VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil O USO DE CHUPETAS EM UM HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA: FREQUÊNCIA E DETERMINANTES Bruna M. de Souza1 Joyce de Paula Wilden Silva2 Luciana Alves Zaparrolli3 Antonieta Keiko Kakuda Shimo4 Introdução: A literatura mostra que os bicos artificiais (chupetas e mamadeiras) apresentam maior risco de transmitirem infecções, relacionando o uso de chupetas a maior recorrência de otites, candidíase oral e cáries dentárias. Outro problema é o prejuízo causado a função motora oral, podendo levar a síndrome do respirador bucal e a problemas ortodônticos provocados pela sucção do bico, que não estimula adequadamente os músculos da cavidade oral, podendo levar a problemas de deglutição e mastigação. A chupeta prejudica também o desenvolvimento da fala, pois quando usada, limita o balbucio, a imitação de sons e a emissão de palavras.Objetivo: analisar o uso de chupetas em bebês que nasceram em um Hospital Amigo da Criança da região metropolitana de Campinas. Material e método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de natureza quantitativa. Os dados utilizados foram coletados, de rotina, pelos profissionais do hospital em um impresso próprio por ocasião do “teste da orelhinha” e foram analisados descritivamente por freqüências absolutas (n) e relativas (%). Os testes qui-quadrado de Pearson e ou do teste exato de Fisher t de Student foram empregados para avaliar a associação entre o uso de chupetas e bicos artificiais e variáveis referentes às características sócio-demográficas e clínicas das mães. Resultados: A prevalência do 1- Enfermeira assistencial no alojamento conjunto do Hospital Estadual Sumaré/[email protected] 2- Gerente de Enfermagem do Hospital Estadual Sumaré/[email protected] 3- Supervisora de Enfermagem na unidade de internação em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Estadual Sumaré/[email protected] 4- Enfermeira Obstétrica, Profa. Dra. da Faculdade de Enfermagem-Unicamp/[email protected] uso de chupeta foi de 28%, sendo que o principal motivo de seu uso foi para acalmar o RN. A maioria era filho de mães jovens. O uso foi mais freqüente em bebês com mais de 41 dias de vida. Houve maior índice de desmame precoce entre as crianças que usavam chupeta. A prevalência de uso de chupeta em bebês cuja mãe estava complementando a amamentação com outro tipo de alimento foi maior do que as que estavam em aleitamento materno exclusivo. Conclusões: O uso de chupeta na população de estudo foi menor do que a média do Brasil, o que pode estar relacionado ao hospital participar da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Entre as mulheres que consideravam amamentar prazeroso, houve menor índice do uso de chupetas. Referências Bibliográficas -Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil. Aleitamento materno e alimentação complementar. Caderno de Atenção Básica nº 23. Brasília (DF); 2009. 112p. -Shimoda GT, Silva IA, Santos JLF. Características, freqüência e fatores presentes na ocorrência de lesão de mamilos em nutrizes. Rev. Bras. Enferm. 2005 Set-out; 58(5): 52934. -Castilho SD, Rocha, MAM. Pacifier habit: history and multidisciplinary view. J. pediatria, Rio de Janeiro, 2009; 85(6): 480-489. -Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. Brasília (DF); 2009. 108p. Descritores: aleitamento materno, chupetas, assistencia de enfermagem.