Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014 Segmento: TCERS 14/01/2014 | Diário de Santa Maria | Economia | 6 O próximo passo Até segunda, prefeitura fará levantamento de custos A prefeitura de Santa Maria deve finalizar, até a próxima segunda-feira, o levantamento das despesas com combustíveis e insumos, como peças, pneus e acessórios, materiais levados em consideração para o cálculo da passagem do transporte coletivo. A informação partiu do secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini. Segundo ele, a medida é uma forma de mensurar todos os gastos e, com isso, “saber ao certo” o que é que pode ser concedido de reajuste da tarifa, numa resposta ao pedido da Associação dos Transportadores Urbanos de Santa Maria (ATU), que encaminhou novo pedido à prefeitura na última sexta-feira. O presidente da ATU, Luiz Fernando Maffini, afirma seguir à espera de um retorno da prefeitura quanto ao pedido da ATU por um novo cálculo da planilha de custos, que é considerada a primeira etapa para o reajuste. Maffini acredita que o novo valor da passagem não deva ficar abaixo de R$ 2,70 (a tarifa custa, há dois anos, R$ 2,45). O secretário Passini sustenta que “ainda é cedo” para se falar em valores. Contudo, Passini sustenta que, depois de finalizado o estudo, que está sendo feito por servidores da pasta, o material será encaminhado ao Conselho Municipal de Transportes e, inclusive, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE): – Vamos submeter a planilha ao TCE, até porque eles (do Tribunal) terão condições de dizer se as planilhas apresentadas estão utilizando fórmulas de cálculos que sejam adequadas. Maffini se vale de números para dizer que o consórcio SIM (Sistema Integrado Municipal), composto por seis empresas, tem cumprido as exigências feitas pela prefeitura desde 2010 em relação à frota e aos serviços prestados. Segundo ele, em 2011, as empresas somavam, juntas, 200 veículos. Atualmente, o total da frota é de 236 ônibus: – Padronizamos e renovamos a frota, viabilizamos a bilhetagem eletrônica e a passagem integrada. Estamos fazendo a nossa parte. Uma das instituições mais vigilantes quanto ao preço da passagem, o DCE da UFSM, vê com temor o pedido de novo aumento. O coordenador-geral do DCE, Felipe Costa, acredita que o preço de aumento é descabido. Impasse está na colocação do ar-condicionado na frota O presidente da ATU admite que o grande entrave para o consórcio SIM está na colocação de ar-condicionado na frota. Segundo ele, hoje há um ônibus com ar-condicionado e outros dois com climatizadores. Maffini reitera que o custo para a instalação de ar-condicionado nos veículos é alto: – O preço médio de um ônibus gira em R$ 300 mil. Já a colocação de ar-condicionado, de 80 mil BTUs, faz com que o preço vá para R$ 500 mil, R$ 550 mil. Trata-se de um ar pesado, forte e que implica em adaptações no veículo, na carroceria. E, obviamente, tudo isso traz alguns custos. Uma fonte ligada ao consórcio SIM disse que, com ar-condicionado nos ônibus, a passagem poderia custar entre R$ 3,05 e R$ 3,10. Clique aqui para acessar a matéria 14/01/2014 | Jornal do Povo | Política | 7 Prefeitura está devolvendo os professores à sala de aula Desvios de função deverão perdurar por pelo menos uma década No primeiro ano de governo, o prefeito Neiron Viegas devolveu pelo menos 10 professores municipais que estavam em desvio de função para a sala de aula. O balanço apresentado pela Secretaria Municipal da Administração revelou que no mesmo período nenhum docente concursado foi colocado em função que não tenha a ver com as escolas ou com a educação. Ainda assim, a secretária municipal da Administração, Cristina Mór, acredita que o desvio de função de professores municipais ainda se estenderá por mais uma década no serviço público. O último levantamento feito pela pasta revelou que 85 docentes estavam executando funções para as quais não foram concursados. CULTURA – A maior parte dos professores que estão fora da sala de aula está vinculada aos órgãos do Núcleo Municipal da Cultura (NMC). Essa situação é natural porque o setor pertenceu à Secretaria Municipal da Educação (Smed), explicou Cristina. Além disso, muitos professores da Cultura são considerados peças essenciais para o funcionamento do setor. “Não teria como substitui-los hoje sem trazer prejuízo ao serviço público”, reconheceu a secretária. Ela disse que à medida que os docentes forem se aposentando, a Prefeitura deverá realizar concurso público para preencher as vagas com técnicos da área, conforme vem apontando o Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Obviamente, essas adequações dependerão das administrações futuras”, ponderou Cristina. PARA SABER MAIS Onde há professores fora da escola SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO Dos cinco professores da pasta, só restam três. Um aposentou-se e outro foi devolvido à sala de aula. Os que ficaram realizam tarefas consideradas essenciais na pasta. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Apenas um professor é mantido na pasta. Ele executa tarefas ligadas à educação ambiental, trabalhando diretamente nas escolas. SECRETARIA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO São professores que atuam na Universidade Aberta do Brasil (UAB), que está ligada à Smic. Eles executam tarefas ligadas à educação superior e técnica e também na administração do polo de ensino a distância de Cachoeira do Sul. SECRETARIA DE OBRAS Dos dois professores que Neiron encontrou na pasta, um se aposentou e outro foi devolvido à sala de aula. SECRETARIA DA FAZENDA Havia dois professores municipais atuando na pasta com regime de 20 horas. Essa situação é irregular e eles passaram a cumprir as 40 horas de trabalho nas escolas. FONTE: Secretaria Municipal da Administração IMPORTANTE O desvio de função está tão arraigado ao serviço público que professores recém-concursados forçam a barra para não irem para a sala de aula, revelou a secretária da Administração. Cristina Mór garantiu, no entanto, que o governo tem sido infl exível e não permite essa distorção: “O desvio de função não contribui para a qualidade do serviço público”. Clique aqui para acessar a matéria Segmento: Interesse 14/01/2014 | Jornal VS | Geral | 19 Investigado na Kilowatt, servidor deixa o cargo Porto Alegre - O diretor administrativo da Secretaria de Educação do Estado, Cláudio Somacal, foi afastado do cargo conforme publicação no Diário Oficial da União de ontem. Ele é o sétimo na Lista dos servidores que deixaram a função com as investigações da Operação Kilowatt, que começou Quinta-feira. Na sexta-feira, três integrantes. sob investigação da Policia Civil, da pasta estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, coordenada pelo secretário Luiz Carlos Busato, pediram afastamento do cargo. Busato informou que será aberta uma sindicância para apurar o suposto envolvimento dos servidores em irregularidades. Ontem o governador Tarso Genro garantiu que as obras investigadas pela Polícia Civil terão continuidade e confirmou o afastamento de investigados. "Está consolidado o afastamento das pessoas que ocupavam cargos de confiança até o momento em que tivermos a manifestação do Ministério Público para verificarmos, a partir dai, se as informações indiciarias se confirmam ou não", afirmou em nota. Clique aqui para acessar a matéria