353
ISSN 0101 3084
CNENISP
j
ipen
ESTUDO
DA
COM
DA
ESTABILIDADE
N-ISOPROPILp
A
Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares
MEDULA
E
COMPORTAMENTO
131|. A NFETAMINA(IMP~ 131 0
BIOLÓGICO
E CORRELAÇÃO
ESPINHAL
Emiko MUR AMOTO, Setsuko Sato ACHANDO, Marycel Rosa F. Figols de BARBOZA
Ródza da Silva Valente GONÇALVES, Maria Tereza COLTURATO, Nilda da
Petrona Sosa de PEREIRA e Constância Pagano Gonçalves da SILVA
JANEIRO/1990
PUBLICAÇÃO IPEN 288
SAO PAULO
PUBLICAÇÃO IPEN 288
ESTUDO
13
DA
JANEIRO/1980
ESTABILIDADE
E
COMPORTAMENTO
BIOLÓGICO
DA
1 | ANFETAMINA (IMP-^ 1 !) E CORELAÇAO COM A MEDULA ESPINHAL
Emiko MURAMOTO, Sctsuko Sato ACHANDO. Marycd Rou F. Figols dt BARBOZA, Ródza da Silva
Valente GONÇALVES, Maria Tcraza COLTURATO. NiWa Patrona Sou da PEREIRA c
Constância Pagano Gonçalves da SILVA
DEPARTAMENTO DE PROCESSAMENTO
CNfN/aV
INSTITUTO DE PP.8OUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES
8AO PAULO - BRASIL
Série PUBLICAÇÃO IPEN
INIS Categories and Descriptors
C21.20
IODINE 131
RADIOPHARMACEUTICALS
SPINAL CORD
STABILITY
UPTAKE
IPEN Doc
3633
Aprovado para publicaçfo «ffl 04/12/89.
Nota; A radaçfo, onoprafia, conceito» a revifgo final tfc de rejponwibilidade dol*) autor(»i)
m ESTSVBILIDADE E onwcKmHFNro BTCLOGIGO DA N-ISCPRCPIL-P13l
I-ANFETAMINA ( I M P - l 3 1 I ) E OORRELMÍO COM A MHXKA ESPINHAL.
Sniko WRAMHTO, Setsuko SAto ACHANDO, Nazyoel Rosa F . F i g o l s de BftR., «6dza da S i l v a V a l e n t e GONÇALVES, Maria Tereza OCLTORATO, N i l Petrcna Soea â e PEREIRA e Constância Paqano Gonçalves da SILVA.
COMISSÃO NACIONAL DF FNER&A NUCXENR - SP
INST1VTP0 DE PESQUISAS ENENL£T'1CAS E MtXlEARES
Caixa P o s t a l 11049 - P i n h e i r o s
05499 - São Paulo - BRASIL
RESUMO
Fstüâoo-ae o comportamento biológico da IMP- I Injetandose o radiofármaco, por via endovenosa, ent ratos. A captação no cérebro e
pulmão foi rápida, aos 5 min. e manteve-se constante de 15 até 240 min.
No rínaóo a captação foi mais lenta que nos demais Órgãos, atingindo o
pico máximo aos 60 min. Na medula espinhal observou-se uma captação
'
maior entre 15 e 60 min. e um declínio aos 240 min. e 24 horas. No estu<V> da correlação com a medula espinhal verificou-se apenas u m captação
maior no pulmão aos 5 min. com um rápido decréscimo apôs 15 min. A estabilidade do produto durante 12 dias foi de 94,12% a 4°C e ã temperatura
ambiente a IMP- I pode ser usada até o 79 dia quando a percentages de
pnreza radioqufmica é de 93,07%.
ANO BIOLOGICAL BFHAVIOR CF M » - 1 3 1 I M D CORRELATION
WITH SPINAL CORD
« f W i m n , Setsuko Sato ACHANDO, Marycel Rosa F.Flqols de BAR«òrtza fla Silva Valente GONÇALVES, Maria Itereza OOOTmíflQ, Nil
da Petrona Sosa de PERRIRA e GDnstancia Paoano Gonçalves da SILVA.
CCKTSSto NACIONAL DE FNERGIA NUCIEAR - SP
CE PESOOKAS ©íFw35nc»s E NUCLEARES
Caixa Postal 11049 - Pinheiros
05499 - São Paulo - BRASIL
ABSTRACT
RiodistrUoution studies Mere perfened in rats after intravenous ly injection. The uptake in the brain and lung were rapid at 5
min an<* It keot almost constant from 15 to 240 min. lhe iptake in the
spinal oortf was hiaher ftetween 15 anfl 60 min. and decrease at 240 min.
anA 24 hours. In the correlation study with the spinal cord a hiaher
uptake in the luno was observed in 5 min. with a rapid decrease after
15 min. The staoility of131 I-IMP durinq 12 days was 94,12% at 49C and
can be usen up to seven days after the labelling when the radlocnemical
purity is 93,07%.
Winchel e col. (1980) descreveram, recentemente, o uso das
icdofenialquilaminas no estudo da função cerebral
e demonstraram e
superioridade da N-isoprcoil-p-I-anfetamina (IMP) baseados na elevada '
captação pelo cérebro.
A IMP-123I foi escolhida no estudo da perfusao cerebral,pe
IA S I » propriedade lipofllica, que possibilita atravessar o parenquima'
cerebral acós una injeção endovenosa. O "'washout" é lento permitindo asKim um tftrtx) adequado para obter imaoens estáticas ' .
Hoshi e col.
demonstraram a biodistribuicão da IMP- I
*n camunricnoos, por meio da autoradioqrafia, em cortes de seoçao saci —
tal e ooronárla em diferentes tempos. A captação pela medula espinhal '
parece ter o mesmo mecanismo que o cérebro, tanto em relação â estrutura celular oomo ã barreira hematoenoefálica.
Baseados neste trabalho nos propusemos estudar alguns õr oãos como cérebro, fíoado, pulmão, coração e correlaciona-los com os da
dos obtidos da medula espinhal, ainda não reportados na literatura.
Quanto a estabilidade do produto marcado com T , ela foi
determinada até 129 dia apôs a marcação.
INTERIM, E MfiTODO
A IMP marcada com Na- I, de acordo com Barboza e col.
foi injetada por via endovenosa 2960 KBq (RO yCi) em ratos adultos (Wis
tar) dp neso médio de 250 o. Após os períodos de tempos (5, 15, 30,60 ,
240 min e 24 hs), os animais foram sacrificados por decaptação e retira
dos o cérebro, medula espinhal, flqado, pulmão e coração. Estes órgãos'
form lavafos e a radioatividade determinada num contador qama, tipo po
cr , da Nuclear Chiaaoo. Os resultados foram expressos em % dose/orqão.
A estabilidade do produto foi determinada no 19, 59, 79 e
129 *ia após a preparação da IMP- I, mantido â temperatura ambiente e
a 4°C, usando o método de cromatoqrafia ascendente e papel Whatman W 1
(2x25 cm) e como fase móvel uma mistura de solventes clorofórmio,' metanol, Scido acético alacial (8b: 15:1).
A Tabela I, ilustra a distribuição biolôaica da I W - 1 3 1 I em
ratos (n =• 6) nos diferentes tentos após a administração da dose. Os
níveis máximos ^a caotação, medula espinhal, floado e pulmão foram de
1,06 , 1,59 e 5,R7% dose/õraão, respectivamente.
A "flabela II, mostra a correlação entre a captação da Pff>- I
nela medule espinhal com 06 demais õraãos em estudos. Observa-se que a_
oena*: no nulmão a cantação foi superior a da medula espinhal, sendo es
ta diferença mais acentuada aos 5 min. com rápido decaimento aos 15 mi
nutos e mantendo-se praticamente constante até às 24 horas.
A >Tabela III, mostra a estabilidade do produto em temperatura
ambíent-_e e a â°r. Observa-se uma percentaaem de pureza de 94,12% a 4°C
j*»nrto menos acentuaria â temperatura ambiente, de 88,18% no 129 dia.
A Fioura I, mostra as curvas de permanência de IMP- I no
cérebro, noração e medula espinhal. Observa-se uma captação rápida no
cérebro aos 5 minutos que permanece constante dos 15 a 240 minutos. Na
medula espinhal nota-se que a captação ocorre mais lentamente atingindo o seu máximo aos 30 minutos e declinando, lentamente, aos 240 minutos e 24 horas.
A Fioura 2 , mostra a diferença das curvas de permanência da
IMP- " I no pulmão e no fioado. No primeiro, verifica-se um rápido acü
mulo e imp^iatr decaimento aos 15 minutos, enquanto que, no seoundo, a
captarão ocorre de maneira inversa porém, mantendo-se, praticamente ,
constante após 60 minutos. As Figuras 1 e 2 , demonstram alta captação
<*» IMP- I no pulmão e coração aos b minutos seauido de uma rápida de
puracão na fase inicial e permanecendo constante até 240 minutos.
rr*rrnsSo
A anfetamina por causa de sua liposolubil idade é rapidamente
oelo cérebro, mantendo-ae constante dos 15 aos 60 minutos dados que> estão de acordo com outros autores ' que também explicam o
mecanismo como sendo:
1. liberação de IMP pelo pulmão nos primeiros minutos apôs a Injeção '
rta «lose.
2. liaaeão receptora de IMP.
3. distribuição em outros õrqãos.
No fíoado a captação é mais lenta que nos demias õrqãos atin
cindo a ativi^-a^te máxima aos 60 minutos após a dose acbninistrada.
Holmar. e ool.
atribuem este fenômeno ao acúmulo de metabolites da
IMP e ria própria IMP.
Nota-se que existe um oerto paralelismo na captação da
'
IMP- I pelo cérebro e medula espinhal, cuja afinidade parece ser '
maior neste último, porém a sua aplicação é limitada.
No estudo da correlação com os demais õrqãos observou-se que
a oaD*-acSc pulmonar esteve mais elevada aos 5 minutos e manteve-se '
constante corr. \w 'Uferencial menor nesta relação até às 24 horas. Esta
seletivirtade ^a IMP- I pelo pulmão e medula espinhal poderia ser exDÜcafla, não aoenas pela sua lipofiliddade, mas tanfcêm pela sua lioação receotora com as células, como foi descrito por Holman e col.
nos esturios feitos com a membrana celular do pulmão.
T
rft IMP-
-
Medula
Rsninhal
\
\
c,f»i'
o,n
1,06t0,22
I 6*1 RATOS (N = 6)
!
Pulroio
Fiaado
Coração
1,44 ±0,13 0,^4*0,14
5,R7 ± 1 , 1 1
0,99* 0,21
1,23*0,49
3,«»2 ±0,94
0,72* 0,25
1,56*0,16
30'
l,0Rt 0,20 1,69*0,12
1,57 ±0,29 3,38 ' 1 , 0
0,45* 0,12
60'
1,05t 0,14 1,65*0,10
1,59*0,32
3,11 ±0,29
0,3 :* 0,08
0^2*0,15
1,55*0,61
3,10 ±0,60 0,27* 0,11
240'
1,29*0,16
0,33 ±0,06 0,55*0,05 0,33*0,04
24 Hs
i
1,24 *0,33
t
0,13* 0,04
TTüBELfc I I - CCW0EU&C ENTRE CAPTKCRC DA I M > - l 3 I I DA hKDÜIA ESPIMftL
OOM 0 6 0RGRO6 EM ESTUDOS
1
15'
30'
60'
240*
24 Hs
flrqão \ .
1
Cérebro
0,56
0,61
0,64
0,63
0,71
0,60
Ficado
0,65
0,78
0,93
0,96
1,20
0,69
CaraçSc
0,66
0,46
0,26
0,20
0,21
0,23
Pulmão
4,07
2,51
2,00
2,00
7,40
2,25
% dose do órgão
C&lculo da relação';
% dose da medula espinhal
T3SBFIA III - ESTABILIDADE DA
Anfciente
4°C
19
98,77
98,71
59
94,57
96,51
79
93,07
95,49
129
88,18
94,12
Dia
^"^v.
10
f
(*
8
M
3
FIGURA 2 - TCMPO DE PSSMANfrJCIA DA RTOIOATIVIDADE DO 1MP- 1 3 1 T NO FÎGftDO E POUlSO AP06 A INJBÇfiD INTRAVENOSA
DO IMP.
12
REPERENCxAS BTBLICGRSFICAS
1. WINTHEL, H.S.; WALDWIN, R.M.; LIN, T.H. Development of I 1 2 3 labeled
amines for brain studies: Localization of I123 ioãopehnylalkyl amines
in rat brain. J.Nucl.Med. gl : 940 - 946, 1980.
2. HILL, T.C.; HQLMAN, B.L.; LOVELT, R. et al. Initial experience with
spect (sincrle-photon computerized tcmoqraphy) of the brain using
N-isoprooyl-I123-p-amphetamine: Concise conmunication. J.Nucl.Med.
2 | : 191 - 195, 1982.
3. HTCLMAN, B.L.; HILL, T.C.; MAGISTRbTI'l, P.L.
Brain imagins with
emission computed tomography and radiolaheled amines. Invest.Radiol.
12 : 206-215, 1982.
4. iiARBOZA, M.P.; OONCALVES, R.S.V.; MORAMDTO, E . ; ACHANDO, S . ; MARTI NE7, n . F . ; COLTORATO, M.T.; SILVA, C.G.P.; KNUST, J .
distribuição de N-isopropil-p-I-anfetandna (IMP-I
Marcação e b i o
) em rato.
Pu -
blicação IPEN n9 208, Setembro, 1988.
5. HDSHI, H.; JTNMOrJCHI, S . ; WATANABE, K.; UEDA, T.; KENOSIITEA, K.; YhMH3VCHI, T.; TAKARA, Y.;
tamine in mice.
Biodistribution of N-isopropyl-p-Iodo amphe
Nucl. Mad. B i o l . ^
( 2 ) , 127-131, 19b8.
6. KNTTST, E.J.; MACRULA, H,J,; BALDWIN, R.M.; CHEN, T.; FEINENDBSN, L.
E.
f»icklearmedi2in, 23 : 31-34, 1984. Sinthesi!» of N-isopropyl-p-
Iodoamphetamine and animal experiments with N-isopropyl-p-I
amphetamine (IMP) and
-iodo-
HP - 3-Oeoxi-3-Fluro-qlucose (3-PDG) as tracers
In brain and heart diagnostic s t u d i e s .
7. HODWN, F.L.; 7ÍIMME3WAN, R.E.; SCHAPIRO, J . * . ; KAPLAN, M.L.; JONES,
A.G.; Hnii, T.C.J. Biodistribution and dosinetry o N-isopropyl-p(I 1 2 3 ) io<V>anpheta«nine in the primate. J.Nucl.Med. 24 ' 922, 1983.
Download

CNENISP