1200102468
1111111111111111111111111111111111111111
ALBERTO AJZENTAL
ESTUDO DA VARIAçÃO DAS VENDAS DE WJAS
DE UMA REDE DE FAST- FOOD
ESTUDO DA VARIAçÃO
DAS VENDAS DE LOJAS
DE UMA REDE DE FAST- FOOD
Podemos explicar as variações nas vendas das lojas
da Grande São Paulo principalmente
por fatores exógenos?
Bancaexanrlnadora
Prof. Orientador: Prof. Dr. Marcos Fernandes Gonçalves da Silva
Prof. Dr. Wilton de Oliveira Bussab
Sr. Marcel Fleisehmann
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
ALBERTO AJZENTAL
ESTUDO DAVAffiAÇÃO
DAS VENDAS DE WJAS
DE UMA REDE DE FAST- FOOD
Podemos explicar as variações nas vendas das lojas
da Grande São Paulo principalmente
por fatores exógenos? ,
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado
Profissional
- MBA da
FGVIEAESP
Área de Concentração: Economia como
requisito para obtenção de título de
mestre em Administração
Fundação Getulio Vargas
Escola de Administração
de Empresas de Silo Paulo
Biblioteca
Orientador: Prof. Dr. Marcos Fernandes
Gonçalves da Silva
1200102468
SÃO PAULO
2001
SP-00023602-4
AJZENTAL, Alberto. Estudo da variação das vendas de lojas de uma rede de fast-food:
podemos explicar as variações nas vendas das lojas da Grande São Paulo principalmente
por fatores exógenos? São Paulo: EAESPIFGV, 2001. 104p. (Dissertação de Mestrado
apresentada ao Curso de Pós-Graduação da EAESPIFGV, Área de Concentração:
Economia).
Resumo: Como fazer para avaliar o desenvolvimento no faturamento de uma empresa
ou segmento de negócio quando não se dispõem de informações sobre o setor em que a
empresa se insere. Através deste trabalho aprofundou-se o conhecimento do segmento
de mercado de alimentação fora do domicílio, inclusive com a aplicação de teoria
micro-econômica.
Palavras-Chaves: Pesquisa de Orçamento Familiar - Alimentação Fora do DomicílioRestrição Orçamentária - Elasticidade de Demanda a Preço - Bens Substitutos
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à todos aqueles
que, direta ou indiretamente, contribuiram
para o alcance de mais esta realização.
Em especial a meus pais Icek e Maria,
minha esposa Ilana, meus irmãos Esther e
Ari e a meu sogro Sabi, que teria dado bons
palpites.
AGRADECIMENTO
Agradeço ao Prof. Marcos pelo seu
envolvimento no trabalho e pela maneira
como incentiva seu orientado, ao Prof.
Bussab pela valiosa participação e sempre
pronta recepção e ao caro Marcel pelo seu
interesse e disponibilidade.
sUMÁRIo
1.
INTRODUÇÃO
PARTE I
2.
3.
10.
11.
13.
14.
15.
16.
DE ORÇAMENTO FAMILIAR
A ALIMENTAÇÃO FORA DO DOMICÍLIO E O ORÇAMENTO
FAMILIAR
ESTUDO DE TAMANHO DE MERCADO PARA O MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO
PESQUISA À ENTIDADE REPRESENTATIVA DE CLASSE
PARTE IV
12.
p.12
TEORIA ECONOMICA
A PESQillSA
CONSIDERAÇÕES
NUMÉRICAS
CORRELAÇÃO ENTRE VENDAS DE UMA LOJA E ÍNDICES
DIVERSOS
REGRESSÃO UTILIZANDO OS ÍNDICES DE MAIOR
CORRELAÇÃO
CÁLCULO DA EVOLUÇÃO DOS PESOS DOS ITENS
CONSUMIDOS
CÁLCULO DAS ELASTICIDADES DOS ITENS CONSUMIDOS
DESMEMBRANDO O ITEM ALIMENTAÇÃO EM FORA DO
DOMICÍLIO E NO DOMICÍLIO
PARTE V
p. 10
p.lO
RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
ELASTICIDADE E RENDA
OS EFEITOS DE RENDA E SUBSTITUIÇÃO
MONOPÓLIO, COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA E OLIGOPÓLIO
FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE: IMPACTO DA VARIAÇÃO DA
RENDA NAS VENDAS
PARTEID
9.
MERCADO DE FAST FOOD
O SETOR DE FAST FOOD
ASPD.
PARTE 11
4.
5.
6.
7.
8.
o
p.5
CONCLUSÃO FINAL
17.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
ANEXOS
p.25
p. 25
p. 30
p. 32
p.33
p.35
p.37
p. 37
p.68
p. 70
p.72
p.72
p.75
p.77
p.84
p. 87
p.91
p. 93
p.95
5
1. Introdução
É imprescindível
para o administrador
a constante avaliação do desempenho
dos
resultados de sua empresa.
Entretanto devido a diversos fatores, nem sempre é possível dispor de dados para que
se possa comparar os resultados obtidos pela empresa com empresas concorrentes
do
mesmo setor de atuação.
Neste trabalho, voltado para analisar o desempenho de uma loja de uma rede de lojas
de fast-food,
não dispondo
eventualmente estar disponíveis
Restaurantes,
por exemplo,
de dados críveis do setor, que neste caso
poderiam
através de entidade de classe como o Sindicato de Bares e
procuraremos
verificar
faturamento da loja recorrendo a comparações indiretas.
a performance
da evolução
do
6
Assim como em outros segmentos de negócios, neste, podemos entender que as
variações apresentadas nos resultados de vendas são decorrentes de fatores exógenos
(ambiente econômico) ou endógenos (intrínsecos) à operação da loja.
Dentre os fatores endógenos podemos citar o desenvolvimento de novos produtos,
investimentos para melhoria do atendimento ao cliente, campanhas de marketing mais
agressivas, atualização na arquitetura da loja e adequação aos preços cobrados em relação à
concorrência, apenas para citar alguns.
Dentre os fatores exógenos podemos citar como constituintes de um cenário
macroeconômico, a variação da renda familiar, a mudança na preferência dos agentes pela
alocação de seus recursos ou a entrada de novos concorrentes onde atua a empresa, estes
fatores podem variar entre diferentes cidades onde se encontra a loja ou até entre diferentes
Shoppings. Assim estudaremos dados como taxas de desemprego, taxas de juros para
consumo de bens duráveis, a evolução de consumo de bens duráveis e dos índices
econômicos gerais dentre inúmeros outros. Tentaremos, utilizando técnicas estatísticas,
mais precisamente através da utilização das ferramentas de correlação e regressão linear,
avaliar e tentar extrair alguma relação entre estes índices com a evolução de faturamento da
loja.
Desta forma, entre estudarmos os fatores endógenos e os exógenos à operação
procuraremos estudar este último.
A razão para tal é que para testar os fatores endógenos da operação teríamos que
recorrer a experimentos e pesquisas onde alguns destes fatores teriam de ser isolados para
que pudéssemos analisar a influência de cada um destes no todo. Além de bastante
dispendioso este procedimento é praticamente inexeqüível para a estrutura da empresa que
estamos desenvolvendo este estudo, assim como para tantas outras de pequeno e médio
porte.
Através do estudo dos fatores exógenos podemos, baseado em seus resultados,
inferir qual a evolução dos resultados da empresa em estudo com relação ao meio e inferir
7
se a variação apresentada pela nossa empresa é consoante ao meio ou foi mais devida à
fatores exógenos.
Estaremos assim fazendo uma bancada de testes da operação desta empresa não com
o setor específico mas com a economia como um todo.
Será interessante procurar observar, se possível, até que ponto uma operação de fast
food de comida italiana localizada em praça de alimentação de Shopping Center, que é o
caso deste estudo, apresenta variações em seu faturamento
mais em função de uma
operação de frango frito na sua vizinhança, de um aumento no custo da gasolina ou em
função da queda nos juros.
Demonstrando a atualidade deste tema, tendo como cenário a região metropolitana de
São Paulo
no ano que se passou,
vejamos
por exemplo,
esta notícia
divulgada
recentemente, aonde se aborda o fato de o aumento na conta de luz de uma determinada
família, fazer com que haja uma mudança em parte de seus hábitos alimentares:
"O administrador de empresas Luís Antônio da Silva, de 34 anos, é analista
frnanceiro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (lPT)
e ganha R$ 1500,00 por mês. Embora tenha recebido aumentos no valor total de
R$ 200 desde que começou no emprego, há quatro anos, Silva calcula que a
parcela de seu salário destinada ao pagamento de tarifas públicas é muito maior
do que era no início [...] uma das tarifas que mais pressionam o orçamento
doméstico de Silva é a energia elétrica. Silva está certo em sua contabilidade
informal e o que acontece em sua vida hoje é muito mais comum do que ele
imagina. [...] "Além do desemprego e da crise econômica terem contribuído
para reduzir a renda dos assalariados desde 1998, o governo aumentou bastante
as tarifas e os impostos" afirma o coordenador do IPC da Fipe, Heron do
Carmo. [...] As tarifas de telefone fixo lideram os aumentos, com alta de 379%.
Nesse caso, como o cálculo reflete o aumento da assinatura, não dá para fugir
desse aumento fazendo economia no uso do telefone. As tarifas de ônibus
representam hoje o segundo maior aumento no orçamento do trabalhador, com
alta de 130%, seguidas pela água e esgoto, com alta de 112% e, ainda, da
gasolina, com 123%. O preço da energia elétrica, outro item importante e pouco
flexível no orçamento familiar, subiu 73%. [...] Se os gastos aumentam com as
tarifas básicas, a solução é cortar o supérfluo, mesmo que, no caso de Silva, seja
uma simples pizza no domingo. ''Não pedimos mais pizza porque preferimos
comprar os ingredientes no supermercado e prepara-la em casa para fazer
8
economia" diz. [...] Nesse momento ocorre o deslocamento do consumo e, como
conseqüência, a apropriação de renda do setor privado pelo público. Esse
movimento é exatamente inverso àquele que propiciou o aumento da renda da
população mais pobre no início do Plano Real. Naquela época, com o fim do
imposto inflacionário, o governo repassou os ganhos para a população de mais
baixa renda." (GOMIDE, 2000).
Ou como, nas duas notícias veiculadas em jornais expostas a seguir, estas mostram
como o aumento dos preços das prestadoras de serviços públicos, faz com que outras
famílias, dada a sua restrição orçamentária, apresentam uma alteração comportamental de
consumo aonde tem que recorrer ao expediente de substituir o consumo de determinados
produtos por outros de menor preço:
"Para encaixar o orçamento na renda familiar, o consumidor está mantendo os
gastos compulsórios como energia elétrica, água, planos de saúde, educação e
cortando despesas onde é possível fazer algum ajuste. Na análise de Cornélia
Nogueira Porto - coordenadora do Índice de Custo de Vida do Departamento
Inter-sindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (lCV - Dieese), os
ajustes nas despesas devem estar ocorrendo nos produtos e serviços passíveis de
substituição, como a troca do transporte individual pelo coletivo, produto de
primeira pelo de segunda - caso da carne - ou naqueles gastos que podem ser
adiados, como a compra de artigo de vestuário ou de eletroeletrônico."
(CHIARA, 2000).
"A perda do poder aquisitivo do consumidor vem sendo notada em lojas de
supermercado localizadas tanto em bairros da classe média como em locais mais
afastados onde o poder aquisitivo é menor. "Sentimos o reflexo nas vendas toda
vez que os chamados preços controlados sobem" diz o presidente do Sindicato
do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sincovaga), Wilson Tanaka.
"E perceptível a redução no consumo de produtos de valor agregado mais alto e
a troca de marcas líderes por outras de menor preço", explica. A movimentação
ocorre principalmente em categorias como artigos de limpeza e higiene e
utilidades domésticas. [...] A preocupação de redução de despesas supérfluas
para equilibrar o orçamento familiar também é observada em lojas destinadas a
um público de maior poder aquisitivo. No empório Chiapetta, o consumo de
frios em geral caiu 25% em agosto. [...] No setor de delicatessen, que abrange
importados finos, a redução foi de mais de 50%, segundo Eduardo Chiapetta,
dono de quatro lojas, localizadas em Shoppings e no Mercado Central."
(DANTAS, 2000).
9
Como pano de fundo, aproveitaremos, na procura desta resposta, a oportunidade para
esmiuçar a estrutura de despesas das diversas famílias pertencentes a diferentes classes
sociais da região Metropolitana de São Paulo e de como esta estrutura de despesas é
dinamicamente influenciada pelos índices macroeconômicos ou até pela introdução de
inovações tecnológicas que podem alterar os hábitos dos consumidores,por exemplo, como
abordado na reportagem a seguir:
"Os paulistanos da classe média já gastam mais com novos itens de consumo
(como celular e Internet) do que com produtos farmacêuticos, de higiene e
limpeza e serviços domésticos. Pesquisa inédita desenvolvida pela agência
Grottera.com mostra que 3,66% das despesas totais das famílias são
destinadas a produtos que há poucos anos quase não participavam do
mercado. O porcentual está acima de diversos grupos de gastos na
comparação com os dados regionais de São Paulo da Pesquisa de Orçamento
Familiar (POF) da Fundação Getúlio Vargas, para famílias com renda em
tomo de dez salários mínimos. O resultado é fruto da inclusão de novos
hábitos de compra e pagamento no orçamento mensal que, segundo a
Grottera, mudaram significativamente para 63% dos brasileiros nos últimos
cinco anos" (BREDARlOLI, 2001)
Neste trabalho começaremos explorando a Alimentação Fora do Domicílo - setor
Fast Food , passaremos pela conceituação econômica aplicada neste estudo, esmiuçaremos
o Perfil de Orçamento Familiar da região metropolitana de São Paulo, aplicaremos alguns
processos estatísticos para corroborar nossa tese e tiraremos conclusões de todo este
processo.
Tratando-se de trabalho acadêmico, ao longo deste, estaremos nos referindo à
empresa estudada como Spd.
10
Parte I - O Mercado de Fast Food
2. O Setor de Fast Food
As Praças de Alimentação
A primeira praça de alimentação
inauguração
do Shopping
Paulista.
de São Paulo foi apresentada
Depois deste momento
novos
em 1992 com a
Shoppings
foram
inaugurados já com praças de alimentação e antigos Shoppings reformaram suas instalações
para acomodar este tipo de disposição de lojas
11
As praças de alimentação têm como característica, diferentemente de como se
distribuíam as lojas de alimentação antigamente nos Shoppings, ao longo dos corredores,
concentrar todas as operações de alimentação em um único local, tal que o cliente possa
consumir contando com dezenas de opções e sentar em um local com mesas e cadeiras
comuns a todas as operações. Quando os clientes em grupo consomem neste local, cada
indivíduo deste grupo pode efetuar sua compra em uma diferente loja e sentar todos juntos.
Para as operações de alimentação, a praça de alimentação representa a oportunidade
de se montar uma operação utilizando uma área menor de locação de loja e um menor
número de funcionários, pois sendo o local de consumo da refeição comum, não necessitam
de assentos próprios tampouco de funcionários para manter esta área, estes últimos, em
geral contratados de empresas de limpeza que prestam este serviço para todo o Shopping.
Para a operação, esta deve se especializar e aprimorar em determinado tipo de operação,
pois como são encontradas dezenas de lojas na praça, a administração do Shopping procura
promover um "mix" de atividades de maneira que o cliente poderá encontrar refeições
variadas como hambúrgueres, sorvetes, cafés, comidas típicas italianas, chinesas,
japonesas, peixes, churrascos, comida por quilo etc, evitando a repetição.
De certa forma, as praças de alimentação estão voltadas para duas situações diferentes
em que o consumidor busca alimentação.
Na primeira podemos citar a conveniência. Nesta situação a praça de alimentação ou
o Shopping Center se situa em local de grande fluxo de pessoas próximo a região
comercial, escolas, faculdades ou hospitais. Como um fenômeno principalmente das
grandes cidades que em geral apresentam muito trânsito e as pessoas que trabalham não
tem condições de almoçar em casa por falta de tempo, as praças de alimentação oferecem a
conveniência de oferecer variedade, rapidez e preços mais baixos do que em restaurantes "a
la carte" tradicionais.
12
Em segundo lugar podemos citar o lazer. Nesta situação as praças de alimentação
servem para prolongar uma atividade de lazer como a ida ao cinema, um passeio pelo
Shopping ou um descanso após as compras.
Estas duas formas de entender como o público consumidor se relaciona com as praças
de alimentação é importante pois defmem quais as operações que melhor desempenharão
nestas praças. As atividades de lanche rápido como sanduíches, sorvetes, pastéis ou frango
frito estão mais relacionadas com os momentos de lazer, ao passo que as operações de
refeições
como comida
a quilo, típica chinesa ou italiano e churrasco
estão mais
relacionadas com refeição propriamente dita e conveniência.
Sabendo que as praças de alimentação
Shopping principalmente
possuem uma "vida própria"
no caso de conveniência,
dentro do
quando o cliente vem diretamente
consumir seus produtos, e não como conseqüência de uma outra atividade como no caso de
lazer, as administradoras de Shoppings logo entenderam que as praças de alimentação eram
verdadeiras âncoras de Shoppings, assim como foram os grandes magazines antigamente e
como são atualmente os complexos múltiplos de cinemas. Desta forma, os Shoppings
foram projetados
diametralmente
de tal forma que as praças de alimentação
se situam em posição
oposta às principais entradas do público, de forma que os consumidores
circulem através do Shopping o máximo possível para atingir este local, aumentando
o
fluxo de pessoas pelas demais lojas, tais como vestuário, procurando aumentar a compra
por impulso ou não planejada.
3. A Spd
A Spd trattoria expressa é uma cadeia de lojas fast food para praças de alimentação
especializada em comida típica italiana, contando com 14 unidades é a maior rede nacional
do gênero. Está distribuída nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas
Gerais.
Todas as lojas da rede são franqueadas e o franqueador possui um escritório central
em São Paulo que agrega as funções de cozinha central (produz alguns produtos e faz o pré-
13
preparo de outros), de varejista (distribuidora de produtos terceirizados) mais a prestação de
serviços de franqueado r que são a supervisão das lojas para adequá-las ao padrão e a
administração
dos recursos para a realizar dos trabalhos do fundo de promoção, além do
contínuo desenvolvimento
de novos produtos, desenvolvimento
da arquitetura das lojas e
ampliação da rede.
A Spd tem por missão "oferecer ao consumidor, a um baixo preço (ticket médio de
R$ 7,50), de forma conveniente,
uma refeição farta e completa constituída por massa,
risoto, carne, salada e bebida."
3.1. Breve História
A Spd
experimentando
operações
foi estudada
ao longo
de
1993. O segmento
de fast
food
estava
um crescimento bastante expressivo. Nesta época chegaram ao país as
do Pizza Hut (1992) , Subway (1995) e Arby's
(1992) e os Shoppings
reformavam suas instalações ou agregavam aos seus novos projetos a novidade da praça de
alimentação.
Naquele momento foi constatado que várias operações de comida chinesa estavam
surgindo (era uma moda da época) e que poucas marcas estavam explorando o mercado de
comida italiana, que sempre fora muito mais difundida que a chinesa. A Spd foi criada
justamente para explorar o segmento de comida italiana, aproveitando um mercado latente,
mas com a preocupação
de oferecer uma ótima refeição a um custo muito razoável.
Contando com a vantagem obtida pelo uso de pratos que eram padrão da culinária italiana,
a Spd concentrou-se em oferecer generosas porções por preços bastante atrativos.
Em 1994 foi inaugurada a primeira loja no Páteo Maria Antonia, na Rua Maria
Antonia, e em 1995 foram abertas mais duas lojas, a do MorumbiShopping
e uma semana
depois a de São Bernardo. Posteriormente foram abertas duas lojas no Centro de São Paulo,
três lojas em Curitiba, uma em Belo Horizonte, uma em Jundiaí, em Santa Bárbara, em
Niterói e este ano (2000) foi inaugurada mais uma no Shopping Vila Lobos e outra em Belo
Horizonte, completando 15 lojas.
14
3.2. Estratégia Utilizada
Talheres e pratos não descartáveis
Na fase inicial foram estudados diversos concorrentes que atuavam de forma similar,
dentre eles o Súbito. Uma coisa que chamou a atenção neste concorrente, é que apesar dele
atuar num mercado um pouco mais sofisticado (a proposta para a Spd era trabalhar com
preços em tomo de 20% mais baixos), utilizava pratos e talheres de plástico, mesmo para
pratos sofisticados como carpaccio e pêra com cobertura de chocolate (sobremesa). No Bon
Grille também, o consumidor de picanha ou filet mignon era atendido com plástico, pois
tratava-se de um fast foode este era o conceito deles na época. Fazendo algumas contas,
constatou-se que estas lojas gastavam cerca de R$ 700,00 por mês com o material
descartável. Utilizando talheres metálicos e pratos de porcelana a despesa com reposição
seria por volta de R$ 150,00 fora o detergente para lavar, tendo que o custo do funcionário
seria marginal pois este tinha que cumprir com a sua jornada de qualquer forma. A Spd
usou desde o inicio estes materiais, sendo rapidamente seguida pelos seus concorrentes.
Além do aspecto custo, havia um sentimento de que os materiais descartáveis,
transmitiriam a sensação de descartabilidade ao conteúdo do prato.
Prato pronto vs. Bu:ffet
A operação da Spd foi concebida para fornecer pratos prontos. O cliente faz seu
pedido e seu prato é montado na hora utilizando os ingredientes recém grelhados, cozidos
ou fritos. Isto aumenta bastante a qualidade da refeição e diminui o desperdício, quando
comparamos com os sistemas de bu:ffet onde a necessidade de manutenção deste repleto
pelo dia inteiro resulta em perda de qualidade e desperdício de alimentos. Geralmente os
sistemas de bu:ffetsprecisam trabalhar com um grande volume de vendas para compensar a
variedade e quantidade exposta. A operação de pratos prontos é bem mais flexível para
fazer frente às variações no volume de vendas.
15
Cozinha Central x Cozinha Descentralizada
A seguir temos as principais considerações
feitas quando da decisão pelo uso de
cozinha central ou descentralizada.
vantagens
padronização das refeições
compra de insumo s de forma centralizada
diminuição para a loja do custo da transação da compra
necessidade
altíssimo
de menor área alugada no ponto de venda que em Shoppings
é
(menor área de cocção, produtos a serem processados, estoque)
menos funcionários no ponto de venda
menor dependência de funcionário chave, não precisa ter uma um cozinheiro na loja
que seja uma "estrela", todos são atendentes (piso salarial da categoria) exceto o
gerente.
desvantagens
alto custo inicial de implantação, que deve ser diluído com a abertura de várias lojas
custo do transporte da mercadoria
em função do custo do transporte, limitação geográfica para crescimento da rede
Dimensionamento
da cozinha Central
A cozinha central da Spd começou a funcionar duas semanas. antes da abertura da
segunda e da terceira loja e hoje atende a 12 lojas. Uma das maneiras de trabalhar com a
mesma
cozinha atendendo
um número
cada vez maior de lojas sem ter que fazer
investimentos na ampliação das instalações ou ter de se mudar para outro local (pois teria
que aguardar mais alguns anos para se atingir sua ótima utilização de novo) foi encontrado
pelo caminho da terceirização. Na medida que aumentava o volume de produção, alguns
itens foram terceirizados.
Desta forma a cozinha foi cada vez mais se especializando
na
produção de menos itens em quantidades cada vez maiores, sempre passando para terceiros
a produção de produtos não estratégicos. A Central foi se transformando de uma produtora
16
em uma distribuidora.
Hoje atende por volta de 60.000 refeições / mês tendo apenas 4
funcionários na cozinha.
Evolução de alguns produtos
Para diminuir os custos de processo, alguns produtos passaram por uma longa jornada
evolutiva. Como exemplo vamos citar o caso do molho quatro queijos.
O molho quatro queijos branco é o segundo molho mais pedido, logo depois do
bolonhesa. Uma de suas características é que comporta-se como um mingau. Tem o ponto
certo de cozimento e não possibilita a simples adição de água ou a permanência prolongada
em banho maria antes de ser servido.
O molho era feito na Central, basicamente um molho branco com a adição de queijos.
Era congelado e estocado na Central e depois distribuído nas lojas. Mas havia uma perda
muito grande nas lojas. Percebeu-se que perdia-se a base de molho branco e os queijos que
era a parte mais cara. Então decidiu-se fornecer para as lojas a base de molho branco e
deixar para que as lojas adicionassem um queijo fundido sabor quatro queijos. Desta forma
se houvesse perda de molho seria da base e economizaria-se na parte mais cara que eram os
queijos. Depois evoluiu-se para a situação atual que consiste em uma solução de utilizar
produtos liofilizados desenvolvido especialmente para a empresa. Fornece-se às lojas 250g
de pó de molho quatro queijos e na loja se faz o cozimento fmal com dois litros de leite em
caixinha. A cozinha diminuiu seu processo de congelamento,
sua necessidade de estoque
frio e de transporte. As lojas apesar de terem de cozinhar (lO minutos) o molho tiveram um
ganho de qualidade do produto fmal com uma redução de 50% no custo da mercadoria, na
necessidade de estoque e das perdas.
Refeição vs. Lanche (Snack)
Conforme
mencionado
anteriormente,
para melhor
orientação,
o mercado
de
alimentação pode ser dividido em refeições e lanches. Nas operações de refeição, onde está
atuando a Spd, existem os restaurantes de refeição à la carte, os de fast food e os do tipo
17
self service (por quilo ou preço unitário). Em lanches considera-se os sanduíches, os
salgadinhos e as pizzas.
Conveniência vs. Lazer
Lembramos que o mercado de fast food e alimentação fora em geral atinge o
consumidor de duas formas: Conveniência e Lazer.
É comum que as despesas com alimentação durante a semana fiquem restritas ao
valor do ticket recebido ou ao valor reembolsado pela empresa, enquanto num fim de
semana nos "damos ao luxo de gastarmos até 5 vezes mais para fazer uma refeição com a
namorada, esposa ou família". Isto acontece porque apesar de satisfazer uma necessidade
fisiológica básica, a refeição representa na mente do consumidor diversos papéis. Ao longo
da semana a refeição pode até ser um momento de relaxamento, mas geralmente existe a
idéia de resolver o problema da alimentação (conveniência) e retomar para o trabalho. No
fmal de semana aparece o conceito de diversão, de descoberta de novos pratos e
restaurantes (lazer).
3.3. Informações sobre a Loja
Operação da loja
Como desde o início das operações a Spd optou por utilizar cozinha central, a loja
tem como objetivo concentrar seus esforços nas áreas de preparo final e manutenção da
qualidade dos pratos servidos, higiene das instalações, atendimento aos clientes, controle
fmanceiro de caixa e contagem de estoque com reposição de pedidos. O franqueado é
responsável pelos trâmites legais da administração da loja, relacionamento com o
Shopping, funcionários e questões contábeis.
18
Cardápio"
o cardápio da Spd sofre contínuas e pequenas alterações ao longo do tempo para se
adequar e trazer inovações constantemente. Dentre as opções oferecidas ao público
podemos classificar os produtos em massas e molhos, carnes, saladas, sobremesas e
bebidas.
Massas:
Existem três opções de massas secas (penne, talharine e spaghetti), quatro de massas
gratinadas (lasanha de chester, de frango com requeijão, de peperoni e de brócolis,
panquecas de carne, de queijos e de frango com requeijão, de conchiglione e rondeli) e
nhoque.
Molhos:
As massas podem ser acompanhadas pelos molhos sugo, bolonhesa, calabresa e branco.
Risotos:
São oferecidas duas opçõess de risoto o Calabrês com pedaços de linguiça calabresa e o
Milanês com açafrão e vinho branco.
Polenta Frita:
Na promoção Trio ou individualmente oferece-se a polenta frita
Carnes:
As carnes apresentam três opções: polpeta frita recheada com queijo e à milanesa; bife de
alcatra (chamado filetto) grelhado e peito de frango marinado grelhado.
Sobremesa:
A sobremesa Canuto é exclusiva, consiste em um mousse nos sabores chocolate, chocolate
com menta, coco e morango coberto com uma camada crocante de chocolate. A embalagem
1
Veja um exemplo de cardápio no ANEXO A
19
do produto facilita o consumo podendo ser feita com a mão dispensando a necessidade de
talheres e pratos adicionais.
Bebidas:
Dentre as bebidas a loja oferece refrigerantes post mix ou lata, água, sucos em lata e vinhos
em taça. As lojas situadas em praças de alimentação com vocação para lazer oferecem
também chopp.
Sistema de atendimento da loja
Ao passar pela praça de alimentação o cliente se depara com a loja que busca atrair a
atenção do consumidor pelo seu luminoso, fila de clientes ("fila faz fila"), arquitetura e
decoração geral da loja, banners apresentando algumas promoções/preços, fotos expondo
alguns pratos, vitrine com a exposição das saladas e da atuação do canarinho (assistente de
vendas cujo nome vem dos atendentes do Me Donald's devido ao uniforme amarelo).
O canarinho é um funcionário que se localiza fora do limite da loja, junto ao público
trajando o uniforme da rede, porta em suas mão cardápios que são oferecidos aos clientes
que passam e oferece explicações quando solicitado. É um forte elemento de venda e de
persuasão pois um cliente indeciso que resolve conhecer a loja e pega o cardápio, na
maioria dos casos acaba consumindo lá, entretanto, esse funcionário precisa atuar com
delicadeza para não desagradar os clientes. Quando a operação se encontra com uma
demanda grande, o canarinho ajuda a dividir o trabalho do caixa. O canarinho apresenta os
pratos, elucida dúvidas e aproveita para fazer vendas sugestivas com o intuito de aumentar
o valor do ticket médio, deixando para o caixa apenas o registro no computador e
confirmação do pedido ou seja, a transação comercial propriamente dita, isto serve para
aliviar o estrangulamento da atividade caixa.
O cliente efetua o pagamento no caixa, se desloca para sua esquerda e após dois
minutos recebe a sua bandeja com seu pedido e anda para a área comum de mesas. A fila
de espera para ser atendido pelo caixa e no recebimento do pedido deve ser uma só, isto
quer dizer que os processos caixa e atendimento devem estar sincronizados de maneira o
mais eficientemente possível. O tempo de espera de um cliente desde o momento que se
20
dirigiu à fila do caixa até o momento que sai com a sua refeição se dá em 5 minutos. A Spd
conta com lojas ( 26m2 de área com 4,5 m de frente) que chegam a servir 160 refeições no
período de 2 horas e ·15minutos!
Os pedidos
O cliente compõe o seu pedido optando pelas diversas massas, molhos, carnes,
saladas e molhos de saladas. Nos cardápios e banners são apresentados os valores para as
combinações de massas com carnes (Duo), carnes com saladas (Duo Light) , massas mais
carnes e saladas (Trio) e risoto com polenta com carne e salada (Trio Light), dentre outros.
Os fornecedores das lojas e transporte de mercadorias
Excetuando-se as empresas concessionárias de serviços públicos, a loja possui do
ponto de vista de suprimentos, quatro fornecedores. A empresa Coca Cola que fornece as
águas e refrigerantes, um fornecedor local de pães, um fornecedor local de verduras
processadas que serve para confecção das saladas e a Central franqueadora que fornece as
massas, molhos, carnes, materiais de limpeza e descartáveis. Também são fornecidos pela
Central para reposição da loja, uniformes, pratos e talheres. O conceito implícito está que
não há interesse por parte da Central em fornecer produtos diariamente às lojas tais como
pães e verduras frescas, devido ao alto custo do transporte comparado ao custo de algumas
das mercadorias, assim, as lojas localizadas na grande São Paulo tem entrega de duas a três
vezes por semana, em função das suas vendas e da sua capacidade de estoque (que pode
variar em função do tamanho da loja). As lojas de Jundiaí e Santa Bárbara recebem
mercadoria uma vez por semana. Niterói, Belo Horizonte e as três lojas de Curitiba
recebem mercadorias uma vez por mês.
Localização das lojas - ponto comercial
A loja foi desenvolvida para operar em praças de alimentação que existem em sua
maioria em Shopping Centers ou em alguns casos em ruas. Para isto deve se concentrar no
fornecimento de comida típica italiana, para obedecer ao tenant-mix que existe nestas
21
situações e que é controlado pelas administrações dos shoppings ou das praças. Se por um
lado o lojista está contratualmente proibido de operar sua loja além dos limites defmidos
pelo administrador quanto à especialidade, entretanto não há contrapartida do administrador
do Shopping, ou seja, o este é livre para colocar na praça de alimentação outra operação
idêntica à do lojista.
Estas lojas possuem entre 4 e 5 metros de frente e sua área vai de 26 a 50 metros
quadrados (área ideal de 35 m2)
Devido aos altos custos de locação e condominios por metro quadrado destas áreas,
encontra-se mais uma razão para
centralizar-se as atividades comuns de todas as lojas,
principalmente no preparo dos pratos em uma cozinha central o que faz com que não seja
necessária uma grande área de estoque ou cozinha na loja.
3.4. A Relação Franqueador Franqueado
Distribuição de produtos pela Central
Para aloja, a Central representa apenas um fornecedor, aonde, através de apenas um
pedido, coloca o franqueado em contato com dezenas de fornecedores e de produtos
valor agregado,
ápice de uma cadeia de suprimento,
reduzindo
consideravelmente
de
o
trabalho do franqueado. Nesta centralização há a concentração da compra de 40 insumos de
20 fornecedores diferentes, que se transformam em 60 itens a serem revendidos para as
lojas franqueadas. A Central representa então para as lojas franqueadas a comodidade e
economia de relacionamento
com todos estes fornecedores, preparo de todos estes itens e
controle e estoque de todos estes produtos o que diminui os custos de transação.
Controle de estoque nas lojas
É interessante lembrar que concentrando o estoque na Central que atende várias lojas,
há uma previsibilidade muito maior nas necessidades das lojas. Vejamos, pode haver uma
variação na venda de determinado item em alguma loja, mas somando-se o total destes
itens nas lojas, na média haverá uma variação muito menor, o que facilita o controle de
estoque na Central. Assim, a Central sem ter de recorrer a maiores margens sempre atende
22
as lojas, diferentemente se a loja comprasse direto, cada uma individualmente teria que
aumentar seus estoques de segurança.
A central alerta as lojas sobre variações na demanda de determinados pratos em
função da meteorologia, feriados, festas e outras mudanças sazonais ou mesmo em função
da resposta dos clientes a alguma campanha promocional que estará sendo veiculada e que
já tenha sido testada previamente em outra unidade da rede. Todo este processo que seria
comum à todas as lojas, centralizado em uma unidade faz com que além da redução de
preços devido ao aumento das quantidades compradas e de concentrar a entrega em um só
local por parte do fornecedor, libere o franqueado para ter tempo para se dedicar às
atividades acima descritas específicas da loja. Apesar de haver o custo do transporte
associado a esta distribuição fisica, este é amplamente suplantado pelos ganhos de escala
obtidos. Para economizar na distribuição fisica, as entregas para as fora da Capital são mais
espaçadas. Nestas situações o estoque da loja é dimensionado levando-se em conta a venda
prevista para o prazo entre as entregas. Deve-se lembrar que o capital necessário
relacionado ao estoque é de baixo valor permitindo esta política.
Fundo de promoção
A Central promove junto à sua rede o recolhimento de 2% do valor de faturamento
bruto mensal para a formação de um fundo de promoção que tem como objetivo a
implementação de ações de marketing. Anúncios em jornais, distribuição de panfletos,
execução de novas fotos, execução de banners e cardápios, todas estas atividades são
suportadas pelo fundo, havendo a possibilidade de algumas peças serem executadas
especialmente para alguma loja ou grupo de lojas. Há uma prestação de contas onde são
fornecidos aos franqueados informações sobre os recebimentos e despesas efetuadas.
Royalties
A franqueadora Spd Central cobra de suas lojas franqueadas a título de royalties 5%
do faturamento bruto mensal. Os royalties servem para cobrir os custos de supervisão e
obtenção de lucros e remunerações de investimento. Deve-se lembrar que os royalties
23
representam a totalidade de remuneração do franqueador, haja visto que a cozinha, para
garantir transparência em seus custos, opera a preço de custo.
Supervisão
Como participante de uma rede as lojas sob a mesma bandeira devem apresentar uma
padronização na operação, tanto em relação aos produtos oferecidos quanto à qualidade e
atendimento. Para isto e também para garantir ao franqueado r que nenhuma loja franqueda
estará fora dos padrões, o franqueador promove a visita semanal de um funcionário seu, o
supervisor, que em visita às lojas orienta os franqueados, gerentes e funcionários. No final
desta visita preenche um relatório com 50 itens a serem checados que totalizando
pontuação
atingem um valor máximo de 250 pontos, além de comentários
a
escritos
ressaltando algum problema que possa ter ocorrido ou notado. Este relatório é assinado
pelo supervisor
e pelo gerente ou franqueado
que desta maneira tomam ciência da
qualidade de sua operação.
Front Office e Back Office
É nítida a separação entre Front-Offíce e Back-Offíce da operação.
Para Front-Office
ficaram todas as atividades
que da Central não podem ser
realizadas e que em geral se relacionam com o atendimento direto ao cliente e com a
manutenção
do ponto de venda. Apesar desta separação e da concentração
atividades na Central ainda podemos identificar atividades de Back-Office
de várias
na loja com
corte de pão, cozimento de risoto, preparo de saladas, lavagem de pratos e talheres dentre
outros.
Todas as atividades que são comuns à todas as lojas e que podem ser realizadas
remotamente
foram concentradas na Central. Exceções são feitas quando percebemos o
ganho de qualidade no preparo final de alguns pratos quando realizados diretamente nas
lojas. Neste caso passamos a execução da Central para a loja.
Processo Produtivo Batch e Assembly Line
24
A loja opera nos dois sistemas e pode ser feita uma
comparação com o Me.
Donald's.
No Mc. Donald's os sanduiches são produzidos em Batch na medida que são feitos
em grupos de mesmos sanduíches com 6 a 12 unidades por vez. Na montagem da bandeja
para servir ao cliente visualizamos um processo por Assembly Line na medida que as subpartes estão prontas e elas são dispostas na bandeja defronte ao cliente, por exemplo Big
Mac + Refrigerante 300 + fritas ou Mac Chicken + suco 500 + sundae.
Na Spd ocorre o mesmo, na produção dos pratos, são grelhadas várias carnes, fritas
várias polentas e aquecidos vários molhos e massas. Na montagem da bandeja o montador
dos pratos junta as várias partes formando o prato quente, a atendente acrescenta a salada,
pergunta o molho da salada e se deseja pão e coloca sobre a bandeja o refrigerante ou
sobremesa caso tenha sido pedida.
25
Parte 11 - Teoria Econômica
4. Restrição Orçamentária
o
estudo do comportamento
do consumidor é da maior importância não só para
conhecimento específico do comportamento econômico do consumidor, o que já revelariam
informações preciosas do comportamento e restrições deste, mas também por se tratar de
um conjunto de informações que podem ser de grande importância quando forem feitos
estudos mercadológicos de consumidores e produtos.
Para se iniciar o estudo das preferências
dos consumidores,
do ponto de vista
econômico, geralmente faz-se uma divisão em três etapas. Primeiramente examinam-se as
26
preferências dos consumidores, aonde especificamente,
prática
como os indivíduos preferem determinados
Na seqüência,
procura-se determinar de maneira
produtos em detrimento de outros,
independente
de seu preço.
deve-se
levar em consideração
consumidores
enfrentam o problema da restrição no seu orçamento,
que os
ou seja, sofrem
limitação quanto aos produtos e quantidades que gostariam de consumir, e finalmente
colocam-se as preferências e as restrições conjuntamente para que sejam determinadas as
escolhas dos consumidores. Em outras palavras, dadas suas preferências e suas limitações
orçamentárias, como os consumidores manifestarão suas preferências para maximizar sua
satisfação?
Dadas as várias opções de consumo de bens e serviços disponíveis em uma sociedade
industrial, definem-se as preferências dos consumidores em termos de cestas de consumo.
Uma cesta de consumo é um conjunto ou coleção de bens e serviços que um determinado
consumidor consome em determinado período de tempo em função de suas necessidades,
gostos e limitações orçamentárias.
Como os consumidores
comporão esta cesta, defmindo como se manifestam suas
preferências tomando uma cesta preferível à outra é o motivo de estudo desta área da
economia.
Para este estudo, algumas considerações são feitas:
as preferências dos consumidores são completas, ou seja, os consumidores podem
classificar e comparar todas as cestas no mercado, neste caso, o consumidor
preferirá a cesta A à B, a B à A ou será indiferente às duas;
as preferências são transitivas, o que significa que se o consumidor prefere a cesta
A à B e a B à C, em conseqüência preferirá a A à C e
todos os bens são desejáveis, ou seja, os consumidores
sempre preferirão mais
quantidade do que menos de um determinado bem.
Pode-se mostrar as preferências de um consumidor graficamente através da utilização
das curvas de indiferença. Uma curva de indiferença é uma representação gráfica de todas
27
as combinações
de cestas de mercado que proporcionam um mesmo grau de satisfação
para um determinado consumidor. Um consumidor é então, indiferente ao consumo das
diversas cestas representadas ao longo desta curva.
Para descrever as preferências de um consumidor para todas as cestas de mercado que
este pode consumir contendo as combinações de bens e serviços que este prefere, pode-se
desenhar um conjunto de curvas de indiferença. Este conjunto tem o nome de mapa de
indiferença. Cada curva de indiferença neste mapa, mostra as cestas de mercado entre as
quais o consumidor é indiferente.
Das cestas representadas,
aquela localizada
acima e á direita das anteriores
é
preferível pois em sua cesta há mais bens e serviços disponíveis, assim, UI é preferível à U2
que por sua vez é preferível à U3.
Os formatos das curvas de indiferença podem indicar outra característica dos bens
estudados quanto ao desejo de se substituir um produto por outro. Pode-se classificar os
produtos em perfeitos
substitutos ou perfeitos
complementares.
Os produtos perfeitos
substitutos apresentam-se no mapa de indiferença como retas e como exemplo pode-se citar
o suco de maçã e o suco de laranja para um determinado consumido,r caso para este não
haja diferença entre o consumo de um ou outro. Os produtos perfeitos complementares são
representados
no mapa de indiferença através de curvas de indiferença
em forma de
ângulos retos. Um consumidor não consome uma unidade de sapato apenas sendo esta para
o pé direito ou o esquerdo unicamente, o consumo deste item sempre se dá aos pares e cada
um deles é complementar ao outro.
Um mapa de indiferença pode explicar as preferências de um consumidor entre as
várias combinações
de bens e serviços, entretanto,
as preferências
não são as únicas
responsáveis para explicar as escolhas. As escolhas individuais também são afetadas pela
restrição orçamentária.,
o qual limita a capacidade de consumo face aos preços que o
consumidor deverá pagar pelos produtos escolhidos.
28
Um consumidor de renda R, poderá consumir a quantidade Qa de um determinado
item A de preço Pa, uma determinada quantidade Qb de um produto B de preço P, e assim
sucessivamente de tal forma que
A linha de orçamento indica todas as combinações de A (alimento) e V (vestuário),
por exemplo, que um determinado
consumidor
gastará parte de seu orçamento.
A
combinação do par de consumo de (NV) que o consumidor exercerá, quando consumir
mais de um dos itens, implica necessariamente
no menor consumo do outro. Este par de
escolha é afetado tanto pelas mudanças nos preços relativos de cada um dos itens, quanto
na mudança na renda R.
Quando a renda aumenta, mais produtos de A e V podem ser consumidos
detrimento
no consumo do outro, reciprocamente.
sem
Quando os preços relativos sofrem
alterações, o consumidor através da escolha de suas preferências poderá alterar a relação de
consumo de itens A e V, de tal forma que um menor consumo de um item que tenha seu
preço aumentado, possa representar a manutenção de consumo de outro item cujo preço não
tenha variado, ou mesmo diminuído.
Entretanto, se ambos os preços dos itens A e V sofrerem o mesmo aumento, apesar do
seu preço relativo manter-se constante, o consumidor para manter o consumo destes itens
como anteriormente, não podendo ultrapassar sua restrição orçamentária, terá que consumir
menos de outro item que compõem sua cesta R - (NV).
Entramos,
assim, no conceito de poder de compra, ou seja, a capacidade
do
consumidor em adquirir produtos no mercado. Este não apenas é determinado pela renda do
consumidor,
mas também, pelos preços dos produtos adquiridos. É então uma relação
comparativa.
Se a renda dobra, mas os preços também dobram, o poder de compra se
mantém constante.
29
Tendo discutido sobre as preferências
de consumo e as restrições orçamentárias,
poderemos determinar como os consumidores, individualmente,
decidem como consumir.
Dado que os consumidores agem racionalmente, estes escolherão maximizar sua satisfação
(ou necessidade), dadas as limitações orçamentárias que lhes são disponíveis (ou impostas).
o consumidor
no futuro,
possibilidades
pode abrir mão do consumo imediato de um produto para consumi-lo
fazendo
urna poupança,
ou ao contrário,
consumir
mais do que suas
imediatas através da utilização de um empréstimo, arcando com um custo
extra deste empréstimo no futuro. Por simplificação neste trabalho, estaremos estudando o
dispêndio de toda a renda de consumo no momento, de tal forma que não teremos que
estudar as variações das taxas de poupança interna, dos volumes de empréstimo ou das
taxas de inadimplência.
Sabemos que a cesta de mercado que maximiza a satisfação do consumidor
está
localizada sobre a curva de indiferença mais alta aonde toca a linha orçamentária. Neste
ponto de intersecção, a taxa marginal de substituição entre os produtos A e V se iguala à
razão de preços entre eles. O beneficio marginal se iguala ao custo marginal. Este é então o
ponto aonde a satisfação é maximizada.
A preferência revelada nos mostra que se um consumidor prefere a cesta de mercado
A em detrimento da B de acordo com sua restrição orçamentária h, em face à restrição h,
aonde a cesta B será preferida do que a C, A será a preferida em toda a área definida pelas
restrições
h e h.
Em particular para o estudo da restrição orçamentária na Região Metropolitana de São
Paulo, como visto adiante no Capítulo III - Perfil de Orçamento Familiar, pode-se perceber
que dada as características sócio-econômicas da população, ocorre um fenômeno conhecido
como demanda reprimida, dado que urna grande parcela da população não dispõe de
condições de consumo de itens mínimos que poderiam ser considerados básicos ou de subexistência.
30
5. Elasticidade e Renda
Sabemos que a demanda de um bem depende de seu preço, assim como pela renda
dos consumidores e o preço dos outros bens. De maneira análoga, o suprimento depende do
preço, assim como de variáveis que afetam os custos de produção.
Entretanto, com freqüência procuramos saber de quanto a quantidade demandada e
oferecida aumentará ou diminuirá.
Quão sensível será a demanda de Alimentação Fora da Residência ao seu preço, á
renda dos consumidores e aos outros produtos?
A elasticidade é utilizada para se defmir este tipo de questão.
A elasticidade é uma medida de sensibilidade
entre uma variável e outra. É um
número que nos informa a variação porcentual que ocorrerá em uma das variáveis, face à
variação de 1% na outra. A elasticidade do preço à demanda mede a sensibilidade
da
quantidade demandada frente à variação de preços. Esta nos informa quanto variará a
demanda face um aumento de preço de 1% a um determinado produto.
Considerando quantidade como Q e preço como P, temos que Ep = (%~Q) I (%~P)
aonde %~Q significa "porcentagem de variação de Q" e %i\P significa "porcentagem
de
variação de P".
Como a variação porcentual da variável é a divisão entre a variação absoluta da
variável e seu valor original, então, também pode-se escrever a elasticidade da demanda ao
preço como sendo,
E = ~QIQ = P ~Q
P
MIP
QM
31
Quando o módulo da elasticidade da demanda ao preço é maior do que 1, diz-se que a
demanda é elástica ao preço pois a porcentagem de queda na quantidade demandada é
maior do que o porcentual de aumento no preço. Por outro lado, caso seja menor do que 1,
diz-se que a demanda é inelástica a preço. De maneira geral, a elasticidade da demanda
para um bem ou serviço depende da disponibilidade de outros produtos que possam
substituir os primeiros. Quando há substitutos próximos, a demanda tende a ser elástica a
preço. Quando não há substitutos próximos, a demanda tende a ser inelástica a preço.
Podemos afirmar também que produtos de consumo essencial e bens duráveis no curto
prazo tendem a apresentar demanda mais inelástica a preço, dado que a elasticidade é
influenciada pelo prazo que os consumidores necessitam para mudar seus hábitos de
consumo através do desenvolvimento de produtos substitutos ou mesmo pela postergação
do consumo de um produto não essencial.
When analyzing demand and supply, it is important to distinguish between the short run
and the long run, In other words, if we ask how much demand or supply changes in
response to a change in price, we must be clear about how much time is allowed to pass
before measuring the changes in the quantity demanded or supplied. If we allow on1y a
short time to pass, say, one year
OI'
less, then we are dealing with the short nm. In
general, short-nm demand and supply curves look very different from their long-nm
counterparts. (Pinddyck-Rubinfeld-1997)
A elasticidade da renda também difere do curto para o longo prazo. Para a maioria
dos produtos, a elasticidade da demanda à renda é maior no longo prazo do que no curto
prazo. Para um aumento na renda repentino - como por exemplo o ocorrido com o plano de
estabilização da moeda ocorrido no país em 1994, o chamado Plano Real - houve um maior
aumento no consumo de itens de demanda mais elástica como bens duráveis e itens de
consumo mais sofisticado como iogurtes, ou seja, os mesmos itens que apresentam os
primeiros cortes em seu consumo quando ocorre uma queda no poder aquisitivo da
população.
32
6. Os Efeitos de Renda e de Substituição
Quando um dos itens da cesta de consumo tem seu preço reduzido, dependendo da
elasticidade de demanda ao preço deste item, o consumidor poderá consumir mais daquele
produto ou, mantendo o consumo original deste, poderá consumir mais de outro, em
resumo, o nível de utilidade para o consumidor crescerá. O mesmo ocorre em caminho
inverso caso um item de consumo da cesta tem seu preço aumentado, diminuindo o nível de
utilidade para o consumidor.
A variação na renda do consumidor funciona de forma análoga ao da variação de
preços dos itens consumidos. A diminuição no preço de itens consumidos é equivalente ao
aumento de renda do consumidor, assim como um aumento no preço de itens consumidos
representa uma perda de poder aquisitivo da renda do consumidor.
Produtos denominados bens normais são aqueles que apresentam um aumento de
consumo caso o consumidor apresente um aumento de renda, ou seja, tem elasticidade a
renda crescente.
Entretanto, em alguns casos, o consumo de determinado item pode diminuir caso a
renda do consumidor cresça. Estes produtos são denominados bens inferiores. O termo
inferior não deve ser considerado pejorativo, este termo apenas denota que o seu consumo
diminui com o aumento de renda.
Um exemplo clássico de bem inferior é o caso da carne de hambúrguer.
Com o
aumento de renda, o consumidor preferirá consumir um bife de carne. Outro exemplo é o
aluguel de imóvel residencial. Com o aumento da renda, o consumidor preferirá possuir o
imóvel a pagar aluguel.
As curvas definidas pela relação entre renda e consumo servem para construir as
chamadas Curvas de Engel, que relacionam a quantidade de consumo de determinado item
33
com a renda. Estas curvas servem para explicar como o consumo varia de acordo com
grupos de consumidores de diferentes rendas.
Como visto anteriormente, os produtos podem ser classificados em substitutos e
complementares.
Produtos substitutos são aqueles que o aumento (diminuição) de vendas
de um tem como conseqüência a diminuição (aumento) de venda do outro. Refrigerante
normal e diet, propriedade de imóvel e locação, entrada para o cinema e aluguel de vídeo
são exemplos de produtos substitutos. Produtos complementares são aqueles cujo aumento
(diminuição) de vendas de um traz aumento (diminuição)
de vendas do outro.
Computadores e programas para computador, venda de automóveis e acessórios, cachorro
quente e mostarda são exemplos de produtos cuja venda de um deles é acompanhado pela
venda do outro. Esta característica nos sugere que ao estudar os efeitos das mudanças de
preços em um mercado, deve-se levar em consideração a conseqüência em mercados
relacionados.
Finalmente, a queda de preço de um determinado item produz dois efeitos.
Primeiramente o consumidor tem seu poder de compra aumentado pois dada a manutenção
da quantidade consumida daquele produto que sofreu queda de preço, terá mais renda para
outros produtos - este é o efeito de renda. Segundo, poderá consumir ainda mais daquele
item cujo preço sofreu diminuição pois comparativamente aos outros produtos, seu preço
está mais atraente - este é o efeito de substituição.
7. Monopólio, Competição Monopolística e Oligopólio
Em um mercado perfeito, há um grande número de compradores e de vendedores, de
forma que, os agentes econômicos individualmente, não tem.como afetar os preços, que são
definidos pelos movimentos de oferta e de demanda.
Em uma situação de monopólio, ocorre o oposto ao perfeito mercado. No monopólio,
o mercado apresenta apenas um vendedor, mas vários compradores.
34
Uma empresa monopolista tira vantagem do controle que pode exercer sobre os
preços e de como pode maximizar seu lucro.
Em geral, no monopólio as quantidades ofertadas do produto são inferiores às
necessidades do mercado e com maior preço daquelas encontradas em situações de
competição. A sociedade é prejudicada nesta situação pois menos consumidores podem
usufruir do produto e aqueles que o consomem, pagam mais por isto.
o poder de monopólio é em parte determinado pelo número de empresas competindo
no mercado. Se há apenas uma empresa - um monopólio puro - o poder de monopólio
dependerá inteiramente da elasticidade da demanda. Quanto menos elástica for a demanda,
maior será o poder de monopólio da empresa. Quando há várias empresas competindo no
mercado, quanto maior for a agressividade competitiva entre elas, menor o poder de
monopólio que cada empresa terá.
A sociedade arca com os custos de poder de mercado do monopólio pois a produção
se encontrará em um estado abaixo do nível de competição, causando uma perda de
produtividade para a sociedade, havendo uma transferência de riqueza forçada de outros
setores para aquele de grande poder de mercado.
o
monopólio poderia ser desejável apenas quando a perda decorrente deste é
compensada com a economia gerada pela economia de escala.
Um exemplo de monopólio que teremos contato mais adiante no Capítulo IV Cálculos Numéricos, é com a prestação de serviços públicos e taxas públicas que sofreram
grandes aumentos de preços nos últimos anos, quando estudadas as variações de índices de
preços ao público.
Em um mercado de competição monopolística, as empresas competem entre si como
em regime de mercado, diferenciando-se deste apenas porque vendem produtos
diferenciados - quanto a marca, versão e qualidade - sendo estes altamente substituíveis. A
capacidade de monopólio de cada empresa, neste caso, dependerá do sucesso da empresa
35
em diferenciar seu produto da concorrência. Não há grandes barreiras de entrada nem saída,
de tal forma que novas empresas podem entrar e sair da competição facilmente. No longo
prazo, haverá novos entrantes até que o lucro econômico das empresas se equivalerá a zero,
momento este que as empresas, nesta situação, estarão operando com excesso de
capacidade.
Uma loja de fast-food operando em uma praça de alimentação é um exemplo de
competição monopolística.
Em um mercado oligopolista, apenas algumas poucas empresas são responsáveis pela
maioria da produção. Maiores barreiras de entrada, permitem às empresas um ganho
substancial de lucros, mesmo no longo prazo. O poder de monopólio e a lucratividade
destas empresas é determinado pela maneira como os competidores se organizam, se estes
interagem de maneira mais cooperativa ou competitiva.
Os fabricantes de automóveis ou de eletrodomésticos podem ser considerados como
um exemplo de mercado oligopolista.
8. Formulação da Hipótese: Impacto da Variação da Renda nas Vendas
Dado que as entidades representativas não dispõem de dados confiáveis para o setor
de alimentação fora do domicílio, desejamos descobrir se, estudando o consumo familiar
possível pela sua renda e pelos vários itens que compõem a cesta de consumo das famílias
através de dados que temos disponíveis através das Pesquisas de Orçamento Familiar
conjuntamente com bancos de dados com informações sobre a massa salarial e índices de
reajuste tanto dos itens que compõem as POF como da massa salarial, poderemos concluir
que o item Alimentação Fora do Domicílio teve sua demanda diminuída em detrimento de face à restrição orçamentária - outros itens que compõem a cesta de consumo das famílias
que apresentam menor elasticidade de demanda ao preço, ou seja, itens essenciais de
consumo e de oferta monopolista que apresentaram alta em seus preços.
36
Também, aproveitaremos para discutir e determinar se o item de consumo
Alimentação Fora do Domicílio se caracteriza como um item de consumo inferior ou
superior.
37
Parte IH - A Pesquisa de Orçamento Familiar
9. A Alimentação Fora do Domicílio e o Orçamento Familiar
o
grande crescimento da Alimentação Fora do Domicílio é um fenômeno recente
influenciado tanto pelo aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores que puderam abrir
mão da refeição levada pronta de casa, como do aumento da distância da residência para o
local do trabalho ou também da demora deste trajeto devido ao trânsito das grandes
cidades.
Desta forma este fenômeno foi captado e incluído pelos órgãos de pesquisas que
realizam estudos de padrão de consumo dos consumidores para avaliar variações nos
valores de preços e Custode vida tais como o DIEESE, a FIPE, o IBGE e a FGV.
38
Nos próximos itens procuraremos estudar o que são os índices, de que forma são
obtidos e para qual finalidade, além de mostrar algumas particularidades dos índices
obtidos pelo DIEESE, IBGE e BLS.
9.1. O Índice de Preços ao Consumídor' e a Pesquisa de Orçamento Familiar
o
índice de preço ao consumidor é uma medida da mudança média ao longo do
tempo nos preços pagos pelos consumidores urbanos por uma cesta de bens e serviços.
Esta cesta média de bens e serviços (ou sistema de pesos) é definida através da Pesquisa de
Orçamentos Familiares - POF e precisa ser determinada a partir da definição da parcela da
população à qual o índice será associado. Desta forma, para se elaborar um IPC deve-se
determinar o grupo populacional a ser representado, a população objeto.
O IPC afeta praticamente todos os cidadãos na medida que pode ser utilizado para três
funções diferentes tais como um indicador econômico, um deflator de outras séries
econômicas ou para ajustar valores monetários.
O IPC é freqüentemente chamado de índice de custo de vida, mas difere de maneira
importante de um índice de custo de vida completo pois o índice de custo de vida mediria
as mudanças ao longo do tempo na quantidade que os consumidores necessitam para
alcançar e manter um certo "nível de utilidade" ou "padrão de vida". Tanto um IPC quanto
um índice de custo de vida refletiriam as mudanças nos preços dos bens e serviços, tais
como alimentos ou vestuário; que podem ser adquiridos diretamente no mercado,
entretanto, um completo índice de custo de vida iria além; para também considerar as
mudanças nos fatores governamentais ou ambientais que afetariam o bem estar do
consumidor. 3 É consideravelmente dificil determinar o tratamento correto de bens públicos
e outras vastos assuntos como saúde e qualidade da água e do ar.
O IPC reflete os padrões de consumo de populações defmidas cujos hábitos são
pesquisados através da POF.
2
Em Inglês: CPI - Consumer Price Index
39
Um IPC não reflete a experiência de consumo de um determinado
indivíduo ou
família, mas aquela obtida pela média de consumo registrada pela POF. A experiência de
consumo individual também não deverá corresponder identicamente àquela registrada para
um determinado extrato social ou cidade.
Um índice é uma ferramenta que simplifica a medida e o movimento de uma série
numérica. Os índices, desta forma, apresentam um valor de referência base. Um índice de
110, por exemplo, indica que houve um aumento em 10 por cento no preço comparado com
a data base ou período de referência, assim como um índice de 90, indica uma queda de 10
por cento no preço comparado no mesmo período. Movimentos no índice entre uma data e
outra podem ser expressas como mudanças em pontos de índice, mas é mais útil expressar
estes movimentos como mudanças percentuais, Isto se dá pois os índices de pontos são
afetados pelo nível do índice em relação à base, enquanto as mudanças percentuais não.
Na próxima tabela, o item A cresceu metade de pontos de índice do crescimento do
item B entre os anos I e lI. Entretanto, devido á diferença dos valores iniciais, ambos
obtiveram a mesma variação porcentual. Por outro lado, os itens B e C apresentam a mesma
mudança em pontos de índice mas a mudança percentual é maior para o item C devido ao
seu menor valor inicial.
Tabela 1 - Cálculo de Índice de Custo de Vida
Item A
Item B
Item C
Ano I
112,5
225,0
110,0
Ano 11
121,5
243,0
128,0
9,0
18,0
18,0
100 * 18,0 = 8 0%
225,0
'
100* 18,0 = 16 4%
110,0
'
Variação
(em
pontos de índice)
Variação (%)
3
100*~=80%
112,5
'
BLS - Bureau ofLabor Statistics - Frequented Asked Questions - pg 2 - dez/2000
40
Apesar de vários índices poderem ser utilizados para a medição de índices
inflacionários, o IPC pode ser interpretado como indicador de índice de inflação
experimentado pelos consumidores nas suas despesas diárias. A melhor medida de inflação
para uma dada aplicação depende da intenção do uso dos dados. O IPC é geralmente a
melhor medida para ajustar os pagamentos aos consumidores quando a intenção é permitir
que os consumidores mantenham seu poder de compra de uma determinada cesta de bens e
serviços aos preços atuais equivalente aquela que estes compravam em um período anterior.
É também a melhor maneira para transformar vendas no varejo e ganhos diários ou
semanais em moeda real ou deflacionada.
O IPC de uma determinada região não pode ser utilizado para comparar o custo de
vida de diferentes regiões pois o índice de uma determinada região mede quanto os preços
variaram em uma região particular em um específico período de tempo, entretanto não
mostrando quanto o custo de vida é maior ou menor em determinada região comparado à
outra.
O IPC está sujeito a limitações de aplicações e de medição.
Como
limitação de aplicação podemos citar a questão mencionada acima aonde o
IPC não pode ser utilizado para medir diferenças nos níveis de preço ou custo de vida entre
regiões diferentes pois este mede apenas as mudanças de preço de tempos em tempos em
cada local. Um índice maior para uma determinada região não significa necessariamente
que os preços naquela região são maiores que em outra de índice menor, mas sim que os
preços nesta região subiram mais rápido desde o inicio do período de referência comum.
As limitações de medição podem ser agrupadas em erros amostrais (sampling errors)
e erros não-amostrais (non-sampling errors),
Erros amostrais. Desde que o IPC mede a variação de preços baseada apenas em uma
amostra de itens, o índice obtido difere daquele resultado que seria obtido caso registros
41
reais de todas as mercadorias consumidas por todos os consumidores da população
considerada no índice pudesse ser utilizada para compor o índice. Estas estimativas, ou
erros amostrais, são limitações na precisão do índice e não erros no cálculo deste. Um
aumento do tamanho da amostra seria esperado em aumentar a precisão , entretanto
aumentaria os custos de produção do IPC.
Erros não-amostrais. Estes erros se dão devido a uma série de fatores. Ao contrário do
erro amostral, estes podem causar bias contínuo na medição do índice. Erros não-amostrais
são causados por problemas na coleta de ínformações dos preços, defasagem logísticos na
condução da pesquisa, dificuldades em defmir conceitos básicos e sua implementação
operacional além de dificuldades em lidar com problemas de mudança de qualidade. Os
erros não-amostrais podem ser bem mais danosos para a precisão do índice de preços do
que os erros amostrais.
As fórmulas para cálculo de IPC apresentaram evolução com o decorrer do tempo;
sendo que cada uma proporciona diferentes resultados, alguns mais precisos,outros não e
que comentaremos a seguir:
Índice Agregativo Simples
Este índice deve ter sido utilizado pela primeira vez em 1738 por Dutot, de acordo
com Kendall (1969).
Basicamente este índice expressa a variação ou o quociente entre a somatória dos
preços de n itens no tempo 1 sobre a base da somatória dos preços destes itens no tempo O.
Esta fórmula não proporciona uma boa solução para obtenção de números índices
pois não considera as quantidades consumidas de cada item;que dependendo deste; pode
42
influenciar em maior ou menor escala no computo da variação total comparado apenas com
a variação do preço do item.
Índice de Preço de Sauerbeck
Para se evitar a deficiência apresentada no indice anterior, neste indice calcula-se a
média aritmética simples dos preços relativos.
Segundo Kendall (1969), historicamente o primeiro a utilizar esta fórmula foi Gian
Rinaldi em 1764.
Pode-se observar com a utilização da fórmula acima, que esta não é influenciada pelas
quantidades consumidas, desta forma, todos os produtos tem o mesmo peso na fórmula, de
tal maneira que a variação do preço do item influencia o cálculo final independente
da
quantidade consumida. Se utilizados conceitos diferentes de média outros resultados podem
ser obtidos.
Pela estatística; mais dois métodos podem ser utilizados: a média Harmônica e a
média Geométrica Simples.
Obtém-se a média Harmônica através da divisão do número de observações (n) pela
soma dos inversos dos valores.
Temos:
n
L
n (
Í=1
P~i
Pl
J
43
Obtém-se a média Geométrica Simples através da raiz n-ésima do produto das n
observações.
Temos:
Os resultados que se obterão com a utilização das diversas fórmulas serão distintos. A
média harmônica simples é menor do que a média geométrica simples que é menor do que
do que a média geométrica simples.
Índice de Preços de Laspeyres
Apesar do trabalho de Laspeyres ser datado de 1864, segundo Kendall, a fórmula hoje
conhecida como Índice de Laspeyres já havia sido utilizada por Lowe em 1822.
Basicamente este índice consiste na média aritmética dos relativos dos preços
ponderados pela participação daquele item (produto ou serviço) na despesa do período
base.
;=1
Este índice considera em sua fórmula as ponderações (ou pesos) das quantidades
consumidas de cada item. Por se basear nas quantidades consumidas no período base, não
embute em seus cálculos a utilização de produtos alternativos àqueles que apresentaram
44
maiores aumentos, pois o consumidor procurará manter seu nível de utilidade a um menor
custo, sendo assim; possui a tendência de sobrevalorizar os índices obtidos.
" O índice Laspeyres considera a quantidade de dinheiro necessária, aos preços
do ano corrente, que um indivíduo necessita para adquirir a cesta de bens e
serviços que foram adquiridas no ano base, dividido pelo custo de adquiri-las
no ano base." 4
Índice de Preços de Paasche
Este índice datado de 1874 consiste em uma média harmônica ponderada pela
participação do item na receita ou despesa no período. Considera para ponderação as
quantidades consumidas no período estudado,ao invés do período base.
"O índice Paasche considera a quantidade de dinheiro necessária, aos preços do
ano corrente, que um indivíduo necessita para adquirir a cesta de bens e serviços
que foram adquiridas no ano corrente, dividido pelo custo de adquiri-las no ano
base."
5
Nem o índice Laspeyres, tampouco o índice Paasche proporciona um perfeito índice
de custo de vida, a única maneira de se obter um índice perfeito seria através da contínua
observação das despesas realizadas por uma amostra altamente significante da população, o
que é impraticável do ponto de vista econômico.
Assim, tradicionalmente; o IPC é considerado um limite superior de um índice de
custo de vida; desde que este não reflete as mudanças nos padrões de consumo e compras
4
Pndyck!Rubinfeld
(1997), pg 96
45
que os consumidores fariam para ajustar à mudança relativa dos preços. A pouca habilidade
do índice em refletir as substituições rapidamente realizadas pelos consumidores de itens
equivalentes de maior aumento de preços por outros de menor aumento de preços, de forma
que o nível de satisfação (well-beíng) do consumidor
se manteria, não é computada,
levando a índices acima dos reais, assim o nível de aumento
consumidos tende a ser menor do que aqueles consumidos
de preços dos itens
previamente.
Desta forma
utilizam-se médias geométricas para o cálculo do índice, em outras palavras, as médias de
preços da maioria das categorias são obtidos através da utilização de fórmulas contendo
médias geométricas. Esta consideração move o IPC mais próximo para uma medida de
custo de vida, desde que a média geométrica permite computar uma modesta quantidade de
substituição pelo consumidor
assim que os preços relativos dentro de urna categoria se
modificam.
Desde que a média geométrica é utilizada para itens dentro de uma mesma categoria,
esta não considera
substituições
de itens consumidos
entre diferentes categorias.
Por
exemplo, se o preço da carne de porco sobe mais do que a de outras carnes, o consumidor
poderá substituir este item pela carne de boi, ave ou peixe. A fórmula do IPC não reflete
esta substituição.
9.2. O IPC do DIEESE
o DIEESE
- Departamento Intersíndical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos
órgão ligado/dependendente/pertencente
aos sindicatos de São Paulo iniciou em 1958 a
primeira pesquisa de orçamento familiar para determinar a "cesta de consumo" (conjunto
de itens consumidos mensalmente nas respectivas proporções) de uma família padrão , no
município
de São Paulo, representativa
dos associados
a sindicatos
de trabalhadores
(operários e empregados).
Em
1969170
realizou
a segunda
Pesquisa
de Padrão
de Vida
das Famílias
Assalariadas, também no município de São Paulo, entretanto foi-se alterada a estrutura de
5
Idem
46
pesquisa devido a profundas alterações na estrutura econômica e social do país, ampliando.se a metodologia para além da família padrão estabelecida na primeira pesquisa.
Entre estas duas pesquisas não foram verificadas alterações apenas nos itens
consumidos pelos trabalhadores e na participação proporcional entre estes. Profundas
alterações no padrão de consumo foram verificadas em decorrência da industrialização e do
tipo de desenvolvimento econômico vivido pelo país, em especial no município de São
Paulo.
o objeto da pesquisa, então, foi ampliado na segunda pesquisa. Enquanto na primeira
(1958) buscavam-se informações junto aos associados de sindicatos de trabalhadores, na
segunda (1969/70), embora não se pretendesse "conhecer as condições econômicas da
totalidade da população", buscava-se apreender essas condições no tocante "... a sua parcela
assalariada. Entendia-se por classe assalariada um conjunto de indivíduos cujo rendimento
advém da venda de sua força de trabalho no mercado e que está submetido a um regime de
obrigações sobre o qual não têm diretamente poder de decisão. Essa caracterização, mais
econômica do que sociológica, abrange as principais categorias dos assalariados urbanos e
inclui tanto os 'proletários' como os elementos vulgarmente incluídos na 'classe média',
excluindo apenas os seus estratos mais altos. Dado o objetivo de se incorporar também os
estratos médios, a pesquisa englobou famílias cujos chefes - autônomos, aposentados ou
vivendo de pequenas rendas -
apresentavam características semelhantes às dos
assalariados." 6
Em 1982/83, o DIEESE realizou a terceira Pesquisa de Padrão de Vida e Emprego
(PPVE) da série sobre orçamentos familiares, com abrangência na região metropolitana de
São Paulo, embora somente os dados relativos à capital paulista tenham sido computados
para a atualização do ICV.7 Nesta oportunidade, o DIEESE voltou-se também para a
temática do emprego, outra área central para o movimento sindical. Além disso, a PPVE
6
7
DIEESE - Família assalariada: padrão e custo de vida, ed. Cit., p. 1.
Índice de Custo de Vida, ICV, é o índice de preços ao consumidor calculado pelo DIEESE
47
colheu um amplo e detalhado leque de dados sobre diversos aspectos relativos às condições
de vida da população, como habitação e transporte, entre outros.
Com o quarto levantamento dessa série, a POF de 1994/1995 realizada de dezembro
de 1994 a novembro de 1995, novamente cumpriu o objetivo imediato de determinar as
dimensões e a estrutura dos orçamentos familiares na cidade de São Paulo, onde estão
presentes características de consumo familiar que refletem a realidade sócio-econômica
destas famílias para o período.
9.2.1. Significado e Alcance
Até esta data, a POF do DIEESE de 1994/1995 é o mais atual índice de custo de vida
disponível, sendo entretanto o mais indicado para acompanhar a evolução de preços ao
consumidor.
Tal como as três pesquisas anteriores, o POF de 1994/1995, fornece dados que vão
além da mensuração do custo de vida. "Como precondição para o cálculo do custo de vida
das famílias de cada estrato de renda e da média da população como um todo, é preciso
identificar qual a estrutura do consumo de cada um desses estratos, combinando as
informações obtidas com as relativas aos rendimentos dessas famílias - o que deve ser
interligado com a determinação dos limites que distinguem os estratos uns dos outros.
Portanto. Ao mesmo tempo em que a pesquisa levanta dados sobre os orçamentos
familiares, é necessário produzir também informações sobre o perfil dessas famílias e .de
seus rendimentos e gastos." 8
Pode-se constatar através das pesquisas realizadas uma questão de fundo captada; que
é o desenvolvimento do país. Enquanto a pesquisa realizada em 1969/70 mostrava uma
população trabalhadora em processo de adaptação social e econômica a uma sociedade
industrial em fase de consolidação, com implicações quanto ao ingresso na chamada
8
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - DIEESE - agosto 1996 - pg. 7
48
sociedade de consumo; a pesquisa mais recente registrou a profunda integração já efetivada
do conjunto da população, especificamente
dos trabalhadores;
a essa sociedade, como
demonstram os resultados informados mais adiante.
9.2.2. Caracteristicas Básicas da Família Paulistana
Por concentrar o maior nível de riqueza do país, o município de São Paulo detém
características associadas a um padrão de vida mais elevado.
Apesar dos indicadores médios da região apresentarem números de renda bastante
elevados, revelando patamares elevados e se fruto uma análise pouco criteriosa poderá
trazer informações passíveis de má interpretações devido à grande concentração de renda,
que reflete uma menor parte da população muito rica e uma grande maioria muito pobre.
Estes dados ficam evidentes quando são estudadas tanto a qualidade de vida, quanto parte
dos indicadores sociais da população, frente ao desempenho econômico do município.
Esta "média" reflete um patamar elevado pela contribuição desta pequena parte da
população muito rica e de uma ampla classe média, coexistindo com uma grande parte de
pobres e miseráveis.
Ao lado da pujança econômica
do município,
deve-se atentar para a elevada
concentração urbana que ao se afirmar que 4,3% da população do município residem em
quartos ou cômodos, conforme será mostrado a seguir, este porcentual
não deve ser
interpretado como uma parcela menor da população, mas como, em valores absolutos, o
número de 122.817 famílias ou 466.705 pessoas."
Conforme
já informado,
as pesquisas
realizadas
anteriormente
pelo
DIEESE
refletiam mais o padrão de vida dos assalariados, dado que era mais marcante a presença de
indústrias no município. Hoje, tanto em função das mudanças do mercado de trabalho,
9
Estimativa para o município de São Paulo de 2.856.213 famílias e 10.853.609 pessoas em junho de 1996.
49
como da evolução do perfil de emprego para empresas de prestação de serviço, o modo de
vida da população e a reprodução da força de trabalho sofreram expressivas mudanças.
A forte associação entre .a renda familiar auferida e o padrão de vida usufruído pelas
famílias
provoca
especial
interesse
para a análise dos dados
sobre rendimentos
e
exemplifica a extrema diversidade que a "media" engloba. O rendimento médio familiar
total, no município de São Paulo, equivaleu a 13,5 salários mínimos, em junho de 1996,
mês base desta pesquisa, representando R$ 1.365,00 em valores da época.
Apesar desta média global não ser baixa, há uma considerável concentração de renda.
Como mostra o quadro abaixo, 9,8% das famílias recebem mais de trinta salários mínimos,
enquanto
10,5% ganham abaixo de três salários, sendo que 29,7% delas recebem entre
cinco e menos de dez mínimos.
Tabela 2 - Rendimento familiar médio total
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
Rendimento familiar total
(em salários mínimos)
-
%
menos de 3
10,5
de 3 a5
14,3
de 5 a 10
29,7
de10a15
17,3
de15a20
9,0
de 20 a 30
9,3
mais de 30
9,8
média em salários mínimos
13,5
Fonte: DIEESE -POF 1994/95
Nota: salário mínimo na data da pesquisa
50
Gráfico 1 - Distribuição de Renda Familiar
Município de São Paulo - dev94 a nov/95
Distribuição de Renda Familiar
10
8
E
6
~
o
4
cu
u...
2
O
"f-"
~
""'"
o
"f-"
('t')
(!)
m
"f-"
"f-"
"f-"
renda
C\I
C\I
LO
C\I
co
C\I
"f-"
('t')
~
('t')
f arriliar - SM
No gráfico a seguir, pode-se verificar o perfil da distribuição de renda revelado pela
pesquisa. A "Curva de Lorenz" indica, ao longo da linha reta, a distribuição perfeitamente
eqüitativa da renda, em que para cada ponto percentual da população corresponde igual
parcela de renda. A situação real está demonstrada na curva e, quanto mais esta se afaste da
reta "ótima", maior será a distorção na distribuição da riqueza entre a população. Conforme
se observa, 50% das famílias mais pobres recebem menos de 19% da renda, enquanto os
10% mais ricos recebem 35% e o 1% mais rico 7% da renda.
51
Gráfico 2 - Curva de Lorentz
Município de São Paulo - dez/94 a nov/95
Distribuição de Renda - Curva de Lorentz
120%
100%
~
~
80°A,
tU
60%
~
40%
'O
°
20%
0%
~
~
O
r
O
C\I
~
o
~
o
~
o
('I)
V
I()
O
O
O
~
o
O
<O
~
o
O
r-,
~
o
O
CO
~
o
O
m
o
O
O
r
% das fam íIias
o rendimento
familiar per capita, também expresso em salários mínimos do mês da
pesquisa, proporciona uma medida estatística melhor para a análise da renda familiar e
demonstra ainda o elevado grau de disparidade da distribuição de renda. Apesar de a renda
per capita média ser de 4,3 salários para o total do município, 3,8% das famílias (cerca de
108 mil famílias, ou 412 mil pessoas), apresentam menos de meio salário mínimo para cada
membro da família. Pode-se ressaltar que 55,5% das famílias ganham menos de três
salários mínimos per capita. No outro extremo da distribuição, 9,3% das famílias
apresentam um valor per capita superior a dez salários.
52
Tabela 3 - Rendimento familiar médio per capita
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
Rendimento familiar per capita
(em salários mínimos)
%
% acumulado
menos de 0,5
3,8
3,8
de 0,5 a I
10,0
13,8
de I a 1,5
12,5
26,3
de 1,5 a 2
12,4
38,7
de 2 a3
16,8
55,5
de 3 a 5
19,3
74,8
de 5 a 10
15,9
90,7
de 10 a 15
5,2
95,9
mais de 15
4,1
100
média em salários mínimos
4,3
-
Fonte: DIEESE - POF J 994/95
Nota: salário mínimo na data da pesquisa
9.2.3. As Famílias que habitam São Paulo
Do total de famílias que habitam São Paulo, 77,2 % moram em casa térrea ou sobrado
(média de 3,8 cômodos), servidos de energia elétrica, água encanada, coleta de lixo e
telefone (cobertura de 98,6%, 98,8%, 95% e 38,9% respectivamente).
Enquanto
14,1% das famílias residem em apartamento
- condição
de moradia
relacionada aos níveis mais altos de renda - 4,3% moram em quarto ou cômodo.
o
tamanho médio da família paulistana é de 3,8 pessoas por família, sendo 7,5%
unipessoais e cerca de 30% constituídas de cinco ou mais pessoas. Dado que a média de
filhos por família se situa em 2,2, há maior predominância
das famílias com dois filhos
(36,6%), seguido pelas famílias com apenas um filho (32,8%) e sem filhos (25%).
53
Para se entender melhor o perfil da família da região, sabe-se que 26,6% do total de
moradores têm o papel de "chefe de família",
18,6% são cônjuges, 43,1% são filhos,
11,6% são "outros parentes" e agregados.
A família nuclear responde por 58,8% (formado pelo casal e filhos), a composição
familiar aonde o chefe não reside com o respectivo cônjuge responde por 30,1% (solteiros;
viúvos ou separados), nestas últimas, 23,9% são chefiados por mulheres contra 6,2% da
chefia masculina.
A geração da renda familiar é promovida em média por 1,9 pessoa por família, mas
em 42,3% das famílias somente uma pessoa exerce este papel seguido por 38,4% das
famílias aonde duas pessoas exercem este papel.
9.2.4. Perfil da "Família Padrão" por Estrato de Renda
Pode-se, através da análise dos dados e pelo critério da maior freqüência, definir a
"família Padrão" residente no município de São Paulo como residente em casa própria, de
quatro cômodos, atendidos pelos serviços básicos urbanos mais comuns, constituição tipo
nuclear (casal com filhos), composta de 3,8 pessoas, aonde 1,9 pessoa contribui para a
geração de renda. A chefia é predominante assalariada (46,1%), masculina (76%), com o
chefe de família na faixa etária entre 30 e 49 anos, possuindo apenas educação primária
completa ou incompleta (34,7%).
Analisando-se os estratos obtidos dividindo-se as famílias por tereis (33%) de renda,
observam-se significativas diferenças entre o tercil inferior, médio e superior.
Verifica-se entre as famílias do tereil inferior, uma forte presença de chefes nos
extremos da distribuição etária (26,5% possuem 60 anos e mais, 19,4% entre 15 e 29 anos)
ao contrário do que se dá no estrato superior (28,6% de chefes entre 40 e 49 anos).
54
Outro aspecto relevante diz respeito
á diferença do nível educacional
entre as
famílias, enquanto 25% dos chefes no estrato superior possuem grau universitário,
61%
não tem instrução ou possuem no máximo o primário completo.
Tabela 4 - Instrução do chefe de família por estrato de renda
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
Instrução do chefe
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
R$ 377,
R$ 934,
R$ 2.782,
(média)
(média)
(média)
Sem instrução
5,8
10,4
-
-
Primário incompleto
15,4
24,6
14,2
-
Primário completo
19,3
26,0
16,9
14,9
Ginásio incompleto
14,2
17,8
16,6
-
Ginásio completo
13,4
-
15,1
15,3
Colegial incompleto
4,5
-
-
-
Colegial completo
12,7
-
14
16,9
Superior incompleto
3,6
-
-
7,5
Superior completo
11,1
-
-
25,4
Fonte: DJEESE -POF 1994/95
Pode-se observar pela análise dos dados que a cada ciclo escolar concluído há um
aumento de cerca de 44% da renda individual em relação ao ciclo escolar imediatamente
anterior. Considerando-se
o nível universitário,
o diferencial é ainda mais elevado em
relação ao colegial; 64% para os homens, 82% para as mulheres e 66% para o conjunto da
população que tem renda.
Há também elevada diferença entre os patamares. Apesar da renda média familiar se
situar em R$ 1.365,48, a média do estrato 1 é de cerca de R$ 377,40; a do estrato 2 é de R$
934,17 (147% superior ao estrato anterior) e a do estrato 3 é de R$ 2.782,90 (198% superior
ao do estrato anterior e 637% acima do estrato 1), com valores de junho de 1996.
55
Tabela 5 - Rendimento familiar médio total segundo instrução do chefe de família
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
R$ 1.365,48
R$ 377,
R$ 934,
R$ 2.782,
(média)
(média)
(média)
(média)
Sem instrução
683
344
-
-
Primário incompleto
820
368
884
-
Primário completo
1.091
367
936
2.511
Ginásio incompleto
1.046
399
900
-
Ginásio completo
1.336
-
968
2.292
Colegial incompleto
1.127
-
-
-
Colegial completo
1.677
-
965
2.821
Superior incompleto
2.278
-
-
2.855
Superior completo
2.870
-
-
Instrução do chefe
3.487
Fonte: DIEESE -POF 1994/95
Apesar de as famílias pouco se diferenciarem segundo o tamanho médio ou o número
médio de filhos, o maior destaque fica por conta do número de pessoas que contribuem
para o rendimento familiar (1,5 pessoa aufere renda nas famílias do estrato 1 contra 2,2
pessoas do estrato3). Enquanto em 58% das famílias do estrato 1 apenas uma pessoa possui
renda, este número cai para 28,8% no estrato 3.
Pode-se perceber perfis muito distintos para as familias. Apesar da predominância da
família nuclear em todos os estratos, esta é muito mais elevada para o estrato 3 (64%) do
que para o 1 (51%).
Estas características conferem ao estrato inferior um padrão de sub-existência familiar
mais baixo, tanto social quanto economicamente.
56
9.2.5. Estrutura do Orçamento Doméstico
Através de uma análise temporal da evolução dos gastos familiares, pode-se observar
elementos importantes para a compreensão sócio-econômica de uma dada categoria social
ou de uma sociedade. Os dados apurados em sucessivas pesquisas de orçamento familiar, se
por um lado permitem o acompanhamento mensal do custo de vida, por outro, servem para
mostrar, através de análises destes dados, a evolução das necessidades e hábitos sociais,
culturais e econômicos da sociedade.
Há muito foi demonstrada a relação entre renda e consumo. Se em um determinado
momento houver alteração no perfil de consumo em itens básicos como a alimentação, por
exemplo, isto pode indicar uma evolução positiva em termos de ganho de rendimentos, pois
a família pode ter diversificado sua pauta de consumo com o aumento de despesas em
outros itens como educação e lazer por exemplo. Por outro lado, deve-se atentar para que
esta análise não seja realizada de forma prematura, quando outras razões podem estar por
trás deste fato, como o aumento compulsório com transporte para o emprego.
Ao se analisar a estrutura de consumo das quatro pesquisas realizadas pelo DIEESE,
mais um cuidado deve ser tomado. Como foi visto anteriormente, o DIEESE começou sua
primeira pesquisa de orçamento familiar (1958) definindo a "família padrão" como sendo
aquela composta por casal e dois filhos, com o chefe da família sindicalizado. No
levantamento de 1969/1970, ampliou-se esse conceito para a família assalariada e mais
alguns poucos estratos ocupacionais. Somente na pesquisa de 1982/83, é que se aumentou a
sua abrangência de forma a captar toda a população residente em São Paulo, mantendo-se a
mesma amplitude na POF 1994/95. Desta forma, sendo mais rigoroso, somente as duas
últimas pesquisas poderiam ser analisadas comparativamente.
Com essa ressalva, ao se analisar os grandes itens componentes da estrutura do Índice
de Custo de Vida (ICV), observa-se que houve significativa queda na participação do item
Alimentação na estrutura do orçamento doméstico entre as pesquisas de 1958 e de 1982/83,
57
quando passou de 45% para 28,13%; este grupo orçamentário representa 27,44% segundo a
pesquisa de 1994/95.
Um dos aspectos que mais se destacam na composição do orçamento doméstico diz
respeito justamente aos gastos com alimentação, no domicílio e fora dele. Enquanto o peso
da alimentação dentro de casa declinou de 37,1 % para 21,4% entre 1969/70 e 1994/95, a
participação da refeição consumida fora, aumentou de 1,87% para 6,04% no mesmo
período, ou um crescimento de 223%; ou seja, enquanto em 1969/70 a alimentação fora de
casa representava 4,79% do total de despesas com alimentação, em 1994/95 esta
porcentagem passou para 22,01%.
Por outro lado, a participação dos itens Habitação e Vestuário na estrutura do
orçamento doméstico se alteraram de forma menos intensa. A primeira passou de 25,20%
para 23,53% no período 1969/70 para 1994/95;
a segunda manteve-se praticamente
constante variando de 7,48% para 7,87% no mesmo período.
Os itens Saúde e Educação e Leitura são os que apresentaram os maiores aumentos na
composição dos gastos domésticos. A participação do primeiro cresceu de 3,60% para
8,18% (de 1969/70 para 1994/95) enquanto o segundo cresceu de 3,50% para 6,91 (mesmo
período).
58
Tabela 6 - Estrutura de orçamento doméstico
Município de São Paulo - 1958, 1969/70, 1982/83 e 1994/95
10
1958
1969/70
1982/83
1994/95
1.
Alimentação
45,00
39,00
28,13
27,44
1.1.
No domicílio
-
37,13
23,22
21,40
1.1.1.
Hortifrutas
4,37
3,03
3,23
1.1.2.
Carnes, peixes ovos
-
9,28
6,57
5,55
1.1.3.
Leite e derivados
-
4,21
3,40
3,25
1.1.4.
Cereais, massas, pães etc.
-
11,15
4,62
3,76
1.1.5.
Outros no domicílio
8,12
5,60
5,61
1.2.
Fora do domicílio
-
1,87
4,91
6,04
2.
Habitação
33,00
25,20
24,87
23,52
2.1.
Locação, impostos e taxas
14,71
9,74
10,32
2.2.
Manutenção
-
2,40
6,39
3,25
2.3.
Serviços públicos
-
6,39
4,72
6,19
2.4.
Outros
-
1,70
4,02
3,76
3.
Equipamentos domésticos
3,00
7,12
4,89
6,13
3.1.
Eletrodomésticos
3,21
2,42
3,47
3.2.
Móveis
2,55
1,32
1,42
3.3.
Outros
-
1,36
1,15
1,24
4.
Transporte
2,00
8,80
19,30
13,62
4.l.
Coletivo
-
4,74
2,95
3,41
4.2.
Individual
-
4,06
16,35
10,21
5.
Vestuário
10,00
7,48
6,54
7,87
6.
Educação e leitura
1,00
3,50
4,80
6,91
6.1.
Educação
3,10
4,45
6,33
6.2.
Leitura
-
0,40
0,35
0,58
7.
Saúde
4,00
3,60
4,95
8,18
7.1.
Assistência médica
-
2,17
3,71
5,91
7.2.
Medicamentos e produtos fannc.
-
1,43
1,24
2,20
7.3.
Aparelhos
-
-
-
0,07
9.
Despesas pessoais
1,50
5,18
4,72
3,96
10.
Despesas Diversas
-
-
0,17
0,29
100,00
100,00
100,00
100,00
Total
10
Fonte: D1EESE-POF 1958,1969/70,1982/83
e 1994/95
59
9.2.6. Estrutura de Consumo por estrato de Renda
Há uma estreita relação entre renda familiar e consumo de bens e serviços. Quanto
mais elevada for a renda familiar, maior será o gasto das famílias em termos absolutos e
haverá também maior diversidade do leque de bens e serviços consumidos pela família.
E por esta razão
que as famílias com renda mais baixa, concentram seus gastos em bens
e serviços, em termos relativos, que representam necessidades básicas de sobrevivência,
apresentando um leque menos diversificado e mais homogêneo de consumo.
Desta forma, uma família com renda mais elevada, gasta mais em termos absolutos
com
a
alimentação,
comparativamente
comparada
à outra
de
menor
rendimento.
Entretanto,
ao total de gasto realizado no decorrer do mês pelas duas famílias, o
porcentual gasto no item alimentação será menor para a família de maior renda.
Tais associações
são importantes
pois pode-se
avaliar
quantitativamente
a
evolução do perfil de gasto das famílias não só em função da renda que estas percebem
mas também da evolução ao longo do tempo, obtido através das sucessivas pesquisas
POF, que indicam de como as famílias de diversas faixas de renda alteram seus hábitos,
quanto estão prosperando. Em última análise os hábitos de consumo revelam o estágio
de desenvolvimento de uma dada categoria social, sociedade ou país.
60
Tabela 7 - Gasto Mensal Médio por Domicílio
Município de São Paulo - dez/94 a nov/95 (R$)
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
Renda familiar média
1.365,48
377,40
934,17
2.782,90
Gastos - Total geral
941,52
400,17
747,39
1.674,98
Alimentação
258,35
142,91
233,11
398,57
Habitação
221,46
102,05
177,47
384,39
Transporte
128,28
30,97
91,84
261,64
Saúde
77,06
26,23
50,27
154,48
Vestuário
74,14
35,13
62,70
124,42
Educação e leitura
65,05
12,99
30,95
151,01
Equipamentos
57,68
22,25
53,63
97,13
Despesas pessoais
37,29
21,53
32,69
57,60
Recreação
19,60
4,92
13,00
40,82
Despesas diversas
2,61
1,18
1,73
4,92
Itens de Consumo
domésticos
Fonte: DIEESE -POF
1994/95"11
Tabela 8 - Gasto Mensal Médio por Domicílio
Município de São Paulo - dez/94 a nov/95 (%)
Itens de Consumo
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
Total Geral
100,00
100,00
100,00
100,00
Alimentação
27,44
35,71
31,19
23,80
Habitação
23,52
25,50
23,75
22,95
Transporte
13,62
7,74
12,29
15,62
Saúde
8,18
6,55
6,73
9,22
Vestuário
7,87
8,78
8,39
7,43
Educação e leitura
6,91
3,25
4,14
9,02
Equipamentos
6,13
5,56
7,18
5,80
Despesas pessoais
3,96
5,38
4,37
3,44
Recreação
2,08
1,23
1,74
2,44
Despesas diversas
0,28
0,30
0,23
0,29
domésticos
Fonte: DIEESE - POF 1994/95
11
-/L
a preços de junho/96; deflator INPC/SP - IBGE
61
Representamos
no Gráfico Curva de Engel a seguir; os dados apresentados na
tabela Gasto Mensal Médio por Domicílio (R$) para os diversos itens representados na
POF.
Gráfico 3 - Curva de Engel
A seguir, apresentamos um gráfico com os dados dos pesos, ou porcentagens, dos
diversos itens apresentados anteriormente na tabela Gasto Mensal Médio por Domicílio
em porcentagem.
12
idem
62
Gráfico 4 - Sistema de pesos WiJ
Sistema de Pesos wij
--Alimentação
--------
40
,
35
30
"
-
~
25
'#. 20
15
O
Habitação
--
Transporte
--Saúde
--Vestuário
I
--
10
5
--
~
,
.•.
1
~_._,.----.__'-
----,._-
.•.
2
3
Educação e
leitura
-Equipamentos
domésticos
--Despesas
~essoais
-ecreação
estratos
Na análise dos gastos segundo tercis'", observa-se que as famílias residentes em
São Paulo apresentam um gasto médio total de R$ 941,52. Analisando este dado por
tereis podemos pode-se perceber que esta média é de R$ 400,17, R$ 747,39 e R$
1674,98 respectivamente aos estratos 1,2 e 3.
Comparando-se as despesas com a renda em cada tercil, percebe-se que enquanto
as famílias do primeiro tercil apresentam um déficit mensal de R$ 22,77 (ou 6% da sua
renda), as famílias dos tereis 2 e 3 apresentam um superávit de R$ 186,78 e R$1107,92
(ou aproximadamente 20% e 40%, respectivamente).
Através destes dados pode-se entender que quanto mais elevada a renda, menor a
proporção da renda familiar destinada à alimentação. Apesar das famílias do estrato 3
13 Estes tereis foram obtidos eonsiderando-se a renda total de cada unidade de todas as unidades
familiares. As famílias com renda situada nos primeiros 33% foram definidas como tereil 1, o segundo
terço de renda foi definido como tereil 2 e os 33% das famílias de maior renda foram definidas eomo tereil
3.
63
gastarem absolutamente mais com o item alimentação (R$ 398,57), quase toda a despesa
das famílias do estrato 1, estas primeiras destinam apenas 23,8% do seu orçamento com
despesas alimentícias, enquanto aquelas do estrato 1 destinam mais de um terço do total
de suas despesas.
Enquanto as famílias do estrato 1 destinam 61% apenas nos itens Alimentação e
Habitação, as do estrato 3 destinam pouco mais de 46%.
Quando comparadas as despesas médias por estrato ao longo das POF realizadas, o
que se pode perceber é que as famílias do estrato I estão aumentando sua diversificação
na pauta alimentos e em outras despesas.
E natural que isto ocorra pois é esperado que
produtos de consumo apresentem uma curva de ciclo de produto, onde o produto de
lançamento ou novidade passe a ser produzido em maior escala, abaixando seu preço e
se tomando mais acessível á população, principalmente às camadas de renda mais
inferior. Aliado ao fato das camadas de renda superior seguirem mais rapidamente e
"ditarem" as modas ou regras de consumo a serem seguidas avidamente pelas famílias
de renda inferior que desejam se manter incluídas no processo de consumo. "Consumo,
logo, pertenço". Deve-se lembrar que na POF as marcas não são consideradas, pode-se
prever que os produtos consumidos pela camada mais pobre da população são os
equivalentes de valor mais baixo ou de marca voltada para segmento inferior.
Quais as diferenças mais evidentes? Apesar da modernização da economia com a
conseqüente mudança no perfil de consumo, alguns hábitos fortemente arraigados
culturalmente, como a alimentação por exemplo, continuam presentes. Para os três
estratos de renda familiar, o consumo de arroz e feijão se mantém constante. Ou seja,
estes produtos apresentam grande inelasticidade de demanda em função do preço, ou por
outro ângulo, já que o preço é o mesmo para todos, em função do poder de compra - ou
renda., a quantidade consumida é igual em termos absolutos para cada família apesar de
não o ser em termos relativos pois as rendas diferem.
64
Pode-se perceber através da análise dos dados que alguns produtos estão mais
acessíveis ou voltados para os estratos de maior renda. Os leites tipo "longa-vida",
enlatados, produtos industrializados, produtos prontos para consumo ou mesmo
alimentação fora do domicílio são mais consumidos nos estratos mais abastados.
9.3. O IPC do ffiGE
O IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - implantou o
Sistema de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), com o objetivo de produzir
continua e sistematicamente dois Índices de Preços ao Consumidor (IPCs) para as
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Belo Horizonte, de Recife,
de São Paulo, de Belérn, de Fortaleza, de Salvador, de Curitiba e de Brasília e de dois
Índices Nacionais de Preços ao Consumidor (INPCs) por agregação dos primeiros.
Como cada índice é produzido independente dos demais mas sob os mesmos
métodos de coleta, de processamento, de cálculo e de análise, estes são passíveis de
agregação.
O primeiro dos dois índices calculados, tem como população objeto_, aquela
composta
de famílias cujo rendimento
familiar monetário
disponível
esteja
compreendido entre um e cinco salários mínimos. Este índice é chamado de IPC Restrito e é utilizado como variável básica da Política Salarial.
O segundo, por outro lado, tem como população objeto, aquela composta de
famílias cujo rendimento familiar monetário disponível esteja compreendido entre um e
trinta salários mínimos. Este indicador é chamado de IPC - Amplo.
A produção dos índices é baseada basicamente na conjugação de dois conjuntos de
dados: os preços e os pesos. Tendo discutido anteriormente os dados obtidos pela POF
do DIEESE, procuraremos analisar os pesos obtidos pelo IBGE para a região
Metropolitana de São Paulo no item Alimentação fora do Domicílio.
65
Para a pesquisa realizada em 1980, foram utilizados pesos que foram obtidos
através da pesquisa Estudo Nacional da Despesa familiar (ENDEF), realizado entre
agosto de 1974 e agosto de 1975, pelo próprio IBGE.14
Do total de consumo pesquisado para a família, vê-se que as famílias
compreendidas na pesquisa do IPC restrito, ou seja, aquelas que percebem um
rendimento mensal entre um e cinco salários mínimos, comprometem 38,78% da sua
renda com alimentação contra 28,11% quando consideradas as famílias com rendimento
entre um e 30 salários mínimos pesquisados para a obtenção do IPC Amplo.
No item Alimentação, as famílias representadas no IPC Restrito, consomem de sua
renda 88,62% em Alimentação no Domicílio contra 11,37% Fora do Domícílio. Esta
porcentagem cai para 82,76% no Domicílio e sobe para 17,23% Fora do Domicílio
quando computadas as famílias do IPC Amplo.
Considerando-se os itens Refeição em restaurante, Lanche em restaurante e Café
da manhã em restaurante, sub-grupo derivado do grupo Alimentação Fora do Domicílio,
percebe-se que não há grandes variações na distribuição entre estas classificações
quando comparadas as famílias pesquisadas no IPC Amplo e no IPC Restrito, que se
situam em aproximadamente 86%, 8,5% e 5,5% respectivamente.
Entretanto pode-se ver que ao se tratar de refeição fora do domicílio há um maior
consumo do orçamento familiar com refeição do que com lanche ou café da manhã, o
que mostra que além de apresentar um maior custo individual, há também uma maior
preferência por este tipo de alimentação por parte dos consumidores.
14 Nesta pesquisa foi contabilizado como população
número de 12.588.439 habitantes.
residente na região Metropolitana de São Paulo o
66
Tabela 9 - Comparativa de Comprometimento
Para IPC Restrito e IPC Amplo (%)
Orçamentário com Alimentação
IPC Restrito
IPCAmplo
Geral - Alimentação
38,7856
28,1137
Grupo - Alimentação no Domicílio
88,6264
82,7651
Grupo - Alimentação Fora do Domicílio
11,3736
17,2349
Sub Grupo - Refeição em restaurante
85,7928
87,7130
Sub Grupo - Lanche em restaurante
8,2683
7,9039
Sub Grupo - Café da manhã em restaurante
5,9389
4,3831
Fonte: IBGE - ENDEF 1974/75 Região Metropolitana de São Paulo
9.4. O "Consumer Expenditure" do Bureau ofLabor Statistics
Para se ter uma comparação com o mercado norte americano, obteve-se dados e
artigos divulgados pelo BLS - Bureau ofLabor Statistics".
Em um artigo publicado no Montlhy Labor Review em Março de 2000, Geoffrey
D. Paulin, comenta que a indústria de restaurante norte americana é uma das mais
importantes hoje em dia. Como exemplo, em 1995, aproximadamente um terço de todos
os trabalhadores no comércio varejista era empregado por este setor (restaurantes,
cafeterías, bares etc)". Mais recentemente em 1997, as vendas do varejo de alimentação
totalizaram US$ 222,0 bilhões, ou aproximadamente 9% de todo o comércio varejista
(US$ 2.566,2 bilhões). Este número é mais impressionante quando comparado com o
mercado de bens não duráveis (US$ 1.508 bilhões). De acordo com a pesquisa de gasto
familiar realizado pelo BLS, mais de 71% de todas as "unidades consumidoras"
(famílias) reportaram ao menos uma vez em média a utilização da alimentação fora do
15 O "Consumer Expenditure
Survey" realizado pelo BLS é a mais detalhada fonte de despesa realizada
pelo consumidor, coletada pelo governo norte americano. Os resultados da pesquisa são obtidos através de
dois meios:a pesquisa diária e a pesquisa de entrevista Os participantes na pesquisa diária recebem um
instrumento para anotar as despesas de uma semana Ao final desta semana, recolhe-se a anotação
primeira que é trocada por uma segunda aonde o participante anota as despesas da segunda e última
semana da pesquisa. Na pesquisa de entrevista, os participantes são visitados três meses em cinco períodos
de duas semanas, nos quais são inquiridos a lembrar as despesas realizadas durante o período de referência
para vários itens. Quando publicados, os resultados são consolidados em uma tabulação única. Os dados
sobre alimentação fora do domicilio foram selecionados da pesquisa diária
16 No texto original foi utilizada a expressão em inglês "eating places".
67
domicílio por semana em 1997. A média anual gasta foi de US$ 1.477 por família, ou
aproximadamente
31% (US$ 4.801) do total gasto com alimentos.
A pesquisa norte americana fornece uma grande riqueza de informações
pOIS
subdivide as refeições realizadas em café da manhã e "brunch", almoço, jantar e lanche
com bebidas não alcoólicas
além de fornecer informações
demográficas
sobre as
famílias como rendimentos, número de geradores de renda na família, idade do "chefe"
de família, tipo de família, número de crianças, origem étnica, grau de educação da
pessoa referência, categoria de ocupação, proprietário ou não da residência, região de
moradia e grau de urbanização que podem ser correlacionadas para obtenção de perfis
mais aproximados dos consumidores, o que ocorre neste trabalho quando da utilização
de regressões.
Apesar do café da manhã ser considerado a mais importante refeição do. dia, os
dados apresentados pelo "consumer expenditure" realizado pela BLS - Bureau of Labor
Statistics
nos Estados
Unidos,
apresentam
outra faceta em termos
das despesas
realizadas com alimentação fora do domicílio.
Se por um lado os dados mostram uma média de gasto semanal de US$ 2,22 com
café da manhã fora do domicílio por família, a despesa com lanche e bebidas não
alcoólicas chega a US$ 2,30. O café da manhã também ocorre com menor freqüência.
Enquanto apenas 28% das famílias reportam gastos com café da manhã a cada semana,
este número cresce para 46% quando se trata de lanche ou bebidas na alcoólicas.
Ainda de acordo com este estudo'",
apesar das despesas com jantar (US$ 14,24)
serem maiores em média do que as despesas com almoço (US$ 9,65), mais famílias
reportam despesas com almoço (61 %) do que comjantar (55%).
17
Ler' s do Lunch: Expenditure on meals away from home
68
10. Estudo de tamanho de mercado para o Município de São Paulo
A partir do POF do DIEESE procuraremos obter informações sobre setores
econômicos que não dispõem de estatística conhecida ou confiável. Sabendo-se que a
POF foi realizada utilizando-se uma amostra de 1.379 famílias pesquisadas e que o
universo de famílias estimado para o Município de São Paulo em junho de 1996 era de
2.856.213 famílias ou 10.853.609 pessoas, sendo um terço alocado em cada tereil,
procedendo-se pela multiplicação das despesas e receitas dos ganhos familiares com o
número de famílias representadas em cada tercil, teoricamente obter-se-ia os valores
recebidos e gastos totais por item pesquisado.
Este valor seria um bom indicador de movimento de cada setor, mas melhor ainda,
poderia ser usado para checar os dados fornecidos por entidades de diversos setores
como também poderia este próprio método ser checado pelos dados de setores com
sistemas fidedignos de avaliação.
Tabela 10 - Gasto Mensal Médio por Domicílio I todos os domicílios (R$)
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
tens de Consumo
!Renda fàmiliar média
Gastos - Total geral
~imentação
Habitação
IIransporte
Saúde
Vestuário
Educação e leitura
/Equipamentos domésticos
!Despesas pessoais
!Recreação
!Despesas diversas
Total
Estrato 1
Estrato 2
3.900.101.727
359.311.595
889.396.166
2.649.518.386
2.689.181.664
380.990.252
711.568.345
1.594.699.884
737.902.629
136.060.467
221.937.271
379.466.938
632.536.931
97.158.846
168.964.040
365.966.572
366.395.004
29.485.639
87.438.201
249.099.856
220.099.774
24.972.822
47.860.609
147.075.928
211.759.632
33.446.254
59.694.852
118.456.674
185.796.656
12.367.402
29.466.597
143.772.242
164.746.366
21.183.580
51.059.568
92.474.656
106.508.183
20.498.089
31.123.201
54.839.290
55.981.775
4.684.189
12.376.923
38.863.538
7.454.716
1.123.444
1.647.083
4.684.189
Cálculo realizado baseado em Fonte: DIEESE - POF 1994/95
Estrato 3
69
Como em média na POF 1994/95 o item Alimentação Fora do Domicílio
representou 22,01% do total gasto com Alimentação, obtém-se o valor de
R$ 162.412.000,00 para este mercado.
Aplicaremos o mesmo procedimento de cálculo para duas subdivisões existentes
no item Alimentação Fora do Domicílio - Refeições Principais e Lanches Matinais e
Vespertinos.
Tabela 11 - Gasto Mensal Médio por Domicilio (R$)
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
Total
Estrato 1
*Alimentação Fora do Domicílio
**Refeições Principais
56,84
33,64
18,18
7,42
!Refeições por quilo
9,62
3,16
!Prato do dia
2,57
1,30
4,89
15,26
0,32
0,27
0,67
23,20
0,95
0,40
0,31
2,29
0,21
5,08
5,38
2,81
1,68
0,52
0,72
0,36
0,74
1,26
0,44
0,05
10,75
0,40
0,16
0,32
1,05
0,04
Prato feito
~omercial
Putras refeições
** Lanches Matinais e Vespertinos
cafezínho
média
[pão com manteiga
efrigerante
!água mineral
Sanduiches
[bebidas alcoólicas
Salgadinhos
Sorvetes
Porções
Sucos
Balas
Achocolatados
Doces
Pães
Vitaminas
* item
total
** item sub-total
3,00
1,41
3,94
1,50
0,56
0,05
0,20
0,32
0,26
0,44
0,10
0,01
Fonte: DIEESE - POF 1994/95
Estrato 2
36,73
Estrato 3
116,70
19,37
3,48
22,43
3,03
0,11
4,64
8,11
4,19
3,71
9,29
35,43
17,36
0,77
0,29
0,25
1,89
0,09
3,09
4,11
2,47
1,50
0,35
0,47
0,22
0,66
0,62
0,54
0,04
41,65
1,68
0,69
0,40
3,94
0,52
10,96
7,95
4,42
3,01
1,21
1,52
0,54
1,30
2,76
0,67
0,10
75,05
70
Tabela 12 - Gasto Mensal Médio por Domicílio / todos os domicílios (R$)
Município de São Paulo - dezJ94 a nov/95
*Alimentação Fora do Domicílio
**Refeições Principais
refeições por quilo
prato do dia
prato feito
comercial
outras refeições
** Lanches Matinais e Vespertinos
cafezinho
média
pão com manteiga
refrigerante
água mineral
sanduiches
bebidas alcoólicas
salgadinhos
sorvetes
porções
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
162.347.147
17.299.130
7.064.367
34.969.568
18.441.615
3.313.207
11l.l06.686
71.452.929
21.354.953
2.884.775
104.728
4.417.609
7.721.296
3.989.177
3.532.183
8.844.740
33.731.876
16.527.953
39.653.757
1.599.479
96.083.005
27.476.769
7.340.467
3.713.077
13.966.882
43.585.810
66.264.142
2.713.402
1.142.485
599.805
14.509.562
15.366.426
8.025.959
4.798.438
304.663
999.675
38.083
1.342.420
1.256.734
142.811
733.095
276.101
238.018
1.799.414
656.929
380.828
3.751.160
495.077
10.434.698
3.751.160
1.428.107
85.686
2.941.899
3.913.012
2.351.615
533.160
1.428.107
47.604
190.414
333.225
447.473
209.456
2.865.734
1.152.006
1.447.148
1.485.231
2.056.473
1.028.237
pães
vitaminas
** item sub-total
380.828
152.331
6.540.728
2.113.598
3.598.828
total
304.663
257.059
637.888
2.856.213
10.234.763
885.426
sucos
balas
achocolatados
doces
* item
3.008.544
304.663
247.538
418.911
95.207
9.521
7.568.964
4.208.154
628.367
590.284
514.118
1.237.692
2.627.716
514.118
38.083
637.888
95.207
Fonte: DJEESE - POF 1994/95
A tabela anterior permíte uma visualização de como o item Refeições Principais,
que é uma sub-divisão de Alimentação Fora do Domicílio, apresenta variações
dependendo do estrato que a consome. Enquanto famílias do estrato 1 consomem
12,72% do total de alimentação (R$ 18,18 / R$ 142,91) com alimentação fora do
domicílio, esta relação sobe para 15,76% (R$ 36,73 / R$ 233,11) e 29,28% (R$ 116,70/
R$ 398,57) respectivamente para os estratos 2 e 3.
11. Pesquisa a entidades representativas da classe
Uma forma de se avaliar a performance de uma empresa seria comparar seus
resultados com empresas atuantes na mesma área ou ao setor como um todo aonde este
negócio se insere.
71
o
setor de alimentação fora do domicílio apresenta como uma de suas
características um grande número de estabelecimentos pulverizando a concentração de
faturamento e de informações. Segundo pesquisa realizada junto ao Sindicato dos Bares
e Restaurantes, que é o órgão representativo do setor, estes não podem precisar o
número de estabelecimentos existentes devido à grande movimentação no setor de novos
entrantes e de empresas que encerraram suas atividades sem comunicar o fato à
entidade. Muito mais difícil para o Sindicato é conhecer os valores faturados
individualmente sendo praticamente impossível fazer qualquer estudo a respeito do
setor.
Assim, procuraremos desenvolver uma ferramenta que possibilite, através de uma
forma indireta, obter informações sobre o tamanho do mercado de determinado setor
como obtivemos anteriormente; ou sobre a performance de determinada atividade
econômica, como faremos a seguir.
No caso de nosso estudo que visa avaliar a variação das vendas de algumas
determinadas lojas, o faturamento do setor como um todo não trará qualquer informação
útil.
Mas os sucessivos POF e o cálculo de tamanho de mercado podem ser bastante
úteis na detecção ou confirmação de tendências existentes no mercado. Tendências estas
em geral sentidas no próprio mercado e depois checadas pelas POF que são,
infelizmente, realizadas a grandes intervalos de tempo.
Procuraremos desta forma desenvolver outras possíveis ferramentas como modelos
matemáticos que possibilitem o acompanhamento e fiscalização do desenvolvimento do
faturamento de determinadas lojas ou rede de lojas.
72
Parte IV - Considerações Numéricas
12. Correlação entre vendas de uma loja com índices diversos
Das quinze lojas que compõem a rede no momento, a unidade situada no Morumbi
Shopping foi escolhida para avaliarmos a variação apresentada em seu faturamento
correlacionada com vários indices.
A unidade do Morumbi Shopping foi escolhida pois é uma loja com seis anos de
existência o que nos fornece uma grande quantidade de dados mensais, além de se situar
em um Shopping amadurecido. Desta forma a loja não apresentará variações de vendas
relacionadas com amadurecimento de Shopping ou recém inauguração.
Escolhemos
índices indicadores de produção, de base monetária,
de consumo
varejista direto e indireto, de custo de vida, de taxa de moeda estrangeira, de salários por
73
setor de atividade e massa salarial, dentre outros. Procuramos nos precaver para evitar
que índices não relacionados pudessem apresentar alguma relação espúria.
Prioritariamente utilizamos uma ferramenta da estatística que é a correlação. A
correlação nos indica de qual grandeza determínado índice se relaciona ou adere com a
variação de vendas da unidade escolhida. Após as várias correlações realizadas,
decidimos pelos índices de maior grau de correlação para utilizarmos na geração da
regressão.
Assim, a correlação serviu para que previamente pudéssemos nos atentar aos
índices que maior relação tem com a variação de vendas da unidade Morumbi, para daí
utilizarmos estes índices na execução da regressão.
Índices utilizados e suas correlações
Na tabela apresentada a seguir, relacionamos todos os índices utilizados na
correlação com os dados de vendas da unidade estudada em ordem decrescente de
correlação.
74 .
Tabela 13 - Correlações entre a loja e os vários índices
I
81.30%iSAlÁRIO
75.98%
MÉDIO REAL TOTAL-INDÚSTRIA
iSALÁRIOS NOMINAIS TOTAL-INDÚSTRIA
iBASE MON_ETARIA-PAPELMOEDAEMITIOP_
::zr9~%
71.69%jREND
68.25% IM1 - PAPEL MOEDA COM PÚBLICO
67.9!lJ'ohpc:
67.86%iIPC
+
DEPOSITOS VISTA
FIPE (NÚMERO íNDICE) -
-,-_.'---
- FGV (NÚMERO íNDICE)
67.12%jSAlÁRIO
-
MíNIMO NOMINAL
66.95%IIPCA-IBGE
(NÚMERO INDICE)
66:76% IICV - DIÊÉ-SE(NÚMERO íNDICEESrRÃTO
F75%rrcv:-DIEES~.ERD
_ 66.38%
..._.____
.___
--
MÉDIO NOMASSALSÃO PAULO
IBASE-,,'lfON~~IA-SALDO
62.19%ICOMÉRCIOVAREJISTA6O.60%jCESTA
.
FINAl- PERIOQQ..__
62.73%! M4 - DEPÓSITO A PRAZO
~--'62.59%IDESEMPR·EGO TOTALSAO
61.62%ICONSUMO
1)
iNDICEOERAl)
--
PAU~--
NÃO DURÁVEIS
ENERGIA ELÉTRICA INDUSTRIAL
BÁSICA MÉpl.~.DIEES§!PROC~_.
.__
._-_.--I
-
.~-==
~§Q.09~~..::..
DE.~gSI~...9..E.'!'QUPANÇ!\ _______
58.45%iREND MEDIO NOMINAL OCUPS - BAO PAULO
I
57.68% 1M2- :nruL~S
FEDERAL F~RA DO 8ACEN
~
57.1_ª-~ ISALAR.IO MINIM,ONE~~~~ARIO ____.___
55.28% !IGPIM - FGV (NUMERO INDICE)
-
54.74%iDESEMPREGO~BERTOSAOPAULO
~~PIDIFGV (NUMERO íNDICE)
-_. 52.20o/~IC~.- DIr::ES~_~ÚMER~á
1~
..___
I
SAL MIN_)____ .__ I
51.31 % 'TAXA DESEMPREGO - SÃO PAULO
45.69%1REND
,
.
MÉDIO REAL INDÚSTRIA SAO PAULO
__
4 o/c°1'MASSA
SALARIAL REAL SAO PAULO
44.~7% jlPAlDI- FGV (NÚMERO íNDiCE)
•.___
'M.27%· REND MÉDIO REAL COMÉRCIO SÃO PAULO
~
43.28%
--
MASSA DE RENDIMENTO REAL SÃO PAULO
39.93%iARRECADAÇÃO
-IMP.oSTO DE REN_DA
38.64 % 1D~SPESA TESOURO - T?TAL DA DESPESA
35.38% DOLAR COMERCIAL- MEDIA MENSAL
~1?%IDESPE~~~ºURO-PESSÕALEEN~AR~_~
32.85% jlMPO~TAg~~:r_OTAL
._....,. ____
30.39% COMERCIO VAREJISTA - MATERIAL CONSTRUÇAO
25.02% ICOM~RCIO VAREJISTA - DURAVEIS
--
I
__ 16.27%:PRODUÇÃ~
INDUSTRI~L- GERAL
15.65~ORTAÇAO
TOTAL
9.50%IRESERVAINTERNACIONAL__ 8.84 o/~V
CAIXAS
- DIEESE (N9MERO ~NDI_~_§
ESTRAT..91L _____
• _i!~~2%IICV- DI~~~~ (NUMER0J.ND!2E E8TI3~I9.']'L
_ . 7.71 %ICOMÉRCIO VAREJISTA- COMÉRCIO GERAL
7.48%
RESERVA INTERNACIONAL- L1QUIDEZ
0.54%
PRODUÇÃO INDUSTRIAL- TRANSFORMAÇÃO
-6.35%jBASE MONETARIA-SALDO·FINAL PERíODO
----=2f.56õRSALDO COMERCIAL
.:31.96%lpRODUÇf,O
I~ºUSTRIAL-
•.-.
BENS DE CAPITAL
------- ---'--'
-32.11 % ARRECADAÇAO - IMPOSTO DE RENDA
-;;~_.-.-
-55.15% TAXAREFERENC~L-TR
-58.85%
- -68.34%
-77.83%
INPC/Sp·
IBGE
(TAXA.)
ITOTAL DE HORAS PAGAS
í COMÉRCIO
.
____
VAREJISTA-CONCESSIONÁRIAS
~
.-
.._
75
13. Regressão utilizando os índices de maior correlação
Na tabela abaixo, apresentamos a regressão que melhor se aproximou da série
histórica de vendas da unidade estudada. Utilizamos o método stepwise provido pelo
software de análise estatística, que consiste em adicionar as variáveis independentes uma
a uma de maneira que o conjunto de variáveis adotadas apresente o melhor resultado
possível através da melhor aderência do modelo, ou seja, do maior R múltiplo - que
neste caso foi de 90% - desde que cada variável independente apresente um valor-p
significatico abaixo de 5%. Devemos nos valer deste procedimento pois parte das
variáveis que estudamos acima tem forte relação entre si, o que faz com que com possa
ocorrer uma deturpação dos resultados.
Tabela 14 - Regressão
RESUMO DOS RESULTADOS
ESlalíSlica de regressão
R mú~iplo
R-Quadrado
R-quadrado ajustado
Erro padrão
Observações
nso
0.80
0.78
4014.26
57.00
M'40VA
91
.Regressão
Resíduo
Total
Interseção
SALÁRIO MÉDIO REAL TOTAL-INDÚSTRIA
ICV - DIEESE (NÚMERO íNDICE ESTRATO 1)
IPC - FGV (NÚMERO íNDICE)
.
IPC -FIPE (NÚMERO íNDICE)
BASE MONETÁRIA-PAPEL MOEDA EMITIDO
Ml- PAPEL MOEDA COM PÚBUCO + DEP. YlSTÁ
SO
MO
6 326E+09 5 43EiffI
B.06EiOB 1.61 E-+07
56 4.06E+09
50
F
F de sign
33.69
000
.
Coef. Erropaá. S/ai /
valor-P 95% inf. 95"10sue. Inf. 95.0"16 Sue. 95.0"10
-89282.75 24339.28
-3.67
0.00 -138169.65 -40395.86 -138169.65
-40395.86
4:'17" 0.00 . 257.13 631.17
257.13"
631.17
444.15
93.11
-4.09
000
·5986.47 -204581
·598647-204581
-4016.14
98197
3.41
0.00
2.09
. 8.05
2.09
8.05
5.07
1.49
100:i.81 . Dl.33 .
3.:25 0.00
:111.51 .. 1620.11
331.51"
1620.11
4.58
0.00
1.25
3.21
1.25 .
3.21
2.23
0.49
-4.01'
0.00-1.41
··~.4i
~1.41
. ~.47
-0.940.23
Assim, através da regressão, a fórmula que prevê a venda da unidade Morumbi
Shopping poderia ser escrita como :
Y = -89282,75+ 444,15vari - 4016,14vars + 5,07vars + 1000,81var, + 2,23 var, - 0,94 var,
que aparece graficamente representada abaixo juntamente com a evolução de vendas
desta loja,
76
Gráfico 5 - Evolução das Vendas Morumbi vs. Regressão
Vendas Loja
\IS.
1-- fv'brurrbi -.-
Regressão
Regressão
I
Entretanto procuraremos entender o que representam as variáveis que compõem a
regressão obtida cuja relação se encontra na tabela a seguir.
Tabela 15 - Relação de variáveis utilizadas na regressão
Var 1
Var2
Var3
Var4
Var5
Var6
Salário Médio Real Total- Indústria
ICV - DIEESE (Número Indice Estrato 1)
IPC - FGV (Número Indice)
IPC - FIPE (Número Indice)
Base Monetaria - Papel Moeda Emitido
Ml - Papel moeda com público + depósito à vista
Das variáveis envolvidas pode-se perceber que:
a variável Var 1 está relacionada com os níveis de ganhos dos empregados
assalariados em geral apesar de ser um indicador para os empregados na
indústria.
77
as variáveis Var 2, Var 3 e Var 4 estão relacionados com índices de custo
de vida gerais ou específicos para estratos de renda mais baixos.
as variáveis Var 5 e Var 6 estão relacionados com a quantidade de moeda
na economia, ou indiretamente, com a política monetária do momento.
Assim, depreendemos que a variação apresentada no faturamento da unidade
estudada está relacionada, além da correção de custo indicado pelos índices de custo de
vida, diretamente com o poder de compra do salário, principalmente para os estratos
mais baixos e intermediários da população, mas também, indiretamente relacionadas
pelo poder de compra do salário, influenciado por políticas macro econômicas que
podem influir tanto para incrementar como para diminuir o poder de compra desta parte
da população.
Através desta regressão, não pudemos concluir de que forma o aumento ou
diminuição entre os preços de outros itens que compõem a cesta de consumo das
diversas famílias, como por exemplo consumo de energia elétrica, transporte,
alimentação no domicílio ou estudos,
afeta ou afetou o item alimentação fora do
domicílio.
Assim, olhando para a unidade familiar, procuraremos estudar como a variação de
preços nos itens de consumo obrigatório pelas famílias, que representam para estas
famílias custos fixos, pode ter influenciado na variação no consumo do item alimentação
fora do domicílio que estamos estudando,_dadaa existência da restrição orçamentária.
14. Cálculo da Evolução dos Pesos dos Itens Consumidos
Tendo em vista o conceito de restrição orçamentária, procuraremos, através da
utilização dos índices de gasto mensal por item e da evolução dos índices de custos de
cada item que compõem a cesta de consumo da família, mostrar de que maneira as
famílias conduzem as suas despesas baseados na evolução da participação de cada item
de consumo no total dispendido pelas famílias mensalmente.
78
Partimos da pesquisa Estrutura do Orçamento Doméstico - Município de São
Paulo -
1994/1995 - POF - DIEESE
- encontrada
na Tabela 6 anteriormente.
Primeiramente determinamos qual parte do total de despesas cada família comprometia
em diversos itens de seu consumo, para a data da pesquisa.
Utilizamos
então índices de preços ao consumidor
fornecido
pela Fundação
Getúlio Vargas em sua Revista Conjuntura Econômica, Preços ao Consumidor - base
agosto de 1994 - que desmembra os gastos familiares e mostra a evolução mensal dos
itens Alimentação,
Habitação, Artigos de Residência, Assistência à Saúde e Higiene,
Serviços Pessoais e Serviços Públicos.
Nosso interesse em utilizar as pesquisas da FGV para evolução dos preços dos
itens consumidos, se deve a explicitação das despesas no item Serviços Públicos, que
de acordo com sentimento no mercado, tiveram um crescimento acentuado nos últimos
anos e que poderiam revelar uma influência importante quando estudada
a sentida
diminuição na evolução do item Alimentação Fora do Domicílio.
Desta forma, procuramos montar uma simulação do que ocorreu com uma família
de salário cujo valor seria o Rendimento Médio Nominal assalariado do Município de
São Paulo, que é uma informação coletada e fornecida pelo DIEESE e a partir deste
rendimento,
do perfil de gasto desta família segundo a POF 1994/95 - DIEESE e
segundo a evolução dos preços dos diversos itens, procurar entender de que maneira esta
família promoveria suas escolhas.
Partindo do princípio que:
79
ou seja, uma família, de acordo com seu rendimento R, pode consumir a quantidade qa
de alimentos a preço pa, e assim sucessivamente com vestuário, habitação, artigos de
residência, assistência saúde, serviços pessoais e públicos.
Aonde o erro E é a diferença representado pelo erros existentes nas pesquisas
como também do item índice de consumo de fmanciamento ou de poupança, que por
simplificação não abordaremos neste modelo.
Mas como é sabido, R tem que se adaptar às variações de preços P dos diversos
itens através da escolha de consumo das quantidades Q destes diversos itens.
O que procuraremos mostrar no estudo apresentado abaixo é como a variação de P
de diversos itens afetou a porcentagem que uma família destinou a outro determínado
item. Se por um lado é bastante difícil empiricamente detectar de como cada família
gasta seu rendimento em função de variações nos preços, podemos entender de como
estas reduziram a fatia de seu rendimento em determinados itens em função do aumento
de outros.
Assim, para o mês de agosto de 1994 estabelecemos que uma família consumia as
proporções de seu rendimento de acordo com a POF do DIEESE 1994/95 a preços
R$ 100,00 para cada item de acordo com o índice de variação de preços da IPC - FGV
região metropolitana do Rio de Janeiro.
Exemplificando, se o rendimento salarial nominal para a região metropolitana de
São Paulo era, em agosto de 1994, equivalente a R$ 471,00 e uma família consumia
27,44% de seu rendimento com o item Alimentação, o que representava R$ 129,24;
dado que a quantidade consumida deste item no mês seguinte tenha sofrido um aumento
de preço de 1,29%, passando para R$ 130,91, determinamos que este valor seria
equivalente agora a 27,39% do rendimento salarial nominal no mês seguinte que é de
R$ 478,00.
80
Assim, de agosto para setembro de 1994, houve uma queda na participação de
despesa do item Alimentação, para o mesmo consumo, pois o salário nominal
apresentou um aumento acima da variação de preço deste índice.
Praticamos este cálculo sucessivamente para todos os meses, para todos os itens.
Desta forma, não estamos considerando os efeitos de substituição, nem de aumento
de renda. Pode-se ver isto, na última coluna da tabela, dado que a soma dos pesos de
consumo não é sempre igual a 100% como fora em agosto de 1994. Neste caso, a
somatória dos pesos inferior a 100% indica que o consumidor apresentou um aumento
no poder de consumo, enquanto uma soma de pesos acima de 100% indica uma perda de
poder de compra.
Mas bastante importante para nossos estudos, foi identificar, através da evolução
dos pesos, como o consumidor, para manter a estrutura de compra base definida em
agosto de 1994, teve um forte aumento no índice de preços dos itens Habitação e
Serviços Públicos em comparação com outros itens.
Mais adiante procuraremos tecer uma aproximação de quais seriam então as
elasticidades de demanda ao preço para os vários itens de consumo familiar em função
dos dados obtidos.
81
Tabela 16 - Estudo de Evolução dos pesos dos Itens de Consumo
Salário
Peso
"'9
0.194
Sei
OUl
Nov
Dez
jan.l95
Fev
Mer
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Sei
OUl
Nov
Dez
jen.l96
Fev
Mar
Abr
Ma;
Jun
Jul
Ago
Sei
OU!
Nov
Dez
j",n.l97
Fev
M••r
Abr
M",;
Jun
Jul
Ago
Sei
OUl
Nov
Dez
jen.l98
Fev
Mar
Abr
M••I
Jun
Jul
Ago
Sei
Ou!
Nov
Dez
jan.l99
Fev
Mar
Abr
Mal
Jun
Jul
Âgo
Sei
.Ou!
Nov
Dez
janJOO
Fev
M••r
Abr
Moi
Jun
Jul
:Ago
Sei
Ou!
No"
Dez
AlilTlentação
471
478
495
506
561
553
580
580
559
687
641
643
708
689
663
701
735
708
746
755
734
708
803
774
797
815
820
821
801
812
829
846
845
835
860
873
861
860
866
871
861
859
861
854
855
868
874
866
837
836
845
863
854
.. 868
862
855
846
844
845
860
869
..
872
881
870
863
850
834
. '844
..
858
872
845
858
875
899
912
887
874
Indice
0.2744
100.00
0.2739
0.2724
0.2776
0.2510
0.2614
0.2512
0.2588
0.2740
0.2247
0.2443
0.2429
0.2186
0.2219
0.2268
0.2173
0.2092
0.2239
0.2131
0.2109
0.2183
0.2290
0.2034
0.2133
0.2043
0.1959
0.1940
0.1936
0.1991
0.2022
0.2006
0.2011
0.2011
0.2012
0.1921
0.1867
0.1857
0.1847
0.1851
0.1855
0.1911
0.1963
0.1956
0.2024
0.2026
0.1996
0.1972
0.1969
0.2018
0.2003
0.1985
0.1937
0.1962
0.1956
0.2017
0.2084
0.2109
0.2099
0.2091
0.2057
0.2044
0.2032
0.2041
0.2102
0.2149
0.2211
0.2243
0.2233
0.2195
0.2140
0.2196
0.2196
0.2182
0.2125
0.2093
0.2154
0.2185
101.29
104.34
108.67
108.95
111.85
112.74
116.12
118.52
119.46
121.18
120.87
119.76
118.29
116.34
117.85
118.98
122.68
123.01
123.19
123.99
125.47
126.36
127.73
126.01
123.56
123.10
122.97
123.38
127.04
128.68
131.65
131.51
129.97
127.86
126.13
123.68
122.90
124.04
125.02
127.33
130.47
130.31
133.72
134.05
134.03
133.36
131.94
130.67
129.57
129.76
129.33
129.65
131.38
134.51
137.89
138.08
137.05
136.70
136.88
137.44
137.12
139.15
141.47
143.48
145.44
144.74
145.80
145.72
144.40
143.55
145.77
147.70
147.85
147.67
147.86
147.76
1.00 Vesluár-io
R$
Peso
Indlce
130.91
0.0787
100.00
134.85
0.0795
102.47
140.45
0.0787
105.08
140.80
0.0802
109.42
144.56
0.0739
111.83
145.71
0.0757
112.95
150.08
0.0734
114.88
153.18
0.0710
111.03
154.39
0.0762
114.90
156.62
0.0654
121.26
156.22
0.0724
125.24
154.78
0.0739
128.21
152.88
0.0650
124.15
150.36
0.0660
122.69
152.31
0.0692
123.73
153.77
0.0657
124.19
158.55
0.0628
124.47
158.98
0.0652
124.58
159.22
0.0612
123.21
160.24
0.0594
121.06
162.16
0.0603
119.44
163.31
0.0651
124.40
165.09
0.0593
128.48
162.86
0.0600
125.19
159.69
124.00
0.0577
159.10
0.0565
124.13
158.92
0.0563
124.51
159.46
0.0566
125.37
164.19
0.0575
124.33
166.31
0.0568
124.45
170.15
0.0550
123.12
169.97
0.0530
12099
167.98
0.0537
122.37
165.25
0.0556
125.26
163.01
0.0551
127.81
126.11
159.85
0.0535
158.84
0.0523
121.50
160.31
0.0520
120.64
161.58
0.0519
121.31
164.57
0.0521
122.53
168.63
0.0519
120.65
168.41
0.0517
119.72
172.82
116.04
0.0500
173.24
0.0492
113.28
173.23
0.0497
114.62
172.35
0.0502
117.55
170.52
0.0500
117.89
168.88
0.0500
116.73
167.46
0.0502
113.36
167.71
0.0497
112.18
167.15
0.0496
112.97
167.56
0.0487
113.38
169.79
0.0490
112.89
173.85
0.0488
114.21
178.21
0.0487
113.36
178.45
0.0474
109.28
177.12
0.0496
113.17
0.0514
176.68
116.95
176.90
0.0525
119.73
177.63
0.0513
118.93
177.22
0.0499
116.94
179.84
0.0502
118.09
182.84
0.0507
120.54
195.44
124.17
0.0529
197.97
0.0528
122.82
187.06
0.0531
121.66
199.43
0.0534
120.11
188.34
0.0522
119.99
186.63
0.0518
119.97
185.53
0.0512
120.46
189.40
0.0527
120.04
190.99
0.0525
121.58
191.08
0.0510
120.28
190.85
0.0494
119.80
191.09
0.0489
120.38
190.96
121.07
0.0506
0.0516
121.65
"REFI
1.00 Habitação
Peso
Indice
37.98
0.1733
100.00
38.95
0.1867
109.34
40.56
0.1975
119.80
41.45
0.2054
127.31
41.87
0.1918
131.80
0.1997
42.58
135.31
41.16
0.1992
141.57
0.2112
150.05
42.59
44.95
0.2287
156.65
0.1947
46.42
163.84
47.53
0.2446
192.07
46.02
0.2533
199.55
45.48
0.2397
207.94
45.86
0.2587
218.40
46.03
0.2768
224.86
46.14
0.2677
229.93
46.18
0.2593
233.51
45.67
0.2733
237.08
44.87
0.2674
244.40
44.27
0.2694
249.15
46.11
0.2816
253.27
47.63
0.2957
256.48
46.40
0.2727
268.27
45.96
0.2863
271.52
46.01
0.2818
275.13
46.15
0.2786
278.19
46.47
0.2790
280.30
46.09
0.2803
281.98
46.13
0.2895
284.10
45.64
0.2857
284.17
44.85
0.2825
286.89
45.36
0.2787
288.87
46.43
0.2807
290.54
47.38
0.2852
291.75
46.75
298.70
0.2835
45.04
300.14
0.2806
44.72
0.2858
301.46
44.97
0.2871
302.48
45.42
0.2853
302.71
44.72
303.61
0.2845
44.38
0.2892
305.02
43.01
0.2913
306.55
41.99
0.2927
308.77
42.49
0.2966
310.27
43.57
0.2974
311.48
43.70
312.17
0.2936
43.27
0.2992
320.36
42.02
0.3028
321.29
41.58
0.3142
322.20
41.88
0.3152
322.97
324.09
42.03
0.3131
41.84
324.15
0.3066
42.34
323.83
0.3095
324.34
42.02
0.3050
40.51
325.97
0.3097
41.95
0.3115
326.29
326.64
43.35
0.3151
44.38
0.3157
326.47
44.09
330.80
0.3195
43.35
0.3159
332.75
43.77
0.3131
333.31
44.68
0.3125
333.99
335.10
46.03
0.3105
45.53
0.3157
336.53
45.10
0.3198
337.02
44.52
0.3241
337.55
44.07
0.3311
338.35
44.43
0.3273
338.39
44.65
0.3218
338.27
44.49
0.3273
349.62
45.07
0.3376
349.45
349.98
44.59
0.3329
44.41
0.3264
349.88
44.62
0.3177
349.94
44.88
350.65
0.3138
351.54
45.09
0.3235
0.3283
351.57
"REFI
R$
1.00
R$
89.24
9778
103.92
107.58
110.45
115.55
122.48
127.86
133.73
156.77
162.88
169.73
178.27
183.54
187.68
190.60
193.52
199.49
203.37
206.73
209.35
218.98
221.63
224.57
227.07
228.79
230.16
231.89
231.95
234.17
235.78
237.15
238.14
243.81
244.98
246.06
246.90
24709
247.82
248.97
250.22
252.03
253.26
254.24
254.81
261.49
262.25
262.99
263.54
264.54
264.59
264.32
264.74
266.07
266.33
266.61
266.48
270.02
271.60
272.06
272.53
273.52
274.69
275.09
275.52
276.18
276.21
276.11
285.38
285.24
285.67
285.59
285.63
286.22
286.94
286.97
"REFI
82
Residência
Peso
Indlce
0.0613
0.0610
0.0595
0.0590
0.0541
0.0567
0.0550
0.0552
0.0584
0.0481
0.0528
0.0539
0.0491
0.0506
0.0530
0.0502
0.0488
0.0507
0.0488
00481
0.0496
0.0513
0.0456
0.0468
0.0457
0.0445
0.0442
0.0441
0.0451
0.0447
0.0439
0.0431
0.0431
0.0434
0.0421
0.0414
0.0420
0.0419
0.0416
0.0414
0.0417
0.0417
0.0417
0.0424
0.0426
0.0420
0.0422
0.0422
0.0438
0.0438
0.0432
0.0420
0.0429
0.0424
0.0434
0.0452
0.0468
0.0473
0.0473
0.0469
0.0467
0.0466
0.0463
0.0472
0.0478
0.0487
0.0501
0.0498
0.0492
0.0486
0.0502
0.0503
0.0495
0.0481
0.0473
0.0489
0.0499
1.00 Saúde
R$
100.00
29.17
101.04
29.47
102.08
29.87
103.46
30.33
105.06
31.36
108.60
31.89
110.44
32.00
110.82
32.65
113.10
33.03
114.40
33.82
117.13
34.65
120.00
34.76
120.40
34.86
120.73
35.11
121.60
35.16
121.77
35.85
124.17
35.91
124.38
36.39
126.04
36.29
36.43
125.70
126.18
36.34
125.86
36.59
126.72
36.19
125.35
36.40
126.08
36.28
125.66
36.23
125.47
36.23
125.49
36.15
125.21
36.34
125.85
36.35
125.91
36.44
126.20
36.41
126.09
36.26
36.21
125.57
36.12
125.42
125.10
36.14
125.17
36.05
124.85
36.03
36.04
124.81
124.81
35.93
124.43
35.83
124.10
35.93
124.45
36.20
125.37
36.40
126.08
36.47
126.31
36.86
36.51
127.66
36.69
126.46
127.07
36.64
36.49
126.90
126.39
36.25
125.55
36.66
126.97
36.80
127.46
37.37
129.44
38.65
133.87
39.62
137.22
39.93
138.28
39.99
138.49
40.37
40.61
139.84
140.67
40.62
140.68
40.83
141.41
41.06
142.20
41.24
142.83
41.36
143.26
41.82
42.02
144.85
145.54
42.19
146.12
42.34
42.43
146.65
146.95
43.18
149.57
43.35
150.15
43.23
149.73
43.16
149.47
43.37
150.22
43.64
151.15 #REFI
1.00 S.Pessoais
Indice
R$
Peso
Indice
0.1214
0.1184
0.1144
0.1116
0.1014
0.1046
0.1016
0.1042
0.1107
0.0933
0.1090
0.1129
0.1057
0.1107
0.1167
0.1109
0.1079
0.1140
0.1088
0.1080
0.1125
0.1289
0.1173
0.1234
0.1194
0.1163
0.1158
0.1149
0.1192
0.1181
0.1160
0.1140
0.1148
0.1164
0.1185
0.1187
0.1204
0.1209
0.1205
0.1199
0.1212
0.1216
0.1210
0.1220
0.1225
0.1206
0.1215
0.1238
0.1283
0.1288
0.1278
0.1250
0.1261
0.1247
0.1266
0.1290
0.1318
0.1339
0.1351
0.1358
0.1358
0.1369
0.1359
0.1384
0.1395
0.1427
0.1454
0.1445
0.1426
0.1409
0.1463
0.1449
0.1427
0.1391
0.1313
0.1417
0.1441
100.00
99.02
99.05
98.77
99.51
101.1 2
103.05
105.68
108.23
112.08
122.19
126.95
130.92
133.42
135.27
135.93
138.67
141.13
141.94
142.54
144.40
159.65
164.67
167.06
166.37
165.73
166.11
164.98
167.00
167.72
168.14
168.68
169.65
169.94
178.28
181.20
181.37
181.84
182.47
182.61
182.52
182.68
182.17
182.15
183.11
183.02
185.69
187.46
187.86
188.30
188.89
188.60
188.29
189.26
190.80
192.85
194.98
197.67
199.67
204.25
206.32
208.16
209.37
210.64
210.51
212.13
212.03
213.22
214.05
214.93
216.17
217.36
218.35
218.64
219.04
219.89
220.21
56.62
56.63
56.48
56.90
57.82
58.92
60.42
61.89
64.08
69.87
72.59
74.86
76.29
77.35
77.72
79.29
80.70
81.16
81.51
82.57
91.29
94.16
95.52
95.13
94.76
94.98
94.34
95.49
95.90
96.14
96.45
97.00
97.17
101.94
103.61
103.71
103.97
104.34
104.41
104.36
104.46
104.16
104.15
104.70
104.65
106.18
107.19
107.42
107.67
108.01
107.84
107.66
108.22
109.10
110.27
111.49
113.03
114.17
116.79
111.91
119.37
119.72
120.44
120.37
121.29
121.23
121.92
122.39
122.90
123.60
124.28
124.85
125.02
125.25
125.73
125.91
0.0928
0.0937
0.0921
0.0913
0.0829
0.0851
0.0825
0.0840
0.0918
0.0778
0.0873
0.0896
0.0828
0.0856
0.0905
0.0860
0.0827
0.0902
0.0864
0.0859
0.0902
0.0946
0.0841
0.0875
0.0851
0.0834
0.0829
0.0830
0.0856
0.0879
0.0864
0.0849
0.0854
0.0868
0.0845
0.0837
0.0849
0.0853
0.0848
0.0846
0.0860
0.0903
0.0901
0.0909
0.0909
0.0878
0.0874
0.0883
0.0910
0.0907
0.0894
0.0869
0.0877
0.0869
0.0888
0.0904
0.0917
0.0927
0.0927
0.0925
0.0919
0.0922
0.0917
0.0947
0.0955
0.0984
0.1006
0.1001
0.0991
0.0981
0.1017
0.1025
0.1022
0.0996
0.0980
0.1011
0.1046
44.77
100.00
102.43
45.61
104.35
46.19
46.50
105.68
106.38
47.08
107.72
47.86
109.50
48.69
111.41
51.30
117.37
53.45
122.28
55.96
128.03
57.60
131.78
58.59
134.05
59.01
60.01
135.00
137.29
60.26
137.86
60.76
139.00
63.89
146.16
64.48
147.52
64.87
148.42
66.22
151.51
66.96
153.19
67.55
154.55
67.73
154.96
67.83
155.19
67.93
155.42
68.02
155.61
68.17
155.96
68.59
156.92
71.35
71.60
163.23
163.80
71.83
164.34
72.13
72.45
165.03
165.75
72.64
166.20
73.05
167.13
73.13
167.31
73.34
167.79
73.40
167.93
73.69
168.59
74.05
169.42
77.55
177.43
77.60
177.55
77.60
177.53
77.69
177.74
76.21
174.36
76.36
174.70
76.44
76.17
174.89
75.83
174.28
173.50
75.53
74.98
172.80
171.55
74.88
171.32
75.44
172.59
76.55
175.14
77.26
176.77
77.57
177.48
78.23
178.99
78.34
179.22
79.52
181.94
79.88
182.15
80.38
183.91
80.78
184.82
82.36
82.45
188.42
188.64
83.65
191.37
83.86
191.86
84.50
193.32
85.01
194.48
85.57
195.77
85.95
196.64
87.92
201.16
89.42
204.59
89.53
204.84
89.40
204.54
89.66
205.14
91.38
209.07 #REF!
#REFI
1.00 Total
1.00 S.públlcos
Peso
R$
Peso
Indice
0.1981
0.1914
0.1849
0.1782
0.1607
0.1635
0.1567
0.1569
0.1618
0.1319
0.1639
0.1686
0.1534
0.1574
0.1639
0.1707
0.1735
0.1890
0.1878
0.1862
0.1927
0.2002
0.1828
0.1934
0.1907
0.1866
0.1855
0.1876
0.1943
0.1921
0.1883
0.1845
0.1955
0.2070
0.2140
0.2154
0.2209
0.2211
0.2196
0.2226
0.2274
0.2283
0.2384
0.2406
0.2432
0.2421
0.2405
0.2428
0.2516
0.2519
0.2492
0.2452
0.2533
0.2481
0.2495
0.2523
0.2539
0.2543
0.2631
0.2717
0.2146
0.2747
0.2107
0.2822
0.2866
0.2890
0.2962
0.3023
0.2987
0.2941
0.3019
0.3034
0.2968
0.2887
0.2843
0.3113
0.3238
100.00
98.08
98.10
96.66
96.60
96.89
97.39
97.51
96.95
97.12
112.63
116.18
116.37
116.26
116.45
128.27
136.64
143.39
150.13
150.69
151.56
151.91
157.34
160.39
162.89
162.95
163.01
165.03
166.84
167.19
167.27
167.24
177.06
185.27
197.23
201.50
203.83
203.77
203.79
207.81
209.82
210.15
220.02
220.19
222.90
225.26
225.25
225.33
225.66
225.71
225.69
226.83
231.82
230.77
230.47
231.16
230.19
230.02
238.27
250.43
255.15
256.75
255.56
263.16
265.10
263.32
264.74
273.40
274.65
274.86
273.45
279.03
278.32
278.18
277.92
295.98
303.35
R$
91.51
91.53
90.19
90.14
90.40
90.87
90.98
90.46
90.61
105.09
108.40
108.58
108.48
108.66
119.68
127.49
133.79
140.08
140.60
141.41
141.74
146.81
149.65
151.98
152.04
152.09
153.98
155.67
155.99
156.07
156.05
165.20
172.86
184.03
188.01
190.18
190.13
190.15
193.90
195.77
196.08
205.29
205.45
207.97
210.18
210.17
210.25
210.55
210.60
210.58
211.65
216.30
215.32
215.04
215.68
214.78
214.62
222.32
233.66
238.63
239.56
238.45
245.54
247.35
245.69
247.02
255.10
256.27
256.46
255.14
260.35
259.68
259.55
259.31
276.16
283.04
#REF!
Peso
...
100.00
100.46
99.91
100.33
91.57
94.67
91.96
94.11
100.17
- 83.59
97.43
99.51
91.43
95.10
'99.68
96.84
94.41
100.64
97.35
98.79
100.53
106.49
96.52
101.06
98.46
96.17
95.78
96.01
99.04
98.75
97.26
95.93
97.42
99.56
98.98
98.00
99.20
99.30
98.88
99.06
100.86
'102.11
102.95
104.39
104.88
103.58
103.79
104.67
108.09
108.05
107.07
104.81
106.47
105.14
106.73
108.41
109.99
110.52
111.94
111.91
111.64
111.63
110.99
114.13
'115.58
117.72
120.11
119.94
"118.27
117.42
120.99
120.61
118:67
115.51
113.90
119.26
'122.08
83
Através da tabela 16 podemos ver que tomando como base agosto de 1994, uma
família gastava 27,44% de seu orçamento com Alimentação;
7,87% com Vestuário;
17,33% com Habitação; 6,13% com gastos na Residência; 12,14% com Saúde; 9,28 com
Serviços Pessoais e 19,81 % com Serviços Públicos.
Assim pode-se ver que para os vários itens houve alteração
significativa
ao
compararmos a participação de gasto em cada item em dezembro de 2000 com agosto de
1994. Vejamos o resumo na tabela 17.
Tabela 17 - Comparação da Participação dos Itens no Orçamento Familiar
% do orçamento em % do orçamento em variação
agosto/1994
Alimentação
dezsembro/2000
no gasto
com este item %
27,44%
21,85%
-20,37%
Vestuário
7,87%
5,16%
-34,43%
Habitação
17,33%
32,83%
+89,44%
Residência
6,13%
4,99%
-18,60%
Saúde
12,14%
14,41 %
+18,70%
Serviços Pessoais
9,28%
10,46%
+12,72%
Serviços Públicos
19,81%
32,38%
+63,45%
É importante lembrar que estes dados comparam uma situação real obtida através
da pesquisa realizada em 1994/95 aonde os porcentuais de gasto em cada item foram
obtidos comparados com uma suposição de como a mesma família manteria seu nível de
gasto nos itens em função da evolução de preços de cada um destes itens.
Na verdade as famílias, como agentes econômicos, reagem às variações de preços
dos diversos itens procurando tanto bens alternativos quanto procurando variar o nível
de consumo de determinados itens.
rI
\':
84
Mas, apesar de não dispormos da elasticidade da demanda ao preço de cada item,
poderemos fazer uma simulação baseado em algumas formulações que apresentaremos a
seguir, de como o aumento de preços de itens essenciais e que poderemos considerar
fixos devido ao monopólio de oferta e necessidade absoluta de consumo por parte da
população, promoveram uma grande pressão no consumo de outros itens, diminuindo
seu consumo.
15. Cálculo das Elasticidades dos Itens Consumidos
Dada a tabela 16, obtida anteriormente,
sendo a série de dados Salário como
variável dependente e as séries de dados Alimentação, Vestuário, Habitação, Artigos de
Residência, Assistência à Saúde, Serviços Pessoais e Serviços Públicos como variáveis
independentes
de uma regressão, obteremos coeficientes para cada uma das variáveis
independentes que serão as elasticidades de demanda para variação de preço de cada um
dos itens de consumo.
Desta forma, utilizando-se os dados ordenados na tabela 18 abaixo apresentada,
promovemos a sua regressão apresentada na tabela 19.
Segundo esta regressão, obteve-se um índice R múltiplo de 0,98 - que mostra que a
equação adere a 98% da realidade observada,
e coeficientes
para cada variável
independente que seriam as elasticidades de demanda ao preço de cada um dos itens.
Estamos nesta regressão testando a hipótese Ho que consiste em determinar se o item
estudado apresenta demanda elástica a preço. Para as variáveis independentes (que neste
caso representam os itens de consumo) que obtiveram valor-p maior que 5%, a hipótese
será rejeitada, o que significa que a elasticidade de demanda a preço para estes itens
pode até conter o valor zero, apresentando inelasticidade. Estes valores estão em negrito
na tabela para realce. Para as outras variáveis a hipótese se confirma,
Pelo modelo:
os itens Serviços Públicos e Saúde com coeficientes de -0,04 e -0,09
respectivamente,
demonstram itens de baixíssima elasticidade, em outras
85
palavras, uma grande variação em seu preço não altera significamente o
seu consumo, pois se tratam de itens essenciais com pouca opção de
variedade de oferta para o público consumidor,
o seu sinal negativo
significa que um aumento de preço representará em uma diminuição em
seu consumo.
Os itens Vestuário e Habitação, com coeficientes de 2,74 e 1,71
respectivamente, se demonstram itens de alta elasticidade, em outras
palavras, uma pequena variação nos preços destes itens representam uma
grande queda no seu consumo, por se tratarem de itens que podem tanto
ter seu consumo postergado no tempo como também serem diminuídos em
relação a itens mais prioritários.
O item Artigos de Residência apresentou um coeficiente de -3,99 que
significa que este item de consumo apresenta uma grande variação de
consumo devido a uma pequena variação em seu preço, tendo sua
demanda bastante elástica, ou seja, não é um item prioritário de consumo,
também podendo ser postergado no tempo em detrimento do consumo de
itens mais essenciais.
Finalmente, o item Alimentação apresentou um coeficiente de 0,79 o que
demonstra este item apresentar baixa elasticidade, demonstrando tratar-se
de item de consumo essencial, mas diferentemente dos itens Saúde e
Serviços Públicos que apresentam um caráter mais monopolista de
prestação de serviço ou de venda de bens, o primeiro apresenta
concorrência monopolística, ou seja, o público consumidor dispõe de um
grande leque de opções no mercado para o consumo deste item; os quais
concorrem entre si.
86
Tabela 18 - Salário Nominal na Região Metropolitana de São Paulo e Índices
87
Tabela 19 - Regressão dos dados da Tabela 18
RESUMO DOS RESULTADOS
EstBtística de regressão
R múltiplo
0.98
R-Quadrado
0.97
R-quadrado ajustado
0.97
Erro padrão
20.68
Observações
77
ANOVA
gf
Regressão
Resíduo
Total
SO
MQ
F
F de significação
7 952100.43 136015.49 318.11
0.00
69' 29502.37"
427.57
76 981610.81
.
Coeficiente~rro
Interseção
Alimentação
Vestuário
Habitação
Residência
Saúde
S. Pessoais
S. Públicos
padrão
251.18
079
2.74
1.71
71.69
1.01
0.76
0.26
-3.99
-D.09
1.02
0.66
0.73
.. 0.85
-D04
0.33
Stat I vafor-P
3.49
0.00
0.78
0.44
3.60
6.70
-4.63
0.00
0.00
0.00
.0.13 0.90
1.20 . 0.23
.0.13 0.90
95"10inferiores
95% superiores Inferior 95.0% Superior 95.0%
107.76
-1.23
394.60
2.81
4.26
394.60
2.81
. 4.26
1.20
in
107.76
-1.23
'1.22
-5.71
-1.55
"-D.68
-D.70
-2.27
1.36
2.72
062
1.20
-5.71
-1.55
-D.68
-D.70
2.22
-2.27
1.36
". 2.72
0.62
. 1.22 .
16. Desmembrando o item Alimentação em Fora do Domicílio e No Domicílio
Sabemos, entretanto, que o item Alimentação é estudado tanto pelo DIEESE,
quanto pela FIPE e pela FGV agrupando-se os itens de consumo no domicílio e fora do
domicílio.
Procuraremos agora então estudar como pode variar a elasticidade do item
Alimentação quando desmembrado em dois de seus sub-itens: Alimentação No
Domicílio e Fora do Domicílio.
Imaginamos que a Alimentação, apesar de ser um item essencial não deve ser
estudado agrupado pois faze-lo no domicílio apresenta um caráter de consumo mais
prioritário, diferentemente do consumo Fora do Domicílio.
88
Assim, o coeficiente de 0,79 obtido na regressão anteriormente apresentada deve
revelar algumas nuances no comportamento deste item quando estudado de forma
desmembrada.
89
Tabela 20 - Salário Nominal na Região Metropolitana de São Paulo e Índices
90
Tabela 21 - Regressão dos dados da Tabela 20
SQ
MO
F
Fde sigo
---------.--------i---.----------~----------------953359.07-119169_00 2E1l.83
_
0.00
i
'
-Resíduo-----------68--·-2825fi4 ---415.47·------- ----------------,------------i--------------------,--------------.--
Regressão
;'Tetal
:
gl
8
. ,--"'--"-'-_.. _- --;._--'76" --·~9ã161-o..àl··-- -,_..-- . Coef. - Erro padrão
Stat t
._. . :
: vaJor-P 95% inferiores -95%
.__ .__.
._3.
__._, _ _i__ _
superiores:
~---
_ ..__
-
".._ ..-.-,
__ __.__ _.__
Irlerior 95.0% Superior 95.0% •
Através da regressão acima, podemos entender que o item Alimentação quando
estudado através de seus sub-itens No Domicílio e Fora do Domicílio, apresentam
elasticidades completamente diferentes.
Na regressão da tabela 19, o item Alimentação apresenta uma elasticidade de 0,79
apresentando-se como item de pouca elasticidade. Na regressão da tabela 21, quando
desmembrado, o sub-item Alimentação No Domicílio apresenta uma elasticidade de
0,91 mostrando-se ainda pouco elástico, entretanto o sub-item Alimentação Fora do
Domicílio (AFD), apresenta uma elasticidade de 2,07, mais elástico do que o sub-item
anterior, tendo uma elasticidade próxima do item Vestuário que é de 2,05.
91
Parte V -Conclusão Final
Este trabalho permitiu um maior aprofundamento de conhecimentos, inclusive com
a aplicação de teoria micro econômica, do comportamento do mercado de refeições fora
do domicílio na região metropolitana de São Paulo.
Pudemos ver que apesar da alimentação
ser um item de consumo de caráter
essencial, que inclusive apresenta uma baixa elasticidade, entretanto, quando estudado
através da Pesquisa de Orçamento Familiar como um sub item de Alimentação que é a
Alimentação fora do Domicílio, aonde não se apresenta apenas a característica básica de
92
necessidade fisiológica do ser humano mas também características de conveniência,
lazer, conforto ou entretenimento, aonde não é considerado o custo apenas do produto
alimentício em si quando este é classificado pela POF como gêneros alimentícios - no
caso de preparo e consumo na residência, mas se trata de consumo de um item com
valores agregados tais como alugués, impostos e taxas, mão de obra, lucro do
empreendedor etc; este item apresenta alta elasticidade comparável ao de vestuário, item
semi-durável.
93
17. Referências Bibliograficas
DEATON, A.; MUELLBAUER,
University Press, 1980.
1. Economics
and Consumer Behavior,
Cambridge
DIELMAN, T. E. Applied Regression Analysis for Business and Economics, 23 ed.,
Belmont, California, Duxbury Press, 1996.
DIVISIÁ, F. Économique Rationelle, G. Doin, Paris, 1928.
ENDO, S. K. Pesquisa de Orçamentos Familiares no Município de São Paulo, São
Paulo, Instituo de Pesquisas Econômicas, USP, 1984.
ENDO, S. K. Números Índices, 23 ed., São Paulo, Atual, 1988.
ENGEL, 1. F. et aI. Consumer Behavior, 6th ed., Orlando FI., The Dryden Press Int.
Editions, 1990.
PINDYCK, R. S. E RUBINFELD, D. L. Microeconomics,
Hal1, Inc., 1997.
4th ed., New Jersey, Prentice
KIRSTEN, J. T. Custo de Vida: Metodologia de Cálculo, Problemas e Aplicações, São
Paulo, Livraria Pioneira, Editora FIPE, v. xi, 158p, 1985.
KIRSTEN, 1. T. Metodologia da Construção de Índices de Preços ao Consumidor Custo de vida, São Paulo, Instituto de Pesquisas Econômicas - IPE, 1975.
KIRSTEN, J. T. Orçamentos Familiares na Cidade de São Paulo, Instituto de Pesquisas
Econômicas- IPE, 1971/72.
KARMEL, P. Applied Statistics for Economists,
London, 1963.
2
nd
ed., Sir Isaac Pitman and Sons,
KENDALL, M. G., The Early History of lndex Number, International Statistical Review,
1969.
SARGENT,
1993.
T. Bounded Rationality
in Macroeconomics,
Oxford, Clarendon Press,
SINCICH, T. Business Statistics by Example, 5 thed., New Jersey, Prentice Hal1, 1996.
SISTEMA NACIONAL
Básica de Ponderações,
DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
Rio de Janeiro: IBGE, 1983.
SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
Cálculo, Rio de Janeiro: IBGE, 1984.
Estrutura
Métodos de
94
Jornais e Periódicos
BREDARIOLI, C. Paulistanos têm novos hábitos de consumo, O Estado de São Paulo,
São Paulo, 19 de mar. 2001.
CHIARA, M. de Preço estável não atenua inflação passada, O Estado de São Paulo,
São Paulo, 2 out. 2000.
DANTAS, V. Consumidor gasta menos no supermercado, O Estado de São Paulo, São
Paulo, 2 out. 2000.
GOMIDE, S. Tarifas Públicas já consomem 17% da renda - aumento do preço dos
serviços reduz a parte disponível para o consumo, OEstado de São Paulo, São Paulo, 8
mar. 2000
MONTORO :F., A. Análise Econométrica da Função Consumo, Revista Brasileira de
Economia, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 92-131, mar. 1968.
PAULIN, G. D. Let's do Lunch: Expenditures on MealsAway From Horne, Monthly
Labor Review, Washington, mai. 2000.
REVISTA CONJUNTURA ECONÔMICA, Índices Econômicos, Rio de janeiro,
Fundação Getúlio Vargas, ed. ago. 1995, ago. 1996, fev. e ago. 1997/1998/1999/2000 e
fev.2001
SALGUEIRO, S. A Compra do Mês está Mais Farta, Superhiper, São Paulo, v. 23, n.
263, p. 48-50, jul. 1977.
95
ANEXOS
ANEXO A - Cardápio Spd de agosto/200 1
Pratos combinados
em promoçao
"".,
..-.r~~·,,·····.
ri)
m
>
~
t)
::J
ri)
o
Õ
u,
S edini
••Válido para saladas Spedini ou Romana.
ru,uz,uj,iU9,jWU,'
~~
~----------------------------------------~
I
\
I
)1
Entradas
Carnes
Carpaccio
R$ 4,30
Carne bovina fatiada,
coberta com queijo e molho italiano
Levíssimo,
sempre
Spaghetti
Penne
italianas
sempre
Massa apreciada por seu formato cillndrico,
a retenção do molho em sua tenra textura
Textura
suave,
feito
Conchas
;r. massa
Lasanha
com batatas
recheadas
"ai dente"
que facilita
Lasanha de frango
Recheada
requeijão
com frango
Recheada
com peperoni
Recheada
com brôcoiis
desfiado
e delicioso
Lasanha de peperoni
e delicioso
Lasanha de brócolis
Rondelli
Com recheio irresistivel
branca ou verde.
Massa
R$ 6,10
R$ 6,10
chester,
queijo tipo
queijo tipo requeijão
e delicioso queijo tipo requeijão
de chester
e queijo gratinado.
Spaghetti
Fusili
"Frutti di mari"
Carne iI milanesa,
gratinado
molho sugo, penne, molho 4 queijos
Salada Romana
Salada Caesar
Salada Premium
Com tomate e toque levemente picante da
calabresa defumada.
Carbonara - Molho branco com chester, bacon e
champignon
Refrigerante lata
Água copo300ml
Água garrafa50oml
Água com Gás
Suco de Laranja 300ml
Suco de Laranja soo mi
Mate Leão
Cerveja iata ou iong neck
Vinho Nacional Taça150ml
Vinho Importado
Grãos de arroz selecionados e preparados
branco, açafrão e queijo parmesão.
com vinho
Grãos de arroz selecionados e preparados
lingüiça defumada e queijo.
com cubos de
R$ 3,30
R$ 3,30
rso e«
Taça150ml
Garrafa 750ml
R$ 1,40
R$ 0,70
R$ 1,10
R$ 1,35
R$ 1,30
R$ 1,50
R$ 1,10
R$ 1,70
R$ 2,80
R$11,00
R$ 3,20
R$15,50
Sobremesas
Quatro queijos - Molho branco com os queijos
gorgonzola, provolone, parmesão e requeijão.
Acompanhamentos
R$6,10
(Gde)
Garrafa
Calabresa -
Risoto Calabrês
pepino, azeitona
Bebidas
R$ 6,80
moída.
Risoto Milanês
R$5,40
(Gde)
Alface, mussarela de búfala, tomate seco e rocula.
Acompanha parmesão.
R$ 6,80
e carne bovina
R$5,40
(Gde)
Alface, parmesão, tiras de filé de frango grelhadas.
Acompanha croutons.
R$ 6,40
R$ 6,50
R$ 6,90
R$3,10/4,50
(pq/Gde)
Salada Toscana
R$ 6,40
e chester.
pepino e queijo.
Alface, cenoura, repolho, tomate,
e iscas de calabresa.
R$ 6,40
R$3,10/4,50
(Pq/Gde)
Alface, cenoura, repolho, ·croutons·
R$ 6,40
Mo[hos
Sugo - Tradicional molho de tomate.
Bolonhesa - Substancioso, com tomate
Saradas
R$ 5,80
Com alface, tomate,
selecionadas
branco,
R$ 5,80
R$ 6,10
+R$ 0,95*
Com molho sug'i5 e recoberto com queijo extra gratinado.
• Na compra áe uma das promoçoes, acréscimo de R$ 0,95
Salada Spedini
com requeijão
Receita única recheada com molho
mussarela e carne moída
R$ 3,00
A parmecziana
Capelleti branco com recheio
de carne
Capelleti verde com recheio
de ricota
Nhoque
Concizlione
marinado.
A milanesa e recheada com queijo.
florentina iI base de ervas.
R$ 5,80
das massas
r~~
:~~:~~~~.~~~.~.~.~~.~.~~
Polpeta
"ai dente"
A mais tradicional
P'ÓI
R$ 3,00
R$ 3,00
Peito de frango grelhado,
Massas
Talharine
Filetto
Canuto
R$ 1,30
Exclusivo mousse coberto com chocolate nos sabores:
chocolate, coco, chocolate com menta e morango.
S edini
•••••••
98
ANEXO B - POF/DIEESE - Ponderações e Gastos médios mensais por domicílio
. onderações
e Gastos médios mensais por domlcfilo
Ponderação
Gasto por domlcRlo
Denominação
do item
fotal Geral
Alimentação
- .
Estrato 1 Estrato 2
Estrato 3
Total
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
941,52
400,17
747,39
1.674,98
100,0000%
100,0000%
100,0000%
100,0000%
258,35
142,91
233,11
398,57
27,4394%
35,7134%
31,1904%
23,7954%
97,18
62,93
96,80
130,86
10,3216%
15,7264%
12,9515%
7,8127%
Hortifrutas
Frutas e Verduras por quilo
Frutas
Hortaliças
Legumes
Raizes e Tubérculos
3:1,40
2,74
14,19
3,33
4,3)
5,84
17,49
0,89
7,98
1,82
2,87
3,93
28,59
2,19
13,27
3,29
4,21
5,63
45,23
5,28
21,40
4,88
5,77
7,90
3,2293%
0,2915%
1,5070%
0,3536%
0,4569%
0,6203%
4,3712%
0,2214%
1,9934%
0,4560%
0,7183%
0,9821%
3,8259%
0,2929%
1,7751%
0,4402%
0,5639%
0,7538%
2,7005%
0,3154%
1,2776%
0,2911%
0,3446%
0,4717%
Graos
Arroz
Feijão
Outros Graos
10,91
7,41
3,05
0,46
9,15
6,26
2,69
0,21
12,19
8,27
3,53
0,39
10,93
7,38
2,77
0,78
1,1590%
0,7871%
0,3235%
0,0485%
2,2868%
1,5631%
0,6710%
0,0527%
1,6314%
1.1068%
0,4721%
0,0525%
0,6523%
0,4408%
0,165~
0,0464%
Carnes
Bovina
28,01
26,07
1,95
16,31
15,00
1,31
27,96
26,03
1,94
39,71
37,13
2,58
2,9753%
2,7684%
0,2069%
4,0746%
3,7484%
0,3262%
3,7416%
3,4823%
0,2593%
2,3706%
2,2168%
0,1538%
10,72
8,92
1,80
7,46
6,12
1,34
10,49
8,72
1,77
14,08
11,81
2,27
1,1390%
0,9474%
0,1917%
1,8638%
1,5288%
0,3350%
1.4031%
1,1665%
0,2366%
0,8405%
0,7050%
0,1355%
3,77
3,48
0,29
1,74
1,64
0,10
3,71
3,55
0,16
5,91
5,27
0,64
0,4005%
0,3696%
0,0309%
0,4348%
0,4100%
0,0247%
0,4968%
0,4750%
0,0218%
0,3528%
0,3148%
0,0380%
Leite in natura
Leite in natura
13,36
13,36
10,79
10,79
13,85
13,85
15,01
15,01
1,4185%
1,4185%
2,6953%
2,6953%
1,8526%
1,8526%
0,8960%
0,8960%
Indústria da Alimentação
104,32
61,81
99,58
151,00
11,0803%
15,4450%
13,3239%
9,0152%
9,48
1,74
3,68
4,06
6,16
1,34
2,34
2,48
9,61
2,00
4,05
3,56
12,57
1,84
4,61
6,12
1,0071%
0,1851%
0,3912%
0,4307%
1,5401%
0,3358%
0,5849%
0,6194%
1,2862%
0,2682%
0,5422%
0,4758%
0,7505%
0,1100%
0,2753%
0,3651%
14,98
10,06
1,00
3,31
11,35
8,71
1,02
1,62
14,78
10,78
1,24
2,76
18,59
10,46
2,55
5,58
'1,5913%
1,0690%
0,17041"
0,3519%
2,8352%
2,1764%
0,2546%
0,4041%
1,9782%
1,4425%
0,1664%
0,3693%
1,1097%
0,6247%
0,1520%
0,3330%
Café e Chá
Café
Chá
6,53
6,19
0,34
5,15
4,96
0,19
6,49
6,18
0,31
7,83
7,33
0.50
0,6934%
0,6578%
0,0356%
1,2877%
1,2400%
0,0477%
0,8681%
0,8267%
0,0414%
0,4677%
0,4376%
0,0301%
Carnes .e Peixes Industrializados
Peixes Enlatados
Carnes Industrializadas
9.72
0,87
8,86
5,04
0,50
4,54
9,10
0,83
8,27
15,01
1,26
13,75
1,0327%
0,0919%
0,9408%
1,2606%
0,1250%
1,1357%
1,2173%
0,1107%
1,1066%
0,8964%
0,0755%
0,8210%
Derivados do Leite
Leite
Queijos
Outros derivados do Leite
17.,20
5,00
5,66
5,.93
8,98
3,59
2,38
3,01
16,34
5,66
4,62
6,05
26,24
7,49
10,04
8,70
1,8263%
0,5949%
0,6017%
0,6298%
2,2442%
0,8980%
0,5936%
0,7526%
2,1859%
0,7573%
0,6186%
0,8100%
1,5665%
0,4473%
0,5995%
0,5196%
Óleos e Gorduras
Gorduras
Oleos e Azeites
·5,65
1,59
4,06
4,43
1,25
3,18
5,79
1,73
4.06
6,62
1,76
4.86
0,5999%
0,1691%
0,4308%
1,1077%
0,3129%
0.7948%
0,7744%
0,2311%
0.5432%
0,3954%
0,1053%
0,2901%
7.88
5,20
2,69
4,11
3,17
0,94
7,47
5,28
2,18
12,06
7,08
4,98
0,8374%
0,5519%
0,2855%
1,0271%
0,7932%
0,2339%
0,9994%
0,7071%
0,2923%
0.7200%
0,4230%
0,2971%
Doce/Açúcar/Conservas
Açúcar
Doces
Conservas Doces
13,23
4,22
8,35
0,65
7,70
3,84
3,52
0,34
12,42
4,47
7,44
0,51
19,50
4,25
14,14
1,11
1.4048%
0.4484%
0,8870%
0,0695%
1,9241%
0,9599%
0,8791%
0,0851%
1,6620%
0,5981%
0,9953%
0,0686%
1,1642%
0,2535%
0,8443%
0,0664%
Prontos para Consumo
Elaborados
Semi-Elaborados
2,55
2,21
0,34
0,84
0,80
0,03
1,71
1,41
0;30
5,16
4,47
0,69
0,2711%
0,2352%
0,0359%
0,2093%
0,2011%
0,0082%
0,2284%
0,1887%
0,0398%
0,3079%
0,2666%
0,0413%
17,10
10,83
8,04
5.34
15,87
10,09
27,42
17,06
1,8164%
1.1500%
2,0092%
1,3336%
2,1240%
1,3506%
1.6369%
1,0183%
Produtos In-naturae
semi-elaborados
sutnas
Aves e Ovos
Aves
Ovos
Peixes e Frutos do Mar
Peixes
Camarao
,
Total
Massas.Biscoitos e Farinhas
Farinhas
Bolachas e Biscoitos
Massas
Panificação
Pão de Sal
paes Industrializados
Outros Pães e Bolos
-------
Condimentos e Enlatados
Condimentos
Enlatados e Empacotados
Bebidas
Nl!o Alcoólicas
Preços de junho de 1996 - Deflator INPC SP
-'>nderações
e Gastos médios me'nsals por domlcfllo
Gasto por domlcfllo
do ftem
Denominação
Bebidas Alcoólicas
Alimentação
Fora do Domicilio
2~
~Z~
Estrato 3
~~6
Total
_U,66~
Estrato 1
u,6/:>67o
Estrato 2
U,I/;J47o
Estrato 3
0.6187%
18,18
36,73
116,70
6,0375%
4,5420%
4,9150%
6,9674'70
RefeiçOes Principais
Refeiçao por Quilo
Prato do Dia
Prato Feito
Comercial
Outras RefeiçOes
33,64
9,62
2,57
1,~
4,89
15,26
7.42
3,16
0,32
0,27
0,67
3,00
19,37
3.48
3,03
0,11'
4,64
8,11
75,05
22.43
4,19
3,71
9,29
35.43
3,5732%
1,0217%
0,2727%
0,1381%
0,5196%
1,6212%
1,8550%
0,7908%
0,0797%
0,0683%
0,1673%
0.7489%
2,5922%
0.4658%
0.4060%
0,0145%
0,6207%
1,0852%
4.4808%
1,3392%
0,2501%
0,2213%
0,5547%
2,1155%
Lanches Matinais e Vespertinos
Cafezinho
Média
Pão com Manteiga
Refrigerante
Agua Mineral
Sandulches
Bebidas Alcoólicas
Salgadinhos
Sorvetes
PorçOes
Sucos
Balas
Achocolatados
Doces
Paes
Vitaminas
23,20
0,95
0,40
0,31
2,29
0,21
5,00
5,38
2,81
1,68
0,52
0,72
0,36
0,74
1,26
0,44
O,CX5
10,75
0.40
0,16
0.32
1.05
0.04
1.41
3.94
1.50
0.56
0,05
0,20
0.32
0,26
0.44
0,10
0.01
17,36
0,77
0,29
0.25
1.89
0,09
3.09
4.11
2.47
1.50
0.35
0.47
0.22
0,66
0.62
0,54
0.04
41.65
1.68
0,69
0.40
3.94
0,52
10,96
7.95
4.42
3.01
1.21
1.52
0,54
1,30
2,76
0.67
0.10
2.4643%
0,1007%
0,0423%
0,0330%
0,2429%
0,0224%
0.5399%
0.5718%
0.2985%
0.1786%
0,0557%
0,0766%
0,0387%
0.0783%
0.1333%
0.0465%
0.0050%
2,6870%
0,1002%
0,0395%
0.0810%
0,2613%
0.0102%
0.3515%
0.9841%
0,3754%
0,1389%
0,0121%
0,0494%
0.0808%
0.0649%
0.1093%
0.0262%
0.0023%
2,3229%
0,1033%
0,0387%
0.0337%
0.2526%
0.0119%
0.4129%
0.5504%
0.3310%
0.2008%
0,0463%
0.0630%
0.0295%
0.0887%
0.0831%
0.0723%
0.0047%
2,4866%
0,1003%
0,0412%
0.0239%
0.2352"lo
0.0308%
0.6542%
0.4745%
0.2642%
0.1796%
0,0722%
0.0909%
0.0321%
0.0774%
0.1646%
0,0399%
0,0058%
221,46
102,05
177,47
384,39
23,5216'70
25,5021'70
23,7455%
22,9491'70
Locação,lmpostos
,
Estrato 1 Estrato 2
66,84
Habitação
-
Total
6,27
Ponderação
e Condominio
97;14
45.52
75.99
169,72
10,3178'70
11,3763%
10.1671%
10.1327'70
Locaçao
Casa
Apartamento
66,25
49,01
17,24
35.66
33.21
2.46
58.08
50,93
7.15
104.85
62.29
42.56
7.0360%
5.2054%
1.8306%
8.9118%
8.2979%
0.6139%
7.7704%
6,8143%
0,9560%
6,i598%
3.7187%
2.5411%
Condomlnio
Impostos
19,63
11,27
6.47
3.39
10.03
7,88
42.36
22,51
2.0851%
1.1968%
1.6178%
0.8467%
1.3423%
1.0544%
2,5288%
1,3441%
93,70
46,04
77,48
157,36
9,9515%
11,5050%
10,3673%
9,3948'70
Serviços Públicos
Eletricidade
Agua/Esgoto
Gás de Rua
Gás de Butijao
Telefone
58,27
26,29
15,20
0,69
4,03
12,06
36.44
16,99
11,91
0.16
3,92
3.46
54,33
25.19
15.98
0.28
4,21
8.67
83.92
36.64
17.68
1.63
3,94
24.02
6,1894%
2,7926%
1.6142%
0,0734%
0.4278%
1.2814%
9,1065%
4,2452%
2.9757%
0.0405%
0.9808%
0,8643%
7.2689%
3,3703%
2,1375%
0.0376%
0.5631%
1.1604%
5,0102%
2.1877%
1.0558%
0.0971%
0.2355%
1.4341%
Serviços Domésticos
Empregados
24,38
2.83
2.83
12.47
12.47
57.81
57,81
2.5895%
2.5895%
0.7063%
0.7063%
1.6681%
1.6681%
3.4512%
,3.4512%
limpeza Doméstica
Alcool
Cera
Detergente
Inseticida
Palha de Aço
Sacode Lixo
Lustra Móveis
Limpa CMo
Removedor
Guardanapo de Papel
Papéis de Cozinha
Coador de Papel
Agua Sanitária
Desinfetante
sabae em Pedra
Sabaoem PÓ
Amaciante
Artigos Descartáveis
Vela
Carvao
11,04
0,20
0,40
0,85
0,48
0,48
0,25
0,14
0,36
0,10
0,16
0,54
0,21
0,58
0,62
1,10
6,77
0,17
0.23
0.49
0.24
0.37
0.05
0.08
0.10
0.03
0.07
0,20
0,11
0,32
0,30
1.05
2,06
0,34
0,29
0.09
0,06
10,69
0,13
0.42
0.88
0,50
0.58
0,22
0.14
0.27
0,12
0.12
0.38
0,19
0.59
0,61
1.26
2,68
0,65
0.41
0,17
0,20
15.63
0,30
0,56
1.17
0,71
0.47
0,50
0.20
0,72
0,17
0,29
1.04
0.34
0.83
0.96
0,95
3,55
0.93
1.05
0.20
0,23
1,1726%
0.0212%
0.0428%
0,0902%
0,0512%
0,0508%
0.0270%
0.0151%
0,0384%
0,0111%
0,0169%
0,0572%
0.0226%
0.0618%
0.0664%
0,1163%
0,2944%
0.0681%
0,0619%
0.0164%
0.0172%
1.6922%
0.0419%
0.0576%
0.1235%
0.0602%
0,0936%
0,0116%
0,0205%
0.0259%
0.0075%
0.0163%
0.0507%
0.0274%
0,0810%
0,0752%
0,2619%
0,5157%
0,0859%
0.0731%
0.0232%
0,0141%
1.4303%
0,0177%
0.0559%
0.1171%
0.0670%
0,0775%
0.0292%
0.0193%
0.0363%
0.0155%
0.0164%
0,0514%
0,0254%
0,0791%
0,0820%
0,1685%
0.3580%
0.0866%
0,0553%
0,0225%
0,0271%
0,9334%
0,0179%
0.0335%
0,0701%
0,0421%
0.0281%
0.0301%
0.0120%
0.0428%
0,0100%
0.0173%
0,0620%
0,0204%
0.0496%
0,0575%
0.0567%
0,2121%
0,0557%
0,0626%
0.0120%
0.0135%
Operação do Domicílio
Preços de junho de 1996 - Deflator INPC SP
24.38
zrr
0,64
0,58
0,15
0,16
2
· onderações
e Gastos médios mensais por domlcfllo
Gasto por domlcfllo
do ftem
Denominação
0,05
0.07
0.25
10,49
24,00
57,31
3,2523'70
2,6209'70
3,2111'70
3,4215'70
Material
Tinta
Azulejo
Massa
Cimento
Porta
Tijolo
Telha
Piso
Material Elétrico
Material Hidráulico
Ferramentas
Vidro
Fechadura
Areia
16,24
2,79
0,29
0,21
1,46
1,37
1,43
0,25
3,25
1,38
1,91
0,82
0,06
0,29
0,74
5.01
0.63
0,65
0,03
0,30
0,97
1,11
0,09
13,68
2,38
2,11
0,68
1.98
1.46
0,08
0,10
0,68
-
29,98
5.41
0,08
0.44
2.88
2.88
0,28
0.66
7,93
3,05
3,35
0,91
0,09
0.76
1.25
1,7247%
0,2965%
0,0303%
0,0219%
0,1550%
0,1450%
0,1524%
0,0266%
0,3455%
0.1468%
0.2025%
0,0866%
0,0059%
0.0307%
0.0790%
1.2518%
0,1579%
0.1614%
0,0064%
0,0740%
0,2424%
0,2772%
0,0237%
0,0000%
0,1073%
0,1039%
0,0208%
0,0000%
0,0068%
0.0702%
1,8308%
0.3187'70
0,0000%
0,0218%
0,1653%
0,0193%
0,3579%
0,0000%
0,2823%
0.0911%
0.2644%
0.1955%
0,0102%
0,0131%
0.0912%
1,7901%
0,3231%
0.0046%
0.0263%
0.1721%
0,1720%
0.0168%
0,0395%
0.4733%
0.182~
0,2001%
0,0542%
0.0056%
0,0456%
0.0747%
Mao de Obra
Eletricista
Encanador
Pedreiro
Pintor
Carpinteiro
14,38
3,73
0,59
6,95
1.98
1,13
5.48
2.73
0.05
2.69
-
10.32
3.17
0.86
5.26
0.97
0.06
27.33
5,28
0.77
12.85
5.00
3.43
1.5276%
0.3965%
0.0622%
0.7380%
0.2105%
0,1204%
1.3690%
0.6832%
0.0126%
0.6732%
0.0000%
0.0000%
1.3803%
0.4240%
0.1155%
0.7031%
0.1303%
0,0074%
1.6314%
0.3152%
0.0463%
0.7670%
0.2984%
0.2046%
67,68
22,25
53,63
97,13
6,1264'70
5,5592'70
7,1756'70
5,7987'70
32,71
12,91
32,51
52,54
3,4742'70
3,2255'70
4,3501'70
3,1369'70
3,91
1,21
1,02
0,87
0,81
1.75
0,58
0.24
0.78
0.16
2.94
1.05
0.94
0.66
0.28
7.11
1.94
1.96
0.94
2,27
0.4153%
0,1282%
0,1085%
0.0925%
0,0861%
0.4372%
0,1442%
0.0599%
0,1939%
0,0392%
0,3933%
0,1401%
0,1264%
0,0887%
0.0381%
0.4246%
0,1158%
0.1173%
·0.0562%
0.1354%
Grande Porte
Fogao
Geladeira
Freezer
Microondas
Lavar Louça
Lavar Roupa
11,35
2,10
4,76
0,63
1,35
0,77
1,85
4.54
1.62
2.18
11,13
1.68
5.21
0,54
0,55
0,37
2.78
18,33
2,92
6.75
1.07
3,21
1.87
2,52
1,2055%
0,2225%
0.505~~
0,0563%
0.1437%
0.0814%
0,1963%
1,1357%
0.4043%
0,5445%
0,0000%
0,1066%
0,0339%
0.0463%
1.4888%
0.2245%
0.6965%
0.0728%
0,0735%
0,0498%
0,3717%
1.0943%
0.1743%
0.4028%
0,0640%
0,1914%
0,1116%
0.1503%
Eletronicos
Comunicaçao
Televisão
Som
Micro Computador
17,45
1,05
5,64
9,03
1,72
6.61
0.60
3.09
2,93
-
18.45
0.44
6.13
11.86
0,01
27.10
2,20
7.44
11.91
5,56
1,8534%
0.1120%
0.5990%
0,9594%
0.1830%
1,6526%
0,1493%
0,7716%
0.7317%
0,0000%
2.4680%
0,0590%
0.8207%
1.5865%
0.0019%
1.6179%
0.1311%
0.4440%
·0.7108%
0.3319%
Equipamentos
do Domicilio
Domésticos
Eletrodomésticos
e Equipamentos
Pequeno Porte
Liquidificador
Máquina de Costura
Ferro Elétrico
Chuveiro Elétrico
·
0.0:'
-
0.43
0.42
0.08
-
0,03
0.28
-
0.43
0,14
0,19
0.10
-
0,16
1,24
0,14
2,68
Estrato 3
0.21
Estrato 1
0.0131'70
0.0125%
Estrato 2
0.0137~
0,0087%
Estrato 3
0.0125%
0.0147%
7,48
3,29
5,22
13,96
0,7941'70
0,8225'70
0,6989'70
0,8333'70
Sala
Pratos e Jogo de jantar
TravessaslTigelas
Jogos e Copos Avulsos
Talheres
1,89
0,59
0,32
0,54
0,43
0,74
0,17
0.20
0.15
0.23
0.86
0,32
0,05
0,29
0.21
4.10
1.31
0.73
1.20
0,86
0.2006%
0,0629%
0,0342%
0.0578%
0,0457%
0.1852%
0,0415%
0,0488%
0.0378%
0.0570%
0.1147%
0.0423%
0.0062%
0.0387%
0,0275%
0.2447%
0.0779%
0.0436%
0.0719%
0.0513%
Cozinha
Outras Utilidades de Cozinha
Potes de Mantimentos
Garrafa Térmica
3,74
2,70
0,61
0,44
1.58
1.09
0.11
0,37
2.95
2.28
0.44
0,23
6.69
4,74
1.34
0,62
0,3970%
0,2863%
0.0644%
0.0463%
0.3945%
0.2728%
0.0286%
0,0931%
0,3948%
0.3051%
0,0582%
0.0314%
0,3995%
0.2828%
0.0800%
0.0367%
Lavanderia/Banheiro
Vassoura
Balde
Lâmpadas
1,85
0,68
0,37
0,81
0,97
0,46
0.34
0.18
1,42
0.58
0,16
0,67
3,17
0,95
0,61
1.61
0,1965%
0,0719%
0,0388%
0,0859%
0,2429%
0,1138%
0,0841%
0.0450%
0,1894%
0.0780%
0,0217%
0.0898%
0.1891%
0.0566%
0.0363%
0.0962%
13,36
4,85
8,51
4,56
1.25
3.31
11,97
3.66
8,31
23,53
9,72
13.81
1.4186'70
0,5148%
0,9038%
1.1400'70
0.3124%
0.8276%
1,6019'70
0,4902%
1,1117%
1,4047'70
0.5803%
0.8244%
4,14
1,49
3,92
7,10
0,~95'70
0,3712'70
0,5247'70
0,4238'70
Utenslllos Domésticos
· .
Ponderação
30,62
,,--,"~nservação
·
Estrato 1 Estrato 2
Total
0,0128~
0.0127%
E:sponJaele Lavar
Pano de chão
·
Total
u,12
0,12
Móveis
Sala
Quarto
Rouparla
Preços de junho de 1996· Deflator INPC SP
3
.>nderações
e Gastos médios
mensais
por domlcnlo
Ponderação
Gasto por domlcnlo
Denominação
do ftem
uuarto
Sala e Banheiro
Transporte
0,3136%
0,0577%
0,3413%
0,1834%
0,299'1%
0,1239%
Total
Estrato 2
Estrato 3
0,23
1,37
5,02
2,08
128,28
30,97
91,84
261,64
13,6243%
7,7390%
12,2874%
15,6205%
I,:l!>
9.43
58,21
220,48
10,2128%
2,3577%
7,7884%
13,1631%
7.55
6.48
0,18
0,32
0,50
0,01
0,03
0,04
30.42
26,92
1.13
1.32
0,62
0,04
0,13
0,25
122,66
83,57
1.96
25,26
5,68
0,75
2,52
2,92
5,6934%
4,1686%
0,ll86%
0,9360%
0,2369%
0,0277%
0,0935%
0,ll21%
1.8870%
1,6186%
0,0453%
0,0793%
0,1239%
0,0023%
0,0079%
0,0096%
4,0707%
3,6024%
0,1514%
0,1770%
0,0832%
0,0052%
0,0177%
0,0337%
7,3229%
4,9892%
0,1168%
1,5083%
0,3391%
0,0446%
0,1507%
0,1742%
Serviços
Funilaria
Auto Elétrico
Mecanica
Balanceamento
Revisao
Regulagem
13,19
3,23
1,30
6,41
0,13
1,48
0,63
0,25
6,97
1.83
0.45
4,38
-
32,29
7,88
3.41
14,71
0,28
4,12
1,88
1.4007%
0,3436%
0,1378%
0,6808%
0,0137%
0,1576%
0,0673%
0,0636%
0,0000%
0,0023%
0,0405%
0,0208%
0,0000%
0,0000%
0,9330%
0,2447%
0,0608%
0,5861%
0,0000%
0,0413%
0,0000%
1,9275%
0.4705%
0,2038%
0,8781%
0,0168%
0,2458%
O,ll24%
Peças e Acessórios
Pneus
Bateria
Amortecedores
Escapamento
Freios
9,42
5,45
0,81
1,62
0,53
1,01
1,63
1.55
0,08
5,67
3,31
0,60
0,66
0,35
0,75
20,93
10,90
1,78
4,55
1.31
2.40
1.0004%
0,5793%
0,0865%
0,1716%
0,0559%
0,1071%
0.4071%
0,3861%
0,0210%
0,0000%
0,0000%
0,0000%
0,7583%
0.4433%
0,0803%
0,0886%
0,0464%
0,0998%
1,2496%
0,6508%
0,1061%
0,2714%
0,0782%
0,1432%
Compra de Veiculo
19,94
-
15.15
44,61
2,1182%
0,0000%
2,0264%
2,6631%
5,3813%
0,5539%
4.5623%
0,1055%
0,1339%
0,0257%
4,4990%
0,6042%
3,6823%
0,1038%
0,1083%
0,0003%
2.4574%
0,3578%
1,7725%
0,0148%
0,2846%
0,0277%
Combustlvel
Oleos Lubrificantes
IPVA
Estacionamento
Despachante
Seguro Obrigatório
Lavagem
Coletivo
Metrô
Onibus
Trem Subúrbio
Táxi
Outros Coletivos
Vestuário
Roupas
· ·
0,3090%
0,1305%
2,91
1,23
96,16
operação
·
Estrato 3
:l,!>!>
Estrato 1
53,00
39,25
1,12
8,81
2,23
0,26
0,88
1,06
Individuai
·
Total
Estrato 1 Estrato 2
-
0,01
0,16
0,08
-
-
-
0,31
32,12
4,21
25,25
0,49
1,98
0,18
21.53
2,22
18,26
0.42
0,54
0,10
33,63
4,52
27,52
0,78
0,81
0,00
41.16
5,99
29,69
0,25
4,77
0.46
3,4115%
0.4476%
2,6815%
0,0522%
0,2106%
0,0196%
74,14
35,13
62,70
124,42
7,8741%
8,7799%
8,3893%
7,4282%
49,79
22,59
38,95
87,73
5,2884'7:
5,6449%
5,2112%
5,2377%
4,1924%
1.4271%
2,7653%
4,1511%
1,2959%
2,8551%
4,0024%
1,5794%
2.4230%
4,2857%
1,4006%
2,8851%
Adulto
Masculinas
Feminina
39,47
13,44
26,04
16,61
5,19
11,43
29,91
11,80
18,ll
71,78
23.46
48,32
InfantiVBebe
Infantil
Bebês
10,32
8,44
1,88
5,98
4,33
1,64
9,03
8,16
0,88
15,95
12,83
3.11
1,0961%
0,8960%
0,2001%
. 1,4939%
1,0832%
0,4107%
1,2087%
1,0915%
0,1173%
0,9520%
0,7661%
0,1859%
19,76
10,82
19,73
28,69
2,0987%
2,7036%
2,6398%
1,1131%
2,1725%
0,3265%
0,6957%
U503%
2,3234%
0,4763%
0,5164%
1,3306%
1,5051%
0,2363%
0.4920%
0,7768%
Calçados
17,11
2,98
4,94
9,19
8,69
1,31
2,78
4,60
17,36
3,56
3,86
9,95
25,21
3,96
8,24
13,01
1.8174%
0,3165%
0,5247%
0,9762%
Infantil
Sapato
Sandália
Tênis
2.65
0,82
0,44
1,39
2,13
0,59
0.45
1,09
2,36
0.48
0,39
1.50
3,48
1.38
0,48
1,62
0,2813%
0,0867%
0,0468%
0,1479%
0,5311%
0,1470%
0,1119%
0,2722%
0,3164%
0,0644%
0,0518%
0,2001%
0,2080%
0,0824%
0,0288%
0,0968%
AcessórIos
Outros de VestuárIo
4,24
0,34
1,62
0,11
3,88
0,15
7,22
0,77
0,4506%
0,0364%
0,4049%
0,0265%
0,5187%
0,0197%
0,4313%
0,0462%
65,05
12,99
30,95
151,01
6,9093%
3,2464%
4,1412%
9,0156%
59,55
12,15
28,15
138,18
6,3253%
3,0353%
3,7667%
8,2494%
4,5726%
0,1387%
0,5458%
0,5449%
0,8543%
0,5089%
1.8llO%
0,0243%
0,0972%
0,7197%
0,0000%
0,0000%
2.4972%
0,0348%
0.4200%
0,4009%
0,3125%
0,2125%
6,1555%
0,2121%
0,7151%
0,6701%
1.1906%
0,7664%
Adulto
Masculino
Feminino
Sem Especificaçao de Sexo
· Educaçlo e LeItura
· · Educação
Cursos Formais
Matemal
Pré-Primário
Primeiro Grau 1a 4
Primeiro Grau 5 a 8
Segundo Grau
Preços de junho de 1996 - Deflator INPC SP
43,CS
1,31
5,14
5,13
8,04
4,79
7,25
0,10
0,39
2,88
-
18,66
0,26
3,14
3,00
2,34
1.59
103,10
3,55
11,98
ll,22
19,94
12,84
4
. onderações
e Gastos médios
mensais
por domlcnlo
Ponderação
Gasto por domlcRlo
Denominação
do ftem
Estrato 1
Estrato 2
Estrato 3
3t!,28
5,29
1,/785%
0,2016%
0,9501%
0,0196%
T.073T%
0,0434%
2,2856%
0,3156%
Cursos Diversos
Preparação Flsica
Unguas
Digitaçao
Computaçao
9,57
3,92
3,59
0,64
1,42
2,24
0,58
0,54
0,83
0,28
5,31
2,38
1,32
0,32
1,30
21,13
8,61
8,76
1,11
2,65
1,0162%
0,4161%
0,3814%
0,0678%
0,1509%
0,5586%
0.1462%
0,1341%
0,2078%
0,0705%
0,7104%
0,3180%
0,1763%
0,0426%
0,1735%
1,2614%
0,5138%
0,5231%
0,0665%
0,1580%
Livros Didáticos
Didáticos
Dicionários
2,56
2,45
0,11
1,09
0,97
0,13
1,34
1,34
-
5,26
5,04
0,22
0,2724%
0,2603%
0,0121%
0,2731%
0,2416%
0,0315%
0,1789%
0,1789%
0,0000%
0,3140%
0,3007%
0,0133%
Papelaria
Cadernos
Papel
Lápis
Caneta
Régua
Borracha
Cola
4,37
1,52
1,16
0,74
0,63
0,00
0,06
0,18
1,57
0,61
0,29
0,33
0,19
0,06
0,03
0,07
2,84
1.02
0,74
0,51
0,36
0,03
0,05
0,13
8,68
2,90
2,50
1,33
1.37
0,18
0,09
0,32
0,4641%
0,1616%
0,1228%
0,0782%
0,0669%
0,0095%
0,0064%
0,0188%
0,3926%
0,1516%
0,0722%
0,0815%
0,0472%
0,0140%
0,0084%
0,0177%
0,3803%
0,1364%
0,0988%
0,0683%
0,0486%
0,0039%
0,0067%
0,0175%
0,5185%
0,1730%
0,1490ff0
0,0796%
0,0817%
0,0109%
0,0052%
0,0190%
6,50
0.84
2.80
12.83
0.5840%
0.2111%
0.3745%
0.7662%
Jornal e Revista
Jornais
Revistas
3,64
1,69
1,95
0,60
0,34
0,26
1.95
1,00
0,95
8,36
3.74
4,63
0,3867%
0,1796%
0.2071%
0,1503%
0,0842%
0,0660%
0,2607%
0,1333%
0,1274%
0,4992%
0,2230%
0,2762%
Outros de Leitura
1,86
0.24
0,85
4,47
0,1973%
0,0608%
0,1138%
0,2670%
77,06
26.23
50,27
154.48
8.1845%
6.5539%
6.7257%
9,2229%
65,62
13.73
29.99
122.79
5.9076%
3.4313%
4.0127%
7.3309%
Seguros e Convênios
Empresa
Particular
32,00
6,24
26,66
9,19
1.82
7,37
22,13
3,97
18,15
67,27
12,90
54,38
3,4944%
0,6625%
2,8319%
2.2957%
0,4551%
1,8406%
2,9605%
0,5314%
2,4290%
4,0164%
0,7699%
3,2465%
Consultas Médicas
20,82
4,28
7.64
50,34
2.2115%
1.0692%
1,0223%
3,0052%
Exames laboratoriais
Sangue
Urina
Fezes
Ultrassonografia
1,19
0,15
0,66
0,02
0,36
0.22
0,22
0.22
0,08
0,08
0,06
3.10
0,35
1,70
0.0552%
0,0000%
0,0552%
0,0000%
0,0000%
0,0299%
0,0104%
0,0111%
0,0083%
0,0000%
0,1850%
0,0212%
0,1013%
0,0000%
0,0626%
Hospitais
0,71
0,04
Médica
0,69
AparelhOS
Medicamentos
e Prod.Farmaceutlcos
Medicamentos
Analgesico e Antigripal
Antibiótico
Antiinflamat6rio
Antialérgico
Anticoncepcionallhormonal
Diabete
Cardio vascular
Sistema nervoso central
Vias respiratorias
Vitaminas
Vias urinarias
Merthiolate
Remedio gastrico
Ginecologico
Oermatologico
.
Total
8,02
0,32
Assistência
.
Estrato 3
3,80
0,08
Saúde
.
Estrato 1 Estrato 2
16,75
1,90
Leitura
.
Total
Unlversitáno
Pré-Vestibular
Produtos Farmaceuticos
Recreação
Produtos
Brinquedos
Bicicleta
Bola
Preços de junho de 1996 • Deflator INPC SP
-
-
-
-
1.05
0.1260%
0.0158%
0,0697%
0,0023'7:
0,0382%
2,08
0,0758%
0,0112%
0,0000%
0,1243%
0.70
1.36
0.0728'70
0.0000%
0.0931%
0.0811%
3.1225%
2.6198%
1.8109%
-
20,75
12.50
19.58
30.33
2.2041%
20,07
2,19
2,57
2,48
0,48
0,63
0,51
2,91
1,46
1,54
2,41
0,16
0,58
1,31
0,20
'0,62
12.02
1,56
1.28
1,48
0,24
0,24
0,27
2.65
0.64
0.97
1,14
0.13
0,29
0.67
0.21
0.25
18,98
2,31
2,67
2,53
0,44
0,73
0.66
2.10
0.82
1,33
2.38
0.13
0.65
1.02
0.20
0,99
29,34
2,67
3,83
3,43
0.77
0,97
0,60
3.82
3.00
2.32
3.80
0.22
0.82
2.29
0.17.
0.65
2,1312%
0.2331%
0,2731%
0.2630%
0,0508%
0,0674%
0,0543%
0,3092%
0.1547%
0.1637%
0.2558%
0.0175%
0.0617%
0.1394%
0.0212%
0.0663%
3,0037%
0,3897%
0,3205%
0,3700%
0,0588%
0,0598%
0.0680%
0.6628%
0.1605%
0.2436%
0,2837%
0.0332%
0,0722%
0,1667%
0.0524%
0,0618%
2,5399%
0,3087%
0,3576%
0,3391%
0,0595%
0,0975%
0.0886%
0.2816%
0.1099%
0.1785%
0.3179%
0.0175%
0.0872%
0.1368%
0.0271%
0.1324%
1,7517%
·0,1591%
0,2284%
0,2045%
0,0460%
0,0577%
0.0360%
0.2278%
0.1788%
0.1385%
0.2268%
0.0134%
0.0487%
0.1370%
0.0100%
0,0390%
0,69
0,48
0.60
0.99
0.0729%
0.1188%
0,0799%
0.0592%
19,60
4.92
13.00
40.82
2,0817%
1.2301%
1.7393%
2.4371%
13,80
3,77
9,26
28.33
1.4659%
0.9429%
1.2392%
1.6914%
6,97
1,62
0,18
2,42
0.26
0.05
4,79
1.59
0.22
13.58
2.82
0,25
0,7400%
0.1717%
0.9195%
0.6044%
0.0654%
0.0133%
0.6415%
0.2122%
0.0290%
0.8108%
0.1687%
0.0149%
5
I'onderações
e Gastos médios mensais por domlcnlo
Gasto por domlcnlo
Denominação
do (tem
Boneca
Carrinho
Bichos
Triciclo
VldeoGame
Outros Bens de lazer
Cd
Fita cassete
Fita video
Filme
Pilhas
1.35
-
0.47
0.06
0.73
0;10
Estrato 3
3,06
1.38
2.10
3.96
Total
0.2112%
0.0851%
0.0849%
0.0153%
0.1522%
Estrato 1
0,2071%
0.1449%
0.0027%
0.1015%
0.0695%
Estrato 2
0.2511%
0.0619%
0.0459%
0.0055%
0.0358%
Estrato 3
0.1830%
0.0821%
0.1254%
0.0000%
0.2367%
4.47
1.56
0.40
0.62
1.56
0,33
14.75
5.40
1.17
1.66
5.56
0.96
0.7259%
0.2538%
0.0624%
0,0825%
0,2781%
0.0492%
0.3386%
0.0000%
0.1168%
0,0152%
0.1817%
0.0248%
0.5977%
0.2082%
0,0541%
0.0825%
0.2091%
0.0438%
0.8807%
0.3225%
0.0699%
0.0990%
0.3321%
0.0571%
-
6,80
1,15
0.6158%
0,2871%
0,5001%
0,7457%
0.31
0.31
-
3.74
1.67
1.31
0,36
12.49
2,50
1,90
0,00
5.53
4,13
1.40
0.2659%
0,2018%
0,0642%
0.0777%
0.0777%
0,0000%
0,2230%
0,1754%
0,0476%
0.329~
0,2464%
0.0835%
Jogos de Azar
Loto
Sena
Telesena
Papa Tudo
Loteria
1,91
0,15
0,77
0,48
0,04
0,48
0,68
0,03
0.35
0,27
0.02
0,00
0,96
0,11
0.52
0,26
0,06
0,02
4,09
0,30
1.35
0,83
0.01
1.60
0,2031%
0,0157%
0,0817%
0.0506%
0,0037%
0.0514%
0,1692%
0,0084%
0.0867%
0,0684%
0,0051%
0.0006%
0,1291%
0,0145%
0.0700%
0.0345%
0,0081%
0,0020%
0.2442%
0.0179%
0.0807%
0.0497%
0.0004%
0.0954%
Outros de Recreacao
1,38
0,16
1.11
2.88
0,1468%
0.0402%
0.1480%
0.1716%
37,29
21,53
32,69
57,60
3,9610%
5,3801%
4,3742%
3,4387%
Despesas Pessoais
23,40
11,97
19,47
38,70
2.4850%
2,9916%
2,6053%
2,3106%
15,40
2,99
2,17
1,73
0,78
0,67
1,11
0,94
1,55
0,39
1,29
1,78
9.34
1.96
1.46
0.91
0.48
0.25
0,55
0.59
1.15
0,16
0,55
1.30
13.82
3,06
2,15
1.47
0,66
0.51
1.04
0.79
1.76
0,39
0.69
1.28
23.00
3,96
2,89
2.80
1.19
1.23
1.75
1.43
1.73
0,64
2.64
2.75
1.6352%
0.3179%
0.2303%
0,1835%
0.0825%
0,0707%
0.1183%
0,0994%
0,1642%.
0.0419'10"
0,1375%
0,1890%
2,3344%
0.4887%
0,3652%
0,2266%
0.1193%
0,0633%
0,1369%
0,1464%
0,2870%
0.0400%
0,1363%
0.3247%
1.8494%
0.4092%
0,2879%
0.1973%
0.0888%
0,0681%
0.1394%
0,1064%
0.2357%
0.0519%
0.0928%
0.1719%
1.3732%
0.2366%
0,1725%
0.1671%
0,0709%
0.0736%
0.1046%
0.0851%
0.1033%
0,0380%
0.1575%
0.1640%
Produtos de Beleza
Bens semi-duraveis
Produtos de Beleza
2,06
0,74
1,32
1.02
0,27
0.75
1.41
0.73
0,68
3.75
1.22
2.53
0,2189%
0.0784%
0.1405%
0,2551%
0,0673%
0,1878%
0.1886%
0,0971%
0,0915%
0.2239%
0,0727%
0.1512%
Servicos Pessoais
5,94
1,61
4,24
11.95
0,6309%
0.4021%
0.5674%
0.7136%
1,1281%
1.1150%
Higiene e Beleza
Produtos de higiene pessoal
Papel higienico
Sabonete
.'
Shampoo
Creme para cabelo
Creme para pele
Absorvente higienico
Desodorante
Pasta de dente
Aparelho de Barbear.
Perfume
Fralda descartavel
.
6,83
2,39
0,59
0,78
2,62
0,46
Estrato 1 Estrato 2
0.83
1.88
0.46
0.58
0,34
0.01
0.41
0.04
0.28
0.27
Ingressos
Cinema
Teatro
Serviços
.
Total
1,99
0,80
0,80
0,14
1,43
Ponderação
Fumo e Acessórios
Fumo
13,90
13,71
9,56
9,39
13,22
13.04
18,90
18.68
1,4760%
1,4559%
2,3884%
2.3461%
1.7689%
1.7448%
Acessórios
Isqueiro
Fosforo
0,19
0,05
0,14
0,17
0.02
0,15
0.18
0.03
0.15
0.22
0.09
0,13
0.0201%
0,0050%
0,0151%
0,0423%
0,0056%
0.0367%
0,0240%
0,0044%
0,0197%
0,0131%
0.0051%
0.0080%
Despesas diversas
Despesas com animais
2,61
1,18
0,2961%
0,2268%
0,2475%
0,2315%
0.1918%
0,2938%
0.99
4,92
3,98
0,2776%
2,14
1,73
1.43
Comunicaçao
Ficha telesp
Correspondência
0,48
0,23
0,25
0,19
0,15
0,04
0,30
0,23
0.07
0,94
0,30
0.64
0,0508%
0,0240%
0.0268%
0,0486%
0,0378%
0.0108%
0,0397%
0,0304%
0.0093%
0.0562%
0,0178%
0.0384%
Preços de junho de 1996 - Denator INPC SP
0.2376%
6
Download

ALBERTO AJZENTAL ESTUDO DA VARIAçÃO DAS VENDAS DE