Campeão das Províncias ID: 30145394 13-05-2010 Tiragem: 9000 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 28,64 x 27,93 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Jardim da Manga Ex-libris da cidade e lugar de boa gastronomia 27641 Reabrimos completamente remodelados e com serviço take-away. Rua Nicolau Rui Fernandes - 3000 COIMBRA - Telef.: 239 829 156 MORADA Jardim da Manga TELEFONE 239 829 156 ENDEREÇO ELECTRÓNICO [email protected] PÁGINA NA INTERNET www.jardimdamanga.net HORÁRIO ABERTO das 08h00 às 24h00 DESCANSO SEMANAL Ao sábado Em tempos que reconhecem ao turismo um lugar preponderante na economia e na afirmação da identidade portuguesa ao resto do país e ao mundo, é com redobrado entusiasmo que, a pretexto da boa mesa, conjugamos a descoberta do património da cidade de Coimbra com uma visita ao Jardim da Manga, um monumento nacional onde vamos redescobrir um restaurante que, há mais de trinta anos, se destaca pela qualidade da sua cozinha tradicional. GERALDO BARROS Francisco Almeida assumiu, naturalmente, a gerência do estabelecimento criado em 1977 pelo seu tio, Armindo Teixeira de Faria. Hoje, como no passado, o Jardim da Manga – ou Claustro da Manga – é um dos ex-libris da cidade, vertente que a gerência se orgulha de preservar e manter como cartão-de-visita da própria cidade. Se o monumento, com os seus lagos, jardins e repuxos, convida a aproveitar o refúgio do buliço citadino, o restaurante Jardim da Manga oferece um cardápio, completo o palato para a degustação do cozido à portuguesa, o bacalhau com natas, o entrecosto à serrana ou o cabrito no forno, entre outras propostas igualmente tentadoras que, da cozinha para a mesa, devem a sua confecção à mão experiente de Judite Estrela. Apreciado o repasto e enquanto se espera pela sobremesa, aqui consubstanciada sob a forma de arroz doce, maçã assada ou torta de laranja, entre outras doces tentações, saiba que estas receitas “têm segredo”, conforme explica ao “Campeão” Francisco Almeida. Qual? Não o revela, portanto, o melhor é saborear e tentar descobrir. Da esplanada, agradável espaço à entrada do restaurante, oferece-se à contemplação o Jardim da Manga, cujo nome alguns atribuem ao facto de D. João III ter gizado a sua arquitectura na manga do gibão que vestia naquela época. Do quadro arquitectónico original, restam as construções que preenchiam o centro do jardim, designadamente, os cubelos onde ainda podem ser apreciados quatro pequenos retábulos (bastante degradados, infelizmente), cuja autoria é atribuída ao artista escultor João de Ruão. O claustro é, desde 1934, mo em qualquer guia turístico merecedor desse nome. Voltando ao restaurante, que é por isso que viemos ao Jardim da Manga, é de relevar que o estabelecimento de Francisco Almeida foi inovador e pioneiro em Coimbra, ao implementar a vertente de self-service, hoje coordenada por Miguel Dinis. “Pautar pela diferença” é valor assumido pelo gerente e pelo seu filho, Francisco Emanuel Almeida que, com a restante equipa do restaurante, primam pela simpatia e pelo profissionalismo do atendimento. “Para se manter e agradar aos clientes, uma casa deve apostar na qualidade e, quando assim é, o passa palavra é a melhor publicidade”, explica o gerente. A clientela é variada e há quem faça deste restaurante O restaurante foi pioneiro em Coimbra na implementação do self-service Jardim da Manga foi classificado como monumento nacional em 1934 primeira escolha quando chega a hora da refeição, seja ao almoço, ao jantar ou até mesmo em convívio de amigos. A estes juntam-se também os turistas, ora atraídos pelo monumento ora pela justa referência do restaurante Jardim da Manga em prestigiados guias internacionais. “Há um vasto conjunto de razões que traz as pessoas ao Jardim da Manga. A cozinha tradicional, o atendimento e a qualidade do serviço são argumentos, mas convém não esquecer que este é um dos ex-libris de Coimbra, que atrai imensa gente, sobretudo estrangeiros”, sustenta Francisco Emanuel Almeida. A partir do projecto de arquitectura da autoria de Luís Neto, o restaurante foi sujeito a obras de requalificação, concluídas há cerca de dois meses pela empresa Ramos Catarino 2. Esta consciência de preservação e valorização de um património da cidade de Coimbra, que é de todos mas que suscita particular orgulho a quem com ele (con) vive diariamente, está bem patente nos largos painéis de azulejos que decoram a sala de refeições. A história de Coimbra, cidade do Mondego e dos estudantes, está bem representada quer pela alusão ao tróleicarro que percorria as ruas da urbe quer pela antiga Torre de Santa Cruz, cuja representação foi feita a partir já existia no restaurante. & a sugestão para aproveitar o repasto na esplanada do Jardim da Manga, à noite, por exemplo, quando a moderna iluminação sublima a beleza desta monumento nacional e nos transporta para outros tempos em que, por certo, a gastronomia era também respeitada.