CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE
PEQUENOS ANIMAIS
Recursos Fisioterapêuticos Aplicados a Cães e Gatos
Brasília – DF
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE
PEQUENOS ANIMAIS
JULIANA MICHETTI KUKULKA
Recursos Fisioterapêuticos Aplicados a Cães e Gatos
Artigo apresentado como Trabalho de
Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu – Especialização em Clínica Médica e
Cirúrgica de Pequenos Animais UNIGRAN
– Centro Universitário da Grande Dourados,
sob orientação do Professor M.Sc. Rodrigo
Oliveira França.
Brasília - DF
2011
K98r
Kukulka, Juliana Michetti
Recursos fisioterapêuticos a cães e gatos / Juliana Michetti Kukulka. - Dourados:
UNIGRAN, 2011.
36f. : il.
Orientador: Prof. MSc. Rodrigo Oliveira França
Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu – Clínica Médica e Cirurgia
de Pequenos Animais – Instituto Qualittas de Pós-Graduação / UNIGRAN.
1. Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais. 2. Recursos fisioterapêuticos aplicados
a cães e gatos. I. Título.
CDU: 615.8
. Ficha Catalográfica elaborada pelo Setor de Processamento Técnico da Biblioteca Central – UNIGRAN
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE
PEQUENOS ANIMAIS
JULIANA MICHETTI KUKULKA
Recursos Fisioterapêuticos Aplicados a Cães e Gatos
Aprovado em: _____/______/______
Orientador: Prof, M.Sc.: Rodrigo Oliveira França
Parecerista: Profª Esp; ou M.Sc. ____________________________________________
__________________________________
Profª. M.Sc. Rosenilda Conceição Blanco Wilhelm Tenfen
Coordenadora de Pós-Graduação
Brasília - DF
2011
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus por me ajudar nessa minha trajetória terrena.
Aos meus pais, pelo amor incondicional e por me apoiarem em todos os momentos,
inclusive quando não fiz as melhores escolhas.
Aos meus avós por me inspirarem.
Ao meu irmão, pelos momentos de diversão, cumplicidade, amor e amizade que a mim
dedica.
Aos meus amigos por todos os momentos alegres e tristes que passamos juntos, mas
que só pelo fato deles estarem ao meu lado foram maravilhosos.
Aos colegas da especialização, que fizeram meus dias muito mais felizes.
Ao professor, Rodrigo Oliveira França, pelos conselhos, apoio, dedicação e
orientação nas horas que mais precisei.
À toda a equipe do Qualittas pelo apoio e orientação que me deram.
RESUMO
KUKULKA, J. M. Recursos Fisioterapêuticos Aplicados a Cães e Gatos. Physical resources applied to Cats and
Dogs. 2011. 36p. Monografia (Curso De Pós-Graduação Lato Sensu de Especialização em Clínica Médica e
Cirúrgica de Pequenos Animais) – Centro Universitário Da Grande Dourados, UNIGRAN.
A reabilitação física de cães e gatos utiliza uma série de recursos fisioterapêuticos como calor, frio,
exercícios, eletroterapia entre outros. Os recursos podem ser simples, como por exemplo, bolsas térmicas, ou
mesmo mais elaborados como, por exemplo, o ultrassom. Esses recursos devem ser utilizados em conjunto, de
acordo com as necessidades de cada paciente, lembrando-se sempre que se trata de um tratamento dinâmico,
variando conforme a evolução do caso. Os objetivos são restaurar, manter, e promover a melhora da função e
aptidão física, bem estar e qualidade de vida dos animais. Sendo utilizada na recuperação de animais submetidos
a procedimentos cirúrgicos ortopédicos, em programas de controle de peso, no fortalecimento muscular de cães
atletas e no controle de afecções crônicas ou progressivas. E buscando a prevenção ou diminuição dos sinais
clínicos afecções e disfunções.
Palavras chave: cães e gatos, recursos fisioterapêuticos, reabilitação fisioterapia.
ABSTRACT
KUKULKA, J. M. Recursos Fisioterapêuticos Aplicados a Cães e Gatos. Physical resources applied to Cats and
Dogs. 2011. 36p. Monografia (Curso De Pós-Graduação Lato Sensu de Especialização em Clínica Médica e
Cirúrgica de Pequenos Animais) – Centro Universitário Da Grande Dourados, UNIGRAN.
The physical rehabilitation of dogs and cats using a series of physical resources such as heat, cold,
exercise, electrotherapy and others. The resources may be simple, such as thermal packs or complex, such as
ultrasound. These resources should be used together in accordance with the needs of each patient, always
remembering that this is a dynamic treatment, varying according to the evolution case. The goals are to restore,
maintain and promote the improvement of function and physical fitness, well being and quality of animals life.
Being used in recovery of animals undergoing orthopedic surgical procedures, in weight loss programs, in
muscle strength for sporting dogs, in the control of chronic or progressive disorders. And seeking to prevent or
decrease clinical signs of diseases and disorders
Words key: dog and cats, resources physical, rehabilitation,
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO
9
2 – HIDROTERAPIA
10
3 – TERMOTERAPIA
12
3.1 – CRIOTERAPIA
12
3.2 – TERAPIA POR CALOR
13
3.2.1 – CALOR SUPERFICIAL
13
3.2.2 – CALOR PROFUNDO
14
4–LASERTERAPIA
16
5–ELETROTERAPIA
19
5.1 – ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR
20
5.2 – ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA
22
5.3 – TERAPIA INTERFERENCIAL
23
6–CINESIOTERAPIA
23
7–MASSAGEM
24
8–MAGENTOTERAPIA
25
9–EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS
27
10- ONDAS DE CHOQUE EXTRACORPÓREAS (ESWT)
31
11–CONSIDERAÇÕES FINAIS
33
12–REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
INTRODUÇÃO
A fisioterapia é um método terapêutico amplamente utilizado na reabilitação em seres
humanos. Muitos protocolos utilizados na fisioterapia humana foram desenvolvidos usando
pequenos animais como modelo, assim como muitos protocolos em humanos estão sendo
adaptados para o uso em pequenos animais. A sua utilização na medicina veterinária ainda
está em difusão e diversos estudos vêm sendo realizados nessa área para aprimoramento da
técnica e comprovação dos seus benefícios em pequenos animais.
Os recursos fisioterapêuticos devem ser utilizados em conjunto, analisando-se cada
caso. Os principais objetivos do tratamento fisioterapêutico são: controle da dor, melhoria da
amplitude de movimento (ADM) das articulações afetadas, melhoria da condição corporal
global, controle de peso em animais com sobrepeso, fortalecimento, manutenção e
reconstrução da massa muscular. Além disto, acelerar o processo cicatricial, o retorno
funcional do membro e previnir complicações decorrentes do desuso, a exemplo da atrofia e
da contratura muscular (BOCKSTAHLER, 2006).
Estipula-se um protocolo de tratamento inicial, mas este pode ser alterado em qualquer
momento conforme as necessidades do paciente. Diversos fatores podem influenciar o
tratamento fisioterapêutico, como, por exemplo, a idade, o condicionamento físico do animal,
o tipo de afecção, a técnica cirúrgica utilizada, a presença de lesões concomitantes, a
dedicação do proprietário e a formação do profissional (ARNOLD; MILLIS, 2005).
A goniometria é a mensuração dos ângulos das articulações na qual se avalia o animal,
sendo as mensurações realizadas com os membros estendidos e flexionados por meio de um
goniômetro. É um método simples e não invasivo de mensuração da amplitude de movimento
das articulações, utilizando antes, durante e depois do tratamento fisioterapêutico, a fim de
observar a evolução do paciente. É com o auxílio destes ângulos que o fisioterapeuta prepara
o protocolo a ser realizado em cada animal (JAGGER et al.., 2002).
Como a dor é o principal fator limitante da mobilidade, é primariamente importante
sua eliminação ou minimização. A eliminação da dor incentiva a mobilização precoce da
região afetada, enquanto a persistência da dor leva a um aumento da taxa metabólica, estresse
cardiovascular, baixa na imunidade, hiperalgesia central e periférica, disfunção pulmonar e
proteção instintiva da região afetada (MILLIS; LEVINE, 1997).
A fisioterapia utiliza recursos como ultrassom terapêutico, eletreoestimulação nervosa
transcutânea, elestroestimulação muscular, laser de baixa intensidade, campo magnético
pulsátil, exercícios terapêuticos, massagem, caminhada em esteiras aquática, natação,
massagem, alongamento, crioterapia e termoterapia para promover a reabilitação (CANAPP,
2007).
2- Hidroterapia
A hidroterapia consiste no uso da água para fins terapêuticos. As propriedades da água
como densidade, empuxo, pressão hidrostática, tensão superficial, viscosidade, fricção e
turbulência são importantes fatores que devem ser considerados quando se concebe um
protocolo de reabilitação aquática, pois cada uma destas propriedades oferece benefícios
específicos em relação à reabilitação dor (ARNOLD; MILLIS, 2005).
O empuxo proporciona redução na carga de peso sobre as articulações. Pesquisas
demonstraram que o peso do animal dentro da água varia conforme o nível da água devido ao
empuxo. Este pode ser definido como a relação entre o volume de água deslocado e a
densidade da água. Um animal em estação com água na altura do tarso, na altura do côndilo
lateral do fêmur e na altura do trocânter maior do fêmur, pesa, respectivamente, 91%, 85% e
38% do peso em solo seco (WEIGEL et al., 2005).
A pressão hidrostática proporciona uma pressão constante na área submersa, e com o
aumento da profundidade, a pressão aumenta, auxiliando na drenagem venosa e linfática de
membros ou articulações acometidas e também diminuindo a dor. A viscosidade da água
oferece resistência ao movimento, proporciona o fortalecimento da musculatura e estimula a
atividade cardiovascular. Também permite ao paciente o estimulo da propriocepção dentro da
água e que o mesmo realize correções no equilíbrio. A tensão superficial proporciona
resistência na realização de movimentos submersos em comparação aos movimentos na
superfície (ARNOLD; MILLIS, 2005).
A hidroterapia pode ser realizada tanto em água morna quanto em água fria. Em água
morna, observa-se aumento da frequência respiratória, diminuição da pressão sangüínea,
aumento do suprimento sangüíneo para os músculos, aumento da circulação periférica,
aumento do debito cardíaco, aumento da frequência cardíaca, relaxamento da musculatura em
geral e aumento da taxa metabólica. Com conseqüência, há aumento da circulação sangüínea e
do aporte de oxigênio (O2) tecidual. Desta forma, ocorre remoção do dióxido de carbono
(CO2) e do ácido lático, diminuindo as dores musculares. Em água fria, observa-se diminuição
do metabolismo celular, da permeabilidade capilar e alívio da dor (ARNOLD; MILLIS, 2005;
MIKAIL, 2006a).
Preconiza-se que a temperatura da água esteja entre 25 e 30ºC, durante a hidroterapia,
de modo a oferecer um maior conforto ao paciente durante os exercícios (OLBY et al., 2005).
Realiza-se a hidroterapia com o auxílio de duchas, sob turbilhonamento, sob imersão
total ou parcial (Figura 1) e mediante banhos de contraste de temperatura. Com a ducha, a
pressão realizada pela água funciona como uma massagem sobre os tecidos, estimulando a
circulação sangüínea e linfática. O turbilhonamento consiste em jatos de água que estimulam
mecanicamente a pele. Na imersão total, o animal encontra-se parcialmente submerso e, por
isso, precisa se movimentar constantemente para se manter na superfície. Esta técnica mantém
e trabalha o tônus muscular, aumenta a amplitude de movimento das articulações, evita
sobrecarga de peso sobre o sistema locomotor, melhora a capacidade cardiorrespiratória, bem
como o retorno venoso e o débito cardíaco (MIKAIL, 2006a).
As primeiras sessões de hidroterapia devem começar com curtos períodos na água,
para adaptação do animal, uma vez que apenas cinco minutos dentro da água pode ser
extremamente estressante para alguns animais. Há casos de animais que não se adaptam, então
é melhor não utilizar a hidroterapia com esses animais para que eles não associem as sessões
de fisioterapia com algo desagradável (SAUNDERS, 2007).
A frequência das sessões e o tempo de duração de cada sessão dependem da situação
do paciente e dos objetivos do fisioterapeuta, as sessões de hidroterapia podem ser realizadas
de três a cinco vezes por semana. Se a intenção for incentivar o apoio de um membro já
cicatrizado, indica-se sessões de cinco a dez minutos inicialmente, com aumento gradativo a
medida que o animal demonstra segurança ao apoiar-se nos quatro membros. Em animais
muito debilitados, indica-se 45 segundos de caminhada em três repetições, com 2 minutos de
descanso entre elas (JUREK; MCCAULEY, 2009)
Figura 1-Animal com displasia coxofemoral em esteira aquática (imersão parcial).
Fonte: Arquivo pessoal
É contraindicado a utilização da hidroterapia em animais com feridas abertas, incisão
cirúrgica em cicatrização, incontinência urinária, diarréia, disfunções cardíacas e respiratórias
(JUREK; MCCAULEY, 2009; MIKAIL, 2006a)
3 -Termoterapia
3.1-Crioterapia
A crioterapia consiste no resfriamento tecidual como um método de reabilitação. A
aplicação local do frio diminui a formação de edema, de hemorragias, do metabolismo local,
da velocidade de condução nervosa, da liberação de histamina, da resposta inflamatória
aguda, da dor e do fluxo sangüíneo (vasoconstrição). A crioterapia também é indicada em
processos inflamatórios agudos a fim de aumentar a amplitude de movimento (ADM), porque
diminui a dor, facilitando assim a movimentação do membro. Também é indicada nos
cuidados emergenciais das queimaduras e no pós-cirúrgico imediato (Figura 2). Deve ser
usada 24 a 72 horas após lesão, enquanto os sinais de inflamação aguda estão presentes (dor,
edema, hiperemia, aumento de temperatura e diminuição da função). Entretanto, o uso da
crioterapia deve ser feito com cautela, a fim de evitar lesões provocadas pelo frio; por isso,
para uma aplicação segura e cuidadosa, deve-se cronometrar e inspecionar a pele a cada
poucos minutos. Não se deve aplicar o gelo diretamente sobre a pele, evitando-se desconforto
e danos teciduais isquêmicas (STEISS; LEVINE, 2005).
A crioterapia pode ser aplicada por meio de bolsas de gelo, bolsas de gel, imersão em
água com gelo, bolsas químicas e spray (Lopes, 2006). Indicam-se aplicações com duração de
15 a 20 minutos, no local da inflamação, logo após o procedimento cirúrgico. E aplicação
durante 15 a 20 minutos, três ou quatro vezes ao dia nos
três primeiros dias após a
intervenção cirúrgica (CANAPP JR,2007).
A crioterapia é contraindicada em casos de lesões abertas (devido à vasoconstrição que
a crioterapia provoca) e em áreas isquêmicas (STEISS; LEVINE, 2005). E também em
animais que apresentam pouca ou nenhuma sensibilidade dolorosa (ARNOLD; MILLIS,
2005; CANAPP JR, 2007).
Figura 2- Animal recebendo aplicação de bolsa de gelo após procedimento cirúrgico.
Fonte: adaptado de: Shumway, 2007.
3.2-Terapia pelo calor
A terapia por calor pode ser classificada quanto à transferência do calor e quanto à
profundidade de penetração do calor junto à pele. A transferência do calor pode ocorrer por
meio de conversão quando converte um tipo de energia em calor (ultrassom); condução,
quando há um fluxo de calor entre dois objetos (compressas quentes); convecção, quando a
troca de calor ocorre por meio de um líquido ou do ar (hidroterapia) e irradiação, onde não há
necessidade de meios de contato (infravermelho). O calor também pode ser classificado,
quanto à profundidade de penetração na pele, em superficial e profundo (PEDRO, 2006).
3.2.1-Calor Superficial
O calor superficial atinge até dois centímetros de profundidade nos tecidos e pode ser
obtida por meio de compressas quentes, hidroterapia, forno de Bier, infravermelho, parafina,
compressas gelatinosas e turbilhonamento (STEISS; LEVINE, 2005). A aplicação do calor
superficial diminui a pressão sangüínea se aplicado por tempo prolongado ou sobre uma
grande área, o espasmo muscular e a dor. O calor superficial é indicado em casos de trauma,
redução da amplitude de movimento devido a rigidez e/ou contratura e alívio da dor. O calor
superficial é contraindicado em casos de inflamação aguda, insuficiência cardíaca,
hipertermia e em pacientes termossensíveis e fotossensíveis. O calor superficial pode ser
aplicado durante 10 a 30 minutos e a temperatura deve estar entre 40 e 45°C para ter
propriedades terapêuticas (STEISS; LEVINE, 2005). E pode ser utilizado aproximadamente
72 a 96 horas após a cirurgia ou trauma ((ARNOLD; MILLIS, 2005).
O infravermelho é uma das formas de obter calor superficial com uma maior
penetração. O aparelho deve ficar a 50 centímetros do paciente, por cerca de 20 a 30 minutos,
para atingir aquecimento adequado (PEDRO, 2006).
3.2.2-Calor Profundo
O calor profundo atinge a profundidade de um a três centímetros de aquecimento
efetivo (PEDRO, 2006). Já segundo STEISS E LEVINE (2005), pode atingir ate cinco
centímetros.
Ele pode ser obtido por ultrassom ou diatermia de ondas curtas. A diatermia produz
calor por meio de ondas eletromagnéticas, mas é pouco usada na medicina veterinária, uma
vez que o paciente não pode se movimentar, pois o movimento provoca alterações na
intensidade de calor fornecido. Ela costuma ser melhor no aquecimento de áreas mais
extensas, comparativamente ao aquecimento fornecido pelo ultrassom, mas sua penetração
através da pele e pêlos dos cães ainda precisa ser estudada (STEISS; LEVINE, 2005).
O ultrassom é uma forma de vibração acústica em frequências muito altas para serem
percebidas pelo ouvido humano, que escuta ondas entre 16 a 20.000Hz. As ondas do
ultrassom terapêutico variam de 0,75 a 3MHz. As ondas acústicas são produzidas por um
transdutor de onda que transforma energia elétrica em mecânica (STARKEY, 2001; HAAR,
2003).
A intensidade e a amplitude diminuem conforme as ondas passam através do meio.
Esta redução é causada pela difusão do som no meio heterogêneo, pela reflexão e refração e
pela absorção do meio. O feixe pode ter sua intensidade diminuída pela metade, a
determinada distância, e dependendo da natureza do meio e da frequência da onda. As ondas
de frequência alta são absorvidas mais rapidamente do que as ondas de frequência baixa.
Quanto maior a frequência, menor será o comprimento da onda e maior será sua absorção. A
quantidade de absorção depende da natureza do tecido, do seu grau de vascularização e da
frequência do ultrassom. Tecidos com elevado conteúdo proteíco absorvem mais rapidamente
o calor do que os tecidos com maior conteúdo de gordura (PEDRO, 2006).
O ultrassom tem efeitos térmicos e não térmicos. O aquecimento ocorre com o uso do
ultrassom terapêutico em modo contínuo de emissão, com intensidade de 1W/cm2 ou mais,
por aproximadamente 10 minutos. Os efeitos térmicos desejáveis são analgesia, diminuição da
rigidez articular, aumento do fluxo sanguíneo, aumento da extensibilidade do colágeno e
redução do espasmo muscular. Estima-se que a temperatura capaz de desencadear este efeito
situe-se entre 40 e 45ºC (STEISS; LEVINE, 2005).
Os efeitos não térmicos do ultrassom são cavitação estável, cavitação instável, ondas
estacionarias e correntes acústicas. A passagem do som pelas células e moléculas produz uma
oscilação nessas que resulta na formação de bolhas cheias de ar esse mecanismo é
denominado cavitação, podendo se estável ou instável. A cavitação estável ocorre quando as
bolhas se comprimem e expandem com a passagem da onda por elas. A cavitação instável
consiste na compressão das bolhas seguido de um colapso total dessas bolhas e este é um
efeito indesejável, pois causa danos teciduais. As ondas estacionarias refere-se a sobreposição
de duas ondas formando uma onda com intensidade mais alta. As correntes acústicas tratamse do movimento unidirecional dos fluidos tissulares que resulta em micromassagem e
provoca um aumento da permeabilidade da parede celular (SPEED, 2001; STARKEY, 2001;
YOUNG, 2003)
Os efeitos não-térmicos causados pelo ultrassom provocam alterações na
permeabilidade da membrana celular íons de cálcio, de potássio e outros íons metabólicos, na
fagocitose e na liberação de histamina. O ultrassom também estimula o depósito de colágeno,
a angiogênese e a proliferação de fibroblastos devido ao aumento na liberação de fatores de
crescimento (SPEED, 2001; ARNOLD; MILLIS, 2005).
O aparelho deve ser aplicado com um meio de contato entre a pele e o transdutor,
sendo que o gel hidrossolúvel é o mais utilizado. Os pêlos são fatores de redução na absorção,
pois diminuem a profundidade de penetração, uma vez que são mais uma barreira para a
condução sonora. A presença de ar entre o pelame e a pele do animal é um fator limitante da
absorção da energia desencadeada pelo ultrassom; desta forma, preconiza-se a tricotomia para
reduzir esta interface (STEISS; LEVINE, 2005).
A frequência determina a profundidade de penetração das ondas. Um megahertz
penetra cerca de dois a cinco centímetros de profundidade e três megahertz penetra cerca
meio a dois centímetros de profundidade. A intensidade é a quantidade de energia por área. A
intensidade dos equipamentos encontrados no mercado varia de 0,25 a 3W/cm2; quanto maior
a intensidade, mais rápido e intenso será o aumento da temperatura tecidual. Com a
intensidade entre 1 a 2W/cm2 por um período de 5 a 10 minutos, pode-se elevar a temperatura
tecidual a cerca de 40 a 45ºC (STEISS; LEVINE, 2005).
O ultrassom pode ser usado no modo continuo ou pulsado. A aplicação no modo
continuo tem intensidade é continua e provoca os efeitos térmicos do ultrassom, sendo
indicado para rigidez articular, contratura muscular e dor. O modo pulsado tem a intensidade
da corrente intermitente e promove principalmente os efeitos não térmicos do ultrassom,
sendo indicado para estimulação do fluxo sanguineo, reparo de tecidos moles, ósseos e
tendões (STARKEY, 2001; YOUNG, 2003).
O tempo de aplicação de ultrassom pode variar de cinco a dez minutos em
determinada área, dependendo do efeito biológico (térmico ou não térmico) desejado. Indicase que seja aplicado duas vezes por semana (CANAPP ,2007).
Algumas afecções merecem indicação desta técnica. A tendinite crônica e a bursite
beneficiam-se pelo aquecimento por ultrassom seguido de massagem. Neste tipo de lesão o
ultrassom atua acelerando o processo de cicatrização. Para contratura articular indica-se o
aquecimento com o ultrassom associado a sessões de alongamento. Em casos de úlceras
crônicas, feridas e consolidações ósseas o ultrassom estimula a angiogênese, atuando na
estimulação de fatores como a interleucina-8, os fibroblastos e a vascularização endotelial
(STEISS; LEVINE, 2005).
Entretanto, esta terapia é contra-indicada sobre a área cardíaca, os olhos, útero
gravídico, neoplasias malignas, insuficiência vascular, processos inflamatórios agudos e
feridas contaminadas (PEDRO, 2006).
4-Laserterapia
A laserterapia de baixa intensidade é o tipo de laser terapêutico utilizado na
reabilitação, enquanto a laserterapia de alta intensidade é utilizada para procedimentos
cirúrgicos, pois tem a capacidade de cortar, coagular e evaporar tecidos (MIKAIL 2006b).
O laser é uma fonte artificial de luz que emite radiação na forma de um fluxo de
fótons. Essa radiação difere daquela produzida por outras fontes, a exemplo do infravermelho.
Suas características básicas são a monocromaticidade, a colimação e a coerência. A
monocromaticidade significa que o feixe possui apenas um comprimento de onda, ou seja,
somente uma cor. A colimação indica que todos os raios emitidos são paralelos, praticamente
sem divergência da radiação emitida. A coerência significa que todas as ondas têm o mesmo
comprimento e também estão na mesma fase (sincronia de tempo e espaço) (MIKAIL 2006b;
ARNOLD; MILLIS, 2005).
O aparelho (figura 3) deve estar em contato com a pele perpendicular a área-alvo. O
laser pode ser aplicado em áreas-alvo, pontos gatilhos do sistema musculoesquelético ou em
pontos de acupuntura; pode ser aplicado de forma pontual ou em varredura. A região
submetida ao laser deve estar livre de medicamentos, principalmente os que apresentam
coloração, pois podem interferir na penetração da radiação (MILLIS et al., 2005).
Figura 3- Aparelho de laser terapêutico.
Fonte: Arquivo pessoal
A energia é liberada pelo aparelho e absorvida pelos tecidos por meio de receptores
primários e secundários. Os receptores primários são os cromóforos naturais, como o
pigmento citocromo da cadeia respiratória na mitocôndria; o pigmento melanina e outras
substâncias que fazem fotorreação. No citocromo, a energia é absorvida provocando a
formação de O2 de gradiente de prótons levando à produção de ATP e ativação simultânea da
produção de DNA. Segue-se um aumento do metabolismo celular na região de ação do laser.
Há aumento da circulação, da neovascularização, da atividade do sistema linfático, dos níveis
de endorfina, da liberação de histamina e de serotonina, da quantidade de fibroblastos, do
estímulo de osteoblastos, do estímulo da fagocitose e da liberação de fatores de crescimento
(MIKAIL, 2006b).
Os meios mais utilizados na laserterapia são a mistura gasosa de hélio e neônio (HeNe), cujo comprimento de onda é de 632,8nm, e o arseneto de gálio(Ga-AS), cujo o
comprimento de onda varia de 630-950nm.
O laser tem efeito na reparação dos tecidos, pois promove uma aceleração na
angiogênese e aumento na formação de novos capilares nos tecidos lesionados. Estas
alterações estão relacionadas ao aumento da síntese de ATP e de proteínas (SILVA et
al.,1998). Segundo MILLIS et al.(2005), diversos estudos sobre o laser concluíram que a
associação do comprimento de onda 632,8nm, na dose de 1J/m2, foi a utilização mais eficaz
no tratamento de feridas.
Há diversos trabalhos sobre a laserterapia no controle da dor (Figura 4). O efeito
analgésico ocorre devido ao bloqueio da transmissão de dor até o cérebro, ao aumento da
liberação de endorfinas e encefalinas; embora seu mecanismo ainda não tenha sido
precisamente determinado. A analgesia também pode ser obtida com a aplicação de laser em
pontos de acupuntura (MILLIS et al., 2005).
O efeito antiinflamatório ocorre porque o laser diminui a síntese de prostaglandina e
causa vasodilatação de vasos linfáticos. Consequentemente, a aplicação do laser em regiões
com reação inflamatória diminui a liberação de prostaglandina, diminuindo também a saída de
plasma para o espaço intersticial. Com a vasodilatação linfática, há uma remoção das
proteínas carreadas para o meio intersticial pelo plasma, diminuindo o edema (MIKAIL,
2006b).
Figura 4- Aplicação de laserterapia em falange, para fornecer analgesia, em cadela da raça Maltês com
artrite reumatóide.
Fonte: Arquivo pessoal
MILLIS et al.(2005) sugerem que o uso de laserterapia de baixa potência tem efeito no
processo de consolidação óssea. Mas estudos adicionais sobre as propriedades do laser, do
comprimento de onda e da dose ainda são necessários.
Segundo CANAPP (2007), a dosagem do laser para lesões agudas (com 24 a 72 horas)
usa-se menos de 2J/m2, lesões subagudas (com mais de 72 horas) indica-se 3 a 4J/m2 e em
lesões crônicas indica-se 5 a 8J/m2.
A laserterapia é contraindicada na região dos olhos, útero gravídico, áreas de
hemorragias, área cardíaca, placas epifisárias, tumores, feridas infectadas, gânglios simpáticos
e nervo vago (BAXTER, 2003)
5-Eletroterapia
A eletroterapia consiste no uso de corrente elétrica como forma de reabilitação, sendo
utilizada para promover o aumento da amplitude de movimento, melhora na função do
membro, controle da dor, aumento da extensibilidade muscular, além de acelerar a
cicatrização (MIKAIL, 2006c).
Segundo STEISS e LEVINE (2005), a eletroterapia pode ser utilizada em disfunções
neuromusculares como fraqueza ou queda da resistência física, com a finalidade de
despolarizar os neurônios motores que são responsáveis pela contração muscular; e também
no controle da dor, cujo objetivo é despolarizar os neurônios sensitivos para analgesia.
O uso da eletroterapia para estimular neurônios motores e causar contrações
musculares é denominado eletroestimulação neuromuscular (NMES). Quando a eletroterapia
é utilizada para estimulação de músculos denervados, como no caso de pacientes com lesões
medulares, é denominada eletroestimulação muscular (EMS ou FES). O termo
eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) é usado para a eletroterapia aplicada no
controle da dor. A região onde os eletrodos são colocados deve ser tricotomizada para se
evitar a presença de ar entre a pele, o gel condutor e o eletrodo, permitindo que a corrente
passe livremente (STEISS; LEVINE, 2005).
As correntes elétricas utilizadas na eletroestimulação podem ser correntes diretas,
correntes alternadas ou correntes pulsadas. A corrente direta é caracaterizada por um fluxo
continuo de elétrons em uma direção e nela também se enquadra a corrente galvânica que é
uma corrente direta interrompida. Na corrente alternada os elétrons se movem em direções
alternadas, mas não simetricamente. E a corrente pulsada é um fluxo unidirecional ou
bidirecional de elétrons que são interrompidos por um curto período de tempo (HOWE;
TREVOR, 2003; STARKEY, 2001).
Já existem no mercado, equipamentos veterinários de eletroterapia desenvolvidos para
protocolos terapêuticos em cães e eqüinos. Deve-se dar preferência para a utilização de
eletrodos flexíveis (que se adaptam ao tecido), compatíveis com o tamanho da superfície, de
baixa resistência, bons condutores e reutilizáveis. Os de silicone impregnado com carbono são
os mais utilizados atualmente na veterinária. Para que ocorra transmissão da corrente elétrica
para o eletrodo é necessário um meio de condução que pode ser gel, esponja ou papel toalha;
porém os mais utilizados são os géis à base de água, que são bem práticos e de fácil limpeza
(STEISS; LEVINE, 2005).
Deve-se evitar exposição direta a marca-passo cardíaco, seios carotídeos, gânglios
cervicais, ouvidos, região lombar e abdominal de animais gestantes, neoplasias, feridas
infectadas e áreas com trombose ou tromboflebite (STEISS; LEVINE, 2005).
5.1-Eletroestimulação neuromuscular
A eletroestimulação neuromuscular (NMES) é realizada nos neurônios motores
inferiores para iniciar a contração muscular e produzir um movimento funcional. É utilizada
para redução da atrofia muscular, fortalecimento dos músculos, manutenção e aumento da
amplitude de movimento e aumento do fluxo venoso e linfático em tecidos adjacentes (Figura
5) (LOW; REED 2001).
A corrente utilizada possui trem de pulso em forma retangular, a frequência varia de
10 a 80Hz e a intensidade deve ser aumentada lentamente até que se observe contração
muscular. Ajusta-se, então, o tempo de repouso (off time) e de emissão (on time) de pulsos,
sendo que este último deve ser de poucos segundos para evitar fadiga muscular. O tempo de
emissão é sempre menor que o de repouso (CLARK; McLAUGUHLIN, 2001).
É necessário localizar o ponto motor para que a contração adequada seja obtida. Com
isso, pode-se utilizar uma corrente mais baixa, minimizando o desconforto do paciente. Os
eletrodos podem ser colocados em um único músculo para causar a contração e conseguir o
movimento da articulação guiada por ele, ou podem ser colocados em grupos musculares
opostos para causar uma contração isométrica que resulta em pouco movimento articular. A
frequência de tratamento costuma ser de duas a três sessões por semana (TAYLOR et al.,
2004).
Figura 5- Aplicação de NMES em animal com atrofia muscular decorrente de luxação lateral de patela.
Fonte: Arquivo pessoal
A NMES e a FES são elestroestimulação similares, diferindo apenas no fato da NMES
produzir contrações em músculos inervados e a FES, em músculos denervados
(KITCHEN;MCDONOUGH, 2003 )
Segundo STERKEY, 2001 a NMES é contra-indicada em lesões músculotendinosas e
em casos onde não há um inserção segura do músculo no osso.
5.2-Eletroestimulação nervosa transcutânea
A eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) emite uma corrente elétrica de
intensidade suficiente para provocar despolarização dos nervos sensoriais, motores e de dor
(DAMIANE; DAMIANE, 1998). A TENS é indicada para o controle de dor lombar,
miofascial, de artrite, mediada pelo sistema nervoso simpático, neurogênica, visceral e póscirúrgica. A TENS tem uma ação de neuromodulação da dor por meio de inibição présimpática do corno dorsal da medula espinhal, controle endógeno da dor, pela liberação de
endorfinas, e dinorfinas, e inibição direta de um nervo excitado anormalmente (MIKAIL,
2006c).
Os eletrodos são posicionados nas áreas de dor, em pontos gatilhos e pontos de
acupuntura. E esse recurso pode ser realizado diariamente (MIKAIL, 2006c).
O TENS convencional, o TENS acupuntura e o TENS pulsado são os três modos de
aplicação do TENS. O TENS convencional utiliza corrente de alta frequência (40 a 150Hz) e
baixa intensidade e causa analgesia imediata ou nos 20 primeiros minutos de sessão; produz
uma sensação de formigamento e tem curta duração. O TENS acupuntura consiste na
utilização de baixa frequência (1 a 10Hz) de estímulo a uma alta intensidade. Os eletrodos são
posicionados em pontos de acupuntura e a analgesia não é imediata, podendo ocorrer de 30 a
60 minutos após a sessão, embora a duração seja prolongada, de duas a seis horas. O TENS
pulsado usa uma descarga de tens de pulso, sendo que a frequência dos impulsos é alta dentro
de cada ten (70 a 100Hz). A intensidade deve ser alta (30 a 60mA), porém dentro de um
limite suportável. O alívio da dor ocorre de 10 a 30 minutos (MIKAIL, 2006; JOHNSON,
2003).
Segundo STERKEY, 2001 o TENS também é contra-indicado para dores de origem
central e de origem desconhecida.
5.3-Terapia interferencial
A terapia interferencial é a aplicação transcutânea de correntes elétricas alternadas de
média freqüência para finalidades terapêuticas. Aplicam-se duas correntes de frequência
ligeiramente diferentes e com fases não coincidentes que se somam formando uma corrente
que tem a frequência igual à média das duas correntes originais. Essa nova corrente tem a
amplitude aumentada e o ciclo diminuído (PALMER; MARTIN, 2003).
Utilizam-se quatro eletrodos para formar dois circuitos; eles se enquadram de forma
perpendicular formando uma área de intersecção a ser estimulada. Normalmente, são
aplicados junto à pele com gel hidrossolúvel para a passagem da corrente (PALMER;
MARTIN, 2003).
A terapia interferencial é indicada para produzir analgesia, cicatrização de tecidos e
contrações musculares (AGNE, 2004). Porém, ainda não tem sido utilizada com tanta
frequência na medicina veterinária, pois existe a necessidade de mais estudos que confirmem
sua eficiência.
6-Cinesioterapia
A cinesioterapia consiste na terapia pelo movimento, sendo ele passivo (realizado pelo
terapeuta), ativo (realizado pelo paciente) e ativo assistido (realizado pelo paciente e assistido
pelo terapêuta). Pode também ser feito na forma de alongamento e fortalecimento, com ou
sem sobrecarga. A cinesioterapia visa o alongamento, o fortalecimento, a reprogramação, a
mobilização e a estabilização da musculatura. O alongamento trabalha a elasticidade muscular
que consiste na propriedade de alguns componentes musculares se deformarem quando
submetidos a uma força externa. Ocorre um aumento no seu comprimento durante a aplicação
da força e retorno ao seu tamanho original quando cessa o estimulo. A plasticidade muscular
também é trabalhada pelo alongamento e consiste na capacidade de alguns componentes
musculares e articulares tomarem forma diferente ou diversa da sua original, por meio de uma
força externa aplicada. A plasticidade pode permanecer alterada mesmo depois de cessada o
estímulo (AMARAL, 2006).
O alongamento estático consiste no estiramento muscular até um ponto máximo por
tempo pré-determinado. Sabe-se que o componente plástico só é trabalhado quando grupos
musculares permanecem um período superior a um minuto em determinada posição. Os
componentes elásticos são trabalhados em tempo inferior. Já alongamento balístico consiste
em movimentos pendulares, saltos e movimentos insistidos e rítmicos (AMARAL, 2006).
O alongamento passivo (Figura 6) resulta de uma força externa proporcionada por uma
pessoa ou máquina visando ganhar amplitude de movimento. Nesta técnica, o animal não
contribui para a realização do trabalho, pois a pessoa irá alongar o músculo ou o grupo
muscular lentamente de forma passiva até a amplitude desejada, mantendo-o por algum tempo
e voltando, então, para a posição inicial. O paciente deverá permanecer relaxado durante a
seção. O alongamento deve ser realizado uma vez por semana para a manutenção da
amplitude de movimento e de três a cinco vezes por semana para aumentá-la. Cada exercício
deve ser realizado com três a cinco repetições diárias quando o objetivo é a elasticidade, e
duas a três repetições quando o objetivo é alterar os componentes plásticos do músculo ou
grupo muscular (CLARK; MCLAUGUINLIN, 2001).
Figura 6- Animal com displasia coxofemoral realizando alongamento passivo
Fonte: Arquivo pessoal
7-Massagem
A massagem é a manipulação terapêutica dos tecidos moles e músculos, por meio de
fricção, amassamento ou tapotagem (DUNNING et al., 2005). Possui efeitos reflexos e
mecânicos. Os efeitos reflexos são obtidos através da estimulação de receptores periféricos
que transmitem impulsos por meio de fibras nervosas aferentes para a medula espinhal e
depois para o cérebro, produzindo sensações de prazer e relaxamento. Os efeitos mecânicos
consistem em medidas que auxiliam no retorno venoso sanguíneo e linfático e que produzem
mobilização muscular, podendo remover acúmulo de líquidos e desfazer aderências (BAUER;
MIKAIL; 2006).
A massagem é indicada para alívio de dor, redução de edema ou mobilização de
tecidos com contratura, além de relaxar e acalmar os animais, sendo contraindicada quando há
presença de infecções, tumores e doenças de pele (BAUER; MIKAIL; 2006; SHUMWAY,
2007).
Os principais tipos de massagens são a effleurage, a compressão e tapotagem. A
effleurage consiste no percorrer suave da mão sobre a pele de maneira superficial ou
profunda. No modo superficial, a direção da força não é importante, pois a pressão é tão leve
que os efeitos mecânicos não são produzidos. No modo profundo, a direção da força é
importante, pois o objetivo é auxiliar no retorno do fluxo sanguíneo e linfático, portanto a
força deve ser realizada na direção dos vasos em questão (BAUER; MIKAIL, 2006;
SHUMWAY, 2007).
A compressão pode ser realizada através do pregueamento, amassamento e fricção. O
pregueamento é o movimento em que os tecidos moles são pegos entre os dedos e
manipulados de forma alternada, de modo que ocorra movimento dentro do músculo. É
utilizado para liberar os fluidos dos tecidos e criar mobilidade muscular para liberação de
aderências (Figura 7A). O amassamento é realizado em porções maiores do músculo que
podem ser amassadas entre as duas mãos (Figura 7B). A fricção consiste em movimentos
circulares realizados em determinada área com certa pressão profunda, visando à liberação de
pontos de tensão, aderências, espasmos musculares e tendinite (Figura 7C) (BAUER;
MIKAIL, 2006; SHUMWAY, 2007).
A tapotagem envolve movimentos de percussão, realizados de modo alternado com as
duas mãos (BAUER; MIKAIL; 2006).
Figura 7- Massagem por pregueamento (A), por amassamento (B) e por fricção (C).
Fonte: adaptado de: Shumway, 2007.
8-Magnetoterapia
Há dois tipos de terapia que utilizam campos magnéticos: a terapia por meio de
magnetos estáticos e a que utiliza campo magnético pulsátil (MIKAIL; 2006d).
Os magnetos estáticos produzem campos magnéticos criados por meio de
substâncias magnetizadas, normalmente metais, como ferro, alumínio, cobalto, entre outros.
Estes campos são permanentes e não sofrem variações de intensidade. O seu modo de ação
não está esclarecido, mas supõe-se que provoquem um aumento na circulação, apesar de não
haver trabalhos científicos sérios que comprovem sua eficiência. Segundo CANAPP (2007), a
mecanismo de ação do campo magnético pulsátil ainda é desconhecido, mas ele tem um efeito
no potencial de membrana da célula. Os íons que se encontra sob o campo magnético pulsátil
são influenciados pelo ritmo de pulsos do campo, aumentando a entrada de íons e de oxigênio
nas células (CANAPP, 2007).
O campo magnético pulsátil (Figura 8) é obtido através de uma corrente elétrica que
passa por um condutor em espiral, criando um campo magnético ao redor. O campo possui
linhas perpendiculares ao plano espiral e paralelas entre si. Qualquer objeto exposto a estas
linhas está sob ação do campo eletromagnético. Pode ser usado na reparação óssea, uma vez
que estimula a osteogênese, a incorporação de fragmentos ósseos e a prevenção da perda de
massa óssea, além de promover alívio da dor (MIKAIL, 2006d).
Figura 8- Aparelho de magnetoterapia pulsátil.
Fonte: Arquivo pessoal
A magnetoterapia indicada para tratamento de fraturas, prevenção de perda óssea
quando o membro está imobilizado, osteoartrites, osteoporose, tendinites, desmites,
periostites, feridas crônicas e necrose asséptica da cabeça do fêmur. O tratamento deve durar
de 30 minutos a 2 horas (Figura 9) (MIKAIL, 2006d).
Figura 9- Cadela Maltês com artrite reumatóide realizando magnetoterapia
Fonte: Arquivo pessoal
As contraindicações para o uso do campo magnético pulsátil são casos de hemorragias
e implantes eletrônicos e também deve ser evitado em cadelas gestantes (CANAPP, 2007).
9-Exercícios Terapêuticos
Os exercícios terapêuticos constituem umas das modalidades mais usadas na
reabilitação. Favorecem o aumento da amplitude de movimento, da massa e da força
muscular, do equilíbrio, bem como mantêm a performance dos movimentos rotineiros e a
capacidade aeróbica. O grau de dificuldade dos exercícios depende do procedimento cirúrgico
realizado, do estado dos tecidos envolvidos e do estágio de cicatrização dos mesmos. Indicase com exercícios leves e de pouco impacto logo no pós-operatório. Conforme o paciente se
sinta confortável e confiante e que se observe melhora no quadro, pode-se aumentar o grau de
dificuldade dos exercícios. Em todos os casos, o grau de cicatrização e a força tecidual devem
ser considerados para não se realizar sobrecarga de exercícios causando dano tecidual
(ARNOLD; MILLIS, 2005).
As atividades mais comuns são: exercícios de estação assistida, caminhada assistida,
caminhada em esteira, carrinho de mão, dança, exercícios com bolas terapêuticas, exercícios
de sentar e levantar, corridas leves, caminhadas com obstáculos, puxar ou carregar pesos
(ARNOLD; MILLIS, 2005).
Os exercícios de estação e caminhada assistida dependem da força e da flexibilidade
do paciente para serem realizado sendo realizados por períodos longos com auxílio de
carrinhos, ou por período curto com o auxílio do fisioterapeuta ou suportes feitos de tecido
(Figura 10). Os exercícios trabalham a força da musculatura, a propriocepção e também
melhoram a circulação, respiração, eliminação de fezes e urina e o bem-estar animal. As
metas iniciais devem ser de cerca de 10 a 15 passos para cada membro e a evolução depende
de cada paciente. Pode-se realizar de duas a quatro repetições por sessão, ou quantas o
paciente for capaz de realizar. Pacientes com lesões graves de medula podem exigir exercícios
mais incrementados, com um aumento semanal de carga (WEIGEL et al., 2005).
Figura 10- Animal usando suporte de tecido para realizar caminhada
Fonte: adaptado de ARNOLD, MILLIS, 2005
A caminhada em esteira (Figura 11) é um exercício usado para condicionamento físico
e para encorajar o uso de membros após intervenção cirúrgica. As sessões devem começar
com uma velocidade baixa e aos poucos se aumenta para a velocidade desejada. Na esteira, os
cães apresentam uma melhor postura e diminuem o tempo das passadas, quando comparado
ao andar no solo. A caminhada em esteira seca ou mesmo em esteira aquática é uma nova
experiência para os cães e exige bastante do equilíbrio, propriocepção e coordenação e, por
isso, os animais estão mais propensos a usar o membro afetado na esteira. Ela é indicada para
fortalecer a musculatura dos membros pélvicos e torácicos (ARNOLD; MILLIS, 2005).
Figura 11- Cão com displasia do cotovelo realizando exercício de baixo impacto (caminhada em esteira)
Fonte: Arquivo pessoal
A dança é o movimento de caminhar com o animal com os membros torácicos
levantados, realizando movimentos para frente e para trás (Figura 12). Seu objetivo é
aumentar a força e a musculatura dos membros pélvicos, estimulando a utilização de
membros afetados, a coordenação, o equilíbrio e a propriocepção (WEIGEL et al., 2005).
Figura 12- Animal realizando exercício de dança
Fonte: adaptado de WEIGEL et al., 2005
O carrinho de mão consiste em levantar os membros pélvicos do chão e caminhar com
o cão para frente (Figura13). Seu objetivo é aumentar o uso e a força dos membros torácicos.
Este exercício também é interessante para aumentar a amplitude de movimento dos membros
torácicos (WEIGEL et al., 2005).
Figura 13- Animal realizando exercício de carrinho de mão
Fonte: adaptado de WEIGEL et al., 2005
Os exercícios com bolas terapêuticas podem ser realizados com bolas de diversos
tamanhos. São indicados para trabalhar alongamento do animal sobre a bola (Figura 14) e
realizar exercícios, onde o animal pode apoiar-se somente com os membros pélvicos ou
torácicos no chão. Esse tipo de exercício é indicado para trabalhar a musculatura dos
membros pélvicos e torácicos, a propriocepção e o equilíbrio (ARNOLD; MILLIS, 2005).
Figura 14- Cão com displasia coxofemoral realizando alongamento com bola terapêutica.
Fonte: Arquivo pessoal
Os exercícios de levantar e sentar com cavaletes e cones também são muitos usados
por serem muito simples e de fácil acesso. Levantar e sentar é interessante porque fortalece os
músculos extensores e flexores dos membros pélvicos. Os cavaletes (Figura 15) são utilizados
para encorajar maior amplitude de movimento dos membros, trabalhar a propriocepção, o
equilíbrio, a coordenação e também para o aumento de estímulos neurológicos. Os cones
fortalecem os músculos abdutores e adutores, estimulam a propriocepção e aumentam a
elasticidade tóraco-lombar e cervical (TAYLOR et al., 2004).
Figura 15-Animal realizando exercícios com obstáculos
Fonte: adaptado de ARNOLD, MILLIS, 2005
10 – Ondas de Choque Extracorpóreas (ESWT)
Uma forma de tratamento não cirúrgico é a terapia com ondas de choque, introduzida
na década de 90, têm sido utilizada para casos crônicos. Atua de forma mecânica,
fragmentando a fibrose e calcificações da fáscia, e ainda, age como meio analgésico,
melhorando a circulação local e promovendo a cicatrização tecidual (HYER et.al., 2005).
Definido assim, como onda mecânica de alta freqüência que transmite energia através de
vibração (ZANON et.al., 2006). Os geradores ultrasônicos são capazes de emitir energia em
duas modalidades, contínua ou pulsada (HYER et.al., 2005).
Esta terapia, originalmente desenvolvida a partir do tratamento de cálculos renais em
seres humanos, tem-se mostrado bons resultados além de baixos riscos e mínimos efeitos
colaterais para os pequenos animais (ZANON et.al., 2006).
O ESWT é indicado, principalmente, para tratar desordens músculo-esqueléticas,
como a própria artrose, e até mesmo feridas crônicas, que não cicatrizam. O choque serve
para estimular a regeneração de áreas problemáticas, acelerando o tratamento e, ao mesmo
tempo, diminuindo a dor. A onda de choque extracorpóreo aumenta a vascularização, recruta
fatores de regeneração, como células tronco, e ajuda na liberação de citocinas (MILLIS et.al.,
2008).
Segundo HYER, et. AL., 2005 as ondas de choque agem de diversas maneiras:
a) ação mecânica, causando formação de microbolhas que eclodem fragmentando a
calcificação;
b) ação analgésica por intenso estímulo local, liberando enzimas locais que atuam na
fisiologia da dor;
c) ação vascular, provocando microvasos que melhoram a irrigação e oxigenação local
e conseqüente reabsorção dos depósitos calcáreos ou cicatrização tecidual
O tratamento é usado para os mesmos fins em seres humanos. Porém, só como recurso
em casos extremos. Já nos animais, quando mais cedo, melhores podem ser os resultados
(MILLIS et.al., 2008).
A aplicação pode ser benéfica em pacientes que não toleram antiinflamatórios não
esteroidais ou outras formas de tratamento, em razão de distúrbios gastrointestinais ou doença
hepática, ou pode ser útil como uma forma não medicamentosa de tratamento adjuvante,
associada ao controle médico, para obter melhoras. É imperativo a certeza do diagnostico
correto antes de instituir o tratamento por ESWT, pois essa forma de terapia está contraindicada em alguns casos (MILLIS et.al., 2008).
É necessário sedação ou anestesia forte para a aplicação da ESWT. Como a maioria
dos pacientes que necessitam deste tipo de terapia são geriátricos, se faz necessária a
realização de um exame clinico completo, bem como de outros exames complementares
(hemograma, radiografias, perfil bioquímico e urinálise) (HYER et.al., 2005).
Ainda não se conhece o nível de energia ideal nem o numero de ondas de choque
necessárias para o tratamento de diversas condições patológicas. A ESWT não pode ser
administrada com freqüência maior do que duas semanas. Para o tratamento da maioria das
afecções, utilizam-se duas a três aplicações. A melhora contínua do quadro pode ser
observada durante várias semanas após o tratamento. As articulações coxofemural e lombar
respondem melhor a essa terapia do que outras áreas, e os joelhos podem não ter respostas tão
efetivas. Observa-se inicialmente, uma taxa de resposta de até 80%, e os efeitos podem ser
mantidos durante um ano (MILLIS et.al., 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho apresentou os recursos fisioterapêuticos mais utilizados em cães e gatos
cães na medicina veterinária. Com a mudança comportamental da sociedade em relação ao
seu animal da estimação, que a cada dia passa a ser considerado um ente da família, e o
crescimento do mercado pet, vislumbra-se a fisioterapia veterinária como área de grande
futuro e que ora encontra-se em franca expansão.
Os recursos fisioterapêuticos vêm sendo aplicados na recuperação dos animais, com
maior freqüência após procedimentos cirúrgicos, mas sua participação ainda é pequena. Além
disso, os recursos de manutenção e prevenção ainda são muito pouco utilizados.
A cada dia, o efetivo de profissionais que se dedicam a essa área vem aumentado,
embora ainda exista uma carência de pesquisas científicas, tornando imperativo a utilização de
resultados científicos aplicáveis na medicina humana como base de conhecimento.
A efetividade da fisioterapia pode ser observada na mudança de comportamento do
animal no decorrer do tratamento. A maioria dos animais apresenta-se para tratamento com
muitos sinais de dor (proteção do local dolorido, irritação, agressividade, postura arqueada),
sendo muitas vezes necessário o uso de mordaças para a segurança do veterinário. Entretanto,
após algumas sessões o animal começa a associá-las com a sensação de conforto e analgesia,
passando a apreciar o toque do terapeuta e outros recursos fisioterapêuticos. Esta associação é
perceptível inclusive para os proprietários, que muitas vezes relatam o comportamento de
conforto e felicidade após as sessões e/ou com a chegada do terapeuta ou do animal ao local
onde são feitas as aplicações.
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