Title The Financial Sustainability of Higher Education Institutions: The Portuguese Case Título A Sustentabilidade Financeira das Instituições de Ensino Superior: O Caso Português Autores Luísa Cerdeira, [email protected] Maria de Lourdes Machado-Taylor, [email protected] Tomás Patrocínio, [email protected] Belmiro Gil Cabrito, [email protected] Carlos Machado dos Santos, C. Machado-Santos, [email protected] ABSTRACT A dominant theme of higher education (HE) in our days is the financial distress. Higher education is confronting perilous under funding and austerity throughout the world. In Portugal like in most of other European countries HE is almost entirely subsidized by the State. However more and more governments state they can no longer allot a higher percentage of their public budgets to higher education. In Portugal over the last decades there have been many changes. Those changes are being set up by the Bologna Process. The approval of a new legal regime for the higher education institutions (HEIs) had gradually unchained reforms on the financing models and on the institutions management. The globalization of the financial crisis has led to deteriorating financial support to HEIs Therefore in order to support their missions HEIs are depending more and more on diversified funding streams; need alternative revenue sources as well as strategic institutional reforms in order for the enterprise to be financially viable. This presentation will attempt to address the financial sustainability of Portuguese higher education institutions funding can entail. The essential questions that will attempt to be answered will focus in efforts to create alternative revenue sources as well as strategic institutional reforms in order for the enterprise to be financially viable. KEYWORDS: Financing, Higher education, public higher education RESUMO Um tema dominante do ensino superior (ES) nos nossos dias é o constrangimento financeiro. O ensino superior está confrontando com subfinanciamento e austeridade por todo o mundo. Em Portugal, como na maioria dos outros países europeus, o ensino superior é quase inteiramente subsidiado pelo Estado. No entanto, cada vez mais os governos não podem aumentar a percentagem dos orçamentos públicos para o ensino superior. Em Portugal, nas últimas décadas, houve muitas mudanças. Essas mudanças estão enquadradas no Processo de Bolonha. A aprovação de um novo regime jurídico para as instituições de ensino superior (IES) desencadeou reformas sobre os modelos de financiamento e na gestão das instituições. A globalização da crise financeira levou à deterioração no apoio financeiro às IES.Assim, a fim de apoiar as suas missões as IES dependem cada vez mais de fontes de financiamento diversificadas; precisam de fontes de receitas alternativas, bem como de reformas institucionais estratégicas. Esta apresentação irá abordar a sustentabilidade financeira das instituições de ensino superior portuguesas. As questões essenciais que tentarão ser respondidas focar-se-ão nos esforços para criar fontes de receitas alternativas, bem como nas reformas institucionais estratégicas para que as instituições sejam financeiramente viáveis. PALAVRAS-CHAVE: financiamento, ensino superior, ensino superior público 1. Introdução A crise financeira mundial representa um grande desafio para as intuições de ensino superior de todo o mundo. (Nkrumah-Younga & Powell, 2011). Na Europa, o ensino superior (ES) é quase totalmente subsidiado pelo Estado (Winter-Ebmer, Wirz, 2002). No entanto, como salientado por Dincã (2002, p. 29) da UNESCO-CEPES, "Cada vez mais os governos não podem afectar uma percentagem maior dos seus orçamentos públicos para o ensino superior". Como referido por Johnstone et al. (1998, p. 2), "Um tema dominante do ensino superior são as dificuldades financeiras [...].". Mais recentemente Jongbloed (2004, p. 1) chama a atenção para o fato de ".[...] a maioria das universidades europeias estarem superlotadas e subfinanciadas, não poderem esperar para obter qualquer ajuda financeira substancial do Estado. O financiamento privado, em seguida, terá que aumentar, porque os governos têm cada vez mais reclamações em setores como a saúde, segurança e cuidados aos idosos". Barr (2005, p.1), outra voz respeitada na área, sublinha que "O ensino superior enfrenta problemas em todo o mundo. As universidades carecem de recursos, levantando preocupações sobre a qualidade, o apoio ao estudante é inadequado, a proporção de estudantes oriundos de meios desfavorecidos é lamentavelmente pequeno, e o financiamento das universidades em muitos países é regressivo.” Assim sendo, cada vez mais as instituições de ensino superior (IES) dependem de fontes de financiamento diversificadas para apoiar as suas missões. Estas fontes de receita podem ser provenientes de: i) um aumento de mensalidades e taxas (propinas), ii) doações, iii) empréstimos; iv) serviços (consultadoria, investigação, testes laboratoriais), v) esforços empresariais por parte das instituições, vi) arrendamento e cedência de instalações, vii) promoção da filantropia esforços para apoiar as necessidades e aspirações institucionais (Johnstone, 1998). Autores, como Dincã (2002, p. 17) defendem "[...] a criação e/ ou consolidação de novas estruturas e mecanismos de gestão financeira, com base nos princípios da autonomia universitária e de prestação de contas, ao incentivar o estabelecimento de vínculos com a sociedade civil e as economias locais.” A UE e os EUA afetam fundos públicos semelhantes ao ensino superior. No entanto, há uma grande diferença quando se trata da participação de fundos privados. Assim por exemplo em 1999 a UE não passou de 0,2% enquanto os EUA gastaram 1,2% -. Seis vezes mais (Pawlowski, 2004). Portanto, esta é a pergunta- devem os fundos privados (por arrecadação) ser uma fonte alternativa de financiamento para o ensino superior europeu? Hoje, as campanhas de angariação de fundos nos EUA podem se aproximar ou ultrapassar US $1bilhão para algumas instituições de ensino superior, com o total nacional aproximando dos US $20 bilhões por ano. A captação de recursos tem um papel crecencente nas funções dos presidentes das instituições de ensino superior (IES) (Rosso, 1991). As IES que têm uma visão apoiada por um plano estratégico que fornece uma orientação para o futuro e que representam entidades com potencial para criar um futuro melhor e mais próspero e, são portanto mais propensas a receber apoio e grandes contribuições (Taylor, Machado & Peterson, 2008; Taylor & Machado, 2006). Num quadro de carência financeira, é importante discutir qual o papel que as instituições de ensino superior deverão desempenhar no sentido de complementarem o seu orçamento, É esse o debate do presente artigo que se encontra estruturado da seguinte forma. O artigo está estruturado da seguinte forma. Primeiro, apresenta-se um breve panorama do financiamento do ensino superior. O artigo reflete, em seguida, sobre as estruturas de captação de recursos no ensino superior. O artigo em seguida, examina o financiamento em Portugal. O artigo termina com breves conclusões. 2. Financiamento do Ensino Superior numa perspectiva internacional O financiamento do ensino superior tem sido uma grande preocupação nos últimos anos e, em Portugal, já objecto de estudo de alguns investigadores (Cabrito, 2002; Cerdeira, 2009; Cerdeira et alii, 2012). Essa preocupação resulta do facto de que as condições de financiamento afectam a organização como um todo e consequentemente as estruturas governativas (ThysClément, 2001). Jongbloed (2000, p. 4) identificou duas tendências, a pressão fiscal e a mercantilização, na relação mudanças entre os governos e as instituições de ensino superior. Este autor afirma: "(a pressão fiscal) relaciona-se com a tendência de que os governos de todo o mundo estão a afetar menos recursos públicos para as universidades em comparação com os níveis de financiamento anteriores. Os Parlamentos estão a cortar o dinheiro dos impostos investidos por aluno. [...] Os governos também estão a tornar-se mais seletivos no financiamento concedido." Outros autores como, Johnstone (1998, p. 25) salientam que "Como resultado da massificação e diversificação do ensino superior, os governos estão a implementar progressivamente as Finanças e a Agenda da Reforma da Gestão: completando as receitas governamentais (em parte importante desses estudantes e famílias que podem pagar), diferenciando as instituições, incentivando iniciativas do setor privado e afrouxar as normas governamentais. [...]. Os custos do ensino superior estão cada vez mais sendo compartilhados com os alunos e suas famílias através de mensalidades e propinas. [...] Os sectores privados do ensino superior continuam a crescer [...] O financiamento das universidades está a ter em consideração indicadores de resultados [...] e empreendedorismo [...] está crescendo em quase toda a parte, em sua maior parte visando adicionar receita para as instituições [...]." Mais recentementemente e como ressaltam Esterman e Pruvot (2011, p. 82) "Em tempos de constrangimentos financeiros as universidades também estão enfrentando pressões adicionais na procura crescente por ensino superior. Além das mudanças demográficas que causam esse aumento, a alta procura também tem sido agravada pela crise económica, quando o aumento dos níveis de desemprego conduzem mais pessoas em busca de formação para aumentar a sua competitividade no mercado de trabalho. Em muitos países, isso causou a redução dos gastos por aluno (per capita), às vezes, mesmo quando as universidades não sofreram cortes diretos nos seus orçamentos. [...] A combinação de crescimento do número de estudantes e gastos reduzidos representa uma grande preocupação para a manutenção da qualidade do ensino superior." Efectivamente, não é expectável a continuação de um ensino superior de qualidade quando se dispõe de menos recursos, seja para as despesas correntes, seja para os gastos em equipamento e laboratórios, investigação e pessoal docente e não docente. Nestas circunstâncias decorre a necessidade absoluta de procurar fontes alternativas de financiamento que complementem a participação pública concedida pelos governos. Na tentativa de minorar as dificuldades financeiras que as IES vêm enfrentando a OECD Thematic Review of Tertiary Education14 (2008) identificou como principais tendências sobre o ensino superior, a introdução de novas modalidades de financiamento (mais recursos baseados no desempenho e competição; mais contribuições privadas; ampliação dos mecanismos de apoio ao estudante), juntamente com a expansão dos sistemas de ensino superior, a diversificação da oferta, o aumento da heterogeneidade dos corpos dos alunos, um foco crescente na prestação de contas e de desempenho e novas formas de governança institucional. Mais recentemente, a OCDE (2009, p. 298) defende: "A combinação de aumento de custos e diminuição do financiamento público tem empurrado as faculdades e universidades a procurar fontes alternativas de financiamento e incentivou o crescimento do ensino superior privado em todo o mundo. Como o financiamento estatal diminui, as instituições de ensino devem diversificar as suas receitas através de vários canais, começando com as propinas.” São diversas as fontes de financiamento complementares e/ou alternativas ao financiamento público. Essas receitas não-governamentais para o ensino superior podem surgir de alunos (mensalidades taxas), de contribuições filantrópicas e/ou de cooperação internacional (Machado- Taylor, Cerdeira, 2013). Um forte argumento a favor de fundos privados foi apresentado pela OCDE (2003, p 13.) que, contudo, argumenta: "Não ser dependente de um único fluxo de fundos aumenta a autonomia das instituições para planear e moldar seu próprio futuro." 3. A evolução do financiamento do Ensino Superior público em Portugal Portugal tem registado um crescimento notável no ensino superior nas últimas décadas. Em 1960-1961 a frequência do ensino superior era de 24 149 alunos matriculados. Em 1970/71 o número de alunos matriculados no ensino superior subiu para 49 461, ou seja, o número de alunos mais do que duplicou numa década. No entanto, foi durante os anos 1980 e 1990 que ocorreu o maior crescimento de alunos no ensino superior (+127%). Desde então, tendencialmente a procura estabilizou, sendo que, no ano lectivo de 2010/11, havia 403 445 alunos matriculados. Ao longo dos últimos anos, têm-se verificado sérios problemas em relação ao financiamento das instituições de ensino superior públicas (IES). Na verdade, as IES públicas sempre dependeram fortemente dos fundos do Orçamento do Estado, que, durante décadas, representaram a esmagadora maioria das receitas para as universidades e institutos politécnicos. Todavia, se é verdade que o Orçamento do Estado tem suportado a maioria das despesas das instituições públicas, existe desde meados da década de 1990 uma tendência crescente para enfatizar as receitas próprias. Em 1989, após aprovação da lei sobre a autonomia das universidades, o Orçamento do Estado suportava cerca de 95% das despesas de educação superior, sendo apenas 5% dessas despesas financiadas por receitas próprias. O montante das receitas próprias eram provenientes principalmente da "Venda de Bens e Serviços" e "Outros Subsídios". No entanto, a partir dessa data houve uma tendência lenta para aumentar as receitas próprias das instituições. Em 1993, as IES foram financiadas em 92% pelo Orçamento do Estado e 8% por receitas próprias. Em 1996, essa proporção mudou para 87% e 13%, e no final de 1997, as receitas próprias fixaram-se nos 30% do orçamento global das instituições (Cerdeira, 2009). No quadro desse aumento das receitas próprias, destacamse as propinas. As receitas obtidas com as propinas foram sempre marginal para o financiamento do ensino superior do Estado, ate 1992. Até essa data o custo das propinas foi totalmente simbólico. Em 1992, a Lei n. 20/92 foi aprovada e instituiu o pagamento de propinas nas universidades e institutos politécnicos. Em 1997, a lei sobre as fundações do sistema de financiamento do Estado foi publicada (Lei n º 113/97, 16 de Setembro). Esta Lei estabeleceu o pagamento de uma mensalidade indexada ao salário mínimo Português, situação que ocorreu até 2003. Observe-se o incremento do valor a recolher de ensino superior (Orçamento do Estado+ Propinas), com particular a evolução do valor das propinas, no período 1998-2003, que nunca perde importância desde o seu estabelecimento. Observe-se a Tabela 1. Tabela 1 – Relação entre o Orçamento deEstado e as Propinas ORÇAMEN TO DO ESTADO ESTIMATIVA DAS PROPIN AS TOTAL % PROPINA S/TOTAL 1998 1999 2000 2001 2002 2003 663.186.673 738.588. 671 850.394.669 923.423.814 960.926.819 980.747.814 57.704.861 63.773.725 69.892.564 75. 234.114 81.754.357 85.571.112 720.891.534 802.362. 397 920.287.233 998.657.927 1.042.681.176 1.066.318.926 8,0% 7,9% 7,6% 7,5% 7,8% Fonte: Cerdeira L. (2009) Preparação do Orçamento de Estado Esta tendência para uma participação decrescente do Estado no financiamento das instituições públicas de ensino superior continuou até aos nossos dias. As IES vêem-se forçadas a procurar mais receitas próprias, como se pode verificar na Tabela 2: 8,0% Tabela 2 – Origem das receitas do orçamento das instituições de ensino superior públicas (em %) 1990 (*) 1993 (*) 2000 (**) 2005 (**) 2008 (***) Orçamento do Estado 95.0 92,0 72.5 68.1 62,1 Receitas Próprias 5.0 18,0 27.5 31.9 37,9 Fonte: (*) Direção Geral do Ensino Superior; Gabinete de Gestão Financeira do Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; (**) Education at a Glance: OECD Indicators, 2008; (***)Education at a Glance: OECD Indicators, 2012 Actualmente, e em virtude desta política do Estado de diminuir a sua participação no orçamento das IES públicas, explica que Portugal seja, no contexto dos países da OCDE, um país com baixo financiamento público. Analisando os países da OCDE e de acordo com o peso dos fundos públicos em 2008, podemos destacar três grupos de países. Um primeiro grupo que se caracteriza pelos fundos públicos se situarem abaixo da média da OCDE (menos 68,9%); um segundo grupo que se situa entre a média da OCDE e a média UE21 (78,2%); e, finalmente, um grupo de países, incluindo a maioria dos países europeus, onde os fundos públicos para o financiamento das IES públicas se situa acima do EU21 média (mais 78,2%). Observando a situação portuguesa, percebe-se que Portugal, com uma participação pública no financiamento das IES públicas de 62,1%, é o único país europeu, à exceção do Reino Unido, onde o financiamento público é menor que a média da OCDE e com os fundos privados a ganhar um pouco de peso não usual no contexto da Europa Continental (ver Tabela 3) . Tabela 3 – Fontes de financiamento num grupo selecionado de países (Mudanças entre2000 e 2008) PAÍS FONTES PUBLICAS FONTES PRIVADAS FONTES PUBLICAS FOPNTES PRIVADAS 2008 2008 2000 2000 Chile 14,6 85,4 19,5 80,5 Korea 22,3 77,7 23,3 76,7 Japão 33,3 66,7 38,5 61,5 Reino Unido 34,5 65,5 67,7 32,3 Estados Unidos 37,4 62,6 31,1 68,9 Australia 44,8 55,2 49,6 50,4 Israel 51,3 48,7 58,5 41,5 Canada 58,7 41,3 61,0 39,0 Portugal 62,1 37,9 92,5 7,5 OECD média 68,9 31,1 75,1 24,9 Poland 69,6 30,4 66,6 33,4 Mexico 70,1 29,9 79,4 20,6 Nova Zelândia 70,4 29,6 m M Itália 70,7 29,3 77,5 22,5 Holanda 72,6 27,4 76,5 23,5 Eslováquia 73,1 26,9 91,2 8,8 EU21 average 78,2 21,8 85,7 14,3 Estonia 78,8 21,2 m M Espanha 78,9 21,1 74,4 25,6 República Checa 79,1 20,9 85,4 14,6 França 81,7 18,3 84,4 15,6 Irlanda 82,6 17,4 79,2 20,8 Eslovenia 83,8 16,2 m M Austria 84,7 15,3 96,3 3,7 Alemanha 85,4 14,6 88,2 11,8 Suécia 89,1 10,9 91,3 8,7 Bélgica 89,8 10,2 91,5 8,5 Islandia 92,2 7,8 91,8 8,2 Finlandia 95,4 4,6 97,2 2,8 Dinamarca 95,5 4,5 97,6 2,4 Noruega 96,9 3,1 96,3 3,7 FONTE: OECD, Education at Glance 2011; Tabela elaborada a partir do Indicador B3.2b Reflexões Finais As instituições de ensino superior confrontam-se com constrangimentos financeiros que as afectam como um todo e consequentemente a qualidade institucional (Barr, 2005; Jongbloed, 2004; Machado-Taylor & Cerdeira, 2013; Winter-Ebmer; Wirz, 2002). Não existe um sistema de financiamento ideal. No entanto, devido às restrições de financiamento público do ensino superior, um crescimento no financiamento global através de fontes privadas devem ser considerados. Em Portugal algo tem que mudar. Devem ser identificadas e perseguidas fontes alternativas de receita. As IES devem implementar estratégias que permitam aumentar as receitas privadas e viabilizar a sustentabilidade financeira designadamente recorrendo a: Contribuições Indirectas (empréstimos); Propinas (cursos não conferentes de grau, licenciatura, mestrado e doutoramento); Actidades Productivas (Consultoria, Investigação, Testes Laboratoriais); Produção de Bens (produtos agricolas e produtos industriais); Aluguer de Edificios; Doações A grande questão é saber se a filantropia, que é tão importante e significativa nos EUA, pode se tornar um elemento viável de estratégias de financiamento na Europa e em Portugal. Abraçando-se o conceito de captação de recursos e a filosofia da partilha de custos (cost-sharing) (Johnstone, Arora & Experton 1998, Jonstone, 2005) é uma transformação cultural altamente complexa que pode estar à frente no horizonte do ensino superior não só português mas, também, europeu. BIBLIOGRAFIA Barr, N. (2005). “Financing Higher Education”, Finance and Development, 42, 2. Cabrito, B. (2002). O financiamento do ensino superior em Portugal. Lisboa: Educa. Cerdeira, L. (2009). O Financiamento do Ensino Superior Português. A Partilha de custos. Lisboa: Almedina. Cerdeira, M. L., Cabrito, B., Patrocínio, T., Machado, L. & Brites, R. (2012). Os custos do ensino superior em Portugal. Lisboa: Educa. Dincã, G. (2002). Financial Management and Institutional Relationships with Civil Society. Bucharest: UNESCO-CEPES Papers on Higher Education. Estermann, T. & Pruvot, E. B. (2011). Financially Sustainable Universities II: European universities diversifying income streams. 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