Departamento Curricular do 1º Ciclo do Ensino Básico CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ANO LECTIVO 2010/2011 INTRODUÇÃO De acordo com a legislação em vigor, a avaliação é um elemento integrante e regulador de todo o processo de ensino aprendizagem e visa certificar as diversas aprendizagens e competências adquiridas sendo o objectivo, primeiro e último, promover o sucesso escolar de cada aluno. MODALIDADES DA AVALIAÇÃO UTILIZADAS Considerando o nível de desenvolvimento das crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, as modalidades de avaliação propostas pelo enquadramento legal da avaliação e a concepção de que as competências nunca se avaliam e que o que se avalia, efectivamente, são as manifestações dessas competências, optamos por recorrer às seguintes modalidades para a avaliação: Avaliação Formativa Visa melhorar as condições de aprendizagem dos alunos. Ocorre antes e durante o processo ensino - aprendizagem. Contempla, relativamente à sua função, a avaliação diagnostica e a avaliação interactiva ou retroactiva. Pretende definir o nível inicial e dificuldades encontradas pelos alunos, bem como detectar erros e estratégias positivas de resolução dos problemas. Contempla um procedimento instrumentado e um procedimento intuitivo (feedback enviado aos alunos). Ao nível da orientação do dispositivo de avaliação integra um enfoque no papel do professor com a ajuda dos alunos (em situações de remediação). Avaliação Sumativa Tem como propósito a certificação dos resultados da aprendizagem. Relativamente ao momento em que ocorre emerge depois da sequência de formação e tem como função exclusiva efectuar avaliações de etapa/ fim de ciclo. Visa constatar aquisições intermédias ou de fim de ciclo. Apoia-se exclusivamente num procedimento instrumentado. No domínio da orientação do dispositivo de avaliação existe um enfoque único no professor (atribuição de uma classificação). 2 Avaliação Formadora Este tipo de avaliação, concebida como um processo de definição de práticas assume uma dimensão que urge aqui caracterizar: Ao nível dos objectivos ou finalidades educativas visa favorecer uma apropriação progressiva dos critérios de avaliação por parte dos alunos; Ocorre durante a aprendizagem, enfatizando a função de auto – regulação; Ao nível das constatações tenta captar os erros e as estratégias positivas dos alunos, Fundamenta-se num procedimento mais ou menos instrumentado; Ao nível da orientação do dispositivo de avaliação o enfoque centra-se no aluno. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO CONSIDERADOS Fichas de auto – avaliação; Provas e Testes escritos (áreas curriculares disciplinares); Grelhas de registo Caderno diário ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO MOBILIZADOS Os dispositivos de avaliação utilizados entroncam numa aproximação à perspectiva modelizada da avaliação, que considera alguns dos seguintes elementos/conceitos: REFERENTE – elemento exterior ao qual nós nos referimos. Neste nível de ensino, a nossa escala avaliativa é de natureza qualitativa (com a respectiva transposição para uma escala quantitativa/percentual) e considera quatro níveis: 3 ESCALA QUALITATIVA ESCALA QUANTITATIVA (PERCENTUAL) Não Satisfaz 0 a 49% Satisfaz 50% a 69% Satisfaz Bastante 70% a 89% Excelente 90% a 100% INDICADOR – é o elemento observável, constituindo o sinal, o vestígio da presença de um fenómeno. Consideramos na avaliação dos alunos, indicadores gerais de ciclo e específicos (de acordo com o ano de escolaridade e a área curricular). Os indicadores encontram-se organizados em duas áreas a saber: ÁREA AFECTIVO-SOCIAL -atitudes/comportamento - (30%) ÁREA COGNITIVA - competências/conhecimentos - (70%) 4 INDICADORES ÁREA AFECTIVO-SOCIAL: Atitudes/comportamento (30%) É pontual e assíduo; Manifesta interesse pelas actividades propostas; Coopera/relaciona-se com os outros; Manifesta um comportamento adequado ao espaço da sala de aula e outros; Manifesta capacidade de auto-avaliação. Adere e intervém nas actividades de sala de aula; Revela organização do trabalho de aula e/ou de casa; Participa nas actividades promovidas pela escola. INDICADORES ÁREA COGNITIVA: Competências/conhecimentos (70%) ÁREAS CURRICULARES DISCIPLINARES LÍNGUA PORTUGUESA Expressa – se oralmente com clareza e correcção; Adequa o seu discurso oral ao contexto e ao objectivo comunicativo; Extrai e retém informação dos diferentes discursos orais; Compreende e aplica o vocabulário activo; Mobiliza um vocabulário diversificado, com correcção sintáctica; Lê com entoação, ritmo, fluência e expressividade; Interpreta e compreende o significado global do que lê; Domina a técnica da escrita progressiva; Aplica técnicas básicas de organização textual; Escreve com correcção ortográfica; Cumpre as regras da execução caligráfica apresentando uma letra legível; Aplica as regras gramaticais básicas de Funcionamento da Língua. 5 MATEMÁTICA Compreende a representação de números; Lê e escreve números; Relaciona os números entre si e com o sistema de numeração decimal; Domina as técnicas de cálculo; Demonstra estratégias de cálculo mental; Compreende situações problemáticas; Resolve situações problemáticas; Revela conhecimento das noções básicas de geometria; Relaciona grandezas e medidas. ESTUDO DO MEIO Compreende os princípios elementares do Meio Social; Compreende de elementos básicos do Meio Físico; Conhece a sua identidade; Conhece a realidade envolvente; Evidencia conhecimento sobre o seu património histórico; Problematiza situações concretas do seu meio; Demonstra capacidade de experimentação; Reconhece e aplica características do seu grupo de pertença; Exprime e fundamenta opiniões pessoais sobre aspectos do Meio; Utiliza formas variadas de comunicação; Aplica técnicas elementares de pesquisa e organização de dados; Demonstra conhecer e aplicar as normas de higiene, saúde e segurança do seu corpo; Mobiliza recursos diversificados e reconhece a sua importância na satisfação de necessidades. EXPRESSÃO PLÁSTICA Revela desenvolvimento da destreza manual; Realiza tarefas específicas com preocupação e rigor; Explora os vários materiais com criatividade; Manifesta originalidade nas suas composições; Evidencia harmonia na utilização de cores; 6 Organiza os elementos no espaço da composição; Domina progressivamente as representações bidimensionais e tridimensionais; Transmite ideias de modo perceptível através das diferentes técnicas de expressão. EXPRESSÃO DRAMÁTICA Participa nos jogos de comunicação verbal e não verbal; Produz e reproduz personagens; Dramatiza situações; Explora diferentes formas e atitudes corporais; Realiza improvisações e dramatizações a partir de situações simples; Observa, escuta e aprecia o desempenho dos outros; Manifesta à vontade na execução das tarefas propostas. ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES ÁREA DE PROJECTO Colabora nas actividades; Elabora e concretiza projectos; Integra saberes na construção do conhecimento; Valoriza o significado pessoal e social das aprendizagens disciplinares; Manifesta capacidades de auto e hetero-avaliação; Actua em prol da identidade colectiva; Evidência iniciativa, persistência, responsabilidade e criatividade. ESTUDO ACOMPANHADO Selecciona e organiza a informação; Aplica técnicas de estudo diversificadas; Mobiliza competências nos métodos de estudo e de trabalho; Desenvolve competências de organização da informação e dos materiais; É progressivamente autónomo na aquisição das aprendizagens; Manifesta gosto pelo trabalho e pelo estudo; Consulta e utiliza diversas fontes de informação. 7 FORMAÇÃO CÍVICA Respeita as opiniões dos outros; Demonstra sentido de justiça, espírito de solidariedade e de partilha; Apresenta receptividade aos valores humanos e sociais; Coopera com interesse nas actividades propostas; Demonstra comportamentos coerentes com os valores educativos da escola; Revela auto-estima e auto-conceito. CRITÉRIOS DE TRANSIÇÃO ANO/CICLO De acordo com a legislação em vigor, no 1º ano de escolaridade não há lugar a retenção, excepto se tiver sido ultrapassado o limite de faltas injustificadas. À excepção do 1º ano, o aluno deverá ficar retido ou não aprovado se o professor titular considerar que não adquiriu as competências essenciais definidas para cada ano de escolaridade. A segunda retenção no mesmo ciclo, ocorre quando o professor titular, depois de ter definido estratégias específicas, verificar que o aluno continua a manifestar dificuldades em adquirir as competências essenciais do ano em que está inserido. No caso de uma segunda retenção, a decisão de progressão cabe ao professor titular, ouvidos o Conselho de Docentes por Ano, o Conselho Pedagógico, bem como os Encarregados de Educação. DOCUMENTOS LEGAIS DE SUPORTE Decreto – Lei nº 6/2001 Despacho Normativo nº 1/2005 Despacho Normativo nº 50/2005 8