3º Encontro Brasileiro de Silvicultura DESEMPENHO SILVICULTURAL DE CINCO VARIEDADES CLONAIS EM TRÊS REGIÕES DO ESTADO DE MATO GROSSO Ariel Souza Rossi¹; Ronaldo Drescher2; Sidney Fernando Caldeira3; Anne Francis Agostini Santos 4; Fernando Henrique Gava5 ¹ ¹ Mestrando, Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (UFMT/ FENF), Universidade de Mato Grosso – Campus de Cuiabá, Analista de Meio Ambiente (SEMA-MT) ([email protected]); 2 Doutor, Professor do Programa de Pós Graduação Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (UFMT/FENF), Universidade de Mato Grosso – Campus de Cuiabá. ([email protected]); ³ Doutor, Professor do Programa de Pós Graduação Programa de Pós Graduação em Ciências ([email protected]); 4 Mestranda, Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (UFMT/FENF), Universidade de Mato Grosso – Campus de Cuiabá ([email protected]); 5 Mestrando, Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (UFMT/FENF), Universidade de Mato Grosso – Campus de Cuiabá ([email protected]). 1 Introdução e Objetivos O Brasil possui aproximadamente 5.102.030 ha de área plantada com Eucalyptus e em Mato Grosso a área de plantio em é de 59.980 ha [1], cujo objetivo principal é a produção de energia, principalmente para secadores agrícolas [2]. Quando comparado com outras regiões do Sul e Sudeste, a produtividade do estado é inferior, pois os materiais genéticos utilizados são melhorados e adaptados para condições ambientais que diferem das encontradas no estado de Mato Grosso. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho silvicultural de cinco clones do gênero Eucalyptus em três regiões do Estado de Mato Grosso (MT). Materiais e Métodos O estudo foi conduzido em um plantio experimental com clones de Eucalyptus em três regiões de Mato Grosso, para fins energético. As unidades experimentais foram instaladas em 2010, nos municípios de: Sinop, próximo às coordenadas 11°51’51’’S 55°28’23’’W; Santo Antônio do Leverger, próximo às coordenadas S 16º 09’ 25,2”S 176 55º 42’ 22,2”W; e Chapada dos Guimarães, próximo às coordenadas: 15°21’ 56”S 55°38’46”. O espaçamento utilizado foi 3,60 m entre linhas e 2,50 m entre plantas. O delineamento experimental utilizado foi DIC, com quatro repetições de 49 plantas, e foram mensuradas as 25 árvores centrais. A mensuração ocorreu ao terceiro ano. Foram mensuradas as variáveis Sobrevivência (%), DAP (cm) e Altura (m) e analisadas pelo programa estatístico ASSISTAT 7.6. A normalidade dos dados foi verificada através de Kolgomorov-Smirnov. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Tabela 01: Relação dos clones utilizados nas unidades experimentais. Trat. Código (Clone) 1 S 0206 (Urophylla) 2 S 0208 (Pelitta) 3 S 0401 (Camaldulensis) 4 S 0411 (Urocam) 5 S 0412 (Cagrandis) Resumos Expandidos Resultados e Discussões Para a região de Sinop, os tratamentos apresentaram diferenças significativas para as variáveis Altura e Sobrevivência (%). Na Tabela 2, o clone S0208 apresentou maior taxa de sobrevivência com 86%. Já para a variável DAP os clones que se destacaram foram os clones S0206 e S0412, com média de 14,75 e 13,04cm respectivamente. Contraditoriamente o clone S0412 foi o que apresentou menor taxa média de Sobrevivência (49%). Os tratamentos de Chapada dos Guimarães apresentaram elevados índices de Sobrevivência (%) (Tabela 3). Apenas o clone S0401 não apresentou 100% de Sobrevivência, contudo o valor obtido não diferenciou estatisticamente pelo teste utilizado. Para a variável DAP os clones S0411 (12,05cm) e S0412 (12,16cm) foram os que se destacaram. Na variável Altura o clone S0411 foi superior aos demais. Na região de Santo Antônio do Leverger, a diferença de Sobrevivência (%) não foi significativa, entretanto o clone S0208 apresentou a menor taxa (71,93%) (Tabela 4). Para a variável DAP os clones S0206 e S0412 se destacaram em contraposição com o clone S0208 que apresentou a menor média de DAP. Para a variável Altura os clones S0411 e S0412 mostraram-se superiores. Tabela 02: Sobrevivência, DAP e Altura, dos clones de Eucalyptus aos 3 anos de idade, em Sinop – MT Trat. S (%) DAP Alt. 1 69,0 ab 14,75 a 14,04 a 2 86,0 ab 12,13 bc 13,34 a 3 95,0 a 11,10 c 13,59 a 4 62,0 ab 11,54 bc 14,87 a 5 49,0 b 13,04 a 12,52 a F 4,03* 12,92** 2,22ns Média 72,20 12,51 13,67 CV (%) 25,44 6,44 8,49 Obs: S(%): Sobrevivência em porcentagem; DAP: diâmetro médio a altura do peito (cm); Alt: Altura média. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1%. **, significativa pelo teste F(0,05). CV(%): Coeficiente de variação. Tabela 03: Sobrevivência, DAP e Altura, dos clones de Eucalyptus aos 3 anos de idade, em Sinop – MT Trat. S (%) DAP Alt. 1 100,00 a 1,29 ab 13,01 c 2 100,00 a 10,57 b 13,15 c 3 91,00 a 10,70 b 14,81 b 4 100,00 a 12,05 a 16,69 a 5 100,00 a 12,16 a 14,86 b F 5,65** 9,20** 60,81** Média 98,20 11,35 14,50 CV (%) 3,45 4,30 2,66 Obs: S(%): Sobrevivência em porcentagem; DAP: diâmetro médio a altura do peito (cm); Alt: Altura média. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1%. **, significativa pelo teste F(0,05). CV(%): Coeficiente de variação. Tabela 04: Sobrevivência, DAP e Altura, dos clones de Eucalyptus aos 3 anos de idade, em Sinop – MT Trat. S (%) DAP Alt. 1 81,63 a 14,66 a 13,88 ab 2 71,93 a 10,73 c 11,97 b 177 3º Encontro Brasileiro de Silvicultura 3 88,77 a 11,53 bc 11,76 b 4 81,12 a 13,09 ab 14,87 a 5 83,67 a 13,95 a 14,41 a F 1,84ns 13,08** 6,94** Média 81,42 12,79 13,38 CV (%) 11,03 7,08 8,10 Obs: S(%): Sobrevivência em porcentagem; DAP: diâmetro médio a altura do peito (cm); Alt: Altura média. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1%. **, significativa pelo teste F(0,05). CV(%): Coeficiente de variação. Os clones S0412 e S0411 apresentaram desempenho superior nas três variáveis estudadas em Chapada dos Guimarães e Santo Antônio do Leverger, na região de Sinop apenas na Sobrevivência este clone não se destacou. O clone S0208 foi que apresentou menor desempenho nas três regiões de estudo e Chapada dos Guimarães foi a região com desenvolvimento elevado para todos os clones estudados. Conclusão Dentre os cinco clones, os mais promissores são o S0411 e S0412. Referências Bibliográficas [1] Associação Brasileira de produtores de florestas plantadas (ABRAF). 2013. Anuário Estatísco da ABRAF 2013 ano base 2012. Brasilia:ABRAF, 2013, 148p. [2] CAMPOS, J. [2] SHIMIZU, J. Y.et al. Diagnóstico das Plantações Florestais em Mato Grosso Diagnóstico das Plantações Florestais em Mato Grosso, Central do Texto: Cuiabá, 2007, 63p. 178