AS TIC COMO ESTRATÉGIA DE AMPLIAÇÃO DA
INTERNACIONALIZAÇÃO ACADÊMICA DA PÓSGRADUAÇÃO STRICTO SENSU
Santa Cruz do Sul – RS – Maio/2013
LANZARINI, Joice Nunes - UNISC - [email protected]
OLIVEIRA, Cláudio J. de - UNISC - [email protected]
GUSTSACK, Felipe - UNISC - [email protected]
Classe:1
Categoria: A
Setor Educacional: 3
Área da Pesquisa em EAD: C/I/M
Natureza: B
RESUMO
A transposição das fronteiras de educação superior, facilitada pelas TIC, pode
trazer uma contribuição significativa para a qualidade da educação mas para
isso, segundo a UNESCO, as IES precisam saber como aproveitar o potencial
das TIC para qualificar suas ações. Os Programas de Pós-Graduação Stricto
Sensu, têm se consolidado como um espaço privilegiado para a produção e
socialização do conhecimento a partir de suas ações de pesquisa em todas as
áreas. Estes cursos são avaliados também pelo grau de internacionalização
dos seus programas e de suas produções. Mas, de que maneira estes cursos
têm se apropriado das TIC para ampliar a sua internacionalização acadêmica?
Para responder esta questão, realizamos uma pesquisa qualitativa, na qual
foram analisados o Documento de Área 2013 – Educação e as Propostas
Pedagógicas dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Área de
Educação - PPGEdu ofertados no RS. Em cada proposta, destacamos as
ações desenvolvidas por meio das TIC e seus objetivos. Desta maneira foi
possível perceber como os diferentes PPGEdu estão se apropriando do
potencial destas tecnologias para qualificar seus Projetos Pedagógicos e,
principalmente, como as tem adotado como estratégia e ampliação da sua
Internacionalização.
Palavras-chave: Internacionalização; Programas de Pós-Graduação;
Educação Superior; Tecnologias da Informação e da Comunicação;
2
1 – Apresentação
O estudo apresentado neste artigo trata-se de um recorte da pesquisa
Experiência em Formação de Professores: Narrativas Pibidianas acerca das
Tecnologias da Informação e da Comunicação (LANZARINI, 2014),
desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC e que tem, entre outros objetivos,
conhecer as experiências de trabalho com as TIC vivenciadas por professores
em formação ao longo do processo de simetria invertida e compreender a
influência destas experiências na maneira como futuros professores se
apropriam destas mesmas tecnologias nas suas práticas docentes.
Os estudos e as reflexões produzidas a partir da referida pesquisa nos
permitiram ampliar as discussões acerca das tecnologias e como estas vem
sendo percebidas e incorporadas no meio acadêmico.
Partimos do pressuposto que
[...] o mundo de hoje está conectado em redes de comunicação e de
mobilidade e a educação não pode ficar à margem desse processo,
pois a transposição das fronteiras de educação superior, facilitada
pelas tecnologias da informação e da comunicação – TIC, pode trazer
uma contribuição significativa para a educação de qualidade
(OLIVEIRA E CASTRO, 2013, p.7).
Nesse sentido, a UNESCO, na Declaração Mundial sobre Educação
Superior no Século XXI: Visão e Ação, destaca que as Instituições de Ensino
Superior – IES precisam saber aproveitar as vantagens e o potencial das TIC,
“cuidando da qualidade e mantendo níveis elevados nas práticas e resultados
da educação, com espírito de abertura, igualdade e cooperação internacional”
(UNESCO, 1998), entre outras maneiras:
a) participando da constituição de redes, da transferência de
tecnologia, do desenvolvimento de materiais pedagógicos e intercâmbio de
experiências de aplicação ao ensino, à formação e à pesquisa;
b) criando novos ambientes de aprendizagem capazes de reduzir
distâncias e de desenvolver sistemas de maior qualidade em educação,
contribuindo para o progresso social, econômico e a democratização, assim
com outras prioridades relevantes para a sociedade, assegurando, contudo,
que o funcionamento destes novos espaços virtuais criados a partir de redes
regionais, continentais ou globais, ocorram em um contexto de respeito às
identidades culturais e sociais;
c) considerando que as novas possibilidades abertas pelas tecnologias
da informação e da comunicação e percebendo que são, sobretudo, as IES que
se apropriam dessas tecnologias para modernizar o seu trabalho, e não as TIC
que se utilizam da IES presenciais para transformá-las em instituições virtuais.
Os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, têm se consolidado,
segundo Oliveira e Castro (2013, p.9) como “um espaço privilegiado para a
formação de profissionais de alto padrão de qualidade e para a produção e
socialização do conhecimento” a partir de suas ações de pesquisa em todas as
áreas. Considerando sua natureza de berço da produção científica e da
circulação do conhecimento,
[...] a pesquisa e a pós-graduação no Brasil são avaliadas também
pelo grau de internacionalização dos seus programas e de suas
produções. Quanto mais presente se fizer essa característica nos
cursos e/ou programas melhor será a classificação dos mesmos, pois
parte-se do princípio de que o grau de impacto na qualidade será
maior. (MOROSINI, 2011, p.97)
Olhando para os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu a partir
das recomendações da UNESCO aqui apresentadas, nos questionamos como
estes têm conseguido “aproveitar as vantagens e potencial das TIC e da
Educação à Distância” na organização dos seus Projetos Pedagógicos e mais
especificamente, se a apropriação das TIC por parte destes Programas tem
sido mencionada como estratégia de ampliação da internacionalização
acadêmica dos mesmos.
Assim, neste texto, apresentamos o estudo destas questões, realizado
a partir das Propostas dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu –
Mestrado Acadêmico e Doutorado na área da Educação ofertados no RS e do
Documento de área 2013 – Educação (CAPES, 2014a), que sintetiza as
avaliações dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da área de
Educação no Brasil no triênio 2010-2012. Estes documentos integram os
Cadernos de Indicadores da Avaliação da Pós-Graduação (CAPES, 2014b),
disponibilizados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - CAPES, para acesso público, no sitio institucional.
A escolha por desenvolver este estudo a partir da análise das
Propostas do PPGEdu ofertados por Universidades Gaúchas levou em
consideração não somente o fato de estarmos inseridos nesse contexto, mas
também o fato do RS, juntamente com o RJ serem os únicos estados
brasileiros que compreendem um conjunto de PPGEdu que representam todos
os conceitos de avaliação emitidos pela CAPES (3, 4, 5, 6 e 7), conforme
mostra a Tabela 1(CAPES, 2014c)
UNIVERSIDADE
NOTA
TRIÊNIO
20102012
UNIVERSIDADE
NOTA
TRIÊNIO
20102012
Universidade A
6
Universidade H
4
Universidade B
5
Universidade I
3
Universidade C
5
Universidade J
4
Universidade D
3
Universidade K
3
Universidade E
6
Universidade L
4
Universidade F
7
Universidade M
4
Universidade G
4
Universidade N
4
Tabela 1 – Avaliação dos PPGEdu das Universidades Gaúchas
Na avaliação do triênio 2010-2012, divulgada pela CAPES (CAPES,
2014c), de um total de 124 Programas de Pós Graduação Stricto Sensu
(Mestrado Acadêmico e/ou Doutorado) na área da Educação – PPGEdu
apenas 9 atingiram conceito 6 ou 7 e destes, 3 são universidades gaúchas.
Esses dois conceitos (6 e 7), de acordo com o Documento de Área 2013
Educação (CAPES, 2014ª), evidenciam, entre outros aspectos, a inserção
internacional indicada por um nível de qualificação da produção equivalente
aos centros internacionais de excelência na formação de pesquisadores e
professores para a pós-graduação.
De acordo com o referido documento publicado pela CAPES, a
internacionalização, na área da Educação, vem sendo desenvolvida em torno 4
eixos:
a)
publicações em livros e periódicos internacionais,
b)
pesquisas e outras atividades em rede que normalmente
culminam em publicações de livros e periódicos conjuntos,
c)
participação de professores e pesquisadores em programas
estrangeiros na qualidade de professor visitante, assim como de
professores estrangeiros nos programas brasileiros
d)
cooperação internacional, envolvendo trânsito de alunos seja para
países que oferecem programas mais consolidados em termos de
encaminhamento e recepção de alunos em programas do tipo
sanduíche ou para países menos desenvolvidos, na forma de
programas para a formação em ações e atividades desenvolvidas com
a África e alguns países da América Latina.
Assim, ao realizar a leitura dos documentos já mencionados, fomos
destacando todas as ações relacionadas a estes quatro eixos, desenvolvidas
por meio das TIC e seus objetivos. A síntese desses destaques nos permitiu
atingir os objetivos deste estudo.
2 - As TIC e o processo de internacionalização da Educação Superior
De acordo com Oliveira e Casto (2013, p.3),
[...] o processo de internacionalização da educação superior vem
sendo delineado ao longo do tempo pelo avanço das tecnologias da
informação e comunicação, que têm proporcionado intercâmbios
acadêmicos cada vez mais dinâmicos e acessíveis [...]seja por
aspectos relacionados à mobilidade de pessoas, a circulação de
programas, a abertura de campi e a instalação de instituições fora do
seu país de origem.
Essa internacionalização, segundo Ranieri (2004, p.7)
“é inerente ao desenvolvimento do ensino superior e sua expansão é
inevitável diante da sociedade globalizada, seja em razão da
facilidade com que as pessoas se deslocam pelo mundo, seja em
razão dos avanços dos meios de comunicação, especialmente a
internet, que permite a educação a distância”.
A CAPES tem fomentado a ampliação da internacionalização das
Instituições de Ensino Superior – IES, seja por meio de editais que incentivem
a mobilidade acadêmica de estudantes e professores dos cursos de graduação
e pós-graduação ou através de editais que subsidiem projetos conjuntos de
pesquisa entre universidades brasileiras e estrangeiras para a consolidação,
expansão e internacionalização dos Programas de Pós-Graduação.
Considerando esse fato, o tema da internacionalização da Educação
em si deixa de ser algo novo, já que acordos de cooperação entre
universidades, associações entre universidades nacionais e estrangeiras,
dentre outros movimentos, são situações que acontecem no dia a dia das
instituições. O que é novo, são alguns fatores que, nos últimos anos, facilitaram
esse processo de internacionalização e são nestes que a discussão acerca da
internacionalização da educação superior deve centrar-se.
Um destes fatores é, certamente, a EAD, renovada nas últimas
décadas, pelo avanço das Tecnologias da Informação e da Comunicação –
TIC, que se apresentam cada vez mais portáteis (notebooks, tablets, celulares),
mais leves, mais rápidas e com mais flexibilidade de acesso (wireless e
computação nas nuvens), independente dos locais onde as pessoas estejam.
A EAD tem facilitado o processo de internacionalização da educação
superior sob duas perspectivas: institucional e acadêmica. A primeira está
relacionada com a inserção das universidades e programas na competitividade
global enquanto que a segunda, se volta para a internacionalização que visa
contribuir com o desenvolvimento qualitativo da educação e da ciência, ou seja,
nessa perspectiva está mais presente o ideal cooperativo em que a
colaboração e a troca de relatos de experiências com a comunidade
estrangeira geram conhecimentos mútuos e promovem o fortalecimento de
instituições e/ou cursos (OLIVEIRA E CASTRO, 2013).
Embora se tenha muito a discutir acerca do tema da
internacionalização institucional da Educação Superior Brasileira, nosso foco
de estudo são as estratégias de internacionalização acadêmica dos programas
de pós-graduação no Brasil. Internacionalização esta que tem se caracterizado
como meio para que os programas de pós-graduação e as instituições de
educação superior possam garantir o acesso ao conhecimento construído e
disseminado mundialmente e como forma de os países em desenvolvimento
atenderem exigências e dinâmicas impostas pelo processo de globalização.
Optamos por essa abordagem por entender, a partir do Documento de
Área 2013 – Educação (CAPES, 2014a), que este seja o sentido da
internacionalização proposta pelos órgãos de fomento e de avaliação da
pesquisa e da pós-graduação brasileiras.
3 – Os resultados parciais obtidos e as reflexões possibilitadas
Os destaques realizados ao longo da leitura dos documentos
possibilitaram a construção de uma tabela síntese (tabela 2) a partir da qual
tivemos uma visão de conjunto dos objetivos das ações mencionadas pelos
Programas pesquisados e que envolviam as TIC no seu desenvolvimento.
Desta maneira foi possível perceber como os diferentes PPGEdu estão se
Potencializar a interação
complementar às aulas
presenciais por meio do AVA
Formar redes de
pesquisadores (nacional e
internacional) e de
socialização do
conhecimento por meio do
AVA e das Salas de
Video/Webconferências
Promover a interação entre
Universidade e Escola por
meio do AVA
Envolver o corpo docente em
atividades relacionados aos
cursos de graduação,
atendendo demandas dos
cursos EaD
(construção/revisão de
Projetos Pedagógicos de
Cursos em EaD, oferta de
cursos de extensão com foco
nos alunos da graduação)
Garantir o intercambio
interinstitucional dos
docentes por meio de
docência online ou produção
de materiais didáticos
Tabela 2 – Síntese dos objetivos das ações realizadas/propostas pelos Programas de
Pós-Graduação Stricto Sensu da área de Educação no RS
Nenhum dos PPGEdu pesquisados ofertam disciplinas na modalidade
EaD, porém dois destes destacam em suas propostas que se apropriam do
AVA como um espaço para interações complementares às atividades
Universidade N
Universidade M
Universidade L
Universidade K
Universidade J
Universidade I
Universidade H
Universidade G
Universidade F
Universidade E
Universidade D
Universidade C
Universidade B
UNIVERSIDADES
Universidade A
apropriando do potencial destas tecnologias para qualificar suas Propostas.
presenciais. Para as Universidades G e L, o AVA possibilita a realização de
seminários de socialização das pesquisas e a continuidade das discussões que
emergem nas aulas, favorecendo a aprendizagem individual e coletiva.
Já a Universidade B, destaca o AVA como uma estratégia para tornar
mais eficiente a relação e a interação entre a Universidade e a Escola no que
diz respeito ao trato dos desafios suscitados pela prática educacional. As TIC,
nesse contexto, se apresentam como potencializadoras de uma rede de
cooperação e colaboração de parcerias estabelecidas entre professores,
estudantes da pós-graduação, estudantes das licenciaturas em estágios de
formação inicial e professores da rede pública com o objetivo de refletir
conjuntamente as problemáticas do campo pedagógico da escola pública,
produzindo novos saberes e qualificando suas práticas.
De acordo com a Universidade J, a relação entre a pós-graduação e a
graduação tem se dado através da participação de seus professores nas
reformulações dos projetos pedagógicos de cursos de graduação da
modalidade EaD, na produção de materiais didáticos para estes cursos e na
oferta de cursos de extensão a distância endereçados a alunos da graduação.
Esta mesma Universidade, também relata que a EaD tem possibilitado o
intercâmbio de seus professores com outras instituições através da
participação destes, seja como autores ou tutores, em cursos ofertados na
modalidade EaD pelas instituições parceiras.
Por fim, destacamos que 8 dos 14 PPGEdu pesquisados mencionam
que as TIC, com especial destaque para os AVA e as salas de
vídeo/webconferências têm possibilitado a formação de redes de pesquisa e a
participação on-line de pesquisadores e convidados do país e do exterior em
bancas de defesas, cursos, reuniões de grupos de pesquisa, palestras, aulas
especiais, jornadas acadêmicas, etc, consolidando uma rede lógica e dinâmica
de pesquisa/produção e popularização do conhecimento.
4 - Considerações Finais
O aprender, hoje em dia, é complexo e se caracteriza pela troca, pelos
grupos de estudos, pela leitura e pelas experiências (DELCIN, 2005) Por isso a
importância de constituirmos redes, de viabilizar a transferência de tecnologia,
de desenvolvermos materiais pedagógicos e possibilitarmos o intercâmbio de
experiências de aplicação ao ensino, à formação e à pesquisa. Por isso a
necessidade de criarmos novos ambientes de aprendizagem capazes de
reduzir distâncias e de desenvolver sistemas de maior qualidade em educação
e a urgência de que as IES se apropriem das tecnologias para modernizar o
seu trabalho e viabilizar novos ambientes de aprendizagem, sintonizados com
esses novos sentidos de aprender e ensinar.
Novas experiências pedagógicas podem surgir na conexão com as
TIC, impactar o ambiente universitário e transformá-lo em múltiplos ambientes
de aprendizagem cooperativa, abertos a exploradores de outros mundos com
suas linguagens inovadoras (DELCIN, 2005). As TIC são veículos que
potencializam a percepção desses mundos heterogêneos e transfronteiriços.
Embora os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu estudados não
declarem diretamente, percebemos que muitos destes vêm se apropriando da
TIC, como uma estratégia de formação de rede online de pesquisa, de
socialização do conhecimento produzido e, principalmente de ampliação da
internacionalização acadêmica.
Se considerarmos que a internacionalização é apenas um dos critérios
avaliados para a atribuição dos conceitos que indicam a qualidade dos cursos
de Pós-Graduação Stricto Sensu, não podemos estabelecer uma relação direta
entre as ações de internacionalização desenvolvidas nos PPGEdu pesquisados
e o conceito atribuído a cada um deles na avaliação feita pela CAPES.
Contudo, os estudos realizados até o momento sugerem que a
apropriação das TIC por parte dos Programas de Pós-Graduação pode estar
contribuindo para a ampliação da sua internacionalização acadêmica e,
consequentemente, refletindo positivamente nos resultados destas avaliações.
REFERÊNCIAS
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<http://www.avaliacaotrienal2013.capes.gov.br/documento-de-area-ecomissao>. Acesso em: 16/05/2014a.
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_____. Sistema Nacional da Pós-Graduação. Disponível em: <
http://www.capes.gov.br/avaliacao/dados-do-snpg/cursos-recomendadosreconhecidos>. Acesso em: 16/05/2014c.
DELCIN, Rosemeire C.do A. A metamorfose da sala de aula para o
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Aprender. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
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MOROSINI, Marília C. Internacionalização na produção de conhecimento em
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as tic como estratégia de ampliação da internacionalização