Escola Secundária c/ 3º ciclo de São João da Talha Ao todo já existiram três teorias que expliquem a origem do Sistema Solar sendo que a que é actualmente aceite é a reformulação da terceira. As teorias são as seguintes: • • • • Hipótese da Colisão Hipótese de Chamberlain Teoria Nebular Teoria Nebular Reformulada Esta teoria vai de encontro às ideias catastrofistas sendo que defende que a formação do Sistema Solar se deu a partir da colisão entre duas estrelas, sendo que uma delas tenha chocado com o Sol, arrancando-lhe pedaços que posteriormente se tenham condensado e formado os planetas. Nesta hipótese explica-se a origem do Sistema Solar, defendo que houve uma aproximação entre duas estrelas que, ao serem atraídas pelos seus campos gravíticos, fez com que houvesse deformação de pequenas porções arrancadas que formariam os planetas. A Teoria Nebular afirmava que o Sistema Solar tinha evoluído a partir de uma nuvem fria que continha gases e poeiras. Esta nuvem gigantesca sofre um movimento de rotação em torno de si própria e contraem-se devido às forças gravíticas da sua matéria. A energia proveniente da contracção da nébula fez com que toda a matéria iniciasse uma rotação da qual a velocidade ía diminuindo, fazendo com que porções da matéria se aglomerassem, originando os planetas, o Sol e os restantes corpos do Sistema Solar. Mas, segundo as leis fundamentais da física, a rotação do Sol teria de ser superior àquela que foi sugerida para que, fosse possível que o Sol tivesse a velocidade de rotação que tem actualmente. a) b) c) e) d) A Teoria Nebular Reformada é a Teoria Nebular mas que, contém algumas diferenças que conseguem obedecer às leis fundamentais da Física, ao contrário da anterior teoria. a) No Universo existia uma nuvem gigantesca e fria constituída por gases e matéria interestelar. b) Devido à condensação da matéria e à contracção da nuvem, esta ganhou rotação e a temperatura ao centro sobe assim como a contracção da nuvem foi a responsável pelo aumento da velocidade de rotação desta última. c) Ao sofrer arrefecimento, a nuvem adquiriu uma forma de disco aplanado, cujo centro é definido por proto-sol; d) O arrefecimento do disco foi o que provocou a condensação dos materiais da nébula que deu origem aos planetas. e) Os planetas estão depositados, actualmente, da maneira que nós sabemos porque a condensação da matéria que se deu nas zonas próximas do Sol originou planetas telúricos de elevada densidade enquanto que, aqueles que se formaram em zonas mais distantes do Sol, originaram planetas gasosos de menor densidade. Estes planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol. A acreção e a diferenciação são conceitos ligados à formação dos planetas, especialmente os telúricos. Por processos de condensação de moléculas da nuvem, ocorre a aglutinação de planetesimais que, por sua vez, forma protoplanetas através da acreção, os seus materiais sofrem colisão e reacções nucleares das quais provém calor. Assim, de seguida ocorre diferenciação pois os materiais mais densos, como o ferro e níquel, afundam e formam o núcleo e os materiais menos densos, como o silicato, emergem para a superfície, formando, assim, os planetas telúricos actuais. O Sistema Solar é constituído por: • Uma estrela principal, o Sol; • Oito planetas principais, que giram em torno do Sol (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno); • Planetas secundários e/ou satélites naturais; • Planetas anões como Plutão, Ceres e Éris; • Pequenos corpos tais como os cometas e os asteróides (Cintura de Asteróides); O Sol é uma estrela que produz energia e a irradia para o espaço e em torno dela giram os oito prinicipais planetas do Sistema Solar. O Sol tem uma distância de cerca de 150 milhões de Km que corresponde a uma unidade astronómica e a sua luz demora cerca de 8 minutos a atingir a Terra. As suas principais características: Mercúrio – Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e o lado iluminado pelo Sol, Mercúrio tem uma temperatura muito elevada mas do lado contrário ao Sol o planeta é fatalmente frio. Vénus – Vénus é o planeta mais quente de todos porque a sua atmosfera é praticamente constituída por dióxido de carbono e roda em sentido contrário em relação aos outros planetas. Terra – A Terra contém atmosfera, água no estado líquido e permite a existência de vida. Marte – Marte é conhecido como planeta vermelho pois tem uma coloração rosada que se deve ao enferrujamento do ferro que possui e há existência de alguma água. Estes quatro primeiros planetas são os chamados planetas rochosos. Júpiter – Júpiter é o planeta de maior dimensão. Saturno – Saturno é o planeta que contém o maior conjunto de anéis. Úrano – Úrano é o planeta que tem uma órbita horizontal. Neptuno – Neptuno tem uma atmosfera que é praticamente constituída por metano, o que lhe dá uma cor azulada parecida à da Terra. Estes quatro primeiros planetas são chamados de planetas gasosos. Os planetas telúricos apresentam características comuns entre si: • Dimensões pequenas, com diâmetro aproximado ao da Terra; • Poucos ou nenhum satélites naturais; • Movimento de rotação lento; • Os materiais que constituem o seu interior estão dispostos mais ou menos em camadas concêntricas. Os planetas gasosos apresentam características comuns entre si: • Dimensões grandes, com diâmetro superior ao da Terra; • Baixa densidade, constituídos essencialmente por materiais gasosos; • Elevados números de satélites naturais; • Movimento de rotação rápido. São corpos rochosos de forma esférica, que têm uma órbita de translação à volta do seu planeta principal, tal como acontece com a Lua em relação à Terra, sendo chamados de planetas secundários e/ou satélites naturais. • • • Planetas anões são planetas que, como não obedecem ás definições de planeta principal da União Astronómica, são considerados planetas anões e é devido a esse facto que Plutão já não é considerado planeta principal. As “regras” às quais os planetas principais têm de obedecer são: Orbita em torno do Sol Tem massa suficiente para ter gravidade própria e que assume uma forma arredondada. Domina claramente a sua órbita, isto é, possui uma órbita desimpedida de outros astros. Os asteróides são corpos rochosos de forma irregular, têm eixos de rotação distribuídos ao acaso e são de variados tamanhos, sendo sempre mais pequenos que em relação aos planetas principais. Os asteróides situam-se na Cintura de Asteróides que, se localizada, entre Marte e Júpiter. Cometas são grandes massas constituídas por água, gases congelados e grãos de poeira de diversas dimensões, que giram em torno do Sol e que, ao passar próximo do Sol, desenvolvem um núcleo, cabeleira e longas caudas que resultam da evaporação provocada pelo Sol. Os Meteoróides são fragmentos de rocha com tamanhos muito variáveis, alguns são pequeninos como grãos de areia – meteoros – e outros são rochas com centenas de metros de diâmetro – meteoritos. O que nós chamamos de “estrelas cadentes” são meteoros que, ao entrarem na atmosfera, ardem completamente e aparecem no céu muito cintilantes. Mas, os meteoritos, não ardem ao entrarem na atmosfera e, quando caem nos continentes, formam grandes crateras podendo também cair no oceano. www.google.pt (Todas as imagens foram retiradas daqui) http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.com/2007/11/teoria-da-nbula-solar-nbula-solar.html Geologia 10 Dias, A. Guerner & Guimarães, Paula & Rocha, Paulo; Areal Editores