VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS COM RELAÇÃO AO PERFIL ANTROMÉTRICO DO AGRICULTOR NA ÀREA DE ABRANGÊNCIA DE SANTO ÂNGELO Suzana Russo – Depto. de CET – URI Norberto Ilgner – Depto. ECC – URI Marlise Buzatto – Bolsista (PIBIC / CNPq) Graduanda do Curso de Informática 1. INTRODUÇÃO Os equipamentos e implementos agrícolas existentes no mercado caracterizam-se de uma maneira geral por não usarem perfis ergonométrico não contextuados com a realidade do agricultor brasileiro, isto é, não são projetados quanto ao seu dimensionamento ergonômico. Ao entrarmos em contato com determinado ambiente artificialmente produzido pelo homem, constatamos que alguns objetos são muito altos ou muito baixos, muito largos ou muito estreitos, muito próximo ou muito distantes. Eles não se adaptam adequadamente ao nosso organismo, sob o ponto de vista dimensional. Isso pode provocar aumentos de erros, acidentes, fadigas e desconforto. Por que isso acontece? Ou o projetista partiu de considerações errôneas no dimensionamento, ou mesmo, tendo aplicado os princípios corretos, não encontrou dados adequados para este dimensionamento. Máquinas e equipamentos projetados em outros países nem sempre são adequados as características antropométricas da população brasileira. Mesmo projetados no Brasil, muitas vezes são baseados em medidas de populações de outros países, por que ainda há insuficiência de pesquisas locais. Este projeto irá servir no redimensionamento de máquinas, implementos e utilidades de uso agrícola, através de subsídios que permitam o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de projetos existentes para a adequação as características do agricultor; e o aumento da produtividade através de redução de esforços físicos. 2 2. RESULTADOS Os trabalhos já concluídos referem-se as seguintes etapas: • Revisão bibliográfica em função do projeto anterior: “Perfil Ergonométrico do Agricultor da Área de Abrangência de Santo Ângelo: Uma Abordagem Estatística”. • Revisão bibliográfica; • Descrição dos equipamentos agrícolas; • Determinação dos valores dimensionais dos equipamentos agrícolas, de acordo com as normas técnicas existentes; • Determinação dos instrumentos de medida; • Levantamento dos dados (em andamento). 2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA EM FUNÇÃO DO PROJETO ANTERIOR 2.1.1 CONCEITOS ERGONOMÉTRICOS Ergonomia Segundo IIDA,1990, a ergonomia tem uma data oficial de nascimento: 12 de julho de 1949. Nesse dia, reuniram-se, pela primeira vez, na Inglaterra, um grupo de cientistas e pesquisadores interessados em discutir e formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência. Foi proposto o neologismo ergonomia, formado dos termos gregos ergo, que significa trabalho e nomos, que significa regras, leis naturais. Em 1948, através do projeto da cápsula espacial norte-americana, nasceu um conceito moderno de ergonomia. Segundo ele, a ergonomia é definida como o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Assim a ergonomia tem por objetivo, através do estudo do ser humano, aumentar a eficiência do seu trabalho, fornecendo dados para que este possa ser dimensionado de acordo com as reais capacidades e limitações do organismo. 3 A ergonomia ajuda a projetar máquinas adequadas ao uso humano, reduz a fadiga e o desconforto físico do trabalhador, diminui o índice de acidentes e ausência no trabalho. Em outras palavras aumenta a eficiência, reduz os custos e proporciona mais conforto e bem-estar ao ser humano. Segundo HUDSON, 1995, dependendo da situação a ergonomia pode ser classificada como: a) Ergonomia de concepção – ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante a fase inicial de projeto do produto, da máquina ou do ambiente; b) Ergonomia de correção – é aplicada em situações reais, já existentes, para resolver problemas que se refletem na segurança, na fadiga excessiva, em doenças do trabalhador ou na quantidade e qualidade da produção; c) Ergonomia de conscientização – consiste na conscientização do operador, através de cursos de treinamento e freqüentes reciclagens, ensinando-o a trabalhar de forma segura, reconhecendo os fatores de riscos que podem surgir, a qualquer momento, no ambiente de trabalho. Dentro do estudo da ergonomia devemos nos preocupar com as atividades motoras, onde um movimento de posição é aquele no qual os membros do corpo movem-se de uma posição específica para outra, e são classificadas em movimentos repetitivos, contínuos e seriados, mas na prática, em trabalhos mais complexos, geralmente estas classes de movimento aparecem combinados entre si . Um ramo da ciência cujo papel é de maior importância nos estudos ergonômicos é a estatística. Tradicionalmente, os métodos estatísticos mais usados em pesquisa biológica se baseiam em experimentos da agricultura. Entretanto esses métodos foram sempre satisfatórios ao se estudar o desempenho humano, onde os pequenos números envolvidos e a falta de controle sobre a variabilidade dos sujeitos criam problemas especiais. Agora, com o desenvolvimento de estatística não-paramétricas, algumas dessas dificuldades estão sendo enfrentadas (WIERZZBICKI e IIDA, 1975). 4 Antropometria Segundo SIQEUEIRA, 1976, a antropometria é o estudo das medidas humanas. As medidas humanas são muito importantes na determinação de diversos aspectos relacionados ao ambiente de trabalho no sentido de se manter uma boa postura. Os projetos de arranjo e espaço para trabalhar, bem como dos equipamentos pessoais, requerem atenção especial quanto à estrutura, dos movimentos e dimensões do corpo humano. Este é o assunto da antropometria, que está intimamente relacionada com a biomecânica. A antropometria é uma parte do domínio mais amplo da antropologia física, e estuda as medidas das várias características do corpo humano ( dimensões lineares, diâmetros, pesos, etc.). Antropometria Estática É aquela em que as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos. Elas devem ser aplicadas no projeto de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no caso do mobiliário em geral. Sempre que possível, as medidas antropométricas devem ser tomadas diretamente de uma amostra dos próprios usuários do sistema ou produto a ser projetado. Entretanto quando isso não for possível ou economicamente justificável, pode-se recorrer a tabelas, pelo menos em primeira aproximação (ver SIQUEIRA, 1976). Antropometria Dinâmica e Funcional Segundo SIQUEIRA, 1976, a antropometria dinâmica mede os alcances dos movimentos. Os movimentos de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo estático o seu uso é recomendado para projetos de máquinas ou postos de trabalho com partes que se movimentam. A antropometria funcional se refere a conjugação de diversos movimentos para se realizar uma função. 5 Os dados da antropometria estática servem a muitos propósitos. No entanto quando se deve levar em consideração os movimentos, mudança na postura e outras funções dinâmicas, seu uso não resolve adequadamente o problema. Isto explica a atenção cada vez maior que tem sido dada à antropometria dinâmica. Sua maior atenção está voltada para as medidas funcionais, isto é, medidas das pessoas enquanto executam uma função. Segundo IIDA, 1973, os postulados mais importantes da antropometria dinâmica estão relacionado ao fato de que, na execução das várias funções físicas, os membros do corpo não operam independentemente, mas em conjunto. Temos que reconhecer as interações dos movimentos. O limite prático do alcance do braço, por exemplo, não depende apenas de seu comprimento, mas é também afetado pelo movimento das costas e pela função a ser executada pela mão. Estas e outras variáveis tornam difícil, ou pelo menos muito arriscado tentar resolver todos os problemas com dados obtidos através da antropometria estática. Princípios Para Aplicação Dos Dados Antropométricos Segundo, IIDA, 1973, os princípios para aplicação dos dados antropométricos são: a) Primeiro Princípio : Projetos para o tipo médio – A pessoa média é uma abstração matemática obtida de medidas quantitativas como o peso ou estatura; b) Segundo Princípio : Projetos para indivíduos extremos – Se existir algum fatos limitativo no projeto ( no sentido de que pessoas acima ou abaixo de uma dada dimensão não estariam bem acomodadas ), deveremos empregar o segundo princípio, que consiste em tentar acomodar os casos extremos, o maior ou menor, dependendo do fator limitativo do equipamento; c) Terceiro Princípio : Projetos para faixas da população – São, por exemplo os casos do assento do automóvel, cadeiras de secretárias, ou cintos com furos. No terceiro princípio também se enquadram certos produtos que apresentam tamanhos discretos, como a numeração de camisas e sapatos; d) Quarto princípio: Projeto para o indivíduo - São os casos de aparelhos ortopédicos, roupas feitas “sob medida” no alfaiate ou pessoas que tenham pé maior que o tamanho 44 e que precisam encomendar os seus sapatos. 6 Ergonomia X Design Industrial Em projetos de produtos industriais, segundo DIAS, 1997; MAYER 1990; e SLACK 1997, um dos desenvolvimentos mais recente da Engenharia de Produto é o "Industrial Design" que estuda o projeto de Produtos industriais de consumo para serem produzidos em série. No caso dos produtos de consumo, a substituição da produção por encomenda pela produção em série, obriga o uso da estatística na fase do projeto, pois, geralmente os produtos industrializados não podem ser ajustados após sua fabricação, devendo ser projetados de acordo com a população dos possíveis consumidores. Para isso devemos conhecer suas medidas biométricas (altura comprimento dos braços e dos pés, largura do ombro, etc.), as quais obedecem a distribuições normais. Assim sendo, o conhecimento da média e do desvio padrão destas distribuições é de extrema utilidade no projeto de produtos industriais. Por esta razão, os especialistas em Engenharia Humana tem se preocupado em estabelecer os valores destes parâmetros para a maioria das medidas biométricas relevantes no projeto de produtos, tais como: altura do pé, altura sentado, largura dos ombros, distância entre o assento da cadeira e a ponta do joelho da pessoa sentada amplitude dos movimentos voluntários, acuidade auditiva e visual, etc. Atualmente no país por falta de estudos que indiquem o perfil antropométrico que corresponde a realidade do agricultor brasileiro, o projeto de máquinas e implementos agrícolas muitas vezes não combinam com as reais condições dimensionais deste agricultor causados pelo uso de parâmetros antropométricos europeus ou norte americanos. Assim sendo, a média obtida pelos padrões citados não corresponde a média obtida com a realidade do nosso agricultor, ocasionando projetos que pecam pela sua eficiência por não atender de maneira ideal a relação homem máquina. 7 2.1.2 CONCEITOS ESTATÍSTICOS Estatística A estatística tem sido usada desde a antigüidade como uma ferramenta auxiliar de todas as ciências; ela utiliza números para a coleta, organização, resumo e apresentação de dados e também para a obtenção de conclusões e a tomada de decisões razoáveis. Classificação da Estatística a) Estatística Descritiva – é a parte da estatística que procura descrever e analisar um certo fenômeno; b) Estatística Indutiva – é a parte da estatística que se preocupa em tirar conclusões e fazer interpretações dos resultados obtidos. Apresentação dos Dados Dados Estatísticos Para se fazer uma análise de um determinado fenômeno, temos que fazer um levantamento estatístico do mesmo. Através deste levantamento, obtém-se um contato com a realidade do fato, fenômeno, procurando-se analisá-lo por meio de seu comportamento numérico. Etapas Básicas do Levantamento A primeira etapa do levantamento consiste no planejamento de quem, o que, por que e quando será realizado. A partir daí serão obtidas as respostas que darão a equipe as coordenadas para a “partida”. 8 Como etapas seguintes, temos a coleta, crítica, apuração e apresentação dos dados obtidos. Medidas Estatística As Medidas de Tendência Central são os únicos valores que representam um conjunto de valores. Nunca podem ser menor do que o menor valor do conjunto considerado, nem maior do que o maior valor do mesmo conjunto. As principais medidas de tendência central se dividem em: Média - aritmética, geométrica, harmônica, quadrática; Mediana; Moda; Separatrizes. 2.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA EM FUNÇÃO DAS NORMAS TÉCNICAS EXISTENTES Após a análise das Normas Técnicas referentes ao dimensionamento de máquinas e equipamentos agrícolas, constatamos que não existiam normas brasileiras que atendessem a necessidade de nosso estudo. Com isso, tomamos como base as normas Espanholas UNE 68 - 046 de dezembro de 1983 (baseada nas normas UNE 68 - 025 e UNE 68 - 047) e UNE 68 - 047 de junho de 1984 (baseada nas normas UNE 68 - 010 e UNE 68 25), (anexo 1). Além das normas espanholas UNE, utilizamos a norma NBR 9405 (anexo 1), elaborada pela BNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Tais normas serviu como subsídio para determinação do ponto de referência do assento nos tratores e máquinas agrícolas estudados. 9 2.3 DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS Para a obtenção dos dados necessários a realização do deste estudo, foram selecionados junto as principais concessionárias da região alguns tratores e colheitadeira. Dentre as marcas mais procuradas, até o presente momentos realizamos as seguintes medições: • colheitadeira SLC 6200 sem a cabine de proteção; • Trator Ford modelo 4630 e modelo 7630; • Trator Massey - Fergunson modelo 275 e modelo 292; • Trator Valmet. 2.4 DETERMINAÇÃO DOS VALORES DIMENSIONAIS DOS EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS DE ACORDO COM AS NORMAS TÉCNICAS EXISTENTES 2.4.1 ELEMENTOS QUE AFETAM A ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS 2.4.1.1 Acesso e Dimensões do Posto de Trabalho As normas internacionais (ISO 4252 e a Directiva CEE 77/150) estabelecem dimensões mínimas para os pedais de acesso ao posto de condução do trator o primeiro elo do degrau deve estar no máximo 550 mm do solo (ótimo 500mm), e entre os pedais sucessivos não deve haver uma superação a 300 mm, com 1500 mm como zona livre para a movimento do pé. A altura dos pedais deve superar a 200 mm. 2.4.1.2 Ergonomia dos Comandos Os pedais não devem obstruir os acessos. Se recomenda marcar sobre cada comando, ou em proximidades o símbolo da função que realiza. A posição dos comandos com respeito ao condutor, condiciona a facilidade de acionamento e esforços máximos que 10 se pode realizar. Para poder conduzir o trator comodamente e com mínimo cansaço se recomenda para esta posição do condutor sentado os seguintes ângulos : Angulo da cadeira, entre a cadeira e o muslo: 120° Angulo entre a planta do pé e panturrilha: 90 - 120° Angulo de rodilha : 90 - 150° Angulo do ombro : 0 - 70° Angulo de coda : 60 -180° Adaptando estas dimensões a norma internacional ISO 4253 estabelece as posições relativas entre o assento e os correspondentes freios, embreagem, acelerador e volante de direção, sendo conveniente que o mecanismo da direção proteja o retorno causado por irregularidade do terreno. Os comandos e dispositivos de elevação e descida devem estar protegidos para evitar acidentes com seu funcionamento. As embreagens devem cumprir sua função sem precisar de grandes esforços. Se recomenda que os esforços necessários para acionar os comandos esta de acordo com sua posição relativa e a forma de atuação. Assim, para os freios não se deve superar a 60 daN nos pedais e 40 nas alavancas; as embreagens se admite 35 daN para um simples efeito e 40 para os duplos, na direção pode necessitar um esforço máximo de 60 daN. A forma dos pedais deve estar de acordo com sua maneira de acionamento, sua superfície deve ser antideslizante e seu movimento mais paralelo possível. 2.4.1.3 Segurança nos Dispositivos de Engate Os tratores agrícolas realizam um trabalho arrastando ou acionando máquinas que previamente se engancham utilizando elementos normalizados. Esta normalização se cumpre sistematicamente pelos fabricantes de tratores e no entanto pelos fabricantes de implementos agrícolas. Os engates de desengates podem produzir danos por caídas dos implementos, ocasionando acidentes por uma má coordenação entre o tratorista e o ajudante e ainda o elevador hidráulico pode provocar movimentos inesperados. A solução técnica para limitar 11 este tipo de acidente com dispositivos automáticos de engate, que possibilite que o condutor realize por si só e com rapidez todos os acoplamentos. A utilização de um engate automático limita as subidas e baixadas do posto de comando, o que pode causar com freqüência acidentes e evita tanta manipulação acrobáticas que acabam com caída mortal sobre o aparelho. 2.4.2 FATORES AMBIENTAIS DA POSIÇÃO DE CONDUÇÃO Os fatores ambientais que influenciam no rendimento no trabalho e a saúde do trabalhador são: • ruído; • as vibrações mecânicas; • condições climáticas; • as partículas e produtos de substância química que o ar mantém em suspensão. Não há um estudo no efeito combinado destes fatores. 2.5 DETERMINAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS Os instrumentos utilizados nas medições foram: fita métrica, esquadro, e o escalímetro. 2.6 LEVANTAMENTO DOS DADOS O levantamento dos dados encontra-se em andamento, a seguir apresentaremos os dados coletados até o momento. 12 2.6.1 ACESSO AO HABITÁCULO EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS As tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, apresentam as dimensões mínimas do acesso ao habitáculos em máquinas agrícolas, estabelecidas pelas normas UNE (anexo 1), e os valores correspondentes obtidos nas medições que estão sendo efetuadas nas marcas de tratores e colheitadeiras mais procuradas, conforme as posições definidas pelas letras na figura 1: Figura 1: Acesso ao Habitáculo em Máquinas Agrícolas 13 2.6.1.1 Tratores Ford MODELO 4630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 4630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 120º B 670 C 750 D 450 480 +30 E 1330 1560 +230 F 270 320 +50 G 285 H 285 190 -95 I Ca 550 600 +50 Tabelas 1: Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 4630 MODELO 7630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 7630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 120º B 670 C 750 D 450 460 +10 E 1330 1425 +95 F 270 520 +250 G 285 205 -80 H 285 225 -60 I Ca 550 530 -20 Tabelas 2: Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 7630 2.6.1.2 Tratores Massey Fergunson MODELO 292 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 292 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 120º B 670 C 750 D 450 530 +80 E 1330 1650 +320 F 270 730 +460 G 285 290 +5 H 285 I Ca 550 570 +20 Tabelas 3: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 292 14 MODELO 275 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 275 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 120º B 670 C 750 D 450 390 -60 E 1330 1660 330 F 270 490 220 G 285 180 -105 H 285 I Ca 550 650 +100 Tabelas 4: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 275 2.6.1.3 Tratores Valmet MODELO 85 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 85 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 120º B 670 C 750 oD 450 500 +50 E 1330 1620 +290 F 270 690 +420 G 285 315 +30 H 285 I Ca 550 610 +60 Tabelas 5: Medidas Norma UNE/ Trator Valmet - Modelo 85 2.6.1.4 Colheitadeira SLC MODELO 6200 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 6200 (mm) VARIAÇÃO(mm) A 120º B 670 C 750 D 450 E 1330 F 270 600 +330 G 285 300 +15 H 285 I Ca 550 450 -100 Tabelas 6: Medidas Norma UNE/ Colheitadeira SLC - Modelo 6200 15 2.6.2 DIMENSSÕES DOS HABITÁCULOS MÁQUINAS AGRÍCOLAS As tabelas 7, 8, 9, 10, e 11, apresentam as dimensões dos habitáculos em máquinas agrícolas, estabelecidas pelas normas UNE (anexo 1), e os valores correspondentes obtidos nas medições que estão sendo efetuadas, conforme as posições das definidas na figura 2: Figura 2: Dimensões do Habitáculos em Máquinas Agrícolas 2.6.2.1 Tratores Ford MODELO 4630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 4630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 300 210 -90 B 300 210 -90 C 450 (min) 510 +60 D 1050 (min) 830 -220 E 450 500 +50 F 1050 (min) 1100 +50 G 450 330 -120 H 150 150 0 I 300 415 +115 J 900 1100 +200 Tabelas 7: Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 4630 16 MODELO 7630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 7630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 300 220 -80 B 300 220 -80 C 450 (min) 550 +50 D 1050 (min) 810 -240 E 450 450 0 F 1050 (min) 1020 -30 G 450 350 -100 H 150 150 0 I 300 422,5 122,5 J 900 1000 +100 Tabelas 8 : Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 7630 2.6.2.2 Tratores Massey Fergunson MODELO 292 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 292 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 300 250 -50 B 300 250 -50 C 450 (min) 530 +80 D 1050 (min) 1050 0 E 450 910 +460 F 1050 (min) 1260 210 G 450 380 -70 H 150 165 +15 I 300 400 +100 J 900 550 -350 Tabelas 9: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 292 MODELO 275 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 292 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 300 250 -50 B 300 250 -50 C 450 (min) 460 +10 D 1050 (min) 1000 -50 E 450 920 +470 F 1050 (min) 1130 +80 G 450 380 -70 H 150 150 0 I 300 390 +90 J 900 540 -360 Tabelas 10: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 275 17 2.6.2.3 Tratores Valmet MODELO 85 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 85 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 300 245 -55 B 300 260 -40 C 450 (min) 590 +140 D 1050 (min) 1100 +50 E 450 900 +450 F 1050 (min) 1130 +80 G 450 400 -50 H 150 180 +30 I 300 440 +140 J 900 500 -400 Tabelas 11: Medidas Norma UNE/ Trator Valmet - Modelo 85 2.6.2.4 Colheitadeira SLC Esta colheitadeira não possui cabina, não sendo possível realizar estas medições. 2.6.3 POSIÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO As tabelas 12, 13, 14, 15, 16, e 17, apresentam as dimensões dos dispositivos de acionamento, estabelecidas pelas normas UNE (anexo 1), e os valores correspondentes obtidos nas medições que estão sendo efetuadas nas marcas de tratores e colheitadeiras mais procuradas, conforme as posições das definidas pelas letras, na figura 3: 18 Figura 3: Posição dos Dispositivos de Acionamento em Máquinas Agrícolas 19 2.6.3.1 Tratores Ford MODELO 4630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 4630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 590 0 625 ± 50 B 270 -30 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 200 0 D 700 – 855 -265–+110 985 –725 ± 20 E 570 +65 265 – 485 ± 20 F 400 (max) 400 0 G 300 (max) 300 0 H 75 (min) 240 +165 I 300 – 150 240 0 J 150 120 -30 K 400 0 400 ± 50 L 150 160 +10 M 260 (min) 340 +80 N 450 (min) 470 +20 Tabelas 12: Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 4630 MODELO7630 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 7630 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 600 0 625 ± 50 B 250 -100 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 170 +20 D 620 – 800 -345–+50 985 –725 ± 20 E 490 0 265 – 485 ± 20 F 400 (max) 410 +10 G 300 (max) 370 +70 H 75 (min) 240 +165 I 300 – 150 300 0 J 150 185 +35 K 350 0 400 ± 50 L 150 160 +10 M 260 (min) 340 +80 N 450 (min) 460 +10 Tabelas 13: Medidas Norma UNE/ Trator Ford - Modelo 7630 20 2.6.3.2 Tratores Massey Fergunson MODELO 292 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 292 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 730 +55 625 ± 50 B 200 -150 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 240 0 D 650 -55 985 –725 ± 20 E 490 0 265 – 485 ± 20 F 400 (max) 430 +30 G 300 (max) 350 +50 H 75 (min) 230 +155 I 300 – 150 240 0 J 150 220 +70 K 400 0 400 ± 50 L 150 180 +30 M 260 (min) 370 +110 N 450 (min) 460 +10 Tabelas 14: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 292 MODELO 275 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 275 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 670 -5 625 ± 50 B 190 -160 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 210 0 D 670 -35 985 –725 ± 20 E 490 0 265 – 485 ± 20 F 400 (max) 425 +25 G 300 (max) 360 +60 H 75 (min) 235 +160 I 300 - 150 250 0 J 150 225 +75 K 410 0 400 ± 50 L 150 160 +10 M 260 (min) 390 +130 N 450 (min) 460 +10 Tabelas 15: Medidas Norma UNE/ Trator Massey Fergunson - Modelo 275 21 2.6.3.3 Tratores Valmet MODELO 85 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 85 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 700 +25 625 ± 50 B 190 +160 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 210 0 D 630 -75 985 –725 ± 20 E 500 0 265 – 485 ± 20 F 400 (max) 450 +50 G 300 (max) 370 +70 H 75 (min) 200 +125 I 300 - 150 195 0 J 150 240 +90 K 460 +10 400 ± 50 L 150 200 +50 M 260 (min) 360 +100 N 450 (min) 420 -30 Tabelas 16: Medidas Norma UNE/ Trator Valmet - Modelo 85 2.6.3.4 Colheitadeira SLC MODELO 6200 MEDIDAS NORMA UNE (mm) MODELO 6200 (mm) VARIAÇÃO (mm) A 530 à 900* 0 625 ± 50 B 200 -150 400 ± 50 C 150 + 100 / -50 250 0 D 750 +5 985 –725 ± 20 E 550 +45 265 – 485 ± 20 F 400 (max) ** G 300 (max) 220 0 H 75 (min) 200 +125 I 300 - 150 200 0 J 150 ---------K 440 0 400 ± 50 L 150 160 +10 M 260 (min) 450 +190 N 450 (min) 470 +20 Tabelas 17: Medidas Norma UNE/ Colheitadeira SLC - Modelo 6200 * A base da direção oferece deslocamento para frente e para trás para regulagens de distância. ** O acelerador é manual. 22 3. CONCLUSÃO Devido a fase em que o projeto se encontra, não apresenta conclusão. 4. MATÉRIA ENCAMINHADA PARA PUBLICAÇÃO O trabalho até a fase atual foi apresentado no “IV Seminário de Iniciação Científica, IV Mostra de Iniciação Científica e II Seminário de Integração de Pesquisa e Pós – Graduação”, coordenado pelo Departamento de Lingüística, Letras e Artes da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, realizado em Santiago – RS, no dia 08 de outubro de 1998. Segue em anexo o xerox do resumo do evento (anexo 3). 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______,Anais do Seminário Internacional de Modernização Agrícola. 1988. BALASTREIRE, Luiz Antônio. Máquinas Agrícolas. Ed. Manole Ltda. Antropometria III - Estatística. In: CIPA - Caderno Informativo de Prevenção de Acidentes. Ed.197, São Paulo,1996, p.20. FONSECA, I.S. e MARTINS. G.A. Estatística Aplicada. SP. Ed. Atlas. 1989. LAVILLE, Antoine. Ergonomia. Ed. Pedagógica e Universitária. 1977. LOURENÇO FILHO, Rui de C. B. Controle Estatístico de Qualidade. Ed. Livros Técnicos e Científicos. 1995. MACHADO, José Olavo. História de Santo Ângelo e das Missões nos nossos dias. 1981. 23 MARQUEZ, Luiz. Ergonomia e Segurança no Projeto e Utilização de Máquinas Agrícolas. Ed. UFSM. 1997. MARTINS, Gilberto de Andrade. & DONAIRE, Denis. Princípios de Estatística Ed. Atlas.1991. MILONE, Giuseppe. Estatística Geral. Ed. Atlas. 1993. RODRIGUES, Pedro Carvalho. Bioestatística. Ed. Universitária. 1993. SPIEGEL, Murray (a). Estatística. Coleção Schaum. Ed. Mc Graw-Hill Book do Brasil. 1976. SPIEGEL, Murray (b). Probabilidade e Estatística. Coleção Schaum. Ed. Mc Graw-Hill Book do Brasil. 1978. SILVA, Ermes Medeiros. et al. Estatística. Ed. Atlas. Vol I. 1995. SILVA, Ermes Medeiros. et al. Estatística. Ed. Atlas. Vol II. 1995. HUDSON, Araújo Couto, Ergonomia Aplicada ao Trabalho – O manual técnico da máquina humana. Ed. Ego editora Ltda., 1995. Vol I. HUDSON, Araújo Couto, Ergonomia Aplicada ao Trabalho – O manual técnico da máquina humana. Ed. Ego editora Ltda., 1995. Vol II. IIDA, Itiro. Ergonomia, Projeto e Produção. Ed. Edgard Blücher Ltda, 1973. IIDA, Itiro. Ergonomia, Projeto e Produção. Ed. Edgard Blücher Ltda, 1990. WIERZZBICKI, Henri e IIDA, Itiro. Ergonomia. Ed. Faculdade de Engenharia Industrial. 1975. 24 6. PESPECTIVA DE CONTINUIDADE OU DESDOBRAMENTO DO TRABALHO Como perspectiva para continuidade do projeto, sugere-se a realização de medições de ruído e vibrações mecânicas em máquinas agrícolas, observando as condições climáticas as quais são submetidas, pois segundo MARQUEZ, 1997, não existe estudo referente a estes fatores combinados.