PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE IDENTIFICAÇÃO: Localização: Rua Osório Costa c/ Tenente Elias Magalhães, s/nº Colubandê São Gonçalo – RJ – 24744-680 Telefone: (0xx21) 2299-9020 Site: www.heatonline.xpg.com.br Direção Geral: Dr. Charbel Khouri Duarte Divisão de Enfermagem: Maria Célia Campos Gerente de resíduos: Maria do Carmo Dias Martins Missão: Oferecer serviços de saúde de qualidade, de forma humanizada, tendo como pressuposto os princípios da ética, objetivando a satisfação dos nossos clientes. Visão: Investir na qualidade de nossos de nossos serviços, buscando novas tecnologias e trabalhar na educação continuada de nossos servidores, a fim de desempenharmos um papel relevante na saúde pública. DIAGNÓSTICO INICIAL: Somos um Hospital de Urgência e Emergência de Media Complexidade e, estamos caminhando para ser de Alta Complexidade, pertencente à Rede da SESDEC (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil). O HEAT ( Hospital Estadual Alberto Torres ), também conhecido como Hospital Geral do Colubandê, foi inaugurado, de forma precária e inacabada em dezembro de 1998, apenas com parte do ambulatório funcionando. Constam em suas estatísticas, que dois meses após, isto é, em Janeiro de 1999, realizaram-se 980 consultas ambulatoriais. Em meados de 1999, começaram a ser organizados os serviços do Hospital com inicio do funcionamento do SPA (Serviço de Pronto Atendimento), além do incremento do ambulatório com múltiplas especialidades. No ano de 2000, foram reiniciadas as obras para conclusão dos prédios e da infra-estrutura, que estavam paradas e, foi efetivamente inaugurado em Março de 2002, data que marcou efetivamente o inicio do funcionamento do Hospital. A atual gestão teve inicio em 12 de Janeiro de 2007, encontrando uma unidade com pouca produtividade, restrita resolutividade e problemas de recursos humanos, físicos e materiais. Hoje o Hospital possui 29 leitos de UTI adulto, equipados individualmente com monitores multiparamétricos e respiradores microprocessados, alem de todos os itens necessários, segundo a Portaria MS 1071. Possui ainda 11 Leitos de UTI Pediátrica, também equipados dentro dos padrões exigidos pela referida Portaria. 141 Leitos de internação para as diversas especialidades clinico - cirúrgicas. Parque tecnológico recuperado e renovado com equipamentos de ultima geração, a saber: Tomografia Helicoidal, Mamógrafo Digital, Aparelho de Ultra-sonografia com Doppler Colorido, Leitos Elétricos, entre outros. Hospital Estadual Alberto Torres 2 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE CONSIDERAÇÕES INICIAIS: EQUIPE OPERACIONAL: O plano de gerenciamento de resíduos de serviços Equipe responsável pela revisão do PGRSS no HEAT de saúde (PGRSS) é um instrumento normativo Enfª Maria do Carmo D. Gerente de Resíduos Maria Célia Campos Diretora de Enfermagem Enfº Thiers de Souza Silva Coord. de Enf. da Emergência que define as etapas do manejo de resíduos desde a geração, segregação, acondicionamento, coleta, Coordde Enfda Emergência armazenamento, transporte, tratamento até a Enfª Andrezza Serpa Franco Coordenadora dos CTIs Adulto disposição final. O principal objetivo é minimizar a Enfª Leyla Isabeth Coordenadora do Ambulatório produção de resíduos e proporcionar aos resíduos Enfª Patrícia Correa Barroso Coor. da Clínica Médica gerados, um encaminhamento seguro, de forma Enfª Maria Lucilene Coord. do CTI Pediátrico Enfº Diego de Moraes Vieira Coord da Enfermaria Pediátrica Enfº Roberto dos Santos Ba Coordenador do CME eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS: A revisão do plano feita pela gerencia de resíduos em 2008 contou com a colaboração da Direção de Enfermagem e Coordenadores de Enfermagem da Unidade. GRUPO A: são resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem OBJETIVOS GERAIS: apresentar risco de infecção. Estes resíduos não podem ser reciclados, reutilizados ou reaproveitados, inclusive para alimentação animal. A. Cumprir a legislação vigente B. Reduzir custos do manejo C. Reduzir riscos ambientais e acidentes Culturas ocupacionais D. Implementar e estimular um programa de reciclagem A1 de resíduos, gerando retorno financeiro E. Promover a formação e a capacitação de recursos humanos e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética; F. Aumentar a vida útil dos aterros sanitários Resíduos G. Preservar a saúde pública e os recursos vacinação com microorganismos vivos ou naturais resultantes de atividades de atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com conteúdo Hospital Estadual Alberto Torres 3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas e seringas; A3 Resíduos resultantes da atenção à saúde de Peças anatômicas (membros) do ser humano; indivíduos ou animais, com suspeita ou produto de fecundação sem sinais vitais, com certeza de contaminação biológica por agentes peso menor que 500 gramas ou estatura Classe menor de Risco microrganismos 4 (Apêndice que 25 centímetros ou idade relevância gestacional menor que 20 semanas, que não epidemiológica e risco de disseminação ou tenham valor científico ou legal e não tenha causador de doença emergente que se torne havido requisição pelo paciente ou seus epidemiologicamente familiares. mecanismo com II), de importante ou transmissão cujo seja desconhecido; A4 Bolsas transfusionais contendo sangue ou Kits hemocomponentes dialisadores; rejeitadas por de linhas arteriais, endovenosas e contaminação ou por má conservação, ou com Filtros de ar e gases aspiradores de área prazo de validade vencido, e aquelas oriundas contaminada; de coleta incompleta; equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, Sobras de amostras de laboratório contendo entre outros similares; sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e Sobras de amostras de laboratório e seus materiais de recipientes contendo fezes, urina e secreções, assistência à saúde, contendo sangue ou provenientes de pacientes que não contenham líquidos corpóreos na forma livre. e nem sejam suspeitos de conter agentes resultantes do processo membrana filtrante de Classe de Risco 4, e nem apresentem A2 relevância Carcaças, outros peças resíduos anatômicas, provenientes vísceras de e animais epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que torne submetidos a processos de experimentação epidemiologicamente com inoculação de microorganismos, bem mecanismo de transmissão seja desconhecido como suas forrações, e os cadáveres de ou com suspeita de contaminação com príons; animais suspeitos de serem portadores de Resíduos de tecido adiposo proveniente de microrganismos de relevância epidemiológica lipoaspiração, e com risco de disseminação, que foram procedimento de cirurgia plástica que gere submetidos este tipo de resíduo; ou não a estudo anátomo- importante se lipoescultura ou ou patológico ou confirmação diagnóstica. Hospital Estadual Alberto Torres 4 cujo outro PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE do descartados por serviços de saúde, farmácias, processo de assistência à saúde, que não drogarias e distribuidores de medicamentos ou contenham sangue ou líquidos corpóreos na apreendidos forma livre; farmacêuticos dos medicamentos controlados Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações; resíduos Resíduos Recipientes e materiais provenientes resultantes de procedimentos e os de resíduos saneantes, insumos desinfetantes, cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos desinfestantes; ou de confirmação diagnóstica; pesados; reagentes para laboratório, inclusive Carcaças, peças anatômicas, vísceras e resíduos e contendo metais os recipientes contaminados por estes; outros resíduos provenientes de animais não Efluentes dos processadores de imagem submetidos a processos de experimentação (reveladores e fixadores); com inoculação de microorganismos, bem Efluentes dos equipamentos automatizados como suas forrações, cadáveres de animais utilizados em análises clínicas; provenientes de serviços de assistência; Demais Bolsas transfusionais, vazias ou com volume conforme classificação da NBR 10.004 da residual pós-transfusão. ABNT produtos (tóxicos, considerados corrosivos, perigosos, inflamáveis e reativos). A5 Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais GRUPO C: quaisquer materiais resultantes de perfurocortantes ou escarificantes e demais atividades materiais resultantes da atenção à saúde de radionuclídeos em quantidades superiores aos indivíduos ou animais, com suspeita ou limites certeza de contaminação com príons. normas da Comissão Nacional de Energia humanas de que eliminação contenham especificados nas Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização GRUPO B: são resíduos contendo substâncias é imprópria ou não prevista. químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes pesquisa e ensino de laboratórios na área de de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de Produtos hormonais e produtos medicina nuclear e radioterapia antimicrobianos; citostáticos; antineoplásticos; contenham imunossupressores; superior aos limites de eliminação. imunomoduladores; digitálicos; anti-retrovirais, radionuclídeos em que quantidade quando Hospital Estadual Alberto Torres 5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE GRUPO D: são resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, Material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; Sobras e restos de alimentos de alimentos e do preparo destes; Resíduos provenientes das áreas administrativas; Resíduos de varrição, flores, podas e jardins; Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. GRUPO E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bituri, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Hospital Estadual Alberto Torres 6 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE SÍMBOLOS A SEREM UTILIZADOS: Hospital Estadual Alberto Torres 7 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE PONTOS DE GERAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS NO HEAT TIPOS DE RESÍDUOS A1 A3 A4 GRUPO B PONTO DE GERAÇÃO DOS RESÍDUOS OBSERVAÇÕES LABORATÓRIO CENTRAL – SETOR DE MICROBIOLOGIA UNIDADES DE INTERNAÇÃO AMBULATÓRIO CENTROS CIRÚRGICOS SERVIÇO DE HEMOTERAPIA MEIOS DE CULTURA COM MICRORGANISMOS RESÍDUOS RESULTANTES DE VACINAÇÃO COM MICRORGANISMOS VIVOS OU ATENUADOS (VACINAS VENCIDAS, FRASCOS VAZIOS OU COM RESTOS, AGULHAS E SERGINGAS) BOLSAS TRANSFUSIONAIS CONTENDO SANGUE OU HEMOCOMPONENTES SOBRAS DE LABORATÓRIO COM SANGUE OU LÍQUIDOS CORPÓREOS PEÇAS ANATÔMICAS (MEMBROS); PRODUTO DE FECUNDAÇÃO SEM SINAIS VITAIS, COM MENOS DE 500 GRAMAS OU MENOR QUE 25 CENTÍMETROS OU IDADE GESTACIONAL MENOR QUE 20 SEMANAIS CENTRO CIRÚRGICO GERAL HEMODÍALISE DIÁLISE PERITONIAL LABORATÓRIO CENTRAL CENTRO CIRÚRGICO GERAL TODO O HOSPITAL EM SUAS ÁREAS ASSITENCIAIS TODO O HOSPITAL EM SUAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS INTERNAS E EXTERNAS E ÁREAS ASSITENCIAIS KITS DE LINHAS ARTERIAIS, ENDOVENOSAS E DIALISADORES; FILTROS DE AR DE ÁREA CONTAMINADA; SOBRAS DE AMOSTRAS DE LABORATÓRIO E SEUS RECIPIENTES CONTENDO FEZES, URINA E SECREÇÕES; RESÍDUOS DE LIPOASPIRAÇÃO, LIPOESCULTURA OU OUTRO PROCEDIMENTO DE CIRURGIA PLÁSTICA; ÓRGÃOS, TECIDOS E OUTROS RESÍDUOS PROVENIENTES DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS OU DE ESTUDOS ANÁTOMO-PATOLÓGICOS BOLSAS TRANSFUSIONAIS VAZIAS OU COM VOLUME RESIDUAL, PÓS-TRANSFUSÃO RECIPIENTES E MATERIAIS RESULTANTES DO PROCESSO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, QUE NÃO CONTENHAM SANGUE OU LÍQUIDOS CORPÓREOS NA FORMA LIVRE PRODUTOS HORMONAIS; CITOSTÁTICOS; ANTIMICROBIANOS; ANTINEOPLÁSICOS; IMUNOSSUPRESSORES; DIGITÁLICOS; IMUNOMODULADORES; ANTI-RETROVIRAIS; MEDICAMENTOS CONTROLADOS PELA PORTARIA MS 344/98; RESÍDUOS DE SANEANTES, DESINFETANTES, Hospital Estadual Alberto Torres 8 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE DESISFESTANTES, INCLUSIVE SEUS RECIPIENTES; REVELADORES E FIXADORES; EFLUENTES DOS EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS UTILIZADOS EM ANÁLISES CLÍNICAS; DEMAIS PRODUTOS CONSIDERADOS PERIGOSOS, (TÓXICOS, CORROSIVOS, INFLAMÁVEIS E REATIVOS), EX: PILHAS, BATERIAS, MERCÚRIO, ETC. GRUPO C O HEAT NÃO GERA ESTE RESÍDUO GRUPO D GRUPO E TODO O HOSPITAL EM SUAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS INTERNAS E EXTERNAS E ÁREAS ASSISTENCIAIS UNIDADES DE INTERNAÇÃO AMBULATÓRIO LABORATÓRIOS CENTRAL E LABORATÓRIO DE EMERGÊNCIA SERVIÇO DE ODONTOLOGIA MATERIAIS RESULTANTES DE ANÁLISES CLÍNICAS E SERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA QUE COM RADIONUCLÍDEOS EM QUANTIDADE SUPERIOR AOS LIMITES DE ELIMINAÇÃO. PAPEL DE USO SANITÁRIO, FRALDA, ABSORVENTE HIGIÊNICO, PEÇAS DESCARTÁVEIS DE VESTUÁRIO; MATERIAL UTILIZADO EM ANTI-SEPSIA E HEMOSTASIA DE VENÓCLISES; EQUIPOS E FRASCOS DE SORO, BEM COMO INVÓLUCROS, LUVAS; SOBRAS E RESTOS DE ALIMENTOS DO PACIENTE E DO REFEITÓRIO; RESÍDUOS DAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS; RESÍDUOS DE VARRIÇÃO E JARDINS; RESÍDUOS DE GESSO. LÂMINAS DE BARBEAR, AGULHAS, ESCALPES, AMPOLAS DE VIDRO, BROCAS, LIMAS ENDODÔNTICAS, PONTAS DIAMANTADAS, LÂMINAS DE BISTURI, LANCETAS; CAPILARES; MICROPIPETAS; LÂMINAS E LAMÍNULAS; E TODOS OS UTENSÍLIOS DE VIDRO QUEBRADOS. Hospital Estadual Alberto Torres 9 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE ETAPAS DO MANEJO DE RESÍDUOS A. Segregação: corpo e os funcionários devidamente paramentados com seus equipamentos de proteção individual (EPI). Consiste na separação dos resíduos segundo a sua classificação, na fonte e no momento de geração, de acordo com suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente. Desta forma, boa parte dos resíduos será destinada como resíduo comum, reservando os manejos especiais para aqueles que realmente oferecem riscos. B. Acondicionamento: Consiste em dispor os resíduos em embalagens e recipientes adequados, preparando-os para as próximas etapas do manejo. Os sacos plásticos para acondicionamento de resíduos são especificados quanto ao material de fabricação, resistência, solda ou vedação e cor. Devem ser identificados segundo a ABNT – NBR 7500. Serão utilizados sacos de cor verde para resíduos do grupo D, sacos brancos para o grupo A ou vermelhos para o grupo A que necessite tratamento fora da unidade. Os contêineres devem ser preferencialmente de polietileno de alta densidade com acionamento por pedal e resíduos comuns não recicláveis. Os recipientes para perfurocortantes devem obedecer à norma ABNT – NBR 13853. Ao atingir o limite de 2/3 devem ser fechados, lacrados e acondicionados em sacos plásticos brancos. Não é permitido abertura ou rompimento das embalagens, ou transferência de uma embalagem para outra. C. Coleta e Transporte Interno: Consiste no recolhimento dos resíduos nos pontos de geração e encaminhamento para o local de armazenamento temporário, localizado no mesmo pavimento. As rotas e horários devem ser pré-estabelecidos, não coincidindo com a distribuição de alimentos ou roupas e atendendo às necessidades de freqüência e organização dos serviços. Como medida de biossegurança, as embalagens devem ser coletadas e transportadas distante do D. Armazenamento temporário: Consiste em manter os resíduos em condições seguras até o momento mais adequado para a retirada dos mesmos para o abrigo externo. O local de armazenamento temporário deve atender às especificações da FUNASA (1999) e ABNT – NBR 12809, que estabelece área exclusiva, construída em alvenaria, lavável, impermeável, com ponto de luz, água e saída de esgoto, preferencialmente com separação dos resíduos de acordo com o grupo a que pertencem. No HEAT existem 05 (cinco) abrigos internos, distribuídos pelos blocos de internação. Hospital Estadual Alberto Torres 10 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE E. Tratamento Interno: resíduos no estado líquido, podem ser lançados em corpo receptor ou na rede pública de esgoto, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes Consiste em eliminar as características de periculosidade dos resíduos, conforme apresentado abaixo: Resíduos do grupo A: Grupo A1 – acondicionado em saco branco deve ser submetido a tratamento em equipamento que promova redução da carga microbiana compatível com nível III de inativação (autoclave) Rejeitos do grupo C (o HEAT não produz este tipo de resíduo): rejeitos radioativos somente serão considerados resíduos após decorrido o tempo de decaimento, no local de sua geração. quando atingido este limite de eliminação, passam a ser considerados resíduos das categorias biológica, química ou comum, devendo seguir as determinações do grupo ao qual pertecem. Grupo A3 - acondicionados em saco vermelho, identificados com o tipo de material que contém, e encaminhados para sepultamento, incineração. Grupo A4 – acondicionados em saco branco, podem ser encaminhados sem tratamento prévio para local devidamente licenciado para disposição final. Resíduos do grupo D: se não forem passíveis de reutilização, recuperação ou reciclagem – devem ser encaminhados para aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos se passíveis de reutilização, recuperação ou reciclagem devem atender as normas legais de higienização e descontaminação e encaminhados com documentação pertinente, conforme a Resolução CONAMA nº. 275/2001 Resíduos do grupo B: Com características de periculosidade Quando não forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento e disposição final específicos, segundo a orientação contida na Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ resíduos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos – Classe I resíduos no estado líquido devem ser encaminhados para incineração em local credenciado F. Armazenamento Externo de Resíduos: É o armazenamento temporário, em condições seguras até o momento da coleta externa. O HEAT possui um Abrigo Externo de Resíduos com espaços distintos para resíduos do grupo A e grupo D. G. Coleta Externa: Alguns resíduos mais utilizados: Sem características de periculosidade Não necessitam de tratamento prévio resíduos no estado sólido, podem ter disposição final em aterro licenciado É o recolhimento dos resíduos armazenados no abrigo externo e seu transporte para o tratamento ou disposição final. Os veículos utilizados para coleta e transporte externo dos resíduos de serviços de saúde devem atender as exigências legais e as normas da ABNT. Hospital Estadual Alberto Torres 11 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE H. Disposição Final: Esta é a ultima etapa do manejo de resíduos de serviços de saúde. Os resíduos comuns que não são passíveis de reciclagem deverão ser encaminhados a uma unidade de disposição final, no solo, em aterro sanitário credenciado. Os efluentes líquidos provenientes dos estabelecimentos de saúde, só serão lançados na rede pública que atender as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) São dispositivos de uso individual destinados a proteger a integridade física do trabalhador: Uniforme – Utilizado para proteção do corpo e identificação do profissional. Deve ser composto de calça comprida e camisa ¾, de tecido resistente e cor clara. Em função da escala de trabalho devem ser fornecida mais de uma muda, para garantir a correta higienização. Avental – Utilizado durante os procedimentos onde haja possibilidade de contato com material biológico ou superfícies contaminadas. Protege a roupa do profissional. Deve ser de PVC, impermeável e de médio comprimento (ABNT – NBR 12810). Luvas – São indispensáveis para proteger as mãos do profissional do contato com material orgânico ou químico. Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, antiderrapantes e de cano longo. Luvas de borracha também são admitidas por serem mais flexíveis. Em hipótese nenhuma o profissional de limpeza deve usar luvas de látex. Máscaras – Utilizadas para proteger o profissional contra inalação de aerossóis, respingos de sangue ou secreções. Devem ter lentes panorâmicas, incolores, de material plástico resistente, com armação em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas para ventilação (ABNT – NBR 12810). Botas – Com função de proteger os pés em locais úmidos, com produtos químicos ou riscos de queda. Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, com cano ¾ e solado antiderrapante. São admitidos sapatos impermeáveis e resistentes ou botas de cano curto. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) Geralmente utilizados sinalização do ambiente. para informação e Placas ilustrativas – informam ex: piso escorregadio Cones de sinalização: sinalizam e delimitam áreas Fita antiderrapante – para evitar quedas, principalmente em rampas e escadas. CONDERACÕES FINAIS A revisão do PGRSS/HEAT foi realizada com a finalidade de adequar todas as etapas do manejo dos resíduos nesta unidade hospitalar, e principalmente a etapa de segregação. Para que se tornasse realidade a colaboração da Direção e Coordenadores de enfermagem foi fundamental, criando uma equipe coesa, trabalhando para adequar o hospital a legislação vigente. Alguns itens deste projeto, ainda não estão totalmente implantados, mas encontram-se em fase de estudo pela equipe. Muitas etapas ainda serão necessárias, para cumprirmos todos os objetivos estabelecidos, mas com a adesão de outros seguimentos profissionais seremos capazes de concluir as metas deste projeto. Hospital Estadual Alberto Torres 12