Tecnologia e informação a serviço da sociedade JORNADA MADEIRA ENERGÉTICA CAPIM-ELEFANTE COMO FONTE DE ENERGIA NO BRASIL: REALIDADE ATUAL E EXPECTATIVAS VICENTE N.G. MAZZARELLA BNDES/RIO DE JANEIRO - 29/MAIO/2007 EVOLUÇÃO DO USO DE ENERGIA NO MUNDO 100 Biomassa moderna e H2 90 Biomassa (Lenha) 80 Nuclear Hidro Solar 70 Solar Gás Natural 60 Petróleo 50 40 30 Carvão 20 10 Outro s 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: Nakícenovic, Grübler and MaConald, 1998 FONTES DE BIOMASSA ENERGÉTICA VANTAGENS/DESVANTAGENS 1) Resíduo agrícola Baixo custo, dispersão geográfica e sazonal, logística duvidosa, possível contaminação por defensivos 2) Resíduo industrial Baixo custo, dispersão geográfica, logística duvidosa, heterogeneidade, contaminação, rastreabilidade problemática. 3) Resíduos de parques e jardins Baixo custo, dispersão geográfica e sazonal, logística problemática, heterogeneidade. 4) Cultura energética dedicada Custo de obtenção, produção (florestas, SRC*, gramíneas) localizada, certa sazonalidade, homogeneidade, rastreabilidade, logística mais racional. *SRC - “Short rotation coppice” (arbustos de ciclo curto: dois a três anos) CONCEITOS DE BIOMASSA • Biomassa tradicional: – lenha (em declínio) – 10,4% em 2002; 5,5% em 2050; 2% em 2100 • Biomassa moderna: – Florestas plantadas, biocombustíveis,plantios dedicados (em crescimento) - 1,2% em 2002; - 10,5% em 2050; - 24% em 2100), Fonte: Nakicenovic et al (1998) ÁREAS DE FLORESTAS PLANTADAS POR CONTINENTE (M ha) Fonte ONDE Mundo Ásia Europa Oceania América do Norte América Central América do Sul África Ano Global Forest Resources Assessment FAO 2000 2005 2000 2005 97,1 36,2 19,8 3,5 16,3 0,2 10,5 10,3 109,5 44,4 21,5 3,8 17,1 0,2 11,3 10,8 125,5 139,5 50,7 59,8 25,4 27,5 3,5 3,8 17,3 18,1 0,2 0,3 10,6 11,4 12,5 13,1 ÁREAS DE FLORESTAS PLANTADAS POR PAÍSES (M ha) Global Forest Resources Assessment Ano 2000 2005 5,3 5,4 10,7 11,9 16,3 17,1 10,3 10,3 23,9 31,4 19,8 21,5 Fonte PAÍS Brasil Rússia EUA Japão China Europa ABRAF FAO 2007 2005 2006 2000 2005 5,6 5,7 17,3 16,2 16,3 17,1 10,7 45,1 25,4 27,5 DIFICULDADES DE COMPARAÇÃO EQUALIZAÇÃO DA BASE DE PRODUTIVIDADE Mst/ha/a M3/ha/a T/ha/a T m.v./ha/a T m.s./ha/a (x%H2O) T m.s./ha/a (0% H2O) VARIAÇÕES DE DENSIDADES (kg/m3) RELAÇÃO COM LOGÍSTICA Casca de arroz Densidade natural Densidade aparente do briquete Densidade a granel dos briquetes % de água PCS/PCI kCal/kg 150 1.280 610 11,6 3.500 (PCI) Bagaço de cana 46 1.100 600 12,7 3.700 (PCS) Pó de serra 274 1.220 570 11,5 4.880 (PCI) Fontes: Quirino, W.F., 2003; Moreira, J.R., 2007 QUADRO COMPARATIVO DE PRODUTIVIDADES (t m.s./ha/a) FONTE t m.v./ha/a tm.s./ha/a tCass/ha/a Eucalipto FAO-2006 média 28m3/ha/a 14 9,8 4,4 Eucalipto SBS-2007 clones 50m3/ha/a 25 17,5 7,88 Cana Cana Moreira-2006 IBGE-2007 80 78 22 21 9,90 + 2,94 9,45 + 2,94 SRC Shell-1990 - 12 5,40 Capim elefante Samson-2006 Urquiaga-2002 - 13,5 a 14,8 15,3 a 17,6 Capim elefante Urquiaga-2006 - 30 a 33 34 a 39 (sem N2) 43 (sem/N2) 19,3 CUSTOS Custo Comparativo de Energéticos - Maio 2007 (R$ 1,9522/US$ 1,00) Energético G.N. (1) Petróleo (2) Óleo B-2 (3) C.M. ímp. (4) Coque (5) C.V. plantio (6) Pelets c. elef (7) Lenha (30% H2O) (8) Custo (US$/t) 260,56 509,60 425,35 68,04 104,00 235,60 78,18:81,18 - CAN 70,58 - BRA 58,33 PCS (GCal/t) 10,00 10,90 9,70 7,30 7,30 6,80 US$/GCal 26,06 46,75 43,85 9,32 14,25 34,65 4,43 17,65:18,33 15,93 2,85 20,47 (1) CSPE - Comissão Geral de Serviços Públicos de Energia ESP (não inclui ICMS) (Mai/07) (2) Petrobrás - US$ 70,10/barril (28/5/07) (3) Cotação mercado 2007 (4) EPE/DEE - Jan/07 (5) ABM Ago/2006 (6) AMS - Abr / 2007 VANTAGENS COMPARATIVAS DO CAPIM-ELEFANTE • Maior produtividade (40 t m.s./ha/ano • Menor extensão de áreas para uma dada produção • Menor ciclo produtivo (duas colheitas por ano) • Melhor fluxo de caixa • Possibilidade de mecanização • Energético renovável, ambiente amigável • Maior assimilação de C – melhor retorno nos projetos de MDL FBN – FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO A linha de trabalho da Embrapa • Substituição do N2 sintético pelo N2 fixado por bactérias • Identificação dos tipos de bactérias e espécies de capim com interação ótima • Experimentos do CNPAB com 14 variedades de capim, por cinco anos • Economia de fertilizantes • Não-contaminação de aqüíferos e da atmosfera • Ambiente compatível • Conservação de energia nobre (eletricidade e gás) RESULTADOS DE PRODUTIVIDADE COM FBN - FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (TUBULÕES DE Ø 60 cm) GENUS Merker Taiwan A25 Gigante da Colômbia Mineiro Cameroon-Piracicaba Merker X239 DA-2 Mineiro X23A Piracicaba P241 Sem Pêlo Capim Cana D’África Gramafante Roxo Mott Guaçu Krakatau 1995 12,4 9,0 7,0 9,0 10,9 11,0 10,9 13,8 10,7 14,4 10,9 11,1 6,0 9,1 12,0 1996 11,3 12,3 12,4 15,3 15,5 15,1 17,4 15,5 15,1 15,6 13,1 8,4 12,6 4,1 11,4 PRODUTIVIDADE t/ha/a 1997 1998 1999 Total Average 28.8 10,0 22,8 85,3 17,1 31,5 17,0 36,6 106,4 21,3 15,3 6,6 19,2 60,5 12,1 28,5 12,0 45,0 109,8 22,0 36,8 21,6 61,3 146,1 29,2 30,4 18,6 34,0 109,1 21,8 27,9 15,8 30,0 102 20,4 35,3 16,4 49,5 130,5 26,1 30,3 20,6 42,4 119,1 23,8 32,9 16,1 46,4 125,4 25,1 36,5 37,1 80,8 178,4 35,7 18,3 9,9 15,5 63,2 12,6 16,8 8,5 14,9 58,8 11,8 39,9 11,2 41,7 106 21,2 19,4 15,0 37,6 95,4 19,1 FORMAS DE USO DO CAPIM-ELEFANTE – ENERGIA • Combustão direta • Gaseificação • Carvoejamento • Hidrólise do bagaço – OUTRAS • Painéis compósitos • Papel álcool BALANÇO ENERGÉTICO COMPARATIVO Pelete de capim elefante (Samson 1999) (GJ/t) (30 t m.s./ha/a) Energia na produção agro __________0,791/0,668 Energia na peletização _____________0,480/0,480 Energia gasta total ________________1,271/1,148 Energia produzida ________________18,500/18,500 Balanço energético _______________ 14,6:1/16,1:1 Etanol (Macedo et al., 2004) (kCal/tCana) Energia na produção agro __________48.208/45.861 Energia na industrialização _________11.800/9.510 Energia total gasta ________________60.008/55.371 Energia produzida ________________499.400/565.700 Balanço energético ______________8,3:1/10,2:1 PROBLEMAS PARA DISPONIBILIZAÇÃO DO CAPIM-ELEFANTE • Sem tradição como energético; uso para nutrição animal • Necessidade de definir melhores cultivares por região (~ 200 genótipos) • Elevada umidade (até 80%) • Baixa densidade aparente • Necessidade de secagem no campo ou por processamento • Necessidade de compactação para viabilizar transporte • Teores de K e cinzas mais altos (em estudo) PROCESSOS DE SECAGEM DO CAPIM-ELEFANTE • De pé (como pé de milho)1 • Cortado e deitado em leiras2 • Colhido, picado e extraído o caldo3 (1) – aproximadamente 20% H2O residual; requer mais energia para colheita e picagem (2) - aproximadamente 30% H2O residual; requer mais energia, e cuidados para não apodrecer (3) - aproximadamente 50% H2O residual; requer menos energia; secagem ulterior via térmica PROCESSOS DE COMPACTAÇÃO E VARIÁVEIS DO PROCESSO • • • • Enfardamento Cubing (~ 500 kg/m3) Briquetagem (~ 580 kg/m3) Peletização (~ 650 kg/m3) Variáveis • • • • • Pressão Temperatura Velocidade de compactação Umidade residual Aglomerantes PROCESSOS DE CARVOEJAMENTO • Carvonbras (c) (África do Sul) • Tolenil (b) (piloto; carvão e tiço) • DPC (b) (piloto;carvão) • Pyro 7 (b) (piloto; carvão) • Úmido - IPT(b) (bancada – 230ºC; 60 atm; carvão e tiço) • • Bioware - Unicamp(c) (bio-óleo, carvão, gás) RS (b) (carvão e voláteis) (c) Contínuo (b) batelada MERCADO DE CARVÃO VEGETAL PARA SIDERURGIA - BRASIL Produção brasileira – 2006 (Fe-Gusa de carvão vegetal (1) • Usinas integradas – 1.709.072 t • Produtores independentes – 9.466.619 t 11.175.691 t Consumo específico de carvão vegetal • 2,9 m3/t gusa (2) • 0,25 t/m3 (densidade aparente) • 0,725 t c.v./t gusa (3) Consumo de carvão vegetal no Brasil (siderurgia) - 8.382.000 t (1) Sindifer/IBS – 2006 (2) Sindifer/FIEMG – 1995; Anuários Abracave (3) Campos Ferreira/ECEN - 2005 MERCADO DE CARVÃO VEGETAL NA EUROPA • Possibilidades de mixagem com coque • Possibilidades de injeção nas ventaneiras • Experimentos laboratoriais com carvão e alcatrão de capim-elefante CUSTO DO HECTARE E DA TONELADA DE CAPIM-ELEFANTE (R$/US$) Produção estimada: 90 t massa verde/ha/a 30 t massa seca/ha/a Custo de formação (reforma cada 10 anos) (R$) (US$) Serviços/insumos 11.981,77/ha/10 a 198,18/ha/a 90,90/ha/a Manutenção 617,91/ha/a 283,44/ha/a Subtotal 816,09/ha/a 374,6/ha/a Mecanizada: 1.207,40/ha/a 553,85ha/a Custo total 2.023,49/ha/a 928,21/ha/a Custo/m.v. 22,48/t m.v. 10,31/t m.v. Custo/m.s. 67,45/t m.v. 30,94/t m.v. Colheita (dois cortes/ano) (*) não considerada a secagem residual de aproximadamente 30% para 0% Fonte: Urquiaga, S. & Dias, P. – 2006 (em Mai/07: US$ = R$ 1,9522) FASES DE CUSTO DA BIOMASSA - I (CAPIM-ELEFANTE) 1) Formação (reforma a US$/ha BASE ESTIMADA (ha/a FONTE 90,90 90 t m.v. (1) cada 10 anos) (preparo, aração, gradagem, adubação, plantio – tolete, rizoma, semente) 30 t m.s. 2) Manutenção (c/FBN) 283,4 90 t m.v. 30 t m.s. (1) 3) Colheita (mecanizada) 553,85 90 t m.v. 30 t m.s. (1) (1) Embrapa – Urquiaga, S. et. Al. – 2006 (US$ 2,18) FASES DE CUSTO DA BIOMASSA - II (CAPIM-ELEFANTE) US$/ha BASE ESTIMADA FONTE 4) Picagem/moagem 6,14 Alfafa (2) 5) Secagem (de pé, 4,58 Alfafa (2) Alfafa Alfafa Resíduos munic. Serragem (2) (2) (3) (3) deitado, térmica) 6) Compactação (fardos, 11,42 (fardo) cubos, briquetes, peletes) 23,46 (cubo) 17,30 (pelete) 20,80 (pelete) (2) Sokhansanj e Turhollow – 2004 (3) Kemyx – estimativa reservada - 2005 FASES DE CUSTO DA BIOMASSA - III (CAPIM-ELEFANTE) 7) Transporte (cuidado com ar e água!) US$ BASE ESTIMADA 7.1 Terrestre - campo/beneficiamento 10 100 km (fardos) 7.2 Terrestre – beneficiamento/local uso 15 a 20 Até 700 km (contêiner, big bags) 7.3 Terrestre – Beneficiamento/porto embarque 15 a 25 Até 700 km (contêiner, big bags) 7.4 Marítimo – Porto embarque/porto destino 25 a 30 Porto europeu (granel, big bags FASES DE CUSTO DA BIOMASSA - IV (CAPIM-ELEFANTE) US$/GCal ou m3 USOS 8) Gaseificação (variável com processo e escala) Geração de calor, vapor, energia elétrica (~R$ 130,00/MWh) 9) Tiçagem ou carvoejamento (variável com processo Aquecimento, redução e escala) de óxidos por CO e H2 (~R$ 130,00/m3 carvão posto siderúrgica (~250 kg/m3 c.v.) CUSTOS ESTIMADOS – RESUMO I • Custo do capim colhido: A = 1 + 2 + 3 US$ 44 a 55/t m.s. switchgrass (pago por t m.s.) (1) (2) US$ 30,94/t m.s. capim-elefante (base 30 t m.s./ha/a) (3) US$ 36,40/t m.s. capim-elefante (base 30 t m.s./ha/a com 15% lucro) (3) US$ 38,68/t m.s. capim-elefante (base 30 t m.s./ha/a com 20% lucro) (3) (1) Girouard, P. et al. – Canadá – 1999 (2) McLaughlin, S.B. et al. – EUA – 2005 (3) Embrapa, Urquiaga, S. – Brasil – 2006 (US$ = R$ 2,18) CUSTOS ESTIMADOS – RESUMO I • Custo da moagem, secagem e compactação: B = 4 + 5 + 6 US$ 22,14/t fardo alfafa (4) US$ 34,18/t cubo alfafa (4) US$ 20,8/t pelete serragem (5) (4) Sokhansanj e Turhollow – EUA – 2004 (5) Kemyx – estimativa reservada - 2005 CUSTOS ESTIMADOS – RESUMO II • Custo da biomassa seca e compactada: C = A + B US$ 78,18 a 89,18/t m.s. (1) (2) US$ 70,58 a 72,86/t m.s. (3) • Custo da biomassa posta porto embarque: D = C + 7.1 + 7.3 US$ 100,58 a 102,86 (considerado apenas caso do Brasil – pelete de capim-elefante, 30 t m.s./ha/a, porto a 700 km; valor 7.1 – US$10; valor médio 7.3 – US$20/t) (1) Girouard, P. et al. – Canadá – 1999 (2) McLaughlin, S.B. et al. – EUA – 2005 (3) Embrapa, Urquiaga, S. – Brasil – 2006 (US$ = R$ 2,18) CUSTOS ESTIMADOS – RESUMO III • Custo do pelete capim-elefante posto porto europeu: D + 7.4 (valor 7.4 – US$ 25) US$ 125,58 a 127,86/t m.s.(1) ou € 93,44 a 95,15/t m.s.(2) ou € 98,18 a 99,90/t m.s. Nota: considerar margem adicional por ser admitida umidade de até 10% no pelete; idem por ter-se adotado produtividade 30 t m.s./ha/a, quando se tem conseguido até 40 t m.s./ha/a (1) US$ 2,18; € = R$ 2,79; € = US$ 1,278 (Ago/2006) (2) US$ = R$ 1,9522; € = 2,62; € = US$ 1,344 (maio/2007) PREÇO DE VENDA NO MERCADO EUROPEU E FASES ANTERIORES (CÁLCULO DE VIABILIDADE DE TRAZ PARA DIANTE) 1) 2) 3) 4) 5) Peletes: € 250 a € 300/t p/usuário final (trading companies - 2007) Briquetes: € 285/t p/usuário final (Quirino, W.F. – 2003) Peletes: € 110 a € 130/t p/importador (US$ 147,84/t a 174,72/t) (1) Peletes porto brasileiro: US$ 117,8 a 144,7/t (frete navio US$30/t) (1)(2) Peletes posto usina beneficiamento: US$ 92,8 a 119,7/t (frete bitrem US$ 25) (2) (1) Valores de US$ e € - Maio/2007 (2) Fretes navio e bi-trem considerados valores máximos, por segurança PREÇO DE VENDA NO MERCADO EUROPEU E FASES ANTERIORES 6) Capim posto usina beneficiamento: US$ 46,40/t m.s. (incluído 15% lucro; A = US$ 36,40 + 7.1) (3) 7) Margem para beneficiamento 5 – 6 = US$ 46,4 a 73,3 > (US$36,40) (=A); US$ (92,80 – 46,40) = 46,60 a 8) US$ (119,70 – 46,40) = 73,30 Margem para beneficiamento, considerada variação de câmbio (Ago/06: Mai/07) € = US$ 1.2822 (Ago/06); € = US$ 1.3544 (Mai/07) margem de US$ 46,40 a 73,30 cai para US$ 43,92 a 69,39 (3) US$ = R$ 2,18 (Ago/2006) INVESTIMENTO PARA PLANTIO - I 2.570.000 t c.v./ano, de capim-elefante Produção brasileira de gusa de carvão vegetal (2005) 11.176.000 t (1) Consumo carvão vegetal (0,75 t c.v./t gusa)....... 8.380.000 t c.v./a (2) Hipótese de 30% de c.v. de capim elefante (ventaneira) Rendimento estimado do carvoejamento .......... 2.515.000 t c.v.capim elef/a 30% Matéria seca necessária .................................... 8.380.000 t m.s./a Área necessária (40t m.s./ha/a) ........................ 209.600 ha Custo de formação ($1.981,77/ha) (3)............... R$ 415.346.000/209.600 ha (1) Sindifer/Fieng – 2006 (2) Campos Ferreira/ECEN – 2005 (3) Embrapa – Urquiaga, S. - 2006 INVESTIMENTO PARA PLANTIO - II 10.000.000 t m.s./a (capim-elefante) (para produção de peletes e briquetes) • Produtividade estimada – 40 t m.s./ha/a • Área necessária - 250.000 ha • custo de formação/ha - R$ 1.981,77 (1) • Custo de formação total – R$ 495.442.500,00/250.000 ha (1) Embrapa – Urquiaga, S. - 2006 REALIDADE ATUAL DO CAPIM-ELEFANTE I • Sendo “descoberto” como biomassa moderna • Produtividade elevada, requer áreas menores, caminho fotossintético C-4 • Ambiente compatível, FBN reduz ou elimina adubação nitrogenada • Interesse para projetos de MDL; relação C:N > 100 • Custos no Brasil ainda estimativos, carecem de comprovação em escala confiável • Prováveis custos mais baixos que outras biomassas REALIDADE ATUAL DO CAPIM-ELEFANTE II • Ciclo produtivo menor, melhor fluxo de caixa, menor investimento • Mercado de larga escala já existente para biomassa seca compactada (Europa, EUA, Canadá, Japão) • Usos variados: – – – – Aquecimento residencial, institucional e industrial; Geração termoelétrica e de vapor; Redutor em processos metalúrgicos; Matéria-prima para hidrólise (etanol), painéis e papéis especiais REALIDADE ATUAL DO CAPIM-ELEFANTE III O QUE FALTA: • Definir custos reais de colheita (IPT, fabricantes de equipamentos) • Definir melhores cultivares por região (Embrapa) • Definir melhor processo para eliminação da água e custos correspondentes (IPT, Embrapa) • Confirmar custos reais dos diferentes processos de compactação (IPT, fabricantes de equipamentos) • Resolver problemas de composição: K, álcalis, cinzas (IPT, Embrapa) • Analisar processos de carvoejamento (IPT, processadores) CONCLUSÃO I • Mercado europeu já equivale a 10 Mt/a de biomassa seca compactada (valor importador ~US$ 1,5 Bi/a) e está em franco crescimento • Há indicações de que o capim-elefante brasileiro pode ser altamente competitivo • Compensa investir nos estudos faltantes • Pesquisa complementar incentivada na “Carta de Ouro Preto” (Fórum de Competitividade da Siderurgia – Comitê Tecnologia) CONCLUSÃO II • Diversas regiões do Brasil têm condições edafoclimáticas extremamente favoráveis. • Há grupos brasileiros interessados no capim-elefante para: – Geração de energia e vapor para uso próprio – Geração de energia e vapor para venda a terceiros – Obtenção de carvão e tiço para redução – Exportação de peletes e briquetes (inicialmente Europa) – Comercialização de peletes e briquetes no mercado interno RECOMENDAÇÕES • Não esperar que “os outros” banquem a solução dos estudos faltantes. • Agências de fomento (BNDES, Finep, EPE/MME) devem incentivar, pró-ativamente, trabalho conjunto entre áreas de pesquisa, fabricantes de equipamentos e empresas interessadas. • Procurar unir grupos sem conflito de interesses (desde que isso não represente adiar a solução sine die) para investir cooperativamente nos estudos faltantes. Obrigado! Tecnologia e informação a serviço da sociedade www.ipt.br