Estudo de condições de formação e exercício profissional em saúde no Brasil Mario Roberto Dal Poz Tereza Christina Var ella SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros Organização Pan-Americana da Saúde. Recursos Humanos em Saúde no Mercosul [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1995. 147 p. ISBN 85-85676-19-1. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported. ESTUDO DE CONDIÇÕES DE FORMAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL EM SAÚDE NO BRASIL Mario Roberto Dal Poz Tereza Christina Varella C O N S I D E R A Ç Õ E S INICIAIS Este d o c u m e n t o , p r e p a r a d o c o m o s u b s í d i o à r e u n i ã o d e M o n t e v i d é u , Uruguai, é u m a a b o r d a g e m preliminar das c o n d i ç õ e s d e f o r m a ç ã o e exercíc i o profissional e m s a ú d e n o Brasil. A p r e o c u p a ç ã o m a i o r d o t e x t o , a o s o bressair d a d o s e séries, é a c a r a c t e r i z a ç ã o d o c o n j u n t o d a p r o b l e m á t i c a , d e m a n e i r a clara e sintética, p e r m i t i n d o sua c o m p r e e n s ã o e u t i l i z a ç ã o p o r d i ferentes interlocutores. A l g u m a s q u e s t õ e s , c o m o s e v e r á , s ã o c o m u n s às d i f e r e n t e s c a t e g o r i a s profissionais. D e n t r e essas q u e s t õ e s se e n c o n t r a m o s m e c a n i s m o s d e i n g r e s so nas instituições d e e n s i n o s u p e r i o r , q u e p e r m i t e m o a c e s s o a o s e s t u d a n tes q u e c o n c l u e m o 2 o g r a u . A s p r o v a s seletivas s ã o r e a l i z a d a s , a n u a l m e n t e , pela a s s o c i a ç ã o e n t r e as d i v e r s a s u n i v e r s i d a d e s o u f a c u l d a d e s i s o l a d a s , p ú b l i c a s o u p r i v a d a s . Essas p r o v a s s ã o e l a b o r a d a s c o m b a s e n o c o n t e ú d o d a s disciplinas e c o n h e c i m e n t o s e x i g i d o s n o 2 a grau. A m o d a l i d a d e d e p r o v a n ã o é, o b r i g a t o r i a m e n t e , a m e s m a , p o i s o s critérios p o d e m v a r i a r s e g u n d o o E s t a d o o u g r u p o d e instituições. O s e s t u d a n t e s e s t r a n g e i r o s p o d e m inserir-se e m c u r s o s o u programas d e s e n v o l v i d o s , n o país, a partir d o s m e c a n i s m o s d e c o r r e n t e s d o s acordos c u l t u r a i s e c i e n t í f i c o s , e m três m o d a l i d a d e s : 1. N o s cursos d e g r a d u a ç ã o , o ingresso i n d e p e n d e d e a p r o v a ç ã o n o p r o c e s so seletivo das instituições d e ensino. O s alunos são e n c a m i n h a d o s do país d e o r i g e m já c o m habilitação para o curso escolhido, p e l o c o n s u l a d o brasileiro, q u e s e responsabiliza p o r atestar a suficiência n o idioma n a c i o nal; 2. N o s p r o g r a m a s d e e s p e c i a l i z a ç ã o similares à R e s i d ê n c i a M é d i c a o p r o c e d i m e n t o é o m e s m o d a g r a d u a ç ã o , a p e n a s o p r o c e s s o s e l e t i v o é feito n a s próprias instituições d e ensino o u serviços c r e d e n c i a d o s , pela análise curricular d o s c a n d i d a t o s . O s i n t e r e s s a d o s d e v e m c o m p r o v a r c o n d i ç õ e s d e sustento p r ó p r i o n o p e r í o d o d o curso, pois n ã o existem bolsas para este tipo d e programa; 3. N a p ó s - g r a d u a ç ã o stricto s e n s u s ã o o f e r e c i d o s c u r s o s d e n í v e l d e M e s t r a d o e D o u t o r a d o , avaliados pela Cordenadoria d e A p e r f e i ç o a m e n t o Pessoal d e Nível Superior - CAPES de - c o m o nível "A" o u " B " e a s e l e ç ã o é realizada por via d o c u m e n t a l . N o q u e s e r e f e r e a i n d a à p ó s - g r a d u a ç ã o , foi i n c l u í d o n o final d o d o c u m e n t o u m a b r e v e análise d o s programas e cursos d e mestrado e d o u t o r a d o a g r u p a d o s s o b a d e n o m i n a ç ã o d e "profissões da saúde". A p e s a r d e a u t o r i z a d o p e l a n o v a C o n s t i t u i ç ã o , a t é h o j e n ã o foi r e g u l a m e n t a d o o " s e r v i ç o civil o b r i g a t ó r i o " . A s t e n t a t i v a s d e e n c a m i n h a m e n t o d e s ta q u e s t ã o n ã o s e c o n c r e t i z a r a m , e n c o n t r a n d o resistência n o m e i o e s t u d a n til. O a s s u n t o t e n d e a ficar e s q u e c i d o , n e s t e m o m e n t o , f a c e à i n e x i s t ê n c i a d e opinião consensual sobre o problema. A a n á l i s e d a o f e r t a d e e m p r e g o s p e l a s i n s t i t u i ç õ e s d e s a ú d e , a partir d e 1 9 8 7 , foi p r e j u d i c a d a , e m p a r t e , p e l a e x c l u s ã o d e d a d o s d e r e c u r s o s h u m a n o s n o " I n q u é r i t o s o b r e A s s i s t ê n c i a M é d i c o - S a n i t á r i a " , d e s e n v o l v i d o p e l o Instituto B r a s i l e i r o d e G e o g r a f i a e Estatística. M u i t o s d a d o s f o r a m o b t i d o s c o m o Sistema d e Informações d e Recursos H u m a n o s , da C o o r d e n a ç ã o Geral d e D e s e n v o l v i m e n t o d e Recursos H u m a n o s para o SUS, d o Ministério da S a ú d e e n o s C o n s e l h o s Profissionais. A l g u m a s t e n d ê n c i a s , n o e n t a n t o , p o d e m ser c l a r a m e n t e o b s e r v a d a s . A 1 p a r t i c i p a ç ã o f e m i n i n a na f o r ç a d e t r a b a l h o e m s a ú d e c o n t i n u a a u m e n t a n d o . N o p e r í o d o 7 0 / 8 0 , a p a r t i c i p a ç ã o f e m i n i n a c r e s c e u d e 4 0 p a r a 6 0 % d o total d a FTS. E s s e p r o c e s s o r e p e r c u t e f o r t e m e n t e n o n í v e l d e r e m u n e r a ç ã o dos profissionais, pois, historicamente, a m ã o d e o b r a feminina t e m sido m e n o s remunerada relativamente. 1 Girardi, S. N., A estrutura ocupacional da saúde no Brasil, M i n . Saúde, Brasília, 1990. ( M i ¬ meo). O a u m e n t o d o n ú m e r o d e horas trabalhadas, associado a o multiempre¬ g o , m e s m o n o s e t o r p ú b l i c o tornou-se c o m u m e n t r e o s profissionais d e s a ú d e , n u m a t e n t a t i v a d e c o m p e n s a r as p e r d a s salariais, e s t e n d e n d o - s e i n c l u s i v e a o pessoal d e e n f e r m a g e m , . O u t r o a s p e c t o a ressaltar é o c r e s c i m e n t o d a f o r m a a s s a l a r i a d a e a r e d u ç ã o d e e s p a ç o , n o m e r c a d o , p a r a o s profissionais n a c o n d i ç ã o d e a u t ô n o m o . N a d é c a d a d e 7 0 / 8 0 , o n ú m e r o d e profissionais a u t ô n o m o s p a s s a de 4 2 , 8 % p a r a 3 3 . 6 % d a FTS. E m r e l a ç ã o à o f e r t a d e e m p r e g o existe h o j e u m a t e n d ê n c i a a o f o r t a l e c i m e n t o d a esfera m u n i c i p a l . N o b o j o d a s t r a n s f o r m a ç õ e s q u e s e p r o c e s s a m c o m a implantação d o sus e a conseqüente descentralização dos serviços e ações d e saúde, h o u v e u m a m u d a n ç a no eixo d o o f e r e c i m e n t o d e vagas p ú blicas. Este p r o c e s s o d e v e r á ser c a d a v e z m a i s a c e n t u a d o e m f a c e d e a p o sentadoria e outras m o d a l i d a d e s d e afastamento definitivo d a q u e l e s q u e estão e m p r e g a d o s e m estabelecimentos federais e estaduais municipalizados. C a b e r á às m u n i c i p a l i d a d e s a a b s o r ç ã o d e s t e s p o s t o s d e t r a b a l h o . A s c o r r e n t e s m i g r a t ó r i a s internas s ã o c l a r a m e n t e o b s e r v a d a s , n a á r e a de saúde, no processo de busca de qualificação/especialização. Percebe-se u m fluxo c o n s t a n t e , d a s r e g i õ e s n o r t e e n o r d e s t e , p a r a a r e g i ã o s u d e s t e , d e candidatos e alunos para programas d e residência m é d i c a e m e s t r a d o / d o u torado. O u t r a t e n d ê n c i a q u e s e m a n t é m , d e s d e o s a n o s 70, é o c r e s c i m e n t o d e p a r t i c i p a ç ã o d o s profissionais d e nível m é d i o n o m e r c a d o d e t r a b a l h o . A relação empregatícia da maior parte das instituições públicas d e saúd e é d e n a t u r e z a e f e t i v a , c o m e s t a b i l i d a d e p a r a o f u n c i o n á r i o . A lei q u e e s t a b e l e c e u o r e g i m e j u r í d i c o ú n i c o p a r a o s s e r v i d o r e s p ú b l i c o s f e d e r a i s foi r e p r o d u z i d a n a m a i o r i a d o e s t a d o s e m u n i c í p i o s brasileiros. N o processo d e realização da 8 a Conferência Nacional de Saúde, e m 1 9 8 6 , constituiu-se u m c o l e g i a d o d e n o m i n a d o " P l e n á r i a N a c i o n a l d e S a ú d e " q u e t e m se mantido r a z o a v e l m e n t e organizado e reivindicante. S u a c o m p o sição, bastante ampla, incluiu a maioria d o s c o n s e l h o s federais e estaduais d a s p r o f i s s õ e s d e s a ú d e , as f e d e r a ç õ e s nacionais, sindicatos, associações profissionais d a s m a i s d i v e r s a s , b e m c o m o a s s o c i a ç õ e s d e m o r a d o r e s e o u tras, c o m o as d e p a c i e n t e s r e n a i s c r ô n i c o s . S u a a t u a ç ã o t e m s i d o m a i s i n t e n sa j u n t o a o C o n s e l h o N a c i o n a l d e S a ú d e e a o p r ó p r i o M i n i s t é r i o d a S a ú d e . MÉDICOS Formação Graduação A p ó s a criação e m 1808, da Escola de Cirurgia no Hospital Real na Bahia e a f u n d a ç ã o da Escola A n a t ô m i c a , Cirúrgica e M é d i c a d o Rio de J a n e i r o , o p r o c e s s o d e f o r m a ç ã o d e n o v a s e s c o l a s m é d i c a s n o Brasil pas2 sou a ocorrer e m ciclos, atendendo, e m cada período e conjuntura, aos variados interesses políticos, e c o n ô m i c o s o u técnico-científicos. Em dois períodos o surgimento de novas escolas médicas teve c a r a c t e r í s t i c a s q u a s e d e "surto": d e 1 9 5 0 a 1 9 6 4 ( 2 3 n o v a s e s c o l a s , o u seja, q u a s e d u a s e s c o l a s p o r a n o ) e d e 1 9 6 5 a 1 9 7 1 ( 3 7 e s c o l a s , o u seja, seis e s c o l a s n o v a s p o r a n o ) . N o s a n o s r e c e n t e s f o r a m p o u c a s as n o v a s e s c o l a s m é dicas criadas. TABELA 1 Distribuição dos Cursos de Medicina, Segundo o Período d e C r i a ç ã o , Brasil Fonte: MEC. TABELA 2 Distribuição d e Cursos d e M e d i c i n a S e g u n d o a D e p e n d ê n c i a da Instituição M a n t e n e d o r a , Brasil, 1 9 9 0 Fonte: SIRH/CGDRH-SUS/MS. A t u a l m e n t e 8 0 instituições d e ensino m é d i c o estão e m f u n c i o n a m e n t o , distribuídas e m p r a t i c a m e n t e t o d o s o s e s t a d o s b r a s i l e i r o s . E n q u a n t o o s c u r ¬ 3 2 M e n d e s , J . P. V., (1979), Expansão do ensino m é d i c o no Brasil e suas repercussões. In: Simpósio 3 sobre ensino médico. E d . A c a d e m i a Brasileira d e M e d i c i n a . Exceto nos estados d o A c r e , A m a p á , Rondônia, Roraima e Tocantins . sos d e instituições p ú b l i c a s f e d e r a i s t e m p r e s e n ç a e m t o d a s a s r e g i õ e s , a s instituições p r i v a d a s c o n c e n t r a m n o s e s t a d o s d a r e g i ã o s u d e s t e a m a i o r i a d e seus c u r s o s . A c u r v a d e c r e s c i m e n t o d o s d i p l o m a d o s e m M e d i c i n a m o s t r a u m a relativa e s t a b i l i d a d e e m t o r n o d e 7.000 e g r e s s o s / a n o , c o m ligeira r e d u ç ã o n o s anos mais recentes. GRÁFICO 1 D i p l o m a d o s e m M e d i c i n a , Brasil, 1 9 7 3 / 1 9 8 9 Fonte: SIRH/CGDRI I-SUS/MS. O financiamento das faculdades públicas é quase q u e exclusivo d e fontes g o v e r n a m e n t a i s . N o c a s o d e f a c u l d a d e s f e d e r a i s , o M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o é responsável pelas atividades financeiras e a c a d ê m i c a s e a r e m u n e r a ç ã o d o staff, i g u a l m e n t e e m t o d o o território n a c i o n a l , c o m b a s e n u m a t a b e la e critérios d e título, t e m p o p a r c i a l o u integral e d e d i c a ç ã o e x c l u s i v a . N o caso d e faculdades estaduais, os recursos v ê m d o s tesouros estaduais. Q u a s e todos o s hospitais universitários p e r t e n c e n t e s a f a c u l d a d e s públicas o u privadas s ã o financiados pelo setor público, através principalmente do INAMPS/Ministério da Saúde. A s escolas médicas privadas r e c e b e m ajuda governamental através d o crédito educativo ( p a g a n d o ajuda a o s estudantes menos favorecidos) e a remuneração d e serviços prestados por seus hospitais e s c o l a . M u i t a s t a m b é m o b t ê m s u b s í d i o s p a r a s u a s i n s t a l a ç õ e s d e f u n d o s d e desenvolvimento social. A g ê n c i a s governamentais para o d e s e n v o l v i m e n to t e c n o l ó g i c o e c i e n t í f i c o t a m b é m c o n t r i b u e m a t r a v é s d e a j u d a à p e s q u i s a e d e programas d e treinamento d e pós-graduação d e recursos h u m a n o s (CA¬ P E S / C N P q ) . Esta c o n t r i b u i ç ã o , n o e n t a n t o , é a p l i c a d a s o m e n t e a p o u c a s e s c o las m é d i c a s q u e d e s e n v o l v e m p e s q u i s a . A t é o s a n o s 4 0 as e s c o l a s m é d i c a s brasileiras inspiravam-se n o m o d e l o e u r o p e u , e s p e c i a l m e n t e o f r a n c ê s , substituída, a partir d a 2 G u e r r a M u n d i a l , a p e l a m e d i c i n a a m e r i c a n a , q u e p a s s o u a e x e r c e r u m a g r a n d e influência. A e d u c a ç ã o m é d i c a n o Brasil a i n d a m a n t é m , n o e n t a n t o , u m v í n c u l o c o m a trad i ç ã o d a s e s c o l a s f r a n c e s a s , p o i s as e s c o l a s m é d i c a s , e m geral, n ã o i n c o r p o raram experimentos e pesquisa c o m o atividades fundamentais. A influência d a m e d i c i n a a m e r i c a n a foi s e n d o c o n s o l i d a d a p e l a c r i a ç ã o d a r e s i d ê n c i a m é d i c a , h o s p i t a i s u n i v e r s i t á r i o s e , p o s t e r i o r m e n t e , p e l a r e f o r m a universitária d e 1 9 6 8 , q u a n d o o m o d e l o a c a d ê m i c o i n s p i r a d o na R e f o r m a F l e x n e r foi definitiv a m e n t e i m p l a n t a d o , c o m a d i v i s ã o d o c u r s o e m c i c l o b á s i c o e profissional. O C o n s e l h o Federal d e E d u c a ç ã o , e m 1969, através d e u m a resolução, e s t a b e l e c e u o c u r r í c u l o m í n i m o p a r a o s c u r s o s m é d i c o s e sua d u r a ç ã o . Essa r e s o l u ç ã o e s t a b e l e c e o c o n t e ú d o d a s m a t é r i a s profissionais b á s i c a s a s e r e m o r g a n i z a d a s e m d i s c i p l i n a s e d i v i d i d a s n o c u r r í c u l o d e a c o r d o c o m c a d a instit u i ç ã o ( p ú b l i c a o u p r i v a d a ) . O c u r s o d e v e incluir a teoria b á s i c a e e x p e r i ê n c i a s p r á t i c a s r e l a c i o n a d a s c o m as disciplinas, e s p e r a n d o - s e q u e o s e s t u d a n t e s t r a b a l h e m e m c e n t r o s d e s a ú d e , a m b u l a t ó r i o s e hospitais-escola. O internato é o b r i g a t ó r i o , s o b s u p e r v i s ã o d e staff, p o r u m p e r í o d o m í n i m o d e d o i s s e mestres. O curso m é d i c o d e v e alcançar 4.500 horas e durar no m í n i m o cinc o e, no m á x i m o , n o v e anos. A p e s a r da flexibilidade, d a d a pela resolução, e m estabelecer diferentes programas, o currículo da maioria das escolas médicas estão organizadas d e m a n e i r a rígida e u n i f o r m e . A s características a seguir c o m p õ e m o típico currículo m é d i c o n o Brasil : 4 • • e s t r u t u r a c u r r i c u l a r inflexível c o m p o u c a s disciplinas o p c i o n a i s ; m e t o d o l o g i a d e ensino b a s e a d a na transmissão d o c o n h e c i m e n t o , o n d e é importante a memorização d a i n f o r m a ç ã o e a v a l i a ç ã o feita a t r a v é s de exames teóricos; • e n t r a d a tardia d e e s t u d a n t e s n o s s e r v i ç o s d e s a ú d e , c o m s e p a r a ç ã o clara entre os ciclos básico e clínico. O ciclo básico c o m duração de aproximad a m e n t e c i n c o semestres é essencialmente teórico e d a d o por professores q u e n ã o t r a b a l h a m n o r m a l m e n t e na c l í n i c a . O c i c l o profissional c o n siste d e disciplinas q u e correspondem às e s p e c i a l i d a d e s clínicas e c i - r ú r g i c a s e a s " c h a m a d a s " á r e a s b á s i c a s ( M e d i c i n a I n t e r n a , P e d i a t r i a , Cirurgia e G i n e c o - O b s t e t r í c i a ) . O i n t e r n a t o , p a r t e o b r i g a t ó r i a d o c i c l o profission a l , p o d e ser f e i t o e m r o d í z i o n a s q u a t r o á r e a s b á s i c a s c i t a d a s ; • prática intra-hospitalar, onde o ciclo clínico é predominantemente d e s e n v o l v i d o , c o n t r i b u i n d o assim para u m maior d i r e c i o n a m e n t o à m e d i cina individual e curativa, à especialização p r e c o c e d o estudante e favorec e n d o ainda os p r o c e d i m e n t o s diagnósticos e terapêuticos sofisticados; 4 Ribeiro, E. C . e Santini, L. A. M e d i c a l Education in Brazil, Rio d e Janeiro, 1992. ( M i m e o ) • fraca f o r m a ç ã o científica d o estudante, resultado da s e p a r a ç ã o e n t r e ensin o e pesquisa, b e m c o m o d a p o u c a ênfase n o uso d e instrumentos c o m o a epidemiologia; • ênfase no m o d e l o b i o m é d i c o , o n d e a d o e n ç a é reduzida a u m a expressão anatomopatológica, o c o r p o h u m a n o c o n c e b i d o c o m o u m a máquina c o m p o s t a d e órgãos e sistemas e o b j e t o d a i n t e r v e n ç ã o m é d i c a . O im- p a c t o d a t e c n o l o g i a na a t e n ç ã o m é d i c a e n f r a q u e c e u o p a p e l d a r e l a ç ã o médico-paciente e da ética na formação. Condições de Ingresso O acesso à escola superior, o u médica é o seja: e x a m e s de mesmo dos demais cursos d e seleção, públicos, para os estudantes nível que c o m p l e t a r a m o s e g u n d o g r a u . O s critérios p a r a a a d m i s s ã o s ã o d e f i n i d o s p o r c a d a instituição, h a v e n d o n o e n t a n t o u m a t e n d ê n c i a a a s s o c i a ç õ e s p a r a a realização dos exames, diante d o grande n ú m e r o d e candidatos. A relação c a n d i d a t o / v a g a t e m s e m a n t i d o b a s t a n t e alta n e s s e s ú l t i m o s a n o s . TABELA 3 Distribuição do N ú m e r o d e Vagas e Candidatos aos Exames d e S e l e ç ã o para os Cursos d e M e d i c i n a , 1986/1990 Ano Vagas Candidatos Relação candidato/vaga Fonte: SIRH/CCDRH-SUS/MS. O Ministério da E d u c a ç ã o é o órgão encarregado d e a c o m p a n h a r avaliar a q u a l i d a d e d a s i n s t i t u i ç õ e s d e e n s i n o e m saúde, através d e e suas estruturas c o m o a S e c r e t a r i a d e E n s i n o S u p e r i o r . E s s e c o n t r o l e , n o e n t a n t o , t e m sido, e m geral, a p e n a s n o r m a t i v o e cartorial. R e c e n t e m e n t e o C o n s e l h o Nacional de Saúde criou uma Comissão Interinstitucional Nacional de A v a l i a ç ã o d o E n s i n o M é d i c o ( C I N A E M ) . Essa c o m i s s ã o r e a l i z o u u m a p r i m e i r a a v a l i a ç ã o u t i l i z a n d o u m q u e s t i o n á r i o d e auto-resposta b a s e a d o e m da 5 OPAS. material 5 , 6 Picini, R. X. et al. A v a l i a ç ã o d o ensino m é d i c o no Brasil: relatório da 1 * fase. R. Brás. Educ. Méd., R.J., 16(1/3):37-52, jan/dez, 1992. 6 G o n ç a l v e s , E. L. Perfil da escola médica brasileira e m 1 9 9 1 . Rev. Paulo 47(4), 1992. Hosp. Ctin. Fac. Med. S. D i a n t e das pressões dos organismos representativos dos médicos e aind a d e a l g u m a s i n s t i t u i ç õ e s universitárias, a c r i a ç ã o d e n o v o s c u r s o s n a á r e a d e s a ú d e foi d i s c i p l i n a d a p e l o D e c r e t o 9 8 . 3 7 7 d e 0 8 / 1 1 / 8 9 , q u e a p a r d e e s tabelecer novos procedimentos, incorporou a participação d o Conselho Nacional d e S a ú d e a o lado d o Conselho Federal d e Educação. • Pós-Graduação A l é m d a p ó s - g r a d u a ç ã o stricto sensu, c o m o o m e s t r a d o e o d o u t o r a d o , a á r e a m é d i c a d e s e n v o l v e u f o r t e m e n t e o s c u r s o s d e e s p e c i a l i z a ç ã o e a resid ê n c i a m é d i c a (lato sensu). E s p e c i a l i d a d e s Médicas/Residência Médica Responsável pela formação da maior parte dos especialistas, R e s i d ê n c i a M é d i c a foi i n t r o d u z i d a n o Brasil e n t r e o s a n o s d e 1 9 4 5 e n a FM-USP e n o HSE/RJ. O f i c i a l i z a d a e m 5/9/77, destinada constitui-se a como médicos sob 1977 pelo Decreto "modalidade a forma de de ensino especialização, n caracterizada 7 instituições de saúde, universitárias ou não, sob a de pós-graduação treinamento e m serviço, e m regime de dedicação exclusiva , em 80.281, o de a 1947 por funcionando orientação de profissionais m é d i c o s d e e l e v a d a qualificação ética e profissional". Em decorrência dessa l e g i s l a ç ã o foi c r i a d a a Comissão Nacional de R e s i d ê n c i a M é d i c a q u e , a partir d a d e f i n i ç ã o a c i m a d e d i c o u - s e a e s t a b e l e c e r n o r m a s , requisitos e critérios m í n i m o s para o c r e d e n c i a m e n t o dos progra- m a s d e Clínica M é d i c a , Cirurgia G e r a l , M e d i c i n a Preventiva e Social, O b s t e trícia e G i n e c o l o g i a e P e d i a t r i a , c o n s i d e r a d a s á r e a s p r e f e r e n c i a i s e q u e a t é hoje orientam o desenvolvimento dos programas . 8 M o t i v o d e alguns m o v i m e n t o s e m e s m o greves, a filiação d o médicor e s i d e n t e a o sistema da p r e v i d ê n c i a social foi r e g u l a m e n t a d o e m 1987, asseg u r a d o a i n d a o s d i r e i t o s d e c o r r e n t e s d e a c i d e n t e s d o t r a b a l h o , licença-gesta¬ ç ã o e o u t r o s b e n e f í c i o s . E m 1 9 9 0 n o v a lei m o d i f i c a o v a l o r d a b o l s a p a r a o médico-residente para 7 5 % d o s v e n c i m e n t o s d o m é d i c o nível V , d o Ministério d a E d u c a ç ã o , a c r e s c i d o d e 1 0 0 % p o r r e g i m e e s p e c i a l d e treinamento, representando, atualmente, U S $ 300 mensais. C o m o o p r o c e s s o d e registro d o d i p l o m a é f e i t o c e n t r a l i z a d a m e n t e na C N R M , p e l o s p r o g r a m a s c r e d e n c i a d o s , pode-se o b s e r v a r a t e n d ê n c i a d e c r e s c i m e n t o n o n ú m e r o d e especialistas f o r m a d o s a n u a l m e n t e , c o m picos a c e n tuados e m 1985 e 1988. 7 M o d i f i c a d a por legislação posterior. 8 G u a l b e r t o , L D. Residência M é d i c a no Brasil. Bras. Med. 30 Sup.(1): 1 9 : 2 1 , jan-mar, 1993. GRÁFICO 2 M é d i c o s - R e s i d e n t e s R e g i s t r a d o s na C N R M , 1 9 8 1 / 1 9 9 2 Fonte: CNRM. O s programas q u e registraram mais especialistas, nesse p e r í o d o , f o r a m , respectivamente, Pediatria, Cirurgia G e r a l , Clinica M é d i c a , Gineco-Obstetrí- cia e Anestesiología. GRÁFICO 3 E v o l u ç ã o dos Médicos-Residentes Registrados na C N R M , por Especialidade, 1981/1992 Fonte: CNRM. No ano de 1992 foram oferecidas 4.889 vagas para ingresso nos p r o g r a m a s d e residência m é d i c a , nas 4 8 especialidades o f e r e c i d a s p o r t o d a s as i n s t i t u i ç õ e s a u t o r i z a d a s p e l a C N R M . Essas v a g a s s e c o n c e n t r a m n a r e g i ã o sudeste, destacando-se o Ministério da E d u c a ç ã o e a FUNDAP/SP instituições portanto com maior número de residentes e como como as maiores f i n a n c i a d o r e s . Estima-se q u e e x i s t a m 1 2 0 . 0 0 0 especialistas e m t o d o o país ( u m p o u c o m a i s d a m e t a d e d o s m é d i c o s registrados a t i v o s ) . 9 A s especialidades reconhecidas pelo C o n s e l h o Federal d e Medicina, a t r a v é s d a R e s o l u ç ã o 1.295 d e 9 . 6 . 1 9 8 9 , p a r a e f e i t o d e registro d e qualificaç ã o d e e s p e c i a l i s t a , s ã o as s e g u i n t e s : a d m i n i s t r a ç ã o hospitalar, alergia e i m u nologia, anestesiologia, angiologia, broncoesofagologia, cancerologia, cardiol o g i a , cirurgia d a c a b e ç a e p e s c o ç o , cirurgia c a r d i o v a s c u l a r , cirurgia d a m ã o , c i r u r g i a g e r a l , cirurgia p e d i á t r i c a , cirurgia plástica, cirurgia t o r á c i c a , cirurgia vascular, citopatologia, dermatologia, infectologia, eletroencefalografia, e n d o c r i n o l o g i a e m e t a b o l o g i a , fisiatria, foniatria, g a s t r o e n t e r o l o g i a , g e n é t i c a c l í n i c a , h a n s e n o l o g i a , h e m a t o l o g i a , h o m e o p a t i a , m e d i c i n a geral c o m u n i t á r i a , m e d i c i n a l e g a l , m e d i c i n a n u c l e a r , m e d i c i n a sanitária, m e d i c i n a d o t r a b a l h o , nefrologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia, neurofisiologia clínica, n e u rologia, nutrologia, otorrinolaringologia, obstetrícia, patologia, oftalmologia, patologia ortopedia clínica, e traumatologia, pediatria, pneumologia, p r o c t o l o g i a , psiquiatria, r a d i o l o g i a , r a d i o t e r a p i a , r e u m a t o l o g i a , s e x o l o g i a , fisiologia e urologia. A l é m dessas, estão s e n d o desenvolvidos programas d e especialização e m informática médica e medicina d o adolescente. Exercício Profissional • Requisitos habilitantes/Controle deontológico A l e g i s l a ç ã o brasileira estipula q u e as e s c o l a s m é d i c a s , u m a v e z a u t o r i z a d a s a funcionar, estão qualificadas a fornecer o diploma (certificado) aos a l u n o s q u e c o m p l e t a r e m o c u r s o . P a r a e x e r c e r sua profissão, o recém-gra¬ d u a d o d e v e registrar s e u d i p l o m a n o C o n s e l h o R e g i o n a l d e M e d i c i n a . Esse registro s ó p o d e ser feito e m d o i s e s t a d o s s i m u l t a n e a m e n t e . Esses C o n s e l h o s , o r g a n i z a d o s e m c a d a e s t a d o e n a c i o n a l m e n t e , c o n s t i t u e m u m a autarquia, d o t a d o s , c a d a u m deles, d e personalidade jurídica d e direito p ú b l i c o n u m a autarquia, subordinada a o Ministério d o Trabalho ( C o n selho Federal d e M e d i c i n a ) , responsabilizando-se pelo controle dos aspectos éticos da profissão, e x a m i n a n d o e julgando os processos d e infração a o C ó d i g o d e Ética, p o d e n d o i n c l u s i v e cassar o registro profissional. A p ó s u m amplo processo de debates que culminou numa Conferência N a c i o n a l , o C F M , através da R e s o l u ç ã o 1246 d e 8/1/1988, a p r o v o u u m n o v o C ó d i g o d e Ética, s u b s t i t u i n d o as n o r m a s a n t e r i o r e s d e 1 9 6 5 e 1 9 8 4 . O piso salarial dos médicos no setor privado está fixado na Lei 3 9 9 9 / 6 1 , e m três saláríos-mínímos ( m e n o s d e U S $ 2 5 0 ) , p a r a u m a d u r a ç ã o n o r m a l d e t r a b a l h o d e 2 a 4 h o r a s diárias ( 2 4 h o r a s s e m a n a i s ) . A r e v o g a ç ã o d e s s a lei, s u p e r a d a p e l a n o v a c o n s t i t u i ç ã o e p e l a p r o i b i ç ã o d e v i n c u l a ç ã o d o 9 Machado, M. H. et al. Estudo exploratório ENSP/FiocRUZ/CGDRH-sus/MS, Rio d e Janeiro, 1993. sobre especialidades médicas no Brasil, piso salarial a o salário-mínimo, é m o t i v o d e m o v i m e n t o e m o b i l i z a ç ã o e n t i d a d e s m é d i c a s q u e e s t ã o a p o i a n d o o p r o j e t o d e lei n o das 1270/91 (chama- d a d e "lei d o m é d i c o " ) , e m t r a m i t a ç ã o n a C â m a r a d o s D e p u t a d o s e q u e fixa c o m o n o v o p i s o salarial u m v a l o r a p r o x i m a d o d e U S $ 1,000. C o m o e l e m e n t o d e c o m p a r a ç ã o c o m essa p r o p o s t a d e p i s o salarial, a F e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s M é d i c o s l e v a n t o u a l g u n s salários n o n í v e l inicial d e alguns órgãos d o setor público, m o s t r a n d o a e n o r m e e dramática d e f a s a g e m salarial e x i s t e n t e . TABELA 4 S a l á r i o Inicial d a C a r r e i r a d e M é d i c o e m A l g u n s Ó r g ã o s P ú b l i c o s , Brasil, 1993 Fonte: FENAM. A estrutura sindical d o s m é d i c o s é c o n s t i t u í d a p o r 4 5 e n t i d a d e s s i n d i cais, a g r u p a d a s n a F e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s M é d i c o s . Esses s i n d i c a t o s c o n tam c o m 69.000 associados, representando aproximadamente 3 0 % dos m é dicos e m atividade. D e n t r e esses sindicatos 20 r e p r e s e n t a m bases estaduais e 2 5 , bases municipais. • Registro de estrangeiros O s m é d i c o s e s t r a n g e i r o s q u e e s t e j a m n o país p a r a e s t u d o , s o b s u p e r v i s ã o e o r i e n t a ç ã o , n ã o e s t ã o o b r i g a d o s a o registro n o s C o n s e l h o s Regionais d e M e d i c i n a , n ã o estando assim, "autorizado o u habilitado a o exercício regular d a profissão", n o s t e r m o s d a R e s o l u ç ã o 8 0 6 d e 2 9 . 0 7 . 1 9 7 7 , d o C F M . I d ê n tico tratamento é d a d o para os m é d i c o s estrangeiros c o n v i d a d o s para atos m é d i c o s d e d e m o n s t r a ç ã o d i d á t i c a , p o r u n i v e r s i d a d e s , ó r g ã o s oficiais o u e n t i d a d e s científicas. N o c a s o d o m é d i c o e s t r a n g e i r o a s i l a d o p o l í t i c o o u territorial, admite-se, c o m b a s e na R e s o l u ç ã o 1.244 d e 8 . 8 . 1 9 7 7 , sua i n s c r i ç ã o n o s C o n s e l h o s R e g i o n a i s d e M e d i c i n a e o e x e r c í c i o regular d a p r o f i s s ã o , d e s d e q u e c o m p r o v a ¬ d a a c a p a c i d a d e profissional, p e l o s ó r g ã o s d e e n s i n o , e a c o n d i ç ã o d o asilo, p e l o Ministério d a Justiça. O s d i p l o m a s o u c e r t i f i c a d o s e x p e d i d o s p o r e s c o l a m é d i c a n o exterior necessitam ser revalidados por instituição de ensino credenciada pelo M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o . Este p r o c e d i m e n t o s e a p l i c a a o s e s t r a n g e i r o s ou brasileiros, s e g u n d o R e s o l u ç ã o d o C o n s e l h o Federal d e E d u c a ç ã o . Oferta/Demanda O s m é d i c o s e m a t i v i d a d e , e m t o d o o Brasil, s o m a m 2 0 8 . 9 6 6 , c o m u m a participação feminina de apenas 2 9 % . O Sudeste tem mais da m e t a d e de t o d o s os m é d i c o s e m atividade ( 6 1 , 5 % ) , a o passo q u e a Região A m a z ô n i c a e t o d o o N o r t e d o p a í s é e x t r e m a m e n t e c a r e n t e d e profissionais. O N o r t e e o N o r d e s t e t ê m três v e z e s m e n o s m é d i c o s , p o r 1 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s , q u e o Sudeste. TABELA 5 M é d i c o s Cadastrados nos Conselhos Regionais de Medicina, e m Atividade, p o r R e g i ã o , Brasil, 1 9 9 3 Fonte: CFM. O c r e s c i m e n t o d o s e m p r e g o s d o s m é d i c o s , n o p e r í o d o 8 1 / 8 7 , foi d e 3 4 , 3 9 % e m t o d o o país. A m e n o r taxa, 7 , 4 5 % , foi registrada p e l a região Sudeste. U m a d a s t e n d ê n c i a s v e r i f i c a d a s n o p e r í o d o 8 1 / 8 7 foi o c r e s c i m e n t o d o e m p r e g o n o setor público. O n ú m e r o d e postos d e trabalho m é d i c o t e v e u m c r e s c i m e n t o d e 1 6 , 5 6 % . Essa p a r t i c i p a ç ã o d o s e t o r p ú b l i c o n o m e r c a d o d e trabalho ainda é na esfera federal, p o r e m c o m progressivo a u m e n t o relativo dos setores estaduais e municipais 10 Nogueira, R. estabelecimentos, Brasília, 1 9 9 1 . P. Emprego em . saúde 1981/1987. In: Boletim por Informativo natureza jurídico-administrativa dos RH-sus, 1 , ago, CGDRH/SUS, M i n . S a ú d e , TABELA 6 Total d e Postos d e Trabalho M é d i c o s , e m Estabelecimentos d e S a ú d e , S e g u n d o R e g i õ e s , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 F o n t e : AMS/IBGE. GRÁFICO 4 E v o l u ç ã o d o Total d e Postos d e T r a b a l h o para M é d i c o s , p o r R e g i õ e s , Brasil, 1981/1987 Fonte: AMS/IBGE. TABELA 7 Participação Percentual dos Empregos de M é d i c o no S e t o r P ú b l i c o , p o r R e g i õ e s , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 F o n t e : AMS/IBCE. GRÁFICO 5 P a r t i c i p a ç ã o P e r c e n t u a l d o s três N í v e i s d o S e t o r P ú b l i c o e m R e l a ç ã o a o T o tal d e E m p r e g o s d e M é d i c o , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 Fonte: AMS/IBCE P E S S O A L DE ENFERMAGEM Formação A s categorias d e E n f e r m a g e m são estruturadas verticalmente pelos e n fermeiros (formados e m cursos d e g r a d u a ç ã o d e nível superior), t é c n i c o s d e e n f e r m a g e m (formados e m cursos d e nível m é d i o d e 2 o enfermagem (formados e m cursos d e 1 o e 2 o g r a u ) , auxiliares d e grau) e parteiras, c o n f o r m e d e - f i n i ç ã o d a Lei 7.498 d e 2 6 . 0 6 . 8 6 e d o D e c r e t o 9 4 . 4 0 6 d e 0 8 . 0 6 . 8 7 , q u e " d i s p õ e sobre a regulamentação d o exercício da e n f e r m a g e m " . A força d e trabal h o e m e n f e r m a g e m está a i n d a c o n s t i t u í d a p e l o a t e n d e n t e , s e m p r e p a r o formal, submetido o u n ã o a programas d e treinamento, e n g l o b a n d o todas as d e m a i s c a t e g o r i a s d e p e s s o a l auxiliar n ã o r e g u l a m e n t a d a s p e l a l e g i s l a ç ã o . • Graduação A e n f e r m a g e m m o d e r n a n o Brasil t e v e s e u m o m e n t o inicial c o m a c r i a - ção, e m 1923, da Escola d e Enfermagem d o D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l d e S a ú d e Pública (hoje Escola A n a Néri, da UFRJ), c o m recursos da F u n d a ç ã o R o c ¬ kefeller e e n f e r m e i r a s a m e r i c a n a s c o m o f u n d a d o r a s . 1 1 O n ú m e r o d e cursos d e enfermeiros, atualmente, é d e 102, e m t o d o o Brasil. A s e n t i d a d e s p r i v a d a s s ã o r e s p o n s á v e i s p o r 4 5 d e l e s , c u j a g r a n d e c o n c e n t r a ç ã o está n a R e g i ã o S u d e s t e . A distribuição geográfica dos cursos mostra u m a g r a n d e c o n c e n t r a ç ã o na r e g i ã o S u d e s t e . TABELA 8 Distribuição dos Cursos d e Enfermagem S e g u n d o a D e p e n d ê n c i a A d m i n i s t r a t i v a d a E n t i d a d e M a n t e n e d o r a , Brasil, 1 9 9 0 Fonte SIRH/CGDRH-SUS/MS. 11 Vieira, T. T.; S I L V A , A. L. C. Recursos H u m a n o s na área d e e n f e r m a g e m : a d e q u a ç ã o da form a ç ã o à utilização. Rio de Janeiro, 1 9 9 1 . ( M i m e o ) Condições de Ingresso O s m e c a n i s m o s d e i n g r e s s o s ã o o s m e s m o s p a r a t o d o s o s c u r s o s d e nív e l s u p e r i o r , o u seja, p r o v a s s e l e t i v a s p ú b l i c a s , p a r a as q u a i s c o n c o r r e m o s estudantes concluintes do 2 o grau. N o período 87/90 os cursos d e enfermeiro tiveram u m incremento no n ú m e r o de vagas, associado, no entanto, à pequena, mas constante, redução na relação entre os candidatos cuja 1 a o p ç ã o foi esta, e o n ú m e r o d e v a g a s ofertadas. TABELA 9 Distribuição do N ú m e r o de Candidatos e Vagas Oferecidas pelos C u r s o s d e E n f e r m a g e m , Brasil, 1 9 8 6 / 1 9 9 0 Fonte: SIRH/CCDRH-SUS/MS. Um d a d o bastante preocupante é o a u m e n t o d o número d e alunos afastados durante o curso, especialmente por a b a n d o n o . T A B E L A 10 Distribuição d o N ú m e r o de Alunos Afastados dos Cursos de Enfermagem S e g u n d o as R e g i õ e s , Brasil, 1 9 8 6 / 1 9 9 0 Fonte: SIRH/CGDRH-SUS/MS. O c o n t e ú d o m í n i m o dos cursos d e e n f e r m a g e m , b e m c o m o sua dura- ção, estão definidos pelo C o n s e l h o Federal d e E d u c a ç ã o através d o P a r e c e r 1 6 3 / 7 2 e R e s o l u ç ã o 0 4 / 7 2 . C o n s t i t u i n d o - s e d e três p a r t e s - pré-profissional, t r o n c o profissional e h a b i l i t a ç õ e s , o c u r s o d e e n f e r m a g e m d e v e ter c a r g a h o rária m í n i m a d e 2 . 5 0 0 a 3 . 0 0 0 h o r a s , i n t e g r a l i z a d o s n o p e r í o d o d e 4 a 6 a n o s letivos. A s habilitações possíveis, s e g u n d o o parecer, são a e n f e r m a g e m m é d i ¬ co-cirúrgica, a e n f e r m a g e m o b s t é t r i c a o u o b s t e t r í c i a e a e n f e r m a g e m d e s a ú d e pública, a l é m da licenciatura facultativa a p ó s o t é r m i n o d o t r o n c o profissional. A estrutura c u r r i c u l a r v i g e n t e acha-se s o b s e v e r a crítica d o s ó r g ã o s r e p r e s e n t a t i v o s d a e n f e r m a g e m q u e , a t r a v é s d a A s s o c i a ç ã o Brasileira d e E n f e r m a g e m , elaboraram nova proposta para o currículo m í n i m o 1 2 . A m e s m a i n f l u ê n c i a sofrida p e l a e s c o l a m é d i c a r e p e r c u t i u n a f o r m a ç ã o d o s e n f e r m e i r o s . A s s i m , a ê n f a s e na a t e n ç ã o individual-curativa e a p o u c a utilização da epidemiologia t e m sido a tônica d o s cursos. O u t r o p o n t o a relev a r é a m a s s i v a u t i l i z a ç ã o d e bibliografia d e o r i g e m a m e r i c a n a e a q u a s e a u sência d e material nacional. D a d o s d e 1983 r e v e l a m a existência d e 115 cursos d e T é c n i c o s d e E n f e r m a g e m e 1 4 5 d e Auxiliar d e E n f e r m a g e m . G r a n d e p a r t e d e s s e s c u r s o s e s t a v a m l o c a l i z a d o s na R e g i ã o S u d e s t e e e r a m d e n a t u r e z a p r i v a d a . • Pós-Graduação O n ú m e r o d e c u r s o s d e p ó s - g r a d u a ç ã o stricto sensu voltados especifi- c a m e n t e p a r a a á r e a d e e n f e r m a g e m , n o país, a i n d a é r e d u z i d o . A t é 1 9 8 9 a C A P E S tinha c r e d e n c i a d o 11 c u r s o s , s e n d o q u a t r o d e d o u t o r a d o . O u t r o s d e z cursos (cinco d e d o u t o r a d o ) estão e m avaliação, neste m o m e n t o . Exercício Profissional • Requisitos habilitantes/controle deontológico " A e n f e r m a g e m e s u a s a t i v i d a d e s auxiliares s o m e n t e p o d e m ser e x e r c i d a s p o r p e s s o a s l e g a l m e n t e h a b i l i t a d a s e inscritas n o C o n s e l h o R e g i o n a l d e E n f e r m a g e m c o m jurisdição na área o n d e o c o r r e o exercício." A t r a v é s desse artigo d a Lei 7.498/86 está fixada a o b r i g a ç ã o d e i n s c r i ç ã o n o C O R E N p a r a o exercício das atividades d e e n f e r m a g e m . O c ó d i g o d e d e o n t o l o g i a d a e n f e r m a g e m foi a p r o v a d o p e l a R e s o l u ç ã o 9 de 4.10.1975, pelo C o n s e l h o Federal d e Enfermagem. A o r g a n i z a ç ã o sindical d o s enfermeiros é r e c e n t e . O primeiro sindicato d e e n f e r m e i r o s , n o Brasil, foi f u n d a d o a p e n a s e m 1 9 7 6 , c u l m i n a n d o u m p r o ¬ 12 Associação Brasileira d e Enfermagem. Proposta d e n o v o currículo mínimo para o curso superior d e enfermagem, Brasília, 1 9 9 1 . ( M i m e o ) . c e s s o q u e t e v e n o a n o d e 1 9 6 1 u m a a s s o c i a ç ã o profissional d e e n f e r m a g e m . A F e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s E n f e r m e i r o s foi c r i a d a s o m e n t e e m 1 9 8 7 . D i f e r e n t e m e n t e d e o u t r a s c a t e g o r i a s profissionais, o s e n f e r m e i r o s n ã o t ê m u m a lei e s p e c í f i c a r e g u l a n d o o p i s o salarial. P r o j e t o s n e s s e s e n t i d o t ê m sido p r o p o s t o s na C â m a r a d e D e p u t a d o s s e m , n o entanto, a l c a n ç a r êxito. Oferta/Demanda A d i s t r i b u i ç ã o d o s profissionais d e e n f e r m a g e m n a s d i v e r s a s r e g i õ e s d o p a í s é b a s t a n t e irregular, c o m g r a n d e c o n c e n t r a ç ã o n o S u d e s t e , q u e a p r e s e n ta u m a r e l a ç ã o p o r 1 0 . 0 0 0 0 h a b i t a n t e s três v e z e s s u p e r i o r às R e g i õ e s N o r t e e Nordeste. T A B E L A 11 Distribuição d o s Profissionais d e E n f e r m a g e m Registrados nos C O R E N , p o r R e g i õ e s , Brasil, 1 9 9 2 F o n t e : COFEN. O s d a d o s d o COFEN n ã o c o n t e m p l a m u m a parte importante da força d e trabalho e m e n f e r m a g e m , q u e são os "atendentes" q u e c o m variadas d e n o m i n a ç õ e s c h e g a m a r e p r e s e n t a r 6 0 % d o p e s s o a l d e e n f e r m a g e m . N ã o registrados n o C o n s e l h o , o b r i g a d o s a se regularizar n o prazo d e d e z a n o s (Lei 7 . 4 9 8 / 8 6 ) , r e p r e s e n t a m u m p r o b l e m a e u m d e s a f i o p a r a o s ó r g ã o s e instituições d e saúde e educação. O p e r í o d o 81/87 trouxe u m crescimento d e 8 0 % n o n ú m e r o d e postos d e t r a b a l h o d e e n f e r m e i r o s , e m t o d o o Brasil. A p e s a r d o n í v e l f e d e r a l ter a u m e n t a d o , é nos segmentos estadual e municipal q u e a ampliação dos postos d e trabalho n o setor p ú b l i c o o c o r r e c o m maior intensidade. A tendência, ass i m , é q u e essa a l t e r a ç ã o t e n h a s e a c e n t u a d o a p ó s o p e r í o d o 8 9 / 9 0 , a n t e o p r o c e s s o d e a m p l i a ç ã o das rendas municipais e a transferência d e encargos federais na s a ú d e para estados e municípios. GRÁFICO 6 E v o l u ç ã o d o s P o s t o s d e T r a b a l h o d e E n f e r m e i r o s , S e g u n d o as R e g i õ e s , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 Fonte: AMS/IBCE. GRÁFICO 7 Evolução dos Postos d e Trabalho para Enfermeiros nos Estabelecimentos d e S a ú d e d o S e t o r P ú b l i c o , P o r N í v e l , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 Fonte: AMS/IBCE. O p e s s o a l d e e n f e r m a g e m , n a s u a g r a n d e m a i o r i a , é e m p r e g a d o e assalariado, s e n d o o c o n t i n g e n t e d e a u t ô n o m o s insignificante. ODONTÓLOGOS Formação • Graduação C o n s i d e r a d o c o m o nível superior e m 1879, o primeiro curso d e O d o n - t o l o g i a foi e m e f e t i v a m e n t e r e c o n h e c i d o e m 1 8 8 4 , a n e x o à F a c u l d a d e de M e d i c i n a d o Rio d e Janeiro. O ritmo e o processo d e criação e instalação d e n o v o s c u r s o s d e O d o n t o l o g i a n ã o p a r e c e m ter s e a s s o c i a d o a n e n h u m fator d e m o g r á f i c o o u d e p o l í t i c a e d u c a c i o n a l , m a s a o s fatores d e n a t u r e z a d e política l o c a l , o u e c o n ô m i c a . T A B E L A 12 Distribuição dos Cursos d e Odontologia, S e g u n d o o P e r í o d o d e C r i a ç ã o , Brasil, 1 9 9 2 Fonte: MEC. O s 8 1 c u r s o s d e O d o n t o l o g i a e m f u n c i o n a m e n t o distribuem-se d e s i g u a l m e n t e n o país, c o m m a r c a d a c o n c e n t r a ç ã o n o s e s t a d o s d a r e g i ã o S u d e s t e , e s p e c i a l m e n t e p o r p a r t e d a s instituições p r i v a d a s . T A B E L A 13 Distribuição dos Cursos de Odontologia Segundo a Dependência Administrativa d a I n s t i t u i ç ã o M a n t e n e d o r a , Brasil, 1 9 9 0 Fonte: SIRH/CCDRH-SUS/MS. Considerando-se q u e , desde 1987, o n ú m e r o d e candidatos a o curso d e Odontologia t e m se mantido e m torno d e 100.000, a relação candidat o / v a g a m e l h o r o u u m p o u c o , p o i s as v a g a s a u m e n t a r a m 1 2 , 5 % n o p e r í o d o . T A B E L A 14 Distribuição d o N ú m e r o d e Candidatos e Vagas O f e r e c i d a s p e l o s C u r s o s d e O d o n t o l o g i a , Brasil, 1 9 8 6 / 1 9 9 0 Fonte: SIRH/CGDRH-SUS/MS. O currículo mínimo, segundo o Parecer 840/70 d o C o n s e l h o Federal d e E d u c a ç ã o , e s t a b e l e c e e m 3.600 h o r a s a c a r g a h o r á r i a m í n i m a , i n t e g r a l i z a ¬ d a s n o p e r í o d o d e 8 a 18 s e m e s t r e s letivos. A estrutura d o s c u r s o s é p r a t i c a m e n t e a m e s m a e m t o d a s as instituições, c o n s t a n d o d e d o i s c i c l o s : b á s i c o ( c a r g a horária m é d i a d e 1 2 0 0 h o r a s ) e profissional ( c a r g a h o r á r i a m é d i a d e 2.400 horas). O ciclo básico, e m geral, é c o m u m c o m outros cursos d a área d e ciências da saúde. U m e s t u d o 1 3 mostrou q u e mais d e 8 0 % d o ciclo pro- fissional é c o m p o s t o p e l a s "disciplinas r e l a c i o n a d a s às p a t o g e n i a s e s u a s e s pecificidades c o m o Dentística, Cirurgia, E n d o d o n t i a , D i a g n ó s t i c o O r a l , O r t o dontia, Radiologia e t c . " . • Pós-Craduação O Conselho Federal d e Odontologia, através da Resolução 181 de 0 6 . 0 6 . 1 9 9 2 , d i s c i p l i n o u a e s p e c i a l i z a ç ã o e m O d o n t o l o g i a , a d o t a n d o as d e c i sões da I Assembléia Nacional d e Especialidades O d o n t o l ó g i c a s , realizada e m abril d e 1 9 9 2 . O s requisitos p a r a o registro e i n s c r i ç ã o , c o m o e s p e c i a l i s t a , d o c i r u r ¬ gião-dentista s ã o , a s s i m , o s s e g u i n t e s : - título d e livre d o c e n t e , d o u t o r a d o o u m e s t r a d o , na á r e a d a e s p e c i a l i d a d e ; 13 M e l o , M . L. T. O s cursos d e O d o n t o l o g i a e a realidade nacional brasileira: contribuição para u m estudo. Tese d e mestrado, UFF, Niterói, 1 9 8 1 . - certificado d e curso d e especialização e m O d o n t o l o g i a ministrados por i n s t i t u i ç õ e s d e e n s i n o , e s c o l a d e s a ú d e p ú b l i c a o u militar o u e n t i d a d e d e c l a s s e , r e s p e i t a d a s a s n o r m a s d o CFE e d o p r ó p r i o C F O . A s e s p e c i a l i d a d e s a d m i t i d a s , e m n ú m e r o d e 1 4 , s ã o as s e g u i n t e s : cirur- gia e t r a u m a t o l o g i a buco-maxilo-faciais; d e n t í s t i c a r e s t a u r a d o r a ; e n d o d o n t i a ; odontologia legal; odontologia e m saúde coletiva; odontopediatria; o r t o d o n tia; p a t o l o g i a b u c a l ; p e r i o d o n t i a ; p r ó t e s e buco-maxilo-facial; p r ó t e s e d e n t á r i a ; radiologia; implantologia; estomatologia. A t é 1989 a CAPES tinha c r e d e n c i a d o 52 cursos d e mestrado e doutorad o . A t u a l m e n t e , outros 33 cursos estão sob avaliação. A imensa maioria dos cursos se localizam no Estado de S ã o Paulo. Exercício Profissional • Requisitos habilitantes/Controle deontológico A s a t i v i d a d e s profissionais d o cirurgião-dentista s ã o r e g u l a d a s p e l a s Leis 4 . 3 2 4 / 6 4 e 5 . 0 8 1 / 6 6 , b e m c o m o p e l o D e c r e t o 6 8 . 7 0 4 / 7 1 . C o m b a s e nessa legislação, o C o n s e l h o Federal d e O d o n t o l o g i a e s t a b e l e c e as n o r m a s para o exercício para o profissional exercício pelos legal cirurgiões-dentistas, das categorias incluindo-se profissionais de os nível requisitos médio re- lacionadas: t é c n i c o s e m prótese dentária, técnicos e m higiene dental e aten¬ dentes d e consultório dentário. P a r a o e x e r c í c i o legal d a s a t i v i d a d e s o s cirurgiões-dentistas e s t ã o o b r i gados à inscrição nos Conselhos Regionais d e Odontologia. O exercício das atividades d e t é c n i c o e m prótese dentária exige o di- p l o m a o u certificado d e curso d e prótese dentária, e m nível d e 2 o grau, c o n - f e r i d o p o r e s t a b e l e c i m e n t o oficial o u r e c o n h e c i d o . N o c a s o d e d i p l o m a s o u certificados e x p e d i d o s por instituições estrangeiras, é necessário a revalidaç ã o e o registro n o M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o . O t é c n i c o e m higiene dental e o a t e n d e n t e d e consultório dentário são habilitações profissionais d e 1 o e 2 o graus, regulamentadas pelos P a r e c e r e s 540/72 e 460/75 d o C o n s e l h o Federal de E d u c a ç ã o , q u e t a m b é m estão suj e i t a s a o registro n o s C o n s e l h o s R e g i o n a i s d e O d o n t o l o g i a . O c ó d i g o d e é t i c a e as n o r m a s relativas a o s p r o c e s s o s é t i c o o d o n t o l ó - gicos foram r e c e n t e m e n t e renovadas, e m decorrência da I Conferência N a c i o n a l d e Ética O d o n t o l ó g i c a , a t r a v é s d a s R e s o l u ç õ e s 1 7 9 d e 1 9 . 1 2 . 1 9 9 1 e 183 d e 0 1 . 1 0 . 1 9 9 2 , n o contexto d e u m debate bastante a m p l o sobre a questão d a ética nas profissões da saúde. • Registro d e estrangeiros O s cirurgiões-dentistas e s t r a n g e i r o s p o r t a d o r e s d e "visto t e m p o r á r i o " o u " r e g i s t r o p r o v i s ó r i o " p o d e r ã o , d u r a n t e s u a e s t a d i a n o Brasil, trabalhar inscrição profissional provisória. com N o c a s o d o s e s t r a n g e i r o s d i p l o m a d o s n o Brasil, n o r e g i m e d e c o n v e nio-cultural, as n o r m a s s ã o m a i s restritivas ( R e s o l u ç ã o 13 d e 9 . 1 2 . 1 9 6 7 ) . Oferta/Demanda N a última d é c a d a , o c r e s c i m e n t o d e i n s c r i ç õ e s d e cirurgiões-dentistas nos C o n s e l h o s Regionais d e O d o n t o l o g i a a u m e n t o u 5 1 % e m t o d o o país. A Região N o r d e s t e teve, relativamente, o m e n o r incremento ( 4 4 % ) e, a o lado d a R e g i ã o N o r t e t e m q u a t r o a c i n c o v e z e s m e n o s profissionais q u e o S u l e o Sudeste. T A B E L A 15 D i s t r i b u i ç ã o d o s Cirurgiões-dentistas Inscritos n o s C o n s e l h o s R e g i o n a i s d e O d o n t o l o g i a , p o r R e g i õ e s , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 9 2 Fonte: CFO. N o período 81/87 os postos d e trabalho para odontólogos tiveram u m a u m e n t o d e 4 8 % . A R e g i ã o N o r t e , c o m 1 2 7 % , foi a q u e m a i s c r e s c e u , a p e sar d e p e r m a n e c e r c o m u m b a i x í s s i m o n ú m e r o d e cirurgiões-dentistas. N o setor público, apesar d o s estados t e r e m a s s u m i d o a liderança quantidade d e postos d e trabalho para odontólogos, c h a m a a a t e n ç ã o na o crescimento d o s e g m e n t o municipal. N o s últimos anos, c o m a progressiva r e d u ç ã o d o n í v e l f e d e r a l ( n ã o - c o n t r a t a ç ã o a s s o c i a d o às s a í d a s p o r a p o s e n t a d o r i a , p r i n c i p a l m e n t e ) e a política d e " m u n i c i p a l i z a ç ã o " , d e v e ter a c e l e r a d o mais ainda a oferta d e e m p r e g o s pelos municípios. GRÁFICO 8 E v o l u ç ã o d o s P o s t o s d e T r a b a l h o p a r a O d o n t ó l o g o s , p o r R e g i ã o , Brasil, 1981/1987 Fonte: AMS/IBCE. Entre os o d o n t ó l o g o s é expressivo o contingente d e a u t ô n o m o s , h a v e n d o u m d e c r é s c i m o p o u c o significativo a o l o n g o d a d é c a d a d e 7 0 , d e 6 9 . 6 % para 5 4 . 5 % . GRÁFICO 9 E v o l u ç ã o dos Postos d e Trabalho para O d o n t ó l o g o s nos Estabelecimentos d e S a ú d e d o S e t o r P ú b l i c o , p o r N í v e l , Brasil, 1 9 8 1 / 1 9 8 7 8.000 T Fonte: AMS/IBCE. O s profissionais d e n í v e l m é d i o registrados n o s C o n s e l h o s R e g i o n a i s d e O d o n t o l o g i a a l c a n ç a m apenas 1 2 % da força d e trabalho e m e x p r e s s a n d o g r a n d e debilidade nessa c o m p o s i ç ã o . Odontologia, T A B E L A 16 Distribuição das H a b i l i t a ç õ e s Profissionais e m O d o n t o l o g i a Inscritos n o s CRO, p o r R e g i õ e s , Brasil, 1 9 9 2 Fonte: CFO. OUTRAS PROFISSÕES N e s t e item foram consideradas e incluídas diversas profissões, c a d a v e z mais presentes na c o m p o s i ç ã o da força d e trabalho d o s serviços d e s a ú d e . Agrupá-las n e s t e e s t u d o s e e x p l i c a , e m p a r t e , p e l a p r ó p r i a i n s u f i c i ê n c i a de d a d o s p a r a u m a a n á l i s e m a i s a p r o f u n d a d a . A l é m d i s s o , e m s e u c o n j u n t o , significam parcela ainda p e q u e n a se c o m p a r a d a s c o m os m é d i c o s e pessoal d e enfermagem. M u i t a s d e s s a s p r o f i s s õ e s f o r a m c r i a d a s o u se e s t a b e l e c e r a m c o m o p r o fissões d e s a ú d e há p o u c a s d é c a d a s . U m a e x c e ç ã o é o c u r s o d e f a r m á c i a , criado c o m o anexo ao de medicina e m 1832. A medicina veterinária v e m ampliando seu e s p a ç o t é c n i c o e político nos serviços públicos d e saúde, tanto no controle das mesmo zoonoses c o m o na v i g i l â n c i a sanitária d e a l i m e n t o s (VISA). C o m a m u n i c i p a l i z a ç ã o d e s sas a ç õ e s , t ê m s i d o a m p l i a d o s o s p o s t o s d e t r a b a l h o p a r a m é d i c o s v e t e r i n á rios n a s S e c r e t a r i a s M u n i c i p a i s d e S a ú d e . D a s p r o f i s s õ e s m a i s r e c e n t e s , a p s i c o l o g i a v e m se d e s t a c a n d o p e l o r á p i d o c r e s c i m e n t o d o n ú m e r o d e profisionais inscritos n o s C o n s e l h o s , t o t a l i z a n d o 79.524 inscrições até 1 9 9 2 . A Região Sudeste c o n c e n t r a a imensa m a i o ria d e s s e s profissionais ( 7 4 , 8 8 % ) , n u m a r e l a ç ã o d e 9 / 1 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s . T A B E L A 17 D i s t r i b u i ç ã o d e Profissionais d e S a ú d e Inscritos n o s C o n s e l h o s Profissionais, p o r R e g i õ e s , Brasil, 1 9 9 2 . Fonte: C F ' s (* = sem informação / # = parcial). T A B E L A 18 D i s t r i b u i ç ã o d e P r o f i s s i o n a i s d e S a ú d e Inscritos n o s C o n s e l h o s Profissionais, p o r R e g i õ e s , p o r 1 0 . 0 0 0 H a b i t a n t e s , Brasil, 1 9 9 2 Fonte: C F ' s (* = sem informação). A r e d e p a r t i c u l a r d e e n s i n o mostra-se c o m g r a n d e p r e d o m í n i o n a o f e r t a d e c u r s o s p a r a a f o r m a ç ã o d e p s i c ó l o g o s , f o n o a u d i ó l o g o s , assistentes s o c i a i s e fisioterapeutas. O s cursos d e f o r m a ç ã o d e m é d i c o s veterinários t e m u m a s i t u a ç ã o o p o s t a , c o m 7 1 , 4 % e m instituições p ú b l i c a s d e e n s i n o . D a m e s m a f o r m a q u e a d i s t r i b u i ç ã o d o s profissionais, a o f e r t a d e c u r s o s t a m b é m está c o n c e n t r a d a n a R e g i ã o S u d e s t e . T A B E L A 19 Distribuição dos Cursos d e Várias Profissões d e S a ú d e , S e g u n d o a Entidade M a n t e n e d o r a , p o r R e g i ã o , Brasil, 1 9 9 2 PÓS-GRADUAÇÃO D e n t r o d e u m sistema universitário m a r c a d o p o r g r a v e s d e f i c i ê n c i a s , a p ó s - g r a d u a ç ã o n o Brasil t e m s i d o c o n s i d e r a d a c o m o u m s e t o r b e m - s u c e d i do 1 4 , " e m b o r a c o n s t i t u a u m s e t o r restrito e esteja m u i t o d e s i g u a l m e n t e distri- b u í d a e n t r e as instituições d e e n s i n o superior". O s d a d o s disponíveis estão agregados sob a área "profissões da s a ú d e " q u e c o m p r e e n d e : e d u c a ç ã o física, e n f e r m a g e m , f a r m á c i a , fonoaudiologia, m e d i c i n a ( a d m i n i s t r a ç ã o d a s a ú d e , alergia e i m u n o l o g i a , a n e s t e s i o l o g i a , an¬ giologia, c a r d i o l o g i a , cirurgia m é d i c a , c l i n i c a g e r a l , d e r m a t o l o g i a , d o e n ç a s i n f e c c i o s a s e parasitárias, e n d o c r i n o l o g i a , g a s t r o e n t e r o l o g i a , g i n e c o l o g i a e o b s tetrícia, h e m a t o l o g i a , m e d i c i n a p r e v e n t i v a e s o c i a l , n e f r o l o g i a , neurologia, nutrologia, oftalmologia ortopedia e traumatologia, otorrinolaringologia, patologia, p e d i a t r i a , p n e u m o l o g i a , psiquiatria, r a d i o l o g i a , r e u m a t o l o g i a , u r o l o gia), n u t r i ç ã o e o d o n t o l o g i a . E m s e u c o n j u n t o , o s d a d o s e séries i n d i c a m u m a t e n d ê n c i a a o c r e s c i m e n t o . A c o n c e n t r a ç ã o d o s c u r s o s na á r e a p ú b l i c a faz u m c o n t r a p o n t o c o m a graduação, q u e tem no setor privado parcela importante d e seus cursos. A Região Sudeste, mais até q u e a graduação o u a residência médica, c o n c e n tra a i m e n s a m a i o r i a d o s c u r s o s , t a n t o d e m e s t r a d o c o m o d o u t o r a d o . O nú- m e r o d e bolsas c o n c e d i d a s a l c a n ç a a p r o x i m a d a m e n t e a m e t a d e d o s a l u n o s novos. 14 Durhan, E. R.; Gusso, D. A . A pós-graduação lia, 1 9 9 1 . no Brasil: problemas e deficiências, CAPES, Brasí- A Coordenação de Aperfeiçoamento d e Pessoal d e Nível Superior - CAPES - é O ó r g ã o responsável pela c o o r d e n a ç ã o e o p e r a ç ã o d o sistema d e a v a l i a ç ã o e d e subsidiar o C o n s e l h o Federal d e E d u c a ç ã o n o p r o c e s s o de c r e d e n c i a m e n t o d o s p r o g r a m a s . O s s i s t e m a s d e bolsas d e e s t u d o d e pós-grad u a ç ã o são compartidos entre e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e T e c n o l ó g i c o - C N P q . N o â m b i t o federal, a Financiadora d e Estud o s e P e s q u i s a s - FINEP, s e a s s o c i a a o C N P q e à C A P E S n o f i n a n c i a m e n t o d e linhas d e pesquisas e programas d e pós-graduação. N o âmbito estadual func i o n a m a l g u m a s a g e n c i a s d e f o m e n t o à pesquisa, destacando-se as agências d o s Estados d e S ã o Paulo, Rio G r a n d e d o Sul e Minas Gerais. T A B E L A 20 D i s t r i b u i ç ã o d o s C u r s o s e d o s A l u n o s Inscritos n o s C u r s o de Pós-graduação, nas P r o f i s s õ e s d a S a ú d e , Brasil, 1 9 8 9 F o n t e : CAPES. GRAFICO 10 Distribuição Percentual dos Alunos Matriculados nos Cursos d e Pós-graduação das Profissões d e S a ú d e , S e g u n d o a D e p e n d ê n c i a A d m i n i s t r a t i v a , Brasil, 1 9 8 9 F o n t e : CAPES. T A B E L A 21 D i s t r i b u i ç ã o P e r c e n t u a l d o s A l u n o s V i n c u l a d o s a o s P r o g r a m a s d e Pós-grad u a ç ã o das Profissões d a S a ú d e , por R e g i ã o e Nível d o C u r s o , Brasil, 1989 G R Á F I C O 11 Distribuição dos A l u n o s d e M e s t r a d o nos Cursos das Profissões da S a ú d e , 1986/1990 Fonte: CAPLS. GRÁFICO 12 Distribuição dos Alunos d e D o u t o r a d o nos Cursos das Profissões da S a ú d e , Brasil, 1 9 8 6 / 1 9 9 0 L E G I S L A Ç Ã O S O B R E R E G U L A M E N T A Ç Ã O D O EXERCÍCIO PROFISSIONAL E CRIAÇÃO D O S CONSELHOS D A S PROFISSÕES DA SAÚDE Documento Data Decreto 20.862 28/12/1931 Ementa Regula o exercício da odontologia pelos dentistas práticos. Decreto 20.931 11/01/1932 R e g u l a e fiscaliza o e x e r c í c i o d a m e d i c i n a , da odontologia, profissões de da veterinária farmacêutico, e das parteira e e n f e r m e i r a n o Brasil. Decreto 21.073 22/02/1932 Regula o exercício da odontologia. Decreto-Lei 3.171 02/04/1941 Cria o Serviço de Fiscalização da Medicina e Farmácia. D e c r e t o - L e i 7.718 09/07/1945 Dispõe sobre a formação do cirurgião- dentista e regulamenta a profissão. Decreto-Lei 7.955 13/09/1945 Cria os Conselhos Federal e Regional de Medicina. Decreto-Lei 8.778 22/01/1946 Regula os e x a m e s d e habilitação para auxiliares d e Lei 7 7 5 06/08/1949 os enfermagem. Dispõe sobre o ensino da enfermagem no País. Lei 1.314 15/01/1951 Regula o exercício dos cirurgiões- dentistas. Lei 2.604 16/09/1955 Regula o exercício da enfermagem. Lei 3.268 30/09/1957 D i s p õ e sobre os Conselhos d e Medicina. Decreto 44.045 19/07/1958 Aprova o Federal e regulamento dos do Conselhos Conselho Regionais de Medicina. Lei 3.820 11/11/1960 Lei 3.640 10/10/1959 R e g u l a m e n t a a profissão d e farmacêutico. Revigora que o Decreto-Lei dispõe enfermagem sobre e lhe 8.778 o altera de 1946 exercício da o do alcance artigo 1 " . Decreto 50.387 28/03/1961 Regula o exercício da e n f e r m a g e m e suas f u n ç õ e s auxiliares. Lei 3.999 15/12/1961 Altera o salário-mínimo cirurgiões dentistas. dos médicos e Documento Data Lei 4 . 1 1 9 27/08/1962 Ementa Dispõe sobre os cursos d e f o r m a ç ã o psicologia e regulamenta a em profissão de Cria os Conselhos Federal e Regionais de psicólogo. Lei 4 . 3 2 4 14/04/1964 Odontologia. Lei 5.081 24/08/1966 Regula o exercício da odontologia. Decreto-Lei 150 09/02/1967 Dispensa de Fiscalização os registro da diplomas no Medicina expedidos Serv. Nac. e Farmácia da por escolas de ou faculdades d e medicina e farmácia. Lei 5.517 23/10/1968 Dispõe sobre o exercício médico veterinário Federal e e profissional cria Regionais os do Conselhos de Medicina Veterinária. Decreto 64.704 17/06/1969 Aprova o médico veterinário regulamento e da profissão de Conselhos de profissional do dos M e d i c i n a Veterinária. Decreto-Lei 9 3 8 13/10/1969 Regulamenta o exercício fisioterapeuta e terapeuta o c u p a c i o n a l . Decreto-Lei 67.057 14/08/1970 Dispõe sobre a vinculação Federal de Odontologia do Conselho e Conselhos Regionais de Odontologia. Decreto 67.284 28/09/1970 Aprova o regulamento da Comissão de que criou os Cria os C o n s e l h o s Federal e Regionais de Enquadramento Sindical. Decreto 68.704 03/06/1971 Regulamenta a Lei 4.324 Conselhos de Odontologia. Lei 5.766 20/12/1971 Psicologia. Lei 5.905 02/07/1973 Cria os Conselhos Federal e Regional de Enfermagem. Lei 6.316 17/12/1975 Cria os C o n s e l h o s Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia O c u p a c i o n a l . Lei 6.583 20/10/1978 Cria os C o n s e l h o s Federal e Regionais Nutricionista e regulamenta de seu funcionamento. Decreto 79.137 18/01/1977 Inclui os conselhos na classificação de órgãos d e deliberação coletiva. Decreto 79.822 27/06/1977 Regulamenta que criou a os Lei 5.766 Conselhos Regionais d e Psicologia. de 20/12/71 Federal e Lei 6.684 08/09/1979 Regulamenta a profissão de biólogo e b i o m é d i c o e cria os C o n s e l h o s Federal e Regionais d e Biologia e Biomedicina. Lei 6.965 09/12/1981 Lei 6.839 30/10/1980 Lei 6.994 26/05/1982 Regulamenta o exercício profissional de fonoaudiólogo. D i s p õ e s o b r e o registro d e e m p r e s a s . Dispõe sobre a vinculação dos Conselhos ao Ministério d o Trabalho. Decreto 87.497 19/08/1982 R e g u l a m e n t a normas para contratação d e estudantes de estabelecimentos de ensino superior e d e 2 " grau regular e supletivo, na c o n d i ç ã o d e estagiários. Lei 7.017 30/08/1982 Dispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federal e Regionais d e Biologia e Biomedicina. Decreto 88.147 08/03/1983 Regulamenta a Lei 6.994 de 1982 dispõe sobre a vinculação dos que Conselhos ao Ministério da Trabalho. Lei 7.498 25/06/1986 Dispõe sobre a regulamentação do exercício da e n f e r m a g e m . Decreto 98.377 08/11/1989 Dispõe sobre a criação de novos cursos d e ensino superior na área d e saúde. Lei 8.138 28/12/1990 Dispõe sobre as atividades do médico residente e assegura o valor d a bolsa de estudo. Lei 8.234 17/09/1991 Regulamenta o exercício professional de o exercício profisssional do nutricionista. Lei 8.662 07/06/1993 Regulamenta assistente social.