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Diretor: Nelson de Paula Duarte - Bissemanário de Circulação Regional - São Sebastião do Paraíso/MG, Sábado, 31 de Maio de 2014 - ANO XXVIII - Edição: 1795 - R$ 1,50
Reminho altera a Lei do Silêncio e
Câmara aprova verbas para festas
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Nelson P. Duarte
José Rogério Lara, Suzana Souza, Marcio Augusto Montella, Rogério do Couto Rosa Araújo e Marlon Braga Petrus
Cooparaiso já vive outro momento,
salientam diretores
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Veja como
estão os preços
de combustíveis nos
postos em Paraíso
Pichadores
emporcalham
propriedades
na área central
Paraíso sedia
reunião do Comitê de
Bacias Hidrográficas
do Médio Rio Grande
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CURT
AS
CURTAS
CATEGÓRICO
O prefeito Reminho foi bastante categórico e incisivo em
sua entrevista à EPTV sobre a festa agropecuária da cidade.
Ele disse que a Prefeitura vai respeitar a lei e que a Expar irá
sim acontecer. A resposta foi em relação a ação proposta
pelo Ministério Público e acatado pela Justiça local coibindo
os abusos de som alto em eventos realizados no Parque de
Exposições. O assunto foi motivo de grande repercussão e
reboliços na opinião pública em toda a cidade com opiniões
para todos os gostos.
REAÇÃO
Na quinta-feira passada o prefeito Reminho enviou projetos à Câmara Municipal, relacionados a proibição de shows
na Expar. Um dos projetos muda a lei do som e permitirá que
o evento aconteça, com volume a conferir. Outro garante o
repasse de verba para o sindicato fazer a festa, nada mais,
nada menos do que meio milhão de Reais. Também na mesma tacada, encaminhou proposta de verba para a realização
das festas da Congada em dezembro deste ano e o carnaval
de 2015. Vai ter festa, pão e circo estão garantidos. Pergunta
que não quer calar será que tem verba para as entidades
sociais ou para o término e funcionamento da Escola José
Carlos Maldi, no bairro Bela Vista?
TOQUE DE CAIXA
Projeto na Câmara, os vereadores se apressaram em analisar e conceder parecer favorável aos projetos do Executivo
tudo em uma sessão com intervalo mínimo de 15 minutos. O
vereador José Luiz Corrêa pediu vistas ao projeto do som e
Walkinho e Jesu Araújo ao que prevê contribuição financeira
de R$ 500 mil ao Sindicato dos Produtores Rurais. Semana
que vem os projetos serão devolvidos poderão ser votados e
aprovados. Isso porque a maioria absoluta de vereadores é
favorável às proposições vindas do andar debaixo do prédio
nº 100 da Praça dos Imigrantes.
Na TV
Por falar em propaganda quem apareceu em destaque
nesta semana por várias ocasiões nas inserções políticas
que são válidas nas emissoras de televisão de Minas Gerais
foram os candidatos do PSC. Além do eventual presidenciável pastor Everaldo e do presidente do partido no Estado,
doutor Boni pessoas conhecidas da comunidade também
puderam ser vistas. Um deles é o diretor da Faculdade
Calafiori, Márcio Calafiori pré-candidato a deputado federal.
O outro é o vereador Marcão da Ambulância. Ambos foram
apresentados ao eleitorado mineiro em horário nobre no domingo e também na quinta-feira.
Vai vai
Apesar de aparecer na propaganda política do PSC, a précandidatura do vereador Marcão à deputado estadual não está
garantida. Ele mesmo já havia deixado bem claro que se houvesse um “certo personagem” na cidade que também se dispusesse a disputar o mesmo cargo ele então abriria mão.
Como as convenções acontecem só daqui a algumas semanas, muito embora já tem gente fazendo campanha adoidado, não se sabe ao certo se Marcão vai ou não vai ser candidato a deputado. Por enquanto a incógnita e a dúvida permanecessem.
Manifestação
Familiares e amigos do garotinho Kauã vítima fatal em um
acidente de trânsito ocorrido na Avenida Zezé Amaral, há cerca
de uma semana prometem ir à Câmara Municipal na próxima
quinta-feira, 5 de junho. O protesto deveria ocorrer nesta semana, mas coincidiu coma celebração da missa de sétimo
dia, ocorrida no mesmo dia e horário da reunião dos vereadores. Mais uma vez a população cobrará providências dos vereadores e autoridades para a questão da violência do trânsito na cidade. O número de acidentes continua crescente inclusive com novas ocorrências a cada dia. Vai dar pano para
as mangas.
Lombadas
O vereador Walker Américo de Oliveira apresentou projeto
de lei que prevê a construção de lombadas e quebra molas
na cidade pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de
Obras e a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Transportes. O assunto rendeu um bom debate entre
os vereadores com apresentações de emenda e muitos
questionamentos sobre a postura da administração. No entanto, é sabido que a desculpa é a Municipalização do Trânsito, só que até agora ninguém se prontificou a resolver as
pendências existentes para que a legislação local seja aprovada nos órgãos superiores. Assim vão empurrando com a
barriga. O problema é mais embaixo minha gente.
Alternativa
Na realidade, informação obtida por esta coluna dá conta
que propor a construção de lombadas é a mesma coisa que
risco n’água, ou seja, em nada irá resultar. Isto porque o prefeito Reminho Aloise é terminantemente contra lombadas. E
como ele é o detentor da caneta que aprova a colocação dos
referidos obstáculos, pode significar que o projeto de Walkinho
está fadado a não sair do papel. Se é contra lombadas, poderia então o prefeito dispor de outra alternativa capaz de pôr
fim aos voos baixos que se tem praticado por ruas e avenidas
de Paraíso.
Táxis
Taxistas deixaram o trabalho na tarde de quinta-feira e
estiveram reunidos por um bom período na Câmara Municipal. Pelo jeito chegaram a um consenso, pois, o representante da categoria que faria uso da Tribuna Livre, acabou declinando ao convite. Representantes do mesmo grupo também estiveram na promotoria e ficaram sabendo que a exigência de alguns itens não partiu de lá. O detalhe é que foram avisados de que poderão ter a prestação do serviço interrompida nos próximos dias se as providências e ajustes de
conduta assumidos não forem cumpridos. Uma sensação de
alívio e pressão no ar.
Na semana
O vereador Sérgio Aparecido Gomes, presidente da poderosa Comissão de Finanças, Justiça e Legislação e o vereador líder do prefeito, Valdir Donizete do Prado, garantiram
que nesta semana sairá o parecer que permitirá votar o projeto de regulamentação do serviço de táxi que está emperrado
há um bom tempo. Segundo eles o assunto demanda estudos e há muita jurisprudência. Então para a próxima quintafeira a casa deverá estar lotada também de taxistas que vão
acompanhar os desdobramentos que o projeto vai tomar. Fato
é que existe uma contagem regressiva em andamento para
que o atual serviço do jeito que está seja suspenso. Tem
licitação à vista.
A outra
Já no final da sessão de quinta-feira, o presidente da casa,
José Luiz Corrêa anunciou que ontem, sexta-feira não poderia estar em um evento sobre o projeto Parlamento Jovem,
realizado pela colega vereadora Dilma de Oliveira. A justificativa é de que estaria em Poços de Caldas, em evento com a
outra Dilma, a Rousseff que esteve em visita à região para a
entrega de máquinas e caminhões aos prefeitos de municípios com menos de 50 mil habitantes, o que não é o caso de
Paraíso. Colegas de Câmara pediram para Corrêa que reivindicasse da presidente que libere os recursos para o
asfaltamento das ruas da cidade também previsto no PAC2.
Muita gente não acredita que din din sairá neste ano, mas
tem quem garanta que sai.
Jornal do Sudoeste
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
OPINIÃO
O Copom paga para ver
O Estado de S.Paulo
A inflação continua longe da meta de 4,5%, mesmo
com o recuo nas últimas semanas, mas o Banco Central (BC) resolveu pagar para ver e manteve em 11% a
taxa básica de juros, a Selic. Foi um lance de risco, embora sem surpresa para o mercado. Os sintomas de fraqueza da economia devem ter sido levados em conta,
assim como os sinais de arrefecimento de alguns grupos de preços, especialmente da alimentação. A nota
divulgada na quarta-feira à noite, bem menos explícita,
menciona “a evolução do cenário macroeconômico e as
perspectivas para a inflação”. Se essa explicação for mais
que uma formalidade, a tradução deve mesmo
corresponder àqueles fatores, com peso possivelmente
maior para os indícios de anemia econômica. A acomodação da política monetária, depois de nove altas da Selic,
atende pelo menos em parte ao interesse eleitoral da
presidente Dilma Rousseff. Mas será este o momento
de interromper o combate à alta de preços?
A resposta deve ter sido complicada. A decisão foi
unânime, de acordo com a informação oficial, mas a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) durou cerca de quatro horas. O resultado só saiu perto das 9 da
noite, mais tarde que de costume. A conquista da unanimidade exigiu, tudo indica, um enorme esforço de convencimento. Mas um sinal de insegurança foi mantido
no comunicado: “O Copom decidiu, por unanimidade,
neste momento, manter a taxa Selic em 11% a.a., sem
viés”. A expressão “neste momento” foi o detalhe mais
citado pelos analistas do mercado financeiro, ao comentar a nota.
Menos de 24 horas depois de encerrada a reunião do
Copom, mais uma pesquisa confirmou o arrefecimento
- pelo menos temporário - das pressões inflacionárias.
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M)caiu 0,13%
em maio, depois de ter subido 0,78% em abril, segundo
informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os preços
por atacado recuaram 0,65% e esse foi o principal
determinante do resultado geral. Mas a boa notícia é
muito limitada.
A evolução do índice de preços ao consumidor, o segundo maior componente do IGP-M, foi muito menos fa-
C RÔNICA
O berço das palavras
vorável, embora também tenha aumentado menos que
no mês anterior. A variação passou de 0,82% em abril
para 0,68% neste mês, graças à elevação menor dos
preços da alimentação, do vestuário e dos transportes.
O alerta parece claro: os preços no varejo vêm
acompanhando muito de longe o recuo dos preços no
atacado. Além disso, uma taxa mensal de 0,68% está
muito longe de corresponder aos objetivos da política
de combate à inflação. Acumulada em 12 meses, essa
taxa resultaria em 8,47%. Algo parecido tem ocorrido
com o indicador usado como referência oficial para a
política de metas, o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA). O IPCA-15, prévia do resultado de maio,
subiu 0,58%, bem menos que no mês anterior (0,78%).
Mas um aumento de 0,58% ao mês, acumulado em 12
meses, corresponderia a 7,19%, um número muito
acima da meta e até do limite da margem de tolerância, de 6,5%. Analistas do mercado têm projetado taxas menores para os próximos meses, mas com repique a partir de agosto.
Segundo as avaliações mais otimistas, o recuo da
inflação será mais amplo e mais duradouro do que isso.
O arrefecimento dos preços, de acordo com essas
avaliações, já mostra o efeito dos aumentos de juros
desde abril do ano passado. Esse efeito seria visível na
menor expansão do consumo e na desaceleração do
setor de serviços.
Pode ser, mas o entusiasmo dos consumidores ainda
tem sustentado aumentos de preços bem acima do alvo
da política monetária. O crédito ainda cresce, embora
menos velozmente que nos anos anteriores, e o
desajuste das contas federais continua alimentando a
demanda.
Ao mesmo tempo, a oferta industrial permanece em
marcha lenta, por falta de investimento produtivo nos
últimos anos. Isto deve aparecer mais claramente na
divulgação, hoje, do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.
Apostar na redução desses desajustes nos próximos meses é certamente arriscado. O Copom resolveu arriscar. Terá disposição para recuar, se for preciso, antes das eleições?
COLUNA ESPÍRITA
Joel Cintra Borges
As palavras geralmente têm uma origem bonita, interessante. Esse
estudo, essa pesquisa, chama-se etimologia. A língua portuguesa
deve muito a um grande brasileiro de origem libanesa, chamado Antônio Houaiss, que em 1986 iniciou a obra gigantesca de descobrir o
berço de todas as nossas palavras.
Por falta de condições financeiras, esse trabalho foi feito aos
poucos pela equipe que ele dirigia, só sendo dado por encerrado no
final do ano de 2000, quase dois anos depois de sua morte. Mas,
ficou essa obra maravilhosa que é o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa. A seu idealizador e principal artífice, nossas homenagens e nosso agradecimento. O tupi, uma das quatro principais línguas indígenas do Brasil e que ainda é falado no Amazonas, deu
origem a muitas palavras, por sinal de modo muito criativo, por exemplo: jabuticaba (ïapoti’ kaba), que quer dizer fruta em botão.
Batismo vem do grego bapto, que quer dizer banho. Isso porque
os batismos antigamente eram feitos imergindo a pessoa na água,
com a ideia de lavar seus pecados. Algumas religiões ainda conservam essa maneira original.
Cirurgia vem de duas palavras gregas: quiro, que quer dizer mão
e ergo, trabalho. Trabalho feito com as mãos.
Quiromancia, por outro lado, é a “arte” tão usada pelas ciganas
de ler as mãos!
Categute, que é o fio cirúrgico absorvível feito de alças intestinais de animais, vem do inglês e, literalmente, quer dizer tripa de gato
(catgut). Veterina, na Roma antiga, era uma palavra que designava
animal de carga. E os homens que cuidavam deles, colocando ferraduras, tratando de seus ferimentos, eram chamados veterinarius, surgindo daí a palavra veterinária.
Bisturi, instrumento tão familiar aos cirurgiões, é um termo conhecido desde o ano 1464. Sua origem é a cidade italiana Pistóia,
antigamente chamada de Pistória, na época famoso centro de fabricação de facas e punhais. Pistorino, então, era sinônimo de instrumento cortante de qualidade. Pistorino, bistorino, bistouri e bisturi...
Pistóia é uma cidade de muito interesse histórico e sentimental
para nosso país, porque é lá que foram enterrados os 454 soldados
da Força Expedicionária Brasileira, que morreram na Itália, na Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. Posteriormente suas cinzas
foram transferidas para o monumento nacional aos mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.
AGRADECIMENTO E CONVITE PARA MISSA
Filhos, Noras, Genro, Netos e Bisnetos de
TEREZINHA
DE SOUZA
BONA
CINI
BONACINI
Consternados com o
seu falecimento ocorrido
no dia 28, agradece manifestações de amizade
recebidas. Externa agradecimentos aos dedicados profissionais Dra.
Vanessa Helena de
Lima Pádua e Equipe
da Ampara, Dr. Rodrigo
de Lima Russo e Equipe da UTI da Santa
Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, que a atenderam.
Missa de 7.º Dia
será celebrada na Igreja Matriz São
Sebastião às 19h de quarta-feira, dia 04/06.
FALECIMENTOS
24/05 - Maria Aparecida da Silva, 66 anos
23/05 - Nelson Domingos, 73 anos
24/05 - Nair Ferreira Lopes, 81 anos
23/05 - Kaua Rodrigues de Almeida, 4 anos
24/05 - Jose Rodrigues, 71 anos
26/05 - Paula Padua Alves, 19 anos
26/05 - Juraci Ferreira de Siqueira, 67 anos
26/05 - Valdeci Aparecido Amador, 42 anos
27/05 - Maria de Lourdes Abdo, 83 anos
27/05 - Maria das Dores Ferreira, 54 anos
27/05 - Domingos Carlos Siqueira, 85 anos
28/05 - Alvaro de Castro Martins, 74 anos
28/05 - Tereza de Souza Bonacini, 83 anos
28/05 - Iolanda das Dores Julio, 73 anos
EXPEDIENTE
Jornal do Sudoeste
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Jornal do Sudoeste
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
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Cooparaiso já vive outro
momento, salientam diretores
Nelson P. Duarte
A Cooperativa Regional
dos Cafeicultores de São
Sebastião do Paraíso –
Cooparaiso – fecha o mês
de maio com resultado positivo superior a R$ 1,5 milhão. Em entrevista ao Jornal do Sudoeste, diretores
disseram que a cooperativa
já vive outro momento, e
atribuem essa volta aos trilhos à reestruturação em andamento, iniciada logo após
a última assembleia quando
foi anunciado seriam implementadas mudanças.
A reestruturação será feita a curto, médio e longo
prazo. Da primeira etapa, em
torno de 95% já foi concluída. Embora em torno de 130
funcionários tenham sido demitidos entre março de 2013
a maio de 2014, diretores
ressaltam que esse não é o
foco principal. Na realidade
deixamos claro que não estavam sendo mandados embora, e as demissões ocorreram por extinções de car-
José Rogério Lara, Suzana Souza, Marcio Augusto Montella, Rogério do Couto Rosa Araújo e Marlon Braga Petrus
gos, explica o diretor Rogério Couto Rosa Araújo. Nesse aspecto, o novo superintendente Marcio Augusto
Montella analisa que a prestação de serviços aos cooperados apesar das demissões não perdeu qualidade.
O novo modelo de gestão, conforme explicam não
se limita a reduzir custos.
Objetiva investir em tecnologia, mas principalmente em
capacitação do quadro de
colaboradores na matriz e
núcleos. Nesse sentido dois
cursos já foram proporcionados e a ideia é que todo
funcionário seja um agente
multiplicador. Em contrapartida, diretores adiantam que
a Cooparaiso irá adotar medidas capazes de incentivar
o funcionário com remuneração variável e possível participação nos lucros.
As decisões na Cooparaiso neste novo modelo de
governança segundo o vicepresidente José Rogério
Lara, passaram a ser feitas
diariamente de maneira
colegiada com a participação
de cada departamento. Estratégias a serem adotadas,
análise de mercado, entre
outros assuntos são analisados conjuntamente.
Na reestruturação optou-se pelo fechamento do
núcleo de Espera Feliz, na
Zona da Mata mineira. Passam por reformulações os de
Guapé, Piumhi, Bom Jesus
da Penha e Altinópolis, onde
foi estabelecida parceria com
armazém preparador de
café.
Para diretores, “o maior
problema já passou”. Contas estão em dia com fornecedores, produtores e funcionários, e as lojas estocadas,
diz José Rogério. No tocante às instituições financeiras,
fornecedores de insumos e
parceiros na área de máquinas e implementos, para uma
adequação ao fluxo de caixa dívidas que tinham vencimento a curto foram “reperfiladas” para médio e longo
prazo.
Historicamente, em maio,
nos últimos dez anos a
Cooparaiso recebeu em média 5.840 sacas de café de
produtores para depósito.
Neste ano antes mesmo do
fechamento do mês já havia
recebido em torno de seis
mil. “Cooperados têm ressaltado a importância da
Cooparaiso como balizadora de mercado de café
e insumos, e disponibilizamos ao produtor praticamente todas as marcas”, disse
Rogério Araújo.
A meta de recebimento
da Cooparaiso em seus armazéns nesta safra é de 1 milhão e 70 mil sacas. A cooperativa disponibiliza 31
colheitadeiras para prestação de serviço que devem ser
agendados. O produtor terá
até setembro para quitar o
custo das horas de máquina.
“A partir do momento em
que café passa a ser transportado da propriedade do
cooperado para os armazéns
da Cooparaiso, já está cem
por cento segurado, livre do
risco de furtos ou assaltos”,
salientam.
PREÇO E
PERSPECTIVAS
A quebra da atual safra
segundo Marlon Braga
Petrus, do departamento de
comercialização da Cooparaiso, é mesmo de 20% atribuída a escassez de chuvas.
Para tirar dúvidas e incertezas do comportamento climático nos próximos dias a
Cooparaiso promove palestra com especialistas da Somar Meteorologia.
Marlon explica que a oscilação diária observada no
preço do café nos últimos
dias é entendida como normal. Ressalta, no entanto que
a frente fria é preocupante,
“e qualquer evento capaz de
atrapalhar a safra 2014/
2015” pode sinalizar tendência de alta de preço.
No mercado internacional,
enquanto os Estados Unidos
estão abastecidos de café países europeus teriam estoque
para quatro meses. Não se
pode perder de vista, entretanto, que com a quebra de
safra brasileira pelo menos 9
milhões de sacas deixarão de
ser comercializadas.
Jornal do Sudoeste
página 4
Arantes sai em
defesa de produtores
e consumidores de café
Como presidente da Comissão
de Política Agropecuária e
Agroindustrial da Assembleia
Legislativa, o deputado Antônio
Carlos Arantes (PSDB) coordenou,
na quinta-feira (29/05), audiência
pública que debateu o Projeto de
Lei 4.703/13. A proposta prevê a
obrigatoriedade de que conste,
nos rótulos das embalagens de
café comercializado no Estado, informação sobre a espécie vegetal
que compõe o produto.
O deputado destacou que é
preciso “ensinar o brasileiro a
beber café” e, dessa forma, será
o fim do café de má qualidade.
Nesse sentido, o parlamentar se
mostrou favorável ao projeto de
iniciativa do deputado Mário
Henrique Caixa, desde que os
custos não recaiam sobre os produtores e as indústrias. “Falta
uma política de apoio e de proteção aos cafeicultores por parte
do Governo Federal. O produtor
faz a sua parte. As indústrias
também fazem. Falta fiscalização
do Governo Federal. O Brasil é o
maior produtor do mundo de café
e será, em breve, o maior consumidor do mundo de café. O Governo tem que cuidar de quem
produz tanta riqueza para o País”,
argumentou Arantes.
Os participantes da audiência não chegaram a um denominador comum sobre a validade
da proposição. De um lado, estão os que acreditam que a norma contribuirá para a qualidade
do café produzido; do outro,
aqueles que afirmam que a legislação proposta, além de ser impossível de ser cumprida, traria
enormes prejuízos ao setor.
Arantes propôs a continuação do debate numa outra audiência. “Vale a pena continuar a
discussão que foi muito produtiva. Queremos que o consumidor
tenha acesso ao melhor café. A
ideia do projeto é referenciar o
café produzido no Estado. A cafeicultura emprega mais de 1 milhão de pessoas em Minas e é
um dos setores mais importantes da nossa economia, sem contar que o café é consumido por
mais de 90% dos brasileiros. O
consumidor precisa saber o que
está comprando, mas nem as indústrias e nem os produtores,
que já enfrentam tantas dificuldades, têm que pagar essa conta”, considerou Antônio Carlos.
O PL prevê, ainda, que nos
rótulos conste a percentagem de
PVA (grãos de café pretos, verdes e ardidos da espécie Coffea
arabica) e que, no caso de se
utilizarem grãos de plantas híbridas de diferentes espécies de
café, especifique-se a respectiva
participação percentual. A proposta estabelece, também, que a
obrigatoriedade das informações
no rótulo se aplique aos cafés
torrados em grão, torrados moídos e solúveis comercializados
em Minas Gerais.
Debate gerou controvérsia
Defensor do projeto, o representante da Associação Nacional das Regiões Produtoras de
Café e Leite (Sincal), Armando
Matielli, fez uma distinção entre
as espécies Coffea abrangidas
pela proposição. A Coffea arábica, de maior qualidade, é mais
adocicada, tem menos cafeína e
é a espécie mais apreciada no
mundo. Já a Coffea canephora,
variedade conhecida como robusta ou conillon, é mais amarga, possui o dobro de cafeína e
um preço mais acessível.
Segundo Armando Matielli,
os brasileiros consomem 20 milhões de sacas de café por ano,
sendo 40% delas de café robusta. “O café brasileiro é de péssi-
ma qualidade. São blends, misturas com quantidades significativas de conillon, mais baratas e
de qualidade baixa”, disse.
O representante da Sincal
também salientou que mais de
98% da produção mineira é de
café arábica e que os produtores
são obrigados a adquirir o robusta para misturar e oferecer o produto a um preço competitivo.
“No início, os maiores custos
podem ser sentidos pelo mercado, mas a valorização do café irá
melhorar a nossa situação no futuro”, comentou. Por fim, ele denunciou a presença de toxinas
nos resíduos (PVAs) do café arábica que compõem muitos produtos comercializados.
O presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Café
(Abic), Américo Takamitsu Sato,
ponderou que a intenção do PL
4.703/13 é louvável, mas que a
questão é mais complexa. Ele enumerou alguns pontos que, na sua
opinião, precisam ser revistos.
Entre eles, a falta de tecnologia para verificar a variedade
vegetal do café comercializado;
os altos custos de se colocar
esse tipo de informação nas embalagens, já que a composição é
frequentemente alterada e muitos
lotes de embalagens teriam que
ser reconfeccionados; o gosto
do brasileiro, que prefere um café
mais forte, fruto da mistura do
arábica com o robusta, o que torna desnecessário identificar os
totalmente puros dos blends; e
o fato de a discussão da presença de toxinas, não comprovadas,
poder trazer questionamentos ao
café brasileiro.
Diretor-executivo da Abic,
Nathan Herszkowicz, acrescentou que a exigência de se rotular
a presença de PVA é uma tentativa de inibir a presença desses
grãos, o que traria um prejuízo
de R$ 1 bilhão aos produtores.
Ele ainda afirmou que acusar a
presença de toxinas no café com
PVA é irresponsabilidade. Além
disso, garantiu que a Abic fiscaliza cerca de 75% do café
comercializado no País e que os
principais fatores observados
pelos consumidores são o aroma e o preço.
O superintendente regional
do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento,
Marcílio Magalhães, e o diretor
da Federação da Agricultura do
Estado de Minas Gerais (Faemg),
João Roberto Puliti, fizeram coro
quanto à impossibilidade de se
verificar a percentagem de cada
espécie de grãos e de PVA.
O presidente da Cooperativa
Regional de Cafeicultores de
Guaxupé (Cooxupé), Carlos
Paulino da Costa, ainda levantou
a questão de que, se aprovada, a
norma estadual poderia acarretar
concorrência desleal, uma vez
que os produtores de outros Estados não teriam que seguir as
mesmas diretrizes.
Em resposta a esse questionamento, o subsecretário de Estado de Agronegócio, Antônio
Gama, afirmou que a norma se
refere a qualquer tipo de café
comercializado em Minas, e não
aos produzidos no Estado, o que
anularia qualquer possibilidade
de concorrência desleal.
Sobre a inexequibilidade da
fiscalização em relação ao
percentual de espécies de grãos,
Fernando Camargo, também representando a da Associação
Nacional das Regiões Produtoras de Café e Leite (Sincal), afirmou que a Embrapa possui
tecnologia para cumprir essa tarefa. “Por que só o café não pode
ser rotulado”, questionou.
• Dos Leitores •
Desculpem meus queridos jogadores da “amarelinha”, mas este
no não vai dar para torcer por vocês como eu faço todos os anos de
copa desde o ano de 1.970. Eu não tenho coragem nem ânimo para me
divertir, sorrir, brincar com uma festa que foi programada sem a menor
cerimônia por pessoas que acham que gastar dinheiro com obras
monumentais em campos de futebol é mais importante do que construir
hospitais, escolas, dar maiores segurança e condições de trabalho a
policiais, professores.
Não dá para gritar de alegria, quando minha garganta quer soltar
um grito de revolta quando vejo nos corredores dos hospitais crianças
e idosos morrendo em macas ou no chão, sem atendimento e remédios.
Não dá para gritar de alegria quando minha voz só quer ser ouvida
para que os responsáveis pelos desvios de verbas públicas sejam
presos, pois estão matando meus irmãos brasileiros e suas esperanças
de dias melhores e nem falo de futuro, estou falando de agora. Não
posso soltar um grito de alegria, quando na verdade minha voz está
muda pelas imagens que todo dia aparece na televisão, nos telejornais,
informando as chacinas que ocorrerem nas cidades brasileiras, onde
por conta de uma serie de fatores, mas especialmente pela impunidade
ou pelas leis brandas, cada dia estão piores.
Não posso soltar meu grito de alegria quando minha voz já esta
rouca e inaudível de tanto gritar por um país sem corrupção, onde
todos os dias verbas públicas são desviadas, não só em obras da
malsinada copa, mas das mais variadas obras públicas, causando
fome, frio, desesperança, mortes e desalento nos meus irmãos
brasileiros. Não tenho o direito de sentir essa euforia que o governo
quer que eu sinta em uma festividade que ocorre ao lado do caos
social em que vive meus irmãos. Sinto muito amarelinha, mas desta
vez não vai dar.
Miguel Caparelli Júnior. São Sebastião do Paraíso
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Produtores de Paraíso participam
da 21ª Hortitec em Holambra
Fotos: Divulgação
Evento ensina uso de tecnologia
variadas para ampliar a produção
Um grupo de 40 produtores
representantes de várias comunidades rurais de São Sebastião
do Paraíso participou na quintafeira,29, do segundo dia da 21ª
edição da Hortitec (Exposição
Técnica de Horticultura, Cultivo
Protegido e Culturas Intensivas).
O evento aconteceu entre os dias
28 e 30 de maio, no Pavilhão de
Exposições da Expoflora, em
Holambra (SP). A feira é considerada a maior mostra da horticultura brasileira e latinoamericana
que antecipa as inovações em
tecnologia agrícola.
A busca no mercado de
horticultura hoje é por novidades em tecnologia e inovação
que elevem a produtividade no
campo e assegurem qualidade
cada vez maior dos produtos, nas
diversas formas de cultivo. O
crescimento acelerado de produção estimado em mais de 120%
na última década e o faturamento
superior a R$ 45 bilhões por ano,
de acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas
(ABCSEM), revelam ainda que as
áreas ocupadas por hortaliças
representam 500 mil hectares no
país.
O volume de crescimento significa um salto representativo do
setor em produtividade e qualidade da produção brasileira que
atrai produtores brasileiros e estrangeiros para a Hortitec. Considerada a maior feira de horticultura da América Latina, a
Hortitec é a vitrine de expositores nacionais e internacionais
para apresentar as inovações
agrícolas a produtores dos diferentes setores do agronegócio: flores, frutas, hortaliças,
florestais e demais culturas intensivas.
Ao todo, 410 expositores nas
áreas de tecnologia agrícola, ferramentas, estufas, embalagens,
vasos, telas, defensivos, fertilizantes, irrigação, sementes, mudas, bulbos, substratos, climatização, biotecnologia e assessoria técnica participam no evento.
Uma oportunidade para conferir
as novidades em produtos e serviços, mas também – e principalmente – uma chance sem igual
para os profissionais do setor trocarem experiências, fazerem negócios e programarem investimentos futuros. Entre as novidades, as mudanças de formato e
de cores das hortaliças e legumes chamam a atenção do consumidor final. A empresa Sementes Sakama, por exemplo, apresenta nesta edição a cenoura
colorida, o nabo de colo verde e
o espinafre de talo roxo. Já a Isla
Semente apresenta mini pimentões, em quatro cores: laranja,
vermelho, amarelo e branco.
Desenvolvida com material
nobre de alta durabilidade, as
mangueiras Santeno que foram
apresentadas em primeira mão na
Hortitec, podem ficar expostas ao
sol e intempéries por longos períodos. Como permitem irrigar
com baixa pressão, economiza-se
água e energia, pois não necessita de bombas. Para o visitante
que foi em busca de tecnologia e
inovação, o Sistema de Telemetria em Tempo Real, da Hidrosense, foi uma das novidades. O
sistema funciona através de um
modem dedicado, ligado aos
sensores de campo que medem a
umidade do solo, temperatura e
umidade do ar, chuva, radiação.
Os dados, enviados via rede celular a um banco de dados em
nuvem, podem ser acessados de
qualquer computador por meio
de um aplicativo, que envia alarmes por e-mail ou SMS, visualização gráfica ou tabelas, comando remoto etc.
Nesse segmento, o sistema
online de monitoramento e controle via rádio para estufas também foi outra novidade da R4F.
Através de uma rede de sensores
sem fio, o sistema oferece o acompanhamento preciso do ambiente durante o desenvolvimento da
cultura, com a abertura de janelas para ventilação, acionamento
de ventiladores, telas, nebulizadores e umidificadores de acordo com as necessidades de cada
fase da produção.
Em uma área de mais de 30
Feira é apontada como uma das
maiores do setor horticultura no Brasil
Grupo de horticultores do município participaram do evento em Holambra
mil m², 410 empresas expositoras
brasileiras e estrangeiras apresentaram aos produtores de flores e hortifrutícolas sementes,
bulbos, mudas, fertilizantes, irrigação, ferramentas, estufas, em-
balagens, vasos, telas, substratos, climatização, biotecnologia,
assessoria técnica e em comércio exterior, literatura e produtos
importados. A expectativa para
esta edição é de receber mais de
26 mil visitantes, de vários países, e gerar um volume de negócios da ordem de R$ 100 milhões.
O balanço final do evento deverá ser divulgado até na próxima
segunda-feira, 2 de junho.
“Estamos no caminho certo”
Por Roberto Nogueira
A opinião dos horticultores
de São Sebastião do Paraíso
que foram levados pela Sedeagro (Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Agropecuário) sobre a participação na
Hortitec (Exposição Técnica de
Horticultura, Cultivo Protegido
e Culturas Intensivas) é de que
o trabalho desenvolvido no
município tem amplo espaço
para crescer e alcançar novos
horizontes. “Fiquei encantada
com tudo o que vi e que podemos desenvolver nas nossas
lavouras”, relata a produtora
Maria do Carmo Soares de Souza. A mesma opinião é compartilhada por Natalina Portela
Bícego e Luis Moreira que também participaram do evento e
já falam na aquisição de equipamentos e adoção de novas
tecnologias para ampliar e diversificar as culturas com que
trabalham suas lavouras de
hortaliças.
Um dos grandes destaques
da Hortitec, e que certamente a
posiciona como exposição estratégica para o setor, é o nível
técnico dos visitantes, composto essencialmente por profissionais do agronegócio e clientes atuais e potenciais das
empresas expositoras. Como
somente visita a feira quem tem
real interesse em horticultura,
cultivo protegido e culturas intensivas, o evento acabou por
se tornar passagem obrigatória
para produtores e profissionais
interessados em conhecer as
tendências do mercado, trocar
experiências, fazer e programar
negócios.
Esta é a situação dos 40
horticultores de São Sebastião
do Paraíso que visitaram a
Hortitec na quinta-feira,29. Este
foi o segundo ano consecutivo que a Sedeagro proporcionou a oportunidade aos produtores locais de participarem da
feira. “Quero agradecer a secretaria que me deu esta oportunidade e também aos demais produtores da nossa cidade de conhecermos coisas tão interessantes, realmente foi muito bom
termos participado com a certeza de que pelos contatos que
fizemos vou trazer novidades
para a minha produção”, afirma
Maria do Carmo. Ela conta que
já tinha ouvido falar da feira,
mas que foi a primeira vez em
que participou e voltou “maravilhada, tem muita coisa importante para o nosso setor”.
O tratamento diferenciado e
voltado especificamente para a
área da horticultura é um dos
diferenciais do evento. “Fui na
Agrishow que também é um espetáculo de feira, mas na
Hortitec pude ver tudo mais próximo da nossa realidade”, explica Maria. A mesma opinião é
compartilhada pelo colega Luis
Moreira que gostou de ver equipamentos e acessórios que podem ser utilizados em pequenas
propriedades. Já a outra produtora entrevistada, Natalina Portela Bícego enfatizou que em
Holambra encontrou tudo que
precisa em um só lugar. “Achei
de tudo, desde material e principalmente a aplicação de tecnologia e recursos que facilitam e aumentam a produção e diminuem
os custos”, comenta.
Mesmo já produzindo muitas
variedades de hortaliças, inclusive orgânicas, Maria voltou animada e pensando em diversificar
ainda mais as suas atividades.
“Estou muito interessada no
plantio com plástico, reduz a capina porque elimina o contato
com a terra e diminui a mão de
obra, quero também plantar tomate”, avalia. Ela também citou o
plantio de girassol que atrai os
insetos no entorno da lavoura.
“É outra coisa que pretendo fazer”, anuncia com entusiasmo.
Natalina interessou-se e já
anunciou que irá investir em um
sistema de irrigação por
gotejamento. “Outro dia também
visitei uma fazenda onde é desenvolvida a hidroponia e na
Hortitec vi exemplos do que quero cultivar”, diz a horticultora da
região das Mercês.
Para Luis Moreira que possui propriedade na região de
Águas Quentes um dos setores
de que mais gostou foi a parte de
maquinários, implementos e estufas. Ele também elogiou o atendimento oferecido nos estandes,
“o pessoal nos deixa mais animado, tivemos demonstrações e
instruções sobre uso de tecnologia, manejo das plantas, técnicas
de irrigação, são informações que
nos incentivam a diversificar e
produzir cada vez mais”, relata.
O produtor informou ainda que a
iniciativa abre as portas em termos de aquisição de material com
custo mais acessível e assistência.
AVALIAÇÃO
De acordo com o secretario
de Desenvolvimento Agropecuário, Mauro Westin, a segunda
visita dos produtores locais a
Hortitec é importante para que os
representantes do setor possam
sentir a importância e a força da
horticultura como atividade econômica. “Estamos no caminho
certo neste trabalho que estamos
fazendo como alternativa e fonte
para dezenas de produtores do
nosso município”, descreve. Ele
enfatizou que os produtores estão conscientes de que há muito
espaço para o crescimento do
setor no município. “Se não
houvesse mercado, não haveria investimentos. Imagino que
daqui a alguns anos não será
somente a tecnologia de produção, tem o aspecto as mecanização e automação que estão
avançando muito”, opina.
Em um levantamento que
está sendo desenvolvido pela
Sedeagro há cerca de 15 dias
existe o registro que das 200 mil
mudas de hortaliças produzidas
no município pela secretaria foi
colocado no mercado cerca de
R$ 350 mil, em dois meses. “Esta
é apenas uma fatia do negócio,
não está inserida os outros setores e reforça a proposta de
que qualquer produtor pode
entrar na atividade, o setor tem
mercado e espaço para crescer”, diz. Uma nova avaliação
da produção está sendo produzida para saber sobre o consumo nos mercados locais. “O
objetivo é saber sobre o aumento de consumo, a diversificação se estamos atendendo o
mercado local e tranquilizar o
produtor quanto a ansiedade
para implantarmos o nosso
Centro de Distribuição”, diz.
Conforme o assessor de
programas da Sedeagro, Marco Aurélio Alves de Paula, o
foco do trabalho está sendo
mantido e a proposta de colocar os produtores em contato
com as empresas e os profissionais foi bem cumprida, mais
uma vez. “A Hortitec é um centro de referência e exposição de
tecnologia, de sementes, plantio, cultivo, que abrange ainda
a colheita e preparo para a venda”, anuncia. Ele comentou que
a reação dos horticultores foi
mais do que satisfatória. Marco salientou que quando foi
anunciado sobre a visita do
grupo proporcionado pela administração um dos expositores elogiou a iniciativa. “O Programa de Fomento a Horticultura desenvolvido é tudo que
a população espera de uma administração pública”, descreveu.
O presidente do CMDRS
(Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável), Edivino Miguel de Souza
também comentou positivamente sobre a visita à feira. “Os
produtores estão procurando
melhorias e ficamos contentes
pela receptividade nos
estandes, o encontro de novas
tecnologias, realmente foi muito positivo”, narra. Ele conclui
enfatizando que a parceria entre a Sedeagro e os produtores
tem trazido resultados surpreendentes. “Da maneira como
está sendo conduzido o setor
só tem a ganhar”, finaliza.
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Jornal do Sudoeste
página 5
Reminho altera a Lei do Silêncio e
Câmara aprova verbas para festas
Por Roberto Nogueira
O prefeito Rêmolo Aloise
(PSDB) de São Sebastião do
Paraíso que no meio de semana em entrevista à EPTV/Rede
Globo anunciou que cumpriria
a lei, mas que garantiu a realização da Expar (Exposição
Agropecuária de Paraíso) está
cumprindo a promessa. Ele
encaminhou para a Câmara
Municipal cinco projetos que
tratam destes assuntos e que
já começaram a ser votados e
aprovados pelos vereadores.
Entre as propostas está a alteração da Lei Municipal nº
2.349, que trata da emissão de
sons e do silêncio e o repasse
de verbas para a realização de
eventos como a Expar, Congadas e até o carnaval de 2015.
O impasse surgido na cidade após a decisão judicial que
acatou proposta do Ministério
Público e proibiu a realização
de eventos com som mecânico ou música ao vivo no Parque de Exposições João
Bernardes Pinto Sobrinho, na
“Expar”, continua causando
grande repercussão em Paraíso. A medida também proíbe a
Prefeitura de apoiar, incentivar,
promover ou autorizar a realização de shows, festividades e
outros naquele local, sob pena
de incidência de multa no valor de R$ 30 mil, além de responsabilidade criminal.
No entanto a decisão da justiça está sendo desafiada com
manobras realizadas pelo prefeito Reminho. Dos cinco projetos que ele enviou para a Câ-
mara tratando sobre assuntos
relacionados ao episódio, três
já foram aprovados de imediato pelos vereadores que apoiam
o prefeito. Na semana passada
durante reunião do Legislativo
ocorreram vários pronunciamentos defendendo uma solução para o impasse.
Uma dos projetos aprovados é o de nº 4427 que autoriza o Executivo a repassar subvenção social de caráter cultural para a AFESSP (Associação
Folclórica das Escolas de Samba de São Sebastião do Paraíso), no valor de R$160 mil,
para o Carnaval de 2015. Outro projeto no mesmo teor é o
de nº 4429, que prevê o repasse à APDFB (Associação
Paraisense de Defesa do Folclore Brasileiro), no valor de R$
Governo de São Paulo
sanciona lei que limita ação
de empresas de cobrança
Responsável pelo Procon de Paraíso elogia
iniciativa e menciona Código de Defesa do Consumidor
Por Ralph Diniz
Na semana passada, o governador do estado de São Paulo,
Geraldo Alckmin, sancionou o
projeto de lei que proíbe empresas de cobrança de ligar na casa
de devedores em horários considerados “impróprios”. Segundo
a legislação, esse tipo de telefonema deve ser realizado de segunda a sexta feira, das 8h às 20h,
e aos sábados, das 8h às 14h.
Aos domingos e feriados as cobranças feitas por meio de ligações estão proibidas.
A lei tem como base o Artigo
71 do Código de Defesa do Consumidor, que, entre outros termos, veda a utilização, na cobrança de dívidas, de qualquer
procedimento que interfira com
o trabalho, descanso ou lazer do
consumidor.
Diante da nova legislação,
válida apenas para os paulistas,
o Jornal do Sudoeste entrou em
contato com o Procon de São
Sebastião do Paraíso afim de saber se os consumidores inadimplentes de Minas Gerais são protegidos por alguma lei semelhante à sancionada por Alckmin.
A procuradora do órgão no
município, Miriam Galvani Braghini, considera a atitude do governo de São Paulo louvável, e
afirma não ter conhecimento da
existência de lei semelhante em
Minas. Contudo, ela esclarece
que todo cidadão brasileiro é
amparado pela Lei Federal 8078/
90, o Código de Defesa do Consumidor.
“Essa lei, em seu artigo 42,
assim aduz: ‘Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente
não será exposto a ridículo, nem
será submetido a qualquer tipo
de constrangimento ou ameaça’.
Assim sendo, embora a Lei Estadual de São Paulo faça previsão
expressa quanto ao horário em
que a cobrança não é permitida,
o consumidor mineiro poderá se
valer de referido artigo, que contém proibição de constrangimento ou ameaça”, explica a procuradora. Aqueles que se sentirem
desrespeitados pelas empresas
responsáveis pelas cobranças
devem entrar em contato com o
Procon.
130 mil para a realização da
Festa da Congada e Moçambique, em dezembro deste ano.
Ambas as proposições foram
analisadas em 15 minutos pelas comissões pertinentes da
Câmara e aprovadas pelos vereadores.
Já o Projeto de Lei nº 4428
que altera a Lei Municipal nº
2349 aprovada em 1995 que
dispõe sobre silêncio e emissão de sons urbanos sofreu alterações determinadas pelo prefeito. A alteração prevê mudanças no artigo segundo, que passa a constar com a em sua redução o texto que diz: “Por
ocasião de eventos esporádicos, sazonais ou aqueles definidos no Calendário Oficial de
Eventos Tradicionais e Datas
Comemorativas, excepcional-
mente não s aplica o disposto
neta lei”.
O artigo 1º da lei proíbe a
emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividade industrial, comercial, social ou
recreativa e outras, inclusive as
de propaganda, que perturbe o
sossego e o bem estar público,
ultrapassando os níveis previstos nesta Lei e seu Regulamento, para as diferentes zonas de
uso e horários. O limite máximo previsto é de 50 decibéis.
O vereador José Luiz Corrêa
solicitou vistas ao projeto e poderá emitir um parecer para ser
analisado pelo plenário na próxima semana.
Da mesma forma o prefeito enviou para a Câmara e os
vereadores aprovaram o projeto de lei nº 4431 que dispõe
sobre datas comemorativas e
tradicionais. No calendário foram especificados eventos
como os festejos carnavalescos, congada, Semana da Pátria, Aniversário da Cidade,
Natal e Ano Novo, exposição
agropecuária e festas nos bairros rurais e Distritos.
Ainda sobre a exposição também foi enviado pelo Executivo
ao Legislativo o projeto de lei
nº4430 que autoriza a contribuição financeira ao Sindicato dos
Produtores Rurais na ordem de
R$ 500 mil para a realização da
Expar. O projeto já havia recebido parecer favorável da Comissão de Finanças, Justiça e Legislação, mas foi concedido vistas por sete dias ao vereador
Walker Américo de Oliveira, que
pretende analisar a proposição.
Veja como estão os
preços de combustíveis
nos postos em Paraíso
Sebastião Tadeu Ribeiro
Numa prestação de serviço ao consumidor, periodicamente o “JS” efetua levantamento de preços de combustíveis nos 16 postos de revenda em São Sebastião do Paraíso. Quinta-feira (29/5) percorremos a cidade e constatamos que o litro do etanol
mais barato em Paraíso é R$
2,159 a gasolina R$ 3.069 e o
diesel R$ 2.399. O etanol mais
caro era vendido por R$ 2,299,
a gasolina comum R$ 3, 199 e
o diesel R$ 2,559. Cabe aos
consumidores ler e verificar
onde pode encontrar o melhor
preço relacionado nesta matéria.
Também atendendo sugestão de leitores, consumidores
de gás GLP, o de cozinha, percorremos estabelecimentos
que comercializam o produto,
botijões de 13 quilos. Encontramos o mais barato a R$
42,00, no entanto a maioria
dos estabelecimentos comercializam este produto de extrema necessidade a R$
45,00.
Além de Paraíso, levantamos preços do gás em Guaxupé,
e no Supermercado São João
era vendido a R$ 39,50.
No levantamento de preços de combustíveis o que
mais nos chamou a atenção foi
fato curioso, onde o preço da
gasolina constava R$ 3,099199
– difícil de ser lido por causa
dos sete dígitos.
Posto JPS que fica localizado no Parque São Judas
Tadeu é que tem os preços mais baratos aqui em Paraíso
Gas.
Etanol
Posto Iguatemi – av. Wenceslau Braz
3,077
2.177
Diesel
2,429
Posto Iguatemi – av. Monsenhor Felipe
3,099
2.199
2.449
Posto Estoril – av. Wenceslau Braz
3,09
2,199
2,449
Posto Estoril – av. Oliveira Rezende
3,09
2,199
2,449
Posto Paraíso
3,159
2,299
2,539
Posto Coolapa
3,099
2,199
2,559
Posto Select Paraíso
3,149
2,199
2,479
Posto Placar
3,149
2,299
2,479
Posto JPS – São Judas Tadeu
3,069
2,159
2,399
Posto Samambaia
3,199
2,299
2,549
Jacaré Auto Posto
3,190
2,290
2,490
Posto São José
3,099199
2,199
2,459
Posto Bela Vista
3,199
2,299
2,559
Posto do Colega
3,192
2,293
2,495
Posto Guará
3,190
2,295
2,490
Posto São Sebastião
3,199
2,299
2,489
Buracos e poeira
atanazam paraisenses
Sebastião Tadeu Ribeiro
Vários moradores da rua
Nilo Peçanha, localizada no Jardim Coolapa, reclamam do mau
estado de conservação que se
encontra a pavimentação da
referida via pública. Atendendo solicitação estivemos no local e constatamos a justa reclamação.
O Jardim Coolapa é um dos
bairros onde o preço do metro
quadrado dos lotes e edificações é dos mais valorizados em
São Sebastião do Paraíso. Conforme enfatizou, e com razão,
um dos moradores, ele e seus
vizinhos são contribuintes que
pagam seus impostos em dia,
tanto na esfera federal, estadual
e municipal. Querem ver os
buracos da rua tapados e também a limpeza adequada.
Por falar em conservação e
limpeza de ruas, imagine como
sofrem os moradores da Vila
Conserva, do Jardim das
Hortências e parte de moradores do Bairro São Francisco,
Jardim das Acácias, Jardim
Itamarati II, que nesta época
seca têm que conviver com
poeira que suja suas casas,
móveis e roupas, que nem podem colocar nos varais.
Na época chuvosa convivem com lama e buracos em
suas ruas.
Jornal do Sudoeste
página 6
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Pichadores emporcalham propriedades
na área central de Paraíso
PM divulga que apenas três ocorrências do tipo foram registradas nos últimos dois anos.
Sargento afirma que vítimas não procuram a polícia
Ralph Diniz
Por Ralph Diniz
Quem tem passado por algumas ruas da região central de São
Sebastião do Paraíso nas últimas
semanas provavelmente se deparou com as marcas da ação criminosa de pichadores. Ao amanhecer de quase todos os dias podem-se ver, pelo menos, uma
nova mancha estampada em muros, paredes e portões de diversas residências e espaços públicos.
Alguns dos principais alvos
dos pichadores na cidade são
residências na região das ruas
Tiradentes e Pinto Ribeiro. Além
das propriedades, essas pessoas também estão deixando suas
marcas no asfalto das vias públicas. A pichação, de acordo
com o artigo 65 da Lei 9.605, de
12 de fevereiro de 1998, é considerada um crime ambiental. A
pena, neste caso, é de detenção de três meses a um ano e
multa. Quando as pichações
ocorrem em bens tomados em
virtude de seu valor artístico,
arqueológico ou histórico, a
pena é de seis meses a um ano
e multa.
Mesmo diante disso, a incidência das pichações não para
de crescer. Um morador, que pediu para que seu nome fosse preservado, reclama. “Não tem coisa mais desagradável e triste do
que levantar pela manhã e, ao
sair de casa para trabalhar, ver
que bandidos picharam todo o
seu muro”, lamenta. Ainda segundo a vítima do ato de vandalismo, é preciso que a polícia
potencialize o patrulhamento naqueles locais, principalmente
após as 23h.
Outro morador faz uma sugestão aos diretores das escolas
públicas paraisenses. “Eu na sei
se eles podem fazer esse tipo de
coisa, mas, se for permitido, eles
poderiam revistas as mochilas
dos alunos antes que eles saiam
da aula”.
POSICIONAMENTO
DA POLÍCIA
Responsável pela assessoria
de Comunicação da Polícia Militar em Paraíso, o sargento Janser
Gladston afirma que a corporação
realiza patrulhamento preventivo
diuturnamente pelas ruas da cidade. De acordo com ele, “as
ações são direcionadas com o
objetivo de coibir qualquer tipo
de crime e contravenção tipificados no ordenamento jurídico
brasileiro”.
Quanto à atuação dos pichadores, o sargento comenta que
são realizadas abordagens policiais com busca e identificação de
possíveis suspeitos. Contudo, o
militar ressalta que a PM confeccionou apenas três boletins de
ocorrências nos últimos dois
anos e, em todos os casos, os autores foram presos e conduzidos
à Delegacia de Polícia Civil.
Conforme explica o sargento
Janser, o número de boletins de
ocorrência está aquém da realidade porque as vítimas dos
pichadores não procuram a polícia para registrar os crimes. “Não
podemos negar que, ao andar
pelas ruas da cidade, vemos algumas paredes e fachadas pichadas. Apesar da pichação ser um
crime de ação pública
incondicionada, ou seja, a polícia deve agir de ofício, são raras
as vezes em que a Polícia Militar
é solicitada. O registro do fato é
imprescindível, pois através deste, a obterá dados para subsidiar
o devido planejamento de operações com intuito de coibir a
prática criminosa”, comenta o
PM.
Por fim, o policial responsável pela assessoria de comunicação da PM convida a comunidade a participar da promoção da
segurança pública. “As pessoas
vítimas e testemunhas de pichações devem acionar a PM através do 190. A viatura policial vai
até o local com o intuito de prender os autores e confeccionar o
registro do fato”, conclui.
A cada dia, novas marcas podem ser encontradas nos muros das residências
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Jornal do Sudoeste
Paraíso sedia reunião do Comitê
de Bacias Hidrográficas
do Médio Rio Grande
Baixo nível dos reservatórios integrou pauta do encontro. Presidente do
comitê responsável pelo Lago de Furnas aponta prejuízos e busca soluções
Por Ralph Diniz
Em tempos de preocupação
e muita discussão a respeito do
baixo nível dos reservatórios de
água no Sudeste brasileiro, São
Sebastião do Paraíso recebeu,
na manhã de quarta-feira (28),
membros do Comitê de Bacias
Hidrográficas do Médio Rio
Grande. A reunião ordinária da
organização foi realizada no
salão do Ouro Verde Tênis Clube, com o apoio da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.
A reunião, que acontece
periodicamente em municípios
que integram o grupo, contou
com representantes de cidade
de Minas Gerais e São Paulo,
além de secretarias estaduais e
órgãos federais. Durante o encontro, os participantes discutiram assuntos referentes às
diretrizes do comitê e aprovaram uma alteração em seu regimento interno. O encontro
também foi uma prévia do 2º
Seminário Sobre os Recursos
Hídricos do Médio Rio Grande, realizado no auditório da
AMEG (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), em Passos,
no dia seguinte.
Yara Borges, responsável
pela Secretaria de Meio Ambiente, ressalta a importância do
comitê e de suas ações para as
populações abrangidas pela instituição. “Foi em um desses
encontros que nasceu a ideia
de se construir o aterro sanitário no município. Ela afirma
também que, se o comitê existisse há mais tempo, problemas
relacionados aos recursos
hídricos, como os enfrentados
atualmente, poderiam ser reduzidos ou, até mesmo, evitados.
LAGO DE FURNAS
EM PAUTA
A reunião também contou
com a presença do presidente
do Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago de Furnas, Fausto
Costa. Um dia antes, ele colocou em prática a determinação
do Operador Nacional do Sistema (ONS) e deixou de produzir
energia elétrica durante a madrugada.
À nossa reportagem, Costa
explicou que a medida preventiva tem por objetivo garantir que
o reservatório tenha o volume de
água suficiente para gerar ener-
gia nos próximos meses, mesmo que não chova o suficiente.
“Vivemos um momento muito
complicado, o lago está quase
11 metros abaixo de seu nível
máximo em uma época do ano
em que ele deveria estar com
uma grande quantidade de água
para suportar os meses de estiagem que teremos pela frente. Preocupa-nos muito essa
situação, não só de Furnas,
mas de todos os lagos de nossa região”, afirma o presidente
do comitê.
PREJUÍZOS
Questionado a respeito das
consequências da falta de chuvas nos primeiros meses deste
ano para o Lago de Furnas,
Fausto Costa explica que os
problemas vão além da geração de energia elétrica. Ele cita
como exemplos o afastamento
dos turistas e a queda acentuada na criação de peixes. Segundo ele, esses dois fatores têm
prejudicado a geração de renda da região. “
“O prejuízo econômico é
muito grande, tanto dos municípios, quanto dos empreendimentos lá construídos. A piscicultura também foi muito afe-
tada, pois devemos ter uma
queda de 50% na produção de
tilápias neste ano. Existem
muitas famílias que dependem
do lago para a subsistência”,
comenta.
A PROCURA DE
SOLUÇÕES
Sobre a reunião do Comitê
de Bacias Hidrográficas do
Médio Rio Grande em Paraíso, Fausto Costa declara que
aquele era o fórum legítimo para
discutir a política de gestão dos
recursos hídricos e buscar alternativas para o caso. “A meu ver,
encontrar alguma solução é difícil, porque dependemos da chuva, mas não é impossível. Poderíamos buscar, por exemplo, a
geração de energias alternativas,
como a solar e a eólica, por
exemplo, para não sacrificar tanto os nossos reservatórios”, sugere o presidente do comitê responsável pelo Lago de Furnas.
Com a estiagem, os principais rios que abastecem o reservatório, o Verde, o Sapucaí
e o Grande, também estão com
os níveis abaixo do normal. Segundo Fausto Costa, esse fato
reflete diretamente no reservatório.
página 7
Handebol Feminino
é vice-campeão
Lidarp na Arena
“João Mambrini”
Por Ralph Diniz
Jogando em casa, a equipe feminina de handebol sub17 de São Sebastião do Paraíso conquistou, nesta semana,
a medalha de prata na Liga
Desportiva do Alto Rio Pardo
(Lidarp). O torneio, realizado
na Arena “João Mambrini”,
reuniu algumas das grandes
forças da modalidade esportiva na região.
O primeiro desafio das meninas de Paraíso na etapa final
da liga aconteceu contra
Varginha, válido pela semifinal
da competição. Em confronto
disputado desde os primeiros
minutos, as donas da casa fizeram prevalecer o bom momento vivido pela equipe e fecharam a partida em 20 a 18.
Na outra semifinal, Muzambinho não resistiu ao volume
de jogo de Andradas e saiu de
quadra derrotado.
Assim, coube a Paraíso e
Andradas disputar o título da
Lidarp na quadra do ginásio
poliesportivo paraisense. Há algum tempo, as duas equipes tem
se revezado nos lugares mais altos dos pódios dos torneios regionais de handebol e, dessa
vez, as visitantes levaram a melhor depois de uma partida muito equilibrada: 20 a 16.
Mesmo com a derrota, a
treinadora da equipe, Mariana
Nascimento, fez questão de
elogiar suas comandadas e
ressaltou que a liga serviu como parte do processo preparatório para as duas grandes
competições desta temporada:
os Jogos da Juventude (JOJU)
e o Campeonato Mineiro. “Essas partidas nos deram uma resposta de tudo aquilo que devemos trabalhar para corrigir os
erros e, assim, evoluir tecnicamente e taticamente para futuras finais que traçamos como
objetivo”, completa.
Antes, porém, o handebol
paraisense volta as suas atenções para os Jogos Escolares,
que será realizado entre os dias
7 e 12 de junho. As escolas
estaduais Paraisense e Benedito Ferreira Calafiori representarão a cidade no campeonato.
Mariana ressalta ainda
que, em 2014, o handebol bateu o recorde de participantes
na Lidarp, quando 24 equipes
brigaram pelo título. Segundo
a treinadora, a popularidade do
esporte cresce a cada dia nas
escolas da região. “Isso tem
aumentado a qualidade dos
atletas e, consequentemente,
das competições. É um fato
para se comemorar muito”, afirma.
Inverno aumenta risco de alergias e outras doenças
Reprodução
Por Heloisa Rocha Aguieiras
O frio chegou e com ele
chegaram também doenças respiratórias e de pele. Isso não
quer dizer que as baixas temperaturas causam as doenças,
mas pode levar à piora dos quadros.
O médico alergista, José
Garcia Amaral Filho, diz que o
frio leva a alterações orgânicas
agravantes, como o resfriamento das mucosas nasais,
consequentemente, leva a reações como a coriza e obstrução, com espirros e dificuldade respiratória.
“O ar tem que ser inspirado pelo nariz, que tem a função de aquecer, filtrar e umidificá-lo. Se o ar for respirado
pela boca nada disto acontece.
Aí, o ar que chega aos pulmões
será frio, seco e sujo, ou seja,
tudo de ruim para a laringe,
resultando em rouquidão e laringites estridulosas, que são
aquelas em que, por exemplo,
a criança acorda na madrugada, rouca, afônica e com falta
de ar. Piora ainda a respiração
dos asmáticos, facilitando o
aparecimento de crises intensas e às vezes resistentes ao
tratamento convencional”, explica o médico.
Mas não é só isso, o ar seco
é um dos grandes vilões da estação invernal, que acaba por
prejudicar ainda mais as pessoas alérgicas. “É importante
adotar atitudes para aumentar
a umidade relativa do ar, principalmente nos quartos das crianças, aquecendo esse ambiente, se possível com climatizadores que umidificam também”, informou Garcia.
Ele ainda lembra que em
casa de alérgico não deve ter
tapetes, carpetes, cortinas, bichinhos de pelúcia, que são
verdadeiros habitats de ácaros
e acumuladores de poeira domiciliar, sem contar os tais protetores de berço no caso dos
bebês alérgicos.
No caso dos idosos o frio
também é um vilão para a saúde. “O frio leva a diminui a circulação sanguínea e à contratura muscular. Estas reações
favorecem a piora de quadros
respiratórios. Por isso é preciso que os idosos não esqueçam
os agasalhos e tenham a casa
aquecida também. É importante
se hidratar, apesar de que a
baixa temperatura diminui a
sede”, ressalta o especialista.
CONSEQUÊNCIAS
O aparecimento de gripes,
resfriados, rinites e crises de
asma, se não devidamente cuidados, poderão complicar,
agravando o quadro para sinusites e pneumonias e outras
possíveis infecções respiratórias. “Portanto, é preciso se
alimentar adequadamente, e
nada como os chazinhos da
vovó: de alfavaca, limão com
alho, gengibre, canela e outros.
Eles podem ajudar muito no
aquecimento do corpo”, ensina o alergista José Garcia.
A PELE
O médico dermatologista,
Marco Antônio Ernesto Espósito, alerta que a pele também
é afetada pelo inverno. E explica: “O frio no hemisfério sul é
seco, o que altera profundamente a pele”.
A primeira reação da pele às
baixas temperaturas é o
ressecamento, que todos temos
e pode gerar incômodo e coceira. “Esse ressecamento se
dá em diferentes graus, mais
leves ou mais graves, a ponto
de se transformar em doença.
De acordo com o médico
Marco Espósito, uma dessas
doenças é a eczema numular,
que é um grau extremo de uma
doença causada por ressecamento. “Há outras doenças mais
raras, que não são comuns em
Paraíso, causadas pelo inverno
extremo, como a perniose, que
são lesões inflamatórias comuns
de pele, decorrentes de uma reação anormal à diminuição da
temperatura climática. Apresen-
O tempo seco, comum no inverno, pode agravar o quadro alérgico
ta com grande inchaço nos dedos”, explicou o especialista.
Para médico, a prevenção
para diminuir o ressecamento
é tomar banhos mais curtos,
em temperatura amena, em
menor frequência e usar menos sabonete, a não ser os que
contêm creme hidratante. “E
não se deve friccionar a pele
de jeito algum, não utilizar bucha ou esponja”, finaliza.
Integrantes do
Reinventando
o Ensino Médio
visitam a Feira
Nacional
do Livro
Por Ralph Diniz
Alunos da Escola Estadual
Benedito Ferreira Calafiori, de
São Sebastião do Paraíso, visitaram a 14ª Feira Nacional do
Livro, em Ribeirão Preto. A participação no evento cultural é
parte das disciplinas de Comunicação Aplicada e Empreendedorismo e Gestão do curso
Reinventando o Ensino Médio.
De acordo com os professores Everaldo Barbosa e Carolina Mumic, o objetivo da viagem foi oferecer aos alunos a
oportunidade de participação
em evento cultural, educacional, artístico e social para que
eles pudessem interagir com as
diversas formas de comunicação e linguagens, bem como o
empreendedorismo nas diversas áreas dos livros didáticos,
literários e culturais.
Em seguida, os adolescentes visitaram a exposição “Os
segredos do Egito”, na praça
de eventos do Ribeirão Shopping. Os professores comentam que a ida ao museu aprofundou os seus conhecimentos, principalmente na disciplina de História. Ainda conforme os docentes, as novas experiências serão de extrema
importância para dar a eles
uma visão mais ampla para a
vida pessoal e para o mercado
de trabalho.
Jornal do Sudoeste
página 8
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Família do menino Kauã morto
em acidente organiza passeata
Foto: Arquivo da Família
Garoto se soltou da mãe ao sair de uma festa e foi atropelado na avenida Zezé Amaral
Após morte de criança
em avenida Walker quer
construção de lombadas
Roberto Nogueira
Avenida Zezé Amaral é uma das principais
vias de ligação entre bairros da cidade
Por Roberto Nogueira
Praticamente uma semana após a ocorrência do
acidente que vitimou uma
criança de 4 anos na Avenida Zezé Amaral, o vereador
Walker Américo de Oliveira (PTB) apresentou projeto de lei na Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, prevendo a construção
de quebra molas e lombadas
em vias públicas da cidade.
O assunto gerou um intenso
debate entre os vereadores
que demonstraram insatisfação em não serem atendidos
em suas reivindicações pela
Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e
Transportes. O Legislativo
através de ofício também
cobrou explicações da Prefeitura sobre o processo de
municipalização do trânsito.
Pelo projeto apresentado
por Walkinho fica a Prefeitura autorizada a instalar
quebra molas nas ruas e avenidas da cidade, toda vez que
os moradores encaminharem reivindicações neste
sentido. O prazo para o atendimento deste tipo de reivindicação deve ocorrer no intervalo de 60 dias a contar
da data do protocolo. O
atendimento será feito mediante o encaminhamento de
abaixo assinado para a Secretaria Municipal de Trânsito com um mínimo de dois
terços dos moradores da via.
O projeto prevê que após
a instalação do redutor de
velocidade serão colocadas
no mínimo duas placas de sinalização, sendo uma de 100
metros de antecedência e outra no local da lombada além
da sinalização horizontal. A
Prefeitura também poderá
proceder ao levantamento
complexo do fluxo de tráfego
das principais vias de trânsito
da cidade. O projeto foi encaminhado para apreciação das
comissões de Finanças, Justiça e Legislação, além da Comissão de Viação e Obras Públicas. “É preciso que se faça
alguma coisa para conter o
excesso de velocidade nas
ruas para evitarmos que mais
acidentes como estes aconteçam”, defendeu o autor.
Walker justificou que o projeto leva em consideração as
recentes melhorias efetuadas
nas ruas da cidade com a pavimentação das ruas. “Isso
tem proporcionado o aumento da velocidade com que os
condutores de veículos vêm
trafegando ocasionando inúmeros acidentes, tanto de motocicletas, como de automóveis”, explica. Para o vereador a intenção é fazer com que
os redutores de velocidade
possam exigir o condutor a trafegar com velocidade reduzida evitando maiores transtornos para os pedestres e também para os próprios condutores.
Em aparte o vereador Valdir Donizete do Prado, indagou se no projeto fora proposto estabelecer altura para os
redutores. Ele defendeu a implantação de faixa elevada de
pedestre na cidade que tem dimensão de aproximadamente
três metros de extensão. A
proposta será incluída ao projeto em forma de emenda.
Também o vereador Jesu
Araújo reclamou da falta de
sinalização nas ruas da cidade. Ele disse ter recebido reclamações de moradores sobre a mesma situação de pessoas que testemunharam o
acidente. Segundo queixa de
Gilson Roya, morador da
Avenida Brasil ele alega já
ter testemunhado por várias
vezes condutores transitarem em altas velocidade.
Jesu disse que recebeu
resposta da Prefeitura informando que a instalação de
redutores demandaria do fluxo de veículos e que seria
necessário movimento de
pelo menos 600 veículos horas. “Não sei onde existe esta
regra, pois, em outras cidades que conheço com movimento de trânsito bem menor do que aqui em Paraíso,
foram instalados redutores”,
lamentou.
Já o vereador José Luiz
das Graças questionou sobre
o processo de municipalização do trânsito. O líder do
prefeito na Câmara sugeriu
que fosse enviado um ofício
em nome da casa para a
Secretaria de Trânsito e também para a Prefeitura.
O presidente da Câmara,
José Luiz Corrêa informou
que na próxima quinta-feira,5, familiares e amigos da
criança falecida farão uso da
tribuna quando haverá um
manifesto cobrando mais segurança nas ruas da cidade.
O protesto deveria ter ocorrido na última quinta-feira,
mas coincidiu com a data e o
horário da celebração da missa de sétimo dia da criança.
Por Ralph Diniz
Familiares e amigos do garoto Kauã Rodrigues Almeida,
morto depois de ser atropelado na avenida Zezé Amaral na
sexta-feira (23/5), procuraram
a reportagem do Jornal do
Sudoeste nesta semana para
comunicar que realizarão, na
quinta-feira (5/6), uma passeata em homenagem ao menino
de quatro anos.
Segundo informações dos
organizadores, além da homenagem, os presentes devem
fazer uma manifestação pacífica para que os órgãos com-
petentes e condutores se atentem ao alto risco de acidentes
naquele local. Uma semana antes da morte de Kauã, um universitário foi atropelado por
uma motocicleta no mesmo
ponto da Zezé Amaral.
A caminhada partirá do local onde Kauã foi atropelado,
no bairro Cristo Rei, a partir das
15h30. Além dos familiares e
amigos, alunos da escola onde
o garoto estudava também devem participar, todos vestidos
com uma camiseta com a foto
da vítima.
A MORTE DE KAUÃ
Kauã participava de um ani-
versário em um salão de festas
na avenida Zezé Amaral. Ao
deixar a comemoração, por
volta das 22h20, a criança teria se soltado das mãos da mãe
e correu para atravessar a via.
Nesse momento, ele foi atropelado.
Devido ao movimento repentino do menino, a condutora
do veículo não obteve sucesso
na frenagem. Uma equipe de
resgate do Corpo de Bombeiros conduziu a vítima com vida
à Santa Casa de Misericórdia,
contudo, ela não suportou a
gravidade dos ferimentos e
morreu.
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Jornal do Sudoeste
página 9
Jornal Escola da Roque Scarano resgata
a história e preserva a memória
“O jornal teve seu início como uma alternativa a sanar diversos problemas encontrados no Sistema Educacional Brasileiro e, de maneira geral,
na própria sociedade: a falta de interesse pela leitura e, consequentemente, o desinteresse pela disciplina de história, o desrespeito
ao idoso, à memória e aos diversos patrimônios históricos em estado de decadência. Iniciamos o projeto utilizando apenas uma
das séries de nossa escola, porém, atualmente ampliamos o grupo para duas (8º e 6º anos)”, professor Artur dos Santos Gomes
Por Roberto Nogueira
Com o foco de vencer barreiras dos alunos em suas dificuldades com a leitura e a escrita, além de integrar os estudantes com a história, personagens e valores da Comunidade dos Marques, assim nasceu o jornal da Escola Municipal Roque Scarano em meados
de 2013. A ideia foi proposta
pelo professor de História,
Artur dos Santos Gomes e atualmente a produção do periódico passou a ser uma atividade multidisciplinar. A cada edição várias histórias vêm sendo
narradas através de reportagens
produzidas pelos alunos que
revelam personagens, fatos e
acontecimentos ligados à vida
daquela comunidade rural.
Professor Artur conta que
o trabalho consiste na realização de pesquisas de campo, que
na maioria das vezes são construções históricas. “Os alunos
realizam entrevistas sempre
voltadas para a valorização do
idoso e da memória em si como
patrimônio”, descreve. Apesar
das dificuldades havidas a iniciativa teve uma excelente
receptividade. “Eles adoraram,
porque a maioria tinha dificuldades em ler e escrever e o projeto proporcionou a eles um jeito diferenciado de aprendizado,
utilizando ações extraclasse”,
relata. O interesse e a participação aumentaram significativamente e o resultado foi a
melhoria geral nas notas de todos os alunos.
A primeira edição do jornal
foi publicada em novembro do
ano passado e teve como pautas questões como os vestígi-
os do passado e a preservação
do patrimônio histórico da comunidade. Os alunos visitaram
um casarão antigo que está
prestes a completar centenário.
Também foi realizada reportagem sobre as belezas naturais
e os tesouros perdidos da localidade. “O envolvimento foi
intenso dos alunos que também
se divertiram durante a realização dos levantamentos que fizemos”, aponta o professor.
A segunda edição que circulou em fevereiro de 2014 foi
realizada uma entrevista tendo
como personagem o senhor
Orothides Antônio Souza. Além
da memória histórica e fatos
narrados as descrições servem
como registro oficial de fatos
como era a convivência entre
as pessoas no século passado,
a chegada do rádio, da televisão e os meios de transportes.
Também foi feita revelação da
existência de um moinho com
mais de 100 anos, além de o
resgate da história da primeira
e a atual escola existente na
Comunidade dos Marques.
O último número do jornal
escolar saiu em abril abordou
temas relacionados à quaresma
e o imaginário popular. Ainda
registrou-se uma visita feita ao
Distrito da Guardinha para os
alunos conhecerem e reportarem sobre a importância da ferrovia, os trens de passageiros
e de cargas que existiram na
região. Moradores da localidade foram entrevistados e contaram como eram as viagens
de trem e como estão hoje
abandonados os trilhos e o serviço de transportes.
A próxima edição traz uma
entrevista exclusiva e mais do
Jornal como
instrumento de
transformação
Professor Artur avaliam edição do jornal escola com alunos Maicon e Giovana
que especial feita pelos alunos
com uma das personalidades
mais queridas e respeitadas da
Comunidade Marques, que é a
senhora Mathildes Auxiliadora
de Souza, de 61. A reportagem
é uma homenagem sobre o Dia
das Mães. No entanto, antes
mesmo da matéria ser publicada ela veio a falecer no dia 25
de maio. “Tivemos algumas dificuldades com a impressão e
o jornal está saindo atrasado,
agora, mas será um registro
histórico para todos”, comenta o professor.
CULTURA
MULTIDISCIPLINAR
Além da parte histórica a
elaboração do jornal Roque
Scarano tem evidenciado aos
alunos novas e diferentes formas de aprendizado em diversas matérias. “O ganho tem
sido significativo em termos de
leitura e de escrita, além de
muitos valores que estão sendo realçados e incutidos. O
envolvimento com as pessoas,
com os fatos e acontecimentos a ligação com as coisas
mais próximas e até mesmo as
do passado somados formam
um conjunto de conhecimento
geral com elementos da Matemática, da Geografia, do Meio
Ambiente e não só da minha
disciplina que é a História, então entra a questão multidisciplinar que envolve vários outros elementos”, destaca Artur.
“Conto com a ajuda de nossa
professora de Português,
Sheize Godinho”, mas o projeto envolve toda a escola e a
comunidade.
A intenção segundo o professor é ampliar o foco das atividades gradativamente. “Já
percebemos uma mudança de
comportamento dos alunos em
relação a observação e percepção do mundo em que vivem.
Por sermos uma escola de uma
comunidade rural há uma diferença muito grande em relação
a realidade de vida e não escolar comparada ao que os alunos
da cidade vivenciam”, apontam.
Mas hoje com o avanço
tecnológico, o acesso aos meios de comunicação, jornal, rádio, televisão e internet muita
coisa acaba sendo nivelada e os
alunos da zona rural já não são
leigos das novidades.
Em uma visão crítica do sistema educacional professor
Artur pondera que a Educação
possui problemas crônicos em
um contexto geral. “O mundo
está em transformação, ideias e
pessoas novas sucedendo as
mais antigas e as mudanças de
posturas são constantes, sempre voltadas para melhorar e ajudar a vencer aos desafios”, avalia. Embora algumas pesquisas
apontem o Brasil como um dos
piores do mundo e mesmo havendo tanto esforços, ele acredita que o sistema educacional
ainda é falho. “Temos trabalhado unidos em projetos, em equipe e a expectativa é superar as
dificuldades”, acrescenta.
Para o professor de História, através do projeto sobre
Jornalismo os alunos desenvolveram e assimilaram bem conteúdos outros além da leitura,
da escrita e do comportamento. “Percebemos que hoje há
um envolvimento de toda a escola, as participações em concursos pelos alunos e professores. Percebemos que não é
um bicho de sete cabeças, a
Educação não é aquele fardo
pesado, de um panorama infeliz e não é aquilo tudo que se
mostra nas propagandas da televisão”, define. O meio termo
acaba servindo para definir um
processo instalado que está em
fase de construção e que avança para estágios mais evoluídos e de novas conquistas.
Artur lembra e agradece
que o projeto sobre o jornal foi
abraçado pelos demais professores da escola e também contou com o apoio da direção.
“Faço aqui o meu agradecimento à Kellen Cristina Oliveira que foi nossa diretora e também a Deliana Nelia Braghini,
nossa atual diretora que tem
nos dado um imenso apoio fundamental para o desenvolvimento deste projeto”, citou. De
acordo com o professor o projeto que começou apenas com
os alunos do 8º ano agora já
está se expandindo a e a intenção é possibilitar que todas as
salas do sexto ao nono ano participem do projeto.
Por Roberto Nogueira
“O jornal está mudando minha forma de pensar e ver o
mundo a minha volta”. A definição é de Giovana Dutra Marques, uma das alunas envolvidas no projeto de produção do
Jornal Escola Roque Scarano. “Antes eu só pensava em mim
e hoje vejo que existem outras pessoas importantes ao meu
lado”, explica o estudante Maicon Felipe Chaves. Eles são
apenas dois dos exemplos do processo de transformação a
que o professor Artur dos Santos Gomes se refere depois
que implantou o meio de comunicação na Comunidade da
Fazenda Marques
O jornal trouxe uma série de nuances que estão sendo trabalhados dentro e fora da escola. “Nosso trabalho consiste
em pesquisas de campo, com construções históricas em sua
maioria, através de entrevistas sempre voltadas para a valorização do idoso e da memória em si como patrimônio”, define
o professor. Ele ressalta que os autores são os próprios alunos. Giovana e Maicon foram entrevistados pela reportagem e
confirmaram que o projeto proporcionou mudanças na visão
de mundo deles e dos colegas de sala e da escola.
“Estou adorando participar. É importante participar de
algo que os outros vão ler, vão se informar”, diz Giovana.
Ela explica que foi preciso melhorar alguns aspectos como a
grafia certa das palavras e a pontuação. “A gente passa a ser
mais observadora do que acontece a nossa volta, mudam os
hábitos e costumes”, menciona. A estudante destaca que aspectos como conservação do meio ambiente, preservação
do patrimônio histórico, valorização das pessoas são questões que passaram a ser observadas com mais frequência.
Para o aluno Maicon Felipe a mudança de comportamento também está sendo sentida no cotidiano. “Estou adorando
participar porque mudou a minha forma de pensar”, descreve. As novas ideias estão aflorando principalmente depois
que começou a participar da produção do jornal. “Estou lendo mais, as novas ideias estão surgindo com mais facilidade”, relata. Segundo o professor a experiência com as entrevistas e produção de textos faz com que os alunos fiquem
mais criativos.
Se vão ser futuros jornalistas e repórteres eles ainda possuem dúvidas. Por enquanto Giovana sonha em ser médica e
Maicon que ser advogado e delegado. “Quero estudar mais,
a gente não pode ter vergonha de aprender”, ensina o estudante. Professor Artur acredita que eles estão no caminho
certo e o projeto continua sendo desenvolvido descortinando
novos horizontes.
Prefeitura Municipal de São Sebastião do Paraíso – MG.
Processo de Licitação, modalidade Pregão n.º 0040/2014,
Presencial, Processo n.º PRC1331/2014, Registro de Preços
n.º 0017/2014, Tipo Menor Valor Por Lote Objeto:
CONTRATAÇAO DE PESSOA JURIDICA PARA
PRESTAÇAO DE SERVIÇOS DE LOCAÇAO DE TENDAS E
SANITARIOS QUIMICOS, DESTINADOS A ATENDER AS
NECESSIDADES DE DIVERSOS SETORES DA PREFEITURA
PELO PERIODO DE 12 MESES . A abertura será dia 16 de
Junho de 2014, às 09:00 horas. O edital completo e as demais
informações relativas a presente licitação encontram-se à
disposição no site: www.ssparaiso.mg.gov.br e na Prefeitura
Municipal, Gerência de Compras e Licitações, na Rua Mariana
Amaral,30, Lagoinha, nesta cidade, fone (0xx35) 3539-7000,
ou fone/fax (0xx35) 3539-7015, diariamente das 08:00 às
11:00 e das 13:00 às 17:00 horas, onde poderão ser lidos,
examinados e adquiridos. São Sebastião do Paraíso – MG,
Maykon Donizete Neto de Souza – Pregoeiro.
Edição atual do jornal apresenta entrevista
com Mathildes Auxiliadora de Souza
Alunos visitam casarão na Fazenda Marques e trabalham
o resgate do patrimônio histórico da comunidade
Localidade possui belas cachoeiras entre
outras atrativos da paisagem natural
Moinho de quase 100 anos é uma
das marcas do passado no presente
Jornal do Sudoeste
página 10
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
Nossa terra, nossa gente
• Dos Leitores •
A COPA QUE NÃO
COMEMOREI
Sãosinha
Elza Soares*
A inauguração da Unidade
Uaitec, Universidade Aberta
Integrada de Minas Gerais, no
dia 16 de maio foi um marco
glorioso em São Sebastião do
Paraíso. Assim nossa gente terá
oportunidades de se graduar
em diversas modalidades, sem
deixar nossa terra ou despender
de altos custos financeiros.
Será tudo gratuito.
A inauguração com o descerramento da placa foi feita
pelo secretário estadual de Ciências Tecnológicas e Ensino Superior, Dr. Narcio Rodrigues, acompanhado pelo reitor
da Universidade de Minas Gerais, Dr. Dijon Morais Júnior,
deputado federal Carlos Melles,
deputado estadual Antonio
Carlos Arantes.
Estavam presentes lideranças paraisenses e regionais em
diversos segmentos, presidentes de associações, jornalistas,
profissionais liberais e a sociedade.
A Uaitec em Paraíso será
uma referência em todo o Estado de Minas Gerais pelos
cursos que aqui serão realizados.
A Uaitec através da SETES
elaborou um projeto para que
as Universidades federais e estaduais possam oferecer aos
municípios mineiros, ensinos
superiores, tecnologia, idiomas,
dentro do programa Universidade Aberta Integrado de Minas Gerais. Os alunos terão
grande variedade de escolhas
que vão desde a capacitação até
MBA, Master Business Administration, tudo gratuito.
O deputado Antonio Carlos
Arantes discursou dizendo sobre a importância da Uaitec
para nossa gente e toda a região. O coordenador da área
técnica da Uaitec em São Sebastião do Paraíso, Francisco
Landi Pereira agradeceu ao
governador do Estado e lideranças políticas pela inclusão
digital em seu programa de
governo que irá proporcionar
conhecimento, cultura e melhores condições de vida aos mineiros.
Em cada unidade da Uaitec
é destinado um espaço cultural
para homenagear uma personalidade que se destacou na
educação e cultura do município. Em São Sebastião do Paraíso foi escolhido o jornalista
Aníbal Deocleciano Borges,
Biba, membro da Academia
Paraisense de Cultura, desde
sua fundação.
Um momento de muita
emoção para a família, quando
a senhora Altair Marinzeck
Borges, sua esposa, descerrou
a placa. Junto dela, seus filhos,
engenheiro Aníbal Marinzeck
Borges, psicopedagoga Adriene
Marinzeck Borges Delfante, o
genro, jornalista Paulo Henrique Delfante, neto, o universitário Rafael Pelucio Marinzeck
Borges, e a Sãosinha Borges
Ferreira.
A Academia Paraisense de
Cultura esteve presente à solenidade, representada pela acadêmica secretária, Francisca
Cunha Zanin, acadêmicos
Evaristo Souza Scarano, Dr.
Ailton Rocha de Sillos e Nelson Duarte.
Em nome da família, agradeceu a homenagem o jornalista Paulo Henrique Delfante.
O deputado Carlos Melles
em seu discurso lembrou que
Aníbal era filho do jornalista
João Borges de Moura e irmão
da jornalista Sãosinha Borges
Ferreira. “Homenagem mais
que merecida. Ele tinha uma
capacidade de ouvir e de diálogo formidável, de muita sensibilidade”, disse, cumprimentando a família.
O deputado referindo-se ao
secretário Narcio Rodrigues
disse: “O professor Anastasia
vai ficar como governador que
estadualizou a UEMG, mas
você, lembrado como quem
realmente fez a estadualização”.
O secretário Narcio Rodrigues em seu discurso referindo-se ao deputado Carlos
Melles disse tratar-se de “extraordinário parlamentar que
deu nova dimensão ao negócio
café, a presença do café mineiro na cena internacional”.
Um momento que ficará na
história de São Sebastião do
Paraíso.
O secretário Narcio Rodrigues apresentou o belíssimo e
majestoso projeto desenvolvido por sua equipe de gereniamento de obras, dizendo ter
sido “sob a encomenda do deputado Melles”. “Havendo recursos para construir o campus, o projeto com a planta do
primeiro ao terceiro piso está
pronta”. Continuando afirmou
que “a UEMG tem que vir para
Paraíso e liderar o maior Centro Olímpico de Minas Gerais.
Paraíso, tenho certeza, será um
grande polo de esporte olímpico. Enquanto a UEMG não
chega, teremos a Uaitec”.
A UEMG será recebido com
muita honra e orgulho em nossa terra, o nosso Paraíso.
Jornalista Pedro Blank lançará
livro na ALMG “O Príncipe
A Real História de Dirceu Lopes
Divulgação
Capa do livro traz imagem do craque do Cruzeiro e da Seleção
Brasileira com conteúdo que narra uma trajetória de sucesso
Por Roberto Nogueira
O jornalista e escritor Pedro
Blank, que também é assessor
de comunicação da Concessionária Nascentes das Gerais é
o autor do livro “O Príncipe A Real História de Dirceu
Lopes”. A obra editada pela
empresa Asa de Papel tem a
participação da L5 Comunicação para o lançamento que
acontecerá na próxima quartafeira,4, às 18h30 no hall principal da Assembleia Legislativa
de Minas Gerais. Aproveitando o clima de Copa do Mundo,
o autor fará uma sessão de autógrafos do trabalho sobre
evento que também se repetirá
no próximo sábado, 7, às 10 h
na Livraria Asa de Papel.
No livro “O Príncipe - A
Real História de Dirceu Lopes”,
o jornalista Pedro Blank mergulha no principado do maior
artilheiro da história do Cruzeiro. Sim, ele descobriu isso também – e narra em detalhes o
passo a passo daquele que, a
partir da histórica goleada do
Cruzeiro sobre o poderoso Santos de Pelé, se tornou o maior
camisa 10 que já vestiu a camisa celeste e um dos 10 maiores 10 do futebol mundial de
todos os tempos.
O príncipe como Dirceu
Lopes ficou conhecido no
mundo do futebol vai autografar livros ao lado de Blank, contar histórias, rever grandes e
velhos amigos, verdadeiros
ídolos da história do futebol
mineiro. E certamente com sua
simplicidade, genialidade e talento fará muitos novos amigos. Porque ídolo acima da
média não é amado por apenas
uma torcida. Dirceu Lopes
também é assim.
Para ajudar a promover a
obra também foi produzido um
vídeo que mostra como foi a
elaboração da capa do livro. De
acordo com o escritor “a Livraria Asa de Papel fez uma
edição bacana”, relata. O autor
da capa e do projeto gráfico é
o Alexandre Biciati, “baita profissional, que tabelou com o
maravilhoso Alvaro Gentil para
entregar este material nota 10
para a gente”, descreve o jornalista. Ambos fizeram um
making of da produção da capa
que pode ser vista através do
You Tube, no endereço: https://
www.youtube.com/watch?v =
pYTcqlA 0IQM&list =UUvp A3
Os G01XMGnnHS3 NMpM g
Pedro Blank é definido
como um excelente contador
de história. O livro é tido
como uma compilação de um
personagem e as histórias são
contadas com sabor. Quem já
teve a oportunidade de manu-
sear a produção assegura que
os leitores vão ler o livro duas
a três vezes ao ano, mesmo
aqueles que nunca ouviram
falar de Dirceu Lopes. Para os
amantes do esporte e da boa
leitura, a história do Cruzeiro
Esporte Clube e do futebol
brasileiro ganha mais um capítulo com a biografia. “Com
certeza teremos ‘páginas heróicas imortais’” relata o escritor.
O jornalista conta que foi há
quase três anos que tudo começou. “Mas parece que foi
ontem que liguei a primeira vez
para o Dirceu Lopes e perguntei se ele topava que eu escrevesse sua biografia. Ele topou.
Ele topou e o trabalho está terminado. Depois de muita pesquisa, dezenas de entrevistas e
horas em frente ao computador, tenho a satisfação de convidar vocês para o lançamento
da obra”, afirma.
Com humildade ele assume
eventuais por menores. “Em
que pese a necessidade de alteração da lei de biografias,
quero destacar o papel do baixinho. Não pediu para mudar
uma vírgula sequer. Assim, todos os erros do livro são exclusivamente meus”. Contudo
ele faz antecipações de sua satisfação pelo trabalho realizado.
“Mas, vou confessar uma coi-
sa para vocês: foi uma experiência fantástica mergulhar na
vida de Dirceu e relembrar o
mágico e fantástico Cruzeiro
dos anos 60 e 70. Como tinha
craque aquela constelação montada por Felício e Furletti”,
comenta.
Para o jornalista, contar a
história de Dirceu Lopes é
relembrar a genialidade de Tostão, a bravura (sem deslealdade) de Piazza, as peraltices de
Joãozinho, a camisa amarela de
Raul, a raça de Pedro Paulo e
muito mais gente boa que fez
o Cruzeiro exportação.”Como
bem escreveu João Saldanha,
qualquer seleção do mundo,
com um jogador do quilate de
Dirceu Lopes, chegaria sem
dificuldades a uma semifinal de
Copa do Mundo. Dirceu Lopes
é jogador brasileiro. Craque.
Fora de série. Dentro e fora de
campo”, define.
Entre os torcedores e
amantes da boa leitura a obra
é um golaço de Pedro Blank e
já há quem aposte que o livro
é um dos mais esperados do
ano. Cruzeirense ou não,
amante de futebol ou não, esta
obra de Pedro Blank promete
entrar para o time das mais importantes em termos de registro da história brasileira, inclusive, do submundo do regime
militar.
Além de ter sido um período difícil para o Brasil, a ditadura militar foi quando tive minha casa metralhada. Estávamos
todos lá : eu, Garrincha e meus
filhos. Os caras entraram, metralharam tudo e nunca soube o
motivo.
Era 1970, já tínhamos recebido telefonemas e cartas anônimas, nos sentíamos ameaçados e deixamos o país. Acredito que fizeram isso por conta
do Garrincha, mas também por
mim, pois eu era muito inflamada e então, como ainda hoje, de
falar o que penso. Eu andava
muito com o Geraldo Vandré e
devem ter pensado que eu estava envolvida com política. Mas
eu sou uma operária da música, e qual é o operário que não
se revolta?
Fomos para Roma, e lá o
Garrincha, que não tinha sido
convocado para aquela Copa,
estava em desespero por não
estar jogando e por não ter onde
morar. Estávamos num hotel,
vendo o Brasil ser campeão. Foi
quando o Juca Chaves foi comemorar na Piazza Navona,
onde fica a embaixada brasileira.
Estávamos trancados dentro
de um apartamento, e o
Garrincha queria sair de qualquer maneira: queria participar
da festa, mas ao mesmo tempo
estava altamente deprimido. Ele
perdeu a casa, teve de deixar o
país e não sabíamos como voltar.
Enquanto se celebrava o fato
de o país se tornar o primeiro
tricampeão na história da Copa
do Mundo, o Brasil fazia barbaridades com sua população. O
Garrincha sentia um misto de
alegria e dor, porque ele queria
comemorar, mas, ao mesmo
tempo, sentia repulsa por tudo
que nos havia acontecido.
Imagine o que é para um homem que, para mim, está acima de qualquer nome no futebol brasileiro, ser mandado embora do país. Isso já é tenebroso, vergonhoso; imagine então
esse homem vendo aquela conquista, confinado numa selva de
pedra, no exterior, sem entender nada, sem saber o que ha-
via acontecido em nossa casa.
Aquela foi a época em que
ele mais bebeu, e não saía de
casa, pois tinha vergonha de
aparecer embriagado. Eu fazia
de tudo para ele não beber, mas
não adiantava.
Era tão grande a minha angústia que eu tinha vontade de
invadir a embaixada brasileira
em Roma. Mas segurei a onda.
Continuamos vivendo num hotel e tivemos grande ajuda de
Chico Buarque e Marieta. Eles
tinham se exilado na cidade e
foram dois amigos de alma.
Ali eu tive um bom empresário, trabalhei muito e fui ganhando o dinheiro com o qual
pagava todas as contas. Durante
um jantar, conheci Ella Fitzgerald, que estava fazendo shows
com repertório de bossa nova e
teve um problema de saúde. Eu
acabei substituindo-a.
Mas, quando descobriram
que eu estava trabalhando na Itália sem documentação, tivemos
de sair de Roma - então fomos
para Portugal por um tempo.
Um dia, estávamos no
Cassino Estoril, perto de Lisboa, e encontramos o apresentador Flávio Cavalcanti e o
Mauricio Sherman, que dirigia
um programa na TV Tupi.
Eles deram ao Garrincha uma
camisa do Brasil, querendo
homenageá-lo - mas quem
queria camisa da seleção naquela altura ?
“Obrigado o ..., cadê minha
casa, cadê minha moradia ? Já
vesti a camisa do Brasil anteriormente, já dei tudo que eu poderia ter dado ao Brasil”, ele disse.
Passados 50 anos do golpe,
ninguém jamais tomou nenhuma atitude sobre o que nos
aconteceu naquele 1970, e eu
continuo brigando pelo Mané,
até hoje.
Quando eu canto “Meu
Guri”, canto com muita força,
e essa é uma maneira que eu
tenho de cantar uma música do
Chico, mas homenageando o
Mané. Eles são os dois guris de
“my life”.
*Elza Soares, 76 anos
é Cantora.
Coluna Saúde Animal
Recorte e colecione!
OTITE
“INTERNA”
O ouvido é anatomicamente dividido em: ouvido
externo, ouvido médio e ouvido interno. Para facilitar a
compreensão, em uma explicação simples, o ouvido
interno nada mais é do que os componentes do mesmo que estão situados atrás da membrana timpânica.
Há peças anatômicas importantíssimas que compõem o ouvido interno. Nelas estão envolvidos todos os mecanismos da audição (cóclea) e da manutenção do equilíbrio (sáculo, utrículo e ductos
semicirculares). Caso haja danos nessas peças ou
no mecanismo chamado de sistema vestibular em apenas um dos lados, haverá influência desigual no mecanismo do lado oposto. O animal irá inclinar a cabeça e andar em círculos no sentido do lado afetado.
Apresentará ainda um movimento rápido dos olhos
chamado nistagmo.
Se a lesão for muito grave, o animal terá incapacidade de andar ou incoordenação para andar ou mesmo ficará rolando para o lado afetado. Em alguns
casos mais graves de traumatismos do ouvido interno com grave afecção do sistema vestibular,
poderá haver alterações da audição. De acordo com
a gravidade do processo, poderá haver também infecção no local. Caso isso ocorra, as deficiências neurológicas irão influenciar negativamente nas atividades motoras dos membros.
Além de traumatismos (queda, espancamento, atropelamento), outros fatores podem desencadear uma
otite interna, como o uso inadequado de alguns medicamentos orais ou tópicos e usados sem acompanhamento ou sem critério médico. Certas deficiências
nutricionais, produtos ototóxicos e mesmo as idiopatias
(sem causas definidas) também podem acarretar em
inflamação e/ou infecção do ouvido interno.
Para cada caso há a necessidade de um acompanhamento preciso e cuidadoso do médico veterinário. Caso suspeite de que seu animal tenha algum problema nos pavilhões auriculares, não use
qualquer tipo de medicamento por conta própria.
Encaminhe o animalzinho o mais breve possível até
uma clínica veterinária de confiança e deixe que
um profissional capacitado examine e prescreva o
melhor tratamento.´
*ROGÉRIO CALÇADO MARTINS
– médico-veterinário – CRMV/MG 5492
*Especialista em Clínica e Cirurgia Geral de Pequenos Animais
(Pós-graduação “lato sensu”)
*Membro da ANCLIVEPA (Associação Nacional de Clínicos
Veterinários de Pequenos Animais)
*Consultor Técnico do Site www.saude animal.com.br
*Proprietário da Clínica Veterinária VETERICÃO (São Sebastião
do Paraíso/MG)
Jornal do Sudoeste
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
página 11
Número: 1026
Fechamento: Terça-feira, 15 horas
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Mocoquinha R$ 200.000,00 Cód.: 2734
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Mocoquinha R$ 200.000,00 Cód.: 2007
Área do Terreno: 170 m² Área construída: 140 m²
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S Judas Tadeu 300 m² R$ 75.000,00 Cód.: 2796
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Jornal do Sudoeste
página 12
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
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Jornal do Sudoeste
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
31 de Maio de 2014
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Jornal do Sudoeste
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São Sebastião do Paraíso-MG e Região
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Ando pensando aqui comigo: qual o meu lugar preferido
em minha cidade.
Todo mundo tem um...
Sabe qual é o seu local de
contemplação? Mudou a cidade, mudaram-se os lugares, ou
mudei Eu? Penso eu que, com
200 anos, sei que mudamos.
Mas, lá no passado, deixaram
suas efígies na face dos que já
se foram, e todos eles tinham
um lugar preferido.
Tinham mesmo. Pois,
vejamos: Dr. Geraldo Ernesto
Coelho era chegado à leitura,
estudo e entretenimento em sua
casa. Fazia suas caminhadas
nas estradas.
Nicolau Jorge gostava de
reunir os amigos e compadres
na porta da rua de sua casa
madrugada adentro, e boas risadas; àquela época podia.
Atanazio Miranda amava subir à torre da antiga e linda
matriz e badalar os frenéticos
sinos, repicando-os nas chamadas aos fieis. Jayme Elias rodava a cidade toda e, até de casa
em casa, fazendo “pegadinhas”
maliciosas. João Salgado não
tinha um só lugar, mas todos
os lugares, pois era ele quem
cuidava da iluminação pública
e era um faz-tudo na eletricidade comercial e doméstica.
Nady Campos apreciava caminhar na Praça Central (a única), mas muito aprazível, dando as boas-vindas para as au-
toridades da Justiça, recémchegadas para fixarem residência em meu território. Sô
Avelino caminhava por toda a
cidade, subindo e descendo
ruas de terno colete, chapéu e
aquele relógio de bolso.
Dorfinho, fiscalizando tudo e
aplicando multas aos incautos
donos de terrenos.
Artur Freire, além da atividade notarial, que o obrigava
a correr atrás das pessoas, tinha horário sagrado na agência
dos Correios e Telégrafos do
agente Cacau, antes, a Santa
Paiva, pela manhã e à tarde,
quando chegava a jardineira.
Os comerciantes Tufi, dona
Tita, senhores Antônio
Salomão, Chico do Floro,
Custódio, Antônio Martins
(esse, não cobrava os picolés
das crianças) e Farmácias
Murta e João Pedreira gastavam o tempo com prosas e
casos interessantes à porta de
suas dependências.
José
Eulâmpio dos Santos e
Walter Nasser, eternos e competentes secretários da prefeitura.
José Borges da Silva,
implacável agente da Receita
Estadual, mas afável e amigo
do esporte e brincalhão no seu
bar. Os notáveis professores
Artur Brandão, as irmãs
Jesuína (dona Zina) e Aurora,
a outra Aurora do (tenente
Emílio), dona Tianinha, dona
Maria da Glória, dona
Mariinha do hico, todos, óbvio, focados no ir e vir ao símbolo cultural ”Grupo Escolar
Carvalhais de Paiva”. Os
prefeitos Procópio Dutra,
João do
Jango, Chico
Bueno, Dr. Geraldo Virgínio
dos Santos, Carlos Augusto,
claro, todos ouvindo a minha
população e acompanhando as
“obras” de perto. Os padres
Adolfo Mouran e Alfeu de
Melo Castro, no meio do
povo, sentados no paredão de
pedra em frente à Matriz, aquela que existiu um dia, fazendo
catequese peripatética.
Tempos bons... Lugares
melhores que não voltam
mais... Bem que o filósofo
italiano Giovani Reali andava
dizendo que, para recobrar a
vida boa de viver, temos que
recobrar os valores antigos.
Claro que temos de manter a
alma pura e o coração limpo
para acreditar que a nossa sina,
nesse oceano de inovações do
mundo virtual, é buscar a vida
que perdemos, vivendo.
Mas... qual o quê?! Voltando aos lugares preferidos, orgulho-me de tê-los tantos! A
praça, sempre a Praça para
muitos. Os arredores rurais, as
fazendas, algumas modelos de
tão bonitas e bem cuidadas.
Vejo os pontos de caminhadas,
como a estrada vicinal rumo ao
bairro Mato Dentro, bucólico o
odor das folhas de eucalipto,
da mata fechada,
uma floresta com os seus
imagináveis animais, como o
lobo guará, a onça jaguatirica,
além do ar puro e lugares para
meditação. Vejo, ainda, os adeptos da BR 265, em direção ao
ex Campo do Fomento Agrícola, hoje, apenas uma fazenda de domínio (da União?) Literalmente ociosa, abandonada,
improdutiva aos olhos das autoridades... que pena... Uma
parte de mim...
Enfim, os trilhadores de
motos em suas práticas sadias
fora de estrada. Por aqui, nesta minha cidade, ainda se vê o
nascer e o pôr do sol, e a lua
que desponta majestosa. Que
delícia. Quando penso nessas
coisas todas aí, é que tenho a
exata noção do que vale a memória. Jacuienses, escrever em
séries, como estão fazendo
comigo, serve para alertar e
cobrar sempre as pessoas de
bem, para que não se esqueçam do meu aniversário, o
meu Bicentenário, e já são tantos os presentes que espero
ganhar! Principalmente o
meu Memorial, para que as
minhas lembranças se perpetuem. Eu mereço,
Vocês não acham?
Fernando de Miranda Jorge Jacuí/MG
E-mail: [email protected]