EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES
-Lamarck
Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da
evolução.
Em sua teoria, Lamarck sustentou que a progressão dos organismos era
guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações, os organismos
procuram adaptar-se a ele.
Nesse processo de adaptação, um ou mais órgãos são mais usados do que
outros. O uso ou o desuso dos diferentes órgãos alterariam características do
corpo, e estas características seriam transmitidas para as próximas
gerações. Assim, ao longo do tempo os organismos se modificariam, podendo dar
origem as novas espécies.
Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas
leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de
determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o
desuso faz com que se atrofiem;
-Darwin
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria
evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural.
Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores
chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior
de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados
para aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem
ser resumidos no seguinte modo:

Os indivíduos de uma mesma espécie
apresentam variações em todos os caracteres,
não sendo, portanto, indenticos entre si.

Todo organismo tem grande capacidade de
reprodução, produzindo muitos descendentes.
Entretanto, apenas alguns dos descendentes
chegam à idade adulta.

O número de indivíduos de uma espécie é
mantido mais ou menos constante ao longo das
gerações.

Assim, há grande "luta" pela vida entre os
descendentes, pois apesar de nascerem muitos
indivíduos poucos atingem a maturalidade, o
que mantém constante o número de indivíduos
na espécie.

Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do
ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando
comparados aos organismos com variações menos favoráveis.

Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de
deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos,
estes
apresentam
essas
variações
vantajosas.

Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os
indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.
-Fixismo
Quando o Homem se começou a dar conta dos seres vivos que o rodeavam,
tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem como o seu próprio
aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objetivo era explicar o
surgimento
e
desenvolvimento
das
espécies
vivas.
Como se sabe segundo algumas crenças, existe uma ou várias entidades todopoderosas responsáveis pela criação de tudo o que conhecemos. Estas crenças,
bem como a aparente idéia de que os animais, geração após geração,
permanecem imutáveis, levaram ao aparecimento do princípio, que durante muitas
centenas de anos foi tido como certo, de que a entidade toda poderosa era perfeita,
pelo que tudo o que criava teria de ser perfeito também. Assim, surgiu a teoria
fixista:
Fixismo: Esta teoria pretende explicar o surgimento das espécies, afirmando que
estas surgiram sobre a Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi criada,
pelo que, uma vez que não havia necessidade de mudanças, as espécies
permaneciam imutáveis desde o momento em que surgiram. Deste modo, e de
acordo com esta teoria, não haveria um antepassado comum. No entanto, para a
explicação do surgimento das espécies primordiais há várias opiniões:
– Anaximandro (611-546 a.C.): Este autor considerava que os primeiros animais
surgiram de uma “vasa marinha” a partir da qual surgiram todos os outros animais;
o
Homem
teria
surgido
do
ventre
dos
peixes.
Deste modo, desenvolveram-se dentro do fixismo outras teorias que pretendiam
explicar o surgimento das espécies.
Geração
espontânea
Segundo Aristóteles, autor desta teoria, e influenciado pela teoria platónica da
existência de um mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem por
geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às
diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de
uma massa inerte segundo um princípio activo. (Por exemplo, nascer um rato da
combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A geração espontânea permaneceu como idéia principal do surgimento das
espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização
ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma idéia chave
para
a
teoria
que
surgiria
a
seguir
Criacionismo
O criacionismo era visto por teólogos e filósofos de modos diferentes: os teólogos
afirmavam que Deus, o ser supremo e perfeito, tinha criado todos os seres e, uma
vez que era perfeito, tudo o que criava era perfeito também, pelo que as espécies
foram colocadas no mundo já adaptadas ao ambiente onde foram criadas, e
permaneceram imutáveis ao longo dos tempos; os filósofos, embora também
apoiassem a criação das espécies por Deus, acrescentavam que, quando se
verificava uma imperfeição no mundo vivo, esta devia-se ao ambiente, que era
corrupto
e
mutável,
portanto
imperfeito.
Assim, e segundo esta teoria, o aparecimento de novas espécies eram impensável,
bem como a extinção de outras.
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EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES -Lamarck Lamarck, naturalista francês