do sistema educativo, esforços de democratização do ensino, Veiga Simão. 18/06/13 Pág. 18/67 A esperança falhada do pós-guerra, foi inaugurada com a demissão de Bento Jesus Caraça (Prof. Matemática do ISCSF ) e de Mário Azevedo Gomes (Prof. do ISA ). A 15 de Junho de 1947, com Fernando Andrade Pires de Lima, como Ministro da Educação Nacional é publicada nota oficiosa do Conselho de Ministros, onde são demitidos militares, onze professores catedráticos, dois professores extraordinários e rescindidos contratos a oito professores assistentes. Relativamente ao Ensino Superior, com uma lógica de regime de acesso, elitista, muito selectiva e restritiva e depois das várias depurações aos seus Professores, das quais destaco a de 1947, que muito contribuiu para o seu declínio. Interessante também, de que a maior componente de contestação vinha do ensino superior, apesar do seu número reduzido, viram a repressão actuar mais duramente, a sua matriz cientifica, a Universidade como um espaço de protecção, perdurava apesar da repressão. A contestação estudantil, também foi marcante, referenciando os anos de contestação do MUD Juvenil, 1946-48, 1962, 1969 (Pós Maio de 1968, Paris), temas bastante estudados. Entre 1948 e 1958, com os ventos do Pós Guerra, do Plano Marshall e a necessária adaptação à industrialização, inicia-se finalmente um programa de eliminação do analfabetismo e do absentismo na escola. O Ministro da Educação Nacional, nesta época Francisco Leite Pinto (1955-1961), tenta uma reforma, tentando eliminar os aspectos mais retrógrados da ideologia do Estado Novo, o que não consegue atingir. Personagem conceituada no meio científico e académico, Professor Catedrático da Universidade Técnica, foi um sinal ténue de mudança, não sendo oriundo de Direito nem de Coimbra. Leite Pinto considerava ”deplorável atraso” em que nos encontrávamos “em relação aos Países Ocidentais que já construíram um mundo de abundância” (in R. Carvalho Pg.794). Em 1959, Leite Pinto estudando a correlação entre Economia e Ensino, criou o Plano de Fomento Cultural e iniciou conversações com a OCDE. Um dos seus combates, o de querer retirar do livro único da 1ª Classe um trecho de aceitação da miséria.. no qual perdeu, não conseguindo o seu objectivo. A sua ideia era a de dar prioridade às despesas de Educação para a prosperidade do País. A sua atitude e politica não foi óbviamente do agrado de António Salazar. No ano de 1964, segundo um relatório da OCDE em cada 100 alunos da 4º Classe, apenas 2 obtêm um grau universitário, o que caracteriza o conceito de educação fascista português. Portugal continua com das mais baixas escolaridades europeias, mas os anos de 1961-1962 marcam um ponto de viragem. Estamos numa fase do pós-guerra mas com o sistema corroído por dentro. O sistema tinha de ser reformado, pela conjuntura económica e política da época. 18/06/13 Pág. 19/67 Em 1969, foi apresentado um diagnóstico da crise da Universidade em Portugal por J. P. Miller Guerra e A. Sedas Nunes na revista Análise Social, onde referem relativamente a estas: uma crise estrutural, cristalizadas, historicamente ultrapassadas, isoladas do meio social, contestadas pelos movimentos estudantis, precisam de reforma. A entrada de Veiga Simão e da sua reforma é a resposta tardia do sistema. Esta reforma não foi completa, foi interrompida pela Revolução de 25 de Abril de 1974, mas deixou de facto alguns aspectos positivos e ideias para o futuro. Com o último Ministro da Educação Nacional, no período da ditadura já sob a governação do Prof. Marcelo Caetano, Veiga Simão (1970-1974) introduziu algumas reformas e novas ideias que destaco: • introdução do termo “democratização do ensino”; • considerava o Ensino Superior num estado deplorável; • considerava a Universidade com a missão de formar cientistas e técnicos; • publicou a reforma do sistema educativo a em Lei a 15 de Julho de 1973 na qual: • Expandia e diversificava o Ensino Superior; • Criação de cursos de Pós-Graduação; • Criação dos Institutos Politécnicos. Teve uma oposição feroz da Máquina do Estado Novo. Foi considerado como tendo efectuado um progresso notável na politica educativa à época. Para terminar este capítulo, alguns comentários sobre os Professores e sua atitude: Existiram sempre, excelentes, bons, medíocres e maus professores. Existiram também os preguiçosos, os intriguistas, os “bufos”, os do regime e os do reviralho, aliás como em todas as sociedades humanas. Não podemos de forma nenhuma, condenar em bloco, toda a Universidade e a Investigação científica portuguesa desse longo período, de não ter contribuído para o progresso e pela democracia em Portugal e de ter sido conivente com o salazarismo. Devemos sim manifestar o nosso reconhecimento pelo número elevado de Professores que foram expulsos e proibidos de ensinar e trabalhar durante o periodo do Salazarismo. Devemos também precisar, que existiram um conjunto de Professores da academia, que se caracterizaram por ser apolíticos, mantendo sempre o seu vinculo subterrâneo com a Democracia como o caso em estudo de ACC. É que para se ter uma carreira de sucesso como Professor e Investigador Científico exige 200% do tempo, pelo que muitos seguiram este caminho de especialização. Como JFDF refere, “a partir de certa altura o balanço dos que ficaram começou a ser inferior aos do Sistema”. Outros emigraram para o Estrangeiro e só regressariam, alguns, após a Revolução de 1974. 18/06/13 Pág. 20/67 Bibliografia de Referencia Carvalho, Rómulo de, História do Ensino em Portugal , Desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar Caetano, 1986, Fundação Calouste Gulbenkian, 962, Portugal Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) uma época, uma vida, uma obra” (2012) Reis, António, Portugal Contemporâneo, 1989, Publicações ALFA, 394, Portugal. Rosas, Fernando; Brito, José Maria Brandão de; Rollo, Maria Fernanda, Dicionário de História do Estado Novo A-L & M–Z ,1996, Bertrand Editora, 2 volumes, Portugal. 18/06/13 Pág. 21/67 e. Política Científica em Portugal e o Papel de ACC Neste sub capítulo, pretendemos, depois de analisar alguns conceitos fundamentais e observar de forma simplificada um exemplo de atitude de divulgação em Ciência, iremos abordar de forma mais detalhada, a Política Científica Nacional, a relação entre a Ciencia e o Estado, desde a Primeira República até ao fim do Estado Novo. Primeiro, tentar perceber, de forma simplificada o que é a Ciencia ? • Conjunto dos conhecimentos exactos, universais e verificáveis expressos por meio de leis, que o Homem tem sobre si próprio, sobre a natureza, a sociedade o pensamento. E Investigação ? • Acção de procurar, encontrar ou esclarecer alguma coisa, de forma metódica e planificada. Procurar o porquê ? O lema escolhido pelo fundador da “Escola de Histologia de Lisboa” Celestino da Costa e que adoptou de um aforisma de Guilherme de Orange o Taciturno será válido para os que perseguem a aventura da Ciência:“Empreender mesmo sem esperança, prosseguir mesmo sem êxito” Conforme JFDF relata: “De facto, presos nas malhas de uma tradição cultural por natureza anti-científica, isolados pela distancia e pela ignorância, dominados pela superstição e dogma, governados pela intolerância, os povos peninsulares haviam perdido o seu lugar no caminho do progresso. A Ciência não floresce onde reina o dogma e a superstição e ainda hoje são nítidas na nossa sociedade os medos e tabus de traumatismos antigos. A Ciência não é popular. Não é actividade de salão não se presta ao estilo ameno. Exige rigor e supervisão. Não acompanha nem o amadorismo nem o improviso. Exige profissionalismo, não é uma actividade para ocupar tempos livres ou actividades psico-motoras e caritativas de meia idade. É avessa ao sensacionalismo, pode estimular a vaidade mas não se alimenta nela. E numa sociedade em que são mais apreciadas as cigarras que as formigas não é apreciada.” Uma das questões que ACC, já se preocupava em 1940, questão que foi actual e preocupante durante os governos de Cavaco e Silva: O problema da Ciência Fundamental versus Ciência aplicada, Celestino da Costa em 1940: «Um dos maiores obstáculos que se levanta à ciência entre nós, que encontraram também pela frente os nossos microscopistas, é que só se respeitam os resultados de imediata utilidade individual ou colectiva, isto é, só se considera a ciência aplicada. Ignora-se que a ciência é, acima de tudo, a procura e descoberta da verdade, a resolução de problemas do conhecimento, que em si próprios tem seus objectivos e que não há aplicações possíveis se não existirem as bases». Quais eram os objectivos dos Cientistas, no início do seculo XX em Portugal: • Descobrir o desconhecido; • Ficar a par do Progresso Científico Internacional – Promoção dos Estágios no estrangeiro; • Partilhar as descobertas científicas – Participação activa em Congressos Internacionais; • Ensinar a fazer ciência; (as aulas práticas) • Descobrir novos discípulos; • Servir o País (Pátria); 18/06/13 Pág. 22/67 • • • Desenvolver o País; Formar Professores Competentes; Lema de Pasteur – “A Ciência não tem pátria, mas tem-na o sábio” Temos também de destacar a enorme importãncia que a divulgação em Ciência, teve durante o Estado Novo, algo que actualmente muitos docentes estranhamente consideram inapropriado e fora das suas responsabilidades com a Sociedade. A Biblioteca Cosmos, criada em 1941 sob a direcção de Bento Jesus Caraça, é um marco da história da cultura em Portugal do século XX. Desde 1941 até 1948, à data da morte do seu fundador, foram publicados 114 títulos, 145 volumes, o objectivo da colecção é prestar "reais serviços aos seus leitores e, através deles, a uma causa pela qual lutamos há muitos anos: a criação de uma mentalidade livre e de tonalidade científica entre os cidadãos portugueses.» (CARAÇA, 1947). "...A que vem a Biblioteca Cosmos?" "...Quando acabar a tarefa dos homens que descem das nuvens a despejar explosivos, começará outra tarefa - a dos homens que pacientemente, conscientemente, procurarão organizar-se de tal modo, que não seja mais possível a obra destruidora daqueles.” visava «um conjunto de conhecimentos que ao homem-comum, ao homem-da-rua, são indispensáveis para adquirir aquela maneira científica de olhar as coisas sem a qual será sempre deficiente o exercício da cidadania.» (CARAÇA, 1947). (In Olga Pombo, UL) Director da Biblioteca Cosmos, Bento de Jesus Caraça (1901-1948) Alguma informação sobre este democrata, professor cientista e divulgador: • Professor, matemático e lutador pela liberdade; • Militante da Ciência e da Cultura; • Participante activo na Universidade Popular Portuguesa; • Divulgador da Ciência – o despertar a alma; • Entre 1941 e 1948 publicaram-se mais de 114 títulos, numa tiragem de cerca de 1 milhão de exemplares; • Fundador do Centro de Estudos de Matemática aplicadas; • Com o fascismo participa activamente no MUNAF e no MUD; • Em 1946, o Estado Novo instiga-lhe um processo, sendo expulso e demitido da Universidade; • “ A aquisição da cultura significa, numa palavra, a Conquista da Liberdade” (BJC). Conforme JFDF refere sobre a Biblioteca Cosmos - “Alimentavam estas aspirações juvenis, os valores transmitidos por familiares, as leituras próprias da idade e da época, os livros que o saudoso Rómulo de Carvalho recomendava e que os preços da colecção Cosmos facilitava. Eram também as tertúlias de café, as leituras clandestinas, as pequenas conspirações, a revolta latente de uma geração que vivia a juventude em liberdade condicional.” O Estado e a Ciência em Portugal durante o período da Republica até ao fim do Estado Novo - Entramos agora na análise da Politica Cientifica do Estado em Portugal, Apesar do espírito da Reforma Universitária de 1911 e da sua Geração, só após o golpe de estado e em 1929, é que é criada a JEN – Junta de Educação Nacional. Os dirigentes deste organismo durante o Estado Novo foram na sua maioria homens da Ciência (vindos da Republica e geração de 1911) surgindo: 18/06/13 Pág. 23/67 • • • Mark Athias Simões Raposo – Secretário da JEN – 1929-1934 Celestino da Costa O Estado Novo colocou tambem, sempre, nestes organismos, pessoas de sua confiança política dos quais destacamos Cordeiro Ramos, Marcelo Caetano e Leite Pinto. Existiram muitas iniciativas, no fim da monarquia e 1ª Republica, com as crescentes exigências da ciência e da investigação. Como exemplo, o Subsídio anual para a cadeira na Universidade de Londres – Cadeira Camões (Min. Neg. Estrangeiros Egas Moniz). Augusto Celestino da Costa, da Geração de 1911, depois de regressar de Berlim, com a criação na Faculdade de Medicina da cadeira de Histologia e Embriologia, foi um dos cruzados para a implementação de uma politica de incentivo à Ciência em Portugal Antecedente, foi a Junta de Orientação de Estudos – Ministro da Instrução Pública – por António Sérgio, em 1923. O Decreto 22 de Março de 1911 – Cria as Universidades de Lisboa e do Porto em cujo 1º artigo: “fazer progredir a ciência pelo trabalho dos seus mestres e iniciar um escol de estudantes nos métodos de descoberta e investigação científica” (pg.34) Com a República no seu 1º Decreto de 1911 – A educação ficava colocada no centro da resolução dos problemas nacionais – Lugar Fulcral ao Ensino Superior. Celestino da Costa: A reforma deve começar no ensino superior, porque é aí que se formam os professores, técnicos e dirigentes dos outros graus de ensino. Esta geração recebe a influencia de Ramón e Cajal, Espanhol, Cientista e seu promotor. Problemas do ensino superior: “velho vício da teorização excessiva e descuramento da prática profissional” (pg.40) “Facultar ao aluno os meios próprios de o adestrar no seu manejo de o familiarizar com o seu emprego até que se habilite a servir-se de todos os meios alcançáveis na descoberta da verdade” – intenção da reforma ensino médico de 1911. Primeira ideia de criação de um organismo nacional de apoio à investigação científica foi apresentada por Celestino da Costa nas Conferencias 19 e 22 de Abril de 1918, com a defesa da constituição em Portugal de um organismo semelhante à Junta para Ampliacion de Estúdios y Investigaciones Cientifica criada em Madrid em 1907, após sua visita no ano anterior. Objectivo: “Exportação de mestres e estudantes para o estrangeiro a aprender a ciência nos sítios onde ela floresce” Urgência de criar uma Faculdade de Ciências com institutos especializados na “missão exclusiva de fazer discípulos e de criar ciência”. Com o fim da 1º Guerra Mundial exigia-se a reforma da Universidade. As Universidades e Escolas superiores, só retransmitiam conhecimentos, não criavam Ciência. Por diversas vezes, na 1ª Republica, tentou-se a criação de um organismo coordenador da Ciência mas por razões de instabilidade politica e mudança contínua de governos não foi atingido nessa época. 18/06/13 Pág. 24/67 A Republica colocava a questão da educação “como factor de emancipação do povo” daí a sua centralidade. A JEN foi criada em 16 de Janeiro de 1929, resultado de projecto elaborado em 1928, por uma comissão nomeada por Duarte Pacheco e uma equipa com percurso anterior nesta temática. No início do Estado Novo, existiram varias tentativas de revolta e movimentos estudantis, pelo que a criação da JEN poderia ter sido uma forma tentada de diminuir a contestação no meio universitário. JEN – de acentuada matriz republicana com o fomento da cultura cientifica O arranque efectivo da sua actividade deve-se a: • Mark Anahory Athias; • Luís Simões Raposo; • Augusto Celestino da Costa; • Francisco Leite Pinto (futuro Ministro da Educação Nacional entre 1955-1961). A JEN propunha-se: • Desenvolver ou Criar Centros de Estudo; • Precedência dada ao Ensino Superior; • Promover o melhor aproveitamento nacional dos seus antigos Bolseiros. Constata-se sempre uma limitação de recursos financeiros, obrigando a uma maior selecção dos Candidatos. Produção de Relatório por ACC Sobre as necessidades da Investigação Científica em Portugal, resultados de visitas realizadas entre 13 e 17 de Janeiro de 1930. A Junta deveria manter bolsas temporárias no País, contemplando os antigos bolseiros fora de Portugal. Deveria colocá-los em Laboratórios Oficiais, para que não fossem obrigados a abandonar a investigação para sobreviver. Deveria, pela articulação com os Institutos, identificar as principais carências em matéria de recursos humanos. Estavam já em perspectiva a criação de centros de estudos próprios. Necessário promover o ensino do Alemão, aos futuros alunos da Escolas. Despertar o gosto pelo estudo da Natureza. ACC - Propunha expor ao Governo a importância da Investigação Científica, considerações efectuadas em Março 1930: • Ensino não desenvolve a curiosidade de aprender; • Métodos essencialmente livrescos; • Não existe tradição científica; • Portugal vive isolado dos povos mais cultos; • Boa escola depende de bons Mestres; • O Investigador não é favorecido; • Investigador sem instalações e instrumentos adequados; • Dificuldade em publicar trabalhos científicos; • Insuficiência de Vencimentos - necessidade de aplicação do “full-time system” (remuneração 100% investigação) A questão da remuneração, vai arrastar-se sem solução, durante muito tempo e de facto o reconhecimento da carreira de investigador só seria retomado a partir dos anos 1980.. 18/06/13 Pág. 25/67 “Entre os subsidiados, iam-se formando para alem das competências, as consciências” (pg.68) Exemplos: 1943 - Centro de Estudos Matemáticos – Manuel Valadares (pioneiro da Física Atómica) (bolseiro em Paris, doutoramento com Marie Curie) Em 1947 foi afastado pelo Governo partindo para França. Centro de Estudos Filológicos – Manuel Rodrigues Lapa, 1935, afastado pelo Governo, exilando-se no Brasil. Apoios da JEN entre 1928 e 1929 = 271.350$ Predominância dos apoios ligados à Medicina, Instituto de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Medicina de Lisboa e Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina de Lisboa. Nos Anos 30, com uma Politica cultural de matriz nacionalista, foi dada prioridade ao domínio da linguística e filologia, relativamente ao proposto por ACC, que considerava que deveria ser a Física, Química e Química-Física. Em 1932, dá-se a criação do Centro de Estudos Filológicos (1º Centro criado pela JEN) tendo por este centro passado Vitorino Nemésio, Jacinto do Prado Coelho e Luís Lindley Cintra. A partir de 1931 a JEN começa a subsidiar a “representação da ciência portuguesa em congressos e conferencias científicas” e o apoio de missões de estudo de curta duração (pg.77) Relativamente às colonias, desde a criação da JEN, foi preocupação a organização científica do ultramar e ocupação científica das colónias. Em 1932 a JEN encarregou ACC de nova missão a Paris no sentido da promoção da expansão da língua e da cultura portuguesa, aproveitando a sua participação no Congresso da Associação dos Anatómicos. Reuniu-se com os bolseiros que aí estagiavam e no sentido de fundar um Instituto de Estudos Portugueses em Paris e melhoria das condições de vida dos bolseiros portugueses, foi adquirido um quarto denominado de Portugal, dada a total ausência de condições dos bolseiros em Paris. Simões Raposo em 1931 declarava: “Constituição de Institutos dotados de autonomia, exclusivamente dedicados à actividade cientifica e independentes do ensino profissional”. Em 1932, a JEN apresenta ao Ministro da Instrução Publica, as dificuldades por que estão passando os Institutos Universitários de Investigação Cientifica, a falta de investimentos crónica. Aliás já em 1918, ACC afirmava ”em coisas de ciência não se deve ser avaro sob pena de senão tirar proveito delas”. A politica científica da JEN, desde o seu inicio provocou um clima de insatisfação no meio universitário, com a sua ausência permanente de recursos. A capacidade limitada de financiamento, provocou que a sobrevivência dos novos centros, teriam de se apoiar nos orçamentos próprios das Universidades. Primeiros Confrontos entre a JEN e o Governo O Ministro da Instrução Publica exclui alguns dos mais importantes bolseiros na sua renovação anual. Insistia (na necessidade) no papel da Rotatividade. 18/06/13 Pág. 26/67 A questão tinha a ver com a finalidade das bolsas e a não existência de uma carreira cientifica de investigador remunerada. ACC era nesta altura o Presidente da JEN. Este episódio começa a revelar um problema de “confiança” que porventura atingira uma natureza política. A JEN assim, passaria a ter menos autonomia e maior centralização ministerial. Em 1933, O Século começa a divulgar a situação da JEN, dando voz aos seus bolseiros, por intermédio da realização de um conjunto de conferências. Na Intervenção de Aurélio Quintanilha – A Universidade “não educa.. porque não há convívio, nem colaboração, entre mestres e discípulos e também não produz porque a investigação cientifica não tem tradição entre nós” (pg.110) Nos Anos 30, o Estado Novo implementa a Censura, a Propaganda,e a Mocidade Portuguesa. Procede à centralização do controlo e ao aumento da vigilância no meio Universitário. Os funcionários eram obrigados colocar a sua actividade ao serviço do Estado, não perturbando a vida da Nação. Era a obrigação de estar integrado na ordem social e política estabelecida. Em Maio de 1935, é efctuada pelo governo uma Purga Universitária com o afastamento, expulsão, exoneração de 33 personalidades civis e militares que incluíram: Abel Salazar, Aurélio Quintanilha,e Rodrigues Lapa. No pós-guerra, marcado pela expectativa democrática e do MUD, o governo contra-ataca em 1947 com mais uma purga com a demissão, aposentação de professores e assistentes em que se destacam: • Augusto Celestino da Costa • Pulido Valente • Flávio Resende • Dias Amado • Manuel Valadares • Eduardo Lourenço • Agostinho da Silva • Joel Serrão • José Augusto França • Henrique de Barros • António José Saraiva • Jorge de Sena • António Sérgio • Jaime Cortesão O Instituto para a Alta Cultura 1936-1952 Em 1936, a JEN é extinta vindo a integrar a 7ª secção da JNE - Junta Nacional de Educação com o nome IAC. (Instituto para a Alta Cultura) A JNE tinha sob sua tutela: • Secção Educação Moral e Cívica • Secção Ensino Primário • Secção Ensino Secundário • Secção Ensino Superior • Secção Ensino Técnico • Secção Belas Artes 18/06/13 Pág. 27/67 • Secção de Alta Cultura • IAC 7ª secção – mantinha-se sob a responsabilidade de ACC Estava organizado em 2 subsecções: Investigação Científica e Relações Culturais Em matéria de recursos financeiros a situação manter-se-ia deficitária. Em 1937 mais uma vez o tema da remuneração full-time e o estatuto d investigador sobressai. Existiu sempre uma resistência à solução deste problema, vinda dos interesses em confronto, presumo tendo na Universidade a sua origem. Nesta fase, pós-reforma de 1936, o desafio era o aproveitamento dos bolseiros retornados, constituindo-se uma politica intensiva de criação de centros de investigação. Em 1938 – ACC elabora relatório denominado: O Problema da Investigação Cientifica em Portugal, onde, resumidamente: • O problema do ensino superior, não só ensina, mas cria ciência e a universidade tem simultaneamente por missão difundir a ampliar os conhecimentos científicos; • Desígnios - prestígio nacional, preparar os futuros professores do ensino superior; • Afirmação por uma clara concepção de politica científica, que o Instituto deveria passar do suporte à orientação; • Defendia ser da própria natureza do ensino universitário a existência de um lugar para a investigação, que poderia mesmo ser separado do ensino; • Faz de novo a defesa do serviço full-time; • Boa orgânica que permita tirar do pessoal e do material o melhor rendimento; • Possível solução em torno de associações de laboratórios – associações de tipo horizontal; • 1940 - Coordenação e inspecção do funcionamento dos laboratórios associados, dos núcleos de investigação no Pais, favorecendo a concentração e seleccionando as áreas a apoiar; • Organização de seminários nas Universidades com os estudantes; • Necessidade de se fazerem estudos de conjunto. (1940-1970) Criação da APPC – Associação Portuguesa para o Progresso da Ciência – Congressos Luso Espanhóis em 1944 onde estavam 27 sociedades científicas portuguesas agregadas. Iniciação à Cooperação Científica Internacional, em Medicina – com a Fundação Rockefeller/ IAC ( ACC) e com o seu apoio à Universidade do Porto. Entre 1937 e 1940, criação do Instituto de Farmacologia da FML, Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina de Lisboa e Instituto de Oncologia. Com o início da 2ª Guerra Mundial inicia-se a cooperação internacional com a Deutscher Akademischer Austauschdienst, a Fundação Alexander Von Humbolt e o British Council. A 2ª Guerra Mundial, veio antecipar o regresso de muitos dos bolseiros no estrangeiro e interromper a concessão de bolsas, devido ao conflito na Europa. Reorientaçao das verbas, expandindo as estruturas de investigação cientifica nacional neste periodo. Em 1942, com uma reestruturação do IAC, sai ACC e entra Gustavo Cordeiro Ramos um Salazarista convicto. 18/06/13 Pág. 28/67 A saída de ACC, foi envolta em polémica e desentendimentos com o Ministro da Educação Nacional de então, Mário de Figueiredo. Refere-se como causa provável um discurso de ACC que beliscou o orgulho coimbrão.. Na década de 30, o IAC com a ligação do Governo ao fascismo, promoveu viagens de estudo a organizações nazis na Alemanha de Hitler. O IAC funcionaria também como orgão complementar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros . A 2ª Guerra Mundial veio massificar a investigação científica – “transição de light science para big science” (pg.179) Esta massificação foi originada: • A investigação para fins militares tornou-se fonte de novas tecnologias civis; • Investigação fundamental e investigação aplicada; • Politica científica como competição estratégica entre os 2 blocos; • Influência dos EUA determinante; • Papel do Plano Marshall na Europa – ERP Eurpean Recovery Program; • Planeamento Económico durante o Estado Novo – embrião das politicas cientificas. Discurso sobre a Ciência em Portugal, nessa época, marcado por: • Valorização do que se tinha alcançado; • Desconfiança da técnica, da máquina e avanços da ciência pura (fundamental ); • 1944- II Congresso União Nacional – Mendes Correia: Mentalidade não pode adaptarse ao duplo papel de conservação e progresso • 1952 – IAC –Cordeiro Ramos: “Ponderar o risco, que por vezes oferece o contacto com os grandes meios, a certos espíritos, de deficiente consciência moral” (181) • “O fim da ciência, era a honra do espírito humano” • Ciência desinteressada, espiritual.. Houve nas elites do Estado Novo, um segmento que procurava um projecto de modernização e uma postura mais pragmatista no pós 2ª Guerra Mundial onde no qual destacamos Pinto Leite (1951). O IAC entre 1952-1976 1947 – considerada a 2ª oportunidade perdida pelo regime, em propulsionar um processo de desenvolvimento sustentado da Investigação cientifica em Portugal. Em 1950 na Assembleia Nacional, Sousa Câmara declarava : “Quereis conhecer o que é a investigação científica ? Pois vede o que é um Pais sem ela” (pg.196) Foi um período de restruturação dos Centros existentes e adaptação ao pós-guerra, com novas exigências e um aumento da complexidade dos problemas científicos estudados. O problema, de mais urgente solução, era o relativo ao aproveitamento no País, dos bolseiros regressados do estrangeiro. Em 1946 – Abel Salazar declarava no Jornal Sol: “um País onde não se compreendia nem o conceito nem a profissão de investigador” (pg.205) Em 1952 com a reforma do IAC desliga-o da JNE, passando para a tutela do Ministério da Educação Nacional e à sua autonomia financeira. IAC : Um Conselho de Investigação Científica e um conselho de Expansão Cultural 18/06/13 Pág. 29/67 Em 1951 – ACC lança duras críticas, relativas à escassez de recursos e à actuação do Governo nesta matéria em contraste com Espanha. ACC apesar de afastado da direcção do IAC, mantém relações de proximidade através das missões de estudo que era solicitado fazer, até à sua morte em 1956. Ex: Uma das suas viagens ao Brasil (1952) • O intercâmbio não deveria limitar-se à realização de conferencias; • A instituição de Exchange Professor muito mais eficaz na relação com o Brasil; • Procurar uma Cultura Comum; • Que a nossa língua não sirva apenas para traduções; • Portugal tem todo o interesse em ligar-se ao Brasil. IAC – Amândio Tavares: “Causa espanto que ainda hoje seja preciso mostrar e defender a utilidade da investigação” (pg.217) Com a Guerra Fria chegou a Portugal - O Paradigma Nuclear Em 1952 o IAC cria uma Comissão provisória de estudos de energia nuclear (Leite Pinto) (CEEN) No ano de 1954 é criada a Junta de Energia Nuclear (Portugal era um produtor de Urânio): • Necessidade de formar Professores de Física Atómica; • Impulso às lógicas da politica cientifica; • Persistência da ideia sobre a necessidade de “fazer escola”; • A Criação de 22 Centros de estudos de Energia Nuclear em Portugal 1952–1969 (Física, (Química, Electrónica, Mineralogia, Geologia) O desenvolvimento da investigação atómica, funcionou como “verdadeiro catalisador da actividade científica” – onde em lugar de destaque está o papel do IAC e de Leite Pinto. Leite Pinto – como Ministro da Educação Nacional – com um perfil claramente distinto dos anteriores, com esta frase lapidar:“Os países pobres como o nosso podem ser defendidos mais eficientemente pela diplomacia e pelos intelectuais, do que pelos exércitos. Pelo menos os diplomatas e os professores no estrangeiro, custam muito menos que os armamentos e não se desvalorizam tão rapidamente como estes“ Em 1960 estabeleceu pela primeira vez contactos com a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico Europeu. Nesta época Leite Pinto notava que a Fundação Calouste Gulbenkian, dá a Portugal mais dinheiro, que o Comité Científico da OTAN concede a toda a Europa. Referia que hoje as Universidades estão a caminho da subordinação à Fundação. A Fundação Calouste Gulbenkian, apoiou a Ciência em Portugal de forma metódica desde a sua fundação em 1956. Complementou o financiamento à investigação cientifica pelo Estado (IAC) nos domínios de: • Concessão de Bolsas • Patrocínio na aquisição de equipamentos • Atribuição de subsídios a Centros e Laboratórios • Criação de Centros e Institutos próprios • 1958 – Centro de Estudos de Economia Agrária • 1967 – Instituto Gulbenkian de Ciência 18/06/13 Pág. 30/67 Segundo Azeredo Perdigão, seu Presidente a FCG dá apoio à investigação coadjuvante ao IAC considerando que o apoio à investigação a fazer-se, deveria ser para sempre, de forma “contínua e sistemática”. Transição dos anos 50 para os anos 60 Nova estratégia político-económica do estado com o aparecimento dos Planos de Fomento. Uma crescente preocupação com a modernização falhada do sistema económico. Em 1957, no II Congresso dos Economistas e da Indústria Portuguesa, a intervenção de Francisco Pereira de Moura – colocou o problema da formação cientifica e técnica, as deficiências crónicas, o fraco apoio privado, excluindo a FCG e a SACOR, a não existência da carreira de investigador. Segundo Manuel Rocha – A investigação aplicada deveria constituir preocupação essencial. O IAC nos Anos 60, tendências: • Ideia de definição de uma politica científica; • Impulsos internos ou pressões exteriores (FCG); • Passagem da administração da Ciência de modo casuístico para um modo planeado; • Estabelecer uma doutrina de acção; • Introduzidas mudanças qualitativas na Educação Nacional. Em 1965 com o Acordo com a OCDE e sua influência, sentindo-se uma sincronia entre OCDE e os Planos Nacionais de Fomento. 1968 – Relatório Recomendações para uma Politica Nacional de Investigação • A ciência associava-se há técnica; • O conceito de Inovação; • Ligação do crescimento económico com a ciência; • Necessidade de melhoria dos métodos de Gestão; • Escassez de Recursos Humanos; • Sistema Educativo Inadaptado; • Necessidade do reforço do papel do IAC. O Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) dá um salto qualitativo, considera a investigação fundamental, a fonte que deve alimentar o Ensino Superior. III Plano de Fomento (1968-1973) – já considerava o progresso da Ciência e da Técnica. Restruturação do IAC, enunciava-se a institucionalização da carreira de investigador, como carreira autónoma, distinta da docente. Defendia-se a ligação entre a investigação e o ensino. 1967 – Criação a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) numa perspectiva de Planeamento e definição de uma politica cientifica nacional, intersectorial. O IAC defendia a investigação fundamental e não a investigação aplicada. 1964 – Reforma Orgânica do IAC O IAC estava numa situação frágil: • Estagnação; • Emigração dos mais dotados para os Países cientificamente mais evoluídos; • Politica seguida do IAC de pulverização de pequenos subsídios; • Bolsas atribuídas a pessoas e não a projectos de investigação. 18/06/13 Pág. 31/67 Novo presidente – António da Silveira (substituí Gustavo Cordeiro Ramos, que esteve 22 anos no IAC) com nova visão: • Mantinham-se as responsabilidades de fomento da investigação e fomento da cultura; • Institucionalização da carreira de investigador; • Coordenação da Investigação; • Em favor das investigações científicas fundamentais; • Demarcação da Cultura técnico-científica; • O lugar da investigação fundamental é na Universidade; • Aumento da concessão de Bolsas para o estrangeiro. Como referira ACC “a Junta resolveu criar centros de estudo, que preenchiam lacunas sensíveis e permitiam utilizar um feixe de boas vontades”. Privilegiava-se nesta fase, a concentração dos antigos centros de investigação em grandes complexos interdisciplinares. Projecto criação do Instituto Inter-Universitáriona na Cidade Universitária de Lisboa. Ambição Frustrada Estagnação da actividade e crescimento de alguns dos centros de investigação, com alguns destes Centros a serem extintos. Em 1970, no IAC, Martins Carvalho encontrava 2 opções a escolher: • Multiplicação dos Centros de Estudo ligados à Universidade – politica IAC; • Concentração dos Centros em Unidades Maiores, “sinergia favorável ao desenvolvimento” – política da FCG. Agrupamento de Centros especializados em áreas científicas mais abrangentes – constituição do Complexo Interdisciplinar do IST. A Reforma do ensino Superior, por Veiga Simão, passaria pela organização da Ciência e da Investigação no quadro da Educação Nacional. A concessão de Bolsas no estrangeiro: deveria contemplar especializações e actualizações daqueles investigadores, já integrados no meio nacional. “Receio de por vezes se estar a tratar como ciência pura, o que bem pode ser simples tecnologia ou ciência aplicada” (pg.304) A sujeição da investigação a critérios de rentabilidade do investimento, deveria conduzir à redução da investigação apoiada pelo IAC. No ano de 1967, IAC, Galvão Teles, Ministro afirmava: “Politica é previsão e esta é indissociável da programação” Necessário o conhecimento: • dos meios de investigação existentes; • dos trabalhos de investigação em curso. Efectuar a definição: • dos temas que mais interessa do ponto de vista nacional prosseguir; • estimular iniciativa privada; • Estatuto jurídico do bolseiro; • Urgência criação da carreira de investigador. 18/06/13 Pág. 32/67 Era urgente, modificar a forma como eram distribuídos os subsídios a directores de centros “arbitrária liberdade de gestão e acima de tudo confundindo o prestar contas através de facturas com o prestar contas através de resultados concretos obtidos”. 1968, o IAC com Manuel José de Castro Abreu, aprofundou o domínio de programação das actividades, revelando sentido de definição de uma politica científica dentro do IAC: • Administração da Ciência; • Dimensão politica e económica à promoção da investigação científica; • Coordenação da actividade Científica; • Conceito de rentabilidade da investigação cientifica; • Politica de atracção e recrutamento de investigadores; • Tornar a carreira de investigador mais atractiva. Em termos de Política Externa, foram celebrados acordos pelos Serviços de Intercambio do IAC. Entre 1948-1974 foram assinados cerca de 10 acordos, podendo destacar: • 1970 – França • 1971 - Espanha • 1968 – Bélgica • 1966 - Brasil Neste intercambio, interesses Culturais e Científicos, interpenetravam-se. Evidencia-se deste modo, o importante papel da JEN e IAC, na internacionalização das relações entre Portugal e restantes Países. Com o inicio da Guerra Colonial e o isolamento de Portugal é acelerado o estudo e efectivação de uma propaganda conveniente, para a defesa da politica ultramarina. Com a guerra do Ultramar, não foi diminuído o orçamento do IAC. Em 1966 - Com a guerra, qual a posição relativamente ao estatuto do Bolseiro, perante o regime de recrutamento militar - Dispensa de incorporação militar dos bolseiros do IAC. 1971 - Reforma do Sistema de Ensino Relação do IAC com a Universidade inexistente. Lei 5/73 Princípios Reformadores: • Desenvolver espírito cientifico; • Continuar formação integral dos indivíduos; • Permanente desejo de aperfeiçoamento cultural e profissional; • Incentivar gosto pela Investigação; • Estimular interesse assuntos nacionais. Existência de 2 carreiras distintas e paralelas, docência e investigação. 1973 – Nova Reforma do IAC: • Promover a apoiar toda a actuação do ME relativa à investigação científica; • Articulação com a JNICT; • Sobrecarga de competências cada vez mais evidente. Competências da Cultura e Arte transferidas para novo organismo criado a DGAC – Direcção Geral dos Assuntos Culturais, com a excepção para a Língua e Cultura Portuguesas nas Universidades estrangeiras. 18/06/13 Pág. 33/67 Especialização do IAC no apoio à Investigação: • Pendente Relação do IAC com a Universidade; • Anúncio da modalidade de investigação programada; • Definição de uma Politica Científica Nacional; • Enquanto não havia diploma reformador - manter a submissão de todos os assuntos à homologação ministerial – autonomia cerceada Em Novembro de 1973 foi publicada a reforma do IAC. Para terminar este capítulo, gostaria de apresentar a lista de Centros de Estudo, que segundo a minha opinião é auto-exemplificativa, do resultado da Política de Fomento á Ciencia em Portugal, criados com o apoio da JEN e IAC entre 1932 – 1966: Centro de Estudos Filológicos Laboratório de Fonética Experimental Centro de Estudos Históricos Centro de Estudos de Física Centro de Estudos de Física Centro de Estudos Matemáticos Centro de Estudos de Física e Química Centro de Estudos de Histologia e Fisiologia/ Centro de Estudos Endocrinológicos e Embriológicos/Centro de Estudos de Histologia e Embriologia Celestino da Costa Centro de Estudos de Meteorologia e Geofísica Centro de Estudos de Medicina Experimental / Centro de Estudos de Medicina Experimental Professor Doutor Hernâni \ Monteiro Centro de Estudos de Ciências Naturais Centro de Estudos Geográficos Centro de Estudos de Anatomia Patológica / Centro de Estudos de Anatomia Patológica e Patologia Geral Centro de Estudos Económico-Corporativos Centro de Estudos de Ciências Naturais Centro de Estudos Microscópicos Centro de Estudos de Mecânica Aplicada / Centro de Estudos de Engenharia Civil Centro de Estudos Matemáticos Centro de Estudos de Arte e Museologia Centro de Estudos Históricos e Arqueológicos Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia Centro de Estudos Geográficos Centro de Estudos de Microbiologia e Tecnologia Agrícola Centro de Estudos de Doenças Epidémicas Centro de Estudos de Medicina Tropical Centro de Estudos de Etnologia Peninsular Centro de Estudos Farmacológicos Centro de Estudos de Estatística Económica Centro de Estudos de Psicologia / Centro de Estudos de Psicologia e História da Filosofia Centro de Estudos Humanísticos Centro de Documentação Científica Centro de Estudos Geológicos Centro de Estudos de Bacteriologia • Doenças Epidémicas Centro de Estudos Egas Moniz Centros de Estudos de Energia Nuclear Centro de Estudos de Cardiologia Centro de Estudos de Física Nuclear Centro de Estudos de Radioquímica Centro de Estudos de Mineralogia e Geologia Centro de Estudos de Electrónica 18/06/13 Pág. 34/67 Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas ao Estudo da Energia Nuclear de Lisboa Centro de Estudos Matemáticos Centro de Estudos de Engenharia Civil Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas ao Estudo da Energia Nuclear de Coimbra Centro de Estudos de Oceanografia Biológica Centro de Estudos de Preparação do Bailado Clássico Centro de Estudos de Física Médica Centro de Estudos do Livro Português Centro de Estudos de Geologia Pura e Aplicada Centro de Estudos Morfológicos Centro de Estudos Angiográftcos Prol. Dr. Reinaldo dos Santos Centro de Estudos Históricos Centro de Estudos Arqueológicos Centro de Estudos de Física Nuclear de Lisboa / Centro de Estudos de Medicina Nuclear Centro de Estudos de Física Nuclear de Coimbra Centro de Estudos de Física Nuclear e Electrónica do Porto Centro de Estudos de Química Nuclear de Lisboa Centro de Estudos de Radioquímica de Lisboa Centro de Estudos de Química Nuclear de Coimbra Centro de Estudos de Química Nuclear do Porto Centro de Estudos de Mineralogia e Geologia de Lisboa Centro de Estudos de Mineralogia e Geologia de Coimbra Centro de Estudos de Doenças Infecciosas Centro de Estudos de Bacteriologia Centro de Estudos de Filosofia e Historia da Cultura Núcleo de Estudos de Engenharia Mecânica Centro de Estudos de Pedagogia Audio-visual Laboratório Calouste Gulbenkian de Espectrometria de Massa e Física Molecular Centro de Estudos de Bailado Núcleo de Química-Física Núcleo de Estudos de Química Orgânica Centro de Estudos de Etnomusicologia Centro de Estudos de Bioquímica Centro de Estudos Românicos Núcleo de Química-Física Molecular Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada Centro de Estudos Clássicos Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos Centro de Estudos de Anatomia Patológica Centro de Estudos Farmacêuticos Centro de Estudos de Calcographia e Gravura Núcleo de Estudos de Aparelhagem Científica Instituto de Física e Matemática 18/06/13 Pág. 35/67 Bibliografia de Referencia: (Referencias a Páginas) ROLLO, Maria Fernanda, Ciência, Cultura e Língua em Portugal no Século XX. Da Junta de Educação Nacional ao Instituto Camões, com Maria Inês Queiroz, Tiago Brandão e Ângela Salgueiro, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2012. ROLLO, Maria Fernanda, Pensar e Mandar fazer Ciência. Princípios e pressupostos da criação da Junta de Educação Nacional na Génese da Política de Organização Científica do Estado Novo, in Ler História, nº 61, 2011, pp. . ROSAS, Fernando e SIZIFREDO, Cristina, Depuração Política do Corpo Docente das Universidades durante o Estado Novo 1933-1974, publicação de Homenagem, Autoria:, 2011. Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, Verbo, 2 Volumes, 2001. David-Ferreira, José Francisco, vários trabalhos sobre história da Ciência e Augusto Celestino da Costa. David-Ferreira, José Francisco, fotografias de apresentações sobre ACC e Ciência. Costa, Augusto Celestino, Esboço de Autobiografia, A História de uma Experiencia. Costa, Jaime Celestino, A Geração Médica de 1911, Origem, Realização e Destino, 2003, Faculdade de Medicina de Lisboa, 113, Portugal. 18/06/13 Pág. 36/67 f. História de uma Experiência ACC, escreveu um esboço de autobiografia, denominado História de uma experiência, documento que foi cedido por Jaime Celestino da Costa (filho de ACC) ao meu Pai, no sentido de prosseguir o seu objectivo, de elaborar uma Biografia de ACC. Seguidamente, transcrevo os pensamentos de ACC, sobre o que conseguiu atingir segundo a sua perspectiva, durante a sua carreira, que são auto-exemplificatvos, sobre o alto calibre do personagem e a consequente contribuição que deu na sua área, ao País. (Pg. 312- 1) Reflexões sobre os objectivos da minha vida e os resultados obtidos 1. Quis ser um homem de ciência, e contribuir com dados novos e ideias novas para o progresso da ciência, ter um nome honrado e honrar a minha escola e o meu país. Creio tê-lo conseguido na medida das minhas forças. 2. Quis que o ensino superior Português, se tornasse digno do dos países civilizados; que ensino e investigação fossem inseparáveis, isto é, que os professores universitários e os candidatos a esta situação, se sentissem na obrigação de contribuir para o progresso da ciência, fossem investigadores. Só parcialmente, deu resultado o meu apostolado nesse sentido (escritos, conferências, discursos, elaboração de regulamentos, o exemplo da minha própria carreira). Foi na Faculdade de Medicina de Lisboa, que estas ideias foram mais seguidas, mas não por todos. Bastantes, por comodismo ou falta de interesse, abstiveram-se de entrar no movimento. Mas hostilidade franca só excepcionalmente e por razões pessoais se manifestam. Nas outras Faculdades de Medicina, nas de Ciências a investigação continuou a ser ocasional e só praticada por alguns. Mas nalgumas como na de Ciências de Lisboa, foi inegável a hostilidade ao principio, negando-se que o ensino universitário tenha o dever da investigação. (Pg. 313-2) Noutros casos o principio foi adoptado, mas só na aparência e a palavra investigação serviu para cobrir cursos inverosímeis. 3. Quis que a minha escola se destacasse entre as outras escolas superiores Portuguesas e adquirisse prestigio no país e no estrangeiro. Consegui-o, parcialmente, juntando os meus esforços aos de outros Professores, principalmente os da chamada geração de 1911. Nos primeiros dez anos após a criação da Faculdade, um certo número de laboratórios (ou institutos) tornaram-se centros de criação cientifica com repercussão além fronteiras. Nesse movimento ascensional a Faculdade adquiriu a consideração de uma boa Faculdade digna de ombrear com muitas boas escolas estrangeiras. Por outro lado o ensino clínico, principalmente na medicina interna modernizava-se consideravelmente. Após 1920, as dificuldades, que sempre tinham existido, começaram a agravar-se. Depois golpes vários atingiram a Faculdade, lentamente e por não ter havido uma nova camada com o prestigio da anterior, o prestigio da Faculdade 18/06/13 Pág. 37/67 baixou. Hoje é uma pálida sombra do que foi. Mas as bases deixadas pelos homens de 1911 permitirão que uma nova camada reerga o prestigio e a eficiência da Faculdade. (Pg.314-3) 4. Quis que o serviço de análises clínicas dos hospitais civis se desenvolvesse e fosse inteiramente eficiente. Nomeado em 1919, só em 1927 consegui a criação dos laboratórios de hospitais. Rapidamente o serviço se desenvolveu mas sem que os recursos aumentassem correlativamente, os últimos anos foram de luta inglória, a falta de colaboração dos clínicos e incompreensão do enfermeiro-mor e do governo. Mas o que deixei feito contém todas as possibilidades do futuro. 5. Quis criar ou desenvolver em Portugal as sociedades e as revistas cientificas. Auxiliei Athias, na criação da Sociedade de Ciências Naturais e de Biologia - mais recentemente fundei a de Endocrinologia. Colaborei na fundação e manutenção de revistas cientificas. Esta obra de expansão, está de pé, a Sociedade de Ciências Naturais tornou-se finalmente de naturalistas e a de Biologia está bem assente. Neste capitulo não estou insatisfeito. 6. Quis que a ciência portuguesa aparecesse além das fronteiras e se tornasse conhecida. Dei o exemplo aparecendo regularmente em congressos e aceitando convites para conferências no estrangeiro. Trabalhei no intercâmbio intelectual entre Portugal e outros países. Essa obra vingou e continua já noutras mãos. (Pg.315-4) 7. Quis que os Portugueses, principalmente a gente nova, tivessem a possibilidade de ir aprender no estrangeiro tudo quanto entre nós não encontrariam e, que de volta a Portugal tivessem onde trabalhar e aplicar a aprendizagem efectuada. Foi esta a obra essencial da Junta de Educação Nacional e do Instituto de Alta Cultura. Essa obra, principiou, a realizar-se com a Junta, graças à actividade inteligente de Simões Raposo, continuou depois da morte dele. Mas depois a incompreensão do Estado e a politica reduziram tremendamente a acção da instituição. O êxito não foi, portanto, completo nem duradouro. Mas prestou-se, ao país e aos seus estudiosos, em todos os ramos de actividade relevantes serviços. Um dia pessoas mais felizes do que eu e os meus sucessores, poderão retomar o facho e recomeçar a acção da Junta. Bibliografia específica: Costa, Augusto Celestino, esboço de autobiografia denominado História de uma experiência, sem data. 18/06/13 Pág. 38/67 4. Conclusão Com esta amostragem de transcrição, recolha, organização, digitalização e classificação sumária de parte do arquivo pessoal de JFDF relativo a Augusto Celestino da Costa, podemos, segundo a minha perspectiva, ficar com as ideias e factos chave da sua carreira profissional científica e académica. Será ainda necessário o trabalho de completar e melhorar este tratamento, a análise e transcrição do manuscrito de Notas deixadas por JFDF, mas para isso ter sucesso será precisa a ajuda e colaboração de especialistas nesta matéria (História da Ciência), para além da colaboração de médicos com conhecimento científico. Podemos realçar da carreira de ACC como seus contributos principais : • • • • • • • • • • • • • Participou de forma activa com a Geração Médica de 1991, na reconstrução e inovação das práticas do Ensino Médico em Portugal; implementou em Portugal o Sistema de Ensino Universitário Humboltiano; a rede de relações internacionais que construiu, manteve e fez frutificar em benefício do País; a coragem de se manter Portugal durante a ditadura e o Estado Novo; no esforço corado de êxito, de trazer para Portugal a modernidade na investigação científica, internacionalmente reconhecida; na constituição do importante centro de Investigação em Portugal, à época. O Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina de Lisboa; na renovação da politica e forma de ensinar Medicina (Ensino prático, técnicas laboratoriais) na FML; na quantidade e qualidade de discípulos e colaboradores que deixou; Nos esforços continuados, que deram origem à criação de uma Instituição (JEN e IAC) e de uma Política de Fomento à Investigação Científica em Portugal; De inúmeros relatórios e estudos sobre a Ciência e Cultura em Portugal/Europa apresentados aos vários Governos; Da sua vasta obra publicada; No esforço coroado de êxito na criação da APPC – Associação Portuguesa para o Progresso da Ciência, com os Congressos Luso Espanhóis de 1940 a 1970; De trazer o progresso das ideias de Cultura e Ciencia e sua divulgação para Portugal. Não podemos deixar também de constatar as condicionantes, o tempo turbulento e de grandes transformações em Portugal e na Europa em que ACC viveu: • • • • • • • • • • • Monarquia Liberal Revolução Republicana A Advento dos Nacionalismos A 1ª Guerra Mundial Ditadura A Grande Depressão Estado Novo Fascismo e Nazismo A 2ª Guerra Mundial As novas Potencias A Guerra Fria 18/06/13 Pág. 39/67 Este pequeno trabalho “Subsídios para uma Biografia de Augusto Celestino da Costa” foi muito intensivo e houve pouco tempo para melhorar, questionar, descobrir novas pistas para desenvolver. Foi o que foi possível, esperando com convicção, de que as fases subsequentes sejam qualitativamente melhores. Não foi utilizado o arquivo fotográfico nem o volume manuscrito de notas de JFDF neste trabalho. Nota: Em relação às referencias bibliográficas, foi tentada uma normalização, de acordo com as regras em vigor, mas devido à dimensão do trabalho, tal não foi conseguido na sua totalidade. Posteriormente, será necessário converter estas referencias em base de dados, para permitir a sua classificação e utilização adequada e normalizada bibliográficamente. Para o trabalho de tese de Mestrado terei de melhorar significativamente o sistema a utilizar de citações e referenciações. 18/06/13 Pág. 40/67 5. Apêndice Glossário de abreviaturas utilizadas: ACC - Augusto Celestino da Costa FML – Faculdade de Medicina de Lisboa FMUL – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa IAC – Instituto de Alta Cultura INIC – Instituto Nacional de Investigação Científica JEN - Junta para a Educação Nacional JFDF – José Francisco David Ferreira HSM – Hospital de Santa Maria ME – Microscópio Electrónico UL – Universidade de Lisboa 18/06/13 Pág. 41/67 6. Anexos g. Bibliografia referenciada no Manuscrito de JFDF Junto transcrevo a Bibliografia usada por JFDF na elaboração do Manuscrito sobre ACC. Bibliografia / Documentos Fotográficos A. Celestino da Costa, O Professor May Figueira, Med. Contemporânea, nº 23, 8 de Junho de 1913 A. Celestino da Costa, A Universidade Portuguesa e o Problema da sua Reforma, Tipografia da Renascença, Porto, 1918 A. Celestino da Costa, L´Oeuvre Embryologique D´Albert Branchet, Bull. Soc. Sciences Naturelles, Tome XI, nº 11, Juin 1932 A. Celestino da Costa, A Microscopia em Portugal e a evolução entre nós das Ciências Biológicas que utilizavam essa técnica, Comunicação ao Congresso da Actividade Científica Portuguesas, Coimbra, 1942 A. Celestino da Costa, Albert Dustin, Imprensa Médica, nº 23, Ano VIII, 1942 A. Celestino da Costa, Reflexões sobre a História da Microscopia Portuguesa, Lisboa Médica, ano 8, 11, 632-642, 1951 A. Celestino da Costa, Lição de Abertura do Curso de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina de Lisboa em 4 de Novembro de 1953, Medicina Contemporânea, ano LXXII, nº 7, 1954 A. Celestino da Costa, A Evolução de uma Cidade. Lisboa., Ed. Da Câmara Municipal de Lisboa, 1952 Azevedo Neves, Discurso pronunciado na Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo de 1917-1918 da Universidade de Lisboa, Imprensa Nacional, 1920 Henrique Vilhena, A Escola Médica do meu Tempo, Memoria, Livraria Nacional, Lisboa, 1940 Jaime Celestino da Costa, A Geração Médica de 1911, in o Ensino Médico em Lisboa no início do Século M. Valente Alves (Dir), Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1999 M. J. Xavier Morato, Sessão de Homenagem à memoria do Professor Doutor Augusto Pires Celestino da Costa, Discurso na ____, Lisboa, Fevereiro de 1957 M. J. Xavier Morato, O Professor Augusto Pires Celestino da Costa 18/06/13 Pág. 42/67 J. F. David Ferreira, Celestino da Costa e a evolução da Histologia em Portugal, O Médico, 891-896, 112, 1985 A. Tavares de Sousa, O centenário da Cadeira de Histologia em Portugal, Coimbra Médica, XI, VI, 639-669, 1964 João Sobral Cid, Oração de Sapiência, Proferido na sessão de abertura do ano lectivo de _______ da Universidade de Coimbra, Casa dos Typographos, Lisboa, 1908 História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal Publicações do II Centenário da Academia de Ciências de Lisboa, Lisboa, 1986 A. J. Andrade de Gouveia, Posições de Garcia d´Orta e de Amato Lusitano na Ciência do seu Tempo, I (303-334) J. Andresen Leitão, História da Medicina em Portugal desde a Idade Média ao principio do século XX, I, (455-478) Nuno Grande, Os Estudos Anatómicos em Portugal até ao fim do século XIX, I, (479496) Jaime Celestino da Costa, O Estudo da Medicina até ao fim do século XIX, I, (497508) Álvaro Rodrigues, Desenvolvimento da Cirurgia Portuguesa até ao fim do século XIX, I, (509-528) A. Torres Pereira, História e Desenvolvimento da Bacteriologia em Portugal, I, (529576) H. Barahona Fernandes, O Nascimento da Psiquiatria em Portugal, I, (577-594) J. M. Gião Toscano Rico, A evolução da Farmacologia e Portugal até ao século XX, I, (595-620) Miller Guerra, A Medicina em Portugal na Idade Média, I, (621-651) F. R. Dias Agudo, Contribuição da Academia das Ciências de Lisboa para o desenvolvimento da Ciência, II, (1301-1340) Importante para Consultar Academia das Ciências de Lisboa História e desenvolvimento da Ciência em Portugal até ao século XX, Colóquio, 1986 18/06/13 Pág. 43/67 h. Estágios que Frequentou ACC deixou referenciado a participação nos seguintes estágios: 1) Berlim – Instituto anatómico Biológico 1906-1907 2) Berlim – Institut Higienne e Protectorado do Hospital de lhoabit (?) 3) Madrid (1916) 4) Bruxelas (1922) – Brachet Instituto de Utrecht 5) Londres (1934) J. Hill 6) Rio de Janeiro (1950) Instituto de Biofísica 7) S. Paulo (1951) Bibliografia específica: Costa, Augusto Celestino, esboço de autobiografia denominado História de uma experiência, sem data. 18/06/13 Pág. 44/67 i. Instituições em que Participou No manuscrito de JFDF e na leitura das suas notas, conseguimos reunir as seguintes organizações/instituições, a que ACC esteve associado: Real Escola de Cirurgia (1825) Escola Médico-Cirúrgica (1836) + Escola de Farmácia Faculdade de Medicina (1886) Edifício inaugurado (1906) – ACCsecretario 1931, Director 1935; Real Academia de Ciências (1779) Escola Veterinária de Lisboa (1830) Real Instituto Bacteriológico (1892)/Instituto Bacteorológico Camara Pestana Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (1822) – ACC Presidente 1946-1949; Sociedade Ibérica de Endocrinologia Association des Anatomistes Instituto Bento Rocha Cabral (1922) Grupo de Amigos de Lisboa Círculo de Cultura Musical Aquário Vasco da Gama - ACC 1915-1923 Hospitais Civis de Lisboa Junta de Educação Nacional (1929-1936)? Junta para a Alta Cultura (1936-1952) Instituto de Alta Cultura (1952-1976) Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais (1907) Sociedade Portuguesa de Biologia (1922) - Reunião Biológica de Lisboa (1920) Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 45/67 j. Instituições onde trabalhou Destacamos as principais Instituições onde ACC trabalhou: Hospital de S. José Hosiptal Curry Cabral Escola Médico-Cirurgica Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Instituto de Histologia e Embriologia Junta de Educação Nacional (1929) Junta para a Alta Cultura (1936-1952) Instituto de Alta Cultura (1952-‐1976) Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 46/67 k. Os Professores e Condiscípulos de ACC Apresentamos as figuras contemporâneas de ACC, que com ele tiveram uma relação nacional e internacional: Em Portugal: Miguel Bombarda (1851-1910) May Figueira, Carlos (1829-1913) Manuel Bento de Sousa (1835-1899) Sousa Martins, José Thomaz de (1843-1897) José António Serrano (1851-1904) Gama Pinto (1853-1945) Ricardo Jorge (1858-1939) Câmara Pestana, Luís (1863-1899) Aníbal Bettencourt (1868-1930) Nicolau Bettencourt ( oct. 1872 – 1941 Julho) Egas Moniz (1874-1955) Mark Athias (1875-1946) Sobral Cid ( José de Matos..) (1877-1941) Azevedo Neves (1877-1955) Francisco Gentil (1878-1964) Henrique Jardim de Vilhena (1879-1958) Sílvio Rebelo (1879-1933) Reinaldo dos Santos (1880-1970) Pulido Valente, Francisco (1884-1963) Pedro Roberto Chaves (1887-1951) Manuel Bernardo Barbosa Sueiro (1894-1974) Luís Simões Raposo (1898-1934) José Gentil No Estrangeiro: S. R. Cajal (1852-1934) Louis Matruchot Waldeyer, Wilhem Carlos Chagas Filho (1910-2000) Albert Dustin (1884-1942) Albert Daleq Albert Brachet (1869-1930) Gregório Marannón? (1887-1960) Oskar Hertwig (1849-1922) Jean Perrin 18/06/13 Pág. 47/67 Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 48/67 l. Participação em Reuniões Científicas Apesar de termos, a referenciação de todas as deslocações de ACC ao estrangeiro, destacamos as que considerámos mais importantes : 1ª viagem Alemanha – aperfeiçoar Histologia Set. 1906 – Abril 1907 Durante a 1ª Guerra Mundial – estágio Laboratório Cajal, visita a Junta de Ampliacion de estúdios (José Castillejas) 1920 - Congresso de Fisiologia Congressos Internacionais da Association des Anatomistes 1921 – Paris 1922 – Paris 1923 – Lyon (c/Abel Salazar e Simões Raposo) 1929 – Bordéus (c/Pires de Lima) 1930 – Amsterdam 1931 – ? 1932 – Nancy (c/Abel Salazar e Simões Raposo) 1933 – Paris 1934 – Bruxelas (c/Morato, Simões Raposo) 1935 – Montpellier 1936 – Milão 1937 – Marselha 1938 – Basileia (c/ Marcelo Caetano) 1939 – Budapeste, gorado 1940 - ? 1943 – Santiago de Compostela 1944 – Córdova 1945 – Santiago 1946 – Paris 1947 – Paris 1948 – Strasbourg 1949 – Lyon 1950 – Louvain Congressos em Portugal em que tomou parte: XV Congresso Internacional de Medicina 1906 Congressos Luso-Espanhóis Progresso das Ciências: • Porto 1921 • Coimbra 1925 • Lisboa 1930 • Porto 1942 • Lisboa 1950 Congressos Anatómicos Congresso Nacional de Medicina 1928 Association des Anatomistes 1935, 1956 Internacional de Zoologia 1935 Psicocirurgia Neurologia 1953 18/06/13 Pág. 49/67 Cirurgia 1953 Bibliografia de Referência: Manuscrito de David-Ferreira, José Francisco, “A. Celestino de Costa (1884-1956) - uma época, uma vida, uma obra” (2012) 18/06/13 Pág. 50/67 m. Publicações conhecidas de ACC Levantamento que realizámos no âmbito deste trabalho das publicações conhecidas de Augusto Celestino da Costa: Livros DA COSTA, AC (1933) Elementos de Embriologia. l.A. Rodrigues, Lisboa. DA COSTA, AC (1938, 1948) Elements d’Embryologie. Masson, Paris. DA COSTA, AC (1945) Elementos de Embriologia. Libraria Hachette, Buenos Aires. DA COSTA, AC, CHA YES, R. (1921, 1943) Manual de tecnica histológica. Lisboa. DA COSTA, AC, CHA YES, R. (1944) Tratado elementar de histologia e anatomia microscópica. Liv. Luso Espanhola, Lisboa. DA COSTA, AC, PEIXOTO, RI (1952) Le cortex surrenal. Masson, Paris. Artigos Científicos DA COSTA, AC (1909). Sur lexistence de filaments ergastoplasmiques dans les cellules du lobe anterieur de l’hypophyse. Bull. Soc. Portug. Sc. Nat., III. DA COST A, AC (1920) Sur la formation de l’amnios chez les Cheiropteres (Miniopterus schreibersii) et, en general, chez les Mammiferes. Mem. Soc. Port. Sci. Nat. 3: 1-51. DA COSTA, AC (1922) Structure et histogenese du cortex surrenal des mammiferes. Compt. Rend. Ass. Anat., XVII. DA COSTA, AC (1937) Sur la migration des gonocytes primaires chez Ie cobaye. Compt. Rend. Ass. Anat., XXXII. DA COSTA, AC (1925) Sur les images histologiques d’excretion dans Ie lobe posterieur de l’hypophyse. Compt. Rend. Soc. BioI., XCII. DA COSTA, AC, BARBA, FG, FRAZAO, N (1949) Formations basophiles de nature ribonucleoproteique dans les glands endocrines. Compt. Rend. Assoc. Anat. XXXVI. DA COSTA, AC (1956) L’embryologie du sympathique et de ses derives. Bull. Ass. Anat. 88b: 3-61. Trabalhos do Prof. A. Celestino da Costa na área da Embriologia Artigos originais Note sur une formation embryonnaire préaortique - Buli. Soe. Portug. Sc. Nat., VII, 1915 Sur le développement des capsules surrénales du Chat. Notes d'organogenèse Buli. Soe. Portug. Sc. Nat., Vil, 1916 Origine et développement de 1'appareil surrénal et du systéme nerveux sympathique chez les Chéiroptéres. Mémoires publiés par la Société Portugaise des Sciences 18/06/13 Pág. 51/67 Naturelles, IV 1917 Sur le développement compare des appareils sympathique et paraganglionnaire Compt. Rend. Soe. Biol; LXXX, 1918 Sur le développement des capsules surrénales cheoz les Chéiroptéres - Compt. Rend. Soe. Biol.; LXXXI, 1918 Sur le processus de formation de Tamnios chez Miniopterus schreibersil Natterer Compt. Rend. Soe. Biol; LXXXII, 1919 Essai d'une interpretation des processus amniogénéotiques chez les Mammiféres Compt. Rend. Soe. Biol.; LXXXII, 1919 Sur la formation de 1'amnios chez les Chéiroptéres (Miniopterus shreibersii), et en general ches les Mammiféres - Mémoires publiés par la Société Portugaise des Sciences Naturelles. Série Biologique, 3: 1920 Note sur le développement de la surrénale du Hérisson - Compt. Rend. Soe. Biol.; LXXXIII, 1920 Note sur la crête ganglionnaire cranienne chez le Cobaye - Compt. Rend. Soe. Biol., LXXXIII, 1920 La crête ganglionnaire cranienne chez le Cobaye - Compt. Rend. Ass. Anat., XVI, Réun. Paris, 1920 Sur les conditions de la formation de 1'amnios - Compl. Rend. Soe. Bioi, LXXXVI, 1922 La fixation de 1'oeuf de Miniopterus schreibersii - Compt. Rend. Assoe. Anat., XVII, Réun. Gand, 1922 Struture et histogenèse du córtex surrénal des Mammiféres - Compt. Rend. Assoe. Anat., XVII, Réun. Gand, 1922 Amnios et bouton embryonnaire - Libro en honor de Ramon y Cajal, 1923L'ontogenése et la phylogenése de l'amnios des Mammiféres - Compt. Rend. Soe. Biol, XCII, 1925 Sur la formation des ganglions nerveux de la tête chez les Mammiféres - Compt. Rend. Assoe. Anat., XX, Réun. Turin, 1925 Sur le développement du tissu paraganglionnaire chez le Hérisson - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXI, Réun. Liége, 1926 La portion prosencéphalique de la créte neurale cranienne chez le Cobaye - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXII, Réun. Londres, 1927 Sur les gaines périvasculaires de la muqueuse utérine du Hérisson pendant la gestation -Arch. Anat. Microsc., XXV, 1929 Sur les ebauches des ganglions nerveux du crâne chez les Mammiféres - Compt. Rend. Soe. Biol., CVI, 1930 Sur la constitution et le développement des ebauches ganglionnaires craniennes chez 18/06/13 Pág. 52/67 les Mammiféres - Arch. Biolog., XLII, 1930 Mésenchyme céphalique et crête ganglionnaire chez les Mammiféres - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXVI e Réun. Varsovie 1931 Sur les caracteres cytologiques des gonocytes primaires chez les Mammiféres - Compt. Rend. Soe. Biol., CXIII, 1932 Les gonocytes primaires chez les Mammiféres - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXVII. Réun. Nancy, 1932 Développement d'embryons de Mammiféres in vitro. (Em colaboração com J. Pires Soares) - Compt. Rend. Soe. Biol., CXIII, 1932 Sur les possibilites de Pétude expérimentale chez les Mammiféres de la question de Porigine des cellules sexuelles - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXVIII, Réun. Lisbonne, 1933 Paraganglia and carotid body - Journal ofAnatomy, LXIX, 1935Sur le developpement compare du systéme paraganglionnaire chez les Mammiféres - Compt. Rend. XII Congrés Intern. Zoologie, Lisbonne, 1935 Les paraganglions cervicaux des embryons des Chéiroptéres - Compt. Rend. Soe. Biol, CXXII, 1936 Les paraganglions du coeur chez Pembryon - Compt. Rend. Soe. Biol., CXXIII, 1936Sur les éléments paraganglionnaires des embryons des Mammiféres - Compt. Rend. Soe. Anat., XXXI Réun. Milan, 1936 Nouvelles recherches sur le developpement des paraganglions chez certains Chéroptères de la famille des Vesperitilionidés - Areh. Portug. Sc. Biol., V, 1936 Sur la migration des gonocytes primaires chez le Cobaye - Compt. Rend. Assoe. Anat., XXXII, Réun. Marseille, 1937 Notes sur le comportement des tissus d'embryons de Mammiféres en culture in vitro Compt. Rend. Assoe. Anat., XXXIII, Réun. Bale, 1938 As bases experimentais da embriologia. Programa de curso realizado na Faculdade de Medicina em Março e Abril de 1938 - Arquivo de Anatomia e Antropologia, XIX, pág. 647, 1938 (Parcialmentepublicado na Imprensa Médica) Le systéme paraganglionaire. La notion de paraganglion et les principaux problèmes qu'ellesoulève-MontpellierMedicale,T.XVI,n°4,1939 Amniogenése no Ouriço - Actas do Io Congresso Nacional de Ciências Naturais, Lisboa, 1941. Livro III, 699, 1946 Experiência de cultura « in vitro» de tecido nervoso embrionário (Nota preliminar) (em colaboração com J. Pires Soares) - Actas do Io Congresso Nacional de Ciências Naturais, Lisboa, 1941, Livro III, 705, 1946 Les étapes de la différenciation neurale. Le sympatique - Comptes Rendus de 18/06/13 Pág. 53/67 VAssociation des Anatomistes, XXXIV. Réunion, Paris, 1947 O embrião humano das primeiras semanas. Conferência pronunciada em Maio de 1948 -Actas do Congresso Luso-Espanhol de Obstetrícia e Ginecologia, Lisboa 1948 Sur quelques aspects cytochimiques de 1'ébauche cortico-surrénale - Compt. Rend. Assoe. Anat. Strasbourg. XXXV Réunion, 1948 Présence de ribonucléines dans certaines ébauches embryonnaires - Arch. Portug. Sei. Biolg. X, Suppl. et Compt. Rend. Soe. Biol., 142, 1948 Contribution à 1'étude de la cytochimique de la différenciation neurale - Rev. Mens. Psych. Neurol, 120: 310, 1950 Artigos de Revisão Os problemas morfológicos da cabeça dos Vertebrados e a formação dos gânglios craneanos dos Mamíferos - Arquivo de Anatomia e Antropologia, VIII. 1923 L'état actuei du problème de 1'origine des cellules sexuelles - Buli. Assoe. Anat., 27, 1932 Paraganglions et sympatique - Annales d'Endocrinologie, I, 5, 193940Conception unitaire des paraganglions - Compt. Rend. Assoe. Anat., 1939 Interpretação do corpo carotídeo do ponto de vista histológico e embriológico. (Congresso hispano-luso-americano de anatomia, Santiago de Compostela, 1943) Arquivos de Anatomia, ano VI, 1944 Histogenése do eixo cérebro-raquidiano - Arq. Anat. Antrop., 28, 43-66, 1955 L'Embryologie du sympatique et de ses derives (Les origines) - C. Rend. Anat., 88-b, 1956 Livros Didáticos Elementos de Embriologia - J. A. Rodrigues, Lisboa, 1933 Éléments d'Embryologie Masson et Cie., Paris, 1938 Elementos de Embriologia. Version espanola de la edicion Francesa - Libreria Hachette, S.A. Buenos Aires, 1945 Eléments d'Embryologie, 2 édition - Masson et Cie., Paris, 1948 Manual de Embriologia, Lisboa, 1950 A. Celestino da Costa e M. J. Xavier Morato "Desenvolvimento Embrionário dos Vertebrados' Editorial Verbo, Lisboa 1984 COSTA, A. Celestino da, «O professor May Figueira», Medicina Contemporânea 1913; 23. COSTA, A. Celestino da, «Microscopia em Portugal e a evolução entre nós das ciências que utilizam esta técnica». Congresso da Actividade Científica Portuguesa, 1940, Coimbra, 1942. 18/06/13 Pág. 54/67 COSTA, A. Celestino da, «A vida e obra científica de Marck Athias», Arch. Anat. Antropol. 1948; XXVI: 145-226. Lista de Artigos Científicos de ACC, organizados por JFDF COSTA, A. Celestino da (1907) – Notes sur le noyau des cellules glandulaires à sécrétion interne. Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, I (3) : 95-114, pl. VI. Endocrinologia. Fisiologia. Medicina. Parasitologia. COSTA, A. Celestino da (1909) – Sur la présence des corpuscules de Negri dans la surrénale du Cobaye rabique. Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, II, 1908: 19- 24. Fisiologia. Medicina. COSTA, A. Celestino da (1911) – Notes sur le chondriome des cellules de la capsule surrénale. Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, V (1) : 63-67. Histologia. Fisiologia. COSTA, A. M. Celestino da & CHAVES, P. Roberto (-) - Manual de Histologia. Tomo II - Anatomia microscópica dos órgãos viscerais. J. Rodrigues & C.ª Editores, Lisboa, Biblioteca do Estudante de Medicina, 338 pp. il, s/d.. Histologia. Medicina. COSTA, A. Celestino da (1915) – Note sur la formation embryonnaire préaortique. Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, VII (1) : 106-112, pl. XII. Embriologia. Coração. COSTA, A. M. Celestino da (1917) - Origine et développement de l'appareil surrénal et du sytème nerveux sympathique chez les Cheiroptères. Mémoires publiés par la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, IV, 103 pp., XVIII figures et 5 planches.Mammalia. Quirópteros. Embriologia. COSTA, A. Celestino da (1929) - Os organismos e a vida celular. Actualidades Biológicas (conferências realizadas no Instituto Rocha Cabral), Coimbra, I: 37-84. Biologia. Citologia. COSTA, A. Celestino da (1925) - A histologia e a embriologia : o ensino médico em Lisboa / A. Celestino da Costa.- Lisboa : Faculdade de Medicina, 1925.- 208p., 24 est., [1]f.;27cm/Histologia - Estudo e Ensino / Embriologia - Estudo e Ensino . COSTA, A. Celestino da (1930) - Correlações fisiológicas. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Cabral em Abril-Maio de 1929), Coimbra, II: 3-49. Biologia. Fisiologia. 18/06/13 Pág. 55/67 COSTA, A. Celestino da (1932) - As secreções internas no organismo fetal. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Cabral em Abril de 1931), Coimbra, IV: 245-284. Biologia. Endocrinologia. COSTA, A. Celestino da (1932) – L'oeuvre embryologique d'Albert Brachet. Bulletin de la Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne, XI (17). Embriologia. Biografias. COSTA, A. Celestino da (1933) – La Faculté de Médicine de Lisbonne. Plaquette org. por A. Celestino da Costa. Lisboa, 30. pp. MB, separata 16696. História da Medicina. COSTA, A. Celestino da (1933) - Elementos de Embriologia. Lisboa. COSTA, A. M. Celestino da (1933) - Elementos de Embriologia para uso dos estudantes de Medicina. J. Rodrigues & C.ª Editores, Lisboa, 401 pp. il. Embriologia. Medicina. COSTA, A. Celestino da (1934) - O plasma germinal. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Cabral em Maio-Dezembro de 1933), Coimbra, VI: 149-198. Fisiologia. COSTA, A. Celestino da (1935) - O prof. Mark Athias.- Coimbra : Coimbra Editora, 1935.- 10 p..- Sep. de Universitatis Folia Anatomica Conimbrigensis, vol.10. Athias, Marck, médico, 1875-1946 / Homenagens . COSTA, A. Celestino da (1935) - Acções nervosas e acções humanas. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio de 1935), Lisboa, VIII: 33-84. Fisiologia. Bioquímica. COSTA, A. Celestino da (1936) - Sur le développement comparé du système paraganglionnaire chez les Mammifères. Comptes rendus du XIIe Congrès International de Zoologie, Lisbonne, 1935. Vol. I, Embryologie et Mécanique du Développement. Arquivos do Museu Bocage, 6-A, 1935: 574-590. Embriologia. Mammalia. COSTA, A. Celestino da (1936) - Adresse prononcée, au nom du Comité organisateur de l'hommage au Professeur Marck Athias, le 11 décembre 1935, dans l'amphithéatre de physiologie de la Faculté de Médicine de Lisbonne. Archives Portugaises des Sciences Biologiques. Hommage au Professeur Marck Athias, V : XI-XIV. Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne. Bioquímica. A. Celestino da Costa. COSTA, A. Celestino da (1936) - Nouvelles recherches sur le développement des paraganglions chez certains Chéiroptères de la famille des Vespertillionidae. Archives Portugaises des Sciences Biologiques. Hommage au Professeur Marck Athias, V : 11518/06/13 Pág. 56/67 132, planches XV-XVIII. Société Portugaise des Sciences Naturelles, Lisbonne. Chiroptera. Embriologia. A. Celestino da Costa. COSTA, A. Celestino da (1937) - Desenvolvimento do embrião fora do organismo. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio de 1937), Lisboa, X: 160-197. Embriologia in vitro. Medicina. COSTA, A. Celestino da (1938) - A propósito dum artigo de enciclopédia. Lisboa, Arquivos de Anatomia e Antropologia, 19: 593-596. Sobre verbete Anatomia na Enciclopédia Pedagógica Progredior. Acusado de o artigo ter erros, nada corrige, aceitando que sim, que o artigo podia ser melhor. COSTA, A. Celestino da (1939) - O centenário da teoria celular. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio de 1939), Lisboa, XII: 61-106. Bioquímica. Citologia. História. COSTA, A. Celestino da (1938) - Éléments d'Embryologie. Masson & Cie., Paris. COSTA, A. Celestino da (1939) - O problema da investigação científica em Portugal. 1939. MB Separata nº 16406. História. COSTA, A. Celestino da (1939) - Conception unitaire des paraganglions. 1939. MB Separata nº 16408. Fisiologia. COSTA, A. Celestino da (1940) - Os elementos anátomo-fisiológicos da teoria do vegetativo. 1940. MB Separata nº 16407. Fisiologia. COSTA, A. Celestino da (1940) - Microscopia em Portugal e a evolução, entre nós, das ciências biológicas que utilizam essa técnica. Congresso do Mundo Português. Comissão Executiva dos Centenários, Lisboa. Vol. XII - História da actividade científica portuguesa. II Secção - Ciências Naturais e Biológicas, 493-530. COSTA, A. Celestino da (1941) - Estrutura química dos cromossomas. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio de 1941), Lisboa, XIV: 169-220. Bioquímica. Genética. Citologia. COSTA, A. Celestino da (1942) - Intercâmbio científico. Actas do I Congresso Nacional de Ciências Naturais. Lisboa, 1941. Livro I: 10-17. Bulletin de la Société Portugaise de Sciences Naturelles, Tome XIII, Supl. I. IAC, Lisboa, 1942. A. Celestino da Costa. COSTA, A. Celestino da (1942) - Microscopia em Portugal e a evolução entre nós das ciências biológicas que utilizam essa técnica. Coimbra, 40 pp.. Microscopia. História. 18/06/13 Pág. 57/67 COSTA, A. Celestino da & CHAVES, P. Roberto (1943) - Manual de Técnica Histológica. Livraria Portugália, Lisboa, 3ª edição, 543 pp. il. Histologia. COSTA, A. Celestino da (1943) - Os glomos vasculares. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio e Junho de 1943), Lisboa, XVI: 111-164. Fisiologia. COSTA, A. Celestino da & CHAVES, P. Roberto (1944) - Tratado elementar de histologia e anatomia microscópica. Tomo I - Citologia e histologia geral. Tomo II Anatomia microscópica, 1ª parte: Aparelhos esplâncnicos; 2ª parte: Sistema nervoso e órgãos dos sentidos. Livraria Luso-Espanhola, Lisboa, 3 volumes. Histologia. Embriologia. Anatomia. Medicina. COSTA, A. Celestino da - Colectânea de separatas dos trabalhos enviados como homenagem ao Professor A. Celestino da Costa. Lisboa, 1944. Augusto Pires Celestino da Costa. Em 17 de Abril de 1944 A. Celestino da Costa completou 60 anos de idade. COSTA, A. Celestino da (1945) - A actividade científica e do Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina : (1911-1944) / A. Celestino da Costa.- Lisboa :[s.n.], 1945.- 108 p..- Memória redigida para ser apresentada ao Congresso LusoEspanhol para o progresso das Ciências, em Córdova (Outubro de 1944)/Universidade de Lisboa. Faculdade de Medicina. Instituto de Histologia e Embriologia / Investigação Científica / COSTA, A. Celestino da (1947) - Marck Athias : (1875-1946) / A. Celestino da Costa.- Lisbonne : Société Portugaise de Biologie, 1947.- 17 p..- Sep. de Archives Portugaises des Sciences Biologiques, tomo 9. Athias, Marck, Médico, 1875-1946 / Homenagens . COSTA, A. Celestino da (1947) - Origem e formação do sistema nervoso. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Abril e Maio de 1947), Lisboa, XX: 121-187. Embriologia. Fisiologia. COSTA, A. Celestino da (1949) - A citoquímica. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Abril e Maio de 1949), Lisboa, XXII: 35-74. Citologia. Bioquímica. Citoquímica. COSTA, A. Celestino da (1952) - Estrutura e função. Actualidades Biológicas (Conferências realizadas no Instituto Rocha Bento Cabral em Maio e Junho de 1952), Lisboa, XXV: 131-169. Citologia. Fisiologia. História. 18/06/13 Pág. 58/67 Biblioteca Nacional Consulta Catálogo sobre ACC em 13_03_2013 Lista de registos 1. La Faculté de Médicine de Lisbonne / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 La Faculté de Médicine de Lisbonne / Augusto Pires Celestino da Costa. - [S.l. : s.n.], 1956 ( Lisboa : -- Centro Tip. Colonial). - 27 p. : il. ; 24 cm S.C. 15984//8 V. 2. Les sciences anatomiques au Portugal / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Les sciences anatomiques au Portugal / Augusto Pires Celestino da Costa. - Lisboa : [s.n.], 1956. - 34 p. : il. ; 24 cm S.A. 17681//22 V. 3. Secreção interna e hormonas / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Secreção interna e hormonas / Augusto Pires Celestino da Costa. - Lisboa : [s.n.], 1954. - 53 p. ; 19 cm. - Conferência realizada no Instituto Rocha Cabral em Maio de 1954 S.A. 26813//4 P. 4. A Itália e as ciências biológicas / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 A Itália e as ciências biológicas / Augusto Pires Celestino da Costa. - Lisbona : Instituto Italiano de Cultura in Portugallo, 1956. - 15 p. ; 25 cm. - Sep. Estudos Italianos em Portugal, 14-15 S.A. 17859 V. 5. Discurso pronunciado na II Reunião Luso-Espanhola de Endocrinologia / Augusto Pires Celestino Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Discurso pronunciado na II Reunião Luso-Espanhola de Endocrinologia / Augusto Pires Celestino Costa. - Porto : [s.n.], 1956. - 9 p. ; 24 cm. - Encadernado com:Dinis, J. Seabra, 1914-1996 Porto : [s.n.], 1956 - Terapêutica ocupacional na epilepsia PTBN: S.A. 17656//1 V. 18/06/13 Pág. 59/67 6. A organização da investigação médica / J. F. Delafresnae ; trad. A. Celestino da Costa Delafresnae, J. F., 1919A organização da investigação médica / J. F. Delafresnae ; trad. A. Celestino da Costa. - Porto : [s.n.], 1955. - 10 p. ; 24 cm. - Sep. O Médico, 172 S.A. 17364//13 V. 7. Desenvolvimento embrionário dos vertebrados / A. Celestino da Costa, M. J. Xavier Morato Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Desenvolvimento embrionário dos vertebrados / A. Celestino da Costa, M. J. Xavier Morato. - Lisboa : Verbo, imp. 1984. - 551 p. : il. ; 24 cm S.A. 62218 V. 8. A histologia e a embriologia : o ensino médico em Lisboa / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 A histologia e a embriologia : o ensino médico em Lisboa / Augusto Pires Celestino da Costa. - Lisboa : Faculdade de Medicina, 1925. - 208 p., 24 est., [1] f. : il. ; 27 cm S.A. 11848 V. 9. A fecundação e seus mistérios / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 A fecundação e seus mistérios / A. Celestino da Costa. - Lisboa : [s.n.], 1926. - 119 p. ; 22 cm. - (Natura S.A. 11745 V. 10. L' embryologie du sympathique et de ses dérivés : les origines / Augusto Pires Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 L' embryologie du sympathique et de ses dérivés : les origines / Augusto Pires Celestino da Costa. - Lisboa : [s.n.], 1956. - 61 p. ; 24 cm S.A. 24045 V. 11. Reflexões sobre a história da microscopia portuguesa / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 18/06/13 Pág. 60/67 Reflexões sobre a história da microscopia portuguesa / A. Celestino da Costa. - Lisboa : Hospital Escolar de Santa Marta, 1941. - p. 633-642 ; 24 cm. - Sep. Lisboa Médica, 11. - Encadernado com:Abreu, Lopo de Carvalho Cancela de, 1913-1990 Lisboa : Império, 1942 - Osteíte tuberculosa do osso malar PTBN: S.A. 13375//39 V. S.A. 58004 V. 12. A reforma do ensino médico / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 A reforma do ensino médico / A. Celestino da Costa. - [S.l. : s.n.], 1918 ( Lisboa : -Tip. Adolpho de Mendonça). - 21 p. ; 22 cm. - Sep. Medicina contemporânea, 31 e 32 S.A. 57667 V. 13. A Universidade portuguesa e o problema da sua reforma : conferências feitas em 19 e 22 de Abril de 1918 a convite da Federação Académica de Lisboa / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 A Universidade portuguesa e o problema da sua reforma : conferências feitas em 19 e 22 de Abril de 1918 a convite da Federação Académica de Lisboa / A. Celestino da Costa. - Porto : Tip. Renascença Portuguesa [1918?]. - 104 p. ; 19 cm S.C. 23374 P. S.C. 29760 P.S.C. 30447 P. 14. Sur les modifications de la thyroïde du lapin à la suite d'injections de protéides et globulines thyroïdiennes : note préliminaire / par A. Celestino da Costa e Sílvio Rebelo Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Sur les modifications de la thyroïde du lapin à la suite d'injections de protéides et globulines thyroïdiennes : note préliminaire / par A. Celestino da Costa e Sílvio Rebelo. - Lisboa : Institut de Bactériologie Câmara Pestana, 1910. - p. 246-264 : il., gráf. ; 25 cm. - Sep. Arch. Inst. Bacteriol. Câmara Pestana, 3 S.A. 58643 V. 15. Manual de histologia / Augusto Pires Celestino da Costa e Pedro Roberto da Silva Chaves Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Manual de histologia / Augusto Pires Celestino da Costa e Pedro Roberto da Silva Chaves. - Lisboa : J. Rodrigues, 1937-. - v. ; 23 cm. - 1o v. : Citologia e histologia 18/06/13 Pág. 61/67 geral. - 2o v. : Anatomia microscópica dos órgãos viscerais. - IX, [3], 338 p. : il. C.G. 4521 P. 16. Rezadas na freguesia do Vilar da Veiga (Gerês) / Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Rezadas na freguesia do Vilar da Veiga (Gerês) / Celestino da Costa. - Lisboa : Junta de Investigações do Ultramar, 1965. - 6 p. ; 25 cm. - Sep. Actas do Congresso Internacional de Etnografia, 3 S.C. 26752 V. 17. Aperçu de l'évolution de la médecine au Portugal / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Aperçu de l'évolution de la médecine au Portugal / A. Celestino da Costa. - Lisboa : Inst. Français au Portugal, 1940. - 29 p. ; 24 cm. - Encadernado com:Moitas, Álvaro Coimbra : Coimbra Editora, 1939 - Porco otocefaliano agnátocéfalo PTBN: S.A. 13026//1 V. S.A. 14155//4 V. S.A. 62464 V. 18. Discurso proferido no funeral do professor Jaime Salazar de Sousa em 18 de Maio de 1940 / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Discurso proferido no funeral do professor Jaime Salazar de Sousa em 18 de Maio de 1940 / A. Celestino da Costa. - Lisboa : [s.n.], 1940. - 7 p. ; 23 cm. - Sep. Imprensa médica, a. 6, no 10 S.A. 62490 V. 19. Os elementos anátomo-fisiológicos na teoria do vegetativo / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 Os elementos anátomo-fisiológicos na teoria do vegetativo / A. Celestino da Costa. [S.l. : s.n.], 1940 ( Lisboa : -- Tip. Ed. Império). - 52 p., [1] f. desdob. ; 24 cm S.A. 12580//16 V. 20. O ensino da medicina através dos oito séculos da história portuguesa / A. Celestino da Costa Costa, A. Celestino da, 1884-1956 18/06/13 Pág. 62/67 O ensino da medicina através dos oito séculos da história portuguesa / A. Celestino da Costa. - [S.l. : s.n.], 1940 ( Lisboa : -- Imp. Médica). - 23 p. ; 23 cm. - Sep. Imp. Médica, A. 6 S.A. 13377//32 V. Bibliografia ACC Na Obra, Rollo, Fernanda – Ciência, Cultura e Língua em Portugal no século XX - Da Junta de Educação Nacional ao Instituto Camões, INCM, 2012 Costa, Augusto Celestino da, «Sobre as recentes reformas da Instrução», Pela Grei. ano 1, n.° 5, 1918, pp. 252-264. Costa, Augusto Celestino da, «The Rockefeller Foundation», in A Medicina Contemporânea, 1921. Costa, Augusto Celestino da, A Junta de Educação Nacional. «Publicações da Sociedade de Estudos Pedagógicos — A.2», Lisboa, Tip. Seara Nova, 1934. Costa, Augusto Celestino da, O Problema da Investigação Científica em Portugal, Coimbra, Instituto para a Alta Cultura, 1939. Costa, Augusto Celestino da, A Investigação Científica Colonial, separata de Congresso do Mundo Português, Lisboa, 1940. Costa, Augusto Celestino da, Discurso Inaugural da 8° Secção do Congresso LusoEspanhol para o Progresso das Ciências, Porto, Imprensa Portuguesa. 1942. Costa, Augusto Celestino da, O Ensino Superior e a Investigação Cientifica, s. e., s. L, 1945. Costa, Augusto Celestino da, «Fomento e organização da investigação científica. O caso português», Ciência e Cultura, n.° 3,1951. Costa, Augusto Celestino da, A Universidade Portuguesa e o Problema da Sua Reforma. Conferências Feitas em 19 e 22 de Abril de 1918 a Convite da «Federação Académica de Lisboa». Porto,Tip. Renascença Portuguesa, s. d. Costa, Augusto Celestino da, O Espirito Científico e a Medicina, s. e„ s. L, s. d. 18/06/13 Pág. 63/67 7. Bibliografia Geral Documentos Consultados Toda a documentação consultada relativa a JFDF e ACC deriva do Arquivo Pessoal de JFDF da sua residência em Oeiras. Documentos Orientadores de JFDF: JFDF Esquema Geral de classificação de Documentos Arquivo JFDF, Notas, sem data, manuscrito JFDF Intervenções, sem data, manuscrito JFDF Os meus projectos aos 80 anos, sem data, manuscrito JFDF Índex Conferencias, manuscrito, 1985-2011 Projecto de Escuta, Intervenções, manuscrito, sem data DAVID-FERREIRA, J. F., Arquivo de Trabalhos/Discursos/Artigos Digitalizados “As metamorfoses do Microscópio e do Instituto de Histologia e Embriologia”, JFDF, manuscrito, 21 pg., 1/07/1999 “As metamorfoses do Microscópio e do Instituto de Histologia e Embriologia”, JFDF, Notas Projecções, manuscrito, 4 pg., 1/07/1999 “Responsabilidades dos Cientistas como Professores e Educadores”, JFDF, mentoring, curso financiado FCG, 16 pg, manuscrito, sem data “Augusto Celestino da Costa (1884-1956) professor, scientist and science promoter”, JFDF, artigo, inglês, 4pg, Int. J. Dev. Biol. 53: 1161-1164 (2009) “Idealism and romantic patriotism for science, an interview with José Francisco David Ferreira”, Maria Carmo Fonseca, Artigo 4pg, Int. J. Dev. Biol. 53: 1273-1275 (2009) “Augusto Celestino da Costa (1884-1956) Uma Época, uma vida, uma obra”, A lição do Mestre – Homenagem ao Professor Celestino da Costa, proferida por JFDF, Aula Magna FML, 1ª sessão Clínica 2012, 20 pg., 5/01/2012 ( c/filmagens Video HD da sessão) “Advento e Consolidação da Investigação Bio-médica em Portugal, Contribuição da escola de Histologia de Lisboa”, J.F. David Ferreira, Professor jubilado da FML, 15 pg., sem data “Nascimento e consolidação da investigação biomédica em Lisboa”, J.F. David Ferreira, Publicação desconhecida, Do Renascimento aos Dias de Hoje pg. 205-213, sem data “Origem, formação e consolidação da escola de Histologia de Lisboa”, J.F. David Ferreira, manuscrito, 12 pg., sem data 18/06/13 Pág. 64/67 “O Papel das Sociedade Científicas no desenvolvimento da Ciência e no seu enquadramento ético-social”, abertura reunião SPME, 4pg., sem data “Problemas e Dilemas da Medicina Contemporânea”, JFDF, Conferencia Inaugural do I Curso de Ciências de Saúde da Universidade Católica, a convite do Coordenador do Curso Prof. A. Castro Caldas, 11 pg., manuscrito sem data. “Reflexões sobre a Vida e a Obra de Augusto Celestino da Costa”, J. F. David Ferreira, 6 pg., sem data ( 06_1985 ? ) “A. Celestino da Costa e o Advento da Ciência Moderna”, JFDF, Conferencia Instituto Bento Rocha Cabral, 15 pg., manuscrito, sem data Bibliografia sobre ACC e Ciência : COSTA, Augusto Celestino, Esboço de Autobiografia, A História de uma Experiencia. COSTA, Jaime Celestino, A Geração Médica de 1911, Origem, Realização e Destino, 2003, Faculdade de Medicina de Lisboa, 113, Portugal. DAVID-FERREIRA, J. 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F, fotografias de apresentações sobre ACC e Ciência. ROLLO, Maria Fernanda, Pensar e Mandar fazer Ciência. Princípios e pressupostos da criação da Junta de Educação Nacional na Génese da Política de Organização Científica do Estado Novo, in Ler História, nº 61, 2011, pp. . 18/06/13 Pág. 65/67 ROLLO, Maria Fernanda, Ciência, Cultura e Língua em Portugal no Século XX. Da Junta de Educação Nacional ao Instituto Camões, com Maria Inês Queiroz, Tiago Brandão e Ângela Salgueiro, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2012. ROSAS, Fernando e SIZIFREDO, Cristina, Depuração Política do Corpo Docente das Universidades durante o Estado Novo 1933-1974, publicação de Homenagem, Autoria:, 2011. ROSAS, Fernando; Brito, José Maria Brandão de; Rollo, Maria Fernanda, Dicionário de História do Estado Novo A – L.,1996, Bertrand Editora, 527, Portugal. Conferencias e Palestras de JFDF 1958 - 2012 56- “A. Celestino da Costa e o Advento da Medicina Moderna” Instituto Bento Rocha Cabral, Lisboa (s/data). 57- “Problemas e Dilemas da Medicina Contemporânea” Conferencia inaugural do I Curso de Instituto das Ciências da Saúde da Universidade Católica, Mestrado em Educação Médica, Lisboa, (s/data). 58- “Reflexões sobre a Vida e a Obra de Augusto Celestino da Costa” Comemoração do Centenário do seu Nascimento, Lisboa (06/1985). 61- “A Biologia Celular e a Biologia Molecular são Bases do Progresso da Medicina Contemporânea”, Projecto de Sensibilização da Juventude para a Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Juventude, (Maio 1987). 63- “As Metamorfoses do Microscópio e do Instituto de Histologia e Embriologia” (01/07/1999). Pub. 69- “Origem, Formação e consolidação da Escola de Histologia de Lisboa” Conferencia GAPIC, Lisboa (2009). 71- “Os Sonhos e Pesadelos da Razão”, Colóquio com J. F. David-Ferreira, Maria Filomena Molder, José Bragança de Miranda. (24/02/2005) 72- “A Matéria do Espírito Anatomia da Alma” tertúlia do Marques, Oeiras, (Março 2005) 73- “O Papel das Sociedades Científicas no desenvolvimento da Ciência e no seu enquadramento ético-social”. Abertura da Reunião do SPME, Oeiras? (s/data) 74- “The Responsabilities of Scientists, Teachers and Educators” Participação em programa a convite de Prof. João Lobo Antunes.(2009) 75 - “Uma Época, Uma Vida, Uma Obra”, A Lição do Mestre, Homenagem ao Prof. Augusto Celestino da Costa, Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa (05/01/2012). 18/06/13 Pág. 66/67 Bibliografia de Apoio Eco, Umberto, Como se faz uma tese em Ciências Sociais, Lisboa, Presença, 1991 Cullen, Jim, Essaying the past - how to read, write, and think about history, WileyBlackwell, 2012 ( recomendo para os Estudantes de História ) Frada, João José Cúcio, Guia Prático para Elaboração e Apresentação de Trabalhos Científicos, Cosmos, 1993 Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, Verbo, 2 Volumes, 2001 18/06/13 Pág. 67/67