NOVAS TERRITORIALIDADES NO SETOR SUCROENERGÉTICO: EXPANSÃO DO SETOR NO EIXO PARANÁ/ MATO GROSSO DO SUL NUEVAS TERRITORIALIDADES EN EL SECTOR SUCRO-ENERGÉTICO: EXPANSIÓN DEL SECTOR EN EL EJE PARANÁ/MATO GROSSO DO SUL Daniel Macedo Lopes Vasques Monteiro - Universidade Federal do Rio de Janeiro [email protected] Resumo: Com o atual contexto energético que o Brasil se insere, observa-se uma grande ênfase para a produção de etanol, devido ao cenário propício que o país estabelece para a produção do biocombustível. Com isso, a produção de cana-de-açúcar aumentou expressivamente em várias localidades no Brasil. Contudo, o seguinte trabalho tem como seu recorte espacial o eixo Paraná/Mato Grosso do Sul, contemplando os municípios da Grande Dourados, local onde se concentra a principal área de expansão do setor, busca compreender no âmbito da competitividade as ações e práticas no que se refere ao uso da terra, analisando dessa forma a magnitude da expansão. Na Região da Grande Dourados, localizam os municípios de Dourados, Fátima do Sul, Caarapó, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Ivinhema e Ponta Porá . Alguns dados ilustram a rápida e recente expansão do setor na região: o município de Rio Brilhante, o maior produtor de cana do estado em 2011, com 5.348.262 toneladas, em 2005 produzia apenas 1.815. 939 toneladas. Nova Alvorada do Sul, o segundo maior produtor, atualmente com 2.961.929 toneladas, em 2005 apresentava 865.213, enquanto Dourados, Caarapó, Ivinhema e Fátima do Sul não possuíam produção de cana em 2005, apesar de atualmente aparecerem no ranking da produção bem colocados, à exceção de Fátima do Sul. O trabalho destaca as estratégias territoriais das empresas, os conflitos por terras indígenas, a disputa do uso do solo e a magnitude do setor na escala regional, nacional e internacional. Consequentemente, tal expansão do setor sucroenergético na região gerou implicações econômicas, políticas, sociais e ambientais. Resumen: En el contexto energético en el que Brasil se inserta actualmente hay un gran impulso a la producción de etanol, debido a las condiciones favorables que el país ofrece para la producción de biocombustibles. Por ello, la producción de caña de azúcar se incrementó de manera significativa en varias localidades de Brasil. Sin embargo, el siguiente trabajo se enfocará al área abarcada por el eje Paraná/Mato Grosso do Sul, contemplando los municipios VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) de Grande Dourados (Mato Grosso do Sul), donde se concentra la principal zona de expansión del eje. Con ello, se trata de comprender el contexto de las acciones y las prácticas competitivas en relación con el uso de la tierra, analizando de esa forma la magnitud de la expansión. En Región de Grande Dourados, se localizan los municipios de Dourados, Fátima do Sul Caarapó, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Ponta Porá e Ivinhema. Algunos datos ilustran la expansión rápida y reciente del sector en la región: el municipio de Rio Brilhante, el mayor productor de caña de azúcar en el estado, en 2011 produjo 5 348 262 toneladas, y en 2005 produjo sólo 1 815 939 toneladas. Nova Alvorada do Sul, actualmente el segundo productor mundial con 2 961 929 toneladas, en 2005 contaba con 865 213; mientras Dourados, Caarapó, Ivinhema y Fátima do Sul no tenían producción de caña de azúcar en 2005, y en la actualidad dos de ellos (Dourados, Caarapó) aparecen en un lugar sobresaliente en el ranking de producción. El trabajo pone de relieve las estrategias territoriales de empresas, los conflictos por las disputas de tierras indígenas, el conflicto de uso de tierra y la magnitud del sector en la escala regional, nacional e internacional. Consecuentemente, tal expansión del sector sucroenergético en la región ha generado implicaciones económicas, políticas, sociales y medioambientales. Palavras-chaves: Setor Sucroenergético, Territorialidade, Estado do Mato Grosso do Sul, Região da Grande Dourados. Palavras clave: Sector Sucro-energético, Territorialidad, Estado de Mato Grosso do Sul, Región de Grande Dourados. Eixo 6. Modernização da Agropecuária e Reestuturação Produtiva 1. Introdução Grandes mudanças ocorreram na região centro-oeste nas últimas duas décadas, a dinâmica do agronegócio veio transformando espacialmente a região, retrato do meio científico informacional, na qual objetos com extremas funcionalidades obtêm múltiplas informações, máquinas substituem o trabalho humano, sendo dessa forma a técnica dotada de conhecimentos, produzindo um espaço cada vez mais denso (SANTOS, 1966). A produção de cana-de-açúcar tem aumentado expressivamente no eixo Paraná/Mato Grosso do Sul, voltada não apenas para a produção de açúcar, mas também com ênfase na VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) produção de etanol, devido à importância atual desse biocombustível para o Brasil. Esse processo de expansão, que envolve grandes empresas nacionais e transnacionais, enfrenta problemas de várias ordens, dentre as quais se destacam a disputa pelo uso da terra, já utilizada com outros cultivos e a tentativa de ocupação de áreas indígenas, principalmente dos Guaranis-Kaiowás. O estudo contempla a Região da Grande Dourados, onde se concentra a principal área de expansão, que envolve os municípios de Dourados, Fátima do Sul, Caarapó, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Ivinhema e Ponta Porã. Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo identificar e analisar a magnitude da expansão, bem como algumas estratégias territoriais dos grandes grupos produtores, principalmente no que se refere ao uso da terra, buscando compreender suas ações e práticas, no âmbito do processo de competitividade. Para discutir a problemática foi realizado um levantamento bibliográfico. Além disso, empregados dados secundários, das instituições CONAB, FAO, ESALQ, Canasat (ÚNICA) e SIDRA (IBGE), com vistas à identificação da distribuição espacial do fenômeno e sua magnitude, seja na escala nacional, na do estado, para situá-lo no contexto nacional e internacional e na regional, para situá-lo no âmbito do estado. Além disso, foram utilizados dados obtidos através de um trabalho de campo realizado no estado de Mato Grosso do Sul, na região de Dourados de 12 a 18 de maio de 2013. 2. A Região da Grande Dourados Há um grande eixo de expansão na produção de cana-de-açúcar entre os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, contudo, dentro desse eixo existe uma região que se destaca, a Região da Grande Dourados, devido a uma grande internacionalização do setor, destaca-se a presença de grandes multinacionais. Através dos dados abaixo, observa-se o crescimento da produção de cana-de-açúcar nos dois estados, durante as duas últimas décadas. VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) Área Plantada de Cana-de-açúcar 700000 600000 Hectares 500000 400000 300000 200000 100000 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 0 Ano Paraná Mato Grosso do Sul Fonte: SIDRA (IBGE) “Através do tempo, o espaço se comporta como um todo. A transformação do espaço ‘natural’ em espaço produtivo é o resultado de uma série de decisões e escolhas, historicamente determinadas. Cada porção de espaço é apropriada, reutilizada ou deixada intacta”. (SANTOS, 1979) Antigamente, o estado do Mato Grosso do Sul tinha como destino de suas terras a pecuária, porém o papel se converteu, sendo grande produtor de soja, milho e cana-de-açúcar. Dentre esses, a cana possui maior crescimento perante aos outros produtos, apesar da soja ainda obter uma grande área expressiva de hectares. VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) Área Plantada 2500000 2000000 1500000 Hectares 1000000 500000 0 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Ano Cana-de-açúcar Milho (em grão) Soja (em grão) Fonte: SIDRA (IBGE) Tal crescimento da cana-de-açúcar ocorre devido ao incentivo que ocorreu durante os últimos sete anos na Região da Grande Dourados, ao ser implantado várias usinas, que juntas são quinze por toda região. O Estado estabeleceu uma política de pesquisas, na qual foram analisar nos municípios de Sertãozinho e Ribeirão Preto, estratégias para atrair empresas para a região, com o propósito de dinamizar a economia local, pois dessa forma, diversas outras empresas, principalmente a de prestações de serviço, se fixariam nas cidades. Uma das medidas foram os incentivos fiscais, isenção de alguns impostos da terra, porém não foi investido em mão de obra especializada, fazendo com que as usinas dessa forma qualifiquem seus empregados, levando para a região profissionais que capacitam a mão de obra local. Tal medida refletiu de tal forma que das 24 usinas que se encontram no estado do Mato Grosso do Sul, 15 estão na Região da Grande Dourados. Devido à necessidade de novos mercados as usinas se estabeleceram com bastante facilidade na região. O gráfico abaixo ilustra tal situação, todos os municípios obtiveram grande crescimento de sua área de produção em cana-de-açúcar, à exceção de Fátima do Sul, pois a usina que se encontra dentro dos limites do município começou a plantar cana na região recentemente, em maio de 2013 ainda estavam na segunda safra. VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) Área da produção da cana-de-açúcar 90000 80000 70000 Hectares Rio Brilhante 60000 Nova Alvorada do Sul 50000 Dourados Ponta Porã 40000 Caarapó 30000 Ivinhema Fátima do Sul 20000 10000 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ano Fonte: SIDRA (IBGE) Por ser um setor ainda em expansão, a logística do escoamento da produção é precária, porém ao se comparar com o estado do Mato Grosso, encontra-se em uma situação um pouco mais favorável, principalmente por causa de sua localização geográfica Com tal dinâmica, houve mudanças na rotina das cidades, como a chegada de faculdades públicas (Foto 1) e particulares, empresas prestadoras de serviços, eventos ligados ao agronegócio, e conflitos com as pequenas propriedades e com os indígenas. Foto 1: Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, situada em frente a Universidade Federal da Grande Dourados Fonte: Acervo Pessoal VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) 3. Reserva indígena de Dourados “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, Título VIII, Capítulo VIII, Artigo 231.) O problema atual dos Guaranis-Kaiowás está relacionado ao poder da terra, em conflitos com os grandes latifundiários. Em 1920 a FUNAI criou oito reservas no Mato Grosso do Sul, sendo uma delas a Reserva Indígena de Dourados de 3500 hectares, território escolhido de forma aleatória pelo Estado, sem respeitar o modo de vida tradicional dos indígenas. Alguns grupos indígenas que, inicialmente, foram levados para as reservas, voltaram para suas terras de origem, morando em fundos de fazenda e servindo de mão de obra barata para os fazendeiros. Na Reserva de Dourados existem três etnias – Guaranis, Kaiowás e Terenas – sendo que a reserva não garante a condição de ancestralidade dos índios, pois nenhuma das três etnias são oriundas daquelas terras, outra observação é que os Terenas, por terem hábitos mais parecidos com os não-índios, foram levados para a reserva com o objetivo de “civilizar” os Guaranis e os Kaiowás. Atualmente, a maioria dos índios trabalham na construção civil, como pedreiros; em usinas e em lavouras de outras regiões, ou seja, mão de obra barata e desqualificada. A grande problemática é a questão da demarcação de terras, pois os índios querem resgatar suas “tecorrás” que hoje estão sob posse de grandes latifundiários. Os dois grupos – índios e ruralistas – se garantem na constituição. Os índios com base do direito de ancestralidade com a terra e os ruralistas com base do direito da propriedade privada. Tais conflitos acontecem por todo estado do Mato Grosso do Sul, houve um fato que ocorreu recentemente na cidade de Sete Quedas no sul do estado, em que os índios se articularam para fazer uma passeata pacífica na cidade, contudo, a notícia se espalhou e os ruralistas se armaram para combater a manifestação, logo os índios ficaram acuados e não puderam exercer os seus direitos. A tensão foi tão grande que o estoque de armamento em uma cidade do Paraguai próxima da fronteira acabou. VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) Há grande apoio aos ruralistas tanto por parte do governo do estado quanto pela população, por acreditarem que o desenvolvimento está na produção. Outras questões que se destacam como a retenção do cartão bolsa família dos índios por comerciantes locais; o número elevado de suicídios dentro das reservas; o oportunismo em cima da causa, como é o caso da Vila Olímpica na Reserva de Dourados (Foto 2); e a presença de muitas igrejas neo pentecostais dentro da reserva. Foto 2: Vila Olímpica dentro da Reserva de Dourados. Fonte: Acervo Pessoal VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) 4. Brasil e Mato Grosso do Sul no contexto internacional O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, a planta foi implantada no país desde a colônia, sendo durante séculos um dos principais cultivos, portanto seu destino que antes era para a produção e exportação de açúcar, nos dias atuais está voltada para a produção do biocombustível. Até mesmo sua área de influência mudou antigamente se concentrava no nordeste do país e hoje nos estados do centro-oeste, com uma produção totalmente voltada para a agricultura de precisão. O gráfico abaixo compara o Brasil com a Índia, segundo maior produtor de cana-deaçúcar no mundo, através dessa ilustração observa-se a magnitude da produção do Brasil. Produção de cana-de-açúcar 80000000 70000000 60000000 50000000 Toneladas 40000000 30000000 20000000 10000000 0 1961 1971 1981 1991 2001 2011 Ano Brasil India Fonte: FAOSTAT (Food and Agriculture Organization of the United Nations) Ao contextualizar o estado do Mato Grosso do Sul na produção mundial a Biosul (Associação de Bioenergia do Mato Grosso do Sul) estabelece uma expectativa da produção entre os anos de 2012 e 2013, sendo esperados 37 milhões de toneladas para o estado do Mato Grosso do Sul, se tornando superior a países tradicionais no cultivo de cana, como Filipinas (34 milhões de toneladas), Austrália (32 milhões de toneladas), Argentina (29 milhões de VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) toneladas), Indonésia (27 milhões de toneladas) e África do Sul (19 milhões de toneladas), é importante destacar que a maioria desses países exportam tecnologias para o Brasil. Há uma perspectiva de aumento de 18% na safra até 2014 e de 100% até 2020. 5. Considerações Finais Devido a vantagens geográficas para a agropecuária a região da Grande Dourados ganhou destaque no cenário nacional e nos últimos anos houve uma grande expansão do setor sucroenergético na região, depois da chegada das usinas e da cana-de-açúcar, havendo uma remodelação no uso da terra, que antes era exclusivamente da soja e da pecuária. O uso da terra na região em sua maioria é destinada ao latifúndio, com apoio e incentivo de camadas da sociedade, que vão de pessoas com poder político até o cidadão comum das cidades no entorno, pois o discurso de modernidade está atrelado ao discurso de desenvolvimento. A cana-de-açúcar, assim como outros agentes do setor sucroenergético geram implicações econômicas, políticas, sociais e ambientais na região. As empresas se instalaram na Região da Grande Dourados atrás de novos mercados que fossem favoráveis ao seu lucro, logo encontram as condições propícias para se instalarem na localidade. Condições que vão do clima e topografia, até incentivos e isenções fiscais de impostos. A dinâmica das cidades e do estado está totalmente voltada para o setor, visto a magnitude dos dados apresentados ao longo do trabalho e o contexto urbano voltado para a produção, como exposições do agronegócio (foto 3) e a “negação” do índio. Foto 3: Agenda da exposição agropecuária internacional de Dourados Fonte: Acervo Pessoal VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) Diante do trabalho até aqui realizado acrescentam alguns questionamentos, que direcionem os esforços para continuidade da pesquisa: visto que muitos donos arrendam suas terras, até quando o uso da mesma pela cana-de-açúcar não irá entrar em conflito com o uso da soja? Como ficará a situação das terras indígenas e os conflitos dentro da reserva? Quais impactos ambientais causado pela expansão do setor? O tema atual e bastante complexo e se faz necessário entender até que ponto o Brasil se tornará o “celeiro do mundo”, atropelando questões sociais, culturais e ambientais em troco de um “desenvolvimento” visando o lucro de poucos e a exploração de muitos. Portanto, a temática está ainda no começo sendo levantadas muitas outras questões envolvendo o setor sucroenergético no estado do Mato Grosso do sul. 6. Referências Bibliográficas BERNARDES, Júlia Adão;ARACRI, Luís Ângelo dos Santos (Org.). 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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7) SANTOS, Marcos. A expansão das usinas. Agron, Dourados, p. 8-10, mai.2013. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. SANTOS, Milton. Espaço e sociedade: Ensaios. Petrópolis: Vozes, 1979. USP, ESALQ. Escola superior de agricultura Luiz de Queiroz. Disponível em < http://www.esalq.usp.br/>. Acesso em 01 jul. 2013. ÚNICA. União da indústria de cana-de-açúcar. Disponível em < http://www.unica.com.br/>. Acesso em 23 jun. 2013. VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA 1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7)