REABILITAÇÃO/AMPLIAÇÃO DAS ESCOLAS BÁSICAS DO 1º CICLO E PRÉ-ESCOLAR DE PORTO DE MÓS PARA CENTRO ESCOLAR PROJETO DE INSTALAÇÃO DE GÁS Localização do Projeto: Requerente: Fase: Data: Rua da Saudade, Porto de Mós Câmara Municipal de Porto de Mós Projeto de Execução Novembro de 2014 REABILITAÇÃO/AMPLIAÇÃO DAS ESCOLAS BÁSICAS DO 1º CICLO E PRÉ-ESCOLAR DE PORTO DE MÓS PARA CENTRO ESCOLAR PROJETO DE INSTALAÇÃO DE GÁS Peças Escritas – Memória Descritiva Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 2 2. DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO .......................................................................................... 2 3. DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO ................................................................................................................... 4 4. CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS DE QUEIMA ...................................................................................... 4 4.1 5. Características do Gás a Utilizar .............................................................................................................. 5 CÁLCULOS ............................................................................................................................................. 5 5.1 Pressuposto de Dimensionamento ......................................................................................................... 5 5.2 Folha de Cálculo – Gás Natural ............................................................................................................... 7 6. CONDIÇÕES TÉCNICAS ............................................................................................................................ 8 6.1 Ramal de Ligação e Caixa de Contador .................................................................................................... 8 6.2 Conduta Principal de Alimentação e Distribuições .................................................................................. 9 6.3 Montagem dos aparelhos de queima ...................................................................................................... 9 6.4 Ventilação e exaustão dos produtos de combustão ................................................................................ 9 6.5 Montagem da instalação ...................................................................................................................... 10 6.6 Ensaios ................................................................................................................................................. 12 7. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS MATERIAIS .......................................................................................... 13 7.1 Caixa de Entrada .................................................................................................................................. 13 7.2 Manga Protectora ................................................................................................................................ 13 7.3 Tubagens e Acessórios ......................................................................................................................... 13 7.4 Válvulas ............................................................................................................................................... 13 7.5 Redutores ............................................................................................................................................ 14 7.6 Qualidade dos Materiais ...................................................................................................................... 15 8. DÚVIDAS E OMISSÕES .................................................................................................................... 16 Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 1 1. Introdução Serve a presente Memória Descritiva e Justificativa, para definir e dimensionar o traçado da Rede de Instalação de Gás Natural, da Reabilitação/ Ampliação das escolas básicas do 1º ciclo e pré-escolar de Porto de Mós para Centro Escolar, cujo requerente é a Camara Municipal de Porto de Mós. A presente memória descritiva tem como finalidade, a especificação da rede de utilização de Gás Natural, dos materiais e acessórios utilizados, e constituintes da rede em análise. A instalação considera o abastecimento a Gás Natural proveniente da Rede de Distribuição da Lusitaniagás, conforme indicado nos desenhos em anexo. O presente projecto foi elaborado tendo em conta as alterações propostas pelo projecto de arquitectura, sendo no seu conjunto foi baseado e condicionado pelas características arquitetónicas do edifício, destinando-se a instruir o processo de apreciação. 2. Descrição e Caracterização do edifício O centro escolar localizar-se-á em Porto, distrito de Leiria. O Edifício para o qual se pretende a presente instalação de gás natural apresentará os seguintes espaços: Piso térreo – Edifício Principal: átrio 4 salas de Actividades Posto de Segurança 2 Arrumos de material didáctico Arrumos de material exterior I.S. de Crianças Gabinete de Educadores Gabinete de atendimento 3 I.S. (masc., fem. e pessoas com mobilidade condicionada) Gabinete de professores 2 I.S. de alunos 2 Sala de Educação plástica Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 2 4 Salas de aula Área técnica Arrumos geral Sala polivalente (E.B. 1) Refeitório Sala de pessoal não docente Área de cozinha e espaços de apoio à mesma 2 I.S./Baneario /vestiário funcionários (masculino e feminino) Recreio exterior Piso térreo – Edifício Anexo: I.S. de Crianças 2 I.S. (masc., fem) Sala Polivalente (J.I) Recreio Exterior Piso 1 - Edifício Principal: 6 Salas de Aula + educação plástica Posto de Segurança 4 I.S. de alunos (2 femininos + masculinos) Arrumos de material didáctico Gabinete de professores Arrumos geral Área técnica Sala de AEC´s Sala multiusos Biblioteca Sala de professores Gabinete de professores 3 I.S. (masc., fem. e pessoas com mobilidade condicionada) 2 Áreas técnicas exterior Casa de gerador Casa de caldeiras Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 3 3. Descrição da instalação O regime de pressão é o de Média Pressão. A instalação de Gás Natural será fundamentalmente constituída por: Uma caixa de entrada; Um redutor de pressão para 100mbar e duas válvulas de corte, tomas de pressão com tê tamponado; Um contador; Uma rede de distribuição; Um dispositivo exterior de corte ao fogo (selável); Válvulas de corte de ¼ de volta antes de cada aparelho de consumo e de cada contador; Uma ligação equipotencial à terra da rede interna. Do lado esquerdo da entrada principal do Edifício ficará instalada a caixa de entrada. A conduta principal de alimentação seguirá embebida (em vala) no pavimento no exterior do Edifício (sob a balanço da laje do piso superior), até à caixa de transição de material (plástico/metal). A partir da transição a tubagem seguirá embebida no pavimento e/ou parede até aos locais de consumo, mais propriamente até à cozinha no piso 0 e área técnica no piso 1. 4. Características dos aparelhos de queima Os aparelhos de queima a instalar deverão ser do tipo multigás, ou conversíveis para Gás Natural, cujas categorias correspondentes são I2H, II12 H 3P, II2H3+. EQUIPAMENTO (Constituição) Quant. Potência Nominal (KW) Débito GN m3(st)/h TIPO Fogão 1 25.00[KW] 2.51 A Grelhador 1 26.60[KW] 2.67 A Fogão Monolume 1 11.00[KW] 1.10 A Caldeira 1 35.00[KW] 3.51 B Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 4 4.1 Características do Gás a Utilizar GÁS NATURAL Pressão máxima: 100 mbar Pressão de utilização: 20 mbar Densidade: 0.65 Densidade corrigida: 0.62 Poder calorífico Superior: 10032 kcal/m3 (n) Inferior: 9054 kcal/m3 (n) 5. Cálculos 5.1 Pressuposto de Dimensionamento O dimensionamento da instalação foi realizado para a utilização de Gás Natural, visto ser esta a situação mais desfavorável, e tendo em conta os seguintes factores: Caudal máx. instantâneo foi calculado tendo em conta o somatório dos caudais dos aparelhos; A perda de carga em linha e a influência do desnível na pressão: P = Pa2 - Pb2 = (48.6 x Leq x Dc x Q1.82) / (D4.82) (Média Pressão) P = Pa - Pb = (23200 x Leq x Dc x Q1.82) / (D4.82) (Baixa Pressão) Ph = 0.1293 x (1 - dr) x h Ptotal = P + Ph A compensação das perdas de carga singulares através do acréscimo de 20% do comprimento real da tubagem: Leq = 1.2 x L Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 5 A pressão de utilização é de 20 mbar; A perda de carga máxima desde o contador até ao aparelho de queima mais desfavorável é de 1,5 mbar; A velocidade máxima de escoamento de gás nas tubagens é de 10 m/s, sendo calculada de acordo com a seguinte expressão: v 354 Q D 2 Pm Nas expressões anteriores as variáveis têm os seguintes significados: Pa - Pressão inicial em mbar (valor abs.) Pb - Pressão final em mbar (valor absoluto) dc - Densidade corrigida do gás Dr - Densidade relativa do gás Q - Caudal do troço em m3(st)/h V - Velocidade do gás no troço em m/s D - Diâm. interior da tubagem em mm P - Pressão média no troço em bar (valor m abs.) Leq - Comprimento do troço acrescentado de 20% para compensação das perdas de carga localizadas, em metros Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 6 5.2 Folha de Cálculo – Gás Natural 5.2.1 Cálculo Média Pressão BASES PARA O DIMENSIONAMENTO EM REGIME DE MEDIA PRESSÃO Caracteristicas do Gás : Gás a adoptar: Gás Natural Densidade relativa: 0.65 adimensional 0.62 adimensional Densidade corrigida: Poder calorifico(PCS): 10.032 kcal/m3 9.054 kcal/m3 Poder calorifico(PCI): Caracteristicas de Dimensionamento: 30 mbar Perda de carga máxima: 100 mbar Pressão a montante: 15 m/s Velocidade: 0.02 mbar/m j máximo: 10.78 m3 (st)/h Caudal Total: 7.49 mbar Perca de carga total: EQUIPAMENTOS (caudais) : Potência Designação (KW) Fogão Monolume 11.00 Fogão c/4 Queimadores 25.00 Caldeira 35.00 Grelhador 26.60 Teste 10.00 Ref. Ml Fg Cald Gr T Caudal (m3 (st)/h) 1.10 2.51 3.51 2.67 1.00 CÁLCULOS: Troço Mont Juz. Equip. Descrição s (m) (m) (m3/h) (mm) (mm) (bar) (bar) (mbar) (mbar) (mbar) Velocidade Tipo de Veloc. Verificação Tubagem da Veloc. (m/s) 1.00 54.65 0.55 10.78 32.60 40 0.100000 0.09657 0.025 96.598 3.402 3.232 Verifica PEAD 0.40 7.28 20.00 22 0.096598 0.09255 0.018 92.567 7.433 5.804 Verifica Cobre Coef. S/C Nº Comprimento Troço Vert. Qcal Caudal Interno Externo Pa Pb Pressões ΔPh Pbcorr. dp Cont 1 5 Fogão; Monolume; Grelhador; Caldeira; Caldeira;Teste;Teste 1 2 3 Fogão; Monolume; Grelhador;Teste 1.00 12.50 2 3 2 Fogão; Monolume;Teste 1.00 0.25 4.61 20.00 22 0.092567 0.09253 0.000 92.532 7.468 3.678 Verifica Cobre 3 4 2 Fogão;Teste 1.00 0.25 3.51 20.00 22 0.092532 0.09251 0.000 92.510 7.490 2.798 Verifica Cobre 4 teste 1 1 Teste 1.00 0.25 1.00 20.00 22 0.092510 0.09251 0.000 92.508 7.492 0.799 Verifica Cobre 1 5 2 Caldeira;Teste 1.00 5.05 3.51 20.00 22 0.096598 0.09617 0.204 96.369 3.631 2.793 Verifica Cobre 5 teste 2 1 Teste 1.00 0.25 1.00 20.00 22 0.096369 0.09637 0.000 96.367 3.633 0.798 Verifica Cobre 4.50 5.2.2 Cálculo Baixa Pressão BASES PARA O DIMENSIONAMENTO EM REGIME DE BAIXA PRESSÃO Caracteristicas do Gás : Gás a adoptar: Gás Natural Densidade relativa: 0.65 adimensional Densidade corrigida: 0.62 adimensional Poder calorifico(PCS): 10.032 kcal/m3 Poder calorifico(PCI): 9.054 kcal/m3 Caracteristicas de Dimensionamento: Perda de carga máxima: 1.5 mbar Pressão a montante: 20 mbar 10 m/s Velocidade: j máximo: -0.06 mbar/m Caudal Total: - m3 (st)/h Perca de carga total: 0.71 mbar Ref. Ml Fg Cald Gr EQUIPAMENTOS (caudais) : Potência Caudal Designação (KW) (m3 (st)/h) Fogão Monolume Fogão c/4 Queimadores Caldeira Grelhador 11.00 25.00 35.00 26.60 1.10 2.51 3.51 2.67 CÁLCULOS: Mont Juz. Troço Equip. Nº 1 Descrição Comprimento Troço Vert. (m) (m) 3 -1.40 Qcal (m3/h) 2.67 Caudal Interno (mm) 16.00 Externo (mm) 18.00 Pa (mbar) 20.00 ΔPtroço (mbar) -0.48 Pressões Pb ΔPh (mbar) (mbar) 19.52 -0.06 Pbcorr. (mbar) 19.45 dp (mbar) 0.55 Veloc. (m/s) 3.57 Tipo de Tubagem 2 Gr Grelhador Coef. C 1.00 3 Ml 1 Monolume 1.00 5 -1.40 1.10 16.00 18.00 20.00 -0.16 19.84 -0.06 19.77 0.23 1.48 Cobre 4 Fg 1 Fogão 1.00 2.85 -1.40 2.51 16.00 18.00 20.00 -0.41 19.59 -0.06 19.53 0.47 3.35 Cobre 5 Cald1 1 Caldeira 1.00 7.7 -0.15 3.51 20.00 22.00 20.00 -0.70 19.30 -0.01 19.29 0.71 3.01 Cobre NOTA: No cálculo do regime em média pressão foi considerado um consumo extra de 10KW nas derivações destinadas a teste. Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 7 Cobre 6. Condições técnicas A execução do presente projecto deverá ser feita por uma empresa instaladora credenciada e com profissionais qualificados pela Direcção Geral de Energia, de acordo com o Decreto-lei 263/89, de 17/08. 6.1 Ramal de Ligação e Caixa de Contador O ramal principal será ligado pela empresa distribuidora, devendo satisfazer um caudal instantâneo de 10.78 m3 (st)/h para gás natural. A rede interior de utilização terá início na Caixa de Contador, e comportará os seguintes equipamentos: Uma manga protectora de entrada da tubagem; Uma ligação metal-plástico; Uma válvula de corte rápido (golpe de punho); Uma Electroválvula de Segurança, normalmente aberta, c/ rearme automático, ligada à Central de Deteção de incêndios do Hotel; Um redutor de imóvel; Um Contador; Uma válvula de ¼ de volta a seguir ao contador; Ligação equipotencial à terra da rede interna do móvel; Dois pontos de medição de pressão situados imediatamente a jusante da válvula de corte geral e a jusante do redutor. O corte geral da rede será assegurado pela válvula de golpe de punho, rearmável apenas pela concessionária. O contador será fornecido pela empresa distribuidora. Deverá ser montado em caixa, construída em material incombustível e provida de uma porta que garanta a ventilação, e ainda possuir a palavra “GÁS” escrita em caracteres indeléveis, na face exterior da porta. O contador a instalar, salvo outra indicação será do tipo G-10. Dimensões da caixa onde será instalado, serão para o caso em estudo, as seguintes: Largura Altura Profundidade 450 mm 835 mm 350 mm Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 8 A empresa instaladora deverá confirmar estas medidas antes do início da obra 6.2 Conduta Principal de Alimentação e Distribuições As distribuições serão executadas em troços rectilíneos com a tubagem embutida, conforme o indicado nas peças desenhadas que acompanham esta memória descritiva. 6.3 Montagem dos aparelhos de queima A montagem destes aparelhos deverá ser executada de acordo com NP EN 437 e por mecânicos de aparelhos de queima credenciados pela D.G.E., de acordo com o Decreto-lei n.º 263/89. A montagem deverá ainda obedecer aos requisitos estabelecidos pelas normas NP 4436, NP-1037-4, no caso da cozinha e a NP-1037- 3 no caso da sala das caldeiras. Deverão ainda ser respeitadas as instruções do fabricante, recomendações do Manual Técnico da GDP e legislação em vigor, nomeadamente a Portaria 361/98. As ligações dos aparelhos instalados em cozinhas profissionais deverão ser metálicas, conforme a norma NP 1037-4 e deverão ser feitas de acordo com o artº 55º da portaria 361/98: 6.4 Aparelho Tipo de ligação Fogão Tubo Rígido Fogão Monolume Grelhador Caldeira Tubo Rígido Tubo Rígido Tubo Rígido Ventilação e exaustão dos produtos de combustão 6.4.1 Ventilação das Habitações A ventilação e evacuação dos aparelhos de queima, deverá ser feita segundo a NP-1037-4, em ambiente com boa ventilação, de modo a garantir uma boa renovação de ar. Deste modo a cozinha terá uma hotte de insuflação/extracção de ar. 6.4.2 Exaustão dos produtos da combustão Exaustão dos aparelhos do tipo “A”: - não necessita de ligação a condutas de extracção. Devem ficar localizados sob Fogão e Fogão uma chaminé onde será feita a tiragem mecânica. monolume - não necessita de ligação a condutas de extracção. Devem ficar localizados sob Grelhador uma chaminé onde será feita a tiragem mecânica. Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 9 Exaustão dos aparelhos do tipo “B”: - deverá ser ligada a uma conduta de extracção de fumos, de chapa tipo Caldeira “SPIRO”, com secção igual à saída do aparelho, em conformidade com a NP 1037-1. 6.4.3 Extracção Mecânica A extracção mecânica dos produtos de combustão deve satisfazer as seguintes disposições: O extractor mecânico só pode ser instalado a jusante de qualquer local habitável e de qualquer orifício de admissão de ar ou de produtos de combustão na conduta ventilada; A paragem intempestiva dos meios mecânicos de extracção (corte de alimentação eléctrica ou avaria) deverá repercutir-se na paragem automática de todos os aparelhos de gás ligados à chaminé onde a extracção foi interrompida. 6.5 Montagem da instalação A montagem da instalação deve satisfazer as seguintes condições: Ser executada em conformidade com as Peças Desenhadas; Ser garantida a ligação à terra, através de um eléctrodo de terra que assegure os valores regulamentares da respectiva resistência de terra e as condições necessárias à sua verificação (conforme o capítulo 5.4 do Manual Técnico da GDP); A tubagem embebida deve ter um recobrimento de 2 cm; Todas as derivações e mudanças de direcção realizadas por soldadura ou brassagem forte, todas as juntas mecânicas, válvulas e acessórios, deverão ficar contidas em caixas de visita facilmente acessíveis; Nas montagens à vista, deverão ser utilizadas braçadeiras apropriadas de duas peças e garantida a identificação da instalação através de pintura de cor ocre amarela, em conformidade com a NP 182; As ligações por flanges, roscas e juntas especiais de modelo aprovado devem ser limitadas ao mínimo possível e satisfazer os requisitos de resistência e estanquidade; As ligações entre tubos de cobre serão feitas por brasagem forte; O material de adição terá um teor em prata superior a 40% e um ponto de fusão superior a 450º C; Serão instalados dispositivos de ¼ de volta, a uma distância máxima de 0.8 m de cada aparelho de consumo; Os dispositivos de corte aos aparelhos situar-se-ão a uma altura entre 1.0 e 1.40 m do pavimento; Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 10 Os aparelhos gasodomésticos ficarão situados a uma distância mínima entre si de 0.40 m, medida na horizontal; Os troços de tubagem verticais devem ficar na prumada das válvulas de corte dos aparelhos que alimentam; As condições de implantação da tubagem enterrada deverão estar de acordo com a Portaria 386/94.7; Os troços embebidos no pavimento deverão ter um percurso paralelo ou perpendicular à parede imediatamente contígua devendo ficar a um afastamento máximo de 20 cm nos percursos paralelos; A tubagem enterrada deverá ser assente em vala, estando a geratriz superior do tubo a uma profundidade de 0,60 m, devendo ser envolvida por uma camada de areia doce com espessura de 10 cm em toda a volta, e sinalizada a 30 cm acima da geratriz superior por uma faixa avisadora com o termo “Atenção Gás” com um espaçamento máximo de 1,0 m. Sempre que a profundidade da vala não permita um recobrimento de 0,60 m, poder-se-á reduzir este valor, sendo para tal necessário proteger mecanicamente a tubagem; O atravessamento de elementos ocos (caixas de ar) deve ser feito no interior de uma manga estanque ventilada; Devem existir caixas de visita (acessibilidade de grau 3) para: Derivações ou mudanças de direcção efectuadas por soldadura ou brazagem forte; Juntas mecânicas, válvulas e outros acessórios (com juntas mecânicas). No caso de existência de soldaduras na tubagem de Polietileno estas devem ser feitas através de acessórios electrosoldáveis; As tubagens embebidas serão instaladas sempre em troços horizontais ou verticais, respeitando distâncias mínimas a outras canalizações para outros fins, de acordo com as seguintes tabelas: CANALIZAÇÕES EMBEBIDAS (mm) Eléctricas EM PARALELO 100 EM CRUZAMENTO 30 Esgotos 100 50 Água Quente ou Vapor 50 50 EM PARALELO 30 EM CRUZAMENTO 20 Esgotos 30 20 Água Quente ou Vapor 30 20 Produtos de combustão 30 20 CANALIZAÇÕES À VISTA (mm) Eléctricas Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 11 6.6 Ensaios Executada a instalação de gás e com toda esta à vista a empresa instaladora realizará os ensaios e demais verificações de segurança exigíveis na presença do técnico de gás responsável pela instalação e de um representante da entidade inspectora. Os ensaios de estanqueidade das tubagens fixas são exigidos para troços cuja pressão de serviço seja igual ou inferior a 0.4 bar – segundo o legalmente estabelecido e procedimento acordado com a entidade inspectora: Troços de instalação a montante do contador serão realizados teste à pressão de 1.5 da pressão de serviço com o mínimo de 1 bar. Troços de instalação a jusante do contador ou a jusante do último andar de redução: serão realizados à pressão de 150 mbar; Os aparelhos de medida para estes ensaios devem ser do tipo adequado, possuírem escalas de leitura com suficiente sensibilidade e possuírem certificado válido como sendo de incerteza máxima de 0,5 %: Para pesquisa de fugas deve utilizar-se uma solução espumífera sendo interdito o uso de chamas. Estes ensaios devem ser realizados com ar, azoto ou com o próprio gás que vai ser utilizado em funcionamento corrente. Sempre que utilizado o ar deve proceder-se à purga da instalação com azoto no fim dos ensaios. Para o regime de pressões desta instalação, a lei dispensa os ensaios de resistência mecânica. Feitas estas verificações e havendo acordo quanto aos resultados, a empresa instaladora emitirá o termo de responsabilidade previsto para o efeito, em triplicado, sendo o original para o proprietário, o duplicado para a entidade inspectora e o triplicado para a entidade instaladora. A Empresa distribuidora só pode iniciar o abastecimento na posse do termo de responsabilidade emitido pela entidade instaladora, e depois de a entidade inspectora ter procedido a uma inspecção à instalação de gás e verificar as condições de ventilação do local, de forma a garantir a regular utilização do gás em condições de segurança. Caso não sejam verificadas quaisquer deficiências, a entidade inspectora emite um certificado de inspecção da instalação. Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 12 7. Especificações técnicas dos materiais 7.1 Caixa de Entrada Trata-se de uma caixa fechada, ventilada, permanentemente acessível, (acessibilidade de grau 1) embutida na parede exterior e construída em material incombustível. Deverá estar identificada com a palavra “GÁS” em caracteres indeléveis e legíveis do exterior. 7.2 Manga Protectora A manga protectora, destinada a proteger a entrada do ramal de edifício (instalado pela concessionária), deverá ser resistente ao ataque químico das argamassas. Será embebida na parede, terá um diâmetro interior mínimo de 50 mm, um raio de curvatura mínimo de 600 mm e a extremidade exterior ao imóvel, enterrada a uma profundidade de 600 mm. 7.3 Tubagens e Acessórios A tubagem e respectivos acessórios serão em Polietileno (nos troços enterrados), segundo a norma NP EN 1555-2, cobre (revestido nos troços embebidos), segundo a NP EN 1057. 7.4 Válvulas 7.4.1 Válvula de Corte Geral A válvula de Corte Geral será de classe de pressão MOP5, do tipo corte rápido, com dispositivo de encravamento só rearmável pela empresa distribuidora, terá ligações por juntas esferocónicas segundo a norma NFE 29-536 e roscas macho cilíndricas segundo NP EN ISO 228 -1, G3/4. 7.4.2 Válvulas de Seccionamento As válvulas de seccionamento deverão ser do tipo “¼ de volta”, possuir obturador de macho esférico, vedação por junta plana, rosca gás macho cilíndrica segundo NP EN ISO 228-1 e indicação do sentido do fluxo e de posição ABERTA/FECHADA. As válvulas deverão ser da classe de pressão MOP 5 e não podem possuir qualquer dispositivo de encravamento na posição de ABERTO. As que se localizam a montante do contador deverão ser selável na posição de FECHADO. O movimento dos manípulos de actuação das válvulas deve ser limitado por batentes fixos e não reguláveis, para que os manípulos se encontrem: Perpendicular à direcção do escoamento, na posição de FECHADO; Com a direcção do escoamento do gás na posição de ABERTO. Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 13 7.4.3 Válvulas de Seccionamento aos Equipamentos As válvulas de seccionamento aos aparelhos (localizadas na instalação interior do Edifício) deverão ser válvulas de ¼ de volta, com patère de passagem de corte aos aparelhos, situadas em local com grau de acessibilidade 1 para manuseamento de acordo com a norma NP EN 331 e da classe MOP 5. 7.4.4 Electroválvulas Estas válvulas serão instaladas nos seguintes locais: Na Caixa de contador, na posição normalmente aberta e fechará apenas por indicação de sinal enviado pela central de detecção de incêndio; No Coletor de alimentação dos equipamentos da cozinha, na posição normalmente fechada e abrirá, automaticamente, em condições normais de utilização. Esta válvula irá garantir que o abastecimento de gás está encravado com todos os sistemas mecânicos necessários à extracção/ventilação, ou seja, a sua abertura estará dependente da simultaneidade de utilização dos aparelhos de queima e do funcionamento da hotte de extracção/ventilação. 7.5 Redutores 7.5.1 Redutores de entrada O redutor será instalado a jusante da válvula de corte geral e deverá ter as seguintes especificações: a sua construção deverá ser de acordo com a Norma NP EN 334; caudal total será 10.78 m3 (st)/h .; a pressão de entrada poderá variar entre Pmáx= 4.0 bar(r) e Pmín= 1bar(r) e a pressão de saída será de 100mbar; a ligação de entrada será feita por junta esferocónicas, conforme NFE 29-536 e rosca fêmea cilíndrica, NP EN ISSO 228-1, G ¾; a ligação de saída será feita por junta plana conforme NP EN ISSO 228-1; classe de regulação AC 5 ou AC 10 e classe de pressão de fecho SG 10 ou SG 20, conforme NP EN 334; dispositivo de segurança requerido são: corte da passagem de gás em caso de excesso ou queda de pressão à saída e encravamento com rearme manual; limitação de pressão à saída - válvula de segurança. A descarga da válvula de sobrepressão do redutor de pressão deve ser efectuada através de uma tubagem colectora metálica, com a extremidade virada para baixo, situada no exterior do edifício, à altura mínima de 2 m e uma distância igual ou superior a 20 cm de qualquer orifício Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 14 em que o gás possa penetrar. A extremidade desta descarga deve ser protegida contra a entrada de corpos estranhos. 7.5.2 Redutores de equipamentos O redutor será instalado a jusante da válvula de corte ao equipamento que irá abastecer, e deverá ter as seguintes especificações: a sua construção deverá ser de acordo com a Norma NP EN 334; o caudal será o necessário para o funcionamento do respetivo equipamento.; a pressão de entrada poderá variar entre Pmáx= 100 mbar(r) e Pmín= 40 mbar(r) e a pressão de saída será de 20mbar; a ligação de entrada será feita por junta esferocónicas, conforme NFE 29-536 e rosca fêmea cilíndrica, NP EN ISSO 228-1, G ¾; a ligação de saída será feita por junta plana conforme NP EN ISSO 228-1; classe de regulação AC 5 ou AC 10 e classe de pressão de fecho SG 10 ou SG 20, conforme NP EN 334; o dispositivo de segurança requerido é o corte da passagem de gás em caso de excesso ou queda de pressão à saída. 7.6 Qualidade dos Materiais Todos os materiais e equipamentos aplicados deverão ser próprios para a utilização de Propano e Gás Natural, serem isentos de defeitos, incombustíveis e obedecerem ao determinado nas respectivas especificações, documentos de homologação e Normas Portuguesas em vigor. As válvulas, redutores, tubagens e ligações deverão ser adquiridas com o Certificado de Qualidade segundo a NP EN 10204, tipo 3.1.B. 7.6.1 Tubagens O material a utilizar nas canalizações será o tubo de cobre devendo em tudo obedecer à NP 1057, Art. 8º e 20º, Portaria 361/98. O material a utilizar no fabrico de acessórios e juntas deve satisfazer os mesmos requisitos de qualidade e segurança exigidos para as tubagens nas quais são instalados. Dever-se-á dar cumprimento ao disposto no Art. 13º, da Portaria 361/98, de 26 de Junho. As soluções de continuidade (soldaduras) serão feitas pelo processo de brassagem capilar forte a prata (teor mínimo 40%) e terão que ficar em caixas de visita. Deverá se respeitado o disposto no Art. 48º e 49º, da Portaria 361/98, de 26 de Junho. Não é permitida a instalação de tubos não metálicos no interior do imóvel nem tubos tipo ferro galvanizado ou chumbo (Art. 9º, 10º e 12º, da Portaria 361/98, de 26 de Junho). Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 15 As interligações aos aparelhos de queima serão do tipo fixo para o aparelho do tipo B (esquentador) e em tubo de borracha flexível de acordo com a especificação técnica IPQ-ET107-1 para o fogão se o abastecimento for provisoriamente com gás butano ou propano e de acordo com a especificação técnica NP 4436 se o abastecimento for de gás natural. 7.6.2 Acessórios As válvulas, tubagens e ligações deverão ser adquiridos com o Certificado de Qualidade segundo a NP EN 10204, tipo 3.1.B. Os acessórios utilizados terão as seguintes marcações: Nome do fabricante ou marca de fabrico; Diâmetro; A palavra “GÁS”; Referência aos lotes de fabrico. As válvulas e dispositivos de corte devem ter assinalados de forma indelével os sentidos de passagem do fluxo. 8. DÚVIDAS E OMISSÕES Em todas as omissões serão respeitadas a legislação e regulamentação em vigor, as normas aplicáveis e as técnicas de boa execução adequadas aos trabalhos a realizar. Lisboa, Dezembro de 2014 O Técnico Responsável …………………………........…………….. Leila Anselmo EngenheiraTécnica Civil Centro Escolar de Porto de Mós Projeto de Instalação de Gás Natural – Memória Descritiva 16