8 de Março de 2014 | edição 713 Pérola Negra é bicampeã do carnaval de Paraíso Com samba-enredo em homenagem à região Nordeste, escola de samba conquistou e encantou o público e jurados Por Ralph Diniz Pelo segundo ano consecutivo, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente Pérola Negra conquistou o primeiro lugar no carnaval entre as agremiações paraisenses. Essa é a 14ª vez que a escola (maior campeã de todos os tempos) conquista o troféu. O samba-enredo campeão do carnaval paraisense “Uai cabra da peste; eu vou viajar e conhecer o Nordeste”, encantou o público e os jurados. Segundo o diretor da escola, Carlos Alberto Gonçalves (o Carlinhos), a escolha do tema se deu após um concurso. Depois de definido, os carnavalescos criaram o enredo e, depois, o enviaram para o Rio de Janeiro para a criação da música. A apuração que consagrou a Pérola Negra como bicampeã aconteceu na tarde de quarta-feira (4), na Câmara Municipal. A escola obteve 87 pontos na somatória geral e foi seguida pela Mocidade Alegre (84,9 pontos), Minas de Ouro (82,8) e Unidos do Alto (70,6). Moci- dade Alegre e Unidos do Alto perderam pontos por não levarem o número mínimo de componentes nos dias em que se apresentaram. Os desfiles carnavalescos em São Sebastião do Paraíso aconteceram entre os dias 1º e 3 de março, na praça Comendador José Honório (matriz). De acordo com a organização do evento, apenas a primeira noite de desfiles foi avaliada pelos jurados dos nove quesitos (Alegorias e Adereços; Bateria; Carros Alegóricos; Comissão de Frente; Conjunto e Evolução; Enredo; Fantasias; Mestre Sala e Porta Bandeira; e Samba-Enredo). Carlinhos declara sentiu o público mais envolvido com as escolas de samba do que nos anos anteriores. “Achei que o povo participou mais esse ano, deve ser porque não tivemos carnaval no ano passado. As pessoas estavam mais alegres, descontraídas. Notei que tinha mais alegria”, comenta. O diretor também elogia a organização do evento e a forma com que a Associação Folclórica das Escolas de Samba de São Sebastião do Paraíso realizou o julgamento das agremiações. “Gostei da forma de julgamento, de apenas uma noite e com nove jurados, um em cada quesito. A comissão foi perfeita, pois, nas outras noites, as escolas puderam interagir com o público. O Departamento de Cultura não nos ‘deixou na mão’. Foi muito interessante”. Mesmo com a disputa acirrada entre as concorrentes, Carlinhos confessa que a escola entrou na “avenida” com a confiança de quem, em 33 anos, sempre ocupou os primeiros lugares na classificação final. Ele divide o mérito da conquista com os demais integrantes da Pérola Negra. “O título é consequência do trabalho de todos”, completa. A CAMPEÃ Fundada em 5 de janeiro de 1981 na antiga casa da mãe de Carlinhos, na rua Capitão José Aureliano, na Pra- ça Nossa Senhora da Aparecida, a Pérola Negra conseguiu a proeza de conquistar os carnavais dos seus três primeiros anos de desfile. Seu primeiro carnavalesco foi o fotógrafo Waldemar Francisco de Paula. A escola também é conhecida como a mais inovadora do carnaval paraisense. Na década de 1980, a agremiação foi a primeira a criar a ala das baianas com idosas e, também, usar biquí- nis “fio dental” em suas passistas. “Também fomos os primeiros a colocar o som de cavaquinhos no samba-enredo e a usar coreografias em comissão de frente. Todos os mestres de bateria e os carnavalescos da cidade tiveram uma história de aprendizado na Pérola Negra”, lembra o diretor. E nesse ano, a história não foi diferente: “Fomos os primeiros a levar uma alegoria na comissão de frente”, complementa. Entre os destaques da escola de samba está a portabandeira Sueli Pimenta Gonçalves, que, em 30 anos de Pérola, conquistou o seu 11º título de campeã do carnaval de Paraíso. No entanto, Carlinhos afirma que nenhum troféu ou outro marco no carnaval paraisense pode se comparar à emoção de ter Luci Maldi (carnavalesca da Escola de Samba Minas de Ouro, falecida em 2012) fazendo a abertura do enredo da Pérola Negra em 2009. “Ela dizia sempre que ‘aquele não passa pela Pérola Negra não sabe o que é um verdadeiro samba e eu vou desfilar lá’”, conclui. Jornal do Sudoeste página 2 por Gérson Peres Batista Torneio na França reúne cerca de 600 enxadristas site oficial Foto do salão de jogos do 30º Open de Cappelle-la-Grande, na França Termina neste sábado (8/3) a 30ª edição do Aberto Internacional de Xadrez de Cappelle-la-Grande, na França. A tradicional competição europeia reúne em 2014 exatos 596 jogadores (de 43 países), dentre eles o mestre internacional paraisense Evandro Amorim Barbosa. Após oito rodadas, o MI Evandro Barbosa segue com excelente performance no torneio com três vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Faltando somente uma rodada para o final, Barbosa ocupa a 68ª posição. O evento em Capelle-la-Grande começou em 1/3. ROCHEFORT De 22 a 28 de fevereiro o paraisense Evandro Amorim Barbosa brilhou em terras francesas! O jovem mestre internacional, de 21 anos de idade, saiu invicto no 13º Aberto de Xadrez de Rochefort, que contou com 50 participantes. Barbosa terminou em 3º lugar, com 6,5 pontos nas nove rodadas da prova. Foram quatro vitórias e cinco empates. GRAZ Antes de passar à França, o MI Evandro Barbosa esteve na Áustria, onde também disputou torneio. No Aberto de Xadrez de Graz (segunda maior cidade da Áustria), que aconteceu de 14 a 21 de de fevereiro, o paraisense termi-nou em 15º lugar entre os 88 participantes do Grupo A, representando 28 países. Evandro ganhou quatro partidas, empatou uma e perdeu três. PARTIDA A seguir animada partida entre os grandes mestres Vasiukov e Spassky, que viria a ser campeão mundial em 1969. Depois de uma intensa luta na abertura e no meio-jogo, chega-se a um tranquilo final de peões empatado. Brancas: Evgeni Vasiukov Pretas: Boris Spassky Tbilisi -1959 1.e4 Cf6 2.e5 Cd5 3.c4 Cb6 4.c5 Cd5 5.Bc4 e6 6.Cc3 d6 7.Cxd5 exd5 8.Bxd5 c6 9.Bxf7+ Rxf7 10.cxd6 De8 11.Df3+ Rg8 12.De3 Be6 13.Ce2 Cd7 14.0-0 Cxe5 15.Dxe5 Bc4 16.Dxe8 Txe8 17.d3 Bxd3 18.Td1 Bxe2 19.d7 Td8 20.Bg5 Bxd1 21.Txd1 Be7 22.Bxe7 Rf7 23.Bxd8 Txd8 24.f4 Re7 25.Rf2 Txd7 26.Txd7+ Rxd7 27.Re3 Re6 28.Re4 g6 29.b4 h5 30.g3 Rf6 31.h3 Re6 32.g4 b6 33.Rd4 Rf6 34.a4 Re6 35.Re4 Rd6 36.a5 Re6 ½-½ e-mail: [email protected] SERGIO MAGALHÃES Até a Williams é favorita A única certeza da pré-temporada da Fórmula 1 são os problemas da Renault. De resto tudo é possível, até apontar a Williams, quem diria, como favorita. Felipe Massa fechou os testes no Bahrein com o melhor tempo, 1min33s258, só para efeito de comparação, a pole position do ano passado na pista de Sakhir foi de Nico Rosberg, com a Mercedes em 1min32s330 e que mostra a evolução dos carros deste ano carregados de mudanças tecnológicas. No fechamento da primeira bateria, em Jerez de la Frontera, Kevin Magnussen, da McLaren, foi o mais rápido com 1min23s276. Como a pista espanhola não faz parte do calendário da Fórmula 1, a única referência era os testes de pré-temporada do ano passado que também teve Felipe Massa de Ferrari como o mais rápido, 1min17s879. A comparação é interessante. Dada as devidas proporções de época e condições climáticas, em janeiro os novos carros de 2014 estavam 5s397 mais lentos que os de 2013. Oito dias de pista depois a diferença em relação ao ano passado que tinha regulamento estável ante o complexo deste campeonato é de menos de um segundo (0s928)! Para se ter uma ideia do tamanho da encrenca que as equipes estão enfrentando com o motor turbo, sistemas de reaproveitamento de energia cinética e calorífica, câmbio de 8 marchas, freios eletrônicos, tanque de combustível com capacidade reduzida e mudanças na aerodinâmica pode ser notada na quilometragem percorrida nos mesmos 12 dias de testes coletivos de 2013 e 2014. Ano passado as 11 equipes percorreram 49.942 km de testes contra 36.974 km este ano. A razão dos quase 13 mil quilômetros a menos é as várias quebras de motor e outros componentes. Ninguém passou incólume, nem a Mercedes, apontada como a grande favorita. A equipe alemã empurrada por seus próprios motores foi a que mais andou 4.732 km, a Williams, também com os propulsores Mercedes chegou perto, 4.645 km. As duas foram as que menos enfrentaram problemas mecânicos. A lógica desta pré-temporada não foi a velocidade e sim a confiabilidade de cada carro. Por isso é coerente apontar Mercedes e Williams como favoritas a vencer o GP da Austrália que abre o campeonato no próximo final de semana. Terminar os preparativos como a mais rápida dá uma moral a mais, mas não é este o fato que coloca a Williams como principal rival da Mercedes e sim a confiabilidade do FW36 tanto nas mãos de Felipe Massa como nas de Valtteri Bottas. Para não repetir o pífio campeonato do ano passado, a Williams investiu em contra-tações; Divulgação A Wlliams apresentou nesta semana a nova pintura de seus carros com as cores da centenária marca de bebidas italiana, Martini. Já é disparada a mais bonita do ano destaque para Massa, Pat Symonds que assina o projeto do novo carro, e Rod Smedley que trabalhava como engenheiro de Massa na Ferrari. Trocou os motores Renault pelos Mercedes e fechou com novos patrocinadores – o principal é a centenária marca de bebidas Martini –, ganhou o apoio do Banco do Brasil com a contratação de Felipe Nasr como piloto reserva e ainda firmou acordo de parceria técnica com a Petrobras que fornecerá combustíveis e lubrificantes para a equipe a partir de 2015. A Mercedes leva vantagem pelo bom carro que tem, pela qualidade de sua dupla de pilotos, Lewis Hamilton e Nico Rosberg, e por correr com seu próprio motor, disparado o melhor da pré-temporada. Mas a boa impressão deixada por Massa e Bottas coloca a Williams em boa posição neste início de campeonato. Ferrari e McLaren correm por fora, Force India e Sauber vão brigar por pontos, mas na outra ponta da tabela o drama da Red Bull é grande. Helmult Marko, consultor do time austríaco, disse que o campeonato começa dois meses antes da hora para a Red Bull. Esse é o atraso no cronograma do modelo RB10 que nasceu errado. Tão errado que Sebastian Vettel falou que sua equipe só pontua em Melbourne se metade do grid abandonar. Isso se eles também não quebrarem, marca registrada dos tetracampeões nesta pré-temporada. A Red Bull só não andou menos que a Lotus que enfrentou vários problemas e a Marussia. Até a Caterham que segundo Kamui Kobayashi é mais lenta que os carros da GP2 acumulou mais quilometragem. Os times empurrados pelos motores Renault (Red Bull, Lotus, Toro Rosso e Caterham) estão em maus lençóis. São Sebastião do Paraíso-MG e Região 8 de Março de 2014 Campanha da Fraternidade aborda o “Tráfico Humano” Divulgação Por Roberto Nogueira A celebração da Missa de Imposição das Cinzas, na quarta-feira,5, marcou a abertura da Campanha da Fraternidade de 2014. Nas 84 paróquias da Diocese de Guaxupé foram realizadas celebrações e enfatizadas reflexões sobre o tema deste ano que aborda a Fraternidade e o Tráfico Humano. A data também marca o início do período da quaresma, considerado um tempo de conversão onde é proposta uma mudança de vida com base na passagem de Jesus pela terra. A Campanha da Fraternidade surgiu durante o desenvolvimento do Concílio Vaticano II realizado entre os anos de 1962 a 1965. A cada ano, desde 1964, a Igreja no Brasil propõe a todos os cristãos, a Campanha da Fraternidade (CF). Essa campanha desenvolve-se mais intensamente durante a Quaresma, mas aos poucos, seu tema vai sendo refletido e engajado dentro da vida da Igreja durante todo o ano. É sempre um tema bem concreto através do qual, os fiéis são convidados a reconsiderar e, sobretudo, as atitudes para com o próximo, dando dimensão concreta à conversão pessoal e à das comunidades de Igreja. Neste ano a campanha tem como tema “Fraternidade e tráfico humano” e o lema “Para a liberdade que Cristo nos libertou”. Em São Sebastião do Paraíso o início do período da quaresma foi celebrado nas quatro paróquias da cidade, com a celebração da Missa das Cinzas. Em algumas das igrejas foram dois horários de celebrações, sendo pela manhã às 8h e depois às 19h. Também nesta data a igreja recomenda a prática do jejum e abstinência de carne, situação que também é observada na Sexta-feira da Paixão. Na missa da noite, na quarta-feira, na Matriz de Nossa Senhora do Sion, o padre Benedito Donizete Vieira fez durante a homilia relatos sobre a importância da Campanha da Fraternidade. Ele enfatizou que o trabalho existe desde 1964 e que a cada ano propõe um debate sobre um tema diferente. “Hoje, a pessoa se transforma facilmente em objeto de consumo, o que lhe torna escrava de sim mesma e há várias outras situações que precisam ser observadas”. Ele defendeu que a comunidade procure se inteirar da situação para conhecer a realidade, que leia sobre os documentos disponibilizados pela igreja. Esclareceu que o tráfico humano pode ocorrer através da exploração sexual e também pelo trabalho, a comercialização de órgãos e a venda de pessoas propriamente dita. “Esta é uma situação que ocorre não só nos lugares distantes, mas também faz parte da nossa realidade, nas nossas cidades, na região, no Brasil e no mundo inteiro”, descreveu. Além do tráfico de drogas, de armas o também chamado tráfico humano é umas das formas de violência que está sendo combatida pela igreja. “A Cartaz da Campanha da Fraternidade apresenta temática sobre liberdade humana em 2014 proposta é de identificar e denunciar esta situação que é um atentado contra a dignidade humana, é contra a vida, a liberdade e o direito de qualquer pessoa”, observou. Nos últimos dois anos o bispo da diocese, Dom José Lanza Neto realizou visitas pastorais no setor Paraíso especialmente para falar com a imprensa sobre os temas da campanha da Fraternidade. Em 2012, o tema debatido foi “Fraternidade e Saúde Pública”. Já no ano passado a igreja ampliou a reflexão sobre o tema “Fraternidade e Juventude”, assunto que coincidiu com a realização da JMJ (Jornada Mundial da Juventude), evento que contou com a presença do Papa Francisco e reuniu dezenas de paraisenses junto com mais de quatro milhões de pessoas que participaram do evento. ENTENDA O SIGNIFICADO DO CARTAZ: 1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente. 2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade. 3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior. 4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014). Jornal do Sudoeste São Sebastião do Paraíso-MG e Região 8 de Março de 2014 página 3 Flávio Rodrigues Vieira “A beleza tem prazo de validade” Esta frase dita pelo entrevistado desta semana marca boa parte de sua trajetória profissional. Há mais de 25 anos ele atua no “mundo miss”, orientando, coordenando e promovendo moças e rapazes, crianças e adultos, aqui em Paraíso e fora, para a conquista da tão sonhada faixa de pessoa “mais bela”. Para ele, não basta ter uma “carinha bonita”, mas também outros valores que formam um conjunto. Casado e pai de dois filhos, conheça a seguir um pouco do também estilista Flávio Vieira, um nome que se tornou referência, uma história que ele construiu com determinação, passo a passo. Onde você nasceu e como foi a sua infância e convivência com seus pais? Tem irmãos? Como é sua família hoje? Eu nasci em Furnas, na época distrito de Alpinópolis. Vim para Paraíso muito pequeno, aos 4 anos de idade. Meu pai era militar e a gente vivia muito na base das transferências. Éramos quatro irmãos. Eu sou o caçula. Meu irmão mais velho faleceu, e isto foi uma grande tragédia em nossa família. Agora ficou eu, a Solange e o Fábio. Meu pai faleceu já faz uns 20 anos, e quando ele era vivo, tínhamos uma convivência muito boa. Ele me ensinou as coisas corretas. Fez muita falta, porque a presença de um pai dentro de casa é essencial. Minha mãe foi a base de tudo para gente, ela foi mãe e pai ao mesmo tempo, deu conta do recado, ficou viúva muito jovem, é uma mulher muito bonita, linda. Uma mulher que abriu mão da juventude e da vida dela para cuidar da gente. Passamos uma fase difícil com a perda de meu irmão. Estamos tentando entender e seguir a vida... Minha mãe é minha referência e minha família a base de tudo. Acredito que nós, como filhos, demos muito orgulho aos nossos pais, porque seguimos o que eles nos ensinaram. Hoje eu sou casado com a Paula e tenho dois filhos, um casal, o Thor, com 8 anos e a Luma, com dois. Minha família não é muito grande e meus filhos são bastante ligados aos avós e os tios também. Minha esposa e meus filhos são a base da minha felicidade! Eu fico perguntando muito para Deus se eu mereço, porque a vida foi muito grata comigo... E sua adolescência? Boas recordações? Muitas. Eu fui um cara de muitas baladas, do tipo sair de quinta a domingo. Adorava e adoro o carnaval. Só que eu sempre participei de tudo duma forma limitada, não fui uma pessoa de muitos amigos, mas, os poucos que eu tinha, eu curtia muito. Eu não conheci a droga e nem o lado ruim da noite, só o lado bom e que me deu prazer de estar ali. Hoje estou com 42 anos e há 20 anos era diferente, a gente se divertia com um pouco mais de segurança. Eu fui para grandes festas e eventos e depois, ao mexer com concursos de miss, a minha profissão também me proporcionou muito isso. Onde você estudou e se formou? Guarda lembranças desta época? Sim, guardo muitas lembranças. Comecei a estudar no Noraldino Lima, depois fui para o (ginásio) Clóvis Salgado e terminei meus estudos no Ditão (Escola Benedito Ferreira Calafiori). Eu não fiz uma faculdade e abri mão dos meus estudos para ir atrás de algo que, na época, era interessante para mim. Eu trabalhava em uma empresa e tinha um horário bem apertado. Eu não podia abrir mão do meu emprego, porque era a minha renda naquele momento. Então, optei por abrir mão dos estudos. Hoje eu poderia estar formado em algo que eu goste, mas eu não reclamo e nem questiono. A profissão que eu escolhi me deu a oportunidade de mostrar o meu talento, a minha capacidade e eu fui construindo a minha vida em cima disso, também. Seu primeiro emprego foi onde? E depois? Onde mais você trabalhou? Meu primeiro emprego foi nas Carrocerias Mambrini, onde fiquei por 25 anos, registrado. Trabalhava numa oficina e, às vezes, as pessoas me olham e acham que eu sou maquiador, cabeleireiro, mas lá eu fazia serviço de marcenaria, de pintura, algo bem pesado. Bem ou mal eu me estabilizei lá, até chegar o momento de entrar num acordo com a empresa e me demitir para cuidar mais de mim e dos meus projetos. Foi nessa época que eu perdi meu irmão... Eu sou estilista, eu desenho, crio as minhas roupas de couro, visto meninas em mais de 20 cidades da região para concursos de rainha de peão. Minhas produções hoje concorrem com Barretos. Isso tem me dado retorno, porque eu alugo os vestidos e as fantasias. E como e quando surgiu em você o interesse em realizar/promover concurso de miss? Ah... Isso é a minha vida e eu fico até muito emocionado quando falo nisso. Eu levei e levo isto muito a sério em minha vida e tenho boas recordações de quando tudo começou e de tudo que já passei para chegar onde estou. Desde pequeno eu acompanhava os concursos de Miss Brasil no programa do Sílvio Santos, e me encantava. Ficava vislumbrado! Já tentei largar e parar de mexer com concursos, mas é algo muito forte dentro de mim, apesar de ser uma profissão muito cruel. Eu sou apaixonado por isso, gosto de lidar com pessoas, gosto de ver a realização do concurso, a emoção. Não é apenas uma faixa escrita com o nome de um município. Atrás disso tem muita coisa! Tem toda uma preparação, todo um sonho, tem algo muito especial em cima disso e que somente quem ama é que dá valor. Eu comecei em 1987, no Coronel José Cândido, fazendo um concurso para eleger a Miss da escola. Naquela época as pessoas não davam muita credibilidade. Ganhou uma moça muito bonita, Daniela Gonçalves e que, depois, foi até rainha da escola de samba Minas de Ouro. Dali, nunca mais parei. Fui a Passos obter orientações com a Terezinha Saragô Spósito, minha amiguíssima até hoje, e que coordena os concursos por lá. Ela foi me encaminhando, me abrindo as portas... Na época, também, tinha o colunista social Nicolau Neto (já falecido), do jornal Estado de Minas e que fazia a cobertura desses eventos. Aprendi muito com ele. Quais os principais concursos que já participou e promoveu? Quais os pontos positivos e negativos de se atuar neste ramo? O carro-chefe aqui em São Sebastião do Paraíso é o concurso “Miss Paraíso”. Antes a escolhida era por indicação. Hoje a coordenação faz o concurso e eu não tenho dificuldade nenhuma em arrumar candidatas. As dificuldades são outras... Eu não sou muito de lamentar a falta de apoio, ou falta isso e aquilo porque, para mim, o mais importante de tudo, é você realizar o evento. E eu consigo fazer e não quero parar! Tem anos que é bom, outros nem tanto, mas são concursos que me deram a oportunidade de chegar até o Miss Minas Gerais, levando candidatas aqui da cidade e da região. Conheci artistas, Miss Brasil, misses de outros estados. Para mim e para o meu currículo, foi bárbaro. São muitas pessoas ligadas a este tipo de evento, coordenadores que a gente fica conhecendo e os assuntos não se restringem apenas a concurso de miss, mas também se discute sonhos, oportunidades e dificuldades... Já estive em Santa Catarina participando de concurso, levando candidatas de Paraíso. Pontos negativos? Eu encontro mais aqui na cidade, com pessoas que veem o seu sucesso e criam dificuldades; meninas que sonham em participar, mas a família não move uma palha para ajudar ou o namorado não deixa; outros, os pais acham que suas filhas são muito novas. Só que eles se esquecem de que, para ser Entrevista concedida a Adriano Rosa miss, tem que ser nova; chega numa certa idade, a pessoa já não está mais interessante para o concurso. E muitas dessas meninas e rapazes se esquecem de um importante detalhe: a beleza tem prazo de validade! Isso é passageiro. Quem ganhar, vai reinar um ano, dois, depois passa a faixa para outro vencedor e já fica de escanteio; a pessoa terá que seguir outro caminho na vida, porque aquele já foi, passou... Surgem outras belezas... E ser miss é bem mais fácil do que ser modelo, ir para São Paulo, encarar uma agência e ser mal tratada. O gasto é maior, dormem e comem mal. É uma ou outra que dá sorte como modelo e, atrás disso, tem muito investimento financeiro. Diferente de ser miss, porque no concurso, as regras são claras. Se a menina será bem sucedida ou não, depende da coordenação e da própria candidata. O apoio do poder público é importante? E quando ele não vem? Como você faz? Não é importante... É superimportante (risos). Só que, repito, eu não posso me lamentar. Se eu ficar me lamentando porque não tive apoio, eu vou abrir mão de algo que eu gosto. Eu passo a proposta, faço os eventos, o regulamento chega, a gente passa para o poder público nos ceder um carro para levar a candidata até a cidade onde será o evento, ou pagar a taxa de inscrição ou o vestido para a miss... Se o apoio não vem, o que eu posso fazer? Nada é perfeito... Eu cheguei num ponto em minha vida de não ficar vislumbrado com nada neste aspecto. Toda ajuda é bem vinda, só que eu não vou deixar, nunca, minha miss, eleita num concurso meu, colocar uma faixa e ficar numa feira, numa praça ou na esquina de avenidas movimentadas pedindo dinheiro para as pessoas, igual eu vi aqui tempos atrás. Então, se tem que ser feito, se eu vou levar uma miss para representar a cidade num evento maior, e eu não tenho de onde tirar este recurso, eu faço meus eventos e tiro daí o dinheiro. Hoje a Miss Paraíso atual tem na cabeça uma coroa que vale R$ 2 mil, feita pela coordenação. As faixas de minhas misses são profissionais, compradas onde se faz a faixa da Miss Brasil. Tudo o que eu puder investir no meu concurso, eu invisto. E o custo que as minhas candidatas têm para participar de evento meu é mínimo. Se os pais e os rapazes soubessem a importância de um concurso de miss e mister, eles investiriam. O fato de a cidade ser interiorana auxilia um pouco na mentalidade das pessoas, mas eu já fui jurado de concursos em Juiz de Fora, Poços de Caldas e a qualidade dos eventos deles em termos de candidatas e produção são péssimas, e são cidades bem maiores que Paraíso. Infelizmente, para muitas pessoas, o concurso de miss é considerado brega e fora de moda, as pessoas não querem gastar dinheiro com isso. Só que uma coisa não atrapalha a outra. A pessoa pode estudar, trabalhar e, também, participar de um concurso, ainda mais se ela tiver condições físicas. Qual a sensação quando uma candidata ou candidato apoiada (o) por você vence um concurso de miss e quando ela/ele perde? Com o quê é mais fácil lidar: o gosto da vitória ou da derrota? Sem dúvida, com a vitória. Ela é bárbara e o entusiasmo é outro. A candidata que a gente leva para fora é porque achamos que ela tem condições de competir de igual para igual com as demais. Só que nós, também, não temos noção do que vamos encontrar lá fora, não é? Tem candidatas, às vezes, que são e estão mais preparadas, são mais experientes, mais bem apoiadas financeiramente. Tudo isso conta. Hoje, além de vestir a candidata local, eu sempre visto seis, sete moças de outras cidades que me procuram. Quando acontece de perder, eu já tive todo tipo de reação. Rapazes que, simplesmente, voltam para casa emburrados, mãe de criança dizendo que foi injusto o resultado, ou que houve roubo por parte dos jurados. Eu tento contornar a situação. Tenho um lema comigo: aquilo é uma competição e depois que se anuncia o eleito no microfone, não adianta chiar ou reclamar, não é verdade? Se o jurado teve mau gosto, se a segunda colocada era mais ou menos bonita, não há mais o que se fazer. Eu oriento as candidatas a saberem ganhar e perder, mesmo que a reação ou o resultado me decepcione um pouco também. Para você, quais são os principais requisitos para uma pessoa (mulher e homem) participar de um concurso de miss? Existe muito “apadrinhamento” ou fraude neste tipo de evento? Em outras palavras: ganha quem a pessoa que está promovendo o concurso quer? Olha, vou ser muito franco com você. A pessoa que promove o concurso tem o poder, sim, de fazer ganhar quem ela quer. Tanto eu, como qualquer outro coordenador, podemos fazer isso, mas eu jamais fiz e farei isso. Muitas das vezes nos concursos, as pessoas que ganharam não eram as minhas preferidas, mas se foi a escolha dos jurados, eu respeito e incentivo da mesma maneira, mesmo se eu não tiver um retorno com aquele investimento e se a família da menina que ganhou não apoie tanto como aquela que, entre aspas, eu gostaria que ganhasse. Eu convido um grupo de jurados e os oriento a elegerem uma miss. E, a mulher ou o homem ensaiando, é bem diferente quando não se ensaia. Mesmo assim, chega no dia, uma acerta na produção, outra não; umas preparam mais o corpo, outras não. As mães pensam que somos babás das candidatas, e não é por aí. A coordenação não tem essa função. Isso é papel de cada uma das candidatas, porque no concurso, vai vencer a melhor, e que pode não ser a mais bonita, mas a que melhor se apresenta. A gente dá orientações a respeito de cabelo, cintura, peso, maquiagem, vestimentas. Umas concordam e seguem; outras teimosas, não, e fazem do jeito delas. Para o homem é mais fácil ganhar um concurso quando ele percebe isso. Quando ele não percebe e entra tímido, inseguro ou nervoso na passarela, ele se dá mal. A mulher já é mais segura e demonstra isso. E quando ela fica em 2º ou 3º lugar, ela quer voltar e competir de novo. O homem não. Pelo menos os nossos aqui, não (risos). O mundo globalizado de hoje faz muito culto ao corpo. A beleza vem em 1º lugar, deixando de lado a essência, o interior da pessoa para segundo ou último plano. Como você analisa esta inversão de valores? A beleza põe mesa? A beleza é todo um conjunto. E muitas das candidatas a miss acham apenas que ter um rostinho bonito é essencial. No primeiro obstáculo em que a “carinha bonita” é barrada, ela não pode esquecer que há outros valores que ela precisa ter também, como saber falar em público, completar frases, discorrer sobre temas, saber se portar, até para participar de competições onde o nível de conhecimento das candidatas é maior, sabem até falar outras línguas... De uns tempos para cá eu tenho ficado mais celetista com as candidatas a Miss Paraíso, até para elas terem consciência de como é difícil e complicado participar de um concurso. Não me importo se me chamam de enjoado. Como eu organizo, eu coloco regras, senão entra qualquer pessoa, e não é por aí... Quem vai assistir, quer ver gente bonita, bem vestida, que tenha desenvoltura na passarela e tenha conhecimentos. Não é só ter “carinha bonita”... Outro ponto interessante é a concorrência entre as próprias candidatas, quando uma observa a outra. Isso dá a essência do negócio e faz o concurso crescer. E a questão do preconceito neste tipo de evento, Flávio? Como é? O preconceito é uma palavra tão baixa e tão pequena... A divulgação do meu trabalho, das minhas modelos, eu faço pela rede social, no Facebook. Ali eu demonstro o nível de pessoas com as quais eu trabalho. Não é questão financeira, de a pessoa ter mais ou menos dinheiro, mas eu mexo com muitas famílias. Eu tenho que ter respeito e consideração por elas porque é tudo um reflexo a mim. Não posso ter deslizes... Os meus eventos, bons ou nem tanto, são feitos com amor e carinho, com ou sem o apoio do poder público. A passarela é minha, a coroa e o manto também, o coreógrafo e o professor de passarela sou eu. Eu tenho consciência disso e não gosto de fazer eventos mais ou menos. Já passei dessa fase. Há uns quatro meses soltaram na rede social que eu era preconceituoso e não apoiava eventos com candidatas plus size (gordinhas). Eu apenas disse, na época, que concurso de miss não é instituição de caridade. Eu levo isso ao pé da letra e digo que realmente não é! Instituições de caridade são outros segmentos. O meu concurso é de beleza. Já fiz infantil, da terceira idade, country, feminino, masculino, quero fazer o Miss Gay, só que o plus size não é interessante para mim no momento. Nada contra a realização deles, só que não é a minha praia. Eu acompanho e não quero que alguém vá lá fora representar a cidade em que eu moro e estar mal vestida, não saber andar e servir de chacota para outras pessoas. Aí soltaram no Face que eu era contra e as pessoas caíram matando em cima de mim, da minha família, da minha imagem, me ofenderam, falando coisas sem saber... Quem começou tudo isso é uma pessoa totalmente, Se a Prefeitura ou as empresas não querem apoiar, então vamos fazer um chá beneficente, algo mais digno, convidando as mulheres da sociedade do nosso município, ou fazer um jantar para arrecadar fundos. Para mim, concurso de miss tem que estar voltado ao lado social. Eu tenho um trabalho respeitado e bem visto pelas pessoas. Minhas candidatas são lindas, maravilhosas e muito bem tratadas. Por elas, eu brigo! (risos). Flávio, e sua paixão por Carnaval? Surgiu quando? Em quais escolas você participou, por que não participa mais e como avalia hoje os desfiles carnavalescos no geral, aqui e fora? Ah, eu participei tanto e amo o Carnaval. Ajudava muito a Edméia Malaguti nas fantasias da rainha do Carnaval. A gente fazia o carro lá no Clóvis Salgado. Depois fui mestre sala da Pérola Negra, da Unidos do Alto, destaque, passista. Era a minha paixão! Sou descendente de negro. Via e ouvia aquele batuque e desde pequeno sou envolvido e tinha que desfilar. Hoje voltou o Carnaval aqui em Paraíso, muita coisa tem que ser melhorada, as autoridades tem que pegar firme. Cada escola este ano ganhou R$ 30 mil... O Miss Paraíso não ganha nem R$ 3,00... É uma verba boa que se investe e que dá para apresentar à comunidade um belo e luxuoso espetáculo. As agremiações já têm o grosso comprado: as plumas, os boás, os carros já estão com as ferragens prontas, as baterias já tem os equipamentos. Só precisa usar a criatividade e inovar. Este ano me convidaram para fazer parte da Minas de Ouro. Eu nunca estive muito ligado a eles e adorei. Achei o Dudu um artista divino, monta um costeiro como ninguém, a Cely muito gente fina. Eu queria ficar nos bastidores e no fim, acabei desfilando e passando na avenida. Não resisti! As outras escolas também estavam muito boas, só que eu acho que tudo pode ser melhorado... Um concurso de miss não deixa de ser um evento cultural, concorda? De que forma você avalia a cultura hoje em nossa cidade? Concordo com você e a Cultura em São Sebastião do Paraíso deveria ser apoiada em todos os sentidos: teatro, Carnaval, Congada, concurso de miss... Tudo pode ser valorizado! Eu acho um erro, por exemplo, não convidarem a Miss Paraíso para participar de eventos como o Carnaval. E eu dei até uma bronca nela. Ao invés de ficar aqui, ela foi passar os dias de folia fora. Ela tinha obrigação de sair em uma escola de samba, como destaque. Uma coisa puxa a outra, sabe? Tem que mostrar trabalho e o poder público precisa apoiar, desenvolver projetos de teatro, de moda, de passarela. Tem muita gente talentosa na cidade e que precisa aparecer. Os próprios gays mesmo, lindíssimos, deram um show no carnaval, dançando mais que a mulherada... Tem que fazer um concurso de fantasia e outro para eleger a Rainha e o Rei Momo do Carnaval. Hoje eles são indicados pela Associação, são pessoas talentosas, estavam belíssimos, mas isso cabe a cada escola fazer sua indicação. Depois se faz um evento de escolha dessas pessoas até mesmo para movimentar a cidade, dividir a renda, chamar o público. Eu acho que dá um “auê” maior, entende? O que você gosta de fazer nas suas horas de folga? (risos). O problema é eu ter horas de folga. Eu fico voltado mais para o meu ateliê, fazendo as roupas. Mas hoje, dedico um tempo maior para os meus filhos. Minha esposa trabalha e, na parte da manhã, quem cuida, dá banho, vai para o fogão, faz comida e leva para a escola sou eu. O que gosta de comer, beber, ouvir, tipo de filmes e ver na televisão? Apesar de muitas tragédias, eu amo jornal. Sou noveleiro, mas não acompanho todas as tramas. Adoro massas, uma lasanha. Não sou muito chegado em carne. De bebida, só socialmente, mas curto mais a água. Música, é o samba. Filmes, de ação. Este ano teremos eleições no Brasil. O que você espera dos candidatos e dos eleitores? Já pensou em se envolver com política? Eu já fui candidato a vereador há muitos anos. Eu era muito jovem, foi uma experiência boa, mas não é minha praia. Gosto de acompanhar o que se passa pelo País, o desenvolvimento, as mobilizações. Eu espero que as pessoas se conscientizem na hora de votar. Tudo é mudança e vale a pena mudar. Ela te dá uma luz no fim do túnel. Se não está bom daquele jeito, vale a pena correr o risco da mudança. Eu penso dessa forma. Quais são as suas principais qualidades e defeitos? Eu sou ariano. Logo, eu me acho prepotente, autoritário, mandão. Eu tomo a liderança de uma situação que, às vezes, nem minha é. Quando eu me vejo, eu estou dominando a situação. Isso é coisa do Flávio... Tenho tentado me controlar. Não consigo mandar ninguém fazer nada para mim. Tento ser muito correto, não passar a perna em ninguém e não iludir ninguém, porque nesse mundo de concursos, há muita ilusão... Eu não prometo nada. O meu trabalho é apenas uma sementinha. Vamos ver até onde ela vai... Sou muito amoroso, me apego demais às pessoas, amo as minhas misses como se fossem minhas amigas, gente da minha família, pego intimidade com mãe, com pai, acabo tendo liberdade para falar as coisas e, às vezes por isso, eu me decepciono. Dinheiro, saúde, sabedoria e amigos. Qual a ordem destas palavras em sua vida e por quê? A saúde em primeiro. Faz um mês eu tive um problema de saúde, uma úlcera, estou me cuidando, tomei muitos remédios, tive que me afastar um pouco das minhas atividades. Isso me jogou no chão, me deixou abalado e me assustou um pouco! Não tenho mais 20 anos e passei a me cuidar mais... Em 2º vem a sabedoria, porque toda pessoa sábia tem muitas portas abertas e eu aprendi muito nesse mundo miss, me abriu um leque. Não viajei para o exterior e nem fiz faculdade, mas consegui trilhar por alguns caminhos que a sabedoria me deu esta oportunidade. Em seguida os amigos, são muito importantes. Eu não tenho uma vida social. Ela é muito resumida à família e ao mundo miss. Muitas pessoas me auxiliaram nesta cidade, diziam para eu não desistir, porque meus eventos eram bons. Isso me dava forças, pois eu via que eram pessoas que admiravam o meu trabalho, mesmo não tendo nenhum interesse. O dinheiro é consequência. Todo mundo quer viver bem, ter conforto, uma casa, um lar, e isso você consegue trabalhando honestamente. Eu só tenho que agradecer a Deus, de joelhos. Como é sua relação com Deus? Eu sou católico, mas procurei uma ajuda na Doutrina Espírita, sabe. Estava precisando devido a tudo o que aconteceu na minha vida e na de minha família. Isto me refletiu agora, principalmente com a morte de meu irmão. Eu que me sentia muito para cima, estava me sentindo a pior pessoa do mundo. Eu consegui ajuda, me apeguei mais ainda em Deus, trabalhando meu espírito para ser uma pessoa mais tranquila, ser mais maleável, tocar o barco para frente, porque ainda tenho dois filhos para criar, né (risos). Se hoje fosse o seu último dia de vida, você estaria pronto para partir ou pediria mais um tempo? Eu pediria mais um tempo... Agora não... É minha obrigação deixar o Thor e a Luma, meus filhos, adultos e pessoas de bem. Esta é uma responsabilidade que meus pais me passaram. Então eu peço muito a Deus para me dar saúde, força e carinho a fim de que eu possa cumprir esta missão. Eu dou apoio e não induzo, mas, se os meus filhos seguirem o mundo miss, eu vou ficar muito feliz, porque eu conheço este mundo, com eles ganhando ou perdendo. Mil vezes eles neste caminho do que usando drogas, um caminho perigoso e sem volta... O que você espera encontrar do outro lado da vida? O meu irmão e meu pai... Só... Acho que só... (emocionase). Aproveito para agradecer ao Jornal do Sudoeste, ao Nelsinho, à minha família que eu amo demais, à minha esposa e filhos. Cada ser humano tem a sua história e a minha foi escrita de forma muito legal. Curti muito a minha história e tenho certeza que ela será muito longa. Quero ainda passar muito nervoso em concurso. Quero entrar dentro da minha casa e viver bem, com tranquilidade, com gato, cachorro, quero curtir muito estes momentos, porque sei que tudo é muito passageiro. Agradeço muito a Deus por todas as pessoas que passaram pela minha vida. Às vezes eu paro, minha mente vai lá ao passado e eu vejo quantas pessoas foram importantes para mim... Edméia Malaguti, Waldemar Francisco, as escolas de samba, os ex-prefeitos, as exsecretárias. Até o lado negativo foi bom. Me fez crescer. Hoje o nome “Flávio Vieira” se tornou forte, e de uma maneira simples, passo a passo. Eu não precisei derrubar, criticar ou fazer mal a ninguém. Quantas pessoas surgiram nesta cidade fazendo desfiles e só eu sobrevivi até agora... Isso é um talento e não é para qualquer um. Não é fácil! O Donizetti Silva e o Valdeir Lima, que sempre estão comigo nas apresentações, me perguntam: “como eu dou conta?”. Eu não sei de onde vem a minha força, mas continuo ensinando as meninas a desfilarem e elas aprendem e mudam comigo! O que passou, passou... As coisas e pessoas que me fizeram mal... Eu não tenho mágoa e nem raiva. Às vezes ficamos chateados naquele momento, mas passa... Tenho tantas coisas para me preocupar, que certos comentários são irrelevantes... página 4 São Sebastião do Paraíso-MG e Região - 8 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste Jornal do Sudoeste página 5 São Sebastião do Paraíso-MG e Região - 8 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste página 6 JUSTIÇA AMARRADOS Está virando moda as pessoas fazerem justiça com as próprias mãos, no país. As imagens de ladrões espancados e amarrados em postes, nas periferias das grandes cidades, já assustaram. Agora está tão comum que nem notícia de jornal é mais. As cenas de barbárie, de pessoas surrando bandidos e os amarrando em postes, não atemorizam pelo efeito Renato Zouain sanguinário causado, mas por seu significado. Representam a completa falta de credibilidade do povo na polícia e na justiça. Cidadãos comuns, muitos deles de bem e religiosos, cansaram de esperar pela solução estatal, pela justiça governamental e pelas forças públicas, e estão calejados com a impunidade. Não acreditam mais que as nossas leis irão resolver o problema de insegurança e violência urbana, porque veem todos os dias ladrões a solta e sem sequer serem incomodados pela polícia que, quando os prende, os vê libertados logo em seguida por força de uma legislação questionável. Na verdade, todas as nossas leis penais e processuais penais, que tratam do crime e do criminoso, são voltadas para as garantias e liberdades individuais, e não para a manutenção da ordem e do bem estar social e coletivo. A bagunça começa aí. Se em 1940 (época do Código Penal em vigor) éramos um país ainda rural e sem conflitos sociais onde essas regras bucólicas funcionavam, hoje estamos em guerra e, para cuidar dela, precisamos de armas mais poderosas. Para males extremos, remédios amargos. Porque se a doença fica incurável, pra quê hospital e médico? ABSURDOS JURÍDICOS Acho absurdo que um sujeito detido e conduzido em flagrante por um crime seja solto pela própria polícia que o prendeu. E é isso que a lei manda, por mais estúpida que seja a regra que permite a soltura imediata do suspeito nos casos de crimes “menos graves” (sic), dentre eles aqueles delitos punidos com penas até quatro anos de reclusão e que sejam afiançáveis e não sejam hediondos. Oitenta por cento do Código Penal, amigo leitor, cabe nesse balaio! É por isso que o cidadão vê o ladrão entrando e saindo rápido das delegacias de polícia, às vezes dispensado mais cedo que sua vítima. Quer sensação de impunidade maior que essa? Conheci um dono de supermercado no leste mineiro que foi assaltado. O bandido levou-lhe dinheiro e uma arma com o registro vencido. O delegado tomou conhecimento, não achou o ladrão, mas autuou a vítima por posse ilegal de arma de fogo. O que esse comerciante, que paga impostos e confiou na polícia ao prestar queixa, sai pensando? Se é para legislar pensando no efeito das leis perante a opinião pública, o que é o que o Congresso Nacional mais tem feito, podemos começar por aí, criando mecanismos jurídicos que tranquilizem a sociedade ao invés de alarmá-la, que ponham medo em bandidos e não em gente de bem. SUGESTÕES E SOLUÇÕES Todo suspeito detido pela polícia e acusado de um crime deveria ser imediatamente apresentado a um juiz instrutor. É assim nos Estados Unidos e em diversos países europeus. Se a Polícia Civil possui por função exclusiva a investigação criminal, não tem que prender ou soltar. Seu papel é auxiliar na administração da justiça apurando delitos. Deveria haver audiências judiciais e imediatas logo após as prisões dos suspeitos. Ali, no nascedouro, se daria uma decisão libertando ou decretando prisão, afiançando ou soltando sem pagamento de fiança. Da maneira como é em nosso país, vezes sem conta o magistrado instrutor só conhece o réu trancafiado meses depois do crime. E sabe deste delito só quando vira processo, às vezes inútil. Concede liberdade provisória a um cidadão que não a merece, embasandose somente em um auto de prisão em flagrante desacompanhado de qualquer outro documento ou informação. Ou arbitra fiança em determinado montante sem conhecer o tamanho do prejuízo da vítima ou do salário e do patrimônio do criminoso. Impossível administrar justiça dessa maneira, e aí é claro que o Poder Judiciário vira o gargalo, o patinho feio, a raiz de todos os males do sistema. Isso tem que acabar. Os juízes devem ser mais protagonistas do processo e menos espectadores passivos, como vêm sendo por décadas. E as leis tem que ajudar nessa transformação. Ou isso, ou continuaremos assistindo inertes a linchamentos, permaneceremos de olhos arregalados vendo a população insatisfeita tomando para si a tarefa de fazer justiça com as próprias mãos, o que redunda em ações que enterram o Estado em um caixão, junto com a pouca credibilidade que ainda tem. As aparências enganam Vocês já devem ter lido a história do Romualdo, de Artur Azevedo. Trata-se daquele contínuo alto, gordo, ereto, com aquelas opulentas suíças brancas a emoldurar-lhe a cara. Mais parecia uma figura da família imperial. Romualdo não ignorava o respeito que infundia ao pessoal da repartição onde trabalhava, abusava da respeitabilidade de suas barbas. Quando o ministro o viu pela primeira vez, impressionaramno aquelas barba, e indagou a quem pertenciam. Quando lhe responderam que o Romualdo era um simples contínuo, imediatamente ordenou que ele fosse servir em seu gabinete. Achou-o decorativo. Romualdo calado era um juiz, falando, um papagaio. É incrível como a estória no decorrer do tempo se repete e assemelha. Senão vejamos: no início de minha vida profissional trabalhei em uma cidade no interior do Paraná, onde o delegado municipal era respeitado por todos por suas qualidades. Apesar de ser alto e forte, apenas não lhe era favorável sua impostação de voz, extremamente fina. Em contrapartida havia um senhor, morador da mesma cidade, de baixa estatura, apelidado de “treme-terra”, como se diz, com um verdadeiro vozeirão. Dizem que o delegado o convidou para servir em seu gabinete. O serviço consistia apenas em dar voz de prisão, ou seja, duas pancadas dadas na mesa pelo delegado correspondia ao “treme-terra” dizer a ladrões e arruaceiros: você está preso. Uma pancada na mesa significava, esteja solto. Segundo fofoqueiros da época, com isso configurava mais configurava mais autoridade ao senhor delegado. Com aquelas suíças brancas do Romualdo e o vozeirão do “treme-terra”, quem poderia supor que as aparências enganam. Sebastião Pimenta Filho – MEMBRO DA APC. Lions Rua José Osias de Sillos, 590 Fone: (35) 9119-5751 “Nós servimos há 40 anos em São Sebastião do Paraíso” HOMENAGEM CL. VASCO DRAZIO GIL São Sebastião do Paraíso-MG e Região 8 de Março de 2014 ORAÇÃO AOS SOLITÁRIOS (*) Ely Vieitez Lisboa Senhor! Veja como vamos sós, pelos caminhos, pelas ruas, nas casas, nos empregos, nos carros. A solidão é profunda e amarga, dolorida e falaz. Vem com as sombras, aumenta na escuridão, sufoca nas madrugadas, quando a alma parece exilar. De quem os surdos soluços? Da alma que se vai, triste melodia do coração que chora? A vida é tão breve, Senhor, os homens tão insensatos, tão mal informados. Os passos se desencontram, as mãos não se acasalam, separam-se lábios que nunca se juntaram. A névoa envolve a cidade. É a bruma dos sonhos desfeitos, das desilusões, dos amores prematuramente mortos, mal nascidos? A solidão machuca, Senhor! É tão amargo, Senhor, braços feitos para o nada, mãos que acariciam o vazio, palavras perdidas de ternura estéril. A solidão gera a angústia, Senhor. E com ela o estômago preso, a garganta seca, o grito estrangulado. A solidão dói, Senhor! E o Homem não aprende. Tudo é tão simples, lógico, certo, seqüente. Ensinam as flores, os pássaros, as plantas, os animais. Mas ELE procura, titubeia esmiúça, tenta, compara, vacila idealiza, regride, volta, reincide. Mostre-nos portas e caminhos, Senhor! Dê-nos alento na procura. Não permita que sonhemos só com o inatingível. Deixe-nos ver o fruto mais próximo, sentir seu gosto, não partir atrás de árvores estranhas, de copas tão altas. Tire de nossos sentidos perfumes jamais sentidos, o doce tato de peles nunca tocadas, a imagem de olhos que só vivem de afagos. A vida é áspera, Senhor! O caminho é duro e árido. E nós, os SOLITÁRIOS, somos tantos... Peço-lhe por mim, por ele, por ela, por todos: Trance nossas estradas, Senhor, abrande os corações crespos de sofrimento, rasgue sorrisos nos lábios crestados de amargura umedeça os olhos secos de lágrimas, dirija nossos passos para o ENCONTRO. Faça que nossas mãos, em mágica, aprendam a se unirem palma a palma, para que conversem, se entendam se amem, e com elas, os corpos, as almas. A SOLIDÃO é cruel, Senhor! Livre-nos dela. Na tarde de terça feira, dia 04 de fevereiro, de 2014, deixou o nosso convívio e foi ao encontro de Deus, para engrandecer ainda mais a constelação celeste. Aqui entre nós deixou-nos o exemplo de humildade, caráter, respeito ao próximo e principalmente de um ser temente a Deus. Um exemplar pai de família, que traçou ao lado da esposa Glória, um caminho reto, para que seus filhos seguissem, assim como o fazem. Nós, companheiros Leões, sentiremos uma profunda falta do Amigo CL VASCO, mas também guardaremos lembranças de seu convívio onde tivemos a sorte de pertencer. Na última festiva em que esteve junto a nós, ficamos fortemente emocionados quando Gloria, cantou “Como é grande o meu amor por você”, dedicando ao esposo Vasco. À nossa companheira Glória e filhos, só nos resta dizer o orgulho que sentimos de vocês, pois nosso companheiro, partiu, e levou na bagagem a experiência de ter vivido amor verdadeiro na vida familiar, ao qual presenciamos de perto!! O LIONS CLUBE de São Sebastião do Paraíso, não perde um companheiro, pois onde estiver, sei que estará intercedendo a Deus, pelo nosso trabalho leonístico ao qual pertenceu por quase 30 anos!!! Aos familiares, nossos respeitos e contem sempre conosco !!! C. ROBERTO, Presidente Lions Clube São Sebastião do Paraíso. AGRADECIMENTO Renato Zupo, Juiz de Direito na comarca de Araxá Cristo Alegria realizado pelos católicos durante o carnaval Os organizadores do Cristo Alegria, o verdadeiro Carnaval de Jesus realizado pela Renovação Carismática Católica, Setor Paraíso agradecem a todas as pessoas que participaram e ajudaram na organização do evento realizado nos dias 1º, 2, 3 e 4 de março de 2014, na quadra poliesportiva do Colégio Paula Frassinetti. Um agradecimento especial às irmãs que gentilmente cederam o espaço, aos padres Vander de Souza Carmo, Rodrigo Costa Papi, Monsenhor Enoque Donizetti de Oliveira. que participaram das celebrações. Fica o registro de agradecimento aos coordenadores de Grupo de Oração, Pastoral da juventude, Ministério de Música, intercessores e servos pela imensa colaboração. Deus lhes pague. (*)Ely Vieitez Lisboa é escritora, poetisa e crítica literária. E-mail: [email protected] Carnaval 2014 O Carnaval, esta nobre e tradicional festa que traça suas origens à Grécia e à Roma Antigas, sempre foi um grande ícone de São Sebastião do Paraíso e do Brasil, como um todo. Eu, que mais do que viver, participei diretamente da criação desse festival em seus anos de maior brilho, e testemunhei também, com muito pesar, o seu vertiginoso declínio e queda com o passar dos anos, conforme a prefeitura destinava cada vez menos verbas a esse símbolo da cultura paraisense. No entanto, neste ano de 2014, fiquei realmente espantada com o que, impossibilitada de andar, tive de ver por fotos e com o que minha filha, que assistiu pessoalmente ao desfile, me relatou: uma festa bonita, repleta de criatividade e exuberância, algo tão diferente da sombra que se esgueirava, tímida e pálida, pela Praça Comen- dador José Honório nos anos passados. Eu, que vivi os anos da glória carnavalesca de São Sebastião do Paraíso, me senti extremamente feliz e esperançosa com o último desfile. É realmente reconfortante ver que Paraíso está recuperando seu esplendor passado e, em nome de todos os que já dançaram, enfeitaram carros alegóricos, desfilaram nos mais variados blocos, em suma, em nome de todos os que já festejaram o Carnaval em seus anos dourados, parabenizo a criatividade e a audácia das grandes idealizado-ras da festa de 2014, Cinira e Sinara, bem como ao Sr. Prefeito, Rêmolo Aloise, que, entendendo a importância da cultura da cidade, destinou recursos suficientes para que o Carnaval desse seu primeiro passo rumo à graça e à glória de outrora. Que este seja o primeiro de muitos grandiosos ainda por vir. Dimeia Malaguti São Sebastião do Paraíso-MG e Região 8 de Março de 2014 Jornal do Sudoeste página 7 Aniversariantes Neste sábado, dia 8, o médico Dr. João de Almeida Paula Jr. Em Maringá a paraisense Isabela Neto Piccirillo. Dia 10 Alcione (Original Chopp) Dia 11, William Marfório Mendes. Dia 12 Dra Sandra de Carvalho, Rosilena Grillo (RG Cerimonial). Pretende casar em 2015? Os noivos que pretendem se casar em 2015, precisam correr atrás das contratações para que possam escolher os profissionais que melhor atendam suas expectativas. Alguns meses como Abril, Setembro e Outubro são mais concorridos e a partir de novembro passam a disputar agenda com as confraternizações empresariais e formaturas. Definido o número de convidados, o local da cerimônia e da recepção deve ser reservado o mais breve possível. Após, passar para a contratação dos profissionais que atendem apenas um evento por dia: cerimonialista, fotógrafos, cinegrafistas e músicos. Os bons profissionais estarão prontos para todos os esclarecimentos necessários sobre seus serviços e sobre o contrato a ser formalizado, devendo este ser estudado criteriosamente, constando tudo o que for combinado. Para que o casamento seja conforme sonharam é preciso contratar os serviços de acordo com o sonho e o bolso, lembrando que nem sempre o mais caro é o melhor e o de custo abaixo do mercado pode ser uma decepção. Buscar referências é primordial. Tempo hábil é garantia e contratos bem elaborados é garantia de sucesso Ralph Diniz, repórter do Jornal do Sudoeste inaugura idade nova no dia 14. Parabéns. Márcia Lemos O prezado amigo Joel Henrique, responsável pela coluna Joel da Balada, neste Sudoeste, muda de idade neste domingo, dia 9. A equipe “JS” o cumprimenta. Momentos inesquecíveis requerem cuidados especiais... Conte com nossos serviços para o sucesso de seu evento. RG Eventos Assessoria e Cerimonial A coluna antecipa cumprimentos ao Deputado Carlos Melles, secretário de estado de Transportes e Obras Públicas do Estado de Minas Gerais, que muda de idade nesta terça, dia 11. AÇÃO ENTRE AMIGOS O deputado Geraldo Thadeu veio a Paraíso para rever amigos e familiares. Assistiu o desfile carnavalesco e entregou troféu ao responsável pelo bloco Boi Bumbá, Creginaldo Damázio dos Santos, o Paraíba. Homenagem Sãosinha Em prol da família da pequena Maria Vitória, que foi diagnosticada com leucemia e encontra-se em tratamento na Santa Casa de Passos. Vários amigos estão empenhados na promoção desta ação beneficente com a realização de um almoço que será realizado no dia 27 de abril a partir das 12 horas, no Salão Social da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Sion, ao preço de R$ 10,00. Também haverá um sorteio de prêmios, com o custo de R$ 1,00 a cartela. Os ingressos podem ser adquiridos através do telefone 99020939 com Cleide. Colabore! Uma festa em grande estilo e criatividade realizada às cinco da tarde do dia 17 de fevereiro no Buffet Evelina, preparada com a sensibilidade artística de Gisele Machado com a participação de seu esposo, comemorou o aniversário de sua mãe, Ruth Machado e também a sua ida para Brasília, onde vai residir junto de suas filhas, Christina, Lucila, Gisele e Carla, genros e netos. Na chegada os amigos foram fotografados individualmente com a aniversariante, numa demonstração de carinho de Ruth, para com as pessoas que ela quer bem. Durante a festa as fotografias foram entregues aos amigos, ficando o original para ela que guardou carinhosamente. Pintora sensível, quis presentear os amigos com uma tela pintada por ela. Formouse um bingo, e a ganhadora fi- cou muito feliz com a belíssima tela. O cardápio assinado por Evelina, próprio para a tarde, finíssimo, chás de diversos aromas e sabores, sucos de frutos, refrigerantes, tortas, mousses, doces e finalmente café colonial. O parabéns a você foi cantado e a aniversariante apagou a velinha do grande bolo comemorativo. O pastor presbiteriano Edmar Eurípedes Vicente discursou felicitando-a em nome dos membros da igreja, em grande parte ali presentes, falando sobre sua personalidade gentil e carismática. Foi abraçada pelo pastor e sua esposa Denise Vicente. As acadêmicas da Academia Paraisense de Cultura, Eliana Mumic Ferreira, Míriam Lauria, Dirce Brigagão Alcântara, Conceição Borges Ferreira, foram levar a Ruth um abraço carinhoso, pois seu esposo, Dr. Harley Silva Machado, foi em vida, acadêmico atuante, sobressaindo-se pela sua inteligência, cultura e valor moral. A poetisa Eliana Mumic Ferreira declamou seu belíssimo “Poema à Vida”. Foi uma tarde de homenagens, abraços e pedidos a Ruth, para que em Brasília traga sempre Paraíso em seu coração. Poema à Vida Eliana Mumic Ferreira Se vale a pena viver? A existência é um sonho às vezes doce e tão belo e, às vezes, nos faz sofrer. É como águas de um rio, correndo, sem descansar, vencendo seus desafios, seguindo em busca do mar. Contempla em torno de ti as noites de lua inteira e, quando o dia desperta, sente a paz do amanhecer. Vê como a terra é bonita quando a semente germina, e como o vento se move nas folhas, a estremecer. Em ciclos que se sucedem a natureza se agita renascendo a cada dia com seu jeito de menina. Aproveita, pois, a luz do dia que te foi dado, olha as estrelas, no céu, vê a beleza dos prados e recebe o dom da vida como um presente de Deus. Esquece aquela ferida, de mágoas, sem cicatriz, quem perdoa se liberta para amar e ser feliz. Conserva no coração a fé, o amor, a esperança, vê as flores, sente o vento, o céu, as nuvens, as águas e abraça a felicidade agora, neste momento. Nossa existência é um sonho, Um sonho breve e dourado: vive teu sonho e não deixa que acabe sem ser sonhado. Jornal do Sudoeste página 8 Psicoletrando Você se ac ha uma acha pessoa decidida? Josimara Neves, psicóloga e escritora (CRP-04/37147) Marília Neves, professora e escritora Contato: [email protected] De vestido ou de saia? Rosa ou roxo? Hoje ou amanhã? Como decidir? Tem gente que abre a geladeira e paralisa, como se estivesse esperando que um iogurte saltasse em suas mãos e dissesse: “— Devora-me!” Seria muito mais fácil para os indecisos se os próprios alimentos tivessem iniciativa e se jogassem no prato, pois assim, não teriam que decidir nada. Pessoas indecisas olham para dentro do guardaroupa e enxergam um labirinto sem saída, tornando o hábito de se vestir num martírio. Outras, diante de um cardápio, demoram mais tempo olhando para ele do que saboreando a comida posta à mesa. Pessoas indecisas: • carregam em si a marca da insegurança, da inatividade, da dúvida, do medo de ousar, de tentar, de avançar, de dar a cara à tapa e tomar a iniciativa; • apresentam dificuldade de hierarquizar o que é mais importante para cada situação, em cada momento; • perdem muito tempo pensando e apresentam dificuldade no que tange à execução; • costumam ser mais vagarosas quando é necessário fazer uma escolha rápida; • podem se tornar dependentes de opiniões alheias; • sofrem por serem assim; • tendem a ser medrosas; • possuem pouca confiança em si mesmas, têm a atenção muito voltada para si, em alguns casos; • podem se autoboicotar; • têm grande propensão a arrepender-se do que fazem; • analisam o problema comumente pelo lado negativo; • justificam as escolhas pelo medo de errar; • devem se autoperceber melhor a fim de não se tornarem vítimas do próprio destino; • tendem a resistir às mudanças. Observando essas características, percebemos que existem diversas perdas que ocorrem em detrimento da indecisão. Perder tempo, na atual conjuntura, significa muito. Por isso, para melhorar aspectos intrínsecos que contribuem para a indecisão, é importante que a própria pessoa reconheça as perdas ao invés de lucrar por ser indecisa, afinal, aqueles que possuem lucros secundários por serem assim dificilmente optarão por mudar, uma vez que é mais trabalhoso. Quem reconhece que é indeciso e sofre com isso deve saber que a atitude de ter decisão é fruto de uma construção, ou seja, depende de aprendizagem social da pessoa. Sendo assim, tal aspecto pode ser treinado e, gradativamente, aperfeiçoado. Adquirir segurança interna, autoconfiança e autopercepção é fundamental para romper com os grilhões mentais que bloqueiam a mente, impedindo-a de ir além e de decidir o que é melhor para si mesmo. Josimara Neves Quando desejamos intensamente algo, traçamos uma diretriz psíquica que favorece a concretização das nossas metas. Por isso, é imprescindível discernir sobre qual caminho se almeja palmilhar. Marília Neves São Sebastião do Paraíso-MG e Região 8 de Março de 2014