UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A GESTÃO DOS GASES AMBIENTALMENTE CONTROLADOS NA MARINHA DO BRASIL Por: Leonardo Tannure Orientador Prof. Dr. Francisco Carrera Rio de Janeiro 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 2 PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A GESTÃO DOS GASES AMBIENTALMENTE CONTROLADOS NA MARINHA DO BRASIL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Gestão Ambiental. Por: Leonardo Tannure Rio de Janeiro 2010 3 AGRADECIMENTOS Aos amigos contribuíram e familiares para o que meu crescimento pessoal e profissional. DEDICATÓRIA 4 Para minha esposa Christiane, meus filhos Leonardo e Alexandre e minha mãe Laile, cúmplices incondicionais nessa minha humilde escalada. Para Wiliam, meu querido pai, que apesar de não estar mais entre nós, sempre me incentivou na busca do conhecimento e da qualificação. RESUMO 5 O objetivo geral deste trabalho é verificar e avaliar o que tem sido feito pela Marinha do Brasil a fim de atender a legislação vigente relativa à gestão dos gases ambientalmente controlados, através da monitoração e controle necessários para a substituição dos mesmos de forma controlada. O presente estudo tem a finalidade de acompanhar e avaliar de que forma a Marinha do Brasil tem realizado o controle ambiental e a substituição gradual dos gases refrigerantes e extintores nos navios e instalações industriais, visando o atendimento da legislação ambiental vigente. Pretende-se defender a legislação ambiental vigente para o uso de gases destruidores da camada de ozônio e formadores do efeito estufa. Verificar se o atendimento às normas para a proteção da camada de ozônio, no âmbito da Marinha do Brasil, está sendo realizado, a fim de prevenir a ocorrência de impactos ambientais negativos. 6 METODOLOGIA O método é fundamentado no levantamento dos parâmetros estabelecidos na legislação vigente, Protocolo de Montreal e critérios estabelecidos pela Comissão Nacional do Meio-Ambiente - CONAMA, a respeito do controle ambiental e a substituição gradual dos gases refrigerantes e extintores, que possibilitem subsídios técnicos à Marinha do Brasil para o planejamento, conversão ou substituição de suas plantas de refrigeração. Neste estudo foi necessária a visita aos órgãos controladores da Marinha do Brasil, assim como às suas instalações industriais e navios. Constatar se o atendimento às normas estabelecidas está sendo realizado, relativas à conversão das plantas e instalações da Marinha do Brasil, com o objetivo de alcançar a tecnologia livre de substâncias que destroem a camada de ozônio. Foram utilizados como bibliografia um estudo elaborado pela Marinha do Brasil à respeito do assunto e livros complementares. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................. 8 2 O ESGOTAMENTO DA CAPACIDADE DA BIOESFERA EM ABSORVER RESÍDUOS E POLUENTES ................................... 13 3 PROTEÇÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................ 15 3.1 Degradação da Camada de Ozônio ............................................. 19 3.2 Substâncias nocivas à Camada de Ozônio .................................. 22 4 GASES AMBIENTALMENTE CONTROLADOS ......................... 25 4.1 Fluidos Refrigerantes ................................................................... 25 4.2 Gases Extintores de Incêndio ...................................................... 26 4.3 Fluidos Substitutos ou Alternativos .............................................. 28 5 5.1 CONVERSÃO DAS PLANTAS E INSTALAÇÕES DA MARINHA DO BRASIL .................................................................................. Necessidade Geradora ................................................................ 30 30 5.2 Análise dos Dados ....................................................................... 34 6 6.1 AVALIAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA MARINHA DO BRASIL ........................................................................................ Gases Refrigerantes .................................................................... 36 36 6.2 Gases Extintores .......................................................................... 39 6.3 Retrofit: objetivo, procedimentos e questões mais freqüentes ..... 41 7 CONCLUSÃO .............................................................................. 49 7.1 Possíveis soluções para os Gases Refrigerantes ........................ 51 7.2 Possíveis soluções para os Gases Extintores ............................. 52 REFERÊNCIAS ............................................................................ 54 ANEXOS ...................................................................................... 56 FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................. 65 1. INTRODUÇÃO 8 A questão ambiental é uma das maiores preocupações da humanidade nos dias de hoje, em vista da elevada degradação observada nas últimas décadas, assunto diariamente comentado pela mídia. A busca do homem por mais conforto, aliado a uma qualidade de vida, resultou em aumento substancial da produção de bens e serviços, cuja conseqüência, na maioria dos casos, foi significativa à agressão à natureza pelos resíduos resultantes dos processos produtivos e do próprio consumo. Regularmente, isso levou à redução da qualidade de vida, pelos efeitos da poluição e da degradação ambiental. A partir dos anos cinqüenta, foi observada uma gradual modificação no relacionamento das pessoas com a natureza. Os grandes acidentes ambientais, hoje assistidos ao vivo e a cores por grande parte da humanidade, o esgotamento dos recursos naturais importantes (a água doce), o efeito ‘estufa’ e suas conseqüências no clima da Terra, a destruição progressiva da camada de ozônio, os desmatamentos, a contaminação das águas, o uso indiscriminado de agro-tóxicos e defensivos agrícolas, a erosão e a desertificação crescentes, a falta de saneamento nas cidades, são fatores que têm motivado nova forma de pensar e agir. O mundo hoje vive a época da globalização, sobretudo comercial e financeira. Com as facilidades de comunicações e transportes e o interesse de aumento de trocas comerciais, observa-se uma crescente pressão internacional sobre as economias nacionais, no sentido de eliminação e redução de tarifas. As questões ambientais também estão globalizadas, sobretudo quando os impactos apresentam caráter global – efeito estufa, redução da camada de ozônio, poluição do ar, acidentes nucleares. Há o risco de uso da variável ambiental para fins de proteção da indústria local de países do primeiro mundo, onde leis ambientais mais rigorosas presumivelmente impõem um custo mais alto ao produto, tornando-o não competitivo com países de legislação menos restritivas. Além disso, os selos verdes, ou melhor, a falta deles, podem representar um fator de competitividade ou de exclusão de nosso produtos em 9 mercados exigentes do primeiro mundo. Outro aspecto refere-se à tentativa de alguns países ricos, que não conseguem diminuir o consumo interno, sobretudo de combustíveis fósseis, de investir em programas ambientais no terceiro mundo, por exemplo, os Estados Unidos financiando as florestas tropicais da Costa Rica, por meio do programa denominado joint implementation action ou ação implementada conjuntamente, havendo tentativas de aprovar em conferências internacionais, alguns mecanismos econômicos como forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, por exemplo, ou um sistema global de cotas de emissão de gases. Utilizando uma imagem criada por Alvin Tofler (apud MOURA, p. 2021, 2008), a humanidade evoluiu, até hoje, passando por três grandes ondas ondas de mudanças, definindo as condições de vida e de utilização da maior parte da população da Terra. A primeira onda ocorreu com o advento da agricultura, por volta de 8.000 a.C. Seu símbolo é a enxada. O homem dessa época foi um ecologista praticante, muito ligado à natureza. O desenvolvimento da agricultura foi o grande fator de formação dos primeiros grupamentos humanos e de desenvolvimento das primeiras civilizações no Oriente Médio, entre os Rios Tigre e Eufrates, modificando as condições de vida das comunidades nômades que antes viviam da caça e da coleta. Paradoxalmente, obtendo-se excedentes alimentares, graças à irrigação, e riquezas graças ao comércio desses excedentes, gerou-se o primeiro grande desastre ambiental da história, com a desertificação, pois os sais contidos na água permaneciam no solo após a irrigação, em um processo continuado durante alguns séculos, salinizando o solo. A segunda onda ocorreu com a Revolução Industrial, quando se aumentou de forma muito grande a produção de bens, o que ocorria antes de forma artesanal. O símbolo dessa onda é a linha de montagem, tendo ela ocorrido quase 10.000 (dez mil anos) depois da primeira. Entre suas características, observamos uma predominância do trabalho coletivo sobre o individual, o consumo elevado de recursos naturais sem nenhuma preocupação com o futuro, e a geração de resíduos de toda espécie, praticamente sem nenhum controle. O homem característico dessa época é o 10 não ecologista, pois como artesão ou operário, não tinha e não necessitava, de conhecimento ecológico como o caçador ou o agricultor. A terceira onda, na qual estamos entrando, refere-se à era do conhecimento e da informática. Seu símbolo pode ser o microcomputador, tendo ela ocorrido relativamente próxima da segunda onda, em termos históricos, cerca de 170 (cento e setenta) anos. As características da terceira onda referem-se a um retorno ao trabalho como maior individualidade e um expressivo aumento de conhecimentos graças à maior facilidade de obtenção de informações. No meio industrial, cresceu a automatização dos processos, na agricultura ocorrendo uma maior mecanização, fazendo com que a maior parte da população ativa dedique-se a serviços. A maior disseminação de informações – aldeia global, e o maior conhecimento dos riscos à saúde e sobrevivência da humanidade farão com que as pessoas e sociedades pressionem empresas e governos em busca de uma maior qualidade ambiental. O homem dessa época tende a aproximar-se, mais uma vez, do homem ecológico, por uma questão de exigência de qualidade de vida, mais pela informação do que pela prática com a terra ou contacto direto com a natureza. O aquecimento global, também denominado efeito estufa é considerado hoje um dos principais problemas ambientais globais, afetam toda a humanidade e não apenas uma única região. A principal causa desse aquecimento é a poluição da atmosfera por gases gerado pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, sendo o principal desses gases o dióxido de carbono – CO2. O efeito é análogo a de um automóvel estacionado no sol. Os raios solares incidem sobre os bancos e o painel, e o calor gerado não é irradiado para fora por ser bloqueado pelos vidros, aumentando a temperatura interna. Um fenômeno análogo ocorre com a Terra. Os raios solares incidem sobre o solo e oceanos, sendo uma parte razoável de energia, cerca de 30%, refletida na faixa do infravermelho de volta para o espaço pelo solo, mares, nuvens. Porém, uma quantidade razoável dessa energia é retida nos gases existentes na atmosfera, sobretudo pelo CO2, responsável por 85% e vapor d’água e 11 outros gases. O CFC tem uma capacidade de reter calor cerca de 10.000 (dez mil) vezes maior que o CO2. Constata-se o aumento de gás carbônico na atmosfera por várias formas, como, por exemplo, a análise de cilindros de gelo obtidos em geleiras permanentes da Antártida e por meio de observações diretas no Laboratório Mauna Loa, no Havaí. Esse é o principal dos gases causadores do aquecimento da Terra, em vista de seu volume, por reter na atmosfera grande parte da radiação solar refletida, na faixa do comprimento de ondas do infravermelho, ou seja, calor. Na época da Revolução Industrial os cientistas avaliaram que a concentração de CO2 na atmosfera era de aproximadamente 275 ppmv (partes por milhão volumétrico), e que hoje cerca de cento e setenta anos depois, é de cerca de 370 ppmv, tendo havido um aumento de cerca de 35%. A temperatura da Terra, nesse período, aumentou em cerca de 0,8ºC e os cientistas, avaliam que, no final do século XXI ela poderia chegar a valores entre 1,5 e 3,5ºC. Os efeitos desse aumento podem ser catastróficos, segundo cientistas especializados no assunto, tais como: o aumento do nível dos oceanos, como conseqüência do degelo de grandes massas de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, fenômeno que começa a ser observado por alguns navios que conseguem navegar até o Pólo Norte em épocas em que isso era impossível; redução ou mesmo interrupção da Corrente do Golfo – Golfstream, como conseqüência da mudança de salinidade das águas do mar. Essa corrente submarina é uma esteira rolante submarina que transporta calor da região do Equador para a costa da Europa, e retorna pela costa Americana. Na verdade, ela é responsável pelas temperaturas amenas da Europa, que seria muito mais fria se a corrente não prestasse esse serviço; seria menor o gradiente térmico entre o Equador e os pólos da Terra. E, como essa diferença de temperatura é a maior responsável pela formação de ventos, estes ficariam reduzidos. E os ventos são os grandes transportadores de umidade, principalmente da água evaporada dos oceanos, transportando-a para o interior dos continentes; havendo aumento da temperatura global, ocorreria o maior degelo nos picos de grandes montanhas e menor quantidade de formação de gelo nos invernos. Esse fenômeno já é observável em muitas 12 montanhas, mas ele seria trágico se vier a ocorrer em maior intensidade no Himalaia. Lá, são formados os grandes rios da Ásia, os Rios Ganges, Indus, Brahmaputra e outros, principalmente com o degelo nas primaveras e verões. Considerando que esses rios abastecem regiões super povoadas da Terra, pode ocorrer uma grande escassez de água, com sérios problemas econômicos e sociais; aumento da freqüência e intensidade dos tufões, tornados, furacões, enchentes e secas, como já se verificou recentemente, como resultado de mudanças climáticas. Estima-se que a temperatura da Terra aumentou em 0,8ºC nos últimos 150 anos, sendo o ano de 2005 o mais quente dos últimos trinta anos. Essas, e outras prováveis conseqüências estão sendo constantemente citadas em muitas publicações, ficando muito difícil avaliar o quanto são realistas. Mas, com base no princípio da precaução, a humanidade deve tomar medidas para, ao mesmo tempo em que avalia de forma mais precisa os fenômenos, procurar reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa. As empresas governamentais ou não, como produtoras de bens e serviços, estão em evidência na questão ambiental. As pressões exercidas pelas comunidades mais esclarecidas e preocupadas com o meio-ambiente, juntamente com organizações não governamentais e governo, tem forçado a postura, de forma ativa, na melhoria de seus processos produtivos, gerando menos resíduos e poluentes e assim, consumindo menor quantidade de matérias-primas e energia. Manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado é qualidade essencial à própria sobrevivência da empresa e da manutenção da qualidade de vida do homem. 2. O ESGOTAMENTO DA CAPACIDADE DA BIOESFERA EM ABSORVER RESÍDUOS E POLUENTES Podem-se enumerar diversos elementos que contribuem para o esgotamento da biosfera. Os recursos que a Terra oferece não são infinitos e 13 sua escassez progressiva é notada em diversas matérias-primas, sendo a maior preocupação dos especialistas atualmente é relativa a pouca quantidade de água potável disponível para consumo do homem. Em várias regiões do planeta isto já é uma realidade, dada a escassez. Neste contexto, situa-se outro problema global como o ‘efeito estufa’. O homem retira átomos de carbono aprisionados no subsolo há milênios, na forma de carvão e petróleo, e joga-os na atmosfera. Constata-se que a atmosfera é capaz de assimilar e processar por fotossíntese cerca de 40% do Co2 emitido. O excesso vem sendo acumulado, retendo parte considerável do calor solar refletido pela Terra, o que vem causando um aumento progressivo das temperaturas médias anuais, com graves conseqüências para o futuro. Com a globalização, observa-se uma crescente pressão internacional sobre as economias nacionais às questões ambientais, sobretudo quando os impactos apresentam caráter global, tais como ‘efeito estufa’, redução da camada de ozônio, poluição do ar e acidentes nucleares. Em concordância com a política ambiental, visando a melhoria da evolução da qualidade do meio ambiente ano a ano, como resultado do esforço continuado por diversas instâncias da sociedade, numa postura de não se aceitar que uma organização melhore e se acomode. Este é o aspecto que deve constantemente ser abordado e avaliado pelas empresas. A política ambiental não pode nunca apresentar conflitos com a legislação e regulamentos de órgãos ambientais do país em que a empresa estiver instalada. Ao se comprometer com o cumprimento dos requisitos legais, é como se ficassem incorporados à norma, todos os limites de emissões estabelecidos pelas autoridades competentes para aquele país, estado ou município. Dessa forma, os organismos certificadores irão sempre verificar se a empresa possui Licença de Operação, emitida pelo órgão ambiental competente. As empresas devem sempre se adequar à política ambiental estabelecida, e esta deverá ser revista com certa periodicidade, adequando-se em função dos resultados obtidos pela empresa. A empresa somente poderá sobreviver se ela não agredir a sociedade e o meio ambiente que a acolhe, representada pela comunidade de entorno, 14 pelos órgãos ambientais, pela mídia, com a não poluição do ar, com o comprometimento de recursos hídricos e descarte de resíduos sólidos ou gasosos de forma não permitida. A qualidade de vida do homem é influenciada pela qualidade ambiental. 3. PROTEÇÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL O direito ambiental internacional tem se dedicado ao combate às fontes portadoras de material poluente – gases, partículas e energia. Da mesma forma, normas de proteção à camada de ozônio foram editadas para regulamentar as fontes de substâncias que a destroem. A legislação ambiental abrange as seguintes referências: Protocolo de Montreal 1987/1997; Congresso de Viena de 1995; Resolução nº 267 do 15 Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, de 14.09.2000; EC-Reg. – 2037/2000 (União Européia). No Protocolo de Montreal e na Resolução nº 267 do CONAMA foram estabelecidos os seguintes objetivos: que a partir de 01.01.2001 fica proibida a utilização dos CFC’S em novos equipamentos; que seriam feitas reduções gradativas de importação de CFC12 em 100% até 2007; que a utilização do CFC11 seria permitida apenas para consumo de empresas cadastradas junto ao IBAMA e seriam feitas reduções gradativas de importação até 2030 de HCFC. Na Resolução nº 267 do CONAMA ficou estabelecido que: Art. 3º - Ficam restritas, a partir de 1º de janeiro de 2001, as importações de CFC-11, CFC-12, Halon 1211 e Halon 1301 como se segue: IV – para o atendimento das aplicações apontadas como de uso essencial, definidas no art. 4º desta Resolução. Art. 4º - Consideram-se “usos essenciais”, para efeito desta Resolução, os usos e/ou aplicações permitidas para utilização das substâncias constantes dos anexos A e B do Protocolo de Montreal, quais sejam: I – para fins medicinais e formulações farmacêuticas para medicamentos na forma de aerosol; II – como agente de processos químicos e analíticos e como reagente em pesquisas científicas; III – em extinção de incêndio na navegação aérea e marítima, aplicações militares não especificadas, acervos culturais e artísticos, centrais de geração e transformação de energia elétrica e nuclear, e em plataformas marítimas de extração de petróleo. O Protocolo de Montreal sobre substâncias que destroem a Camada de Ozônio é um acordo internacional, criado no âmbito da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio de 1985, onde os países se comprometeram em trocar informações, estudar e proteger a camada de ozônio, ao qual o Brasil aderiu em 1990, por meio do Decreto nº 99.280 de 06/06/90, comprometendo-se a eliminar o CFC (cloro-flúor-carbono) completamente até 2010. O Protocolo de Montreal é composto por cinco acordos firmados em Montreal no Canadá, em 16 de setembro de 1987. Durante dois anos o protocolo esteve aberto às assinaturas pelos países, recebendo a adesão de 46 governos que se comprometeram em reduzir em 50% a produção e 16 consumo de CFCs até o ano 2000 e o abandono total da produção e do consumo de Halons até 1992. Foram desenvolvidas substâncias alternativas não destruidoras da Camada de Ozônio, ou pelo menos com um potencial de destruição muito menor do que as antigas. Começou-se a fazer uso de água, dióxido de carbono, hidrocarbonos, além de HCFCs. Até 1999 o Protocolo de Montreal havia passado por cinco revisões onde recebeu algumas emendas: em 1990 na reunião em Londres, Inglaterra, foi aceita a emenda (Emenda de Londres) pela qual as partes concordaram em abandonar totalmente a produção e consumo de CFCs até 2000 (até então o acordo era de reduzir em 50%). Nesta reunião também foi criado um fundo para ajudar financeiramente a implementação do Protocolo pelas partes (Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal); em 1992 na reunião em Copenhagen, Dinamarca, ficou acordado o banimento total da produção e utilização dos HCFCs até 2030, que estavam sendo utilizados como substitutos dos CFCs, a meta do banimento dos CFCs foi antecipada para 1996 e, também, houve o congelamento da produção e consumo dos brometos de metila até 1995; em 1997 em Montreal, ficou acordado através de uma nova emenda o banimento do brometo de metila pelos países industrializados até 2005 e o mesmo para os países em desenvolvimento até 2015. Como ainda era utilizados os CFC, instituiu-se uma licença para fins de exportação e importação da substância; em 1999 em Beijing, na China, foi feito o reabastecimento do Fundo Multilateral. 17 Foi fruto das reuniões sobre o Protocolo, também, a criação do Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio em 16 de setembro, aprovado por resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas em 1995. No Brasil, a primeira ação para combater as Substâncias Destruidoras da Camada de ozônio - SDOs, antes mesmo da ratificação do Protocolo, foi a publicação da Portaria nº 01 de 10.08.88 pela então Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, mais tarde substituída pela Anvisa. Esta portaria regulamentou as embalagens de aerossóis livres de CFC. No mesmo ano o Ministério da Saúde proibiu o uso de CFCs em produtos cosméticos, de higiene e perfumes. Em 1991, após a ratificação do Protocolo foi criado o GTO, Grupo de Trabalho do Ozônio, que estabeleceu diretrizes para eliminação dos CFC e criou o Programa Brasileiro para eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, PBCO, em 1994. Em 1995 foi aprovada a Resolução CONAMA nº 13 que deu prioridade para a conversão tecnológica industrial na eliminação dos CFCs. Mais tarde a resolução foi revogada e uma outra resolução, a nº 267/00 proibiu definitivamente o uso de CFCs em novos produtos. Ainda em 1995, foi criado o PROZON – Comitê-Executivo Interministerial para a Proteção da Camada de Ozônio. Para banir de vez o uso de CFCs no Brasil, foi criado o Plano Nacional para Eliminação de CFCs em 2002. Desde então, o uso de CFCs no Brasil caiu de 10 mil toneladas em 199 Em relação à Camada de Ozônio, as datas para Eliminação de SDOs para os Países em desenvolvimento, aprovadas no 7° Encontro das Partes Viena, 1995, são as seguintes: 01.07.1999 01.01.2002 01.01.2003 Congelamento do consumo dos CFCs do Anexo A1 no valor médio dos anos 1995-1997. Congelamento do consumo dos Halons do Anexo A2 no valor médio dos anos 1995-1997. Congelamento do consumo de brometo de metila no valor médio dos anos 1995-1998. Redução do consumo em 20% dos CFCs do Anexo B1 a partir do consumo médio dos anos 1998-2000. Redução de 50% dos CFS do Anexo A, a partir do valor 18 01.01.2006 01.01.2007 01.01.2010 01.01.2016 01.01.2018 01.01.2040 médio dos anos 1995-1997. Redução de 50% dos Halons a partir do valor médio dos anos de 1995-1997. Redução de 85% dos Tetracloreto de carbono a partir do valor médio dos anos 1998-2000. Redução de 30% do Metil Clorofórmio a partir do valor médio dos anos 1998-2000. Redução de 85% dos CFCs dos Anexos A1 e A2, a partir do valor médio dos anos 1995-1997. Redução de 85% dos CFCs do Anexo B1 a partir do consumo médio dos anos 1998-2000. Eliminação de 100% dos CFCs, Halons e Tetracloreto de carbono. Redução de 85% do Metil Clorofórmio a partir do valor dos anos 1998-2000. Eliminação de 100% do Metil Clorofórmio. Congelamento do consumo dos HCFCs no valor do ano de 2015. Eliminação de 100% dos HCFCs. Anexo A1: CFCs 11, 12, 113, 114 e 115. Anexo A2: Halons: 1211, 1301 e 2402. Anexo B1: CFCs 13, 111, 112, 211, 213, 214, 215, 216 e 217. A legislação ambiental vigente, especificamente, a Resolução nº 267, de 14 de Setembro de 2000, do CONAMA, estabelece a proibição da importação do CFC-12 a partir de 2007, e espera-se que a possibilidade de escassez e aumento considerável de preços seja minimizado com a criação de bancos de gás reciclado formado por empresas cadastradas no IBAMA. O cadastramento dos utilizadores de refrigerantes controlados permitirá, conforme legislação, a aquisição dos mesmos até que as ações de confinamento, retrofit ou substituição sejam encontradas pelos tomadores de decisão. 3.1 Degradação da Camada de Ozônio A atmosfera terrestre é uma camada de ar de aproximadamente 700 km que rodeia o nosso globo. O ar é uma solução gasosa que contém partículas líquidas e sólidas em suspensão. A troposfera é a camada da atmosfera terrestre onde vivemos, contém o ar que respiramos e onde se formam a chuva e a neve. Ela tem aproximadamente 16-20 km de altitude. 19 A troposfera contém gases, como oxigênio, nitrogênio, gás carbônico que são necessários à vida no planeta. O gás ozônio (O3) é uma forma de oxigênio cuja molécula tem três átomos, em vez de dois (do gás oxigênio), como costuma ser encontrada na natureza. O gás oxigênio (O2), exposto à radiação solar e a cargas elétricas na estratosfera, forma o ozônio (O3), enquanto estas se desmancham para voltar a se reagrupar como oxigênio. Isso explica o fato de a camada preservar a mesma espessura, desde que se formou, há cerca de 400 milhões de anos. O ozônio existe tanto na troposfera quanto na estratosfera, cuja temperatura vai de 60ºC negativos na base ao ponto de congelamento na parte de cima. É um gás azul-claro com um cheiro penetrante (o odor no ar após um raio, numa tempestade, é do ozônio). É um gás instável, muito reativo. A estratosfera contém cerca de 90% do ozônio da Terra. Esta constitui a Camada de Ozônio. A camada de ozônio tem cerca de 15 km de altura e está sempre em formação, num processo reversível e age como um imenso escudo protetor, absorvendo o excesso da radiação ultravioleta que vem do Sol. Ao atravessala, a radiação ultravioleta do Sol é filtrada e incide sobre a crosta terrestre na intensidade necessária e suficiente para aquecê-la e iluminá-la. Só assim foi possível a vida na Terra. Mas, esta proteção encontra-se cada vez mais ameaçada, devido ao crescimento acelerado do buraco que foi criado pela emissão de gases de clorofluorcarbono. 20 A Ozonosfera ou Camada de Ozônio, localiza-se na estratosfera, entre 16 e 30 quilômetros de altitude. Com cerca de 20 km de espessura, contém aproximadamente 90% do ozônio atmosférico. Os gases na ozonosfera são tão rarefeitos que, se comprimidos à pressão atmosférica ao nível do mar, sua espessura não seria maior que alguns milímetros. Este gás é produzido nas baixas latitudes, migrando diretamente para as altas latitudes. As radiações eletromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra, entre as quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e partículas, muitas dessas nocivas. Grande parte da energia solar é absorvida e reemitida para a atmosfera. Se chegasse em sua totalidade à superfície do planeta, esta energia excessiva o esterilizaria. A ozonosfera é uma das principais barreiras que protegem os seres vivos dos raios ultra violetas. O ozônio deixa passar apenas uma pequena parte dos raios ultravioleta, esta benéfica. Quando o oxigênio molecular da alta-atmosfera sofre interações devido à energia ultravioleta provinda do Sol, acaba dividindo-se em oxigênio atômico; o átomo de oxigênio e a molécula do mesmo elemento se unem devido à reionização, e acabam formando a molécula de ozônio cuja composição é O3. A região, quando saturada de ozônio, funciona como um filtro onde as moléculas absorvem a radiação ultravioleta do Sol e, devido a reações 21 fotoquímicas, atenuam seu efeito. É nesta região que estão as nuvens-demadrepérola, que são formadas pela camada de ozônio. Os clorofluorcarbonos (CFC´s), além de outros produtos químicos produzidos pelo homem, são bastante estáveis e contêem elementos de cloro ou bromo, como o brometo de metilo, que são os grandes responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Os CFCs tem inúmeras utilizações pois são relativamente pouco tóxicos, não inflamáveis e não se decompõem facilmente. Sendo tão estáveis, duram cerca de cento e cinquenta anos. Redução da Camada de Ozônio UV ESTRATOSFERA CFC CI TROPOSFERA Luz UVUV-B Ozônio (O3) age como um filtro Ozônio Estratosférico filtra os raios da luz solar. CFCs atingem a estratosfera. Cloro é liberado dos CFCs interferindo no equilíbrio do Ozônio. Redução da Camada de Ozônio aumenta UV-B na Terra. UV-B causará problemas nos seres humanos. Estes compostos, resultantes da poluição provocada pelo homem, sobem para a estratosfera completamente inalterados devido à sua estabilidade e na faixa dos 10 a 50 km de altitude, onde os raios solares ultravioletas os atingem, decompõem-se, libertando seu radical, no caso dos CFCs, o elemento químico cloro. Uma vez liberto, um único átomo de cloro 22 destrói cerca de 100.000 moléculas de ozônio, antes de regressar à superfície terrestre, muitos anos depois. Três por cento (3%), talvez mesmo cinco por cento (5%), do total da camada de ozônio já foram destruídos pelos clorofluorcarbonetos. Outros gases, como o óxido de nitrogênio (NO) libertado pelos aviões na estratosfera, também contribuem para a destruição da camada do ozônio. De acordo com a Quercus (2010), Portugal é um dos países da União Européia que mais contribui para a destruição da camada do ozônio: em 2004, Portugal recuperou cerca de 0.5% dos CFCs existentes nos equipamentos em fim de vida, como frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado. A não remoção e tratamento dos CFCs, ainda presentes nos equipamentos mais antigos, conduz à libertação para a atmosfera de 500 toneladas anuais. Foi em 1986 (apud QUERCUS, 2010) que se verificou pela primeira vez a destruição progressiva da camada do ozônio, com a sua consequente rarefação, designada por buraco do ozônio. Esta descoberta foi feita sobre a Antárctica pelo físico britânico Joe Farman. 3.2 Substâncias nocivas à Camada de Ozônio A diminuição do ozônio estratosférico e as alterações climáticas são problemas ambientais distintos, causados principalmente pela atividade humana e interrelacionando-se de várias formas. As substâncias que causam a destruição da camada do ozônio, como os CFCs, também contribuem para o efeito de estufa. A camada de ozônio não influencia na temperatura. Os cientistas antes acreditavam que se ela fosse destruída, a Terra regularia melhor a sua temperatura. No entanto, a camada não influencia o efeito estufa. O aumento de exposição da superfície terrestre a raios UV pode alterar a circulação dos gases com efeito estufa, aumentando o aquecimento global. 23 Destruição da Camada de Ozônio As regiões coloridas em tons de laranja e lilás representam o posicionamento do “Buraco de Ozônio” em relação ao globo terrestre. É necessário observar que os tons mais escuros representam regiões onde existem menos moléculas de ozônio que nas regiões com tons mais claros. Em particular, prevê-se que o aumento de raios ultravioleta suprima a produção primária nas plantas terrestres e no fitoplâncton marinho, reduzindo a quantidade de dióxido de carbono que absorvem da atmosfera. Prevê-se que o aquecimento global conduza a um aumento médio das temperaturas na troposfera, podendo arrefecer a estratosfera, consequentemente, aumentando a destruição da camada de ozônio - temperaturas baixas favorecem reações de destruição do ozônio. Dentre as substâncias nocivas à camada de ozônio, podem-se destacar: CFCs, HCFCs, Halons, Metil Clorofórmio, Brometo de Metila e Tetracloreto de Carbono. Camada de Ozônio Os produtos químicos mais usados, seus usos e tempo de permanência na atmosfera 24 extintor de incêndio Halon 1301 – 110 anos solventes Metil solventes Tetracloreto de Carbono - 67 anos solventes CFC-113 - 90 anos aerossóis, espumas e refrigeração CFC-11 - 74 anos aerossóis, espumas, refrigeração e ar condicionado CFC-12: em média 111 anos 4. GASES AMBIENTALMENTE CONTROLADOS 4.1 Fluidos Refrigerantes Refrigerante é a substância usada para a transferência de calor num sistema de refrigeração. Ele absorve calor pela sua evaporação à baixa 25 temperatura e pressão e cede esse calor pela sua condensação à alta temperatura e pressão. Inicialmente a amônia era o fluido mais usado, pois possui um efeito refrigerante maior, mas com desvantagens: é tóxica e inflamável sob certas condições. Por isso, o seu uso é limitado a instalações de grande porte, onde o fator energético é importante e em geral há procedimentos de segurança e pessoal especializado na operação dos equipamentos. O risco e a incompatibilidade com certos materiais impedem o emprego em aparelhos domésticos, ar condicionado e similares. Por volta de 1930 foram introduzidos os compostos de cloro, flúor e carbono (CFC). Além de propriedades térmicas adequadas, não apresentam toxidade e não são inflamáveis. Também foram amplamente usados em alguns processos industriais. Passaram-se muitos anos até que, na década de 1970, foi observado um sério problema com o CFC: era o maior responsável pela redução da camada de ozônio na estratosfera, que protege a Terra contra radiações ultravioletas. Acordos e convenções internacionais foram estabelecidos para eliminar progressivamente o uso do CFC. Foram desenvolvidos compostos à base de hidrogênio, cloro, flúor e carbono (HCFC), que são bem menos nocivos para a camada de ozônio e, por isso, incluídos numa fase intermediária de transição. A transição final deverá ser para compostos de hidrogênio, flúor e carbono (HFC), que não interferem com o ozônio. Mas contribuem para o efeito estufa (aquecimento global), embora em menor escala que o CFC. A seguir relacionam-se alguns dos gases refrigerantes mais usados (o fluido refrigerante é designado pela letra R seguida de um número que o identifica): R-11 (CC13F): usado em grandes instalações de resfriamento de água com compressores centrífugos. Importações e aquisições somente para consumo em empresas cadastradas no IBAMA e com projeto de conversão em andamento. 26 R-12 (CC12F2): empregado em uma variedade de equipamentos, desde refrigeradores domésticos até instalações de médio e grande porte com compressores centrífugos. Importações proibidas a partir de 2007. R-22 (CHCIF2): amplamente empregado em instalações comerciais e industriais e em ar condicionado. HCFC (possui cloro) utilização prevista no Brasil até 2030, proibido na Comunidade Européia desde 2004. R-717 (amônia NH3): usado em instalações de grande porte (fabricação de gelo, armazéns frigoríficos, refrigeração industrial, pistas de patinação e outros). Aparentemente, as alternativas ecologicamente limpas são a amônia e compostos de hidrogênio e carbono (HC), que também têm boas propriedades termodinâmicas. Conforme dito, a amônia é tóxica e inflamável sob certas condições. Composto de HC são altamente inflamáveis. Tudo isso limita o emprego dos mesmos. Tem sido proposto como alternativa os hidrocarbonetos, como o Propano e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que não destroem a camada de ozônio. Porém, é preciso adequar o equipamento e alterar o projeto, não bastando trocar um gás pelo outro. E, além disso, os hidrocarbonetos são inflamáveis. 4.2 Gases Extintores de Incêndio A palavra HALON não é marca registrada de nenhum fabricante como muitos acreditam. Na verdade deriva de duas sílabas do nome químico em inglês, conforme segue: Halogenated Hydrocarbon. A camada de ozônio forma um fino escudo na estratosfera, protegendo da danosa radiação ultravioleta do sol, toda espécie de vida na Terra. Corofluor e bromoclorofluorcarbonos são a causa do alarmante índice de destruição da camada de ozônio. Os Halon 1211, 1301 e 2402, que são produtos químicos totalmente halogenados e que possuem relativa longa vida na atmosfera, são desmembrados na estratosfera liberando bromo, reagente o qual é extremamente danoso ao ozônio: 10 a 100 vezes mais que o cloro. Do total de bromo na atmosfera, aproximadamente 15-20 partes por trilhão, 27 aproximadamente cinco partes derivam dos halons, o restante deriva do brometo de metila. Reações envolvendo bromos são estimadas de serem responsáveis por 25% da destruição do ozônio acima da Antártida e 50% que se encontra acima do Ártico. O potencial de destruição dos halons é de 3 a 10 vezes maior do que os CFC’s. Os extintores alternativos ao Halon 1301 são: a) FM-200: O FM-200, HFC-227ea (CF3-CHF-CF3), heptafluorpropano, fabricado pela Great Lakes Chemical Corporation, é o mais utilizado dentre os agentes limpos existentes, ou seja, agentes extintores que não deixam resíduo após a evaporação. Ele age sobre o incêndio de duas formas: absorvendo calor (80%) e interagindo quimicamente na reação do fogo (20%). Não é um agente considerado drop-in para substituição nos sistemas que utilizam o Halon 1301, isto é, são necessárias modificações nas instalações físicas do sistema. Tem como sua principal aplicação a proteção de centrais de processamento de dados ou estações de comando habitadas, de alto valor agregado e com elevados requisitos de disponibilidade operacional. Tem sido também utilizado como agente substituto do Halon em plantas existentes e em novos projetos, para a extinção de incêndio. O HFC227ea também é fabricado pela Du Pont com o nome comercial de FE-227. b) CO2: É um agente extintor que tem sido amplamente utilizado há vários anos na extinção de incêndio em líquidos inflamáveis, gases, equipamentos elétricos energizados, sendo, portanto adequado para todas as classes de incêndio. Age sobre o incêndio de duas formas: reduzindo o oxigênio, diluindo-o a ponto de interromper a combustão e resfriando os materiais. Possui propriedades que o fazem um excelente agente extintor. É não combustível, não reage com a maioria das substâncias e possibilita uma pressão para a descarga do reservatório de armazenamento. A exemplo do FM-200, não é um agente considerado “drop-in” para a substituição do Halon. Apesar de apresentar toxidade média, pode produzir inconsciência e morte nas concentrações necessárias à extinção de incêndio (35% em volume). Antes do disparo do CO2, o compartimento protegido deve ser totalmente evacuado. 28 c) O FM-200 é cerca de 4 vezes mais caro que o Halon e cerca de 268 vezes mais caro que o CO2, além de apresenta um GWP - Global Warming Potential - muito alto, o que pode indicar uma tendência de sua retirada do mercado a longo prazo. A HTOC – Halons Technical Options Comitee, órgão ligado à ONU, demonstrou que se têm investido muito no desenvolvimento de agentes extintores substitutos do Halon, visto que sistemas de incêndio utilizando os atuais agentes extintores alternativos apresentam desempenho inferior e necessitam de mais espaço e peso, e estes mesmos fatores tornam muitas vezes a substituição de sistemas existentes, que utilizam Halon, física e economicamente inviáveis. A legislação ambiental vigente, especificamente a Resolução nº 267, de 14 de setembro de 2000, do CONAMA, não estabelece restrições à importação do Halon 1301 para o atendimento das aplicações em extinção de incêndio na navegação aérea e marítima, das aplicações militares não especificadas, dos acervos culturais e artísticos, das centrais de geração e transformação de energia elétrica e nuclear, e em plataformas marítimas de petróleo. 4.3 Fluidos Substitutos ou Alternativos São listados a seguir os fluidos refrigerantes alternativos. R-11: substituído por HCFC 123. Vantagem: possui características termodinâmicas semelhantes ao R-11. Desvantagem: é um fluido transitório (possui cloro) e tem substituição de médio prazo. R-12: substituído por R-413A. Vantagens: baixo custo de implementação, uma vez que não exige alteração no sistema; HFC (livre de 29 cloro) substituição de longo prazo; com patível com o óleo mineral. Desvantagem: dificuldade de logística devido ao seu pouco uso no país. R-12: substituído por R-134a. Vantagem: HFC (livre de cloro) substituição de longo prazo. Desvantagens: alto custo de implementação, principalmente em sistemas que operam há muito tempo com R-12; não compatível com o óleo mineral e necessita de várias trocas de óleo para limpar o sistema. R-22: substituído por R-407C. Vantagens: baixo custo de implementação, pois exige pequena alteração no sistema; HFC (livre de cloro) substituição de longo prazo; compatível com óleo mineral. R-22: substituído por R-417A: Vantagens: baixo custo de implementação, pois não exige alteração no sistema; HFC (livre de cloro) substituição de longo prazo; compatível com óleo mineral. 5. CONVERSÃO DAS PLANTAS E INSTALAÇÕES DA MARINHA DO BRASIL 5.1 Necessidade Geradora Por meio de Ofício foi determinado pelo Estado Maior da Armada - EMA, ao Diretor Geral do Material da Marinha – DGMM, a elaboração, junto às demais organizações militares, um planejamento para a conversão das plantas e instalações existentes na MB, visando alcançar a tecnologia livre de 30 substâncias que destroem a camada de ozônio. A DGMM constituiu um grupo de trabalho com a participação de representantes do Comando de Operações Navais - ComOpNav, DGMM, Diretoria da Aeronáutica - DAerM, Comando da Força de Superfície - ComForSup, Comando da Força de Submarino ComforS, Arsenal de Marinha do RJ - AMRJ, Diretoria de Engenharia Naval DEN, Diretoria de Obras Civis da Marinha - DOCM, Comando do Material de Fuzileiros Navais – CmatFN e Centro de Projetos Navais – CPN e CCIM. O referido grupo de trabalho decidiu que o planejamento em tela seria consubstanciado por meio de um Estudo Técnico, elaborado pela DEN, a partir de subsídios das demais Diretorias Especializadas, responsáveis pela jurisdição do material de meios utilizadores de substâncias ambientalmente controladas pelo Protocolo de Montreal. A legislação que trata do assunto não deverá sofrer alterações significativas, principalmente nas concessões às aplicações das substâncias ambientalmente controladas nas atividades de caráter militar e em relação aos prazos previstos para a utilização destas substâncias, dentro do escopo temporal deste estudo. No tocante aos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, a MB possui 1(um) meio utilizador de CFC-11, 25 (vinte e cinco) meios utilizadores de CFC-12, 96 (noventa e seis) meios utilizadores de HCFC-22, 94 (noventa e quatro) meios utilizadores de Halon-1211 e 58 (cinqüenta e oito) meios utilizadores de Halon-1301. Cabe ressaltar que um mesmo meio pode ser usuário de mais de um gás controlado (vide gráficos analíticos baseados no levantamento realizado, em função do percentual de utilizadores das substâncias, no item I do Anexo A). Em relação às OM de terra, 2 (duas) OM utilizam o CFC-11, 14 (quatorze) OM utilizam o CFC-12 e 119 (cento e dezenove) OM utilizam o HCFC-22 (vide gráficos analíticos baseados no levantamento realizado, em função do percentual de utilizadores das substâncias, no item II do Anexo A). A Resolução nº 267, do CONAMA, estabelece que a importação de gases controlados é restrita para o atendimento de aplicações apontadas como de uso essencial, ou seja, os usos e/ou aplicações permitidas para utilização das substâncias constantes dos Anexos A e B do Protocolo de Montreal e no 31 caso da MB, os gases utilizados restringem-se aos CFC - 11 e 12, HCFC -22 e os Halons-1211 e 1301, dentre as quais destacam-se : a) extinção de incêndio na navegação aérea e marítima; b) aplicações militares não especificadas. A importação de CFC-12 está proibida no país desde 2007, sendo que o mesmo não é produzido no país, o que permite prever uma elevação significativa no seu preço de mercado, nos próximos anos. O HCFC-22 apresentará reduções gradativas de importação até 2030, sendo que o mesmo já sofre restrições de importação no momento, e não é produzido no país. A aquisição de Halons (1211 e 1301) só é permitida em empresas cadastradas no IBAMA para comercializar estes gases reciclados que integram o “Banco de Halon” no País. O ofício do Estado Maior da Armada apresenta uma síntese do assunto “Atualização de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal existentes na MB”, além de apresentar uma série de ações, dentre as quais destacam-se: a) Controlar (tarefa atribuída à Diretoria de Portos e Costas - DPC) os quantitativos existentes nas plantas e em estoque, mediante a contínua informação prestada pelas Organizações de Marinha - OM utilizadoras, a exemplo do que ocorre na MB em relação ao controle de combustíveis, e informar ao IBAMA os dados consolidados da MB; e b) Propor à DGMM que, com o concurso dos demais ODS, seja elaborado o planejamento de conversão das plantas e instalações existentes na MB, à tecnologia livre de substâncias que destroem a camada de ozônio. Tais dados serão encaminhados à DPC que, posteriormente, enviará ao IBAMA a síntese do planejamento, depurada das informações julgadas de caráter estratégico. De forma a cumprir a determinação do EMA, a DGMM convocou representantes das OM preliminarmente identificadas como envolvidas no assunto, a fim de inicializar o planejamento em tela. A DGMM solicitou aos seus comandados que informassem, por meio de mensagem diretamente para a DEN e para a DOCM, os dados relevantes dos equipamentos e instalações para que fosse elaborado um banco de dados sobre o assunto, conforme a seguir: 32 a) Sistemas de Refrigeração - centrais de ar condicionado (self container/centrais de água gelada) e instalações frigoríficas utilizadoras de CFC-11, CFC-12 E HCFC-22: - Tipo/Classe do meio/OM de terra; - Tipo de equipamento (ar condicionado / frigorífica); - Fabricante; - Modelo; - Data fabricação (se disponível); - Data instalação (se disponível); - Capacidade de Resfriamento; - Quantidade e plantas instaladas e de reserva (''pool''); - Tipo de fluido (gás) refrigerante; - Carga de refrigerante no equipamento (kg); e - Quantidade de refrigerante em estoque (kg). Obs.: Não deverão ser considerados os equipamentos de ar condicionado comerciais de parede, unidades split system, geladeiras comerciais, máquinas de gelo de pequeno porte e bebedouros. b) Sistemas de Extinção de Incêndio - utilizadores de HALON-1211 E HALON-1301: - Tipo/Classe do meio/OM de terra; - Tipo de equipamento (sistema fixo de extinção / extintores portáteis); - Tipo de gás extintor; - Capacidade (litros ou kg); - Quantidade de cilindros/extintores existentes em utilização; - Quantidade de cilindros/extintores existentes em paiol (reserva); - Pressão de trabalho; e - Compartimento e/ou equipamento protegido pelo sistema de extinção de incêndio. Obs.: Deverão ser considerados os sistemas fixos de extinção de incêndio de aeronaves e viaturas militares, que utilizem os gases em questão. Após a depuração e compilação dos dados recebidos pelas OM, a DEN e a DOCM efetuaram análises buscando identificar e setorizar os seguintes aspectos, visando a identificação de prioridades: 33 a) Comandos com maior quantidade de OM subordinadas utilizadoras de gases controlados CFC-11 e CFC-12; b) Comandos com maior quantidade de OM subordinadas utilizadoras de gases controlados Halon-1301 e Halon-1211; c) Comandos com maior quantidade de gases refrigerantes controlados CFC11 e CFC-12 em utilização; d) Comandos com maior quantidade de gases extintores controlados Halon1301 e Halon- 1211 em utilização; e e) Comandos com OM subordinadas utilizadoras do gás refrigerante controlado HCFC- 22. Em concomitância com esta análise, foram observadas as previsões dos períodos de manutenção e as previsões de baixa dos meios navais e aeronavais da MB, visando possibilitar um ordenamento de prioridades e o enquadramento dentre as possíveis soluções apresentadas no item 7.2 e conforme o Anexo B. 5.2 Análise dos Dados O Anexo A apresenta diversos gráficos onde destacam-se os percentuais de utilizadores dos gases refrigerantes e gases extintores dos principais Comandos de Meios Navais, Aeronavais, Fuzileiros Navais e Organizações Militares, por área de jurisdição. Conforme observado no Anexo A, o ComemCh concentra o maior número de meios navais utilizadores dos gases referenciados no item anterior e de acordo com o levantamento é o Comando com maior quantidade de gás em utilização. No mesmo Anexo, observa-se que o Com7DN e a EGN utilizam o gás controlado CFC-11 e o Com8DN é o maior utilizador do CFC-12, dentre os principais COMIMSUP das OM de terra. 34 A DEN já elaborou diversos estudos, pareceres técnicos e especificações, em sua maioria atendendo às propostas de MODTEC fornecidas pelos Navios e Comandos de Força, versando sobre as alterações em tela, tanto de gases refrigerantes (CFC-11 e CFC-12) quanto de gases extintores (Halon-1301). A DOCM solicitou informações ao fabricante do equipamento de ar condicionado utilizador de CFC-11, localizado no Com7DN. Segundo informações de representante da Empresa Springer Carrier S.A, em função do elevado grau de toxicidade do gás HCFC-123, eventual substituto do refrigerante CFC-11, a referida empresa não efetua o “retrofit” em tela nos seus equipamentos. A DEN também já analisou consulta técnica referente à substituição de Halon-1211 nas turbinas fabricadas pela Rolls-Royce, aplicação típica dos utilizadores deste gás extintor na MB. Segundo informações prestadas pelo fabricante, a substituição do citado Halon, acarretaria em alterações significativas em componentes das turbinas, com custos que contra-indicam a sua realização. A DAerM, através de mensagem, participou que solicitou informações aos fabricantes dos modelos de aeronaves utilizados pela MB sobre a adoção de gases alternativos aos Halons para seus sistemas fixos e portáteis de extinção de incêndio. Adicionalmente, participou a Resolução nº 267 do CONAMA e a Circular de Informação, emitida pelo CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica), corroboram pela manutenção da utilização do gás Halon como agente extintor de incêndio para as aeronaves. O CMatFN encaminhou subsídios para um estudo, participando que realizou consultas preliminares junto à empresa CM Couto Sistemas contra Incêndios Ltda., quanto à possibilidade de elaboração de um projeto para a substituição do Halon como agente extintor nos veículos CLAnf-7A1 e SK105A2S, do Corpo de Fuzileiros Navais, por gases alternativos (FM-200 e ECARO-25). O referido Comando sugere que seja realizado um estudo de viabilidade e a elaboração de um projeto para a alteração do gás extintor utilizado nos citados blindados, priorizando a utilização do agente ECARO-25, devido ao seu menor custo de recarga e em virtude de normalmente 35 possibilitar a utilização de alguns componentes empregados nos sistemas de Halon. 6. AVALIAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA MARINHA DO BRASIL 6.1 Gases Refrigerantes a) Em função de análise técnica relativa ao Projeto MODSUB (Modernização dos Submarinos Classe “Tupi”), constatou-se que os submarinos da referida Classe já relatavam queda de eficiência na capacidade de refrigeração dos sistemas de ar condicionado e frigorífica, desconsiderando possíveis acréscimos de carga térmica inseridos por novos equipamentos instalados. Com base neste fato, a DEN elaborou estudos relativos à utilização de um gás alternativo (R-413A) que possibilitasse uma perda mínima de eficiência conjugada ao atendimento à legislação. Esta solução, detalhada em um parecer datado de 11/07/2003, já foi implementada nos Submarinos Tamoio e Timbira. 36 b) Análise semelhante foi realizada pela DEN em relação ao Projeto MODFRAG - Modernização das Fragatas Classe “Niterói para os sistemas de ar condicionado dos navios da referida Classe, onde constatou-se que os novos equipamentos instalados já demandavam uma maior capacidade de refrigeração do que a originalmente instalada. Assim sendo, os estudos abrangiam tanto a adoção de um gás alternativo que não acarretasse a perda de eficiência, quanto ao atendimento à legislação. Outra solução apontada nos estudos é a aquisição de plantas de maior capacidade, utilizando o gás refrigerante definitivo R-134a. Com relação às referidas soluções, recentemente foram revisadas 5 (cinco) plantas de um total de 24 (vinte e quatro) nos navios da Classe, estando as mesmas em condições de serem “retrofitadas”, bem como foram adquiridas 4 (quatro) novas plantas para substituição. Em 29/04/2004, foi elaborado um parecer técnico detalhando as soluções supracitadas. c) A análise técnica da Proposta de MODTEC relativa à modernização dos equipamentos de ar condicionado do Navio-Aeródromo “São Paulo”, dotado de 3 (três) plantas utilizadoras do CFC 11 e 1(uma) planta utilizadora de CFC-12, explicitada em 26/03/2004, através de um parecer técnica da DEN, apontou para a substituição das 4 (quatro) plantas por equipamentos novos, utilizadoras do gás HFC-134a. d) Para as Fragatas Classe “Greenhalgh” a análise da Proposta de MODTEC, demonstrou ser adequada e exeqüível a substituição do CFC-12 pelo HFC134a, porém estudos mais recentes, realizados pela DEN, recomendam a avaliação da utilização do “blend” R-413A. e) Os navios que ainda não foram objeto de análises técnicas específicas quanto à viabilidade de realização de Retrofit para um determinado gás alternativo, deverão ter o aval prévio da DEN e dos fabricantes dos seus compressores de refrigeração para a sua realização. f) Analisando a documentação que solicitou a realização do estudo a fim de enquadrar as soluções apresentadas no item 7.2, é proposta pela DEN a seguinte criterização: 37 i) Navio com planta utilizadora de CFC-11 (NAe São Paulo), recomenda-se a substituição das plantas por equipamentos novos, empregando o refrigerante R-134a. ii) Navios com plantas utilizadoras de CFC-12 com previsão de baixa até 2010 recomenda-se a manutenção das plantas existentes e do refrigerante em uso. iii) Navios com plantas utilizadoras de CFC-12 com previsão de baixa superior a 2010, com Parecer ou Estudo aprovado pela DEN, recomendam-se as soluções apresentadas nesses documentos, de forma a realizar as intervenções necessárias durante o triênio 2006/2008. iv) Navios com plantas utilizadoras de CFC-12 com previsão de baixa superior a 2010, sem Parecer ou Estudo aprovado pela DEN, recomendam-se as soluções da substituição das plantas por equipamentos novos, empregando o refrigerante R-134a e/ou o “retrofit” para o gás alternativo R-413A , conforme o caso, após emissão do Parecer ou Estudo aprovado pela citada DE, de forma a realizar as intervenções durante o triênio 2006/2008. v) Navios com plantas utilizadoras de HCFC-22 com previsão de baixa até 2015, recomenda-se a manutenção das plantas existentes e do refrigerante em uso. vi) Navios com plantas utilizadoras de HCFC-22 com previsão de baixa superior a 2015, sem Parecer ou Estudo aprovado pela DEN, recomenda-se o Retrofit para os gases alternativos R-407C ou R-417C, conforme o caso, após emissão do Parecer ou Estudo aprovado pela citada DE. Recomenda-se, adicionalmente, que tais Estudos/Pareceres somente sejam iniciados a partir de 2009, após a conclusão do processo relativo ao CFC-12. g) A DOCM verificou que os equipamentos existentes em OM de terra, utilizadores do gás refrigerante CFC-12, são frigoríficas de pequeno porte, cujos custos de substituição e Retrofit não são significativos. Essa Diretoria avaliou que de um modo geral a solução mais adequada deve ser estudada caso a caso, considerando o tempo residual de vida útil do equipamento, custo de manutenção e a relação entre o custo de substituição e do Retrofit. Para o último caso, empregar o gás refrigerante R-413 A, pois não há necessidade de realizar alterações significativas no sistema. 38 h) A DOCM também recomenda como critério a substituição dos equipamentos com mais de 10 anos de uso por outros que empreguem gases ecológicos, sem prescindir de Estudo Técnico específico. i) Devido ao estado de degradação, em virtude do tempo de utilização, dos equipamentos de condicionamento de ar do tipo “Chiller” existentes no Com7ºDN e na EGN, a substituição se apresenta como a solução de melhor relação custo/benefício. Com relação à substituição da planta instalada na EGN, já foi encaminhada a Especificação Técnica de Aquisição da referida planta. j) Com relação ao HCFC-22, verificou-se que os equipamentos de refrigeração que empregam este gás podem passar pelo processo de Retrofit com os gases alternativos R-407C ou R-417A, sem alterações significativas no sistema, permitindo que grande parte dos equipamentos operem até o fim da sua vida útil, que se dará antes de 2030, consubstanciando-se como a solução economicamente mais viável. 6.2 Gases Extintores a) Em função da busca pela adequação à legislação ambiental em vigor, a DEN tem estudado alternativas à utilização dos Halons e produzido documentos técnicos relativos ao tema, bem como vem acompanhando os entendimentos das entidades governamentais nacionais e internacionais (EPA) e organismos internacionais (UNEP) acerca do assunto. Estas entidades avaliam a evolução dos gases extintores alternativos sob os pontos de vista da saúde humana e dos aspectos ambientais. b) Os documentos produzidos pela DEN, em sua maioria, avaliam a substituição do gás extintor Halon-1301, em praças de máquinas, pelo gás extintor CO2, que para esta aplicação específica mostra-se plenamente adequado, desde que sejam atendidos os requisitos de espaço para os seus cilindros e alarmes de disparo, devido a maior toxidade em relação ao Halon. O CO2 é considerado como um gás que não deixa resíduos, no entanto, a 39 umidade gerada pelo gelo seco, decorrente da sua liberação, pode causar danos em cartões eletrônicos, contra-indicando a sua aplicação nestes casos. c) Com relação a outros gases alternativos, a norma NFPA 2001, "Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems" apresenta informações sobre os mesmos, além de definir como “Agente Limpo" aquele que não é condutor elétrico, volátil e não deixe resíduos após evaporação. Dentre estes destacamse o FM-200, o ECARO-25, o Halotron e o Inergen, dentre outras marcas comerciais. d) As análises técnicas da DEN para as propostas de MODTEC relativas à substituição do Halon-1301 pelo CO2 como gás extintor demonstraram ser adequadas e exeqüíveis nos navios das classes “Greenhalgh”, “Inhaúma”, “Mattoso Maia”, “Felinto Perry”, “Grajaú” (os três primeiros) e “Amorim do Valle”. e) Analisando a documentação que solicitou a realização do estudo, de forma a enquadrar as soluções apresentadas no item 7.2, a DEN propõe a seguinte criterização: i) Navios com sistemas de extinção de incêndio utilizadores do Halon-1211, com previsão de baixa até 2012, recomenda-se a manutenção dos sistemas existentes. ii) Navios com sistemas de extinção de incêndio utilizadores do Halon-1301, com previsão de baixa até 2012, recomenda-se a manutenção dos sistemas existentes. iii) Navios com sistemas de extinção de incêndio utilizadores do Halon-1301, com previsão de baixa superior a 2012, com Parecer ou Estudo aprovado pela DEN, recomenda-se a substituição pelo agente extintor CO2. iv) Navios com sistemas de extinção de incêndio utilizadores dos Halon-1211 e 1301, com previsão de baixa superior a 2012, sem Parecer ou Estudo aprovado pela DEN, recomendam-se as soluções de substituição pelo CO2 ou por gases extintores alternativos, conforme o caso, após emissão do Parecer ou Estudo aprovado pela citada DE. OBS.: Tendo em vista a inexistência, até o momento, de uma solução definitiva para a substituição do Halon-1211, recomenda-se que os Estudos/Pareceres 40 relativos a este agente extintor somente sejam iniciados a partir de 2009, de modo a aguardar a evolução das soluções de mercado. f) No tocante às aeronaves da MB, a DAerM propõe o critério de manutenção dos sistemas que utilizam os gases extintores Halon-1211 e 1301, até o final da vida operativa das mesmas, conforme explicitado no item 6.2.7. g) O CMatFN propõe, para 2006, o estudo de viabilidade, levantamento de custos e elaboração de projeto técnico referente à substituição dos gases extintores Halon-1211 e 1301 por gases alternativos, nos CLAnf-7A1 e SK105A2S, de forma a subsidiar os recursos necessários para a modificação dos sistemas até 2012. É possível a aquisição de Halon reciclado por meio das empresas cadastradas no IBAMA, visto que sua produção foi proibida mundialmente. Para aplicação nas áreas naval e aeronáutica ainda é possível adquirí-lo na forma de reciclado. Os CFC também já tiveram sua produção descontinuada, sendo ainda possível adquiri-los da mesma maneira que o halon, reciclados e por meio de empresas cadastradas junto ao IBAMA. Desta forma, torna-se prioritário a implementação das recomendações feitas pela DEN no seu estudo confidencial elaborado em 17/07/2006, considerando as restrições na aquisição dos referidos gases. Não existe período determinado para a utilização de fluidos (Halon e CFC) reciclados. 6.3 Retrofit: objetivos, procedimentos e questões mais freqüentes Retrofit de refrigerante é a tecnologia de adequação de um equipamento de refrigeração ou ar condicionado (AC), originalmente projetado para CFC, com custos mínimos e operacionalmente aceitáveis. O procedimento detalhado recomendado para a substituição do fluido de refrigerante – Retrofit, pode ser demonstrado como a seguir: Não trabalhe em locais com altas concentrações de vapores do fluido refrigerante. Sempre mantenha ventilação adequada na área de trabalho. Não respire os vapores. Não respire fluido refrigerante com lubrificante proveniente de vazamentos do sistema. Ventile a área depois de qualquer vazamento antes de entrar no local. 41 Não utilize detetores manuais de vazamentos para checar concentração de ar respirável. Estes detetores não foram projetados para determinar se a concentração de ar é segura para respiração humana. Utilize monitoradores de oxigênio para garantir que a concentração seja suficiente para sustentar a vida humana no local. Não utilize chamas ou maçarico para localizar vazamentos. Não utilize também chamas para determinar altas concentrações do fluido refrigerante. Chamas em contato direto com o fluido podem produzir compostos ácidos e que podem ser perigosos. Não utilize tochas para detectar vazamentos. Antigas tochas de haletos se baseiam na utilização de cloro que podem não estar presentes com os novos fluidos refrigerantes. Utilize um detetor eletrônico de vazamento projetado para localizar o fluido refrigerante que estiver sendo utilizado. Se detectado uma visível mudança no tamanho ou cor da chama de um maçarico durante o reparo de um equipamento, pare o trabalho imediatamente e deixe o local. Ventile o local de trabalho e estanque o vazamento do fluido antes de voltar ao procedimento normal de trabalho. Esta mudança na característica da chama pode ser um indicativo da presença de altas concentrações de fluido refrigerante, e se o local não for adequadamente ventilado e a exposição for continuada, podem ocorrer danos à saúde humana e até ser fatal. Nota: qualquer fluido refrigerante pode ser perigoso se não usado corretamente. Os riscos incluem líquidos e vapores sob pressão e queimaduras por frio em caso de vazamento de líquidos. Superexposições: as altas concentrações de vapores podem causar asfixia e parada cardíaca. Leia todas as informações sobre a segurança antes de manusear qualquer fluido refrigerante. Para maiores detalhes sobre propriedades, usos, estocagem e manuseio dos fluidos refrigerantes deverá ser consultado o boletim técnico do fabricante ou outra literatura especifica para estes produtos. Leia a folha de dados de seguranças do material (MSDS) para maiores informações sobre seguranças para cada fluido refrigerante. O boletim de segurança do fabricante 42 normalmente traz informações adicionais sobre segurança no manuseio dos fluidos refrigerantes. A seleção do lubrificante mais adequado é baseada em diversos fatores, incluindo o tipo de compressor, compatibilidade de material, miscibilidade entre o lubrificante e o fluido refrigerante que poderá afetar o retorno de óleo para o compressor. Antes de começar o Retrofit, consulte o fabricante do compressor para seleção do lubrificante mais adequado para seu compressor. Os lubrificantes à base de alquibenzeno poliolester podem ser utilizados com os fluidos refrigerantes aqui apresentados. Em alguns casos, óleo mineral também é aceitável. Para favorecer o mais adequado retorno de óleo, é recomendada uma simples mudança do óleo mineral para o óleo alquibenzeno da mesma viscosidade. Essa troca normalmente substituirá de 50 a 80% do óleo mineral, o que satisfaz as recomendações e os requisitos da maioria dos fabricantes de compressores. A experiência de campo tem mostrado que os fluidos refrigerantes MP39, 409A, MP66 e HP81 não apresentam problemas de operação mantendo-se o óleo mineral já existente em muitos sistemas pequenos e compactos onde o retorno de óleo não é problema, como em refrigeradores domésticos, expositores de laticínios e máquinas de bebidas. Entretanto, a troca de óleo pode ser necessária em sistemas que tenham insuficiente retorno de óleo, em casos onde o evaporador se encontra distante do compressor, ou o evaporador esteja abaixo do compressor, ou ainda se a velocidade na tubulação for muito baixa. Troque o filtro secador durante o Retrofit. Este é um procedimento padrão para a manutenção do sistema de refrigeração. Existem dois tipos de filtros secadores normalmente usados: secadores de enchimento solto e secadores de núcleo sólido. Substitua o secador por um compatível com o fluido refrigerante a ser utilizado. Verifique no filtro secador informações sobre compatibilidade com o fluido refrigerante. As composições dos fluidos refrigerantes apresentados no boletim do fabricante são determinadas visando a performance equivalente aos fluidos 43 que estarão sendo substituídos, em termos de capacidade de refrigeração e eficiência energética. Assim sendo, mínimas modificações são necessárias para se executar o Retrofit. Os fluidos refrigerantes ora tratados são quaseaseotrópicos, conseqüentemente a composição de vapor no cilindro é diferente da composição do líquido. Esta pequena diferença não iria afetar o desempenho do equipamento em sistemas de expansão direta, mas poderá afetar a performance de sistemas com evaporadores inundados. Em geral, estes fluidos refrigerantes não são recomendados para sistemas com compressores centrifugados ou sistemas com evaporador inundado. Retrofits em sistemas com CFC-12, CFC-500 ou CFC-502 para fluidos alternativos como HCFC-22 ou HFC-134 poderão exigir múltiplas trocas de óleo ou ainda maiores modificações em equipamentos já existentes. Para alguns sistemas, este custo adicional pode ser grande. Nota: os fluidos refrigerantes Suva® não foram desenvolvidos para uso em conjunto com outros fluidos refrigerantes e aditivos que não tenham sido claramente especificados pela Dupont ou pelo fabricante do equipamento. A mistura de fluidos Suva® com fluidos CFC ou a mistura de diferentes fluidos alternativos pode resultar em efeitos adversos no sistema. Não se deve completar a carga de CFC com qualquer fluido refrigerante Suva®. A maioria dos equipamentos para recuperação e reciclagem utilizada para o R-12, R-500 e R-502 podem ser usadas com o fluido refrigerante Suva® . Use procedimentos adequados para evitar a contaminação cruzada durante a mudança do recolhimento de um fluido para outro, quando utilizando o mesmo equipamento. A maioria das máquinas para recuperação e reciclagem podem ser usadas com o mesmo óleo de compressor que eram usados com CFC-12, CFC-500 e CFC-502. No entanto, algumas modificações podem ser necessárias, como por exemplo, um diferente tipo de secador ou um indicador de umidade. Consulte o fabricante do equipamento para recomendações específicas. O Suva® MP39 e o Suva® MP66 podem ser recuperados no mesmo cilindro. O Suva® HP80 e o Suva® HP81 podem ser recuperados no mesmo cilindro. 44 Existem mudanças aproximadas no desempenho de um sistema convertido para um fluido alternativo. Estes valores são uma referência geral para o comportamento de um sistema, sendo que a performance real poderá variar para cada sistema. Suva® MP39, Suva® 409A Suva® MP66, são comparados ao R-12 HP80. Suva® 408A, e Suva® HP81 são comparados ao R-502. Deverá ser selecionado o check-list de acordo com o fluido refrigerante a ser utilizado: 1 - Determine o desempenho do equipamento com o CFC. 2 - Remova o CFC do sistema para um cilindro de recuperação. Pese a quantidade removida se possível. 3 - Drene o óleo mineral do sistema e meça o volume removido. Pule os passos 3 e 4 se o sistema já estiver com óleo alquilbenzeno ou caso não se queira trocar o óleo mineral. 4 - Carregue o lubrificante Alquilbenzeno: utilize o mesmo volume retirado no passo 3. 5 - Troque o filtro/secador. 6 - Evacue o sistema e verifique se há vazamentos. 7 - Carregue o sistema com o fluido refrigerante. Retirar do cilindro apenas o fluido refrigerante na fase líquida. Normalmente a carga do fluido alternativo é de 75 a 90% da carga do CFC. 8 - Acione o equipamento e ajuste a carga até atingir as condições de operação desejadas. Etiquete o sistema identificando qual fluido refrigerante e o óleo lubrificante utilizado. Retrofit de sistema R-12 para o Suva® MP39 Suva® 409A, ou Suva® MP66 (e R-500 para Suva® MP66). A seguir, um procedimento detalhado recomendado para Retrofit de um sistema de CFC-12 para Suva® 409A e Suva® MP66 e também um sistema de R- 500 para Suva® MP66. 1. Estabeleça referência de desempenho com CFC. Coletar dados de desempenho do sistema enquanto o fluido CFC ainda estiver no sistema. Verifique se as condições de operação e quantidade de gás estão corretos. 45 Estes dados de temperatura e pressões nos vários pontos do sistema (evaporador, condensador, aspiração e descarga do compressor, dispositivo de expansão) e temperaturas operacionais e condições ambientais especificas serão úteis para otimizar a operação do sistema com o fluido Suva®. Deverão ser coletados num formulário específico, os dados relativos ao desempenho do sistema. 2. Remover o CFC do sistema para o cilindro de recuperação. O CFC deve ser retirado do sistema e coletado em um cilindro de recuperação um dispositivo de extração com capacidade de tiragem de 10-15 pol de Hg vácuo (30-35Kpa). Caso não se saiba a carga do sistema, pese a quantidade de fluido refrigerante removido. A quantidade de fluido refrigerante a ser carregado poderá ser determinada a partir deste dado. Obs.: Desconsidere os passos 3 e 4 a seguir, se o sistema já estiver com óleo alquilbenzeno ou em casos onde não se quer trocar o óleo mineral e leia a sessão lubrificantes para maiores informações. 3. Drenar o óleo mineral do sistema e medir o volume removido. Uma simples troca de óleo é suficiente para retirar o óleo mineral do sistema. Se o sistema operar com óleo mineral, este terá que ser drenado. Para isto pode ser necessário remover o compressor do sistema, particularmente quando se tratar de compressores herméticos pequenos que não possuem pontos de drenagem. Neste caso o lubrificante deve ser retirado a partir do ponto de sucção do compressor. Desta forma retira-se quase todo o lubrificante. Em sistemas maiores poderá ser necessário drenar o óleo em pontos adicionais do sistema, principalmente em pontos baixos ao redor do evaporador, para a remoção de 50 a 80% do óleo lubrificante. Em sistema com o separador de óleo, qualquer lubrificante presente no separador deverá ser drenado também. 4. Adicionar lubrificante AB; utilizar o mesmo volume no passo três. Na maioria dos casos, o lubrificante substituto será o AB ou talvez o POE. Carregue o compressor com o novo lubrificante no mesmo volume do lubrificante no passo três. Utilize um lubrificante com viscosidade recomendado pelo fabricante do compressor de acordo com o fluido refrigerante Suva® utilizado ou utilize 46 lubrificante com viscosidade similar ao óleo mineral removido, se informações sobre o compressor não estiverem disponíveis. 5. Substituir o filtro/secador. Este procedimento é uma pratica bastante comum durante as manutenções dos equipamentos. O filtro/secador deve ser compatível com o fluido refrigerante Suva® a ser utilizado. 6. Evacue o sistema e verifique se há vazamento. Use práticas adequadas de trabalho. Para remover o ar ou outros elementos não condensáveis do sistema, recomenda-se que o sistema seja evacuado até atingir vácuo total (29,9 pol. Hg vácuo ou menos de 10K pa). Não utilize misturas de fluido refrigerante com ar para verificação de vazamentos. Estas misturas podem se tornar combustíveis. 7. Carregue o fluido refrigerante Suva®. Remova apenas o líquido do cilindro. A posição mais adequada para remoção de fluido líquido está indicada nas setas e nas etiquetas do cilindro e da caixa do cilindro. Uma vez retirado o fluido na fase liquida, o refrigerante pode ser carregado no sistema na fase liquida ou gasosa como desejado. Utilize medidores de pressão ou válvulas de restrição para transformar a fase liquida em vapor, se necessário. Em geral, os sistemas de refrigeração necessitam de menor quantidade de fluidos refrigerantes Suva® que o CFC-12. A carga ideal irá depender do projeto do sistema e das condições de operação, mas para a maioria dos sistemas, a carga ideal estará na faixa de 75-90% da carga original de CFC-12. Para substituições em sistema que utilizem o R-500, a carga de Suva® MP66 deverá ser aproximadamente 5% maior que a carga original de R-500. É recomendado que o sistema seja carregado inicialmente com 75% em peso de carga original. Para substituição do R-500 com o Suva® MP66, considere inicialmente a mesma carga. Adicione inicialmente o refrigerante pelo lado de alta pressão do sistema (compressor não funcionando), até a equalização da pressão do cilindro e do sistema. Em seguida faça a carga do fluido refrigerante lentamente pelo lado de baixa pressão, com o compressor ligado. Você deverá remover o fluido refrigerante do cilindro na fase liquida e deverá fazer a carga lentamente 47 permitindo que o fluido refrigerante vaporize antes de entrar na sucção do compressor, evitando danos ao compressor. Inicie o sistema e avalie o tamanho da carga. Etiquete o sistema, identificando o fluido refrigerante e lubrificante a ser utilizado. Inicie o sistema e deixe-o estabilizar. Se o sistema apresentar falta de fluido refrigerante adicione mais fluido em pequenas quantidades (retirando fase liquida do cilindro) até que o sistema apresente condições desejadas. Observe os gráficos de pressão-temperatura fornecidos pelo fabricante, para comparar as pressões e temperaturas do fluido refrigerante que estiver sendo utilizado. O desempenho do sistema irá mudar rapidamente se o sistema estiver sobrecarregado ou com pouca carga. Visores de liquido na linha podem ser utilizados na maioria dos casos como referência, mas a carga correta do sistema deverá ser determinada medindo-se as condições de operação do sistema (pressões de sucção e descarga, temperatura na linha de sucção, amperagem do motor do compressor, superaquecimento). A carga do sistema, tomando-se como referência o visor líquido, poderá levar a uma sobrecarga do fluido refrigerante. 48 7. CONCLUSÃO Após coleta de dados visando quantificar e identificar o uso destes gases na MB, a Marinha do Brasil consubstanciou um quadro analítico sobre a situação dos utilizadores dos gases refrigerantes controlados pelo “Protocolo de Montreal” e legislação correlata. Os Navios da MB estão atendendo em parte ao anexo VI da MARPOL, conforme a disponibilidade e especificidade de cada caso, para os meios que ainda não dispõem de instalação adequada. A MB está procurando atender ao preconizado nos anexos nos quais seus meios podem ser enquadrados, das seguintes formas: para o Anexo VI (gases poluentes), estão sendo abordados nas especificações de novos meios navais, e devido às necessidades específicas de alguns meios, considerando o elevado custo de implantação destas soluções nos Navios existentes, para o atendimento do Anexo VI. Para os novos projetos de Navios da MB, são consideradas as regras da MARPOL. Os Navios da MB estão atendendo, em parte, ao previsto no protocolo de Montreal e na Convenção de Viena. O estudo confidencial elaborado em 17/07/2006 pela DEN, visou direcionar a MB para este atendimento, considerando que existe uma quantidade significativa de meios que ainda precisam se adequar. Contudo, todas as substituições recomendadas ainda não foram efetuadas. Em atendimento à consulta dos meios para se adequarem à legislação ambiental de gases, a DEN tem prestado assessoria e orientação técnica por meio de Pareceres e Especificações de Serviços de Engenharia (ESE) de Retrofit, elaborando, em algumas ocasiões, Especificações de Aquisição (EA) para compra de novos 49 equipamentos, visando o atendimento do Protocolo de Montreal e da Convenção de Viena. Relativo ao estudo confidencial da DEN de 17/07/2006: os gases substitutos mencionados no referido estudo não permanecem os mesmos, pois houve evolução na composição destes fluidos. O fluido refrigerante R-413A foi descontinuado pelo fabricante, e substituído pelo fluido R-437A. O fluido refrigerante R-422D passou a ser considerado como provável substituto para o Retrofit do fluido R-22. Para compressores novos de plantas frigoríficas, em princípio, o gás mais indicado passa a ser o R-404A. As observações relacionadas ao procedimento de Retrofit estão mantidas. A Diretoria Especializada recomenda manter o gás CFC-12 para os Navios com baixa prevista para 2010 e tem recomendado para os navios que tiveram suas baixas postergadas, o Retrofit utilizando o R-437A para substituição do CFC 12, porém é importante uma avaliação individualizada do problema, considerando as variáveis envolvidas (baixa prevista do meio, estado geral dos equipamentos, custos envolvidos). A DEN pretende tratar a questão do gás Halon-1211 nas turbinas fabricadas pela Rolls-Royce, após o fabricante específico indicar a solução técnica para este problema. Porém, outros fabricantes de turbinas indicam como possível solução a substituição do Halon pelo CO2. Em termos de resultados na extinção de incêndio tanto o Halon como o CO2 podem ser considerados agentes eficientes. Para definição do fluido a ser utilizado é necessária a orientação específica do fabricante da turbina. A Diretoria de Engenharia Naval – DEN, tem o controle parcial dos Navios que já substituíram os gases refrigerantes e extintores de incêndio prejudiciais à camada de ozônio, pois depende do envio contínuo de informações pelos Navios acerca das alterações nas instalações definitivamente concluídas e comissionadas, fato este que pode gerar algumas divergências e imprecisões. A Diretoria Especializada mantém efetivamente o controle da seguinte documentação: Pareceres, Estudos, Especificações de Aquisição (EA) de novos equipamentos e Especificações de Serviços de Engenharia (ESE) de Retrofit. 50 Alguns Navios já possuem gases refrigerantes que não agridem a camada de ozônio são: NAe “São Paulo”, Fragatas Classe “Niterói”, NE “Brasil”, Corveta “Barroso”, Corvetas Classe “Inhaúma”, Submarinos Classe “Tupi”, Submarino “Tikuna”, NDD “Ceará” e NPa Classe “Macaé”. Alguns Navios já possuem gás extintor (CO2) que não agride a camada de ozônio: Fragatas Classe “Greenhalgh”, Corveta “Barroso”, NPa Classe “Macaé”, NDCC “Mattoso Maia” e Corveta “Caboclo”. 7.1 Possíveis soluções para os Gases Refrigerantes: De forma a solucionar o problema, apresentam-se as seguintes possíveis soluções, que devem ser avaliadas, caso a caso, criteriosamente. Plantas que utilizam CFC-11 como gás refrigerante: a) Manter a planta e manter o gás, fazendo a manutenção na mesma e evitando a fuga do mesmo para a atmosfera até o término da vida útil da máquina. b) Manter a planta e substituir o CFC-11 pelo HCFC-123, após análise técnica da instalação, com a concordância do fabricante do compressor, cumprindo todos os procedimentos e substituindo os componentes originais por componentes adequados. Ressalta-se que esta solução é uma solução considerada provisória, visto que, o gás alternativo é um HCFC, ou seja, um gás também controlado pelo Protocolo de Montreal. c) Substituir a planta por uma nova, utilizando o HFC-134a como gás refrigerante. Plantas que utilizam CFC-12 como gás refrigerante: a) Manter a planta e manter o gás, fazendo a manutenção na mesma e evitando a fuga do mesmo para a atmosfera até o término da vida útil da máquina. b) Manter a planta e substituir o CFC-12 pelo HFC-134a, após análise técnica da instalação, com a concordância do fabricante do compressor, cumprindo todos os procedimentos e substituindo os componentes adequados. c) Manter a planta e substituir o CFC-12 por R–413A (“blend” a base de HFC134a), após análise técnica da instalação, com a concordância do fabricante do compressor, cumprindo todos os procedimentos. 51 d) Substituir a planta por uma nova, utilizando o HFC-134a como gás refrigerante. Plantas que utilizam HCFC-22 como gás refrigerante: a) Manter a planta e manter o gás, fazendo a manutenção na mesma e evitando a fuga do mesmo para a atmosfera até o término da vida útil da máquina. b) Manter a planta e substituir o HCFC-22 pelo R–407C (“blend” a base de HFC-134a) ou pelo R-417A (“blend” a base de HFC-134a), após análise técnica da instalação, com a concordância do fabricante do compressor, cumprindo todos os procedimentos e substituindo os componentes originais por componentes adequados. c) Substituir a planta por uma nova, utilizando o HFC-134a como gás refrigerante. OBS: A decisão entre fazer um Retrofit (neste texto empregado com o significado de substituir o tipo de gás refrigerante do sistema) ou substituir os sistemas de refrigeração existentes, deverá levar em conta o ciclo de vida útil dos equipamentos e dos meios utilizadores, a perda de capacidade de refrigeração aceitável pelos sistemas e os custos envolvidos (aquisição, retrofit, operação e manutenção). 7.2 Possíveis soluções para os Gases Extintores: De forma a solucionar o problema, apresentam-se as seguintes possíveis soluções, que devem ser avaliadas, caso a caso, criteriosamente: Sistemas que utilizam Halon-1301 como gás Extintor: a) Manter o sistema e o gás, fazendo a manutenção no mesmo e evitando a fuga acidental do gás para a atmosfera, e adquirindo o gás necessário para reposição em empresas cadastradas pelo IBAMA, conforme preconizado pela legislação em vigor. b) Substituir o sistema por um novo, utilizando o CO2 como gás extintor. c) Substituir o sistema por um novo, utilizando um gás alternativo como agente extintor, após estudo técnico realizado pela DE, de jurisdição do material. 52 Ressalta-se que dentre os gases alternativos a serem adotados, deve-se evitar o uso de HCFC. Sistemas que utilizam Halon-1211 como gás Extintor: a) Manter o sistema e manter o gás, fazendo a manutenção no mesmo e evitando a fuga acidental do mesmo para a atmosfera, e adquirindo o gás necessário para reposição em empresas cadastradas pelo IBAMA, conforme preconizado pela legislação em vigor. b) Substituir o sistema por um novo, utilizando um gás alternativo como agente extintor, após estudo técnico realizado pela DE, de jurisdição do material. Ressalta-se que dentre os gases alternativos a serem adotados, deve-se evitar o uso de HCFC. O investimento em programas ambientais, a nível mundial, é uma necessidade imediata, principalmente no que diz respeito ao controle da emissão de gases e resíduos poluentes, que danificam o solo e a atmosfera. 53 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. Gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável. 1.ed. Rio de Janeiro: Thex, 2008. As Camadas Atmosféricas. In Camada de Ozônio - Estratosfera. Camilaegiovancamadasatmosfericas.blogspot.com/2007/11/estratosferaestratosfera-chega-50-km.html Camada de Ozônio. In Ozonosfera. http://pt.wikipedia.org/wiki/Camada_de_oz5C3%B4nio. Visitado em 12.06.2010. ______. In Library Think Quest. www.library.thinkquest.org/C0126481/camoz.html. Visitado em 04.07.2010. LAROSA, Marco Antonio & AYRES, Fernando Arduini. Como produzir uma monografia: passo a passo...siga o caminho da mina. Rio de Janeiro: Wak, 2008. MARINHA DO BRASIL. Estudo Confidencial. Rio de Janeiro, 17.07.2006. MOURA, Luiz Antonio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental: sustentabilidade e implantação da ISO 14.001. 5.ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2008. Protocolo de Montreal. In O Brasil e o Protocolo de Montreal. www.protocolodemontreal.org.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=17525. Visitado em 12.06.2010. ______. In Ambiente gelado. www.ambientegelado.com.br/v21/index.php?option=com_content&view=article &id=22&Itemid=52. Visitado em 10.07.2010 ______. In Infoescola. www.infoescola.com/meio-ambiente/protocolo-demontreal/. Visitado em 10.07.2010. 54 QUERCUS. Associação Nacional de Conservação da Natureza. quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?... Visitado em 28.06.2010 Retrofit. In http://pt.wikipedia.org/wiki/Retrofit. Visitado em 12.06.2010. ______.. Artigo cedido pela Climoar Com. Impor. Serviço Ltda. / Dupont SANTANA, Alexandre Vianna & NEVES, João Paulo Dias. Adaptação dos sistemas da Marinha do Brasil à tecnologia livre de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal. Estudo elaborado a pedido da Marinha do Brasil, 2006. 55 ANEXOS ANEXO A – GRÁFICOS ANALÍTICOS I – MEIOS OPERATIVOS a) Utilizadores de gases refrigerantes controlados pelo Protocolo de Montreal: Ar Condicionado dos Navios da Esquadra 29% Frigoríficas dos Navios da Esquadra 4% CFC11 39% CFC12 67% HCFC22 Ar Condicionado dos Navios da DHN CFC12 HCFC22 61% Frigoríficas dos Navios da DHN 0% 38% CFC12 HCFC22 CFC12 HCFC22 62% 100% Frigoríficas de Nav ios Distritais Ar C ondicionado dos N avios D istritais 7% 3% CFC12 CFC12 CFC22 97% HCFC22 93% 56 b) Utilizadores de gases extintores controlados pelo Protocolo de Montreal. U tiliz adores no s N avios da D H N A e r o n ave u tiliz ad o r a d e Halo n Não utiliz ador 33% Halon 1301 halon 1211 7% halon 1301 24% Halon 1211 0% 67% Não Utilizador 69% Utilizadores Navios Distritais Navio da Esquadra utilizador de Halon Não 21% Sim Halon 1301 36% Não Utilizador 79% 64% 57 II – Organizações Militares de Terra Distribuição do HCFC-22 ComemCh Com1ºDN 0% Com2ºDN 6% 1% 2% 3% 2% 2% 9% 3% 15% Distribuição do CFC-11 por setores Com3ºDN EGN 25% Com4ºDN Com5ºDN Com7ºDN 2% Com6ºDN EGN 1% Com7ºDN 1% Com7ºDN 75% Com8ºDN Com9ºDN 3% 14% 22% ComFFE SGM Distribuição do CFC-12 por setores DGMM 0% 11% 4% DGPM 5% DGN CGCFN ComemCh 9% 6% 22% Com1ºDN 6% Com2ºDN Com3ºDN EGN 10% CASNAV Com4ºDN Com6ºDN TM 6% 28% 8% Com8ºDN DGPM CGCFN Distribuição do CFC-12 por m áquina Distribuição do HCFC-22 por tipo de m áquina 6% FRIGORÍFICA 10% ÁGUA GELADA 28% CHILLER 94% SELF CONTAINED FRIGORÍ FICA 62% 58 ANEXO B PLANEJAMENTO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE GASES REFRIGERANTES NOCIVOS À CAMADA DE OZÔNIO REFRIGERANTE R-12 Tipo/Classe Navio Sistema Nº de Plantas Quant. Utiliz. (kg) NAe São Paulo A-12 Ar cond. 1 600 Ar cond. 4/ navio 90/planta Possíveis Soluções Retrofit c/ R-413A Subst. p/ Equipto c/ R-134a Solução Recomen dada Subst. p/ Equipto c/ R-134a Custo Estimado (R$) Prazo 945.000 2008 Retrofit com R413 A e/ou Subst. p/ Equipto c/ R-134 (apenas Ar cond.) 150.000/n avio (Retrofit) F-40 F-41 Fragata Classe Niterói F-42 Retrofit com R-413A Substituição do equipamento F-43 F-44 Frigorífica 2/ navio 20/planta F-45 Fragata Classe Greenhalgh Fragata Classe F-46 Greenhalgh CT Pará Submarino Classe Tupi NDCC Mattoso Maia NDD Classe Ceará D-27 Retrofit com R-413A Retrofit com R-134a Substituição do equipamento Manutenção do R-12 F-46 Retrofit com R413A F-48/49 – Manut. do R-12 (2) 150.000 2007 Manutenção do R-12 4/ navio 78/planta Arcond/Fri g 4/2/ navio 78/24/plan ta F-49 – Manut. do R-12 (2) XXX XXX Retrofit com R-413A Retrofit com R-134a Manutenç ão do RSubstituição do 12 (3) equipamento Manutenção do R-12 XXX XXX 65.000 p/navio 2008 XXX XXX Ar cond 4 27/planta Frigorífica 1 60 Ar cond 2 75/planta Ar cond 2 143 S-30 S-33 G-28 2.970.000 / navio (Subst. Ar Cond.) (1) Ar cond F-48 F-49 2008 G-30 4 (G-30) Ar cond G-31 120/navio 2 (G-31) Frigorífica 2 210 Retrofit com R-413A Retrofit Substituição do com Requipamento 413A (4) Retrofit com R-413A Retrofit com R-134A Manutenç Substituição do ão do Requipamento 12 (5) Manutenção do R-12 Retrofit com R-413 A Retrofit com R-134a Retrofit Substituição do com Requipamento 413A 45.000 (G-30) 2008 60.000 (G-31) 59 NE Brasil Corveta Classe Imperial Marinheiro NApOc Ary Rongel U-27 Frigorífica 2 30/planta Frigorífica 2/navio 15/planta Ar cond (V-19) 1 30 V-15 V-19 H-44 Container Frigorífico 2 7,2/ container NHo Taurus H-36 Frigorífica 3 1,5/planta LPaN-21 CPRJ CPCE CPSP CPAOR Frigorífica 1 3/lancha Retrofit com R-413 A Retrofit Retrofit com R-134a com RSubstituição do 413A equipamento Retrofit com R-413A V-15 Retrofit com R-134a Manut. do Substituição do R-12 (5) equipamento Manutenção do R-12 V-19 Retrofit com R413A 40.000 2007 50.000 # 2006 Retrofit com R-413A Retrofit com R-134a Substituição do equipamento Retrofit com R413A 15.000 2007 Retrofit com R-413A Retrofit com R-134a Substituição do equipamento Retrofit com R413A 20.000 2007 Retrofit com R413A 10.000/lan cha 2008 Retrofit com R-413A Retrofit com R-134a Substituição do equipamento Obs.: (1) 4 plantas novas já adquiridas (2) Baixa prevista para 2006 e 2007 (3) Baixa prevista para 2005 (4) S-32 e S-33 – já realizados retrofit com R-413A (5) Baixa prevista para 2010 # Alterado PLANEJAMENTO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE GASES REFRIGERANTES NOCIVOS À CAMADA DE OZÔNIO REFRIGERANTE R-22 60 Tipo/Classe Navio Sistema NAe São Paulo A-12 Frigorífic a CT Pará D-27 Ar cond Unidade s self Cv Classe Inhaúma V-30 V-31 V-32 V-33 V-30 V-31 V-32 V-33 Nº de Plantas Quant Utiliz. (kg) 2 200 10 23 # Possíveis Soluções Solução Recomendada Retrofit com R-407C Retrofit com R-417A Substituição do equipamento Retrofit com R-407C Retrofit com R-417A Substituição do equipamento Manutenção do R-22 Custo Estima do (R$) Prazo Retrofit com R40.000 407C/417A 2015 Manutençã o do R-22 (1) XXX XXX Retrofit com R-407C Submarino Classe Tupi S-30 S-31 S-32 S-33 S-34 Ar cond 3/navio 150/ navio Retrofit com R-417A Substituição do equipamento Frigorífic a Frigorífic a 2/navio 2/navio 30/ navio # 60/ navio Manutenção do R-22 Retrofit com R-407C Retrofit com R-417A Substituição do equipamento Manutenção do R-22 V-30/31/33 - Retrofit com 120.00 R0/navi 407C/417A o V-32 Manut. do R-22 (2) Retrofit 50.000 com R/navio 407C/417A Obs.: (1) Baixa prevista para 2005 (2) Baixa prevista para 2005 # Alterado PLANEJAMENTO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE GASES EXTINTORES NOCIVOS À CAMADA DE OZÔNIO HALON-1211 2015 2015 61 Tipo/Classe Fragata Classe Niterói Fragata Classe Greenhalgh Indicativo naval Sistema utilizador Quantidade utilizada (kg) Possíveis soluções F-40 F-41 F-42 F-43 F-44 F-45 Extinção de incêndio turbina Olympus 42,9/navio Manutenção do halon 7,3/navio Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. 68/navio Manutenção do halon F-46 F-48 F-49 Extinção de incêndio turbina Olympus e Tyne Cv Classe Inhaúma V-30 V-31 V-32 V-33 Extinção de incêndio turbina GE Aeronave UH12/13 22 cilindros # 26 aeronaves Cabine de pilotagem Paiol de carga Aeronave IH-6B Extinção de 30 cilindros # incêndio da 19 aeronaves aeronave Aeronave UH-14 21 cilindros # 7 aeronaves Comp de pilotagem Paiol de carga Aeronave AH-11A 17 cilindros # 12 aeronaves Comp de pilotagem Paiol de carga Carro de Combate Leve SK105A2S ARRV 17 carros 1 carro 37 cilindros Extinção de incêndio do motor 1/cilindro Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Solução custo recomendada estimado Manutenção do halon Manutenção do halon Manutenção do halon Manutenção do halon Prazo XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX 1/cilindro Manutenção do halon Manutenção do halon XXX XXX 1,5/cilindro Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Manutenção do halon XXX XXX 1,2/cilindro Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Manutenção do halon XXX XXX Manutenção do halon 9,25/cilindro Subst. p/sist. Gás alt. 3.000/ 2006 carro (Estudo Subst. p/sist. (Estudo ) Gás alt. de Viabilidad 2012 e) Obs.: # Alterado PLANEJAMENTO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE GASES EXTINTORES NOCIVOS À CAMADA DE OZÔNIO HALON-1301 62 Tipo/Clas se Indicativo naval NAe São Paulo A-12 Sistema utilizador Praças de máquinas Fragata Classe Greenhal gh F-48 Praça de máquinas Sist JP-5 Conversores Cv Classe Inhaúma V-30 V-31 V-32 V-33 Quadros elétricos Praças de máquinas Comp. JP-5 Comp líquidos infl. Comp. JP-5 Praças de máquinas Praça de máquinas CCM Compart MCA Guindaste de 30T Praça de máquinas Praça de bombas QEP Quantidade utilizada (kg) Possíveis soluções 900 Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. 1072 Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Solução Custo recomendada estimado Subst. p/sist. CO2 ou 1.000.000 Subst. p/sist. Gás alt. Manutenção do halon (1) Prazo 2012 185.000 2012 V-32 Manutenção do halon (2) 250.000 p/navio 2012 Subst. p/sist. CO2 1022/navio Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. 1967 # Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Manutenção do halon (2) XXX XXX 539 Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 170.000 2012 3280 Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 750.000 2012 166/navio Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 150.000/ navio 2012 Subst. p/sist. CO2 ou Subst. p/sist. Gás alt. 150.000/ navio 2012 NDCC Mattoso Maia G-28 NSS Felinto Perry K11 NT Alte Gastão Motta G-23 NPa Classe Grajaú P-40 P-41 P-42 Praça de máquinas NPa Classe Bracui P-60 P-61 P-62 P-63 Praça de máquinas 140/navio Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. NApOc Ary Rongel H-44 Praça de máquinas 100 # Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 ou 100.000 # Subst. p/sist. Gás alt. 2012 NOc Antares H-40 Praça de máquinas 185 Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. P/sist. CO2 ou Subst. p/sist. Gás alt. 150.000 2012 NHo Classe Amorim do Valle H-35 H-36 H-37 Praça de máquinas e CCM 148/navio Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 60.000/ navio 2012 LaPN-21 CPRJ CPCE CPSP CPAOR Praça de máquinas 15/lancha Subst. p/sist. CO2 Manutenção do halon Subst. p/sist. Gás alt. Subst. p/sist. CO2 8.000/ lancha 2012 63 Aeronave 13 cilindros SH-3 7 aeronaves Carro Lagarta Anfíbio LVTPA-1 (CLAnf) 26 carros motor Compartiment o tropa Compartiment o motor 1,4/cilindro Manutenção do halon Manutenção do halon 14,1/carro Subst. p/sist. Gás alt. Manutenção do halon XXX XXX 2006 3.000/ carro (Estudo) Subst. p/sist. Gás alt. (Estudo de viabilidade) 2012 Obs.: (1) Baixa prevista para 2006 (2) Baixa prevista para 2005 # Alterado FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERISDADE CANDIDO MENDES 64 Título da Monografia: “A GESTÃO DOS GASES AMBIENTALMENTE CONTROLADOS NA MARINHA DO BRASIL” Autor: LEONARDO TANNURE Data da entrega: 31.07.2010 Avaliado por: Professor Dr. FRANCISCO CARRERA Conceito: ______