DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE DO DISTRITO DE MOCAMBINHO DO MUNICÍPIO DE PORTEIRINHA/MG Porteirinha – Minas Gerais Março de 2005 INTRODUÇÃO Este dossiê contém um conjunto de informações sobre a Igreja de Nossa Senhora da Saúde de Mocambinho do Município de Porteirinha, localizado no Norte do Estado de Minas Gerais. Em primeiro lugar, este instrumento visa apresentar a importância do referido patrimônio arquitetônico para a preservação da memória local por meio da sua diversidade cultural e das características peculiares que revela. Para elaboração deste dossiê foram realizadas pesquisas através de fontes primárias, bibliográficas e orais. Contém também uma descrição e análise das características arquitetônicas da edificação. Este trabalho faz parte do esforço da Prefeitura Municipal de Porteirinha, através do órgão competente para esse fim, e principalmente do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural com o objetivo de estabelecer uma política de proteção do patrimônio cultural e da memória local da Cidade. Nesse sentido, o dossiê foi elaborado com a finalidade de fazer cumprir deliberação do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Porteirinha, que em reunião decidiu pelo início do processo de tombamento da Igreja de Mocambinho, passando a seguir os passos que culminaram com o seu efetivo tombamento. Sendo assim, o tombamento é uma das medidas propostas para que se garanta a preservação deste registro arquitetônico do Município de Porteirinha – MG. HISTÓRICO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE DO DISTRITO DE MOCAMBINHO - PORTEIRINHA / MG A Igreja de Nossa Senhora da Saúde do Distrito de Mocambinho do Município de Porteirinha1, localizado no norte do Estado de Minas Gerais foi fundada em 1905 por Antônio Mendes Lourenço. Passados os anos a população sentiu a necessidade de aumentar o espaço físico da referida Igreja visando instalar um maior número de pessoas, justamente por ter crescido o número da população da comunidade. Naquela época, e ainda hoje, a Igreja era o centro religioso da Comunidade de Mocambinho e vizinhanças e abrigava um grande número de fiéis nas celebrações, solenidade dos santos e realização dos sacramentos como batizados e casamentos. Percebendo essa realidade, Galdino Mendes Santos, impulsiona o empreendimento de crescer o espaço físico da Igreja. Galdino Mendes Santos era filho de Artur Mendes e de Miguelina Mendes, e casado com Jacinta Mendes Batista. Jacinta Mendes Batista era irmã de Antônio Mendes Lourenço, fundador da Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Esse parentesco despertava a sensibilidade para a manutenção e conservação da Igreja. Galdino Mendes Santos residia no local denominado Passagem que ficava na região próxima a Mocambinho. Ele teve nove (09) filhos, sendo oito (08) homens e uma (01) mulher. Sua aparência física e descendência constituíam da raça negra, porém apresentava o cabelo liso. Por causa da aparência dele e de sua família eram apelidados de “família dos comprados”. A 1 denominação “comprado” explica-se devido o As informações que se encontram nesse histórico foram cedidas por José Maria Conceição, Alziro Xavier Moraes, Oliveira Rodrigues Edilon, Izabel Clemência Mendes, Julita Rosa da Conceição, Manoel Mendes dos Santos, Joana Clemência Mendes e outros. estabelecimento do comércio entre brasileiros na compra e venda de escravos no Brasil e na região. Galdino Mendes era um homem livre, bem como a sua família por causa do período histórico, ou seja, a escravidão não existia mais no Brasil. Galdino Mendes era um homem extremamente bondoso e atencioso com as pessoas da Comunidade aconselhando-as sempre com sabedoria. Por causa disso, a casa de Galdino Mendes era denominada de “Casa dos Conselhos”. Ele possuía uma habilidade enorme para resolver os conflitos da localidade. Na casa de Galdino Mendes havia uma capela dedicada aos santos: Santa Luzia, São Sebastião e Nossa Senhora da Saúde. Todos os seus filhos se casaram na capela da referida casa, cujas celebrações foram realizadas pelo Padre Ricardo, amigo da família. Galdino Mendes criava em sua propriedade o gado doado a São Sebastião. Este gado era todo branco da raça indu-brasil, cujo recurso financeiro arrecadado com sua venda seria destinado para a ampliação da Igreja de Nossa Senhora da Saúde. A ampliação da Igreja foi uma empreitada dada a Onofre Pavão e João, apelidado de “pintor”, cujo pagamento consistiu no recebimento do gado. Porém, de acordo com os moradores locais da época, tanto Onofre como João não investiram na ampliação da Igreja o equivalente ao valor do gado. As novas paredes da Igreja se ergueram e a cobertura do telhado havia terminado, entretanto, Galdino Mendes acabou morrendo de infecção estomacal em 13 de dezembro de 1909 sem ver o final dessa ampliação. Essa infecção estomacal adquirida por Galdino Mendes ocorreu por ter bebido água no brejo de arroz na localidade de “Riachão” onde cultivava sua roça. No dia da sua morte comemorava-se a festa de Santa Luzia na Comunidade de Mocambinho. Os fiéis estavam na festa e retornando encontraram Galdino Mendes morto, que não havia comparecido à mesma por causa da doença. Após a morte de Galdino Mendes faltava ainda o acabamento da Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Os continuadores da obra da Igreja foram os filhos de Galdino Mendes e Antônio Mendes Lourenço. Eles rebocaram e colocaram o ladrilho da Igreja. É perceptível a ampliação da Igreja por meio da sua estrutura. Essa ampliação ficou pronta em 1914. O terreno que ocupa a Igreja e envolve a parte habitada da Vila Riachuelo foi doada por Antônio Mendes Lourenço. Por serem os construtores e ampliadores da Igreja, os corpos de Galdino Mendes e Maria Florença da Conceição foram enterrados na Igreja. Porém, os corpos de Antônio Mendes Lourenço e Jacinta Mendes Batista não puderam ser enterrados na Igreja, porque a lei não permitia mais esse procedimento. O telhado da Igreja, com o decorrer do tempo, começou a gotejar e foi necessária uma nova intervenção trocando, inclusive os caibros. Essa reforma foi realizada por intermédio de Manoel Mendes Conceição, Sebastião Galdino, José Barbosa Conceição. Na execução dessa obra contou com a participação de José Maria (Léo), João Rodrigues (Lão), Sebastião Galdino e Manoel Mendes. A Igreja tinha um sino que era tocado por José Maria. Para tocar esse sino era necessário subir uma escada improvisada. Por causa disso, Pedro casado com Tida e pai de Alonso Reis mandou construir um coro na Igreja agilizando e facilitando o tocar do sino. A tesouraria da Igreja sempre foi exercida por José Barbosa. Os zeladores da Igreja foram Antônio Mendes, Manoel Mendes, Nenzinha, Lilé, Eva, Biri Maria Madalena Conceição. Atualmente seu zelador é José Maria (Léo). As calçadas da Igreja foram feitas na época em que José Barbosa era tesoureiro da Igreja. Por muito tempo, José Barbosa foi o coordenador das reformas da Igreja de Nossa da Saúde. Quando Biri era responsável pela tesouraria da Igreja, as reformas do piso e outros serviços foram realizados por Manoel Rodrigues e Adão Rodrigo. A última reforma no telhado e nas paredes foram realizadas sob a coordenação financeira da Igreja de Alziro Xavier Moraes (Ziu), Clóvis Jandir dos Santos com a colaboração de Alonso Reis e prefeituras de Riacho dos Machados e de Porteirinha. O serviço relativo ao culto religioso era realizado por Julita, Té, Lia e Joaquim. Depois a liturgia da Igreja passou para a responsabilidade de Joaquim e o Grupo JUPAC, coordenado por Ziu e Adagis. Os padres que celebraram na Igreja de Nossa Senhora da Saúde foram Capuchinho, Chico, Evaristo, Manoel, Ricardo, Julião, Rocha e atualmente Ernesto. Depois de Léo, o último zelador da Igreja, as reformas continuaram. Foram rebocadas todas as paredes da Igreja que encontravam com problemas por meio da colaboração do Prefeito Antônio Lourenço. As festas religiosas Principais realizadas na Igreja são: São Sebastião, patrono dos militares e agricultores realizada no dia 20 de janeiro; Nossa Senhora da Saúde, ou seja, a festa do nascimento de Maria, a mãe de Jesus, filha de São Joaquim e Senhora Santana realizada no dia 08 de setembro; Santa Luzia, patrona da visão, realizada no dia 13 de dezembro. Essas festas são celebradas até os dias de hoje, porém não apresentam tanto vigor como antigamente. Reza-se sempre o culto com fiéis da comunidade. A Igreja abrigava grandes festas religiosas. Nessas festas realizavam-se batizados, crismas, casamentos e demais cerimônias. Essas festas religiosas também eram revestidas de espírito pagão, ou seja, ocorriam muitas brigas, sobretudo por causa da venda de bebidas alcoólicas que deixavam embriagados os homens que compareciam às festas. Durante a realização das festas, o padre e sua comitiva ficavam hospedados em uma casa construída para esse fim. A casa era construída de pau-a pique, próximo a Igreja, onde realizava um grande banquete de recepção ao padre e a comunidade. Essa casa ficou em péssimo estado de conservação e no seu lugar foi construída uma outra visando dar melhores condições de abrigo às pessoas, chamada de “Casa Nova”, porém tendo um morador fixo e cuja finalidade não era mais a mesma. Atualmente a Igreja de Nossa Senhora da Saúde está sob a coordenação de Alziro Xavier Moraes (Ziu). Em 2005, a Comunidade de Mocambinho está se preparando para realizar a festa do centenário da fundação da Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Sendo assim, o tombamento do referido bem cultural é fundamental para a preservação da memória e da historia local e regional. DESCRICÃO DA IGREJA DE MOCAMBINHO A edificação da Igreja de nossa Senhora da Saúde de Mocambinho, é local obrigatório de passagem para todos os transeuntes que circulam pelo lugar. É uma construção simples, porém de grande significado para a população do Distrito de Mocambinho do Município de Porteirinha. Essa Igreja vem cumprindo com a finalidade de acolher seus fiéis para as orações, meditações e reuniões comunitárias confirmando e afirmando por meio do grande número de presenças a devoção da população local. O prédio constitui 118 metros quadrados de construção sendo composto por três divisões internas: o altar, uma primeira ala e o local destinado aos fiéis. Foi num esforço conjunto, que os fiéis, sem projeto arquitetônico, foi traçando com grande singeleza, porém com proporções e equilíbrio e deixando à mostra a forma colonial rústica da edificação. As paredes são todas de adobe e rebocadas com areia. A pintura do prédio foi-se delineando no decorrer do tempo de acordo com os seus responsáveis. Atualmente a pintura é amarela, apresentando tonalidade mais forte de azul no barrado e portas. As portas e janelas são de cedro. A cobertura do telhado é feita de duas águas de telhas cerâmicas. As telhas de bica e pilares de madeira de aroeira compõem um conjunto singelo, mas agradável aos olhos. Apresenta características bastante comuns das pequenas comunidades. O solo onde foi construída constitui-se de solo rochoso (toá) ficando numa parte mais alta possibilitando uma visão parcial da Comunidade. Em todos os seus lados existe um passeio/calçada feito em cimento com 1metro e 50 centímetros, cujos lado apresentam alturas diversificadas devido a irregularidade do terreno. As ruas da comunidade são de terra batida. Nos arredores existem casas de alvenaria e adobe que compõem o conjunto da comunidade de Mocambinho, deixando entrever um pequeno largo para rituais celebrados fora da Igreja. Também no seu arredor existe um cruzeiro de madeira, trocado algumas vezes por causa da qualidade da madeira, porém permanecendo no mesmo local, onde os fiéis celebram seus rituais, entre eles, orações para chover; velas para almas benditas; procissões e orações diversas. Internamente, na nave principal, encontra-se o altar que contém detalhes em madeira feita por artistas anônimos. O altar principal com pintura verde possui a imagem sem valor histórico de Nossa Senhora da Saúde, padroeira da Comunidade. Ao lado desse altar, tanto à direita como a esquerda há outros dois no estilo de oratório. Todos esses altares também estão na cor verde escuro. O piso traz o estilo da época, ou seja, é de “tijolos” feitos nas olarias locais. O piso do altar é de madeira (assoalho). O piso do prédio é diferenciado de acordo com os ambientes. Porém, essa diferença foi-se delineando no decorrer do tempo, quando parte dele foi coberto por outro piso natado da cor natural aproximando mais para o verde e se encontra desgastado pelo tempo e uso indevido. Os bancos de assento são confortáveis e conservados. Uma escada de cimento, bastante íngreme e estreita, dá acesso ao local destinado ao coral que contém detalhes em madeira trabalhada nas cores verde. Encontra-se nesse espaço, próximo a torre um sino de bronze. A lateral esquerda enquadra-se por cunhais de madeira recebendo dois vãos, ou seja, apresenta duas entradas para o interior constituído de duas portas de madeira. Uma das portas caracteriza-se com uma abertura integral e a outra dividida pelo meio, constituindo duas metades. A lateral direita enquadra-se por cunhais de madeira recebendo um vão, ou seja, uma entrada (porta) para o interior da edificação. A entrada consiste em uma abertura dividida pelo meio, constituindo duas metades. A fachada principal enquadra-se por cunhais de madeira recebendo dois vãos que constituem em uma porta principal dividida ao meio. O outro vão é abertura para o sino. A fachada do fundo da edificação não consta nenhum vão. O prédio sofreu algumas intervenções, porém conservando seu formato original até os dias de hoje. Essas intervenções foram executadas visando aumentar o tamanho original para poder abrigar no seu interior os fiéis. Em um primeiro momento, a referida Igreja constituía de uma sacristia e um pequeno espaço destinado aos fiéis. Como a população de Mocambinho cresceu fez-se necessário à construção de um espaço maior. Daí, a construção dentro e integrado ao mesmo espaço de uma área maior. Atualmente, encontra-se necessitando de algumas intervenções por causa do desgaste pelo tempo e chuvas, apesar da Igreja ser cuidada pela Comunidade. Há uma zeladora e uma equipe responsável pela limpeza semanal da Igreja. A Igreja de Nossa Senhora da Saúde de Mocambinho tem grande importância histórica para o Distrito de Mocambinho e o Município de Porteirinha e sua representatividade é Inquestionável. A edificação em si também tem sua importância por manter traços rústicos coloniais e ainda por sua localização que harmoniza o conjunto da comunidade. Por tudo isso, justifica-se o tombamento da referida Igreja e conseqüentemente garantir a sua preservação e conservação. JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO O perímetro de tombamento foi definido a partir dos eixos das vias públicas que circundam a edificação, uma vez que a extensão do perímetro para além desses limites poderia vir a causar resistências por parte da administração municipal bem como da população em geral. DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO A área de entorno do bem tombado constitui-se a partir dos eixos de vias públicas, a saber: P1 = Eixo da Avenida Dário Castor com rodovia MGT-120 P2 = Eixo da Rodovia MGT-120 com Rua Projetada P3 = Eixo da Rua projetada com Praça da Matriz P4 = Eixo da Praça da Matriz P5 = P1. Praça da Matriz com Rodovia MGT-120. JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO O perímetro de entorno definido buscou incluir dentro de seus limites todo o espaço onde se originou o Distrito, sendo que a Igreja de Nossa Senhora da Saúde localiza-se no centro deste. Dessa forma busca-se estabelecer uma proteção mínima a edificação que aqui é tombada e, ao mesmo tempo, àquelas outras edificações que se encontram nesse espaço e que testemunham o surgimento e desenvolvimento do Distrito. DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO A Igreja de Nossa Senhora da Saúde do Distrito de Mocambinho encontrase em bom estado de conservação. É uma Igreja cuidada pela Comunidade local, cuja manutenção é realizada todo final de semana possibilitando a conservação do bem cultural. Sendo assim, a Igreja necessitará de pequenas intervenções visando reformar o piso, parte das paredes trincadas e pintura das paredes e portas dando um novo visual, porém conservando a sua originalidade. Essas intervenções serão realizadas paulatinamente e com a colaboração da Comunidade Local. DEPOIMENTOS DE MORADORES Foram selecionados alguns depoimentos de moradores relativos a importância do tombamento da Igreja de Nossa Senhora da Saúde do Distrito de mocambinho: Essa Igreja é o início do nosso Povoado. Foi tendo-a no centro da Comunidade que despertamos e alimentamos nossa fé. Ela é um testemunho da nossa história.2 A Igreja de Nossa Senhora da Saúde é o local da nossa padroeira. Nela celebramos a nossa fé e o nosso Deus. Ela tornar-se um patrimônio histórico de Mocambinho é um presente para nós.3 A Igreja conta a história do nosso Povoado. Olhando essa Igreja enxergamos os nossos antepassados, meus avós, meus pais... e ficará para nossos filhos.4 Enfim, os moradores do Distrito de Mocambinho se identificam com a Igreja e sua história. 2 CONCEIÇÃO, José Maria. Entrevista concedida a Filomena Luciene Cordeiro e Maria Ladeia Pereira no dia 06 março 2005. 3 SANTOS, Manoel Mendes dos. Entrevista concedida a Filomena Luciene Cordeiro e Maria Ladeia Pereira no dia 06 março 2005. 4 OLIVEIRA, Odilon Rodrigues. Entrevista concedida a Filomena Luciene Cordeiro e Maria Ladeia Pereira no dia 06 março 2005. FICHA TÉCNICA ELABORAÇÃO DO DOSSIÊ Filomena Luciene Cordeiro Consultor para Projetos Culturais, historiadora e documentalista. Maria Ladeia Pereira Historiadora Fábio Maurício Santos Engenheiro civil FOTOGRAFIAS Filomena Luciene Cordeiro Maria Ladeia Pereira Fotógrafo. PARECER PARA TOMBAMENTO PARECER TÉCNICO PROFISSIONAL Edificação religiosa, pequena e simples, mas que possui relevância arquitetônica e artística. Sua construção obedeceu aos métodos de construção da época. Tudo indica que foi uma das primeiras construções, além das casas dos moradores do referido Distrito, constituindo o espaço sagrado da população. Contudo, a Igreja de Nossa Senhora da Saúde de Mocambinho traz a memória do povoado às suas origens, uma vez que foi nas suas proximidades o local privilegiado para formação das primeiras moradias. Daí, a importância do tombamento da edificação da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, o seu valor, enquanto testemunha histórica do surgimento e desenvolvimento do Povoado, garantindo a preservação da memória religiosa, social e política do povo que aqui nasceu ou reside. Fábio Maurício Santos Engenheiro civil Filomena Luciene Cordeiro Historiadora e Documentalista PARECER DE INTEGRANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE PATRIMÔNIO CULTURAL DE PORTEIRINHA/MG A Igreja de Nossa Senhora da Saúde foi o marco inicial que deu origem ao atual Distrito de Mocambinho. Por muito tempo, a referida Igreja foi o centro das atenções de Mocambinho. Além de ser um cartão postal de Mocambinho e Porteirinha, o prédio da Igreja de Nossa Senhora da Saúde representa a memória das famílias deste Distrito e por isso deve ser preservado através de Tombamento para servir de legado às futuras gerações que essa terra habitarão. Flávio Alexandre Mendes Santos Membro efetivo do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Porteirinha REFERÊNCIAS DE PESQUISA Entrevistas concedidas a Filomena Luciene Cordeiro e Maria Ladeia Pereira em 06 de março de 2005 no Distrito de Mocambinho – Município de Porteirinha/MG: CONCEIÇÃO, José Maria; MORAES, Alziro Xavier; ODILON, OliveiraRodrigues; MENDES, Izabel Clemência; CONCEIÇÃO, Julita Rosa da; SANTOS, Manoel Mendes dos; MENDES, Joana Clemência e outros. ODILON, OLiveira R. et all. História da Igreja de Nossa da Saúde em Mocambinho. Distrito de Mocambinho, 06 março 2005. (texto manuscrito)