ESTRUTURAÇÃO DOS MÓDULOS DE UM ALGORITMO Uma subrotina é um algoritmo hierarquicamente subordinado a um outro algoritmo geralmente chamado de módulo principal. Da mesma forma, uma subrotina pode conter outras subrotinas aninhadas. A B C D TIPOS BÁSICOS DE SUBROTINAS Existem dois tipos básicos de subrotinas: a) Procedimentos; b) Funções. PROCEDIMENTOS Os procedimentos são utilizados quando um conjunto de comandos repete-se ao longo do algoritmo. Então, para não escrevermos várias vezes o mesmo bloco de comandos, usamos os procedimentos. Sintaxe: procedimento IDENTIFICADOR (parâmetros); Comandos; fim procedimento IDENTIFICADOR; Onde: - IDENTIFICADOR é o nome de referência do procedimento; - parâmetros é a lista de variáveis que serão passadas ao procedimento para serem manipuladas no seu interior. Na definição dos parâmetros também devem ser declarados seus tipos. Nem todo procedimento utiliza-se de parâmetros, portanto é um item opcional. Exemplo: procedimento LINHA (inteiro: COMPRIMENTO); inteiro : I; para I = 1 até COMPRIMENTO faça escreva “-“; fim para; fim procedimento LINHA; FUNÇÕES As funções constituem um tipo especial de subrotina, bastante semelhante ao procedimento, que tem a característica especial de retornar ao algoritmo chamador um valor associado ao nome da função. Esta característica permite uma analogia com o conceito de função na matemática. A utilização de outras funções no algoritmo como por exemplo, seno, tangente ou qualquer outra função “especial”, pode ser feita declarando-se um procedimento função. A declaração de uma função é semelhante a de um procedimento. Difere somente na especificação do tipo da mesma, ou seja, do tipo de valor que será retornado. Apesar de terem sido citadas apenas funções numéricas, elas podem ser lógicas ou literais. Sintaxe: função tipo de retorno: IDENTIFICADOR (parâmetros); comandos; fim função IDENTIFICADOR; Onde: - tipo de retorno é o tipo de dado que a função retornará (inteiro, real, lógico, caracter); - IDENTIFICADOR é o nome de referência da função; - parâmetros é a lista de variáveis que serão passadas à função para serem manipuladas no seu interior. Na definição dos parâmetros também devem ser declarados seus tipos. Nem toda função utiliza-se de parâmetros, portanto é um item opcional. Exemplo: função lógico: PAR (inteiro : N); se (N mod 2 = 0) então PAR = verdadeiro senão PAR = falso; fim se; fim função PAR; PASSAGEM DE PARÂMETROS A transferência de informações de e para subrotinas utilizando-se variáveis globais não constitui uma boa disciplina de programação. Estas transferências precisam ser melhor formalizadas e documentadas a bem da legitimidade, documentação e organização do programa elaborado. Em algoritmos, a transferência de informações de e para subrotinas pode ser feita com a utilização de parâmetros. Esta utilização formaliza a comunicação entre módulos. Além disso, permite que um módulo seja utilizado com operandos diferentes, dependendo do que se deseja do mesmo. Parâmetros de definição são objetos utilizados dentro das subrotinas que em cada ativação representam objetos de nível mais externo. A forma de se utilizar parâmetros em subrotinas foi apresentada anteriormente. A chamada de uma subrotina aparece numa expressão e tem a seguinte forma: NOME DO chamada); PROCEDIMENTO/FUNÇÃO (Lista de parâmetros de Exemplo: início real : A, B, C; procedimento EXEMPLO (real: VALOR1, VALOR2, VALOR3); real : MAIORVALOR; MAIORVALOR = VALOR1; se (VALOR2 > MAIORVALOR) então MAIORVALOR = VALOR2; fim se; se (VALOR3 > MAIORVALOR) então MAIORVALOR = VALOR3; fim se; escreva “O maior valor é: “, MAIORVALOR; fim procedimento EXEMPLO; {corpo do programa principal} leia “Digite 3 números:”; A, B, C; EXEMPLO (A, B, C); escreva “Fim de execução”; fim. PASSAGEM DE PARÂMETROS POR VALOR Na passagem de parâmetros por valor (ou por cópia) o parâmetro real é calculado e uma cópia de seu valor é fornecida ao parâmetro formal, no ato da invocação da subrotina. A execução da subrotina prossegue normalmente e todas as modificações feitas no parâmetro formal não afetam o parâmetro real, pois trabalha-se apenas com uma cópia do mesmo. Exemplo: início inteiro : X; procedimento PROC (inteiro: Y); Y = Y + 1; escreva “Durante = “, Y; fim procedimento PROC; X = 1; escreva “Antes = “, X; PROC (X); escreva “Depois = “, X; fim. O algoritmo anterior fornece o seguinte resultado: Antes = 1; Durante = 2; Depois = 1; Este tipo de ação é possível porque, neste mecanismo de passagem de parâmetros, é feita uma reserva de espaço em memória para os parâmetros formais, para que neles seja armazenada uma cópia dos parâmetros reais. PASSAGEM DE PARÂMETROS POR REFERÊNCIA Neste mecanismo de passagem de parâmetros não é feita uma reserva de espaço em memória para os parâmetros formais. Quando uma subrotina com parâmetros passados por referência é chamada, o espaço de memória ocupado pelos parâmetros reais é compartilhado pelos parâmetros formais correspondentes. Assim, as eventuais modificações feitas nos parâmetros formais também afetam os parâmetros reais correspondentes. Uma mesma subrotina pode utilizar diferentes mecanismos de passagem de parâmetros, para parâmetros distintos. Para diferenciar uns dos outros, convencionou-se colocar o prefixo var antes da definição dos parâmetros formais passados por referência. Se por exemplo um procedimento tem o seguinte cabeçalho: procedimento PROC (inteiro: X, Y; real: var Z; real: J) Então: - X e Y são parâmetros formais do tipo inteiro e são passados por valor; - Z é um parâmetro formal real passado por referência; - J é um parâmetro formal real passado por valor. O exemplo do item anterior, alterado para que o parâmetro Y do procedimento seja passado por referência, torna-se: início inteiro : X; procedimento PROC (inteiro: var Y); Y = Y + 1; escreva “Durante = “, Y; fim procedimento PROC; X ← 1; escreva “Antes = “, X; PROC (X); escreva “Depois = “, X; fim. O resultado do algoritmo modificado é: Antes = 1; Durante = 2; Depois = 2;