PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ PROF.ª MSC. RENATA SILVA PROF. DR. GILSON KARKOTLI ORGANIZADORES MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA DO USJ – 2011-1 São José Março/2011 SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson (Orgs.). Manual de metodologia científica do USJ 2011-1. São José: Centro Universitário Municipal de São José – USJ, mar. 2011. Metodologia. Pesquisa científica. Normalização. Trabalhos Acadêmicos. Estágios. TCC. Projeto de pesquisa. Prefeitura Municipal de São José. Fundação Educacional de São José. Centro Universitário Municipal de São José – USJ. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) APRESENTAÇÃO O trabalho intelectual desenvolvido durante a formação universitária exige conhecimentos de ordem conceitual, técnica e lógica, que agrupadas instigam o pensamento e o raciocínio científico, por meio da utilização de métodos e procedimentos acadêmicos. A pesquisa objetiva a produção de conhecimentos por meio do emprego de procedimentos científicos colabora para a resolução de problemas e processos do dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, na sociedade, no processo de formação, e outros. (SILVA, 2007); (SILVA, 2006). Este conjugado de diretrizes metodológicas foi desenvolvido em 2008-1 para utilização na Disciplina de Metodologia Científica dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José. No mesmo ano foi solicitado por vários professores dos referidos Cursos, como também do Curso de Pedagogia e posteriormente do Curso de Ciências da Religião o uso em sala de aula nos trabalhos acadêmicos bem como nas orientações de Estágio e TCC. Em 2010-2 este Manual foi reelaborado a pedido da Reitoria e Vice-Reitoria Acadêmica para que oficialmente se tornasse o instrumento de normatização do Centro Universitário para todos os Cursos de Graduação e Pós-graduação. Durante o desenvolvimento, foi fundamental a participação dos Coordenadores de Curso e dos Professores por meio de sugestões para melhorar o documento normativo, e da mesma forma o constante apoio da Vice-Reitoria Acadêmica. Em 2011-1 é feita então a correção do Manual de Metodologia do Curso de Administração, desenvolvido pelo Coordenador de Curso. Diante da solicitação da Reitoria Gestão 2011 para que se tenha somente um manual para todas os Cursos do USJ foram unidas as informações já existentes neste manual com aquelas disponíveis no Manual de Administração. Portanto, resultado deste esforço coletivo foi consolidado neste Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 focado aos acadêmicos e professores dos Cursos Graduação e Pós-Graduação do USJ para a elaboração de trabalhos científicos. As orientações seguem os critérios estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT por meio das NBR’s 6023 (referências) de 2002, 6024 (numeração progressiva das seções de um documento escrito) de 2003, 6027 (sumário) de 2003, 6028 (resumo) de 2003, 10520 (citações de 2002), 14724 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) (trabalhos acadêmicos) de 2005, todas em conformidade com as decisões institucionais do USJ. Vale esclarecer que a NBR6023 de Referências (2002) e a NBR 10520 de citações (2002) são obrigatórias em todas as Instituições de Ensino Superior no Brasil e que a NBR 14724 de Apresentação de Trabalhos Acadêmicos (2005) é opcional, ficando a critério da IES fazer suas definições. Desta forma, o Manual se baseia na norma opcional NBR14724, em consonância as necessidades e exigências dos Cursos, por meio dos Coordenadores e Reitoria do USJ. É relevante salientar que outras instituições podem então ter outros modelos para a apresentação e formatação de seus trabalhos acadêmicos já que a norma é opcional. Portanto é preciso seguir as normas de cada IES respeitando assim não só a instituição mas também professores e alunos, a comunidade acadêmica. O objetivo deste manual é orientar os alunos e professores quanto ao desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos estimulando a padronização, o uso das normas técnicas e a produção técnico-científica. Assim, apresenta breves esclarecimentos sobre a pesquisa científica, seus conceitos, modalidades e etapas, redação, como também as normas metodológicas quanto a apresentação gráfica e estruturação, bem como informações sobre trabalhos acadêmicos como artigo científico, paper, fichamento, resumo, entre outros. Vale salientar que nos apêndices são apresentadas as explicações sobre os trabalhos específicos (TCC, Estágio, Artigo, e outros) de cada curso do USJ. “Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa científica é necessário planejamento cuidadoso e investigação de acordo com as normas da metodologia científica tanto aquela referente à forma como ao conteúdo.” (OLIVEIRA, 2002, p. 62 apud SILVA, 2007, p. 7) A pesquisa é um processo planejado solicitando do investigador a execução de diversas atividades relacionadas com a ciência estudada obtendo conhecimentos práticos e teóricos que ampliam sua experiência de vida. (SILVA, 2007). Este manual pretende contribuir para o estudo das teorias, características e perspectivas dos cursos, através da produção de documentos técnico-científicos elaborados pelos acadêmicos em conjunto com as orientações dos professores. Assim, são apresentadas a seguir as definições para os trabalhos no USJ, como também, exemplos da formatação solicitada. Tenha uma excelente pesquisa!! Profa. MSc. Renata Silva [email protected] CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) Ao ingressar em um curso superior, todo aluno deve buscar conhecer as normas de elaboração de trabalhos acadêmicos, além de compreender o que é leitura de estudo. Essa é necessária no cotidiano de estudantes universitários e, como afirma Freire (2001, apud CASTELO-PEREIRA, 2003, p. 55), para estudar um texto, apropriar-se da sua significação profunda, é necessário recriá-lo, reescrevê-lo. Existem diversos instrumentos que são utilizados na construção do conhecimento por meio da leitura de estudo e da escrita na academia como: o artigo científico, o fichamento, a resenha crítica, o resumo, o posicion paper, bem como o Trabalho de Conclusão de Curso. Exercendo a tarefa de elaborar esses trabalhos acadêmicos, o estudante tem a oportunidade de ampliar seu conhecimento e iniciarse no método da pesquisa e da reflexão. Prof. Dr.Gilson Karkotli [email protected] CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) SUMÁRIO CAPÍTULO I Renata Silva 1 PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................................... 8 1.1 MODALIDADES DA PESQUISA ...................................................................... 9 1.1.1 Natureza....................................................................................................... 9 1.1.2 Abordagem do problema ........................................................................... 10 1.1.3 Objetivos ..................................................................................................... 10 1.1.4 Procedimentos metodológicos ................................................................. 11 1.2 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................. 14 1.2.1 Tema ............................................................................................................ 14 1.2.2 Problema de pesquisa................................................................................ 15 1.2.3 Objetivos ..................................................................................................... 15 1.2.4 Justificativa ................................................................................................. 16 1.2.5 Fundamentação teórica ............................................................................. 16 1.2.6 Procedimentos metodológicos ................................................................. 17 1.2.7 Coleta de dados .......................................................................................... 17 1.2.8 Análise e interpretação dos dados ........................................................... 20 1.2.9 Considerações finais.................................................................................. 21 1.2.10 Redação e apresentação da pesquisa ...................................................... 21 CAPÍTULO II Gilson Karkotli 2 REDAÇÃO ......................................................................................................... 23 2.1 OBJETIVIDADE E COERÊNCIA ..................................................................... 23 2.2 CLAREZA ......................................................................................................... 23 2.3 PRECISÃO ....................................................................................................... 24 2.4 IMPESSOALIDADE ......................................................................................... 24 2.5 UNIFORMIDADE ............................................................................................. 25 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) CAPÍTULO III Renata Silva 3 NORMAS METODOLÓGICAS .......................................................................... 26 3.1 APRESENTAÇÃO GRÁFICA ........................................................................... 26 3.2 ESTRUTURA ................................................................................................... 28 3.3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ........................................................................ 31 3.3.1 Capa ........................................................................................................... 31 3.3.2 Lombada ...................................................................................................... 32 3.3.3 Folha de rosto ............................................................................................. 33 3.3.4 Errata ........................................................................................................... 34 3.3.5 Folha de aprovação .................................................................................... 34 3.3.6 Dedicatória .................................................................................................. 35 3.3.7 Agradecimentos ......................................................................................... 35 3.3.8 Epígrafe ....................................................................................................... 35 3.3.9 Resumo ....................................................................................................... 36 3.3.10 Lista de ilustrações .................................................................................. 37 3.3.11 Lista de tabelas ......................................................................................... 37 3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas.................................................................. 37 3.3.13 Lista de símbolos ..................................................................................... 38 3.3.14 Sumário ..................................................................................................... 38 3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................ 38 3.4.1 Introdução ................................................................................................... 39 3.4.2 Desenvolvimento ........................................................................................ 39 3.4.2.1 Títulos e indicativos numéricos das seções ............................................... 40 3.4.2.2 Apresentação de figura, gráfico, quadros e tabelas ................................... 41 3.4.2.3 Citações ...................................................................................................... 44 3.4.3 Considerações finais ................................................................................. 51 3.5 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................ 51 3.5.1 Referências ................................................................................................. 52 3.5.2 Glossário ..................................................................................................... 68 3.5.3 Apêndice ..................................................................................................... 68 3.5.4 Anexo ........................................................................................................... 68 3.5.5 Índice ........................................................................................................... 68 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) CAPÍTULO IV Gilson Karkotli 4 TRABALHOS ACADÊMICOS E TÉCNICOS-CIENTÍFICOS ............................ 69 4.1 ARTIGO CIENTÍFICO ...................................................................................... 69 4.1.1 Finalidade de um artigo científico............................................................. 69 4.1.2 Estrutura ...................................................................................................... 69 4.2 FICHAMENTO ................................................................................................. 72 4.2.1 Estrutura do fichamento ............................................................................ 72 4.2.2 Formato ....................................................................................................... 73 4.3 RESENHA CRÍTICA ........................................................................................ 74 4.3.1 Estrutura da resenha crítica ...................................................................... 74 4.4 RESUMO ......................................................................................................... 75 4.4.1 Procedimentos para realizar um resumo ................................................. 76 4.4.2 Estrutura do resumo .................................................................................. 76 4.5 SHORT PAPER ............................................................................................... 77 4.5.1 Estrutura do short paper............................................................................ 77 4.6 POSITION PAPER ........................................................................................... 78 4.6.1 Estrutura do position paper....................................................................... 79 4.7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC ......................................... 80 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 95 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 8 CAPÍTULO I Renata Silva 1 PESQUISA CIENTÍFICA A pesquisa objetiva a produção de novos conhecimentos através da utilização de procedimentos científicos. Contribui para o trato dos problemas e processos do dia-a-dia nas mais diversas atividades humanas, no ambiente do trabalho, nas ações comunitárias, no processo de formação, e outros. A ciência desenvolvida por meio da pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos mediante o emprego de métodos científicos e definição de tipos de pesquisa. (CERVO; BERVIAN, 2002); (ALVES, 1999) O conhecimento torna-se uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a consolidação da ciência. “A pesquisa, tanto para efeito científico como profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento.” (OLIVEIRA, 2002, p. 62) O desenvolvimento da pesquisa demanda investimentos governamentais como também de instituições privadas, em ciência e tecnologia, e, ainda, de criatividade, rigor, conhecimento e competência dos pesquisadores - acadêmicos e/ou cientistas já consagrados. (MENEZES; VILLELA, 2006) O pesquisador utiliza conhecimentos teóricos e práticos. É necessário ter habilidades para a utilização de técnicas de análise, entender os métodos científicos e os procedimentos, com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas. Collis e Hussey (2005, p. 16) ressaltam que o objetivo da pesquisa pode ser: * Revisar e sintetizar o conhecimento existente; * Investigar alguma situação ou problema existente; * Fornecer soluções para um problema; * Explorar e analisar questões mais gerais; * Construir ou criar um novo procedimento ou sistema; * Explicar um novo fenômeno; CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 9 * Gerar novo conhecimento; * Uma combinação de quaisquer dos itens acima. Os pesquisadores necessitam de métodos e procedimentos precisos, planejamento eficaz, critérios e instrumentos adequados que passem confiança e credibilidade tanto aos envolvidos quanto no resultado do trabalho. (MENEZES; VILLELA, 2006) Os resultados das pesquisas científicas podem ser encontrados na forma de trabalhos técnico-científicos, publicados em revistas científicas, eventos e em faculdades e universidades. Dentre os principais tipos de trabalhos técnicocientíficos estão as pesquisas desenvolvidas nos cursos de graduação e de pósgraduação: Trabalhos de Conclusão de Curso, Monografias (graduação ou especialização), Dissertações (mestrado), Teses (doutorado), e Artigos Científicos, Papers, Resenhas Críticas etc., sendo os três últimos solicitados em cursos de graduação e pós-graduação. Entretanto, estes documentos científicos possuem especificidades individuais como a estrutura e sistemática, o nível de investigação, a fundamentação, o grau de profundidade, a metodologia, e, a originalidade da pesquisa para a ciência. 1.1 MODALIDADES DA PESQUISA A pesquisa científica é uma atividade que se volta para o esclarecimento de situações problema ou novas descobertas. Para tal, é indispensável o uso de processos científicos que por sua vez são bem diversos, dependendo do campo de conhecimento. Pode ser caracterizada por tipologias e desta forma, segue abaixo a elucidação das classificações da pesquisa: a) Do ponto de vista da sua natureza; b) Quanto a abordagem do problema; c) Referente aos objetivos; d) De acordo com os procedimentos técnicos. 1.1.1 Natureza Do ponto de vista da sua natureza a pesquisa pode ser considerada como: CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) • 10 Pesquisa Básica: objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999). Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento e sua meta é o saber. (CERVO; BERVIAN, 2002) • Pesquisa Aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve interesses locais. (GIL, 1999). A pesquisa visa à aplicação de suas descobertas a um problema. (COLLIS; HUSSEY, 2005) 1.1.2 Abordagem do problema Quanto a forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser: • Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisálos. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, e outros). (GIL, 1999). Assim, a pesquisa quantitativa é focada na mensuração de fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes estatísticos. (COLLIS; HUSSEY, 2005). • Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. (GIL, 1999). A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados como a observação participante, história ou relato de vida, entrevista e outros. (COLLIS; HUSSEY, 2005). 1.1.3 Objetivos Referente aos objetivos a pesquisa pode ser classificada como: • Pesquisa Exploratória: proporciona maior proximidade com o problema visando torná-lo explícito ou definir hipóteses. Procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Possui um planejamento flexível envolvendo em geral levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 11 problema pesquisado e análise de exemplos similares. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). Esse tipo de pesquisa é voltado a pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema. (COLLIS; HUSSEY, 2005). • Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação é o levantamento em geral realizado mediante questionário ou observação sistemática que oferecem uma descrição da situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). É direcionado a pesquisadores que tem conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e problemas estudados. • Pesquisa Explicativa: aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “por que” das coisas, e, por isto, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e observacional (nas ciências sociais). Geralmente utiliza as formas de Pesquisa Experimental e Ex-post-facto. Método adequado para pesquisas que procuram estudar a influência de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações. (GIL, 1996); (DENCKER, 2000). 1.1.4 Procedimentos técnicos De acordo com os procedimentos técnicos a pesquisa pode ser: • Pesquisa Bibliográfica: utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e atualmente com informações disponibilizadas na Internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999). A técnica bibliográfica busca encontrar as fontes primárias e secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho científico ou técnico-científico. Realizada em CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 12 bibliotecas públicas, faculdades, universidades e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002). • Pesquisa Documental: elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, documentos de primeira mão, como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc., ou ainda documentos de segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc. (GIL, 1999). Localizados no interior de órgãos públicos ou privados como manuais, relatórios, balancetes e outros. • Levantamento: envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer a cerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, identificar as conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O levantamento usa técnicas estatísticas, análise quantitativa e permite a generalização das conclusões para o total da população e assim para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados são mais descritivos que explicativos. (DENCKER, 2000, p. 127) • Estudo de Caso: envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999). O estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações, ou até mesmo uma situação. (DENCKER, 2000, p. 127). A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento. A coleta de dados geralmente é feita por mais de um procedimento, entre os mais usados estão: a observação, análise de documentos, a entrevista e a história da vida. (GIL, 1999) • Pesquisa-Ação: concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 13 representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica no contato direto com o campo de estudo envolvendo o reconhecimento visual do local, consulta a documentos diversos e, sobretudo a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. É delimitado o universo da pesquisa, e recomenda-se a seleção de uma amostra. O critério de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação é mais qualitativo do que quantitativo. É importante a elaboração de um plano de ação, envolvendo os objetivos que se pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas de controle do processo e de avaliação de seus resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, dos resultados e do andamento das pesquisas. O investigador se envolve no processo e sua intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER, 2000) • Pesquisa Participante: realizada através da integração do investigador que assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pré-definida de ação. A intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem ciência da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observação das ações no próprio momento em que ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação da população. Isto envolve a coleta de informações sócio-econômicas e tecnológicas que são de natureza idêntica aos adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados podem ser agrupados por categorias como: geográficos, econômicos, educacionais e outros. (GIL, 1996) • Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionamse as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas, como também, o seu controle e por isto na maioria das situações é inviável quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). É geralmente utilizada nas ciências naturais. • Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O pesquisador não tem controle sobre as variáveis. (GIL, 1999). É um tipo de CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 14 pesquisa experimental, diferindo apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou seja, neste caso, o pesquisador passa a ser um mero observador do acontecimento. Por exemplo: a verificação do processo de erosão sofrido por uma rocha por influência do choque proveniente das ondas do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta pesquisa é geralmente utilizada nas ciências naturais. 1.2 ETAPAS DA PESQUISA Para o desenvolvimento adequado de uma pesquisa científica é necessário planejamento cuidadoso e investigação de acordo com as normas da metodologia científica tanto aquela referente à forma como ao conteúdo. (OLIVEIRA, 2002, p. 62) O planejamento e execução da pesquisa fazem parte de um procedimento sistematizado que compreende etapas que podem ser definidas como: (LAKATOS; MARCONI, 2001); (BARROS; LEHFELD, 2000); (CERVO; BERVIAN, 2002): a) Delimitação do tema b) Formulação do problema c) Determinação de objetivos d) Justificativa e) Fundamentação teórica f) Metodologia g) Coleta de dados h) Análise e discussão dos resultados i) Conclusão dos resultados j) Redação e apresentação da pesquisa Quadro 1: Etapas da Pesquisa Fonte: elaborado pela autora, 2007. Assim, é fundamental a apresentação das fases da pesquisa nos documentos técnico-científicos, citadas no quadro 1, e que são elucidadas a seguir: 1.2.1 Tema A escolha do tema da pesquisa geralmente é um momento de angústia para o pesquisador. Este deve considerar alguns critérios (SILVA, 2006a); (GIL, 1996): • Conhecimento prévio de autores, temas, assuntos, matérias; • Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa; • Existência de bibliografia disponível no assunto; • Possibilidade de orientação e supervisão adequada dentro do assunto; CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 15 • Relevância e a fecundidade do assunto. A definição do tema deverá ser guiada não apenas por razões intelectuais, mas por questões como a instituição, o nível de conhecimento e a perspectiva profissional. 1.2.2 Problema de pesquisa O problema de uma pesquisa é algo a ser formulado pelo autor no início de seu processo. A partir de uma visão global do contexto, deve surgir o problema a ser pesquisado. Ele deve ser identificado claramente. Delimitar os aspectos ou elementos que serão abordados. Deve apresentar a situação problema da pesquisa que não necessariamente será uma limitação. A palavra problema não significa uma dificuldade, um obstáculo real a ação ou a compreensão, mas sim ao foco, o assunto, o tema específico delimitado e formulado pelo pesquisador, para ser alvo de seu estudo e de sua prática. Pode ser uma oportunidade percebida pelo aluno sobre uma temática a ser pesquisada. Este é um dos primeiros itens elaborados em uma pesquisa. (SILVA, 2006b) Um trabalho de pesquisa deve apresentar uma ou mais perguntas de pesquisa, que são os questionamentos que surgem naturalmente a partir da descrição do problema. Escrito na forma de uma pergunta a ser respondida ao longo da pesquisa, o problema deve referir-se especificamente ao interesse a ser investigado pelo autor. 1.2.3 Objetivos Os objetivos de um projeto de estudos, de pesquisa, não representam somente as intenções do autor, mas a possibilidade de obtenção de metas, resultados, finalidades, que o trabalho deve atingir. A linguagem deve ser objetiva, precisa, clara e sem figuras retóricas. Do ponto de vista técnico, o objetivo deve sempre iniciar no infinitivo, representando a ação que se quer atingir e concluir com o projeto, como: compreender, constatar, analisar, desenvolver, capacitar entre outros. Os objetivos classificam-se em objetivo geral e objetivos específicos. (SILVA, 2006c) O objetivo geral refere-se diretamente ao problema do trabalho. Inicia-se a frase do objetivo geral com um verbo abrangente e na forma infinitiva, envolvendo o cenário pesquisado e uma complementação que apresente a finalidade (iniciando no CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 16 gerúndio). Já os específicos podem ser considerados uma apresentação pormenorizada e detalhada das ações para o alcance do objetivo geral. Também são iniciados com verbos que admitam poucas interpretações, e sempre no infinitivo. (SILVA, 2006c) O verbo utilizado no objetivo geral deve ser amplo e não deve ser o mesmo utilizado para um objetivo específico do mesmo projeto. Lembrando que em um bom planejamento assim como em uma execução e desenvolvimento, é fundamental que se tenha de maneira clara, qual objetivo se deseja alcançar. (SILVA, 2006a) 1.2.4 Justificativa Demonstra a relevância e necessidade do estudo do tema escolhido para o trabalho. O autor deve informar ao seu leitor sobre a importância da discussão sobre o tema, abordando sua visão de forma geral para a específica sobre o assunto tratado. Em conjunto a isto, devem-se utilizar citações diretas e indiretas. A abordagem da justificativa deve ser técnica e científica, argumentando a favor da motivação da pesquisa ao mercado e a formação do pesquisador. Deve ser elaborada tendo em vista o seguinte (SILVA, 2006c): • Por que se pretender realizar esta investigação? Propósito ou intenção; • Possibilidades (formação, experiência) no desenvolvimento da mesma; • Importância do tema (utilidade ou necessidade da investigação). O texto deverá convencer de que a pesquisa é importante, que tem um significado científico, uma relevância social. Citar informações se for o caso, de pesquisas já realizadas sobre o tema. 1.2.5 Fundamentação teórica Esta fase da pesquisa apresenta o tema proposto fundamentando-o com uma revisão crítica de fontes de pesquisa relacionadas ao tema de forma ampla para depois específica. O aluno deve relacionar sua visão sobre o tema fundamentado aos acontecimentos atuais e trabalhos já realizados na área, bem como, opiniões de autores. A fundamentação teórica, revisão da literatura ou revisão bibliográfica apresenta os conceitos teóricos que nortearão o trabalho. O texto deve ser construído expressando as leituras e os diálogos teóricos entre o pesquisador e os CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 17 autores pesquisados. (SILVA, 2006c). É necessário o cumprimento da ABNT NBR 10.520 (2002). 1.2.6 Procedimentos metodológicos Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica é necessária a definição dos procedimentos metodológicos. Este item deve apresentar as modalidades da pesquisa, ou seja, os caminhos e formas utilizadas no estudo. Assim, é importante citar os tipos de pesquisa e características do trabalho, que conforme Gil (1999) pode ser quanto à: • Natureza da pesquisa (básica ou aplicada); • Abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou ambas combinadas); • Realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa); • Procedimentos técnicos (bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso, participante, pesquisa ação, experimental e ex-post-facto). Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa que o estudo trata, conforme item 1.1, justificando cada item de classificação e a relação com o tema e objetivos da pesquisa. Deve-se fazer uso de citações para enriquecer a argumentação. Toda e qualquer fonte deve ser referenciada precisando data e página. (SILVA, 2006c) 1.2.7 Coleta de dados Apresentar como foi organizada e operacionalizada a coleta dos dados relativos ao processo de pesquisa. Todas as formas usadas de coleta devem ser mencionadas (leituras, entrevistas, questionários, documentos, observação) e onde foram coletadas (identificando o ambiente, a população e a amostra para a pesquisa). As principais coletas são: • Questionário Esta técnica de investigação composta por questões apresentadas por escrito as pessoas, tem a intenção de identificar o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas e outras. (GIL, 1996). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 18 Deve-se refletir sobre os objetivos da pesquisa e passá-los para questões específicas. As respostas é que irão esclarecer o problema da pesquisa. Gil (1999) cita três tipos de questões em relação à forma: questões fechadas, abertas e relacionadas. Já Dencker (2000) acrescenta ainda perguntas com escala na questão fechada. Antes da aplicação definitiva do questionário deve ser realizado um pré-teste. Este serve para evidenciar possíveis falhas na redação do questionário, como: complexidade das questões, imprecisão na redação, desnecessidade das questões, constrangimentos aos informantes, exaustão etc. O pré-teste deverá ser aplicado de 10 a 20 provas, a elementos pertencentes à população pesquisada. (GIL, 1999); (DENCKER, 2000) Para a distribuição do questionário, após a adequação do pré-teste, podem ser utilizados os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente (individual ou em grupo). Para todos os meios devem-se ter precauções para a aplicação, preenchimento e retorno dos questionários. (LABES, 1998); (GIL, 1999). A delimitação da população/amostra e o tratamento estatístico devem atender a dois momentos: seleção e definição do universo; e organização do questionário – tabulação. (LABES, 1998). “O universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum [...] dependem do assunto a ser investigado.” (OLIVEIRA, 2002, p. 72) A amostra de uma pesquisa pode ser conceituada como “subconjunto finito de uma população” (LABES, 1998, p. 22) e dividida em quatro tipos: 1) Amostragem Causal ou Aleatória Simples: sorteio/ seleção espontânea da amostra; 2) Amostragem Sistemática: quando a população encontra-se ordenada como, por exemplo, em subgrupos. Quando se conhece a proporção e a dispersão geográfica; 3) Amostragem Proporcional Estratificada: definida por variáveis (sexo, idade, etc.); 4) Amostragem Probabilística: possibilidade de todos os elementos serem pesquisados – aleatoriedade da amostra. Conhecer a probabilidade de ocorrência de um evento. A tabulação de questionários pode se voltar à amplitude das variáveis/categorias, ao cruzamento de variáveis e a tabulação manual e CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 19 processamento eletrônico. Na utilização de gráficos deve-se preocupar com: proporcionalidade; título, grandezas numéricas, relações, e outros. (LABES, 1998) A análise dos dados consiste em: relacionar, comparar, medir, identificar, agrupar, classificar, concluir, deduzir. Os procedimentos de análise são: definição de variáveis, e tabulação (adotando uma ou mais variáveis como referência). • Entrevista A entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais pessoas com um nível de estruturação previamente determinado, com a intenção de obter informações de pesquisa. É uma das técnicas de coleta de dados mais usadas nas ciências sociais. (DENCKER, 2000); (GIL, 1999) O pesquisador deve planejar a entrevista delineando o objetivo a ser alcançado e cuidando de sua elaboração, desenvolvimento e aplicação. As entrevistas poderão ser estruturadas (com perguntas definidas) ou semi-estruturadas (permite maior liberdade ao pesquisador). (DENCKER, 2000) É recomendada nos estudos exploratórios a entrevista informal que visa abordar realidades pouco conhecidas pelo pesquisador. É o tipo de entrevista menos estruturada possível e só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. Utilizam-se como informantes-chaves, que podem ser especialistas no tema em estudo, líderes formais ou informais, personalidades e outras. (GIL, 1999) Em situações experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma experiência vivenciada é interessante o uso da entrevista focalizada. É utilizado com grupos de pessoas que passaram por uma experiência específica, como assistir a um filme, presenciar um acidente e outros. (GIL, 1999) A entrevista por pauta apresenta certo nível de estruturação, pois se guia por uma relação de pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacionadas entre si. São feitas poucas perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente. (GIL, 1999) O desenvolvimento de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e redação permanecem invariáveis para todos os entrevistados (que geralmente são em grande número) é a entrevista estruturada. (GIL, 1999) CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 20 • Observação Constitui elemento fundamental para a pesquisa. É utilizada de forma exclusiva ou conjugada a outras técnicas. Pode-se definir a observação como o uso dos sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano. (GIL, 1999) Segundo os meios utilizados, a observação pode ser estruturada ou nãoestruturada. De acordo com o nível de participação do observador, pode ser participante ou não-participante. Gil (1999) afirma que a observação participante tende a utilizar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificação, que combina os dois critérios considerados: observação simples, observação participante e observação sistemática. Na observação simples o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar e observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem. O pesquisador é muito mais um expectador que um ator. A observação participante ocorre por meio do contato direto do investigador com o fenômeno observado, para recolher as ações dos atores em seu contexto natural, considerando sua perspectiva e seus pontos de vista. (CHIZZOTTI, 2001). O observador assume o papel de um membro do grupo. (GIL, 1999) Nas pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou teste de hipóteses, é frequentemente utilizada a observação sistemática. Pode ocorrer em situações de campo ou laboratório. O pesquisador, antes da coleta de dados, elabora um plano específico para a organização e o registro das informações. Para tal, é necessário estabelecer antecipadamente as categorias necessárias a analise da situação. 1.2.8 Análise e interpretação dos dados O objetivo da análise é reunir as informações de forma coerente e organizada visando responder o problema de pesquisa. A interpretação proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a relação entre eles. (DENCKER, 2000) Esta etapa pode ser de caráter quantitativo ou qualitativo, utilizando várias técnicas para o tratamento dos dados. É conveniente a realização de uma análise descritiva, apresentando uma visão geral dos resultados, e na sequência, análise dos dados cruzados, que possibilita perceber as relações entre as categorias de informação, e da análise interpretativa. (DENCKER, 2000) CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 21 A estatística na análise e interpretação de dados pode ser classificada como (LABES, 1998): Estatística descritiva (descrição e análise sem inferências e conclusões) e Estatística indutiva (inferências, conclusões, tomadas de decisão e previsões). Assim, a pesquisa deve prezar pela necessidade de apresentação, formal e oficial, dos resultados do estudo; explicitação dos objetivos, de metodologia e dos resultados; e prioridade à fidedignidade na transmissão das descobertas feitas. (LABES, 1998) Todas as informações importantes constatadas na pesquisa devem ser apresentadas em forma de texto, ou de elementos de apoio ao texto, se for necessário, como figuras, quadros, gráficos e tabelas. Pode-se apresentar um quadro compreendendo o período em que se realizaram as atividades da pesquisa. 1.2.9 Considerações finais Descreve-se neste momento uma síntese da análise, algumas sugestões tanto de pesquisa, bem como em relação ao tema em questão. Pode-se também salientar a contribuição e benefícios que o pesquisador se propôs quando justificou a importância do mesmo no estudo. Os resultados deverão ser relacionados aos objetivos (geral e específicos) e aos possíveis benefícios, como também, a importância do tema. Este tópico não deve apresentar assunto novo, como também, citações diretas ou indiretas. 1.2.10 Redação e apresentação da pesquisa O estilo de redação utilizado em pesquisas é chamado técnico-científico, “[...] diferindo do utilizado em outros tipos de composição, como a literária, a jornalística, a publicitária.” (UFPR, 2000, p.1). Aborda temática referente à ciência, utilizando seu instrumental teórico e objetivando a discussão científica. Utiliza linguagem técnica ou científica em seu nível padrão ou culto, respeitando as regras gramaticais. Todo texto é formado por parágrafos e por isto a preocupação deve ser na sua elaboração e harmonia das ideias. O parágrafo é formado por um conjunto de enunciados que devem convergir para a produção de um sentido. A primeira frase de cada parágrafo, denominada tópico frasal, é sempre muito importante, devendo ter uma palavra forte que possa ser explorada. A má definição dificulta a redação. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 22 Assim, devem-se evitar abstrações e lembrar que cada parágrafo deve explorar uma só ideia. Explorar várias ideias ao mesmo tempo torna o texto confuso e sem coerência. A construção de sentido no texto relaciona-se com a coesão e a coerência dele. Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar, de modo que não haja nada destoante, ilógico, contraditório, ou desconexo. Já o texto coeso é quando seus vários enunciados estão organicamente articulados entre si, quando há concatenação entre eles. Após os procedimentos de planejamento e execução, tem-se a divulgação dos resultados obtidos na pesquisa. Assim, o pesquisador deve apresentá-los à comunidade científica por meio de eventos, revistas, e outros. O modelo de apresentação do documento deverá seguir as regras definidas para sua tipologia (monografia, artigo científico, e outros) e a instituição solicitante (universidade, revista científica, evento e outros). A seguir são apresentadas mais informações sobre as características da redação técnico-científica que devem ser seguidas nos trabalhos acadêmicos. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 23 CAPÍTULO II – REDAÇÃO Gilson Karkotli 2 REDAÇÃO DE TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS O estilo da redação de trabalhos técnico-científicos e acadêmicos diferenciase de outros tipos de composição, como a literária, a jornalística, a publicitária, apresentando algumas características próprias. Este texto pretende identificar e explicar alguns princípios básicos que devem ser observados na referida redação. 2.1 OBJETIVIDADE E COERÊNCIA Deve-se observar linguagem direta e simples, obedecendo a uma sequência lógica e ordenada no desenvolvimento das ideias, evitando-se assim, o desvio do assunto em questão com considerações irrelevantes. A exposição deve se apoiar em dados e provas e não em opiniões que não possam ser comprovadas. Deve-se observar também a estrutura da frase, o tamanho dos períodos e a organização dos parágrafos. Frases curtas e com única ideia central são preferidas à frases longas contendo várias ideias. Ao dividir o trabalho em partes deve-se cuidar do equilíbrio, coesão e sequência lógica entre elas, cuidando-se para que não haja uma desproporção entre as diversas partes que o constituem. Ao redigir os títulos devese cuidar de sua homogeneidade, não usando ora substantivos para uns, ora frases ou verbos para outros. 2.2 CLAREZA O pesquisador deve ser claro na apresentação de suas ideias. Tal clareza de expressão é obtida em função do conhecimento que se tem de determinado assunto. Se você não tem ideia bem clara, nítida do que pretende expressar deve retomar o fio da meada, relendo suas anotações ou o texto original. Deve-se evitar CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 24 ambiguidade, isto é, expressões com duplo sentido, para não originar interpretações diversas do que se quer dar. Assim, deve-se usar vocabulário preciso, evitando- se a linguagem rebuscada e prolixa, utilizando a nomenclatura técnica aceita no meio científico. 2.3 PRECISÃO Cada expressão empregada deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir principalmente quanto a registros de observações, medições e análises realizadas. Deve-se evitar adjetivos que não indiquem claramente proporções e quantidades, tais como: médio, grande, pequeno, bastante, muito, pouco, mais, menos, nenhum, quase todos, a maioria, metade e outros termos ou expressões similares, procurando substituí-los pela indicação precisa em números ou porcentagem. Deve-se evitar o uso de adjetivos, advérbios, locuções e pronomes que indiquem o tempo, modo ou lugar, tais como: em breve, aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente, adequado, inadequado, nunca, sempre, em algum lugar, provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dúvidas sobre a lógica, clareza e precisão da argumentação. 2.4 IMPESSOALIDADE No texto técnico-científico e acadêmico utiliza-se, preferencialmente, da forma impessoal dos verbos, isto é, verbo na terceira pessoa do singular mais a partícula “se”. O uso da primeira pessoa do plural (plural majestático) é permitido no caso de relatórios de participação em eventos, ao fazer justificativas para ingresso em cursos de pós-graduação, ou em ideações, apreciações e inferências no caso de fichamentos, resenhas críticas, papers, entre outros. Devese atentar para a padronização da pessoa do discurso ao longo de todo trabalho, isto é, não é permitido usar a forma impessoal e a primeira pessoa do plural no mesmo trabalho. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 25 2.5 UNIFORMIDADE Deve-se manter a uniformidade no decorrer de todo o texto em relação à aspectos como: forma de tratamento, pessoa gramatical, utilização de números, símbolos, unidades de medida, datas, horas, siglas, abreviaturas, fórmulas, equações, frações, citações e títulos das partes do trabalho acadêmico etc. Portanto, a elaboração de trabalhos acadêmicos exige dedicação e comprometimento quanto ao estilo de redação. Salienta-se que o hábito da leitura de forma geral, mas principalmente aquela leitura de material técnico-científico proporciona ao pesquisador maior facilidade na escrita e elaboração de documentos acadêmicos. Além desta preocupação com a redação é fundamental o cumprimento também das normas metodológicas quanto a apresentação dos trabalhos. Assim, as normas para apresentação gráfica e as subdivisões dos trabalhos no USJ são aquelas definidas pela ABNT (NBR 14724, 2005) para trabalhos técnico-científicos de caráter monográfico, apresentadas a seguir neste manual. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 26 CAPÍTULO III – NORMAS METODOLÓGICAS Renata Silva 3 NORMAS METODOLÓGICAS 3.1 APRESENTAÇÃO GRÁFICA Diante das informações sobre as formas e técnicas de pesquisa e da importância da formatação e apresentação gráfica dos trabalhos acadêmicos, seguem as normas para os documentos científicos do USJ, com base na ABNT NBR 14.724 de 2005 e mais adiante os modelos visuais destas regras. São elas: • Papel: folhas brancas de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm), de boa qualidade. • Margens: esquerda e superior de 3 cm.; direita e inferior de 2 cm. • Espaçamento entrelinhas: é de 1,5 cm. para o texto. Nas citações longas (mais de 3 linhas), notas de rodapé, títulos de ilustrações e tabelas, bem como fontes são em espaços simples. As referências devem ser separadas entre si por dois espaços simples. • Parágrafo: é de 1,25 cm. recuado da margem esquerda. Os parágrafos das citações diretas longas (mais de três linhas) devem ser recuados a 4 cm. da margem esquerda, com letra menor (recomenda-se 10) e espaçamento simples entrelinhas. • Formato do texto: texto justificado sem a separação silábica. Nos elementos pré-textuais são usados em alguns casos o texto centralizado e alinhado a direita. As referências são obrigatoriamente alinhadas a direita. • Tipo e tamanho da fonte: Arial ou Times New Roman de tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citações longas, notas de rodapé e número de página. • Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos colocados no canto superior direito da página a 2 cm. da borda superior. A capa não é contada (considerada a página zero). A contagem é iniciada a partir da folha de rosto que não deve receber nenhuma numeração. A numeração inicia nos elementos textuais (introdução). As páginas de apêndices e anexos recebem numerações contínuas do trabalho. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) • 27 Seções do texto do trabalho: Os títulos das seções são numerados progressivamente em algarismos arábicos, alinhados à margem esquerda, dando espaço de um caractere entre as numerações e um título. As principais divisões do texto são chamadas de seções primárias (capítulos). Estas subdividem-se em seções secundárias, que se subdividem em terciárias, que se subdividem em quaternárias, que se subdividem em quinárias. A NBR6024 - 3.3 não prevê a sexta seção, acabando na quinta (Ex: 2.1.3.1.4). Deve-se evitar o excesso de subdivisões de um texto, porque o torna muito fragmentado o que interrompe a fluidez da leitura. As seções primárias iniciam-se em uma nova folha, na margem superior 3 cm e ao lado da margem esquerda 3 cm. Os títulos dos diferentes níveis de seção devem ser diferenciados tipograficamente. Usam-se letras maiúsculas negritadas para seções primárias, letras maiúsculas sem negrito para as seções secundárias; letras minúsculas (somente a primeira letra da primeira palavra maiúscula) negritadas, para seções terciárias; e letras minúsculas (somente a primeira letra da primeira palavra maiúscula), sem negrito, para seções quaternárias e quinárias. Exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO; 3.1 MARKETING; 3.1.1 Análise interna; 3.1.1.1 Pontos fortes. • Itálico: utiliza-se para grafar termos em outro idioma como: check in, resumen, travel, e outras. As palavras estrangeiras já registradas em dicionários de Língua Portuguesa, bem como os nomes próprios, não devem ser em itálico. • Aspas: usa-se no início e no final de citação direta curta (até três linhas) as aspas duplas; e quando houver as aspas duplas dentro de citações diretas deve-se substituir por aspas simples. • Notas de rodapé: podem ser utilizadas para apresentar alguma explicação ou para aprofundar alguma assunto abordado no texto mas que não foi colocado no texto para não desviar a atenção do leitor quanto ao conteúdo. Portanto, serve para explicar algo ou situar o leitor sobre o significado de algo. No caso das citações de trabalhos usa-se o sistema autor-data (referenciando diretamente no corpo do texto) mas em livros, principalmente aqueles produzidos por vários autores (capítulos) são usadas as notas de rodapé para as citações. Visualmente no rodapé as notas devem ser colocadas no pé da página a 2cm. da margem inferior em letra 10 alinhadas a esquerda e espaçamento simples entrelinhas. O texto é separado da nota de rodapé por um filete. As notas de rodapé são CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 28 numeradas pelo sistema arábico contínuo. Sugere-se a inserção de notas automaticamente no documento digital. No texto a nota é representada pela número sobrescrito a palavra que se pretende explicar. 3.2 ESTRUTURA Por razões de normalização, a estrutura dos trabalhos acadêmicos foram classificadas em elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, sendo cada uma delas com suas subdivisões, conforme quadro 1: ELEMENTOS Pré-textuais Textuais Pós-textuais ETAPAS Capa (obrigatório) Lombada (opcional) Folha de rosto (obrigatório) Errata (opcional) Folha de aprovação (obrigatório) Dedicatória(s) (opcional) Agradecimento(s) (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo em língua vernácula (obrigatório) Resumo em língua estrangeira (opcional) Lista de ilustrações )opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório) Introdução Desenvolvimento Considerações Finais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice(s) (opcional) Quadro 1: Disposição dos Elementos Fonte: ABNT NBR 14724, 2005 Quanto a estrutura da pesquisa é possível definir que os elementos prétextuais, também chamados de parte preliminar ou ante-texto, compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor caracterização e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo também, sucinta e objetivamente, CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 29 algumas informações importantes para os interessados numa análise mais detalhada do tema (título, resumo, palavras-chave). (SILVA, 2006c) Os elementos textuais, assim como os pré-textuais, excetuados os elementos obrigatórios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho científico, conforme o tipo de trabalho, área de conhecimento ou metodologia adotada. A estrutura dos trabalhos científicos é quase sempre a mesma, compreendendo uma introdução, desenvolvimento e considerações finais, conforme sugestão da ABNT NBR 14724 (2005) de Trabalhos Acadêmicos. A introdução dos trabalhos costuma abranger os objetivos da pesquisa, bem como os problemas, as delimitações e a metodologia adotada para a realização do trabalho. O desenvolvimento é o corpo principal da pesquisa e de estrutura flexível, podendo o pesquisador dissertar sobre o tema propriamente dito, sem, contudo, abandonar pontos importantes como a demonstração e a análise dos resultados. Por fim, o autor poderá escrever suas conclusões a respeito da discussão realizada ou dos resultados obtidos. É neste ponto que o pesquisador será enfático, ressaltando as posições que deseja defender ou refutar. (SILVA; TAFNER, 2006); (ROESCH, 2001) A parte do trabalho que reúne os elementos complementares ao texto é chamada de elementos pós-textuais, que envolve tanto aqueles obrigatórios (como as referências) como aqueles que são extensões do texto (anexo, apêndice, glossário e índice). (ABNT, NBR 14724, 2005) As referências devem ser colocadas em ordem alfabética dentro das normas técnicas especificadas. Em território brasileiro utiliza-se a ABNT – NBR 6023 (2002) para normalizar as referências apontadas durante o trabalho. Conforme a ABNT NBR (2002, p. 1) “[...] esta norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcrição e apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação”. Só devem ser mencionados nas referências as fontes ou os autores que foram citados no texto. Os documentos consultados, porém não citados, deverão constar de notas de rodapé, não fazendo parte da lista de referências ou serem arrolados em outras listas, denominadas Bibliografia Recomendada, Documentos Consultados ou Obras Consultadas, as quais devem figurar logo após a lista de referências. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 30 A figura 1 demonstra a ordenação dos elementos (opcionais e obrigatórios): PRÉ-TEXTUAIS SUMÁRIO LISTAS TEXTUAIS 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 2 DESENVOLVIMENTO 1 INTRODUÇÃO RESUMO EPÍGRAFE PÓS-TEXTUAIS ÍNDICE ANEXO APÊNDICE GLOSSÁRIO AGRADECIMENTO REFERÊNCIAS DEDICATÓRIA FOLHA DE APROVAÇÃO FOLHA DE ROSTO CAPA Figura 1: Apresentação dos Elementos no Trabalho Monográfico Fonte: Silva, 2008 (adaptado pela autores, 2011). A seguir são apresentados os modelos e esclarecimentos dos elementos prétextuais, textuais e pós-textuais. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 31 3.3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 3.3.1 Capa (obrigatório) Constituem informações essenciais a serem fornecidas: identificação da instituição de ensino superior e curso na parte superior da folha e após uma linha em branco o nome do(s) autor(es) (alunos) ambos em caixa alta. Na metade da folha o título do trabalho (caixa alta) e subtítulo se houver, separado do título por dois pontos (maiúscula e minúscula). Na parte inferior da folha a cidade e ano (pode-se colocar o mês junto ao ano). Todas estas informações são em fonte 12, espacejamento 1,5 entrelinhas, centralizadas e negritadas Salienta-se que os Trabalhos de Conclusão de Curso deverão ser entregues com encadernação em capa dura conforme característica do Curso quanto as cores de letras e fundo. Desta forma, no curso de: • Administração – fundo azul escuro com letras prateadas. • Ciências Contábeis – fundo preto com letras douradas. • Pedagogia – fundo azul royal com letras douradas • Ciências da Religião – em definição. • Pos-Graduação (Especialização) em Gestão de Defesa Civil – fundo verde escuro com letras prateadas. A seguir é apresentado o modelo de capa conforme explicações iniciais. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 32 3 cm PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE ADMNISTRAÇÃO NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabética) 3 cm TÍTULO DO TRABALHO Subtítulo (se houver) 2 cm São José 2011 2 cm 3.3.2 Lombada (opcional) Utilizado geralmente em trabalhos de final de curso. É a parte lateral da capa que reúne as folhas do trabalho, onde devem ser impressos: a) nome do autor, impresso longitudinalmente, do alto ao pé da lombada; b) título do trabalho, impresso da mesma forma que o do autor. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 33 3.3.3 Folha de rosto (obrigatório) Apresenta-se de forma semelhante a capa, com a inserção do texto de identificação da disciplina, curso e professor solicitante. Neste último, deve-se inserir a abreviação da titulação do professor (Esp. para especialista, MSc. ou Ms. para mestre e Dr. para doutor). Estas informações devem aparecer em fonte 11 com espaçamento simples entrelinhas e recuada a 8cm. da margem esquerda. Apenas o título e o subtítulo devem estar em negrito, conforme modelo abaixo. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE ADMNISTRAÇÃO NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabética) TÍTULO DO TRABALHO Subtítulo (se houver) Trabalho elaborado para a disciplina de M.................. C.................... do Curso de .......................... do Centro Universitário Municipal de São José - USJ. Orientador: Prof. MSc. R............ S........... São José 2011 Salienta-se que o texto de identificação deve seguir o definido pelo trabalho que o aluno está elaborando, ou seja, trabalho de conclusão de curso, relatório de estágio, projeto de pesquisa e outros. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 34 3.3.4 Errata (opcional) Consiste em lista das folhas e linhas onde há erros, com as respectivas correções. As informações são apresentadas em colunas como no exemplo abaixo: ERRATA Folha Linha 21 7 Onde se lê trabalo Leia-se trabalho 3.3.5 Folha de aprovação (obrigatório) Contém o nome do aluno, título do trabalho e subtítulo (se houver) em negrito, texto de identificação do grau do trabalho (com espaçamento simples entrelinhas) conforme texto de identificação da Folha de Rosto, e espaços para as assinaturas dos professores que avaliarão o trabalho com seus nomes. Todas as informações são em fonte 12). O modelo abaixo refere-se ao TCC. NOME COMPLETO DO(S) ALUNO(S) (em ordem alfabética) TÍTULO Subtítulo Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel .................... do Centro Universitário Municipal de São José – USJ avaliado pela seguinte banca examinadora: Orientador: Prof. Fulano de Tal, titulação. Prof. Fulano de Tal, titulação Prof. Fulano de Tal, titulação São José, XX de xxxxx de XXXX. (data da defesa do TCC) CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 35 3.3.6 Dedicatória (opcional) O autor dedica sua obra ou presta homenagens à(s) pessoa(s). A dedicatória deve ser localizada na parte inferior direita da folha e em fonte 12. Dedico meu trabalho aaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaa. 3.3.7 Agradecimentos (opcional) Poderão ser feitos agradecimentos à assistência relevante na elaboração do trabalho, bem como, da realização da pesquisa. Todo o texto deve ser em fonte 12, inclusive a palavra agradecimentos que deve ser ressaltada em letras maiúsculas. Deve ser na parte superior da folha. AGRADECIMENTOS Blaáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Blaáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aa. 3.3.8 Epígrafe (opcional) Aparece após os agradecimentos. Consiste na transcrição de uma frase, pensamento, ditado ou parte de um texto que o autor deseja destacar. Apesar de ser escrita por outra pessoa, não deve vir entre aspas. A autoria da mensagem deve ser apresentada do lado direito, abaixo do texto, fora de parênteses. Epígrafes também CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 36 podem ser colocadas na abertura das divisões do texto (capítulos ou títulos de primeiro nível). Localizada na parte inferior direita da folha. Talvez uma vez em cada cem anos, uma pessoa pode ter sido arruinada por excesso de louvor, mas certamente que uma vez em cada minuto alguém morre por falta dele. Cecil G. Osborne 3.3.9 Resumo (opcional) Este item é obrigatório para o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC. O resumo deve apresentar o objetivo geral da pesquisa, o método, os resultados e as conclusões do trabalho, formando por uma seqüência corrente de frases concisas e não de uma enumeração. (ABNT, NBR 6028, 2003). O texto deve ser em parágrafo único, sem recuo, com texto justificado e sem recuo de parágrafo, espaço simples entrelinhas, sendo apenas a palavra resumo em negrito, conforme modelo. Sobre a extensão do resumo, essa norma define de 150 a 500 palavras para trabalhos acadêmicos. Após o resumo, mas na mesma folha, devem ser apresentadas de 3 a 6 palavras-chave ou termos representativos do conteúdo do trabalho, separados por ponto final. RESUMO Bláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Palavras-chave: Ttttttt. Mmmmm. Oooooo. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 37 3.3.10 Lista de ilustrações (opcional) Deve ser apresentada uma lista para cada elemento (quadro, figura e gráfico) contendo título, numeração e respectivo número de página a que se encontra o elemento no texto. Recomenda-se que a lista de figuras agrupe elementos como: desenho, esquema, fluxograma, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros, todos considerados figuras. A organização da lista tem apresentação similar à do sumário e pode, em uma mesma folha, aparecer à listagem de vários elementos. Sugere-se a elaboração das listas quando no trabalho houver mais de três inserções daquele elemento. A seguir são apresentados os modelos de listas. LISTA DE QUADROS LISTA DE GRÁFICOS Quadro 1 – Distâncias rodoviárias ................. 11 Gráfico 1 – Sexo ............................................ 15 Quadro 2 – Distâncias aéreas ........................ 11 Gráfico 2 – Faixa etária ................................. 16 Quadro 3 – Cronograma ................................ 32 Gráfico 3 – Renda familiar ............................. 17 Quadro 4 – Levantamento da Legislação ...... 37 Gráfico 4 – Procedência ................................ 18 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Mapa de localização ..................... 12 Figura 2 – Foto Aérea de Florianópolis .......... 13 Figura 3 – Pilares da sustentabilidade ........... 41 Figura 4 – SISTUR - Sistema de Turismo ...... 45 3.3.11 Lista de tabelas (opcional) Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página (mesmo modelo das listas de ilustrações). 3.3.12 Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Consiste na relação alfabética de abreviaturas e siglas contidas no texto, seguidas do seu significado (expressões ou palavras correspondentes), escritas por extenso. Também é recomendada a elaboração de lista própria para cada um dos tipos (abreviatura ou sigla). A estrutura deve ser a mesma utilizada na lista de ilustrações. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 38 3.3.13 Lista de símbolos (opcional) Apresenta o conjunto de símbolos utilizados no texto, na ordem em que aparecem, com o respectivo significado. A estrutura deve ser a mesma utilizada nas listas anteriores (ilustrações, siglas e outras). 3.3.14 Sumário (opcional) Este item é obrigatório para o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC. Consiste na relação enumerada das principais divisões e dos elementos póstextuais, na ordem em que aparecem no texto. No sumário devem-se observar os seguintes aspectos: o sumário tem o título centralizado, negrito, em letras maiúsculas e sem pontuação; a numeração das divisões das subdivisões (tópicos) deve obedecer a utilizada no texto; elementos pré-textuais não devem constar no sumário; e indica a página inicial em que se localiza a parte correspondente. (ABNT, NBR 6027, 2003) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................... 4 2 JUSTIFICATIVA .................................... 6 3 ADMINISTRAÇÃO...... ........................... 8 3.1 MARKETING............................................ 12 3.1.1 Análise interna.................................. 14 . . 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... ................ 52 REFERÊNCIAS......................................... 54 3.4 ELEMENTOS TEXTUAIS Os elementos textuais, assim como os pré-textuais, excetuados os elementos obrigatórios, constituem-se com base no tipo e nos objetivos do trabalho acadêmico- CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 39 científico. Conforme o tipo de trabalho, área de conhecimento ou metodologia adotada, há distintos modos de organizar o texto. De modo geral, o texto acadêmico-científico se inicia com uma introdução, a qual se segue o desenvolvimento, finalizando com ou considerações finais. 3.4.1 Introdução É a apresentação inicial do trabalho. Possibilita uma visão global do assunto tratado, com definição clara, concisa e objetiva do tema; e a delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado e ao problema a ser estudado. (SILVA, 2006) Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) a introdução é “[...] a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.” Assim, a introdução deve apresentar as seguintes etapas: contextualização do assunto (nível macro), relevância do tema (justificativa); pergunta (problema de pesquisa), objetivo da pesquisa (geral), tipos de pesquisa e forma coleta de dados e informações e os tópicos do desenvolvimento (citar as etapas do trabalho). (SILVA, 2008) 3.4.2 Desenvolvimento É a parte principal, mais extensa e consistente do trabalho. O autor deve dividir o desenvolvimento em quantas forem necessárias para dar lógica e articulação adequada ao tema que pretende defender. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta seção. (SILVA, 2008) Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14724 (2005, p. 5) o desenvolvimento é “[...] a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.” Da mesma forma que na introdução, os elementos que integram o desenvolvimento do trabalho poderão variar nas suas divisões e subdivisões, em função da sua natureza e da área de conhecimento a que pertencem. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 40 O desenvolvimento deve apresentar conceitos, teorias e principais ideias sobre o tema focalizado. No texto deverá haver ideias de autores. As informações devem ser apresentadas de forma integrada, substancial, criativa e lógica. O aluno pode utilizar recursos complementares no corpo do texto como os elementos de apoio ao texto como gráficos, figuras, quadros e gráficos. A seguir são apresentadas outras regras que devem ser seguidas para os títulos e indicativos numéricos; quadros, gráficos, tabelas, figuras e citações. 3.4.2.1 Títulos e indicativos numéricos das seções As partes que dividem o texto de um documento, contendo a exposição ordenada do assunto, são denominadas de capítulos (divisões) e tópicos (subdivisões). Cada capítulo deve apresentar o título e o subtítulo. Os títulos de primeira ordem (inteiros como 1, 2, 3, 4 e outros) devem aparecer em página nova. Segue abaixo modelo sobre os espaços entre os títulos e texto (parágrafos). 3 ADMINISTRAÇÃO (2 linhas em branco) Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaa. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaa. Aaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaa.. (2 linhas em branco) 3.1 MARKETING (1 linha em branco) Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. (1 linha em branco) 3.1.1 Análise interna Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 41 A numeração deve ser progressiva e alinhada à esquerda. As divisões (capítulos) com seus títulos de primeiro nível (3 ADMINISTRAÇÃO) devem iniciar em folha distinta. Não se utiliza nenhuma pontuação ou caractere entre o número e o título (ABNT, NBR 6024, 2003). Os títulos das divisões e das subdivisões são destacados gradativamente, usando-se de forma racional os seguintes recursos: TÍTULO FORMATAÇÃO 3 ADMINISTRAÇÃO Letras maiúsculas e negritas 3.1 MARKETING Letras maiúsculas e sem negrito 3.1.1 Análise interna Apenas a 1ª letra maiúscula e todas negritas 3.1.1.1 Pontos fortes Apenas a 1ª letra maiúscula; e sem negrito Quadro 1: Títulos e Formatação Fonte: elaborado pela autora, 2008. Não se aconselha o uso de subtítulos após a quinta seção com marcações numéricas (3.1.1.1.1.1). Se houver necessidade de subdivisões sugere-se utilizar as letras minúsculas com parênteses ou os marcadores. Todos devem ser alinhados à margem esquerda, conforme modelo abaixo: a) Década de 1990 • Processos sociais − Benefícios familiares. 3.4.2.2 Apresentação de figura, gráfico, quadros e tabelas A apresentação dos elementos (figuras, gráficos, quadros, tabelas) deve conter, além da exposição do elemento (em boa qualidade), a relação com o assunto abordado e análise de suas informações. São inseridos em um trabalho científico quando apresentam dados verdadeiramente necessários à compreensão do texto. Recomenda-se a utilização, no desenvolvimento, de elementos como gráficos, quadros, tabelas e figuras. Devese deixar uma linha em branco entre o texto (Parágrafo) e o elemento a ser CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 42 apresentado e da mesma forma uma linha em branco para iniciar o próximo parágrafo após o elemento. Todos os elementos devem conter fonte, podendo esta ser de um livro, de um site ou outra fonte de pesquisa e também ter sido produzido pelo acadêmico, então neste caso deve-se colocar elaborado pelo acadêmico. Em todas as situações é necessário a inserção do ano que foi retirado/elaborado o elemento (exemplos abaixo). • Figuras As figuras devem ser apresentadas centralizadas, com título e fonte abaixo do desenho. As fotografias são consideradas e catalogadas como figura, assim como desenho, fluxograma, mapas, organogramas, plantas, e outros. Figura 1: Mapa de Localização Fonte: Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, 2007. • Gráficos Os gráficos devem ter cores bem diferentes para as suas variáveis e deve evitar o uso de modelo pizza para situações com mais de quatro variáveis, pois dificulta a leitura e interpretação das informações. Devem-se utilizar então os modelos de barras ou colunas. A legenda deve aparecer na lateral direita ou abaixo do gráfico. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 43 46% 50% 40% 31% 30% 17% 20% 10% 4% 2% 0% Mato Grosso Rio Grande do S ul S ão Paulo Paraná Rio de Janeiro Gráfico 1: Procedência de turistas Fonte: elaborado pela autora, 2007. • Quadros Os quadros resumem um conjunto de dados que não são passíveis de tratamento estatístico, enquanto as tabelas (lista e forma específica) apresentam dados estatísticos. A estrutura do quadro deve apresentar as bordas fechadas (molduras). O tamanho da letra dentro do quadro deve estar entre 10 e 12. CIDADE KM São Paulo 705 Porto Alegre 476 Curitiba 300 Rio de Janeiro 1.144 Quadro 2: Distância de Florianópolis a outras cidades Fonte: Guia Floripa, 2007. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) • 44 Tabelas As tabelas devem apresentar o título do elemento com numeração arábica (fonte 12), a tabela em si, e abaixo a fonte (autor e ano) em letra 10. Estes elementos expõem dados estatísticos e devem ter a lateral da sua estrutura sem borda, conforme modelos abaixo. Tabela 1: Notas da Turma 201 ALUNO ATIVIDADE 1 ATIVIDADE 2 MÉDIA Aline de Oliveira 9 9 9 Carlos Henrique Vargas 7 8 7,5 Daniel Santos 8 9 8,5 Fonte: Souza (2004, p. 71). 3.4.2.3 Citações Segundo Ruiz (1991, p. 83) “Citações são os textos documentais levantados com a máxima fidelidade durante a pesquisa bibliográfica e que se prestam para apoiar a hipótese do pesquisador ou para documentar sua interpretação”. As citações, ao contrário do que possa parecer inicialmente, enriquecem um trabalho e demonstram o estudo e a atitude científica do autor. As citações têm muitos objetivos, dentre os quais se destacam (SILVA, 2006): - corroborar com as ideias ou da tese que o autor defende; - contrariar a ideia ou a tese que o autor defende; - permitir a identificação do legítimo “dono” das ideias apresentadas; - possibilitar o acesso ao texto original. A apresentação das citações se encontra na NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Indicação das citações: Para citações de ideias ou trechos de obras pesquisadas, sugere-se o sistema Autor-Data, que consiste em mencionar o nome do autor e a data da CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 45 publicação da obra no próprio texto, deixando as notas de rodapé apenas para eventuais explicações que porventura forem necessárias para o melhor entendimento do texto. (SILVA, 2006) Não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto aquelas pesquisadas, porém não citadas no texto. Tipos de citações * Citação direta: “menção de uma informação extraída de outra fonte” (NBR 10520, 2002, p. 1), isto é, transcrição literal extraída do texto consultado, respeitando-se redação, ortografia e pontuação original. a) Citação de até três linhas ou curta: a citação de até três linhas deve ser inserida no parágrafo entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. Exemplos: A vida real muitas vezes se confunde com a arte da representar e nos leva a atitudes teatrais: “não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). Ou Segundo Clarac e Bonnin (1985, p. 72) a vida real muitas vezes se confunde com a arte da representação e nos leva a atitudes teatrais, como: “não se mova, faça de conta que está morta.” b) Citação de mais de três linhas ou longa: deve aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, com espaçamento simples, sem aspas e em fonte menor. Sugere-se a utilização de fonte 10. Entre as citações longas deve-se deixar uma linha em branco acima e outra abaixo da citação. Exemplos: Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e acabada. De acordo com Rizzo (1998, p. 22): Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, determinado por CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 46 suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem-se à verificação empírica: as regras gramaticais. Ou Os métodos de ensino da leitura e da escrita abrangiam apenas o ensino do alfabeto, suas combinações e produção de sons, seguido depois pelo ensino da gramática como coisa pronta e acabada. Com Ferdinand Saussure (1916), fundador da lingüística, a investigação científica passou das línguas (todas as existentes) à língua (de concepção abstrata), percebida como e enquanto meio de comunicação do pensamento e definida como sistema de relações, determinado por suas propriedades internas, cujas possibilidades combinatórias oferecem-se à verificação empírica: as regras gramaticais. (RIZZO, 1998, p. 22). c) Omissões em citações: é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o texto de um autor. São recomendadas apenas se não alterarem o sentido do texto original. As omissões (indicadas por reticências, colocadas entre colchetes) podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação. Exemplos: Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prática social coletiva construída no processo ensinoaprendizagem. [...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaços de coexistência nos quais a agressão seja um acidente legítimo da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25-26). Ou Os professores devem aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e buscando a melhoria da prática social coletiva construída no processo ensinoaprendizagem. Conforme Maturana e Varela (1995, p. 25-26): [...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos, poderemos nos abrir mutuamente para espaços de coexistência nos quais a agressão seja um acidente legítimo da convivência e não uma instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não agirmos desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos fazendo [...]. d) Destaque em citações: são utilizadas somente em citações diretas quando se quer dar destaque e realçar uma palavra, uma expressão ou mesmo uma frase CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 47 no texto do autor citado. Deve-se destacar a parte do texto, e inserir a expressão grifo nosso (destaque feito pelos alunos) ou grifo do autor (destaque feito na obra consultada), ambas após o número da página. Exemplo: “Nossas visões do mundo são as traduções do mundo” (MORIN, 2000, p. 63, grifo nosso), ou seja, o que se acredita ser a realidade é o fruto da interpretação feita pelo cérebro dos estímulos que chegam a ele via rede nervosa a partir dos terminais sensoriais. * Citação de Citação: é a citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro autor, ao qual não se teve acesso. Utiliza-se apenas quando não houver possibilidade de acesso ao documento original. É indicado pela expressão apud (citado por, conforme, segundo). Exemplo: A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientação teórica, centrandose nos conceitos de estrutura e totalidade. Segundo Piaget (apud MOLL, 1996, p. 80) “ela consiste em explicar cada invenção da inteligência por uma estruturação renovada e endógena do campo da percepção ou do sistema de conceitos e relações”. Ou A teoria da Gestalt tem nesta perspectiva sua orientação teórica, centrandose nos conceitos de estrutura e totalidade. “Ela consiste em explicar cada invenção da inteligência por uma estruturação renovada e endógena do campo da percepção ou do sistema de conceitos e relações”. (PIAGET apud MOLL, 1996, p. 80) Outros exemplos: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser “[...]..........” “[...] o viés organicista da burocracia estatal, preservado de modo.....” “...Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATT0, 1995, p. 214-215). No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento serial. * Citação indireta: transcrição não literal das palavras do autor, mas que reproduz o conteúdo e as ideias do documento original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo de citação não são utilizadas aspas. Cita-se obrigatoriamente o autor e o ano, sendo a página opcional. As citações indiretas podem ser chamadas de paráfrase (transcrição de trecho de uma obra - parágrafo) e CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 48 condensação (transcrição de uma parte da obra – capítulo). Exemplos de paráfrase (mais comum nos trabalhos acadêmicos): Morin (1999) afirma que todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da interpretação que o cérebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoções acabam multiplicando os riscos de erro na concepção e construção das ideias. Ou Todo conhecimento que se tem do mundo é decorrente da interpretação que o cérebro faz do universo percebido pelos sentidos, deste modo os medos e emoções acabam multiplicando os riscos de erro na concepção e construção das ideias (MORIN, 1999). * Modelos de citação relativos ao sistema autor-data (os exemplos são referente a citação direta mas a mesma regra dos autores se utiliza nas citações diretas): a) Citação de trabalhos de um autor: sobrenome do autor, ano de publicação, número da página. Exemplo: Conforme Souza (2001, p. 42) “blá.............................................................” “Blá..................................................................”, conforme Souza (2001, p. 42). “Blá...............................................................................”(SOUZA, 2001, p. 42). b) Citação de trabalhos de dois autores: sobrenome dos autores (separados por ; se estiverem dentro do parênteses ou e se estiverem fora), ano de publicação, número da página. Exemplo: “O Brasil.........................................” (SANTOS; VIEIRA, 2003, p. 45). De acordo com Santos e Vieira (2003, p. 45) “o Brasil..................................” c) Citação de trabalhos de três autores: sobrenome dos autores, ano de publicação, número da página. Exemplo: Segundo Santos, Vieira e Corrêa (2002, p. 32) “o Brasil.............................” “O Brasil...................................” (SANTOS; VIEIRA; CORRÊA, 2002, p. 32). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 49 d) Citação de trabalhos de mais de três autores: sobrenome do primeiro autor seguido pela expressão et al, ano de publicação, número da página. Exemplo: Para Santos et al (2004, p. 21) “o Brasil.........................................................” “O Brasil.............................................................” (SANTOS et al, 2004, p. 21). e) Mesmo autor: vários documentos do mesmo autor sobre o mesmo ponto de vista com publicações diferentes (ano diferente). Exemplo de citação indireta: Oliveira (2005, 2010) afirma que ............................. f) Vários documentos de vários autores: apresenta o mesmo ponto de vista sobre determinado assunto de vários autores (do mais antigo ao mais recente). Exemplo de citação indireta: O planejamento e execução da pesquisa, de acordo com Barros e Lehfeld (2000), Lakatos e Marconi (2001), Cervo e Bervian (2002), são.......... g) Autores com o mesmo sobrenome e ano igual: deve-se acrescentar a inicial do nome do autor para diferencia-los. Caso as iniciais sejam as mesmas coloca-se o nome por extenso. Exemplo de citação indireta: (SOUZA, F., 2008) (SOUZA, M., 2008) h) Documentos do mesmo autor no mesmo ano: deve-se acrescentar após o ano uma sequência com letras minúsculas. Exemplo de citação indireta: (SILVA, 2008a, p. 25) (SOUZA, 2008b, p. 31) * Citação de informações verbais: Para citação de dados obtidos por meio de informações verbais (palestras, debates, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé. Citar pelo menos o autor da frase (cargo ou atividade), local (cidade) e data (dia, mês e ano). Exemplo: CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 50 No Brasil para formalizar uma empresa o futuro empresário deve ter paciência, já que demora muito para conseguir todos os documentos necessários para a abertura da organização (informação verbal)1 Notas de rodapé Deve-se utilizar o sistema autor-data (apresentado anteriormente) para as citações no texto e o numérico para as notas explicativas. As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um filete. O espaço entrelinha é simples, alinhado a margem esquerda e fonte 10. Sua numeração é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva. Notas de referência O sistema de citar os autores em notas de referência é voltado às publicações de livros. Nos trabalhos acadêmicos a preferência é pelo uso do sistema autor-data, apresentado anteriormente, quando citam-se autor e ano junto ao texto. Entretanto, seguem as normas para o uso de notas de referências (sugeridas para livros): • A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa.2 • As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, somente quando estiver na mesma folha que a nota anterior (que citou o autor e ano), utilizando as expressões, abreviadas quando for o caso: − Idem: mesmo autor – Id.3; − Ibidem: na mesma obra – Ibid.4; − Opus citatum, opere citato: obra citada – op. cit.5; − Passim: aqui e ali, em diversas passagens – passim6; − Loco citato: no lugar citado – loc. cit.7; − Confira, confronte: Cf8; 1 Cláudio Campos, Diretor Presidente da Empresa Aaaaaa, em palestra proferida no USJ, em São José, no dia 20 de março de 2008. 2 FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994. 3 Id., 2000, p. 19. 4 Ibid., p. 190. 5 ADORNO, op. cit., p. 40. 6 RIBEIRO, 1997, passim. 7 TOMASELLI; PORTES, loc. cit. 8 Cf. CALDERIA, 1992. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 51 − Sequentia: seguinte ou que se segue – et seq.9; − Apud: citado por, conforme, segundo – pode, também, ser usada no texto (como demonstrado anteriormente) e em nota de rodapé10. Notas explicativas A numeração das notas explicativas é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. Segue abaixo modelo. No texto: Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou vinculação profissional.11 3.4.3 Considerações finais Como parte final do texto, consiste na revisão sintética dos resultados e da discussão do estudo realizado. Tem como objetivo destacar as principais questões tratadas no trabalho acerca do estudo desenvolvido. Devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos propósitos previamente estabelecidos do trabalho, apontando-se o alcance e o significado de suas contribuições. Pode também indicar sugestões para outros trabalhos. Salienta-se que nesta etapa do trabalho não se devem utilizar citações (diretas ou indiretas), pois este é o momento único e exclusivo da reflexão do aluno. 3.5 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Esta parte do trabalho reúne os elementos complementares ao texto, tanto aqueles obrigatórios (como as referências) como aqueles que são extensões do texto (anexo, apêndices, glossário e índice). (ABNT, NBR 14724, 2005) 9 FOUCALT, 1994, p. 17 et seq. EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 23. 11 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290). 10 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 52 3.5.1 Referências12 Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 1) na NBR 6023 de agosto de 2002 “Esta norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcrição e apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação”. Não se deve confundir referência com bibliografia. Referências é a relação das fontes utilizadas pelo autor ao fazer um trabalho. Todas as obras citadas no trabalho devem obrigatoriamente constar nas referências e toda obra na referência deve ter citação no corpo do texto. Bibliografia é a relação dos documentos existentes sobre determinado assunto ou de determinado autor. (KARKOTLI, 2010) Só devem ser mencionados nas referências as fontes ou os autores que foram citados no texto. Os documentos consultados, porém não citados, deverão constar de notas de rodapé, não fazendo parte da lista de referências ou serem arrolados em outras listas, denominadas BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, DOCUMENTOS CONSULTADOS ou OBRAS CONSULTADAS, as quais devem figurar logo após a lista de referências. (SILVA, 2006) As referências, segundo a ABNT NBR 6023 (2002) devem ser apresentadas: • em ordem alfabética; • alinhadas a margem esquerda (e não com texto justificado); • ter dois espaços simples entre cada referência; • quando se referência várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor das referências subsequentes por um traço sublinear equivalente a seis espaços e ponto. • e dentro das normas técnicas especificadas para cada modelo (seguem exemplos). Elementos Essenciais em Livros: a) Autor: Último sobrenome, em maiúsculas, seguido do (s) prenomes e outros sobrenomes, abreviado (s) ou não (o formato escolhido deve ser seguido em todo o trabalho). Exceções: nomes espanhóis, que entram pelo penúltimo sobrenome; dois sobrenomes ligados por traço de união, que são grafados juntos; sobrenomes que indicam parentesco como "Júnior", "Filho", "Neto" acompanham o último sobrenome. 12 Este item do Manual – Referências – contou com a colaboração do Prof. Dr. Gilson Karkotli por meio de exemplos e sugestões de referências. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 53 Pseudônimo, quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada, este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-se indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo. ATHAYDE, T. de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt,1931. b) Título: Em negrito, sublinhado ou itálico. c) Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo. d) Edição: Indica-se o número da edição, a partir da segunda edição, seguido de ponto e da palavra edição (ed.) no idioma da publicação. Não se anota quando for a primeira; as demais deverão ser anotadas. Assim: 2.ed., 3.ed., etc. e) Local da publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na publicação, seguida de dois pontos. Quando o local não puder ser especificado na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.] (sine loco). f) Editora: apenas o nome que a identifique, seguida de vírgula. Quando a editora não puder ser especificada, indica-se entre colchetes [s.n.] (sine nomine). g) Data: Ano de publicação. Obs.: Quando o local e a editora não aparecem na publicação, indica-se entre colchetes [S.l.: s.n.]. Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, indica-se entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas) Livros: Livros no todo: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título: subtítulo, se houver. Edição. Cidade: Editora, ano. Exemplos: a) Livro com um autor DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. b) Livro com subtítulo KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) c) Livro com autor espanhol GARCIA LORCA, Frederico. Obra poética completa. São Paulo: Martins Fontes, 1996. d) Livro com autor com sobrenome separado por traço MERLEU-PONTY, Maurice. Signos. São Paulo: Martins Fontes, 1991. e) Livro com sobrenome indicando parentesco ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. f) Livro com sobrenome iniciado com prefixos O'DONNELL, Ken. Caminhos para uma consciência mais elevada. 2. ed. São Paulo: Gente, 1996. g) Livro integrado com coleção ou série CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. (Princípios, 243). h) Livro com dois autores LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. i) Livro com três autores TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISCHER, Julianne. Metodologia do trabalho acadêmico. Curitiba: Juruá, 2000. j) Livro com mais de três autores SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. k) Livro com organizador MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 54 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 55 l) Livros considerados em parte Cada capítulo foi escrito por um autor diferente e outro(s) autor(es) organizaram o livro. - Autor do capítulo é o mesmo que organizou o livro: SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte referenciada. In : ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. HIRANO, Sedi (Org.). Projeto de estudo e plano de pesquisa. In:______. Pesquisa social: projeto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. p. 7-16. - Autor do capítulo não é o mesmo que organizou o livro SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da parte referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes (Org.). Título do livro. Local : editora, ano. Página inicial e final. ABRAMO, Perseu. Pesquisa em ciências sociais. In: HIRANO, Sedi (Org.). Pesquisa social: projeto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979. cap. 3, p. 15-24. m) Livro cujo autor é uma entidade (órgãos governamentais, empresas). A entidade coletiva assume a responsabilidade do trabalho, ela é tratada como autor. - Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo: [S,n.], 1988. - Órgãos governamentais Quando se tratar de órgãos governamentais da administração (Ministérios, Secretarias e outros) entrar pelo nome geográfico em caixa alta (país, estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver. BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional: um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR,1995. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 56 Documento em meio eletrônico – Internet e E-mail Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida por Acesso em: data, mês e ano. A colocação da hora, minutos e segundos é opcional. Obs.: os meses, sempre forem solicitados em referências (sites, revistas, jornais e outros) devem ser abreviados pelas três primeiras letras, com exceção de maio. Exemplo: jan. fev. mar. abr. maio, jun., etc. a) Com autor definido CAMPOS, José. A influência da cultura no turismo. 2003. Girus. Disponível em: <http://www.girus.com.br/turismo.htm>. Acesso em: 14 fev. 2004. b) Sem autor definido, mas com título O CÓDIGO fonte do programa. DwBrasil. Disponível em: <http://www.dwbrasil.com.br/html/dw.html>. Acesso em: 11 ago. 2004. c) Sem autor e sem título DWBRASIL. Disponível em: <http://www.dwbrasil.com.br/html/dw.html>. Acesso em: 11 ago. 2004. d) E-mail MARINO, A. M. Brienfieng number [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 12 maio 1998. Empresa: Quando se utiliza documentos e informações de uma empresa deve-se colocar como autor o nome da empresa, como título o que se buscou de dado e então a cidade em que ela se localiza e o ano de elaboração do documento. Caso a pesquisa tenha sido pelo site da empresa deve-se acrescentar o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida por Acesso em: CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) a) Documento físico PARAISO HOTEL. Informações gerais. Florianópolis: 2006. b) Documento digital PARAISO HOTEL. Informações gerais. 2006. Disponível em: <http://www.paraisohotel.com.br/dadosgerais.html>. Acesso em: 17 ago. 2007. Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos: a) Documento impresso: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição, Local: Data. SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações sócio-culturais, econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria ) – Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004. b) Em meio eletrônico: SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações sócio-culturais, econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria ) – Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004. Disponível em: <http://www.univali.br/mestradoth/2004_0267.html>. Acesso em: 07 abr. 2007. Dicionários AULETE, C. Dicionário contemporâneo da Lingua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5 v. Atlas MOURÃO, R. R. de F. Atlas celeste. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984. 57 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 58 Bíblias BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueredo. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição Ecumênica. Normas Técnicas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6021: Informação e documentação: publicação periódica científica impressa – apresentação. Rio de Janeiro. 2003. Enciclopédias NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação : Editora, ano. Volume. ENCICLOPÉDIA BARSA. São Paulo : Vozes, 2002. 3v. Jornal Jornal no Todo NOME DO JORNAL. Cidade, data. DIÁRIO CATARINENSE. Florianópolis, 17 de maio de 2002. Artigo de Jornal a) Com autor definido SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Seção, caderno ou parte do jornal e número da página. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data. BOCK, Daniel. A crise cambial. Jornal de Santa Catarina, Blumenau, 17 jun. 2002. Folha Empresa, Caderno 2, p. 12. b) Em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados pelo item a), acrescidas das informações relevantes à descrição física do meio. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 59 Obras consultadas online necessitam do endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: data, mês e ano. SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de São Paulo. São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena-mortenascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998. c) Sem autor definido TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal. Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. ALMA feminina na Proeb. Jornal de Santa Catarina. Blumenau, 5 maio 2001. Cidades, p. 1. d) Sem autor definido e em meio eletrônico ARRANJO Tributário. Diário do Nordeste Online. Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponível em: <http://diariodonordeste.com.br>. Acesso em: 28 nov. 1998. Revista: Revista no Todo NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume (v. __), número do exemplar (n.__), mês. Ano. ISSN. MELHOR – VIDA & TRABALHO. São Paulo: Segmento, n. 166, mar. 2001. ISSN 1518-2150. Artigo de Revista a) Com autor definido SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, Local da publicação, n. volume, pagina inicial-final do artigo, mês Ano. BOCK, Daniel. Reforma do ensino. Veja, São Paulo, v.36, n.18, p. 23, jun. 2002. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 60 b) Sem autor definido TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, Local da publicação, número do volume, número do fascículo, pagina inicial-final do artigo, mês Ano. 21 IDEIAS para o século 21. Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 34-53, dez. 99. c) Em meio eletrônico WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São Paulo, n. 75, set. 1998. Disponível em:<http://www.idg.com.br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998. Entrevistas Publicadas: SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. LISTWIN, Donald. Você sabe usar o mouse? Você S.A., São Paulo, v. 2, n. 18, p. 100-103, dez. 99. Entrevista concedida à Laura Somoggi e Mikhail Lopes. Entrevistas Realizadas: ENTREVISTADO. Cargo, função ou perfil. Local, Data (dia mês. Ano). XAVIER, Carlos. Supervisor de Área da Empresa Clean. Entrevista concedida em Itajaí – SC, 07 abr. 2004. Obs.: as entrevistas, para serem publicadas em trabalhos científicos devem ser sempre autorizadas pelos entrevistados. Assim, caso a pessoa não queira que seu nome seja divulgado, o pesquisador deve citar ao longo do texto indicações de sua atividade e referenciar apenas a entrevista o local e a data. Exemplo no texto: Segundo Supervisor de Área de uma empresa de Itajaí, a produtividade vem crescendo significativamente. Em entrevista, ele afirmou que o mercado exige mais qualidade: variedade e inovação. (informação verbal)13 Exemplo na referência: SUPERVISOR de Área. Entrevista concedida em Itajaí – SC, 07 abr. 2004. 13 Supervisor de Área de uma empresa em Itajaí – SC, em entrevista concedida no dia 07 de abril de 2004 CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 61 Palestra ou conferência: AUTOR. Título do trabalho. Palestra, Local, Data (dia mês. Ano). RAMOS, Paulo. A avaliação em Santa Catarina. Palestra Proferida na Pósgraduação, Nível 10, Papanduva – SC, 22 fev. 2002. Imagem em movimento: Vídeo TÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. unidades físicas (duração em minutos): som (legendado ou dublado) cor, largura da fita em milímetros. Sistema de gravação. ÓPERA do malandro. Direção de Ruy Guerra. Rio de Janeiro: Globo Vídeo, 1985. 1 cassete (120min) dublado. Color. 12 mm. VHS NTSC. Filme Título. Direção. Produtora. Local: Distribuidora, ano. Número de fitas (1 filme) duração em min. (101min): Son (leg. ou dub.); indicação da cor (color) e largura da fita em mm. CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Rio de Janeiro. Produção: Martire de Clemont – Tonnerre e Arthur Cohn. Lê Studio Canal; Riofilme, 1998. 1 filme (106min), dub., color., 35mm. CD-ROM ou DVD Além dos elementos de referências tradicionais, que se acrescentem, quando disponíveis, as seguintes informações: • descrição física: CD-ROM ou DVD, multimídia, cor, som, quantidades de suportes e disquetes de instalação e material adicional; • descrição da tecnologia de acesso ao conteúdo: hardware (configuração mínima) e software (sistema operacional) – Windows, Macintosh etc.; • resumo do conteúdo ou tipo do documento – jogos, material acadêmico, TCC etc. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 62 ALMANAQUE ABRIL: a enciclopédia em multimídia. 4. ed. São Paulo: Abril multimídia, [2002]. DVD. Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico: Abrangem os documentos do tipo base de dados, listas de discussão, arquivos em disco rígido, programas de computador, mensagens eletrônicas, etc. As mensagens de correio eletrônico devem ser referenciadas somente quando não se dispuser de nenhuma outra fonte para abordar o assunto em discussão. AUTOR(es) se for o caso. Título (do serviço ou produto). Versão (se houver). Descrição física do meio eletrônico. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. Curitiba, 1998. 5. Disquetes. MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM. Séries e coleções: Nesses tipos de publicações, ao final da referência, podem ser acrescentados, entre parênteses, os títulos das séries e/ou coleções e a respectiva numeração, se houver. MARTINS, Carlos B. O que é sociologia? 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Primeiros Passos, 57). Publicações em eventos: Eventos como um todo Constitui um tipo de publicação com o conjunto de documentos/trabalhos apresentados ou reunidos em um evento, como atas, anais, resultados, proceedings, dentre outros. O padrão de referência para esses tipos de documentos é: NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano, local (cidade) de realização. Título do documento (anais, atas, proceedings, etc.) Local de publicaçã: editora, data da publicação. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 63 CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais... Recife: UFPe, 1996. Eventos como um todo em meio eletrônico A referência segue a norma anterior para publicação de documento de evento como um todo, acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico utilizado. CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996. Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. Trabalho apresentado em evento São os artigos, comunicações, projetos, dentre outros trabalhos apresentados em eventos técnico-científicos. A referência deve apresentar os seguintes elementos e forma: SOBRENOME DO AUTOR, Prenome e outros Sobrenomes do Autor (se houver, abreviados ou não). Título do trabalho apresentado. In: NOME DO EVENTO, numeração do evento (se houver), ano, local de realização do evento. Título... (Anais, Proceedings, Resumos, etc.) Local de publicação: Editora, data de publicação. página inicial-página final do trabalho referenciado. RODRIGUES, M. V. Uma investigação na qualidade de vida no trabalho. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 13, 1989, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: ANPAD, 1989. p. 455-468 Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico Segue a norma de referência indicada no item anterior, acrescida das informações do meio eletrônico utilizado. SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total em educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/ce04..htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1CD-ROM. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 64 Documentos jurídicos: Legislação Estão incluídos nesse tipo de documento: a Constituição, emendas constitucionais, textos legais (leis ordinárias, medidas provisórias, decretos, resoluções do Senado Federal); normas de instituições públicas e privadas (resoluções, portarias, ordem de serviço, comunicado, instrução normativa, circular, dentre outros). A referência é elaborada com base na norma padrão, podendo ser acrescentados elementos complementares, caso sejam necessários. JURISDIÇÃO (ou cabeçalho da entidade, caso tratar-se de normas). Título do documento. Especificação do documento (ex.: Diário Oficial, Código civil, Lex), Local (cidade), numeração (volume, número e páginas, conforme o caso), data. Obs.: quando a referência for de Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a palavra Constituição seguida do ano de promulgação entre parênteses. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995. Lex: legislação federal e marginália, São Paulo, v.59, p.1966, out./dez. 1995. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p.217-220, 1998. BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento. Constituições BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. organização do texto: Juarez de oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 65 Leis e Decretos BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar.,1. trim. 1984. Legislação Federal e marginalia. Pareceres BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos financiamentos gerados por importações de mercadorias, cujo embarque tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n. 1.994, de 29 de dezembro de 1982. Parecer normativo, n. 6, de 23 de março de 1984. Relator: Ernani Garcia dos Santos. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p. 521-522, jan./mar. 1. Trim., 1984. Legislação Federal e Marginalia. Portarias BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e Telégrafos - ECT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de março de 1996. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p. 742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996. Legislação Federal e Marginalia. Resoluções CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos delegados- eleitores , efetivo e suplente à Assembleia para eleição de membros do seu Conselho Federal. Resolução n. 1.148, de 2 de março de 1984. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p.425-426, jan./mar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal e Marginalia. Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortes ou Tribunais BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Ação Rescisória que ataca apenas um dos fundamentos do julgado rescindindo, permanecendo subsistentes ou outros aspectos não impugnados pelo autor. Ocorrência, ademais, de imprecisão na identificação e localização do imóvel objeto da demanda. Coisa julgada. Inexistência. Ação de consignação em pagamento não decidiu sobre domínio e não poderia fazê-lo, pois não é de sua índole conferir a propriedade a alguém. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 66 Alegação de violação da lei e de coisa julgada repelida. Ação rescisória julgada improcedente. Acórdão em ação rescisória n. 75-RJ. Manoel da Silva Abreu e Estado do Rio de Janeiro. Relator: Ministro Barros Monteiro. DJ, 20 nov. 1989. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 2, n. 5, jan. 1990. p. 7-14. Documento jurídico em meio eletrônico Para este tipo de documento, o padrão de referência segue a norma indicada para documentos jurídicos (itens anteriores), acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico utilizado. BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: Sislex: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em: <http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov.1998. Documento cartográfico: Abrange: atlas, mapa, globo e fotografia aérea. O padrão de referência é: AUTOR. Título. Local: Editora, data de publicação. Especificação do documento. Escala. INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo do Estado de São Paulo. São Paulo. 1994. 1 atlas. Escala 1:2.000. ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 atlas. Documento cartográfico em meio eletrônico O documento cartográfico segue os padrões indicados anteriormente, porém com as devidas informações referentes ao meio eletrônico em que é apresentado. FLORIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY. 1931-2000 Brazil’s confirmed unprovoked shark attacks. Gainesville, [2000?]. 1 mapa, color. Escala 1:40.000.000. Disponível em: CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 67 <http://www.flmnh.ufl.edu/fish/statistics/Gattack/map/Brazil.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2002. Documento iconográfico: Referem-se a gravuras, fotografias, pinturas, transparências, cartazes, desenho técnico, dia filme, diapositivo, dentre outros. A forma padrão é: AUTOR. Título. Data. Especificação do documento. Quando não existir título para o documento, deve-se atribuir uma denominação ou indicar [Sem título] em colchetes. Também podem ser acrescentados elementos complementares à referência se necessário. BRITTO, Romero. [Sem título]. 1999. 1 gravura, color., 25 cm x 25 cm. NOVAS descobertas para o terceiro milênio. São Paulo: UMIBO, 1982. 19 transparências, color., 25 cm x 20 cm. KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia. Documento iconográfico em meio eletrônico GEDDES, Anne. Geddes 135.jpg. 2000. Altura: 432 pixels. Largura: 376 pixels. 51 Kb. Formato JPEG. 1 disquete, 5 º pol. Documento sonoro: Compreende discos, CD’s (compact disc), fitas cassete, etc. No caso de entrevistas gravadas que necessitam serem referenciadas. Modo padrão: COMPOSITOR (ou intérprete, entrevistado, conforme o caso). Título. Local: Gravadora (ou equivalente), data. Especificação do documento. VELOSO, Caetano. Circuladô vivo. São Paulo: Polygram, 1992. 1 CD. SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 68 Documento tridimensional: Abrange as esculturas, maquetes, objetos e suas representações (fósseis, esqueletos, objetos de museu, monumentos, animais empalhados, dentre outros). A referência desses documentos deve apresentar o seguinte padrão: AUTOR (criador artístico do objeto). Título (caso não exista, atribuir denominação ou indicar [Sem título] entre colchetes). Data. Especificação do objeto. DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável. Foram apresentados neste manual os principais exemplos para referenciar documentos e fontes de pesquisa. Entretanto, na ABNT NBR 6023 são exemplificadas outras formas, como por exemplo: bíblia, bula de remédio e outros. 3.5.2 Glossário (opcional) Lista em ordem alfabética de expressões ou termos técnicos específicos de uma determinada área, utilizados no trabalho, seguidos de suas respectivas definições. 3.5.3 Apêndice (opcional) Texto ou documento elaborado pelo autor, que visa complementar o trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título (Ex.: APÊNDICE A – Roteiro de entrevista). 3.5.4 Anexo (opcional) Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título (Ex.: ANEXO B – Estrutura organizacional da Empresa Alfa). 3.5.5 Índice (opcional) Listagem detalhada de palavras ou expressões ordenadas a partir de critérios específicos (nomes de pessoas, nomes geográficos, assuntos, dentre outros), com a indicação de sua localização no texto. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 69 CAPÍTULO IV Gilson Karkotli 4 TRABALHOS ACADEMICOS E TÉCNICO-CIENTIFICOS 4.1 ARTIGO CIENTÍFICO Para a elaboração do artigo científico, é necessário seguir orientações da ABNT NBR 6022 de Artigos em publicação periódica científica impressa – Apresentação conforme adaptação das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas para Trabalhos Acadêmicos. observadas as orientações Importante destacar que serão vistas anteriormente, salvo situações específicas para artigos científicos, conforme serão vistas a seguir. 4.1.1 Finalidade de um artigo científico • Comunicar os resultados de pesquisas, ideias e debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna; • Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos autores e das instituições a qual servem; • Servir de medida nas decisões referentes a contratação, promoção e estabilidade no emprego; • E um bom veículo para clarificar e depurar ideias; • Um artigo reflete a análise de um dado assunto, num certo período de tempo; • Serve de meio de comunicação e de intercâmbio de ideias entre cientistas de sua área de atuação; • Levar os resultados do teste de uma hipótese, provar uma teoria; • Registrar, transmitir observações originais. 4.1.2 Estrutura A estrutura de um artigo é composta de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 70 - Elementos Pré-Textuais a) Título e subtítulo (se houver) que deve ser centralizado e em negrito; b) nome do(s) autor(es) centralizados e em rodapé a titulação/curso; Como trabalho acadêmico geralmente se acrescentam após o nome dos alunos as seguintes informações: c) nome do professor solicitante e em rodapé a titulação/curso d) data e) resumo na língua do texto; e f) três palavras-chave na língua do texto. - Elementos Textuais a) Introdução - a introdução expõe o tema do artigo, relaciona-o com a literatura consultada, apresenta os objetivos e a finalidade do trabalho. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor. b) Desenvolvimento ou Corpo - o desenvolvimento ou corpo, como parte principal e mais extensa do artigo, visa expor as principais ideias. E, em essência, a fundamentação lógica do trabalho. Dependendo do assunto tratado, existe a necessidade de se subdividir o desenvolvimento nas etapas que seguem: Metodologia - é a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados. Deve permitir a repetição do experimento ou estudo com a mesma exatidão por outros pesquisadores; Resultados - é a apresentação dos dados encontrados na parte experimental. Esses podem ser ilustrados com quadros, tabelas, fotografias, entre outros recursos; Discussão - restringe-se aos resultados do trabalho e ao confronto com dados encontrados na literatura; c) Considerações finais - destaca os resultados obtidos na pesquisa ou estudo. Deve ser breve, podendo incluir recomendações ou sugestões para outras pesquisas na área. - Elementos pós-textuais a) Título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira; b) resumo em língua estrangeira; c) três palavras-chave em língua estrangeira; d) nota(s) explicativa(s); CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 71 e) referências; f) glossário; g) apêndice(s); h) anexos. Salienta-se que nos elementos pós-textuais as letras de a) a d) não são muito utilizadas, assim como, a letra f). A figura a seguir apresenta a sequência dos elementos do artigo científico: PRÉ-TEXTUAIS Título Subtítulo (opcional) 1 Acadêmicos 2 Professor Data Resumo Palavras-chave 1 INTRODUÇÃO 2 DESENVOLVIMENTO TEXTUAIS _________ 1 Curso e Instituição 2 Titulação, Disciplina e Período 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS PÓS-TEXTUAIS Figura 2: Apresentação dos Elementos no Artigo Científico Fonte: Silva, 2008 (adaptada pela autora, 2011). Assim, este é o modelo de Artigo Científico utilizado no USJ. Entretanto, cabe lembrar que esta estrutura pode mudar de acordo com a Revista Científica e/ou Evento Científico, que muitas vezes segue uma norma própria para a exposição de pesquisas dentro de seu contexto e área de conhecimento. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 72 4.2 FICHAMENTO Elaborar um fichamento de uma obra bibliográfica (livro, tese, artigo científico, etc.) consiste em armazenar (registrar) informações relevantes em fichas com o objetivo de investigar, compreender um tema, ou assimilar criticamente temas de sua formação acadêmica. A elaboração de fichas, como método de pesquisa bibliográfica, pressupõe a seleção e a anotação de dados relevantes, os quais serão, posteriormente, utilizados em revisões bibliográficas (fundamentação teórica) em trabalhos de grau. Essa característica exige que as anotações permitam uma redação futura sobre o tema, por isso não podem ser sintéticas demais, a ponto de serem incompreensíveis. Para muitos estudantes, que não estão acostumados a fazer fichamentos, essa prática parece demorada e desgastante, mas seu uso contínuo o levará a perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo no futuro, quando precisar dominar o tema na oralidade e/ou escrever sobre ele. 4.2.1 Estrutura do fichamento Como trabalho acadêmico deve apresentar: - Capa - Folha de Rosto - As fichas As fichas devem apresentar: a) Cabeçalho: Título genérico ou específico e a letra indicativa da sequência das fichas (A, B, C...), se for utilizada mais de uma. b) Referência: conforme as normas da ABNT, constantes na NBR6023/2002 (apresentada na primeira parte deste Manual). Deve-se repetir no início de cada ficha. c) Corpo da ficha: engloba os dados propriamente ditos - Informações sobre o autor e o contexto da obra; - resumo do conteúdo da obra; - citações diretas (transcrições significativas da obra). Neste caso, deve-se anotar o número da página, usar aspas, usar três pontos entre chaves na supressão CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) de palavras, usar uma linha 73 pontilhada na supressão de um ou mais parágrafos intermediários, observar o uso de aspas, itálico, maiúscula, pontuação, etc. por parte do autor, pois o texto não pode sofrer alteração; - as citações podem ser indiretas desde que respeitadas as normas da ABNT (NBR10520) apresentadas na primeira parte deste Manual; d) Comentários: que expressem a interpretação crítica do texto, baseando-se ou não em outros autores e obras; e) Ideação: devem-se apresentar as novas ideias (novas perspectivas) que surgiram durante a leitura reflexiva; e f) Fonte: local onde se encontra a obra (biblioteca, meio digital) 4.2.2 Formato O arquivo de fichas pode ser constituído por fichas de cartolina, retângulos de papel pautado de 12,5 x 20,5cm (modelo clássico), ou pode-se usar o papel A4 (21,0x20,7cm) cortado ao meio (se o objetivo é utilizá-las em redação de textos futuros), assim como os dados podem ser digitados em bancos de dados no computador, o que garante economia de trabalho e tempo. Qualquer arquivo de documento digitado pode ser impresso e catalogado como se fosse uma ficha comum. O importante é que os dados adequados e a estrutura da ficha sejam respeitados. A seguir apresenta-se o modelo de fichamento: C B Título genérico ou específico A Indicação bibliográfica (conforme as normas da ABNT - NBR6023/89) 1ª parte: apresentação objetiva das ideias do autor 1 – Resumo (baseado no esquema) 2 – Citações (entre aspas e páginas) 2ª parte: elaboração pessoal sobre a leitura 1 – Comentários (parecer e crítica) 2 – Ideação (novas perspectivas) Fonte: Biblioteca da Faculdade Decisão Figura 3: Modelo de fichamento Fonte: Adaptado de: HUHNE, L.M. (2000, p.64-65). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 74 4.3 RESENHA CRITICA A NBR 6028 da ABNT apresenta a resenha ou recensão como resumo crítico, cuja função é a análise interpretativa crítica de um texto. Andrade (1995, apud MEDEIROS, 2000, p.137) também define resenha como “um tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero.” Para a mesma autora, esse tipo de trabalho exige do estudante pesquisador conhecimento do assunto e maturidade intelectual para avaliar e emitir juízo de valor. Nas palavras de Medeiros (2000, p.141), “o procedimento do resenhista será seletivo, uma vez que não pode abarcar a totalidade das propriedades de um texto. O que relatar numa resenha depende da finalidade que se tem em vista, ou mesmo do tipo de leitor que se pretende atingir”. 4.3.1 Estrutura da resenha A resenha crítica, como trabalho acadêmico, deve apresentar inicialmente elementos pré-textuais: - Capa - Folha de rosto - Sumário (se necessário) Quanto ao corpo do texto Lakatos e Marconi (1995, apud MEDEIROS, 2000, p.141) apresentam um modelo para a prática de resenhas científicas: - Referência: conforme as normas da ABNT, constantes na NBR6023/2002 (apresentada na primeira parte deste Manual). Incluir o número e o formato das páginas. - Credenciais do autor: informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, Títulos, livro ou artigos publicados. - Resumo da obra: De que trata a obra? Qual sua característica principal? Exige algum conhecimento prévio para entendê-la? Descrição do conteúdo dos capítulos ou partes da obra. - Conclusões da autoria: Quais as conclusões a que o autor chegou? CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) - Metodologia da autoria: Que 75 método usou? Dedutivo? Indutivo? Histórico? - Comparativo? Estatístico? - Quadro de referência do autor: Que teoria serve de apoio ao estudo apresentado? - Qual o modelo teórico utilizado? - Crítica do resenhista (apreciação): Julgamento da obra. Qual a contribuição da obra? - As ideias são originais? Como é o estilo do autor: conciso, objetivo, simples? Idealista? Realista? - Indicações do resenhista: A quem a obra é dirigida (público leitor)? A obra é endereçada a que disciplina? Pode ser adotada em algum curso? Qual? Dependendo do gênero textual, algumas questões podem não ser respondidas, ou pode-se omitir um ou outro elemento da estrutura da resenha. No entanto, se for uma publicação científica, deve-se seguir os pontos salientados. A resenha pode ser um instrumento valioso de pesquisa, desde que a crítica não seja impressionista (gosto/não gosto). 4.4 RESUMO A norma da ABNT NBR 6028 (2003) define resumo como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto.” E essa mesma norma classifica os resumos como: - Indicativo: caracterizado como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. - Informativo ou analítico: pode dispensar a leitura do original, salientando o objetivo, método e técnicas, resultados e conclusões. - Informativo/indicativo: que combina os dois tipos. Como a NBR 6028 determina que deva ser usado somente um parágrafo que contenha entre 100 e 500 palavras (dependendo do gênero textual), sendo de 150 a 500 palavras os resumos de trabalhos acadêmicos, de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos, de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves. A CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 76 ABNT NBR 6028 (2003) afirma que os resumos críticos por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras. No entanto, resumo pode ser, também, outro tipo de trabalho acadêmico que consiste em uma seleção e síntese das ideias centrais extraídas de toda uma obra ou de um único capítulo, ressaltando a progressão e a articulação entre elas. Enquanto instrumento de estudo, o resumo constitui-se em uma forma prática de aprendizagem, pois favorece a assimilação de informações básicas da obra resumida. 4.4.1 Procedimentos para realizar um resumo a) Ler atentamente o texto a ser resumido, do início ao fim, certificando-se da compreensão global; b) observar a articulação das partes do texto, a progressão em que elas se sucedem; c) identificar as ideias centrais, os objetivos, os argumentos, os fatos, bem como os métodos e as conclusões do autor; d) redigir com linguagem objetiva, direta, clara e concisa as frases com sentido completo encadeadas entre si e não tópicos; e) escrever com suas próprias palavras, evitando copiar frases e expressões do texto original (se necessário, utilizar a inserção de citações conforme normas da ABNT, explicadas na primeira parte deste Manual); f) ser fiel às ideias do autor lido e respeitar a ordem em que foram apresentadas; g) agrupar as ideias que se relacionam entre si; h) desconsiderar conteúdos facilmente inferíveis e ignorar expressões explicativas; i) não usar expressões que exemplifiquem; e j) não inserir comentários ou julgamentos de valor. 4.4.2 Estrutura do resumo Um trabalho acadêmico em forma de Resumo deve apresentar elementos: - Pré-textuais: Capa Folha de Rosto - Textuais: CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 77 a) Referência (Conforme a NBR 6023/2002, apresentado na primeira parte deste Manual). b) Tipo de texto (didático, científico, literário, etc.). c) Resumo do conteúdo: assunto do texto, objetivos, métodos e técnicas de abordagem, critérios utilizados, os resultados e a descrição das conclusões. Os aspectos conteudísticos podem variar de um tipo de texto para outro. As ideias centrais do texto lido devem estar articuladas entre si de modo que o leitor não precise recorrer ao original para compreender o assunto tratado. Quanto à extensão, Medeiros (2000, p.126) afirma que um resumo que tenha 1/3 ou 1/4 da extensão primitiva tem a possibilidade de preservar os pontos essenciais do texto resumido. 4.5 SHORT PAPER A própria tradução destes termos já oferece uma base conceitual para este tipo de trabalho: pequeno, conciso, problema crucial, questão, tema específico. Conforme Rauen (2002, p.245), o objetivo desta composição textual é apresentar tópicos específicos de uma problemática dada. Para compreender melhor, observe um exemplo prático: diante de um texto (livro, observada, frequentemente aparecem artigo, tese) ou realidade certas singularidades ou partes mais específicas, o que permite afirmar que se pode analisar e discorrer apenas sobre uma destas partes. A decisão sobre qual ponto específico abordar pode ser definida pelo professor, o qual pode, também, deixá-la a critério do aluno. Deve ficar evidente, no entanto, que o fato de o short paper ou issue paper ter uma abrangência menor em termos de abordagem, não significa dizer que o conteúdo deva ser tratado com menor profundidade. Pelo contrário: a delimitação do tema aprofundamento do conteúdo. 4.5.1 Estrutura do short paper - Elementos pré-textuais: a) Título, e subtítulo (se houver) que deve ser centralizado e em negrito; b) nome do(s) autor(es) centralizados e em rodapé a titulação/curso; propicia o CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 78 Como trabalho acadêmico geralmente se acrescentam após o nome dos alunos as seguintes informações: c) nome do professor solicitante e em rodapé a titulação/curso d) data e) resumo na língua do texto; e f) três palavras-chave na língua do texto. - Elementos textuais: a) Introdução (1° parágrafo): objetivo do trabalho, delimitação (nessa é muito importante situar o objeto específico de reflexão dentro do contexto geral em que esta foi delimitada); b) desenvolvimento: posicionamento, avaliação, questionamento do autor em relação ao ponto específico que foi abordado; c) considerações finais (último parágrafo): síntese concisa das principais ideias defendidas no desenvolvimento do trabalho; - Elementos pós-textuais: a) Referências (de acordo com as normas da ABNT explanadas anteriormente neste Manual). 4.6 POSICION PAPER Também pensando na leitura de estudo, os acadêmicos podem construir um paper, quando o objetivo é deixar de ser um mero reprodutor de saber, ou reprodutor de informações, para ser um agente crítico da utilidade ou da não aplicabilidade do que se procura ensinar ou transmitir. Conforme Roth (1994 apud MEDEIROS, 2000, p.192), o paper é: “(a) uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, interpretação sobre essas descobertas; (b) um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; (c) um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas; (d) um trabalho que mostra que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica.” Segundo Rauen (2002, p.244), posicion paper é definido como uma “composição escrita, na qual se apresenta um posicionamento criativo e/ou reflexivo CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 79 próprio ou de grupo de autores, diante de estímulos escritos (livro, teses, artigo, etc.) e/ou áudios-visuais (cursos, palestras, eventos científicos, viagens, empresas, etc.)”. Com a produção de um posicion paper o acadêmico desenvolve sua criatividade mediante a reflexão e interpretação do que encontra em livros, artigos científicos, periódicos, assim como nos contextos empresariais, ambientais e societários. Em um paper espera-se, além da pesquisa bibliográfica, as descobertas pessoais, o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, um posicionamento definido diante do tema. (MEDEIROS, 2000, p.192) 4.6.1 Estrutura do posicion paper A estrutura do position paper pode ser assim disposta: - Elementos pré-textuais: a) Título, e subtítulo (se houver) que deve ser centralizado e em negrito; b) nome do(s) autor(es) centralizados e em rodapé a titulação/curso; Como trabalho acadêmico geralmente se acrescentam após o nome dos alunos as seguintes informações: c) nome do professor solicitante e em rodapé a titulação/curso d) data e) resumo na língua do texto; e f) três palavras-chave na língua do texto. - Elementos textuais: a) Introdução: apresentação do assunto, delimitação do tema, problema, objetivo e metodologia; b) revisão bibliográfica: sobre o assunto (no mínimo dois outros autores); c) reflexão e posicionamento crítico do autor do paper sobre o assunto; d) considerações finais; - Elementos pós-textuais: a) Referências (conforme a NBR 6023/2002, apresentado anteriormente neste Manual); b) Anexos (opcional) CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 80 4.7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC Existem vários conceitos sobre o que é Monografia. Na realidade diferem uns dos outros pelo nível de aprofundamento da pesquisa, os objetivos do estudo, a metodologia aplicada e a relação com a tese proposta. Pode-se dizer que a Monografia é um estudo científico, com tratamento escrito individual, de um tema bem determinado e limitado, que venha contribuir com relevância à ciência. A palavra monografia é a junção de dois radicais gregos; 'Mono', que significa um, e 'grafia' que significa escrita, é o trabalho escrito por uma única pessoa. Assim a formalização do trabalho científico é dividida em três tipos: Monografias – normalmente utilizadas para graduações e também adotadas para pós-graduações de cursos de especializações - as Dissertações são adotadas nos cursos de mestrado e as Teses para o doutorado. Cada um destes trabalhos apresenta um nível de abrangência e complexidade específico de cada formação. Basicamente, os trabalhos científicos apresentam a mesma estrutura (introdução, desenvolvimento e recomendações finais), diferenciando, nos objetivos, profundidade, metodologia usada, defesa, etc. Dessa forma, as monografias caracterizam-se pela exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente. O trabalho de pesquisa pode ser denominado monografia quando é apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de especialista, ou pode ser denominado Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), quando é apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso. Durante a redação de trabalhos acadêmico-científicos, é visível a preocupação dos acadêmicos com elementos formais do trabalho, tais como: extensão do texto, apresentação da página, estruturação da matéria, anexos, citações, referências, notas, tabelas, tipologia dos Títulos, numeração das folhas e das seções. Assim, as presentes orientações visam aliviá-los dessa carga, liberando suas energias para o elemento substancial do trabalho: o conteúdo. As orientações contidas neste trabalho se propõem a ser um guia prático e cômodo. Derivam tanto das práticas vigentes nas universidades quanto das recomendações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 81 • REDAÇÃO TÉCNICA DO TCC A redação de um trabalho científico deve ser realizada após a fase da leitura, ou seja, após a leitura interpretativa e o devido fichamento, desta forma: a) Consiste basicamente no texto escrito, que deve ser fundamentado e bem estruturado, e que consiga transmitir ao leitor as ideias e concepções do autor com clareza, objetividade e concisão; b) Deve ser apresentado com introdução, desenvolvimento e conclusão. c) Deve se evitar a discussão de um determinado assunto em várias partes do trabalho sem esgotá-lo e sem a devida necessidade; d) A obediência às regras gramaticais e ortográficas deve ser criteriosamente atendida; e) A redação, de preferência, deve ter o caráter impessoal (3ª pessoa do singular, mais a partícula “se”) evitando-se a primeira pessoa, principalmente a do singular, salvo em citações; f) Deve-se evitar o uso da linguagem popular (coloquial) ou extravagante, bem como as que atribuem referências grandiosas sem que possam ser aceitas ou cientificamente comprovadas; g) Deve-se ter a cautela de não efetuar ou sugerir conclusões durante o desenvolvimento do texto, principalmente com opiniões próprias; h) A ambiguidade deve ser evitada com a utilização de termos que expressem clara e objetivamente o que se pretende mostrar; i) Os parágrafos devem ser claros e objetivos, sendo construídos por uma ideia central, a qual pode ser complementada por ideias secundárias. • ALGUMAS SUGESTÕES - Leia e releia várias vezes o texto que você escreveu; - Coordene suas ideias como se estivesse contando uma história. O seu texto deve ter início (introdução), meio (desenvolvimento) e fim (conclusão); - Leia o texto que produziu, o faça como se fosse uma pessoa leiga no assunto. Este deve ser plenamente inteligível pelo leitor; - Solicite a uma terceira pessoa, de bom conhecimento técnico ou nível escolar, para ler e fazer críticas sobre o seu trabalho, pois a leitura demasiada de nossos próprios trabalhos torna-nos cegos para determinados pontos; - Evite o abstrato, seja simples e direto na sua escrita; CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 82 - Nunca, mas nunca mesmo, entregue o seu trabalho sem uma boa revisão gramatical, ortográfica e metodológica. ELEMENTOS PRE-TEXTUAIS Conforme estrutura apresentada no corpo deste manual (exemplos/modelos) no item 3. Entretanto algumas observações são necessárias: - Capa - é a cobertura externa do material flexível (brochura) ou rígido (capa dura ou cartonada). E indispensável que contenha o nome do autor, o Título, a nota indicando a natureza acadêmica (grau área e/ou disciplina), a unidade de ensino, a instituição, local e ano. - Folha de equipe técnica A folha da equipe técnica deve registrar o nome do estagiário, seu supervisor de campo, orientador de conteúdo, orientador de metodologia e, por fim, o nome do coordenador de estágio. - Dados de identificação da empresa DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) b) c) d) Razão social Endereço Setor de desenvolvimento da pesquisa Carimbo e visto da empresa CARIMBO DA EMPRESA COM CNPJ Observação: deve constar no Projeto e Trabalho de Conclusão do Curso Os dados de identificação da Empresa servem para informar o local e duração do estágio e o nome do supervisor, bem como conter o carimbo e visto da Empresa em que o estágio foi realizado. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 83 Os demais tópicos dos elementos pré-textuais (resumo, listas, sumário) seguem o item 3 do Manual de Metodologia conforme esclarecido anteriormente. ELEMENTOS TEXTUAIS Texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser dividido em capítulos e subseções. Cada seção primária deve iniciar em folha própria. Consiste em introdução, desenvolvimento e considerações finais. Considerando a plena observação dos ELEMENTOS PRE-TEXTUAIS, a sugestão da estrutura dos capítulos do Trabalho de Conclusão de Curso para os ELEMENTOS TEXTUAIS é apresentada a seguir. O desenvolvimento é a parte principal e mais extensa do trabalho, é o corpo do mesmo. Consiste na fundamentação lógica do tema cuja finalidade é expor, explicar, demonstrar as suas principais ideias, com objetividade, clareza e impessoalidade. De acordo com o tema, o desenvolvimento poderá ser dividido em partes (capítulos) conforme permite o assunto. Não existe uma divisão única para todo tipo de trabalho. A divisão mais própria e adequada para cada trabalho deve surgir de sua própria natureza, sua maior ou menor complexidade. Sugere-se dividir o assunto no menor número possível de partes e subdividir cada parte no menor número de elementos. 1 INTRODUÇÃO A introdução é a parte inicial de um trabalho científico, mas deverá ser a última a ser definitivamente redigida. Este capítulo deverá apresentar, na sequência, os seguintes dados: apresentação do assunto ou do tema, local onde foi efetuado o estágio e que originou a pesquisa, a justificativa da escolha, a especificação do problema, o objetivo geral e os específicos e a organização do trabalho. A seguir, apresentam-se esclarecimentos sobre esses aspectos, os quais podem estar elaborados em parágrafos encadeados entre si. . Apresentação do assunto Apresentar de forma breve o assunto no qual a investigação está inserido (área de estudo) e citar de modo claro, objetivo e preciso o tema do trabalho, indicando o ponto de vista sob o qual será enfocado no desenvolvimento. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 84 . Local onde foi efetuado TCC Identificar qual a instituição/empresa em que o acadêmico efetuou seu TCC. Devese abordar características como: nome da instituição (caso seja autorizado), número de empregados, setor da economia, missão, etc. .Especificação do Problema Aqui deve ser destacada a oportunidade do assunto e a importância do problema. E neste item que deve ser formulada a pergunta de pesquisa, que, em última instância, será a pergunta norteadora do trabalho. .Justificativa Explicar as razões de ordem teórica e os motivos de ordem prática que levaram o autor do trabalho a estudar tal tema específico e não outro qualquer, ou que tornaram importante a realização do mesmo. Portanto, deve-se mostrar a importância e a relevância do estudo deste tema para a empresa, ciência, sociedade e para o próprio autor do trabalho, com criatividade e capacidade de convencer sobre a importância do mesmo no campo da teoria existente. Deve-se mostrar também qual a contribuição que tal estudo pretende proporcionar para o problema abordado. E importante que ao fazer trabalhos tanto teóricos quanto voltados para atividades práticas, o acadêmico estabeleça limites no tempo e no espaço. Assim, deve-se situar o tempo e espaço em que o tema será estudado porque se torna impossível conhecer e analisar dados referentes a um período muito longo ou área muito extensa. .Objetivos A formulação dos objetivos significa definir com precisão o que se pretende com este trabalho, o que propõe fazer, que aspectos pretende analisar no desenvolvimento do assunto. Os objetivos referem-se ao propósito do estudo, dando informações claras sobre o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa. Os objetivos devem ser redigidos com o verbo no infinitivo. Podem ser subdivididos em objetivo geral e objetivos específicos. - Objetivo geral: é o propósito maior do trabalho. O resultado final a ser alcançado. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 85 - Objetivos específicos: tem um caráter mais concreto e experimental, especificando as etapas a serem cumpridas para alcançar o objetivo geral. - Organização do trabalho Para que o leitor possa compreender melhor o que encontrará ao longo do trabalho, é importante que se relate como o trabalho está organizado. Para tanto, deve-se apresentar, resumidamente, quais as partes do desenvolvimento do trabalho e o que contém cada parte. Lembre que essas partes devem estabelecer relações de sentido entre si e a sequência em que são apresentadas deve facilitar a interpretação do seu leitor. 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A pesquisa efetuada na instituição/empresa, que independente da área a ser analisada da instituição/empresa deverá conter as seguintes informações: . Nome da empresa e forma jurídica. . Missão, Visão, Valores. . Organograma, Fluxograma. . Ramo, atividade(s) principal e acessórias. . Bens que fabrica ou serviços que presta. . Número total de empregados e sua distribuição nas áreas da empresa. . Valor mensal e anual de vendas. . Capital atual e sua evolução nos anos anteriores. . Número de acionistas e ações (se for o caso). . Data da fundação. . Fases principais de seu desenvolvimento. . Horário de trabalho. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo é destinado a apresentar os estudos existentes sobre o tema do estágio ou estudos focados sobre o mesmo problema apresentado no trabalho. A CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 86 fundamentação teórica permite que o autor tenha clareza na formulação do problema, obtenha subsídios para formulação de hipóteses ou suposições, bem como indicações de métodos de coleta e tratamento de dados adequados. São inúmeras as fontes de informação para a fundamentação teórica, entre elas: livros, periódicos, dissertações, anais de congressos, teses, relatórios de pesquisa, informações em meio digital, etc. Todo trabalho científico deve basear-se em trabalhos de outros cientistas, pois é dessa forma que a ciência progride. Teorias científicas podem ser questionadas e novas teorias podem ser propostas. Por isso, é essencial que durante a revisão de literatura (outro nome para a fundamentação teórica) o pesquisador preste atenção aos métodos usados e conceitos formulados por autores diferentes. E no modo como o pesquisador relata os diferentes pontos de vista de diversos autores que as contradições entre eles são apontadas. A revisão de literatura contextualiza e dá consistência a sua pesquisa, ou seja, ela respalda suas hipóteses, os métodos escolhidos, por isso o conhecimento obtido com a fundamentação teórica deve ser “utilizado” na análise e discussão dos dados. Na fundamentação teórica não cabem opiniões pessoais, por isso evite fazer inferências, propor ideias, definir objetivos, concluir. Mas o conhecimento obtido pelo pesquisador, ao longo do seu curso, pode ser utilizado na forma como as ideias dos autores são parafraseadas e articuladas entre si. Somente no capítulo da análise e interpretação dos dados que o pesquisador pode imprimir seu “eu” no trabalho. A revisão de literatura não é uma sobreposição de citações literais. Um abuso de citações transcritas deixa o texto cansativo. Procure comparar o que dizem os autores sobre um mesmo aspecto da temática. Utilize citações diretas e também indiretas, conforme orientações na primeira parte deste manual. A fundamentação teórica demonstra o quanto o pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em investigação, por isso procure obras recentes e de procedência respeitável das mais diversas fontes (mídia, livros, periódicos, etc.), mas tenha cuidado com alguns textos on-line em sites não confiáveis. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 87 4 METODOLOGIA O método utilizado na pesquisa científica é de suma importância, pois permite ao leitor uma análise da sua validade científica e da viabilidade, ou não, da generalização dos resultados obtidos. Por isso, ao redigir esta parte, deve-se usar uma linguagem clara e apresentar todas as informações que possibilitem a repetição da pesquisa. Portanto, descrevem-se as etapas da pesquisa, informando “como”, “quando”, “em que condições”, “com que instrumentos” a investigação e análise foram realizadas. Como o relato descreve a pesquisa já realizada, usa-se o verbo no tempo passado. Para definir o método mais adequado, deve-se observar o problema e os objetivos estabelecidos. Para um melhor entendimento desta etapa, este capítulo deve apresentar as seguintes seções: 4.1 NÍVEIS DE PESQUISA Descreve-se a característica da pesquisa. Como existem algumas divergências de nomenclatura entre autores diversos, adotamos aqui as mais utilizadas contemporaneamente: a) Estudos exploratórios (Desk research): envolvem levantamentos bibliográficos e documentais (dados secundários), assim como entrevistas informais com pessoas especializadas no assunto, ou estudos de caso selecionados. O objetivo é proporcionar maior compreensão do fenômeno que está sendo investigado. Normalmente “é a primeira etapa de uma investigação maior que também abrangerá outros níveis de pesquisa.” (ACEVEDO, C.R. et al, 2007, 46) b) Estudos descritivos (ad-hoc): descreve-se o fenômeno pesquisado a partir de dados primários obtidos por instrumentos como entrevistas, discussões de grupo, questionários, etc. Segundo Acevedo et al (2007, p.46), pode ser utilizada pelo investigador quando o objetivo do estudo for: (1) descrever as características de um grupo; (2) estimar população que apresente a proporção características dos ou elementos de determinada comportamentos de interesse do pesquisador; (3) descobrir ou compreender as relações entre os constructos envolvidos no fenômeno em questão. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 88 Rauen (2002) classifica a pesquisa descritiva como quantitativa ou estatística (quando as informações são solicitadas a uma população/amostra estatisticamente significativa para posterior análise qualitativa/quantitativa) e qualitativa ou de caso (quando a pesquisa vai além da simples identificação da existência entre variáveis e pretende determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, normalmente são usadas entrevistas individuais ou discussões de grupo. c) Estudos explicativos: procura-se identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Tem-se a finalidade de explicar por que o fenômeno ocorre, ou quais fatores causam ou contribuem para sua ocorrência. A pesquisa explicativa pode ser a continuação da pesquisa descritiva, mas exige maior rigor usando o método experimental, o que nem sempre é possível nas ciências sociais, porque nem sempre é possível um alto grau de controle das variáveis. Nas ciências sociais os métodos observacionais são mais utilizados do que os experimentais. Isso não significa que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, pois mesmo em pesquisas experimentais constituem etapas prévias indispensáveis. 4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA Apresentam-se os métodos que serão utilizados na coleta de dados. De acordo com Acevedo et al (2007, p.48), entre os mais usados em Administração estão: a) Levantamento bibliográfico: pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de material já elaborado, como livros, artigos científicos, etc., sobre o tema estudado. Deve-se selecionar, interpretar e discutir essas obras com o objetivo de buscar teorias, conceitos, hipóteses, métodos e técnicas utilizados em projetos semelhantes e resultados alcançados, mas com muita criticidade para repetir possíveis erros cometidos por outros pesquisadores. b) Registro de arquivos ou estatísticas governamentais: análise de dados coletados anteriormente com outra finalidade que não o estudo em questão, como dados estatísticos do governo, registros de cartórios, etc. c) Pesquisa experimental (usada somente no nível explicativo, exige controle e manipulação de variáveis independentes). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) d) Levantamentos (Surveys): 89 coleta de informações de todos os integrantes do universo pesquisado ou da amostra significativa desse universo para em seguida, mediante análise quantitativa, obter conclusões correspondentes aos dados coletados. e) Pesquisa ex-post-facto: Assemelha-se a experimental no sentido de que compara uma situação “experimental” com uma situação de controle. A diferença, porém, está em que a situação experimental ocorre espontaneamente na natureza, sem a manipulação ou controle pelo pesquisador. Como afirma Gil (1999, p.69), consiste na “investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes [...]” f) Estudo de caso: análise em profundidade de um, ou um grupo de elementos (indivíduos ou organizações). Focalizam-se acontecimentos contemporâneos e não se manipulam variáveis independentes. As generalizações são analíticas e não estatísticas. (ACEVEDO et al, 2007, p. 51) g) Grupo de foco: questionamento verbal que visa discutir o assunto em profundidade com um grupo na presença de um moderador. Na entrevista em profundidade há apenas um entrevistado. As questões podem ser não-estruturadas ou semi-estruturadas. h) Pesquisa comportamento naturalistica: observação do sujeito da pesquisa em seu natural. Por exemplo: Pesquisa etnográfica ou pesquisa participante que se caracteriza pelo envolvimento dos pesquisadores e dos pesquisados, ou seja, o observador pertence ao grupo que investiga. i) Observação sistemática: o pesquisador conhece previamente os aspectos do comportamento que serão registrados, pois ele sabe quais aspectos da população, ou amostra, são significativos para alcançar os objetivos pretendidos. Por isso, elabora um plano de observação. 4.3 DEFINIÇÃO DA ÁREA E POPULAÇÃO-ALVO Consiste em descrever a estrutura da área (local, ou locais, onde a pesquisa se desenvolveu), incluindo a quantidade de pessoas que nela atual (quando se trata de um departamento ou uma organização). Se for uma pesquisa de mercado deve ser apresentada uma descrição da população-alvo potencial (clientes, competidores, fornecedores, etc.) Nesse caso, Amostragem. deve-se especificar o Plano de CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 90 4.4 UNIVERSO E AMOSTRA Tanto a pesquisa científica de natureza quantitativa, quanto a qualitativa tem por objetivo estabelecer generalizações, a partir da observação de grupos de indivíduos chamados de população ou universo. A amostra é uma parte significativa da população, determinada por um processo de amostragem. Deve-se especificar o tipo de amostragem empregado no estudo e justificar por que foi feita essa opção. Entre os tipos de amostragens mais usadas nas ciências sociais tem-se: a) A probabilística (fundamentada em leis estatísticas) que se subdivide em: . Aleatória simples: é necessário ter uma lista completa dos elementos da população e selecionar a amostra através de um sorteio, sem restrição. De acordo com Barbetta (2006, p.45), nessa amostragem cada elemento tem a mesma probabilidade de pertencer a amostra. . Aleatória estratificada: divide-se a população em estratos homogéneos, ou subgrupos (classe social, idade, sexo, nível de instrução, nível hierárquico,etc.) e, ao se especificarem os estratos, seus elementos são selecionados pela técnica aleatória simples. A amostra é obtida através da agregação das amostras de cada estrato. O pesquisador pode manter a proporção do tamanho de cada estrato, ou selecionar a mesma quantidade de elementos em cada estrato. . Sistemática: os elementos são obtidos por um intervalo (I), que é dado pela divisão do número do tamanho da população (P), pelo número do tamanho da amostra (n) que se quer formar (I=N/n). Assim, inicia-se a escolha do primeiro elemento, a partir de um número dentro do intervalo estabelecido. O segundo elemento será encontrados somando-se ao primeiro elemento o intervalo encontrado. . Por conglomerados: consiste na divisão da população por agrupamentos menores (bairros, quarteirões e domicílios) que são sorteados para composição dos elementos da amostra de forma aleatória. b) A não probabilística (baseada em critérios apresentados pelo pesquisador) que se subdivide em: . por cotas: a população é vista como segregada, dividida em diversos subgrupos e seleciona-se uma cota de cada subgrupo, proporcional ao seu CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 91 tamanho. O investigador objetiva obter uma amostra que seja semelhante, sob alguns aspectos, a população. . por conveniência: as pessoas são selecionadas de acordo com a conveniência do pesquisador, pois são os sujeitos que estão ao se alcance. . por julgamento: os sujeitos são selecionados segundo um critério específico de julgamento do investigador, que baseia sua decisão em suas crenças sobre o que o elemento selecionado possa oferecer ao estudo. . por tráfego: consiste em entrevistar pessoas que trafegam por determinado local. . autogerada: compõe-se a amostra a partir da indicação de alguns elementos já localizados, ou seja, os primeiros elementos indicam para o pesquisador outras pessoas que também fazem parte do universo. Dependendo do autor consultado, encontram-se outras nomenclaturas ou outros tipos de amostragens. Desde que o autor seja citado, essas outras tipologias podem também ser usadas. O tamanho da amostra é variado, pois depende dos recursos disponíveis, tempo dos pesquisadores, assim como deve-se levar em conta a heterogeneidade da população e os tipos de parâmetros que se quer estimar (proporções, médias, etc.). O pesquisador deve ter duas preocupações: Quantos indivíduos deve ter a amostra para que represente, de fato, a totalidade de elementos da população? Como selecionar os indivíduos, de maneira que todos os casos da população tenham possibilidades iguais de serem representados na amostra? Além de descrever o Plano de Amostragem, é importante apresentar o Perfil da Amostra, que em Administração normalmente é fornecido com base em dados demográficos e sócio-econômicos (sexo, idade, nível de instrução, número de horas trabalhadas, classe social, posição/cargo que ocupa na organização, etc.). Esses indivíduos selecionados precisam ter características em comum naquele determinado estudo. 4.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS: Existem variados instrumentos e diferentes modos de operacionalizá-los. Os mais comumente usados em mas também em qualitativos, são: estudos predominantemente quantitativos, CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 92 a) Observação: procura-se perceber as formas de manifestação do fenômeno de forma sistemática ou assistemática; b) Questionário: elaborado com perguntas (fechadas, abertas, semi- abertas, dicotômicas, encadeadas, com matriz de resposta, ordem de preferência, etc.) que são entregues e recebidas por escrito, não exigindo o contato face-aface entre o pesquisador e o pesquisado. c) Entrevista: as perguntas são feitas oralmente e as respostas registradas pelo próprio entrevistador. Ela pode ser estruturada (segue um roteiro previamente elaborado); guiada (há um inventário mínimo de perguntas que não deixa o respondente totalmente livre para seus comentários) e não-estruturada (o entrevistador estimula o assunto e deixa o respondente livre para construir suas considerações). Em estudos qualitativos ainda são usados instrumentos como: a análise do conteúdo; o estudo de caso; a história oral e a história de vida, associados na maioria dos casos a observação assistemática e a entrevista não-estruturada. Após a descrição dos instrumentos utilizados na obtenção dos dados, deve-se apresentar o processo de ordenação e organização dos dados com vistas a sua análise e interpretação. 4.6 FORMA E ANÁLISE DOS DADOS Devem-se descrever os procedimentos estatísticos e analíticos selecionados. Entre os procedimentos relevantes estão a classificação, a codificação e a tabulação dos dados. A tabulação pode ser manual ou eletrônica. As análises estatísticas dos dados têm seus procedimentos descritos em Manuais de Estatística. Quando os resultados forem de ordem linguística e os dados obtidos forem de ordem discursiva (no caso de perguntas abertas) a técnica recomendada é a análise do conteúdo. Essa técnica pressupõe que o pesquisador seja capaz de empreender uma leitura analítica, bem como utilize os objetivos como critério de realimentação constante da análise. Para Acevedo et al (2007, p. 53), “a interpretação dos significados é a essência dos delineamentos qualitativos.” CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 93 5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Consiste em apresentar os dados levantados durante o estudo, que são descritos e analisados, dando origem, se for o caso, a sugestões e/ou propostas de melhorias para a organização. A análise dos dados consiste em usar o conhecimento teórico (fundamentação teórica) obtido durante a pesquisa bibliográfica e redação do capítulo 3 para verificar se as hipóteses iniciais sobre o problema foram, ou não, confirmadas, tendo como critérios os objetivos norteadores da pesquisa. O pesquisador deve usar de ilações, generalizações e/ou deduções compatíveis e pertinentes, com base nos instrumentos de que a lógica dispõe. Ao interpretar os resultados, o pesquisador pode fazer analogias com estudos assemelhados, destacando pontos em comum e pontos de discordância. A interpretação dos resultados pode evidenciar soluções para o problema levantado, apontar para novos problemas, bem como gerar mais dúvidas do que certezas. Para Rauen (2002, p. 143), “[...] interpretar implica uma busca de um sentido mais explicativo dos resultados da pesquisa. Significa ler através dos Índices, dos percentuais obtidos, a partir da medição e da tabulação dos dados”. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS As considerações finais consistem em respostas ao tema anunciado na introdução, sendo uma síntese dos principais argumentos dispersos pelo trabalho, de forma breve, concisa, firme e exata, revendo assim, as principais contribuições que trouxe tal estudo. Importante observar que os Títulos das partes devem exprimir de forma clara, direta e precisa o tema nelas contido. No desenvolvimento, é importante que o autor do trabalho mostre que obras foram consultadas, fazendo as devidas referências, de acordo com as normas de citação direta e indireta da ABNT. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS REFERÊNCIAS (conforme item 3 deste manual). CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 94 APÊNDICES E ANEXOS Apêndices e anexos são materiais complementares ao texto que só devem ser incluídos quando forem imprescindíveis a compreensão deste. Apêndices são textos elaborados pelo autor a fim de complementar sua argumentação. Anexos são documentos não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, comprovação ou ilustração, como mapas, leis, estatutos, entre outros. O apêndice deve aparecer após as referências e anterior ao anexo, porém, ambos devem constar no sumário. Declaração da Empresa A declaração da empresa tem por objetivo deixar registrado e atestar o conhecimento da empresa da realização do TCC e sua autorização. É a autorização para publicação. Este item deve aparecer no apêndice do TCC e não dentro do trabalho. A autorização para publicação é um termo emitido pela Empresa, autorizando a Faculdade, a publicar, em sua Biblioteca, o TCC executado durante o curso. MODELO DE FOLHA DE AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA (FOLHA TIMBRADA) AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA São José, XX DE XXXX DE 200X A empresa <RAZAO SOCIAL OU NOME FANTASIA>, pelo presente instrumento, autoriza o Centro Universitário Municipal de São José, a publicar, em sua Biblioteca, o Trabalho de Conclusão executado durante o perído do curso disciplinas TCCI e TCCII, pelo (a) acadêmico (a) <NOME DO ACADÊMICO>. ________________________ (nome do responsável pela empresa) ( CARIMBO) A folha de assinaturas é composta pelos nomes dos responsáveis técnicos do trabalho com suas referidas assinaturas. CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Manual de Metodologia Científica do USJ 2011-1 Profª. MSc. Renata Silva (Org.) Prof. Dr. Gilson Karkotli (Org.) 95 REFERÊNCIAS ACEVEDO, C. R. et al. Monografia no curso de administração: guia completo de conteúdo e forma. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Loyola, 1999. 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