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Vergonha foi a palavra mais escrita no Facebook de Passos Coelho -‐‑ Política -‐‑ PUBLICO.PT
03 de Novembro de 2012
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Vergonha foi a palavra mais escrita no Facebook de Passos
Coelho
03.11.2012 - 08:40 Por Raquel Albuquerque
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Uma equipa de investigadores portugueses
analisou mais de 51 mil comentários
deixados na página do primeiro-­ministro,
após a mensagem que Passos Coelho
escreveu aos portugueses na noite de 8 de
Setembro. Há quem veja os comentários
como uma “manifestação online” ou “uma
catarse”. Mas aqui também pode estar um
retrato da sociedade de hoje
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1. Pombo-­correio com mensagem secreta do Dia D
finalmente encontrado
(Foto: Nuno Ferreira Santos)
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“Vergonha”, “pobre” e “coragem” foram as três palavras mais repetidas nos comentários
escritos no Facebook de Passos Coelho num intervalo de nove dias. Nesse intervalo de
tempo, entre 8 de Setembro (dia da publicação da mensagem) e 17 de Setembro (dois dias
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depois das manifestações de dia 15, que reuniram dezenas de milhares de portugueses nas
ruas), foram escritos 51.566 comentários em reacção à mensagem que o primeiro-ministro
assinou como “Pedro” e no qual disse ter feito “um dos discursos mais ingratos quem um
primeiro-ministro pode fazer”. Até hoje já foram quase 78 mil comentários a essa mensagem
que se seguiu ao anúncio da intenção de aumentar as contribuições dos trabalhadores para a
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com um rapaz
6. Vergonha foi a palavra mais escrita no Facebook de
Passos Coelho
Segurança Social. A medida acabou por não avançar depois de muitas críticas e de uma
reunião do Conselho de Estado em que o Governo foi convidado a explicar-se. Já os
comentários no Facebook continuaram a crescer. Uma equipa de investigadores, no âmbito de
um projecto em jornalismo computacional, extraiu as reacções e fez uma lista com as 50
palavras mais repetidas.
7. Três mil candidatos "ao melhor trabalho do mundo"
Com base nessas palavras, foi desenhada uma “nuvem” dinâmica, na qual os vários termos
surgem dentro de bolhas com um tamanho maior ou menor, consoante o número de
ocorrências da palavra. Quanto mais vezes foi escrita, maior é o tamanho da bolha.
“Sacrifício”, “mentiroso”, “desemprego”, “pior” ou “fome” estão dentro das maiores bolhas;
“merda”, “poleiro”, “lata”, “equidade”, “cambada” ou “democracia” nas mais pequenas.
10. Balsemão e Nicolau Santos absolvidos de pagar 70
milhões à Ongoing
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mais" votos
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contadas pelos políticos?
http://publico.pt/1569883
COMENTÁRIO + VOTADO
Incompetentes
Não vale a pena vir com a
história dos anos anteriores
de Sócrates e companhia,
como sabem, a não ...
Miguel Costa E Castro
03.11.2012 10:29
Assinar
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vergonha
responsável
430
963
853
603
pobre
justo
708
fome
cambada
505
lata
mau
piegas
corrupto 467 determinação
765
448incompetente
989
1029
poleiro
desempregopalhaço
425
786
1664
respeito
equidade
coragem
443
mentiroso
1876
2329
justiça
940
vergonhososegurança
forte
difícil
democracia 662
681
honesto
495
gatuno
ingrato
743
aldrabão
688
medo
683
1031
verdade
Imobiliário
1098
522
570
519
capaz
mentira
831
2033
triste
475
703
bruto
dignidade burro
620
chulo
educação
sacrifício
1415
625
440
604
passar
fome
6131 menções
vivo
753
3139
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581
desempregado
dificuldades
1271
673
problema
1470
velho consciência fraco
576
553
erro
522
1136
pior
1663
Carga e Transportes
“
“
Simplesmente às reformas mais duque
uma, e aos sacrifícios com o Sr. Primeiro
“
Gostaria de o ver a viver como vivem
VOOS PARA TELAVIVE E CAIRO
neste momento a maioria dos
Lufthansa Cargo acompanha crescimento do
Médio Oriente
Ministro a todos os Portugueses o que é
Portugueses. LADRÃO, ALDRABÃO,
uma pura mentira, e faz das pessoas de
rouba aos pobres para encher a barriga
ignorantes, otários e burros!!!
dos filhos da mãe que estão aí consigo.
”
MENTIROSO!! COBARDE!! eSCOLHE
OS 15 MINUTOS ANTES DO JOGO DA
“
”
Canalha mentiroso... Sabe quanto vai
Airbus inaugura nova fábrica em França
DIAS 30 E 31 DE OUTUBRO EM LISBOA
Aplog em congresso atento às exportações
passar a levar para casa um indivíduo
SELEÇÃO nACIONAL PARA VER SE
que ganhe o salário mínimo nacional???
PASSAVA DESPERCEBIDO AOS
Claro que não sabe, o senhor ganha
PORTUGUESES!! VIGARISTA
muitos ordenados mínimos, não é
LADRÃO!!
assim?
”
PARA PRODUÇÃO DO AVIÃO A350
”
2710 comentários/hora, 9 Sep 21:00
Powered by REACTION
Catarse ou retrato?
A análise passou por duas fases. “A extracção de comentários recorreu à Graph API do
Facebook, que disponibiliza métodos para recolher posts públicos e os respectivos
comentários”, explica Eduarda Mendes Rodrigue, professora no Departamento de Engenharia
Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigadora do
projecto REACTION, que desenvolveu o trabalho. Depois foi aplicado um léxico de
sentimento, desenvolvido no âmbito do mesmo projecto. “É possível visualizar a polaridade de
cada expressão de sentimento no léxico, premindo o botão do rato sobre cada uma das
bolhas”, explica Paula Carvalho, linguista e investigadora do INESC-ID. “A cor verde está
associada aos termos classificados como positivos e a vermelha aos termos classificados
como negativos. Não se procedeu a qualquer análise sintáctica ou semântica, pelo que as
expressões podem não veicular sentimento ou veicular um sentimento diferente daquele que
têm no léxico”.
São várias as leituras possíveis de fazer a partir destes resultados: desde a simples
constatação sobre o peso e significado de cada palavra, até à análise mais alargada sobre o
que podem dizer da sociedade de hoje. Procurámos juntar outras opiniões a este trabalho,
como a de Mário Soares, José Gil, Eduardo Lourenço ou Mário de Carvalho que, por falta de
disponibilidade, não responderam.
Na opinião de António Costa Pinto, politólogo, é “perfeitamente possível” fazer um retrato da
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Vergonha foi a palavra mais escrita no Facebook de Passos Coelho -‐‑ Política -‐‑ PUBLICO.PT
sociedade a partir daqui. “Vergonha, pobre e desemprego são dos núcleos mais fortes: o
desemprego a aumentar e o cenário de pobreza. É uma sociedade que sente esse
empobrecimento e a ameaça do desemprego”.
A palavra “vergonha”, defende o politólogo, tanto é usada como crítica (como é evidenciado na
expressão “falta de vergonha”), como para dizer “eu estou com vergonha”. Ligados a esta
palavra, diz Costa Pinto, estão outros elementos como a “mentira”, lembrando a “contradição
entre a campanha eleitoral e a prática governamental”.
O que diz um escritor?
Do ponto de vista de um escritor – dado que escolhe, conjuga e articula palavras diariamente
no seu trabalho – há algo a dizer sobre a dimensão e peso dos termos mais repetidos. “Creio
que, nestes comentários a Passos Coelho, a palavra ‘vergonha’ deve ter sido antecedida com
frequência pelas palavras ‘falta de’”, comenta José Luís Peixoto, destacando que a acção de
Pedro Passos Coelho deu origem a vários tipos de vergonha.
“Vergonha por terem votado nele, vergonha do tipo de políticos que continuamos a considerar
com perfil para governarem este país ou, também, aquela vergonha que se sente em lugar dos
outros, a chamada ‘vergonha alheia’”. Mas há ainda a utilização de substantivos que
correspondem a valores essenciais, como coragem, segurança, dignidade, justiça, respeito,
diz o escritor. “Sinto que, neste momento, a maioria dos portugueses, muito provavelmente
uma grande parte daqueles que se abstêm eleição após eleição, estão a reflectir sobre a
própria raiz de toda esta situação e, ao fazê-lo, tocam aquilo que é a essência de qualquer
discussão, de qualquer reflexão: os valores”.
A opinião de João Duarte, CEO da agência de comunicação YoungNetwork, é diferente. “Acho
que não dá para fazer um retrato da sociedade. É um desfasamento da realidade porque o
perfil das pessoas que estão no Facebook é uma amostra que não reflecte os dez milhões de
portugueses”.
O que a política inspira
Já de um ponto de vista psicológico, há quem veja nestas palavras “as preocupações e
emoções relacionadas com o que foi anunciado: a ideia do sofrimento e dos sacrifícios só para
alguns. Fala-se em ‘equidade’ por essa razão: pela falta de equidade”, comenta Isabel
Menezes, psicóloga e docente na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade do Porto (FPCEUP) “É curiosa também a referência à “coragem”, tanto pela
positiva como pela negativa. Em geral, é um discurso emocionalmente carregado, mas é isso
que a política inspira”. Para quem estuda a participação política através dos novos media,
estes foram comentários “espontâneos, honestos e imediatos”. Cláudia Lamy, investigadora
do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa (CIESIUL), destaca a personalização feita à volta do primeiro-ministro. “As pessoas utilizaram
aquele perfil para irem directamente a quem personifica o Governo. É um desabafo, é dizer à
pessoa o que se pensa dela. Funciona como uma catarse, que não é conseguida através de
outros meios”.
Um diálogo ilusório
Deixar um comentário directamente na página do primeiro-ministro transmite uma sensação
de capacidade de expressão, intervenção e participação políticas. “Nas redes sociais, as
pessoas sentem-se muito escutadas. É algo diferente de assinar uma petição”, comenta Isabel
Menezes. “A maior parte das pessoas sente um diálogo, que é ilusório, mas tem feedback com
o que as outras pessoas comentam. Isso dá um sentido de eficácia e leva a dizer: ‘eu posso
fazer alguma diferença com a minha acção’”.
A necessidade de um feedback a essa iniciativa é defendida por Sam Gosling, psicólogo e
professor na Universidade do Texas em Austin, que tem desenvolvido estudos sobre a
personalidade e comportamento dos utilizadores das redes sociais. “As pessoas podem
acreditar num sistema [político], mesmo que o resultado não favoreça os seus interesses, se
acharem que esse sistema é justo. Por isso, sistemas transparentes que não pareçam
favorecer uns em detrimento de outros podem conseguir apoio da comunidade. É claro que
isto não funciona se quem comenta se sente ignorado”, disse ao PÚBLICO, por email. Quanto
ao feedback, Sam Gosling diz que pode ser uma simples resposta, “a publicação no Facebook
de um resumo dos comentários e uma resposta geral” ou uma mudança política.
João Duarte foca o mesmo ponto: a importância da interactividade quando se está a falar da
gestão de uma página no Facebook. “É claro que não é o primeiro-ministro que gere a página,
mas as redes sociais ainda são usadas como se fosse mass media, sem preocupação com a
interactividade”, refere. “Claro que não é possível responder um por um, mas pode haver uma
reacção. Pode haver um feedback explicativo”.
O que vale a democracia tecnológica?
Mesmo sem resposta, a emoção é um catalisador da mobilização, lembra Isabel Menezes,
associando-se também a uma sensação de poder individual. “Uma das diferenças
significativas do impacto das redes sociais e da democratização da comunicação é o aumento
da participação”, comenta António Costa Pinto. Essa participação é um sinal positivo, destaca
o politólogo, sobretudo tendo em conta que Portugal tem um dos índices mais baixos de
participação cívica e política, quando comparado com outros países europeus, de acordo com
dados da European Social Survey. “A democracia tecnológica aumentou os canais de
mobilização da sociedade”, conclui.
Como foi sublinhado pelo CEO da YoungNetwork, e referido pelos outros especialistas, é
preciso não esquecer que só uma parte da população usa internet e, em particular, as redes
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sociais. E, segundo dados do relatório de 2012 do Observatório da Comunicação (A Internet
em Portugal), 43 por cento dos agregados domésticos, em 2011, não tinham acesso à internet.
Dos internautas, 73.4% usam as redes sociais; e, dentro desse universo, 97.3% usam o
Facebook.“Estas são pessoas informadas e que participam, embora nem todas as pessoas
que têm perfil no Facebook participem”, descreve João Duarte. Há pessoas de todas as idades
ainda que o intervalo dos 15 aos 40 anos englobe os utilizadores mais activos. Também Isabel
Menezes sublinha um aumento da participação cívica e política dos jovens, “contrariando o
discurso e a ideia de que temos um problema com os jovens e a sua ligação à Política”. A
investigadora explica que “o que há é um declínio das formas convencionais de participação
política”.
António Costa Pinto lembra que a iniciativa de deixar um comentário já significa algum capital
social e margem de activismo. “Essa pessoa tem uma maior probabilidade de participar numa
manifestação”. Uma das opiniões é a de que esta foi uma manifestação online, em oposição à
manifestação física (offline) do dia 15 de Setembro. O que têm em comum? Muitas das
palavras escritas no Facebook coincidem com as dos cartazes da manifestação nas ruas ou as
que se ouvem numa conversa de café. E de diferente? A ausência de contacto físico, como
sublinha Isabel Menezes; e a capacidade de cada um “ter a sua voz própria” no Facebook, na
opinião de Cláudia Lamy.
José Luís Peixoto sublinha a “impotência” que pode ser sentida quando as pessoas começam
a reflectir sobre a raiz da situação actual. “Daí a presença de uma família de palavras que,
creio, está muito menos representada neste contexto do que nas conversas quotidianas dos
portugueses”, afirma. “Talvez a razão seja o formalismo e a boa educação que mantemos na
escrita. Refiro-me a palavras como: merda, cambada, chulo, gatuno, palhaço, entre outras. Em
Portugal, a falta de hábito faz com que exista um certo choque quando se vê esse tipo de
palavras escritas. Já no que toca a dizê-las, não há qualquer tipo de pudor”.
A mensagem foi um risco, não um erro
Pensar que a mensagem de Passos Coelho, ao ser publicada no Facebook, foi na verdade
dirigida só aos utilizadores das redes sociais é um erro, afirma o CEO da YoungNetwork. “A
mensagem passa para os mass media. Aliás, muitas das coisas passam das redes sociais
para os mass media”. É aí que se dá o maior impulso na difusão da mensagem.
Os comentários foram negativos na sua maioria, algo difícil de evitar não pela forma ou tom da
mensagem escrita no Facebook, defende João Duarte, mas pelo teor do anúncio que tinha
sido feito pelo primeiro-ministro. “Esta mensagem no Facebook usa um tipo de discurso e
proximidade que não fazem sentido. Mas esse é um erro menor. O principal erro era a
mensagem de fundo”.
Mas quando se gere a página de um político no Facebook há regras a seguir. “Primeiro, tem
de haver um objectivo. Segundo, é preciso saber qual a estratégia ou o plano para atingir esse
objectivo. Terceiro, saber qual o tipo de mensagem que se escreve. Quarto, saber o que é que
se diz e o que é não se pode dizer”, diz João Duarte.
Se foi um erro publicar esta mensagem? “Não foi um erro, foi um risco”, responde António
Costa Pinto. “Assim permite-se à cidadania a expressão da sua opinião”. Cláudia Lamy
acrescenta que vale a pena o risco. “Nem que seja pelo simbólico da presença e pela ideia da
proximidade”.
Da visualização desta nuvem fazem parte outras componentes. É mostrado o contexto de
utilização de cada palavra, através de exemplos de comentários de utilizadores com perfis
públicos. E é também apresentada uma linha temporal que permite perceber as várias ondas
de reacção e a evolução do fluxo de comentários, tanto nos dias que se seguiram à
publicação da mensagem, como após a manifestação do dia 15. Esta análise resulta da
colaboração de equipas da Universidade Técnica de Lisboa (INESC-ID), da Universidade do
Porto (FEUP e LIACC), do Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ), dos Labs Sapo
(UP e Picoas) e do PÚBLICO, no âmbito do projecto REACTION, apoiado pela Fundação para
a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do programa UTAustin-Portugal.
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Paulo Alexandre . 03.11.2012 10:55 Via Facebook
a culpa
a culpa não é só dos governos e dos bancos, é da ganancia das pessoas que queriam ter casas grandes e grandes carros.
pensavam que podiam ser os maiores! Agora é vê-los aí na rua a pedir esmola... triste mentalidade. Não vou deixar de dizer que este
governo é muito incompetente, falso e perigoso..
Este comentário tem 5 respostas
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Miguel Costa E Castro . 03.11.2012 10:29 Via Facebook
Incompetentes
Não vale a pena vir com a história dos anos anteriores de Sócrates e companhia, como sabem, a não ser por pouco tempo e
logo a seguir ao 25 de Abril de 74 em que o PCP teve alguma influencia, os partidos que têm estado à frente dos respectivos governos têm
sido o PS e o PSD com o CDS a fazer de "muleta" varias vezes, portanto se isto está mau e a culpa é dos anteriores, então é culpa é
quase 100% destes três, que se intitulam de partidos do arco da governação. Agora que desde o 25 de Abril não aparecia um governo tão
INCOMPETENTE como este, isso acho que quem quiser ser minimamente honesto, tem que concordar.
Este comentário tem 4 respostas
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Francisco Machado . 03.11.2012 10:23 Via Facebook
A política sem ética é uma vergonha
"A política sem ética é uma vergonha" - Francisco Sá Carneiro - Fundador e Presidente do Partido Social Democrata
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maria , portugal. 03.11.2012 17:27
Vergonha das Vergonhas
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X
Este governo e os seus pares ( cavaco, grupos económicos, etc), são a Vergonha das Vergonhas. Estão obstinados em
agradar, e aplicar as políticas dos assassinos estrangeiros. Mais tarde ou mais cedo, vão ter a violenta resposta na proporção do mal que
estão a provocar aos Portugueses.
Embaixador Francisco Seixas
da Costa abandona funções
em Paris Este comentário tem 0 resposta
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Luísa Rodrigues , Lisboa. 03.11.2012 16:53
Perplexidades
Só não percebo é como um povo que votou maioritariamente, há tão pouco tempo, neste partidos e nestas pessoas vem agora
insultá-las do pior e pedir que se vão embora! Talvez não fosse má ideia se os portugueses começassem a aprender a usar a democracia
- o que exige esforço, atenção, reflexão e auto-crítica. É que com governos que, desde 1976, têm uma duração média de dois anos, não
sei onde é que os votantes portugueses querem levar o país.
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Responder a este comentário
Óscar Mota , Aveiro. 03.11.2012 16:20
Nuvens carregadas, mau tempo.
Quatro nuvens de palavras , 2 grandes e duas pequenas, nos comentários a “Pedro”: 1) a nuvem da indignação (mentira,
vergonha, (in)justiça, (des)respeito, etc. - 2/5 das palavras). 2) a nuvem da situação de vida (pobre(za), desemprego, sacrifício, pior,
fome, etc.- 2/5 das palavras), 3) a da competência / capacidade e a da 4) coragem / determinação.
Este comentário tem 0 resposta
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Rogério Branquinho , Coimbra. 03.11.2012 16:01
Vergonha
Vergonha, ou falta dela? Uma das duas , senão mesmo as duas, são marcas de estupidez e subserviência que a nossa história
recente tão bem conhece. Mas será que o Sr. é SURDO??????????? Quer parecer que sim.
Este comentário tem 0 resposta
Responder a este comentário
Anónimo , Santarém. 03.11.2012 15:42
Vamos em frente.
Como diz e bem o Bispo das FA e o Presidente da Associação 25 de Abril. Este Governo a mando de Berlim, esta a empobrecer
os Portugueses intencionalmente, para a seguir aparecer dizendo nós fomos os salvadores de Portugal. Ainda agora tomeiu coinhecimento
que com vencimentos iguais, um reformado para mais de IRS que um trabalhador no activo. Como é possível se o reformado já fez os
seus descontos, entregando as suas economias ao longo de varios anos na mão do Estado. Com 42 Anos de descontos e 62 anos de
idade, cinto-me literalmente roubado por esta cambada de ladrões. Se o Minitro das Finanças não me paga o 13º e 14º Mês, devolva-me
ao manos o que eu descontei ao longo da minha carreira contributiva para ter direito aos 14 meses ano. Pena que esta porcaria não entre
num estado de sítio.
Este comentário tem 0 resposta
Responder a este comentário
Dita Dura , Portugal. 03.11.2012 15:26
Vergonha, Público
O Jornal Público tem perdido clarividência e qualidade. As dificuldades internas não justificam tudo. Estas vingançazinhas ficamvos muito mal.
Este comentário tem 0 resposta
Responder a este comentário
Pedro Pereira Neto , Lisboa. 03.11.2012 14:59
Falha gravissima
Raquel Albuquerque, quem é "uma equipa de investigadores"? Não faz parte da formação jornalística apresentar o "quem"?...
Este comentário tem 1 resposta
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