Cuidados no Transporte de Pacientes
Comissão de Gerenciamento de Risco – HNSC
Conceito
• O transporte pode ser intra ou interhospitalar.
• O transporte intra-hospitalar pode ser
transferência temporária ou definitiva dentro
do ambiente hospitalar.
• O transporte deve ser seguro e eficiente,
sem expor o paciente a riscos
desnecessários, evitando agravar seu estado
clínico.
BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico Cirúrgica. 11ª ed. Guanabara Koogan: Rio
de Janeiro, 2009.
Ato de transportar
• O ato de transportar deve reproduzir a
extensão da unidade de origem do paciente.
Transporte ideal.
•
•
•
•
Segurança;
Agilidade;
Eficiência;
Humanização;
Possíveis Intercorrências
Instabilidade Cardiovascular
Manutenção das vias aéreas
Ventilação
Dor - Analgesia
Monitorização
Cateteres: desconexão - obstrução
Infusão: líquidos e drogas
Fatores Adversos
Monitorização: Interrupção / Alteração
Ventilação: Alteração
Medicações: Administração
Ambiente Adverso
Estabilidade
Cardiovascular
Respiratória
Neurológica
Metabólica
Dor e Ansiedade
Cardiovascular
Inclinações
Movimentos bruscos
Infusão de soluções (manter em BI)
vasodilatadores - vasopressores
Hipotensão - Hipertensão
Arritmias - Parada Cardíaca
Respiratória
Obstrução das vias aéreas
Ventilador - Ventilação manual
aceitação do paciente
mudanças dos padrões
Desconexão
Perda da Intubação
Neurológica
Agitação
Tremores
Incoordenação motora
Instabilidade da coluna
Metabólica
Temperatura: Hipotermia
Alterações nos gases sanguíneos
Dor e Ansiedade
Controle da dor
Controle da ansiedade
Analgesia
Os trabalhos clínicos demonstram uma mudança na
conduta terapêutica em apenas 29% a 39% dos
pacientes após exames diagnósticos.
Enquanto 68% deles tiveram sérias alterações
fisiológicas durante o transporte.
Toda vez que o benefício da intervenção programada
for menor que o risco do deslocamento, este não
deve ser feito.
Decisão
Instabilidade
Intercorrências
Acidentes
RISCO X BENEFÍCIO do transporte
Avaliação da necessidade
Responsabilidade do transporte
POP
NRTO 01/2009
POP
Transporte de Paciente em precaução de contato
• Colocar avental de manga longa e luvas no paciente.
• Abrir a porta do quarto com o cotovelo.
• Comunicar a higienização e identificar o elevador. Comunicar à
ascensorista que o paciente está sob isolamento de contato.
• Solicitar que saiam as outras pessoas do elevador. O transporte
deverá ocorrer exclusivamente com o paciente e equipe.
• Entrar no elevador procurando evitar contato com as paredes e
botões do elevador.
• Abrir o saco plástico e entregar somente o prontuário e exames
ao setor evitando contato direto com os mesmos.
• Após o transporte deve ser realizada limpeza da maca/cadeira
de rodas com água e sabão (se presença de sujidade visível) e
após desinfecção com álcool 70°GL.
NRTO 01/2009
Contra-indicações
• Incapacidade de manter oxigenação e ventilação
adequadas durante o transporte;
• Incapacidade de manter performance
hemodinâmica;
• Incapacidade de monitorar o estado
cardiorrespiratório;
• Incapacidade de controlar a via aérea;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 376/2011
Art. 1º Os profissionais de Enfermagem participam do processo de transporte do
paciente em ambiente interno aos serviços de saúde, obedecidas as
recomendações deste normativo:
I – na etapa de planejamento, Enfermeiro da Unidade
II – na etapa de transporte, compreendida desde a mobilização do paciente do
leito da Unidade de origem para o meio de transporte, até sua retirada do
meio de transporte para o leito da Unidade receptora:
III – na etapa de estabilização, primeiros trinta a sessenta minutos póstransporte;
Art. 2º Na definição do(s) profissional(is) de Enfermagem que assistirá(ão) o
paciente durante o transporte, deve-se considerar o nível de complexidade da
assistência requerida:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 376/2011
I – assistência mínima (pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e
de Enfermagem, fisicamente autossuficientes quanto ao
atendimento de suas necessidades), no mínimo, 1 (um) Auxiliar de
Enfermagem ou Técnico de Enfermagem;
II – assistência intermediária (pacientes estáveis sob o ponto de vista
clínico e de Enfermagem, com dependência parcial das ações de
Enfermagem para o atendimento de suas necessidades), no mínimo, 1
(um) Técnico de Enfermagem;
RESOLUÇÃO COFEN Nº 376/2011
III – assistência semi-intensiva (pacientes estáveis sob o ponto de vista
clínico e de Enfermagem, com dependência total das ações de
Enfermagem para o atendimento de suas necessidades), no mínimo, 1
(um) Enfermeiro;e
IV – assistência intensiva (pacientes graves, com risco iminente de
vida, sujeitos à instabilidade de sinais vitais, que requeiram
assistência de Enfermagem permanente e especializada), no mínimo,
1 (um) Enfermeiro e 1 (um) Técnico de Enfermagem.
Art. 4º Todas as intercorrências e intervenções de Enfermagem durante
o processo de transporte devem ser registradas no prontuário do
paciente.
Coordenação e comunicação prétransporte
• Avaliar a gravidade e a condição atual do paciente,
estabilização cardiorrespiratória;
• Certificar-se que o local de destino esteja aguardando o
paciente, estimando o tempo e averiguando se os
equipamentos estejam funcionantes;
Trajeto do Transporte
Portas
Corredores
Rampas
Elevadores
Área externa
Ambiente do Transporte
Equipamentos e material
Pessoal: número e qualificação
Instabilidade: balanço
Comunicação
Trajeto do transporte
Passagem de leitos
Cuidados no transporte
-Higienizar mãos;
-Cumprimentar e identificar-se ao paciente;
-Certificar-se com o paciente sua identificação e o exame que
será realizado;
-Observar a presença da pulseira de identificação;
-Higienizar cadeira ou maca na presença do paciente;
-Providenciar condições adequadas para
permanência do paciente: oxigenioterapia,
venoso e soroterapia, desconectar a sonda
sonda, fechar a sonda com protetor próprio,
conforto e intimidade do paciente).
o transporte e
preservar acesso
da dieta, lavar a
preservar higiene,
Cuidados no transporte
-Se sonda nasogástrica aberta em frasco, mantê-la;
-Interromper dieta enteral ao transportar o paciente;
-Pacientes com dreno de tórax, durante o transporte o dreno
deve permanecer sempre abaixo do nível do tórax. Não
clampeá-lo.
-
Pacientes com sonda vesical, esta não deve ser clampeada,
colocá-la em nível abaixo do abdome;
Cuidados com drenos
Cuidados no transporte
- Paciente em oxigenioterapia (providenciar torpedo para
o transporte, retirar a água do umidificador do paciente,
conectá-lo ao torpedinho.
Ao chegar à unidade de
origem e ou destino, conectar o umidificador, sem água,
na válvula do leito do paciente, colocar água destilada
no umidificador paciente;
- Verificar sempre a carga de O2 do torpedo;
Carga do torpedo de O2
- Um torpedo pequeno possui 1 m3 de
oxigênio;
- Duração de aproximadamente 6 h com o
uso de 3l/min;
Carga do torpedo de O2
- Um torpedo pequeno possui 1 m3 de
oxigênio;
- Duração de aproximadamente 6 h com o
uso de 3l/min;
Cuidados no transporte
- Acomodar o paciente no leito de origem em condições
adequadas. Providenciando a continuidade do cuidado
(Oxigenioterapia,soroterapia, preservar acesso venoso,
higiene, conforto e dieta);
-LAVAGEM DAS MÃOS ANTES E APÓS CADA
TRANSPORTE;
-USAR LUVAS.
Estabilização pós-transporte
• Deve-se considerar um período de meia à uma hora
após o transporte como uma fase de extensão do
mesmo.
• Recomenda-se maior atenção aos parâmetros
hemodinâmicos e respiratórios;
Principais incidentes:
Desconexação da leitura do ECG, falha
do monitor, infiltração inadvertida do
tecido subcutâneo pela perda não percebida
do acesso venoso e desconexão da infusão
de drogas vasoativas e sedação;
Registro
Todas as intercorrências e intervenções de
Enfermagem durante o processo de transporte
devem ser registradas no prontuário do paciente.
HE – Londrina - PR
Mishaps
Mishapsduring
duringtransport
transportfrom
fromthe
theintensive
intensivecare
careunit
unit
Smith-I;
Smith-I;Fleming-S;
Fleming-S;Cernaianu-A
Cernaianu-A
Critical
CriticalCare
CareMedicine.
Medicine.18/3
18/3(278-281)
(278-281)
Estudo prospectivo para identificar os ERROS durante o transporte
intra-hospitalar de 125 pacientes.
1/3 dos transportes com pelo menos UM ERRO.
60 % dos ERROS - Transporte de pacientes eletivos.
40 % dos ERROS - Transporte de pacientes de emergência.
ERROS - transporte, na espera ou durante o procedimento.
A morbidade / mortalidade não foram afetadas pelos erros.
VALORACION
VALORACIONDE
DE200
200TRASLADOS
TRASLADOSDE
DENINOS
NINOSCRITICOS
CRITICOSEN
ENUNA
UNA
UNIDAD
UNIDADDE
DECUIDADOS
CUIDADOSINTENSIVOS
INTENSIVOSPEDIATRICOS
PEDIATRICOS
Rubio-Quinones-F;
Rubio-Quinones-F;Hernandez-Gonzalez-A;
Hernandez-Gonzalez-A;Quintero-Otero-S;
Quintero-Otero-S;Perez-Ruiz-J;
Perez-Ruiz-J;
Ruiz-Ruiz-C;
Ruiz-Ruiz-C;Seidel-A;
Seidel-A;Fernandez-O'Dogherty-S;
Fernandez-O'Dogherty-S;Pantoja-Rosso-S
Pantoja-Rosso-S
Anales
AnalesEspanoles
Espanolesde
dePediatria.
Pediatria.45/3
45/3(249-252)
(249-252)
47 pac. (23,5%) - Inter-hospital / 153 (76,5%) Intra-hospital.
Mais comum: 73 pac. (36,5%) - UTI-Centro Cirúrgico.
Piora dos sistemas respiratório, cardiovascular e outros: 22 pac. (11%).
104 erros relacionados aos equipamentos em 86 (43%) dos pac.
Deslocamento de cateter intravenoso.
Falta de suprimento de oxigênio.
Problemas com a Intubação Traqueal.
Falhas de funcionamento de equipamentos.
Conclusão: MELHOR TREINAMENTO.
Intrahospital
Intrahospitaltransport
transportof
ofcritically
criticallyill
illpediatric
pediatricpatients
patients
Wallen-E;
Wallen-E;Venkataraman-ST;
Venkataraman-ST;Grosso-MJ;
Grosso-MJ;Kiene-K;
Kiene-K;Orr-RA
Orr-RA
Critical
CriticalCare
CareMedicine.
Medicine.23/9
23/9(1588-1595)
(1588-1595)
Mínimo de um(a)
alteração fisiológica significante em 71.7% dos transportes.
erro relacionado com equipamento em 10% dos transportes.
intervenção em 13.9% dos transportes, em resposta a variação
fisiológica ou erro com equipamento.
Não ocorreu parada cardíaca ou morte.
A necessidade de procedimentos maiores foi de 34% em pac.
com ventilação mecânica x 9,5% em outros pacientes.
Alterações graves podem ocorrer durante o transporte.
Gravidade da doença e duração do transporte são fatores
determinantes.
Equipe e treinamento.
Planejamento e equipamentos.
O errado é errado, mesmo que todo
mundo esteja fazendo...
O certo é certo, mesmo que ninguém esteja
fazendo...
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