MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA O Teotônio Brandão Vilela Filho USO DOS RESULTADOS GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS DAS AVALIAÇÕES DE SISTEMA Rogério Auto Teófilo SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE Maria Cícera Pinheiro SECRETÁRIA ADJUNTA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Maria do Socorro Figueiredo de Andrade SUPERINTENDENTE DE GESTÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Ricardo Moura Menezes DIRETOR DE APOIO TÉCNICO ÀS REDES Ademir da Silva Oliveira GERENTE DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Cheila Francett Bezerra Silva de Vasconcelos ELABORAÇÃO DE MATEMÁTICA Ademir da Silva Oliveira Magda Valéria Ferreira Torres ELABORAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Lúcia Maria Rocha Sanches DIGITAÇÃO Nailze Monteiro Pinto da Silva ILUSTRAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Manual de Orientação para o Uso dos Resultados de Avaliações de Sistema MACEIÓ 2011 Teotônio Brandão Vilela Filho GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS José Thomás da Silva Nonô Neto VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS Rogério Auto Teófilo SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE Maria Cícera Pinheiro SECRETÁRIA ADJUNTA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Maria do Socorro Figueiredo de Andrade SUPERINTENDENTE DE GESTÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Ricardo Moura Menezes DIRETOR DE APOIO TÉCNICO ÀS REDES Ademir da Silva Oliveira GERENTE DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Cheila Francett Bezerra Silva de Vasconcelos ELABORAÇÃO DE MATEMÁTICA Ademir da Silva Oliveira Magda Valéria Ferreira Torres ELABORAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Lúcia Maria Rocha Sanches DIGITAÇÃO Nailze Monteiro Pinto da Silva ILUSTRAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Maria do Carmo Custódio Silveira REVISÃO APRESENTAÇÃO As ações executadas por esta Secretaria de Estado da Educação e do Esporte visam verificar a qualidade da educação pública no Estado de Alagoas. Nosso objetivo principal é a aprendizagem dos alunos, que tem como consequência o combate à repetência. Com isso, pretendemos melhorar os indicadores de desempenho escolar - que ainda são muito inferiores aos índices nacionais - nos testes de avaliação de aprendizagem. Nesse contexto, a implementação do Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas – Saveal, como consta no Programa Geração Saber, é de suma importância como instrumento para monitoramento, constante, dessas ações, ao constatarmos que, a partir dele, é possível construir um conhecimento mais preciso da realidade educacional, contribuindo para o (re) planejamento das políticas voltadas à melhoria do desempenho dos alunos de nosso sistema educacional. Devemos entender, no entanto, que para esse (re) planejamento é fundamental que usemos os resultados obtidos com as avaliações em larga escala. Dentro dessa perspectiva, a equipe da Gerência de Avaliação Educacional elaborou este Manual de Orientação para o Uso dos Resultados de Avaliações de Sistema como norteador das ações de planejamento pedagógico da escola, considerando, assim, os resultados que cada unidade de ensino apresentou nas avaliações externas, a exemplo da Prova Brasil / Saeb e Saveal. Este Manual vem, portanto, contribuir com a escola na superação de seus índices. Não há a pretensão de esgotar as possibilidades de uso dos resultados com este instrumento, mas há a possibilidade de entendê-los e, a partir desse entendimento, explorá-los e direcionar os planos de ensino no contexto da realidade educacional apresentada pelas escolas nas avaliações de sistema. Agradecemos aos que fazem a educação pública em Alagoas e convidamos a trabalharmos juntos para construir a educação de qualidade que todos almejamos para nossos estudantes. Rogério Auto Teófilo Secretário de Estado da Educação e do Esporte SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 2. AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA 8 2.1. PISA 9 2.2. Saeb 11 2.3. Prova Brasil 11 2.4. Saveal 13 3. ESCALA DE PROFICIÊNCIA – SAEB E SAVEAL 16 3.1. Escala de Língua Portuguesa da Prova Brasil / Saeb 17 3.2. Escala de Matemática da Prova Brasil / Saeb 22 4. USO DOS RESULTADOS 27 4.1. Língua Portguesa 27 4.1.1. Realização de inferências 29 4.1.2. Identificação de temas 33 4.1.3. Relações Lógico- discursivas 35 4.2. Matemática 41 4.2.1. O que dizem os itens de Matemática 42 4.2.2. Os níveis da escala que indicam as habilidades que os alunos necessitam para trabalhar com o item 43 5. ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 49 5.1. Orientação para o coordenador na organização e no acompanhamento do Plano de Ação 50 5.2. Orientação para os professores na organização e no desenvolvimento do Plano de Ação 6. REFERÊNCIAS 51 56 1. INTRODUÇÃO Avaliar ou ser avaliado nos desperta expectativas que nos afetam sobremaneira, em especial, porque projeta, de acordo com as ações executadas, o aluno, o professor, a escola e os gestores de modo geral. Afinal de contas, todo processo avaliativo constitui diagnóstico do nível de desempenho do avaliador e do avaliado. E a avaliação em larga escala, nessa perspectiva, identifica o que a escola deveria produzir e projetar na comunidade a que pertence. A escola tem, portanto, uma grande responsabilidade na melhoria da qualidade da educação, mas esse papel não é exclusividade sua. E, como entendemos que avaliar não é simplesmente recolher dados, mas debruçar sobre eles e dar importância aos pontos essenciais que elevem o desempenho dos alunos. Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte SEE, por intermédio da Gerência de Avaliação Educacional - Geava, apresenta este Manual de Orientação para o Uso dos Resultados de Avaliações de Sistema. Como o próprio nome diz, este manual foi construído como orientador das ações de planejamento pedagógico da escola, considerando para isso os resultados que cada unidade de ensino apresentou nas avaliações externas, a exemplo da Prova Brasil / Saeb e Saveal, as quais têm como foco a escola. Salientamos que o Enem não consta desse Manual, porque o foco desse exame é o aluno. Conforme informação do próprio INEP/MEC, “o Enem é um exame individual, de caráter voluntário, oferecido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores” e “o Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.”. Portanto, para o Ensino Médio utilizamos dados do Saeb que avalia bianualmente os alunos do 3º ano de modo amostral e do Saveal que tem as Matrizes dessa etapa de ensino e avaliará, a partir deste ano de 2011, todos os alunos do médio da rede pública e das escolas particulares que aderirem ao Saveal. Consideramos para as ações de uso dos resultados um trabalho sistemático de cada um dos envolvidos nessa tarefa: a Secretaria Estadual, as Coordenadorias de Educação, as Semeds, a coordenação pedagógica da escola, o professor e o aluno. A finalidade com essa tarefa coletiva é elevar o nível de desempenho dos alunos, ou seja, que os discentes consigam aprender o que é esperado ao final de cada etapa de ensino, conforme pode ser identificado nas Matrizes Curriculares de Referência da Prova Brasil / Saeb e do Saveal. Sabemos que há um número expressivo de programas e projetos apresentados à escola pelo MEC e pela SEE. Este documento, no entanto, não é mais uma atividade a ser desenvolvida na escola, mas uma ação planejada em que cada unidade de ensino, de acordo com o desempenho que apresenta nas avaliações externas e internas da escola, deve apresentar propostas de modificação em sua sistemática de trabalho, visando à superação das dificuldades dos alunos. Salientamos que os sistemas de avaliação têm como papel fundamental retroalimentar as redes de ensino, apontando necessidades que podem ser tomadas como pontos de partida para a elaboração de políticas educacionais, desde as macroestruturais, que cabem às secretarias de educação, até as executadas em sala de aula. Alguns instrumentos servem de base para utilização deste manual: os Cadernos Pedagógicos de Língua Portuguesa e Matemática do Saveal; as Matrizes de Referência do Saeb; a Escala de Proficiência do Saeb; e a Base de Dados do Inep/MEC, onde se encontram os resultados das escolas nas avaliações da Prova Brasil / Saeb. A escola, de posse do seu resultado, pode identificar na Escala de Proficiência o que os alunos já dominam e o que eles precisam dominar para avançar na escala, de acordo com cada etapa de ensino. Os Cadernos Pedagógicos e as Matrizes de Referência darão subsídio ao professor para identificação dos conteúdos e respectivos níveis de dificuldade que deverão ser trabalhados em sala de aula. Organizamos este Manual em três partes. Na primeira, encontra-se a orientação de Língua Portuguesa com atividades de leitura e de compreensão de texto, evidenciadas nas avaliações em larga escala, utilizando exemplos da Prova Brasil / Saeb e do Saveal. Na segunda parte, evidenciam-se as possíveis leituras de Matemática, apontando as principais dificuldades que os alunos apresentam nas questões referentes à resolução de problemas e possibilidades de superação. As devolutivas das Coordenadorias Regionais de Educação, Semeds e escolas compõem a terceira parte deste Manual. Propomos que cada unidade de ensino elabore um plano de ação, considerando seus resultados nas avaliações Prova Brasil / Saeb e Saveal. Ou seja, de acordo com a situação apresentada, a unidade de ensino deverá : I – apontar as dificuldades dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática; II – promover ações pertinentes para superação, sem desconsiderar os programas e projetos que a escola já desenvolve; III – Acompanhar e registrar os avanços obtidos. Salientamos que o Saveal, com a realização de avaliações sistemáticas e contínuas, fará o acompanhamento global desse desempenho das escolas, observando a superação ou não das dificuldades dos estudantes. Esse, afinal, é o objetivo de toda avaliação, seja ela a de pequeno porte, realizada na escola no cotidiano da sala de aula, seja ela em larga escala. É através dessas avaliações que tomamos conhecimento das dificuldades dos alunos e, de posse dos resultados, poderemos utilizá-los como guia no processo de ensinoaprendizagem. Por fim, cada docente, de acordo com sua formação e o nível escolar em que atua, possui, dentro deste processo pensado pela Geava, sua identidade avaliativa que lhe oportuniza obter dados importantes a serem utilizados no planejamento e replanejamento de sua ação docente. Como afirma Luckesi (1998, p. 9), avaliação é “um juízo de valor sobre dados relevantes para uma tomada de decisão”. Portanto, queremos somar os dados obtidos pelos professores em seu cotidiano em sala de aula com os dados obtidos nas avaliações externas, para que, no conjunto dessas formas de avaliação possamos enxergar mais e até melhor os resultados de nossas escolas. 2. AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA Vale a pena ser ensinado tudo o que une e tudo o que liberta. Tudo o que une, isto é, tudo o que o integra cada indivíduo no espaço de cultura e de sentidos. Tudo o que liberta, isto é, tudo o que promove a aquisição de conhecimentos, o despertar do espírito científico. (...) e tudo o que torna a vida mais decente. (Nóvoa, Antônio, Prova Brasil e o Direito ao Aprendizado In Plano de Desenvolvimento da educação PDE/SAEB, Brasília, 2009) A criança, o adolescente, o jovem e até mesmo o adulto tem contato com letras, números, imagens, sons e símbolos, independente de frequentar a escola. Placas de estabelecimentos comerciais, nota fiscal de supermercado, teclado de computador, folhetos, músicas, propagandas, fatura de cartão de crédito, enfim há linguagens cada uma com fórmulas diversas. A interação do indivíduo com a sociedade requer as habilidades necessárias para interpretar a realidade que o cerca e poder interagir com liberdade, equidade e consciência crítica. Com o foco na educação equitativa e de boa qualidade as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), sistematiza várias ações como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) que tem como instrumentos as avaliações em larga escala como a Prova Brasil e o Saeb. E, dentro desse contexto, Alagoas implantou o Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas – SAVEAL, que busca identificar pontos fortes e pontos fracos do sistema de ensino, com vistas respectivamente ao seu aprofundamento ou superação, sempre almejando o incremento da qualidade. As avaliações em larga escala configuram-se como avaliações externas e têm como foco a escola, constituindo-se, nesse sentido, como processo permanente de conhecimento do sistema, a fim de alimentar o planejamento para a melhoria da qualidade. Por esse motivo, requer continuidade e regularidade, para que possibilite a comparação de dimensões e indicadores em diferentes momentos e de maneira constante. Dentre as avaliações externas, de que participam as escolas de Alagoas, destacam-se o PISA, Prova Brasil, Saeb e Saveal. Para um melhor entendimento, a seguir são detalhadas algumas características de cada uma dessas avaliações. 2.1. Programa Internacional de Avaliação de Alunos –PISA Denominação Programa Internacional de Avaliação de Alunos - PISA. Desenvolvido e coordenado internacionalmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo em cada país participante uma coordenação nacional. No Brasil, o PISA é coordenado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira”. Objetivo Produzir indicadores sobre a efetividade dos sistemas educacionais, avaliando o desempenho de alunos na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. Foco As avaliações do PISA incluem cadernos de prova e questionários e acontecem a cada três anos, com ênfases distintas em três áreas: Leitura, Matemática e Ciências. Em cada edição, o foco recai principalmente sobre uma dessas áreas. Em 2000, o foco era na Leitura: em 2003, a área principal foi a Matemática; em 2006, teve ênfase em Ciências e, em 2009, reiniciou o ciclo, retornando a leitura como área principal. Público Avaliação amostral com alunos de 15 anos matriculados no ensino fundamental, no 8º ou 9º anos , ou matriculados em qualquer série do Ensino Médio. Participaram do PISA 2009 (65 países): 34 países da OCDE e 31 países convidados, abrangendo 470 mil estudantes (20 mil no Brasil). Em Alagoas, na última aplicação do PISA ocorrida em 2009, foram avaliadas 25 escolas estaduais, 7 escolas municipais e 3 escolas privadas. Período/Periodicidade. São aplicadas avaliações a cada três anos. Desempenho Alagoas- Resultado por área de conhecimento Áreas/ Média Leitura Matemática Ciências 2009 354 362 347 352 2006 360 373 341 366 2003 383 2000 368 Anos NÃO DIVULGADOS Desempenhos satisfatórios por UF Média Geral Leitura Nível Matemática Nível Ciências Nível BR 401 412 2 386 1 405 1 DF 439 449,4 2 424,8 2 442,6 2 SC 428 438,1 2 411,9 1 434,8 2 RS 424 433,1 2 410 1 428,5 2 MG 422 430,6 2 407,5 1 428,6 2 PR 417 423,2 2 405 1 423,5 2 AC 371 383,2 1 350 1 379 1 AM 371 386,6 1 353,2 1 373 1 RN 371 383,5 1 360,2 1 369,4 1 MA 355 363 1 341,1 1 362,3 1 AL 354 362,6 1 347,6 1 352,7 1 UF 2.2. Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB Denominação O Saeb foi criado em 1990, e desde 1995 produz informações comparáveis sobre o desempenho em Leitura e Matemática dos alunos das redes públicas e privadas nos estados e no Distrito Federal. Objetivo do Saeb : Apresentar os resultados de forma amostral, obtidos por alunos de 5º e 9º anos E.F e 3º ano E.M. por estado e região, focalizando a rede pública e privada do país. Foco Trata-se de um exame bienal em Matemática e Língua Portuguesa, aplicado em amostra de alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do Ensino Médio de cada uma das unidades federativas. 2.3. PROVA BRASIL ou Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) Denominação Avalia estudantes de ensino fundamental, de 5º e 9º anos, nas habilidades em Língua Portuguesa (foco em leitura) e em Matemática (foco na resolução de problemas). É uma avaliação que abrange todos os estudantes das séries avaliadas de todas as escolas públicas de áreas urbanas e rurais do Brasil com mais de 20 alunos matriculados nas séries avaliadas; Objetivo A Prova Brasil convive com outras políticas públicas educacionais e ajuda a direcioná-las para as escolas e redes municipais e estaduais com maior fragilidade educacional. A Prova Brasil é diferente da avaliação da aprendizagem: uma é instrumento do Estado; a outra é instrumento que o professor usa como uma de suas estratégias de ensino; ambas são complementares. Resultados Ensino Fundamental Regular - Séries Iniciais (Até a 5º ano) Prova Brasil – Região Nordeste e Alagoas 2007 e 2009 Nota Prova Brasil/SAEB 2007 Região Rede Matemática Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) 179,19 162,42 4,34 177,09 161,09 Privada (1) 214,57 Total Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) 184,04 167,31 4,52 4,28 184,34 167,17 4,53 199,68 5,69 224,82 207,86 6,04 175,61 158,67 4,20 178,41 161,21 4,30 Estadual 174,07 156,87 4,14 174,40 157,34 4,16 Privada 206,70 190,02 5,37 216,44 197,86 5,70 Total Nordeste Estadual Alagoas Nota Prova Brasil/SAEB - 2009 Matemática Fonte: MEC/Inep. Notas: (1) Médias da Prova Brasil/SAEB 2009 e Ideb 2009 calculados somente com as escolas urbanas. Ensino Fundamental Regular - Séries Finais (9º ano) Prova Brasil – Região Nordeste e Alagoas 2007 e 2009 Nota Prova Brasil/SAEB 2007 Região/ Nota Prova Brasil/SAEB - 2009 Rede Matemática Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) Nordeste Total 233,28 222,29 4,26 Nordeste Estadual 226,93 217,95 Nordeste Privada 282,67 Alagoas Total Alagoas Alagoas Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) 235,85 232,42 4,47 4,08 228,94 227,72 4,28 264,05 5,78 284,66 271,32 5,93 226,49 214,47 4,02 229,24 224,60 4,23 Estadual 223,36 213,22 3,94 224,78 222,88 4,13 Privada 263,19 245,68 5,15 269,13 257,71 5,45 Fonte: MEC/Inep. Matemática Ensino Médio Regular Prova Brasil – Região Nordeste e Alagoas 2007 e 2009 Nota Prova Brasil/SAEB 2007 Região/ Nota Prova Brasil/SAEB - 2009 Rede Matemática Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) Matemática Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) Nordeste Total 258,15 248,49 4,04 261,26 258,35 4,23 Nordeste Estadual 250,07 241,52 3,82 253,59 252,26 4,03 Nordeste Privada 312,12 295,95 5,50 317,50 302,98 5,68 Alagoas Total 251,76 243,72 3,87 254,81 251,16 4,03 Alagoas Estadual 237,22 232,95 3,51 246,76 245,03 3,82 Alagoas Privada 299,97 284,85 5,17 294,71 281,56 5,04 Fonte: MEC/Inep. 2.4. Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas - SAVEAL Denominação Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas – SAVEAL. Criado em 2001 com a finalidade de subsidiar o Estado e os municípios na formulação de suas políticas educacionais, assim como a comunidade escolar, através da adoção de instrumentos que permitam a reorientação da prática docente e, consequentemente, o desempenho do sistema educativo. Objetivo Desenvolver uma sistemática de avaliação permanente e contínua, visando, fundamentalmente, subsidiar a implementação de políticas educacionais voltadas para a melhoria da educação básica. Histórico Na sua criação, em 2001, foram elaboradas as Matrizes Curriculares de Referência para a Avaliação do Sistema Educacional de Alagoas, contemplando apenas o 5° ano do Ensino Fundamental nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A aplicação da pesquisa ocorreu em outubro apenas com o 5° ano do Ensino Fundamental das escolas estaduais da capital e da 10ª Coordenadoria de Ensino; e, em regime de colaboração, foram avaliadas as escolas municipais de Maceió, compreendendo, ao todo, 86 escolas, 6.432 alunos, 209 professores, 80 diretores, 79 coordenadores pedagógicos e 2.232 pais de alunos. Expansão Em dezembro de 2003, foi firmada uma cooperação técnica com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, que permitiu otimizar as ações do SAVEAL. Em 2004, as Matrizes Curriculares foram ampliadas para o 9° ano do Ensino Fundamental e o 3° ano do Ensino Médio. A segunda avaliação ocorreu em 2005 de forma complementar a Prova Brasil, ou seja, foram avaliados os 5° e 9° anos do Ensino Fundamental das escolas estaduais urbanas com mais de cinco e menos de trinta alunos por série, assim como em todas as escolas rurais que tivessem a partir de 05 alunos por série. Ampliou-se essa pesquisa para as escolas de 60 municípios cujos secretários de educação aderiram ao SAVEAL, mediante Termo de Adesão, avaliando as escolas que atendessem aos referidos critérios. Nessa avaliação, foi atingido o quantitativo de 17.237 alunos, sendo 13.896 do 5° ano e 3.341 do 9° ano em 821 escolas. Do total de alunos, 905 são da rede estadual urbana, 1.182 da estadual rural, 1.057 da municipal urbana, 14.093 da municipal rural. Documentos produzidos Foram elaborados Cadernos Pedagógicos de Língua Portuguesa e Matemática, nos quais estão contidas as análises dos descritores das Matrizes Curriculares de Referência para avaliação e análise de itens das provas aplicadas pelo SAVEAL, seguidas de sugestões pedagógicas para os professores. As Coordenadorias de Ensino e os municípios que aderiram ao SAVEAL receberam relatórios sintéticos e analíticos, nos quais estão contidos: índices de desempenho dos alunos do 1° ao 5° e do 6° ao 9° anos do Ensino Fundamental; índices de eficiência, no que se refere à taxa de aprovação (relacionando-se esses índices de desempenho e eficiência às médias das escolas municipais, estaduais e federais); pontuação da escola com sua representação em relação à média estadual; percentual de acertos por descritor curricular em Língua Portuguesa e Matemática nas duas séries avaliadas que servem de instrumento gerencial aos gestores públicos. Elaborou-se, ainda, um Relatório Geral com informações sobre a realidade educacional de Alagoas: uma caracterização do sistema educacional do estado, a partir de dados do IBGE, Censo e PNAD, apresentando a evolução da alfabetização, da cobertura escolar na educação básica e da matrícula; os indicadores de eficiência e desempenho, contendo as taxas de aprovação, reprovação e abandono das redes estadual, municipal e particular do estado no período 2000 a 2004; e análise dos questionários sócios educacionais aplicados a alunos, professores, diretores, coordenadores pedagógicos e pais de alunos na pesquisa do SAVEAL em 2005, a partir dos quais são analisados os fatores associados ao desempenho do ensino, através de uma sumária revisão das evidências existentes em torno dos determinantes do desempenho escolar dos alunos. Implementação Para 2011, está prevista a universalização da aplicação do SAVEAL com abrangência para todo o sistema educacional público de Alagoas. Avaliação nas turmas de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio; divulgação dos resultados no início do ano letivo, para subsidiar as equipes pedagógicas da SEE, das Coordenadorias Regionais de Ensino e da SEMED, fornecendo informações necessárias para a reorientação da prática pedagógica nas escolas e, assim, elevar o desempenho escolar mediante utilização dos resultados do SAVEAL. 3. ESCALA DE PROFICIÊNCIA – SAEB E SAVEAL Em sala de aula, geralmente, utilizamos um intervalo de 0 a 10 que estabelece a nota do estudante em uma prova. Trabalhar com uma medida que expressa a quantidade de questões acertadas é válido, quando se trata de avaliar os estudantes em sala de aula. Entretanto, quando um sistema é avaliado, uma nota não fornece informações suficientes a respeito do desempenho dos estudantes. Para isso, é necessária uma medida específica: a Escala de Proficiência, que é construída com critérios próprios e orienta a respeito das competências desenvolvidas pelos estudantes ao longo da educação básica. Os resultados das avaliações em larga escala são importantes ferramentas a favor da melhoria da educação ofertada e, por essa razão, é importante que as escolas realizem debates e estudos com base nos materiais produzidos. Assim, na Escala de Proficiência, os resultados da avaliação são apresentados em níveis, revelando o desempenho dos estudantes do nível mais baixo ao mais alto. Tanto a Escala de Proficiência de Matemática quanto à de Língua Portuguesa variam de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma "régua", a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado. A análise dessa distribuição fornece informações importantes sobre a qualidade da educação oferecida pela Rede Pública do Estado. Cada unidade de ensino deve observar seus resultados em 2007 e 2009 nas avaliações Saeb / Prova Brasil, que estão disponíveis no site da SEE. Procurase na escala o nível de desempenho, observando as habilidades que os alunos já dominam e aquelas que precisam ser atingidas. As estratégias a serem adotadas para alcançar os resultados serão traçadas pelo coordenador pedagógico no trabalho de rotina com os professores. Portanto, os projetos e programas existentes na escola devem ser agregados para que o objetivo final seja alcançado: o aluno dominar as habilidades esperadas para o final de cada etapa de ensino. 3.1. Escala de Língua Portuguesa da Prova Brasil / Saeb Nível Descrição dos Níveis da Escala 125 A partir de textos curtos, como contos infantis, histórias em quadrinhos e convites, os alunos do 5º e do 9º anos: • localizam informações explícitas que completam literalmente o enunciado da questão; • inferem informações implícitas; • reconhecem elementos como o personagem principal; • interpretam o texto com auxílio de elementos não-verbais; • identificam a finalidade do texto; • estabelecem relação de causa e consequência, em textos verbais e não-verbais; e conhecem expressões próprias da linguagem coloquial. Além das habilidades anteriormente citadas, neste nível, os alunos do 5º e do 9º anos: • localizam informações explícitas em textos narrativos mais longos, em textos poéticos, informativos e em anúncio de classificados; • localizam informações explícitas em situações mais complexas, por exemplo, requerendo a seleção e a comparação de dados do texto; • inferem o sentido de palavra em texto poético (cantiga popular); • inferem informações, identificando o comportamento e os traços de personalidade de uma determinada personagem a partir de texto do gênero conto de média extensão, de texto não-verbal ou expositivo curto; • identificam o tema de um texto expositivo longo e de um texto informativo simples; • identificam o conflito gerador de um conto de média extensão; • identificam marcas linguísticas que evidenciam os elementos que compõem uma narrativa (conto de longa extensão); e • interpretam textos com material gráfico diverso e com auxílio de elementos não verbais em histórias em quadrinhos, tirinhas e poemas, identificando características e ações dos personagens. Este nível é constituído por narrativas mais complexas e incorporam novas tipologias textuais (ex.: matérias de jornal, textos enciclopédicos, poemas longos e prosa poética). Nele, os alunos dos 5º e do 9º anos: • localizam informações explícitas, a partir da reprodução das ideias de um trecho do texto; • inferem o sentido de uma expressão, mesmo na ausência do discurso direto; • inferem informações que tratam, por exemplo, de sentimentos, impressões e características pessoais das personagens, em textos verbais e não-verbais; • interpretam histórias em quadrinhos de maior complexidade temática, reconhecendo a ordem em que os fatos são narrados; • identificam a finalidade de um texto jornalístico; • localizam informações explícitas, identificando as diferenças entre textos da mesma tipologia (convite); • reconhecem elementos que compõem uma narrativa com temática e vocabulário complexos (a solução do conflito e o narrador); 150 175 200 225 250 • identificam o efeito de sentido produzido pelo uso da pontuação; • distinguem efeitos de humor e o significado de uma palavra pouco usual; • identificam o emprego adequado de homonímias; • identificam as marcas lingüísticas que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gêneros distintos; e • reconhecem as relações semânticas expressas por advérbios ou locuções adverbiais e por verbos. A partir de anedotas, fábulas e textos com linguagem gráfica pouco usual, narrativos complexos, poéticos, informativos longos ou com informação científica, os alunos do 5º e 9º anos: • selecionam entre informações explícitas e implícitas as correspondentes a um personagem; • inferem o sentido de uma expressão metafórica e o efeito de sentido de uma onomatopéia; • inferem a intenção implícita na fala de personagens, identificando o desfecho do conflito, a organização temporal da narrativa e o tema de um poema; • distinguem o fato da opinião relativa a ele e identificam a finalidade de um texto informativo longo; • estabelecem relações entre partes de um texto pela identificação de substituições pronominais ou lexicais; • reconhecem diferenças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos; • estabelecem relação de causa e conseqüência explícita entre partes e elementos em textos verbais e não-verbais de diferentes gêneros; • identificam os efeitos de sentido e humor decorrentes do uso dos sentidos literal e conotativo das palavras e de notações gráficas; e • identificam a finalidade de um texto informativo longo e de estrutura complexa, característico de publicações didáticas. Os alunos da 5º e da 9º anos: • distinguem o sentido metafórico do literal de uma expressão; • localizam a informação principal; • localizam informação em texto instrucional de vocabulário complexo; • identificam a finalidade de um texto instrucional, com linguagem pouco usual e com a presença de imagens associadas à escrita; • inferem o sentido de uma expressão em textos longos com estruturas temática e lexical complexas (carta e história em quadrinhos); • estabelecem relação entre as partes de um texto, pelo uso do "porque" como conjunção causal; e • identificam a relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial ou conjunção comparativa. Os alunos da 9º ano, neste nível, são capazes ainda de: • localizar informações em textos narrativos com traços descritivos que expressam sentimentos subjetivos e opinião; • identificar o tema de textos narrativos, argumentativos e poéticos de conteúdo complexo; e identificar a tese e os argumentos que a defendem em textos argumentativos. Utilizando como base a variedade textual já descrita, neste nível, os alunos da 5º e da 9º anos: • localizam informações em paráfrases, a partir de texto expositivo extenso e com elevada complexidade vocabular; 275 300 • identificam a intenção do autor em uma história em quadrinhos; • depreendem relações de causa e conseqüência implícitas no texto; • identificam a finalidade de uma fábula, demonstrando apurada capacidade de síntese; • identificam a finalidade de textos humorísticos (anedotas), distinguindo efeitos de humor mais sutis; • estabelecem relação de sinonímia entre uma expressão vocabular e uma palavra; e • identificam relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar, conjunção temporal ou advérbio de negação, em contos. Os alunos da 9º ano conseguem ainda: • inferir informação a partir de um julgamento em textos narrativos longos; • identificar as diferentes intenções em textos de uma mesma tipologia e que tratam do mesmo tema; • identificar a tese de textos argumentativos, com linguagem informal e inserção de trechos narrativos; • identificar a relação entre um pronome oblíquo ou demonstrativo e uma idéia; e • reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos. Na 5º e na 9º anos, os alunos: • identificam relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar, advérbio de tempo ou termos comparativos em textos narrativos longos, com temática e vocabulário complexos; • diferenciam a parte principal das secundárias em texto informativo que recorre à exemplificação; e Os alunos da 9º anos são capazes de: • inferir informações implícitas em textos poéticos subjetivos, textos argumentativos com intenção irônica, fragmento de narrativa literária clássica, versão modernizada de fábula e histórias em quadrinhos; • interpretar textos com linguagem verbal e não-verbal, inferindo informações marcadas por metáforas; • reconhecer diferentes opiniões sobre um fato, em um mesmo texto; • identificar a tese com base na compreensão global de artigo jornalístico cujo título, em forma de pergunta, aponta para a tese; • identificar opiniões expressas por adjetivos em textos informativos e opinião de personagem em crônica narrativa de memórias; • identificar diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto (ex.: anáforas ou pronomes relativos, demonstrativos ou oblíquos distanciados de seus referentes); • reconhecer a paráfrase de uma relação lógico-discursiva; • reconhecer o efeito de sentido da utilização de um campo semântico composto por adjetivos em gradação, com função argumentativa; e • reconhecer o efeito de sentido do uso de recursos ortográficos (ex.: sufixo diminutivo). Os alunos do 5º e na 9º anos : • identificam marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto, caracterizadas por expressões idiomáticas. Os alunos da 9ª ano: • reconhecem o efeito de sentido causado pelo uso de recursos gráficos em textos poéticos de organização sintática complexa; 325 350 • identificam efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas; • identificam, em textos com narrativa fantástica, o ponto de vista do autor; • reconhecem as intenções do uso de gírias e expressões coloquiais; • reconhecem relações entre partes de um texto pela substituição de termos e expressões por palavras pouco comuns; • identificam a tese de textos informativos e argumentativos que defendem o senso comum com função metalingüística; • identificam, em reportagem, argumento que justifica a tese contrária ao senso comum; • reconhecem relações de causa e conseqüência em textos com termos e padrões sintáticos pouco usuais; • identificam efeito de humor provocado por ambigüidade de sentido de palavra ou expressão em textos com linguagem verbal e não-verbal e em narrativas humorísticas; e • identificam os recursos morfossintáticos que agregam musicalidade a um texto poético. Além de todas as habilidades descritas nos níveis anteriores, os alunos do 8º ano, neste nível: • identificam informações explícitas em texto dissertativo argumentativo, com alta complexidade lingüística; • inferem o sentido de uma palavra ou expressão em texto jornalístico de divulgação científica, em texto literário e em texto publicitário; • inferem o sentido de uma expressão em texto informativo com estrutura sintática no subjuntivo e vocábulo não-usual; • identificam a opinião de um entre vários personagens, expressa por meio de adjetivos, em textos narrativos; • identificam opiniões em textos que misturam descrições, análises e opiniões; • interpretam tabela a partir da comparação entre informações; • reconhecem, por inferência, a relação de causa e conseqüência entre as partes de um texto; • reconhecem a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas; • identificam a tese de textos argumentativos com temática muito próxima da realidade dos alunos, o que exige um distanciamento entre a posição do autor e a do leitor; • identificam marcas de coloquialidade em textos literários que usam a variação lingüística como recurso estilístico; e • reconhecem o efeito de sentido decorrente do uso de gíria, de linguagem figurada e outras expressões em textos argumentativos e de linguagem culta. 3.2. Escala de Matemática da Prova Brasil / Saeb Nível Descrição dos Níveis da Escala 125 • Neste nível, os alunos do 5º e na 9º anos resolvem problemas de cálculo de área com base na contagem das unidades de uma malha quadriculada e, apoiados em representações gráficas, reconhecem a quarta parte de um todo. 150 Os alunos do 5º e na 9º anos são capazes de: • resolver problemas envolvendo adição ou subtração, estabelecendo relação entre diferentes unidades monetárias (representando um mesmo valor ou numa situação de troca, incluindo a representação dos valores por numerais decimais); • calcular adição com números naturais de três algarismos, com reserva; • reconhecer o valor posicional dos algarismos em números naturais; • localizar números naturais (informados) na reta numérica; • ler informações em tabela de coluna única; e identificar quadriláteros. Os alunos das duas séries, neste nível: • identificam a localização (lateralidade) ou a movimentação de objeto, tomando como referência a própria posição; • identificam figuras planas pelos lados e pelo ângulo reto; • lêem horas e minutos em relógio digital e calculam operações envolvendo intervalos de tempo; • calculam o resultado de uma subtração com números de até três algarismos, com reserva; • reconhecem a representação decimal de medida de comprimento (cm) e identificam sua localização na reta numérica; • reconhecem a escrita por extenso de números naturais e a sua composição e decomposição em dezenas e unidades, considerando o seu valor posicional na base decimal; • efetuam multiplicação com reserva, tendo por multiplicador um número com um algarismo; • lêem informações em tabelas de dupla entrada; • resolvem problemas: • Relacionando diferentes unidades de uma mesma medida para cálculo de intervalos (dias e semanas, horas e minutos) e de comprimento (m e cm); e • Envolvendo soma de números naturais ou racionais na forma decimal, constituídos pelo mesmo número de casas decimais e por até três algarismos. Além das habilidades descritas anteriormente, os alunos das duas séries: • identificam localização ou movimentação de objetos em representações gráficas, com base em referencial diferente da própria posição; • estimam medida de comprimento usando unidades convencionais e não convencionais; • interpretam dados num gráfico de colunas por meio da leitura de valores no eixo vertical; • estabelecem relações entre medidas de tempo (horas, dias, semanas), e, efetuam cálculos utilizando as operações a partir delas; • lêem horas em relógios de ponteiros, em situação simples; • calculam resultado de subtrações mais complexas com números naturais de quatro algarismos e com reserva; e efetuam multiplicações com números de dois 175 200 225 250 algarismos e divisões exatas por números de um algarismo. Os alunos do 9º ano ainda são capazes de: • localizar pontos usando coordenadas em um referencial quadriculado; • identificar dados em uma lista de alternativas, utilizando-os na resolução de problemas, relacionando informações apresentadas em gráfico e tabela; e resolvem problemas simples envolvendo as operações, usando dados apresentados em gráficos ou tabelas, inclusive com duas entradas. Os alunos do 5º e na 9º anos: • calculam divisão com divisor de duas ordens; • identificam os lados e, conhecendo suas medidas, calculam a extensão do contorno de uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada; • identificam propriedades comuns e diferenças entre sólidos geométricos (número de faces); • comparam e calculam áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas; • resolvem uma divisão exata por número de dois algarismos e uma multiplicação cujos fatores são números de dois algarismos; • reconhecem a representação numérica de uma fração com o apoio de representação gráfica; • localizam informações em gráficos de colunas duplas; • conseguem ler gráficos de setores; • resolvem problemas: • Envolvendo conversão de kg para g ou relacionando diferentes unidades de medida de tempo (mês/trimestre/ano); • De trocas de unidades monetárias, envolvendo número maior de cédulas e em situações menos familiares; • Utilizando a multiplicação e reconhecendo que um número não se altera ao multiplicá-lo por um; e envolvendo mais de uma operação. Os alunos do 9º ano, ainda: • identificam quadriláteros pelas características de seus lados e ângulos; • calculam o perímetro de figuras sem o apoio de malhas quadriculadas; • identificam gráfico de colunas que corresponde a uma tabela com números positivos e negativos; e conseguem localizar dados em tabelas de múltiplas entradas. Os alunos das duas séries: • calculam expressão numérica (soma e subtração), envolvendo o uso de parênteses e colchetes; • identificam algumas características de quadriláteros relativas aos lados e ângulos; • reconhecem a modificação sofrida no valor de um número quando um algarismo é alterado e resolvem problemas de composição ou decomposição mais complexos do que nos níveis anteriores; • reconhecem a invariância da diferença em situação-problema; • comparam números racionais na forma decimal, no caso de terem diferentes partes inteiras, e calculam porcentagens simples; • localizam números racionais na forma decimal na reta numérica; • reconhecem o gráfico de colunas correspondente a dados apresentados de forma textual; • identificam o gráfico de colunas correspondente a um gráfico de setores; e resolvem problemas: • Realizando cálculo de conversão de medidas: de tempo (dias/anos), de 275 300 temperatura (identificando sua representação numérica na forma decimal); comprimento (m/km) e de capacidade (ml/L); e de soma, envolvendo combinações, e de multiplicação, envolvendo configuração retangular em situações contextualizadas. Os alunos da 9º ano ainda: • associam uma trajetória representada em um mapa à sua descrição textual; • localizam números inteiros e números racionais, positivos e negativos, na forma decimal, na reta numérica; • resolvem problemas de contagem em uma disposição retangular envolvendo mais de uma operação; • identificam a planificação de um cubo em situação contextualizada; • reconhecem e aplicam em situações simples o conceito de porcentagem; e reconhecem e efetuam cálculos com ângulos retos e não-retos. Os alunos das duas séries: • identificam as posições dos lados de quadriláteros (paralelismo); • estabelecem relação entre frações próprias e impróprias e as suas representações na forma decimal, assim como as localizam na reta numérica; • identificam poliedros e corpos redondos, relacionando-os às suas planificações; • resolvem problemas: • Utilizando multiplicação e divisão, em situação combinatória; • De soma e subtração de números racionais (decimais) na forma do sistema monetário brasileiro, em situações complexas; • Estimando medidas de grandezas, utilizando unidades convencionais (L). Na 9º ano: • efetuam cálculos de números inteiros positivos que requerem o reconhecimento do algoritmo da divisão inexata; • identificam fração como parte de um todo, sem apoio da figura; • calculam o valor numérico de uma expressão algébrica, incluindo potenciação; • identificam a localização aproximada de números inteiros não ordenados, em uma reta onde a escala não é unitária; e solucionam problemas de cálculo de área com base em informações sobre os ângulos de uma figura. Os alunos do 5º e na 9º anos resolvem problemas: • identificando a localização (requerendo o uso das definições relacionadas ao conceito de lateralidade) de um objeto, tendo por referência pontos com posição oposta à sua e envolvendo combinações; • realizando conversão e soma de medidas de comprimento e massa (m/km e g/kg); • identificando mais de uma forma de representar numericamente uma mesma fração e reconhecem frações equivalentes; • identificando um número natural (não informado), relacionando-o a uma demarcação na reta numérica; • reconhecendo um quadrado fora da posição usual; e identificando elementos de figuras tridimensionais. No 5º e na 9º anos , os alunos ainda: • avaliam distâncias horizontais e verticais em um croqui, usando uma escala gráfica dada por uma malha quadriculada, reconhecendo o paralelismo entre retas; • são capazes de contar blocos em um empilhamento representado graficamente e sabem que, em figuras obtidas por ampliação ou redução, os ângulos não se alteram. 325 350 • calculam o volume de sólidos a partir da medida de suas arestas; • ordenam e comparam números inteiros negativos e localizam números decimais negativos com o apoio da reta numérica; • conseguem transformar fração em porcentagem e vice-versa; • identificam a equação do primeiro grau adequada para a solução de um problema; • solucionam problemas: • Envolvendo propriedades dos polígonos regulares inscritos (hexágono), para calcular o seu perímetro; • Envolvendo porcentagens diversas e suas representações na forma decimal; e envolvendo o cálculo de grandezas diretamente proporcionais e a soma de números inteiros. Neste nível, os alunos da 9º ano resolvem problemas: • calculando ampliação, redução ou conservação da medida (informada inicialmente) de ângulos, lados e área de figuras planas; • localizando pontos em um referencial cartesiano; • de cálculo numérico de uma expressão algébrica em sua forma fracionária; • envolvendo variação proporcional entre mais de duas grandezas; • envolvendo porcentagens diversas e suas representações na forma fracionária (incluindo noção de juros simples e lucro); e de adição e multiplicação, envolvendo a identificação de um sistema de equações do primeiro grau com duas variáveis. Além disso: • classificam ângulos em agudos, retos ou obtusos de acordo com suas medidas em graus; • realizam operações, estabelecendo relações e utilizando os elementos de um círculo ou circunferência (raio, diâmetro, corda); • reconhecem as diferentes representações decimais de um número fracionário, identificando suas ordens (décimos, centésimos, milésimos); • identificam a inequação do primeiro grau adequada para a solução de um Problema; • calculam expressões numéricas com números inteiros e decimais positivos e negativos; • solucionam problemas em que a razão de semelhança entre polígonos é dada, por exemplo, em representações gráficas envolvendo o uso de escalas; • efetuam cálculos de raízes quadradas e identificam o intervalo numérico em que se encontra uma raiz quadrada não-exata; • efetuam arredondamento de decimais; • lêem informações fornecidas em gráficos envolvendo regiões do plano cartesiano; • analisam gráficos de colunas representando diversas variáveis, comparando seu crescimento. Além das habilidades demonstradas nos níveis anteriores, neste nível, os alunos do 9º ano: • resolvem problemas envolvendo ângulos, inclusive utilizando a Lei Angular de Tales e aplicando o Teorema de Pitágoras; • identificam propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando as últimas às suas planificações; • calculam volume de paralelepípedo; • calculam o perímetro de polígonos sem o apoio de malhas quadriculadas; • calculam ângulos centrais em uma circunferência dividida em partes iguais; • calculam o resultado de expressões envolvendo, além das quatro operações, números decimais (positivos, negativos, potências e raízes exatas); • efetuam cálculos de divisão com números racionais (forma fracionária e decimal simultaneamente); • calculam expressões com numerais na forma decimal com quantidades de casas diferentes; • conseguem obter a média aritmética de um conjunto de valores; • analisam um gráfico de linhas com seqüência de valores; • estimam quantidades baseadas em gráficos de diversas formas; • resolvem problemas: • Utilizando propriedades dos polígonos (número de diagonais, soma de ângulos internos, valor de cada ângulo interno ou externo), inclusive por meio de equação do 1º grau; • Envolvendo a conversão de m 3 em litro; • Que recaem em equação do 2º grau; • De juros simples; e usando sistema de equações do primeiro grau. 375 4. USO DOS RESULTADOS A fim de proporcionar o melhor entendimento entre a relação dos descritores e sua localização na escala de proficiência de Língua Portuguesa, elencamos aqui algumas habilidades exigidas nas avaliações de sistema, sempre ilustrando com alguns itens já utilizados em edições anteriores da Prova Brasil/Saeb e do Saveal com uma breve análise dos mesmos, além de apresentar sugestões de encaminhamento pedagógico. Vale salientar que a análise e sugestões não devem esgotar em si mesmas, visto que a ação pedagógica é peculiar a cada docente e deverá ser discutida no âmbito geral e específico de cada escola. Inclusive não é objetivo do Manual ditar regras de conduta pedagógica para nenhuma escola, mas direcionar o foco do ensino e da aprendizagem para o que temos de dados baseados nas pesquisas realizadas pelas avaliações de sistema. 4.1 Língua Portuguesa Língua Portuguesa nas avaliações de sistema tem como foco leitura. Observa-se o domínio do aluno na leitura dos diversos tipos e gêneros textuais. Para as avaliações existem as Matrizes de referência, nas quais podemos encontram-se os descritores, que representam as habilidades esperadas para os alunos ao final de cada etapa de ensino. A matriz de Língua Portuguesa do Saeb, por exemplo, possui seis tópicos e cada um deles com seus respectivos descritores. Tópicos da Matriz de Língua Portuguesa: I – Procedimento de Leitura; II – Implicações do Suporte, Gênero e/ou Enunciador na Compreensão do Texto; III – Relação entre textos; IV – Coerência e Coesão no Processamento do Texto; V – Relações enntre Recursos Expressivos e Efeitos de sentido; VI – Variação Linguística. Esclarecimentos sobre esses tópicos, descritores, habilidades e sua relação com os itens dos testes aplicados aos alunos podem ser vistos com a leitura do documento do INEP/MEC Matrizes de Referência, Temas, Tópicos e Descritores e nos Cadernos Pedagógicos do SAVEAL. Para exemplificação, elegemos, neste manual, três focos de discussão: Realização de inferências; Idendificação de temas; e Relações Lógicodiscursivas. Os gráficos que ilustram as discussões foram elaborados para auxiliar nas exemplificações das avaliações em larga escala, no que se refere aos níveis de proficiência em Língua Portuguesa. Nos exemplos podemos encontrar um conjunto de habilidades e sua localização na Escala de Proficiência do Saeb, seguidos da análise dos itens e sugestões. 4.1.1. Realização de inferências Realizar inferências é o procedimento que requer, por parte do aluno, o maior domínio da leitura, pois só quando o aluno se apropria dos vários sentidos semânticos e relaciona as ideias explícitas e implícitas no texto é que o mesmo poderá inferir “deduzir” os paradigmas solicitados, portanto esse procedimento requer maturidade quanto ao domínio da identificação das ideias de um texto. É importante salientar que a inferência é uma habilidade de raciocínio, assim sendo, exige, por parte do professor, estímulo constante com a tividades cognitivas que versem sobre diversas linguagens. Na escala abaixo, representamos possíveis desempenhos dos alunos nessa habilidade. É importante que o professor localize o nível de proficiência de sua turma, liste os procedimentos de leitura efetivados e a partir dele, veja quais são as habilidfades que precisam ser trabalhadas para melhoria dos resultados. níveis 6 4 2 níveis 0 125-175 175-225 níveis 225-275 275 Elaborado: Profª. Magda Torres/ 2011 No nível 125-175 o aluno infere informações implícitas, identificando o comportamento e os traços de personalidade de uma determinada personagem a partir de texto do gênero (conto de média extensão), de texto não verbal, poético ou expositivo curto; No nível 175-225 o aluno infere o sentido de uma expressão, mesmo na ausência do discurso direto; informações que tratam, por exemplo, de sentimentos, impressões e características pessoais das personagens, em textos verbais e não verbais; inferem o sentido de uma expressão metafórica e o efeito de sentido de uma onomatopeia; inferem a intenção implícita na fala de personagens, identificando o desfecho do conflito, a organização temporal da narrativa e o tema de um poema; No nível 225-275 o aluno infere o sentido de uma expressão em textos longos com estruturas temáticas e lexicais complexas (carta e história em quadrinhos); infere informação a partir de um julgamento em textos narrativos longos; A partir do nível 275 o aluno já consolidou a habilidade de realizar inferências, pois, além das habilidades realizadas nos níveis anteriores, infere informações implícitas em textos poéticos subjetivos, textos argumentativos com intenção irônica, fragmento de narrativa literária clássica, versão modernizada de fábula e histórias em quadrinhos; valendo-se das pistas textuais, de sua experiência de mundo e de leitor, e ainda pode inferir o efeito de humor e ironia em textos diversos. Exemplo 1 O texto conta a história de um homem que entrou pelo cano. O Homem que entrou pelo cano “Abriu a torneira e entrou pelo cano. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra, um desvio, era uma secção que terminava em torneira. Vários dias foram rolando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco intenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”. Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.” Brandão, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas São Paulo:Global,1988,pg89. 1. (Prova Brasil 2009) O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não foi esperado porque. (A) A menina agiu como se fosse um fato normal (B) O homem demonstrou pouco interesse em sair do cano. (C) As engrenagens da tubulação não funcionaram. (D) A mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato. Habilidade: Inferir informação implícita no texto, que trata de impressões, sentimentos e que dependem de uma cadeia de outras informações. escala de proficiência (175-275) Informações implícitas . Inferência Textual - Dedução ou conclusão de algo, a partir do exame dos fatos e de raciocínio. EX: Pedro viajou com seu filho de sete anos, pela primeira vez, para os Estados Unidos. As ruas estavam enfeitadas,pessoas seguravam bandeiras e autoridades faziam discursos e mesmo sem entender a Língua do país o filho perguntou se era a festa da Independência. Neste caso, o filho relacionou as informações das várias linguagens com o conhecimento adquirido da sua vivência e inferiu que se tratava de alguma festa nacional. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) • Trabalhe com os alunos textos que fujam do senso comum, com personagens e enredos diversos; • Organize com os alunos a cadeia de informações usadas pelo autor para que o leitor encontre a resposta em questão; • Lembre que o texto escolhido não deve ser tão óbvio, mas deve ser possível, portanto selecione as informações explícitas e implícitas e depois analise se está dentro das reais possibilidades do seu alunado; • Se o aluno ainda não estiver apto para realizar inferências no texto escolhido, você pode iniciar com pequenos trechos propagandísticos ou com vídeos que o estimule a buscar respostas, a relacionar informações com o conhecimento adquirido no seu cotidiano; • Os filmes baseados em contos de fadas, fábulas e histórias em quadrinhos exercitam o raciocínio à medida que estimulam a imaginação. • Trabalhe a releitura, orientando na produção de pequenas histórias em quadrinhos ou cartazes a partir dos textos os vídeos assistidos. • Insista, não fique atrelado a um único tipo de texto, com perguntas claramente direcionadas. Releitura – criar uma nova obra a partir de outra feita anteriormente, acrescentando o toque pessoal e a maneira de ver e sentir, de acordo com a cultura e vivência própria de cada pessoa. O compositor Chico Buarque de Holanda, por exemplo, fez uma releitura da poesia de Carlos Drummond de Andrade. Poema de Sete Faces Carlos Drummond Andrade Quando nasci um anjo torto desses que vive na sombra disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida. (...) Até o fim Chico Buarque de Hollanda Quando nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim (...) 4.1.2. Identificar Temas A identificação de tema é um procedimento de leitura básico que exige do aluno atenção em situações chaves, diálogos, ideias, metáforas e nas mudanças das ações ou crenças dos personagens. É necessário, portanto, trabalhar a organização de ideias principais e secundárias, distinguindo-as para assim alcançar o amadurecimento no que se refere à realização de inferências e de estabelecimento de relações lógico-discursivas em um texto. Na escala abaixo, representamos possíveis desempenhos dos alunos ao Identificar Temas. É importante que o professor localize o nível de proficiência de sua turma, liste os procedimentos de leitura efetivados e a partir dele, planeje seu roteiro para trabalhar as habilidades da próxima escala. 300 250 200 150 100 50 0 aluno 1 aluno 2 aluno 3 Elaborado: Prof.ª. Magda Torres/ 2011 No nível 50 – 175 o aluno identifica a ideia central de um texto desde que essa venha indicada no título, como em textos informativos curtos, notícias de jornal ou revistas e textos instrucionais. O aluno nessa faixa de escala começa a desenvolver a competência de identificar o tema de um texto. No nível 175 – 225 o aluno identifica a intenção do autor em uma história em quadrinhos, finalidade de textos humorísticos com efeitos de humor. O aluno faz a identificação do tema valendo-se de pistas textuais. No nível 225-275 o aluno identifica o tema não apenas por pistas textuais e sim as relacionando com a experiência de mundo, identifica o tema valendo-se da construção dos recursos linguísticos. Exemplo 2 Eu só quero é ser feliz Andar tranquilamente na favela Onde eu nasci E poder me orgulhar E ter a consciência de que o pobre tem seu lugar. (Rap da Felicidade. MC Cidinho e MC Doce. Programa Um. Som Livre.) (SAVEAL 2005) O texto fala de pessoas (A) ricas que vivem felizes na cidade. (B) pobres que querem ser felizes no centro da cidade. (C) pobres que querem ser felizes na favela onde nasceram. (D) pobres e ricas que vivem felizes em qualquer lugar. Habilidade: Identificar o tema em textos valendo-se dos recursos linguísticos e relacionando as pistas textuais à visão de mundo do leitor. Escala de proficiência (225-275). Construção da resposta Pobres que querem ser felizes na favela onde nasceram. Recursos linguísticos- Auxílio através da linguagem verbal humana, podendo ser fonética (com o recurso dos sons), morfológica (formação das palavras), semântica (estudo dos significados das palavras e frases), dentre outros. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A). • Trabalhe os gêneros ligados ao repertório oral da comunidade (poemas, canções, quadrinhas,advinhas,trava línguas, piadas) e sempre que possível contextualizar; • Considere o conhecimento de mundo dos alunos para ajudá-los a compreender e construir o sentido dos textos trabalhados em sala; • Analise a letra da música que vai ser ensaiada para uma apresentação; • Formule suposições sobre o tema central ou para propor as alternativas possíveis de interpretação; • Use filmes, textos e músicas com temáticas sociais e diversifique a maneira do aluno expressar as respostas contextualizadas (teatro, coral, cartazes, pesquisa); • Estimule o aluno à reflexão. Contextualizar- é uma forma de abordar o conteúdo, situando o tema no tempo e espaço. É importante relacionar as informações do texto aos conhecimentos prévios e as informações que o aluno traz formando assim o contexto a ser explorado. 4.1.3. Relações Lógico- discursivas As relações lógico-discursivas referem-se aos elementos de coesão utilizados no texto para, de modo coerente, estabelecer relações entre as partes do texto, fazendo com que haja uma continuidade das ideias expostas. Nesse caso, são avaliadas questões que vão além da superfície do texto, ou seja, não é observado apenas conectivos, por exemplo, mas a compreensão de informações e ideias apresentadas no texto, ou relações semânticas que se estabelecem pelo contexto. O ato de ler é um complexo processo de interação entre escritor e leitor que envolve recursos semânticos, morfológicos, sintáticos e de marcas linguísticas. Para perceber a sutilidade dessas relações em um texto, o aluno precisa ter o amadurecimento leitor aliado à capacidade cognitiva para realizar inferências e identificar temas. O aluno com amadurecimento leitor terá suas estratégias para fazer as relações lógico-discursivas necessárias de acordo com o texto direcionado ao ano estudado. Na escala abaixo, representamos possíveis desempenhos dos alunos em estabelecer relações lógico-discursisvas. É importante que o professor localize o nível de proficiência de sua turma, liste os procedimentos de leitura efetivados e a partir dele, planeje seu roteiro para trabalhar as habilidades da próxima escala. 350 300 250 200 NÍVEL 3 150 NÍVEL 2 100 NÍVEL 1 50 0 ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 Elaborado: Prof.ª. Magda Torres/ 2011 No nível 200 – 250 o aluno, já estabelece relações anafóricas por meio do uso de pronomes pessoais retos, e por meio de substituições lexicais. Acrescentese que já começam a estabelecer relações semânticas pelo uso de conjunções, como as comparativas. No nível 250-300 o aluno, consegue construir dos elos que dão continuidade ao texto, pois reconhecem relações de causa e consequência sem que haja marcas textuais explícitas indicando essa relação semântica. Esses estudantes também reconhecem, na estrutura textual, os termos retomados por pronomes pessoais oblíquos, por pronomes demonstrativos, conjunções e advérbios. A partir do nível 300 – Os alunos estabelecem relações lógicas semânticas mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausência de conectores. Elementos de coesão e coerência do texto devem ser algo que promova a compreensão de que os elementos linguísticos que constroem uma estrutura sintática estabelecem entre si uma rede de sentido, o qual deve ser construído pelo leitor. Exemplo 3 1. (SAVEAL 2005) A expressão “meia-noite” que aparece no texto sugere uma ideia de (A) causa. (B) espaço. (C) número. (D) tempo. Habilidade: Estabelecer relações lógico- discursivas, marcadas por conjunções, advérbios, preposições. Escala de proficiência (250-300). Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitada ao aluno, a percepção de uma determinada relação lógico discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anterioridade, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que explicam essa relação. Exige que o leitor compreenda que o texto não é um simples agrupamento de frases, mas um conjunto harmonioso em que há laços, interligações e relações entre suas partes. COESÃO- Organização entre os elementos que articulam as IDÉIAS de um texto. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) • Solicite aos alunos que reconstruam o texto mudando os conectivos, depois solicite que os mesmos façam a leitura para verificar a coerência; • Sempre solicite ao aluno que identifique os conectivos que fazem a articulação do texto e encontre a sua finalidade; • Construa uma nova versão de um mesmo texto utilizando o mecanismo da coesão; • Promova debates para discussão do tema no caso do trabalho com dissertação, contemplando a identificação de tese, argumento e conclusão; • Exercite com os alunos a articulação das partes de um texto (de formas variadas); Exemplo 4 BRASIL BRASILEIRO Parcido com o Brasil sempre fui. Meus espaços vazios. Minhas contradições contundentes. Subdesenvolvidas. Subdesenvolvido. Também virado para o mar e a montanha, fico indeciso entre a gaivot a e o gavião. Mato a fome com um pastel desencarnado à porta da venda e às vezes me oferecem caviar no céu. Vendi por uma tutaméia as riquezas minerais. Não consigo inventar a ordem. Embandeirei-me de estrelas tambéml. Sou doce e irritado como o Nordeste. Em nós o principal sempre perde para o supérfluo. Tentamos ainda as comunicações nestas rondônias rudes. Fui descoberto pela coragem dos portugueses. Amo a liberdade com timidez e cobiça como se fosse um presente dispendioso demais para a minha resignação. Mas um dia serei livre (com brio), ainda que pague o preço da morte. (Campos, Paulo Mendes, Brasil brasileiro. Rio de Janeiro: Record, 1999. PP. 21-2) (CESGRANRIO) Retire do texto argumentos que comprovem a seguinte afirmação do narrador: “Parecido com o Brasil sempre fui” (A) Meus espaços vazios. Minhas contradições contundentes. (B) Sou doce e irritado como o nordeste. (C) Também virado para o mar e para a montanha... (D) Mas um dia serei livre (com brio)... (E) Amo a liberdade com timidez e cobiça... Habilidade: Estabelecer relação entre a tese e os argumentos. Os alunos do Ensino Médio apresentam muita dificuldade neste tipo de item, ora pela linguagem metafórica ora pela dificuldade em distinguir os argumentos que sustentam a tese. O acerto da resposta (alternativa A) depende do reconhecimento do argumento de apoio (específico) para a tese “Parecido com o Brasil sempre fui” DICAS AO PROFESSOR • Inclua no planejamento semanal a leitura de textos com temáticas soci- ais, que favoreça o espírito crítico; • Aproveite para promover debates e cartazes com teses e argumentos de sustentação; • Solicite que o aluno pesquise nos meios de comunicação notícias para que narrem para a turma e ao final da leitura formulem períodos que contenham a tese e o argumento; • Recorte um texto dissertativo e solicite para os alunos reorganizá-lo. Explore todos os recursos, linguagens e argumentos do texto antes de levá-lo para o aluno, assim poderá encontrar mecanismos eficazes para conduzir o aluno à leitura proficiente. Níveis de proficiência: uma análise pedagógica Para melhor compreensão dos aspectos linguísticos que estão subjacentes às habilidades constantes na escala de proficiência do Saeb/Prova Brasil, apresentamos o quadro a seguir com uma análise pedagógica dos conhecimentos que os alunos dominam de acordo com cada um dos níveis. NÍVEL NÍVEL 1 ANÁLISE PEDAGÓGICA O aluno que se encontra neste nível desenvolve habilidades básicas de leitura, localizam informações em textos curtos com temas compatíveis com o nível de escolaridade em que se encontra, identifica gênero, função e destinatário de um texto, no entanto não conseguem realizar inferências que estão na superfície de um texto. NIVEL 2 O aluno domina as habilidades do nível 1 com a conquista de realizar inferências que estão além da superfície de um texto, identifica gênero, função e destinatário de um texto, mas precisa ser trabalhado para estabelecer relações entre partes de um texto. ESCALA DE PROFICIÊNCIA Até 125 125 -175 NIVEL 3 NÍVEL 4 O aluno neste estágio não só domina as habilidades anteriores como estabelece relações lógico -discursivas em textos de média complexidade e está apto a desenvolver habilidades para fazer a relação entre textos. O aluno domina habilidades de leituras mais complexas, localizam informações explícitas em textos mais extensos e com vocabulário mais sofisticado, distingue posicionamentos, identifica marcas linguísticas, realiza inferências, articulam partes de um texto e começam estabelecer relações entre textos. O aluno neste nível começa a apresentar domínio maior dos recursos da leitura,portanto precisa de atividades que o estimule desenvolver novas habilidades . 175 - 225 ACIMA DE 225 4.2. Matemática A Matemática é uma ciência que estuda relações. É também uma maneira de pensar. Ao longo da história, a Matemática desenvolveu sistemas de representação e modelos de análise que nos permitem pensar sobre os eventos e fenômenos, fazendo análises que não seriam possíveis sem esses sistemas de representação. (TEREZINHA NUMES, 1994:3) Este material tem a intenção de orientar os professores para o uso dos resultados das avaliações de matemática, pois todo o processo de ensino necessita ser uma ação produtiva, onde o desenvolvimento de habilidade de resolver os problemas aparece nos alunos quando estão diante de avaliações em larga escala e ao mesmo tempo para os professores no trato de questões e da formatação, no sentido de ampliar as possibilidades de práticas pedagógicas na área de matemática. Durante a elaboração deste material levamos em consideração as necessidades dos professores utilizar os resultados das avaliações a favor da aprendizagem dos alunos, ao longo do Ensino Fundamental e Médio, a matemática é vista como o bicho-papão da sala de aula, tanto pela reprovação como no que se refere à compreensão das operações e fórmulas em geral. O sistema de representação. Por exemplo, intuitivamente, muitos alunos compreendem que a adição e a subtração, a multiplicação e a divisão são, respectivamente, inversas. No entanto, muitos alunos realizam essas inversões intuitivamente, sendo-lhes difícil compreender a representação algébrica e as manipulações com expressões algébricas, encontrando dificuldades marcadas no uso da inversão. Outra dificuldade comumente observada consiste em lidar com medidas intensivas (cf. Schwartz. 1988. para maiores explicações). Enquanto as medidas extensivas e suas operações são facilmente compreendidas, as medidas intensivas causam dificuldades de compreensão, embora elas sejam de grande utilidade na vida diária nas ciências. (TEREZINHA NUMES, 1994:3) 4.2.1. O que dizem os itens de Matemática Os itens aqui trabalhados são uma pequena amostra para que os professores tenham idéias de algumas ações que podem ser trabalhadas com os alunos e como interpretar os resultados das escalas. Como no ensino da matemática tem algumas particularidades em relação a eixo de conteúdo existente em cada ano de escolaridade. Devemos perceber que existem perguntas iniciais tais como: O que os alunos já sabem? Quais os entraves do aluno com questões abertas e de múltiplas escolha? Dentre, outras que venham subsidiar o diagnostico desses entraves. As respostas serão o indicativo para o redirecionamento das ações dos professores. Exemplo 1: Direcionado para os professores do 5 º ano do Ensino Fundamental: Marcelo fez a seguinte planta da sua sala de aula: A análise das alternativas do item, leva em consideração as respostas possíveis dos alunos. A alternativa (A) aponta o Marcelo, neste caso o aluno olha só para a distância da professora e desconsidera a janela. Na alternativa (B), Luiza está próxima da professora e Das crianças que se sentam perto da janela, a que senta mais longe da professora é: (A) o Marcelo. (B) a Luiza. (C) o Rafael. (D) a Tânia. da janela, é o oposto do foi solicitado no item. Na alternativa (D) Tânia, considera apenas a distância da professora e não a proximidade da janela. A questão acima se refere à noção de espaço, localização e a utilização dos pontos de referência em relação à janela e a professora nas relações com os demais objetos da sala, as cadeiras (perto e longe). SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) DE MATEMÁTICA Em primeiro lugar o professor pode pedir para que os alunos digam onde se encontram dentro de sua sala e ao mesmo tempo tentem desenhar em um papel, onde estão, para que os outros alunos tentem descobrir quem ele? é e onde ele está? Outra atividade pode ser o professor levar uma figura ou desenho de uma cidade e perguntar como chegar até a farmácia, aos Pontos turísticos (pode ser o mapa da cidade, bairro, de internet e/ou desenho encontrado no guia de telefone, etc.). Os conteúdos trabalhados são a lateralidade e identificação do objeto no espaço e as figuras geométricas. Lateralidade é a identificação dos lados em relação a um objeto e/ou ponto de referência. Figuras geométricas é a referência. 4.2.2. Os níveis da escala que indicam as habilidades que os alunos necessitam para trabalhar com o item. No nível 175 e 300 os alunos dos 5º e 9º ano, resolvem problemas identificando a localização (requerendo o uso das definições relacionadas ao conceito de lateralidade) de um objeto, tendo por referência pontos com posição oposta à sua e envolvendo combinações; identificando elementos de figuras tridimensionais para que eles avancem. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) DE MATEMÁTICA No 9º ano , os alunos ainda não avaliam distâncias horizontais e verticais em um croqui, usando uma escala gráfica dada por uma malha quadriculada, reconhecendo o paralelismo entre retas; são capazes de contar blocos em um empilhamento representado graficamente e sabem que, em figuras obtidas por ampliação ou redução, os ângulos não se alteram. Esperamos que a visualização da necessidade dos alunos ampliasse a visão do professor na área de matemática e a promoção do avanço dos alunos. Exemplo 2: direcionado para os professores do 5º e 9 º ano do Ensino Fundamental Vítor gosta de brincar de construtor. Ele pediu para sua mãe comprar blocos de madeira com superfícies arredondadas. A figura abaixo mostra os blocos que estão à venda. Quais dos blocos acima a mãe de Vítor poderá comprar? (A) A e C. (B) A e B. (C) B e D. (D) C e D. Na questão acima se refere aos blocos de formas geométricas percebemos a necessidade de que a noção de poliedro e sua relação com diferentes corpos e sua planificação. A alternativa cuja resposta aponta para “A e B” indicam que os alunos conseguiram identificar que cones e esferas apresentam superfícies arredondadas. Portanto, desenvolveram a habilidade requerida pelo descritor. Os que optaram pelas alternativas “A e C”, “B e D”, total de, reconheceram apenas uma figura com superfície arredondada: o cone ou a esfera. Já o que escolheram a alternativa “C e D” não conseguiram diferenciar poliedros de corpos redondos, o que indica que não desenvolveram a habilidade requerida. DANTE (1988) propõe para o trabalho de resolução de problemas nos anos iniciais e finais, os objetos. E propõem como objetivos: 1. Fazer o aluno pensar produtivamente. 2. Desenvolver o raciocínio do aluno. 3. Preparar o aluno para enfrentar situações novas. 4. Dar oportunidade aos alunos de se envolverem com aplicações da matemática. 5. Tornar as aulas de matemática mais interessantes e desafiadoras. 6. Equipar o aluno com estratégias e procedimentos que auxiliam na análise e na solução de situações onde se procura um ou mais elementos desconhecidos. 7. Dar uma boa alfabetização matemática ao cidadão comum. No nível 250-300 os alunos precisam ter a habilidade de lidar com a planificação de sólidos e as forma geométricas. Identificando as partes e o todo de figuras e as faces dos sólidos, sobre o plano, retas e os pontos. As definições são apenas parte do estudo dos sólidos e de seu manuseio. Na figura abaixo temos uma representação em forma radial para explicar que o conhecimento não é estático e que sua dinâmica é circular. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) DE MATEMÁTICA O professor pode apresentar um conjunto de sólidos (bola, pirâmide, dados e outros objetos), pedindo para que os alunos coloquem as diferenças e semelhanças dos objetos em uma folha de papel para que possam discutir , criar e colocar também as igualdades fazendo com que os alunos escrevam suas conclusões O professor pode iniciar apresentando os principais poliedros: tetraedro, paralelepípedo (destacando o cubo) e octaedro e corpos redondos: esfera, cone, cilindro. Os alunos devem diferenciar os poliedros dos corpos redondos pela observação de suas características. A utilização de materiais didáticos apropriados que permitam a montagem e modelagem desses sólidos é fundamental durante essa etapa. O trabalho de identificação deve ser complementado com atividades que formalizem o conhecimento e, para isso, o professor pode elaborar materiais que explorem a escrita e a identificação do sólido (faces, vértices, arestas) desses sólidos, o descritor prevê a planificação deles. É importante que o aluno faça os dois movimentos: planificação e construção do sólido, pois, dessa forma, a habilidade ganha significado. Cabe ao professor identificar as várias possibilidades de planificação do cubo e, além disso, levar o aluno a concluir que a esfera não pode ser planificada. Exemplo 3: direcionado para os professores do 3º ano do Ensino Médio: A figura abaixo representa a planificação de um sólido geométrico. As formas tridimensionais como a esfera não tem planificação. Um poliedro é regular quando suas faces são polígonos regulares: São 5 poliedros: • Tetraedro- 4 faces, • Hexaedro -6 faces • Octaedro- 8faces • Dodecaedro- 12 faces • Icosaedro- 20 faces O sólido planificado é (A) uma pirâmide de base hexagonal. A decomposição de formas pode ser um caminho para compreender a sua construção. (B) um prisma de base hexagonal. (C) um paralelepípedo. (D) um hexaedro. (E) um prisma de base pentagonal. Na questão acima se refere à identificação das relações existente entre o numero de vértice, faces e aresta de um poliedro em forma de um problema. No nível 250-350- para alcançar esses níveis, os alunos precisarão construir a habilidade de lidar com a planificação de sólidos e dos poliedros. SUGESTÕES PARA O PROFESSOR (A) DE MATEMÁTICA O professor pode separar a sua turma em pequenos grupos e pedir para que os alunos tragam objetos como: caixas de presentes, perfumes de diferentes formatos e tentar planificar desenhando as faces e depois abrindo as mesmas para fazer a comparação com seu desenho, pode ser uma competição dentro de sua sala. As sugestões aqui apresentadas podem ser colocadas em prática com poucos recursos e muita criatividade, a solução dos problemas, encontra-se com a abertura de ações efetiva por parte dos professores, coordenadores da escola e os demais envolvidos reconheçam a sua responsabilidade no trato do conhecimento. A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa ou um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização dos conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes. (POZO e ECHEVERRÍA, 1988, p.09) Finalmente, o professor que ensina Matemática precisa também comprometerse com o ensino crítico da Matemática. A Matemática cria realidades para o indivíduo como, por exemplo, através da escolha social de modelos que determinam o preço de serviços essenciais (como eletricidade) e os índices de inflação. A análise desses materiais tem a intenção de melhorar a formação e a aprendizagem dos alunos, onde os professores criam outras práticas pedagógicas e de formação dos alunos. As conclusões apontaram, aqui, o papel da Matemática, em algumas concepções da Educação Matemática, no papel do professor frente ao mundo atual. Esperamos que os professores possam estimular o debate, com os alunos e que auxiliem na compreensão de algumas ações de aprendizagem da Matemática. Mais ainda, esperamos que, na medida do possível, o debate possa ser adaptado à realidade da sala de aula. 5. ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA A Gerência de avaliação, objetivando acompanhar as ações das coordenadorias junto às escolas bem como apoiar as medidas tomadas pelos professores para a melhoria do desempenho escolar nas avaliações em larga escala, elaborou os quadros abaixo para a efetivação desse acompanhamento. A elaboração do Plano permitirá a SEE acompanhar as ações das coordenadorias junto às escolas, no que se refere às medidas tomadas pelos professores para a melhoria do desempenho escolar nas avaliações em larga escala. Esse Plano tem como ponto de partida os resultados de Língua Portuguesa e Matemática de cada escola na escala do Saeb. Todo planejamento deve estar direcionado à superação dos indicadores, ou seja, elevar o atual nível de desempenho nas disciplinas avaliadas e aumentar os índices de aprovação. Vale salientar que, para melhorar os índices de aprovação, faz-se necessário evitar a evasão e a reprovação dos alunos, visto que, para o cálculo desses índices, segue-se a fórmula a seguir. APROVAÇÃO = APROVADOS MATRÍCULA+ADMITIDOS-TRANSFERIDOS Esse índice de aprovação é utilizado, inclusive, para compor o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Há uma relação de proporcionalidade entre o resultado do desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática e o índice de aprovação. Portanto, a escola deve manter o índice de aprovação alto e promover a melhoria do desempenho de aprendizagem dos alunos nas referidas áreas. O nível de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática da escola na Prova Brasil/Saeb, encontra-se disponível para acesso no site da SEE: www.educacao.al.gov.br. No exemplo a seguir, podemos verificar como estão distribuídos esses resultados nas planilhas do mec. CÓDIGO Nome da INEP Escola 27036650 ALBERTO Município MACEIO IDEB IDEB 2007 2009 (N x P) (N x P) 4,0 3,7 Nota Prova Brasil - 2009 Matemática 233,06 Língua Portuguesa 229,94 TORRES 5.1 Orientação para o coordenador na organização e do acompanhamento do Plano de Ação Os coordenadores de núcleo de apoio as redes, neste plano, têm como tarefa fazer um acompanhamento mais próximo das ações desenvolvidas pela coordenadoria com as escolas, no apoio as ações dos professores para melhorias dos desempenhos dos alunos. Acompanhamento este baseado nos documentos deste manual, apoiado nas Matrizes de Referência, Temas, Tópicos e Descritores e nos Cadernos Pedagógicos do SAVEAL (Ver ilustrações abaixo), bem como nos resultados das avaliações em larga escala. Será feito reuniões periódicas de acompanhamento, na qual se decidirão quais e como serão realizados os procedimentos na escola. No processo de acompanhamento, será elaborado um relatório das efetivações das etapas determinadas junto à escola. Dentre as ações a serem acompanhadas destacam-se: a) a análise diagnóstica da realidade da escola, apresentando os índices de desempenho e de aprovação, que constam na base de dados da Prova Brasil/Saeb; b) elaboração do plano de ação, no qual constam as metas a serem alcançadas nos índices de aprovação e de desempenho de aprendizagem dos alunos nas disciplinas avaliadas. Cadernos Pedagógicos – SAVEAL Matrizes de Referência, Temas, Tópicos e Descritores – Inep/MEC 5.2 Orientação para os professores na organização e no desenvolvimento do Plano de Ação Solicitamos aos professores a leitura do Manual de Orientações para o Uso dos Resultados das Avaliações de Sistema e, a partir deste, procurar listar as dificuldades dos alunos no QUADRO DIAGNÓSTICO. Com base nesse levantamento, o professor e a coordenação pedagógica deverão discutir as dificuldades e elaborar um PLANO DE AÇÃO para escola a ser desenvolvido ao longo do ano, com os seguintes pontos. I – HABILIDADES CONQUISTADAS, onde devem constar as dificuldades apresentadas pelos alunos: para esse ponto, o professor precisa saber as notas de Língua Portguguesa e Matemática da escola que constam na base de dados da Prova Brasil/Saeb. A partir dessas notas, é possível levantar as habilidades que os alunos já dominam, observando, na escala de proficiência, o nível correspondente ao resultado observado. Para o Ensino Médio, a escola deve considerar o desempenho estadual em 2009 no Saeb, que reproduzimos abaixo, visto que o MEC não desagrega os resultados por escola. Ensino Médio Regular Nota da Prova Brasil/SAEB, Nota Média Padronizada e IDEB - Alagoas - 2009 Nota Prova Brasil/SAEB - 2009 Região/ Unidade da Federação Rede Matemática Língua Portuguesa Nota Média Padronizada (N) IDEB 2009 (N x P) Alagoas Total 254,81 251,16 4,03 3,1 Alagoas Estadual 246,76 245,03 3,82 2,8 Alagoas Privada 294,71 281,56 5,04 4,6 ESCALA DE PROFICIÊNCIA SAEB/PROVA BRASIL 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 II – HABILIDADES A SEREM AGREGADAS, neste ponto devem constar habilidades/conteúdos a serem aprendidos: para esta etapa do plano, deve-se observar que habilidades o aluno ainda não domina, centrando a análise no nível seguinte àquele que o Estado apresentou em 2009. Nesse caso, o próximo nível que Alagoas precisa atingir é o de número 275. O que precisa, portanto, ser agregado ao conhecimento dos alunos para que avancem de nível. III - RESULTADOS OBTIDOS COM APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES E DAS AÇÕES: aqui devem constar os avanços observados pelo professor com base nas ações que foram desenvolvidas visando à superação das dificuldades que os alunos apresentam em cada etapa do ensino fundamental e médio. Paralelo à ação docente, a coordenação pedagógica e a direção devem apresentar ações efetivas da escola que visem à redução da evasão. Sabe-se que a evasão escolar é um problema que está relacionado à parte pedagógica, como currículo e avaliação, mas existem projetos que a escola pode desenvolver com a finalidade de tornar a escola mais agradável e atrativa, inclusive com o currículo mais próximo das necessidades dos alunos e de suas framílias. Segundo dados da Agência Câmara de Notícias, de 20/05/2010, o único índice que melhorou significativamente no ensino fundamental foi o de evasão, que caiu de 8,2% para 4,4% em oito anos. No que se refere à repetência escolar, o Brasil, apesar de vir apresentando quedas nos últimos anos, ainda está longe de alcaçar a média da América Latina e do Caribe, que é de 4,4% de repetência, segundo dados da Unesco. QUADRO DIAGNÓSTICO Escola: _____________________________________________________________Disciplina:_________________________ Professora:____________________________________________________________Ano:___________________________ Turma:_______Números de alunos matriculados:________Números de alunos frequentando:_________________________ HABILIDADES HABILIDADES A SEREM AGREGADAS CONQUISTADAS (habilidades/conteúdos a serem aprendidos de acordo (recomendações para agregar (apresentadas pelos alunos) com o nível seguinte na escala de proficiência) novas habilidades) Data de entrega:____/____/_____ OBSERVAÇÕES Para sistematização do coordenador de núcleo de apoio a rede. (Plan) - Planejamento: Identificação do problema. Observação do problema. Análise do processo. Plano de ação PLANO DE AÇÃO Escola: _______________________________________________________________Disciplina:_________________________ Professora:_________________________________________________________________Ano:________________________ Turma:________Números de alunos matriculados:____________Números de alunos frequentando:_______________________ HABILIDADES (Habilidades a serem desenvolvidas) ATIVIDADES/AÇÕES QUANDO? RESULTADOS (estratégias adotadas para promover o QUEM? (obtidos com aplicação das avanço dos alunos) O QUE FAZER? Data de entrega:____/____/_____ Para sistematização do coordenador de núcleo de apoio a rede. atividades e das ações) 6. REFERÊNCIAS: Referências Bibliográficas: ALAGOAS,SAVEAL Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas/Cadernos Pedagógicos/Matemática 4ª série do Ensino Fundamental:Maceió: 2006 ALAGOAS,SAVEAL Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas/Cadernos Pedagógicos/Matemática 8ª série do Ensino Fundamental:Maceió: 2006 ALAGOAS,SAVEAL Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas/Cadernos Pedagógicos/Língua Portuguesa 4ª série do Ensino Fundamental:Maceió: 2006 ALAGOAS,SAVEAL Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas/Cadernos Pedagógicos/Língua Portuguesa 8ª série do Ensino Fundamental:Maceió: 2006 ALAGOAS,SAVEAL Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas/Matriz de Referência/Língua Portuguesa e Matemática:Maceió: 2004. BRASIL, Relatório Sistema Nacional de Avaliação Educação Básica/Saeb 2001. Língua Portuguesa – Brasília:SEF/Mec: 2002. BRASIL.MEC.PDE. Plano de Desenvolvimento da Educação : Prova Brasil: Ensino Fundamental: Matrizes de Referência, Temas, Tópicos e descritores. Brasília 2008. BRASIL.MEC.PDE. Plano de Desenvolvimento da Educação : Prova Brasil: Ensino Médio: Matrizes de Referência, Temas, Tópicos e descritores. Brasília 2008. BRASIL.MATEMÁTICA:Orientações para o professor, Saeb/Prova Brasil 4ª série/5º ano, Ensino Fundamental: Brasília:Inep:2009. BROUSSEAU. G. Introdução ao estudo das situações didáticas - conteúdos e métodos de ensino. Editora Ática. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos proposições. 8. ed ., São Paulo, 1998. NUNES T. Tendência do Ensino da Matemática – caderno Em Aberto, 1994. PANIZZA, M. Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas Séries Iniciais: Análise e propostas.Porto Alegre: Artmed 2005. SADOVSKY, P. O ensino de Matemática Hoje. São Paulo : Editora Ática 2005 Sugestóes de sites: www.mec.gov.br www.inep.gov.br http://portalideb.inep.gov.br http:/www.educacao.al.gov.br http://www.Saep.caedufjf.net/saep-instsa http://educação.uol.com.br/ultnot/2008/08/22 http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/materias_296377.shtml www.somatematica.com.br www.soportugues.com.br