UFLA
GLOBALIZADA
O
processo de internacionalização faz parte da história da UFLA, cuja fundação foi
realizada por missionários americanos. Manter
a interação com outras instituições e entidades
internacionais sempre foi considerada ação estratégica da ESAL-UFLA, que iniciou na década
de 1970 um forte programa de qualificação do
seu corpo docente em universidades americanas e europeias.
No ano 2000, a UFLA sentiu a necessidade
de criar o Escritório de Assuntos Internacionais,
que em 2009 deu origem à Diretoria de Relações Internacionais (DRI), órgão ligado diretamente à Reitoria e responsável por organizar
e incentivar o processo de internacionalização
cada vez mais vital para a excelência do ensino, pesquisa e extensão. Desde então, o nú-
mero de convênios e acordos de cooperação e
intercâmbios acadêmico-científicos internacionais tem crescido consideravelmente.
Nos últimos quatro anos, as pró-reitorias de
Pós-Graduação, Graduação, Pesquisa e de Planejamento e Gestão aportaram recursos financeiros para fomentar as atividades de internacionalização, incluindo aqueles destinados ao
custeio de diárias e passagens.
Entre 2004 e 2012, vários convênios internacionais foram firmados. Atualmente, a UFLA
mantém cerca de 50 convênios com instituições
estrangeiras. Incluem acordos de cooperação,
protocolos de intenção e convênios de intercâmbio de discentes e docentes, destacando-se os firmados com universidades americanas
e europeias.
A assinatura desses convênios de cooperação tem contribuído para a formação do corpo
discente e qualificação do corpo docente por
meio da realização de 164 estágios de pós-doutoramento entre 2004 e 2012 e desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa que
permitem a aprendizagem de novas técnicas
de pesquisa e experimentação por parte do
corpo docente.
Acrescenta-se que essas parcerias também
beneficiaram o corpo docente da Pós-Graduação, na medida em que eles serviram de
referência para a realização de doutorados-sanduíches e processos de dupla titulação ou
titulação simultânea, instituída pela Portaria
Cepe 189 de 17/06/2010.
A política de cooperação da Universidade
propõe o estabelecimento e consolidação de
parcerias para o intercâmbio de estudantes (de
graduação e pós-graduação) e de professores,
bem como para sua especialização em eventos
internacionais. Objetiva também o desenvolvimento científico, tecnológico, do ensino e da
extensão universitária, por meio de parcerias
em diversas áreas do conhecimento.
A UFLA recebe, atualmente, 45 estudantes
de graduação e pós-graduação e 20 professores
de diferentes países. Para atender aos convênios
de dupla titulação, foram criadas disciplinas específicas que contemplam as ações de atividades acadêmicas internacionais. Isso favorece o
estreitamento de relações entre as instituições,
mas, principalmente, beneficia o estudante, que
pode incorporar suas ações no currículo pleno.
Para auxiliar a adaptação de estrangeiros na
UFLA e também de estudantes da UFLA no exterior, foi criado em setembro de 2011 o Núcleo de Cultura Internacional. Integração e
difusão de práticas culturais e costumes são
as propostas do Núcleo, que tem o apoio da
DRI, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec
– Coordenadoria de Cultura) e Pró-Reitoria de
Graduação (PRG).
Mobilidade estudantil
As iniciativas de mobilidade durante muitos anos tiveram como principal limitação a
escassez de recursos financeiros para dar suporte aos estudantes no deslocamento e estabelecimento em outra cidade ou país.
Em 2009, foi criada a disciplina Estágio Internacional, possibilitando que intercâmbios
na graduação ou estágios passassem a fazer
parte do currículo dos estudantes. Desde então, a mobilidade internacional ganhou novo
impulso, com o registro e acompanhamento
dessas atividades. Em 2009, 24 estudantes da
UFLA fizeram o intercâmbio acadêmico, em
2010 foram 28, em 2011 foram 26 e em 2012
já são 47 estudantes em instituições de referência em diferentes países.
A partir de 2010, as iniciativas de mobilidade tiveram apoio financeiro institucional e também de parcerias. Destaque
para a participação no Programa de Mobilidade Acadêmica Mercosul, com o intercâmbio frequente de estudantes que
saem para a experiência internacional e
outros que chegam à UFLA para uma rica
aprendizagem que certamente extrapola a
formação acadêmica.
dá). Outro grupo de estudantes também faz o
intercâmbio com bolsas da Capes.
Desde que o governo federal lançou o programa em 2011, a UFLA tem incentivado os estudantes a aproveitarem a oportunidade de realizar estágios no exterior, com a finalidade de
conhecer sistemas educacionais de referência
em relação à tecnologia e inovação, ampliando
a rede de cooperação científica e tecnológica.
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Bem-vindos à UFLA
Em 2012, principalmente pela adesão
da UFLA ao programa de mobilidade Mercosul (PMM), as ações de internacionalização e mobilidade terão grande crescimento, a partir da formação de redes
interinstitucionais por área do conhecimento. Nesse programa, mais 15 estudantes deverão participar de atividades
de intercâmbio.
Reitor prof.
Antônio
Nazareno com a
presidenta Dilma
Rousseff durante
lançamento do
Ciência sem
Fronteira
Ciência sem Fronteiras
212
A iniciativa do governo federal de lançar o
programa Ciência sem Fronteiras pode ser considerada um marco para a mobilidade internacional, com oportunidades de intercâmbios
sem precedentes na história do país. Nos primeiros meses do Programa, a UFLA conquistou a quinta posição em número de estudantes
aprovados com bolsa no CNPq, totalizando 31
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discentes com saída prevista para o segundo
semestre de 2012.
Esse pode ser considerado um sinal de que
a Universidade está no caminho certo para
ampliar o processo de internacionalização.
Com bolsas do CNPq, estudantes da UFLA já
estão no exterior (Portugal, Espanha, Estados
Unidos, Escócia, Inglaterra, Holanda e Cana-
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Cores vibrantes enfeitam o Câmpus da
UFLA com a delegação de professores
africanos
Em 2007, foi iniciada uma parceria de cooperação técnica com professores da Université Libre
des Pays des Grands Lacs (ULPGL), de Goma – República Democrática do Congo. Em 2011 e 2012,
foram realizadas duas edições do Seminário de
Capacitação em Agroecologia, Extensão Universi-
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Vozes da África
UFLA e Wageningen
tária e Agricultura Familiar, como uma das ações
do projeto Vozes da África, que inclui o apoio da
Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty. Atualmente, dois pesquisadores congolenses
participam de programas de pós-graduação
Stricto sensu (Mestrado) na UFLA.
Em 2010, novo convênio de cooperação
internacional com a Universidade de Wageningen/Holanda foi assinado, reforçando a
parceria por mais três anos, visando ao desenvolvimento de pesquisas na área de agricultura e, principalmente a criação do Centro de
Segurança Alimentar. A relação com a Universidade Holandesa, um dos maiores centros de
pesquisa do mundo nas áreas de biotecnologia
e biologia molecular vegetal, é tão promissora
que serve de referência para novos projetos de
inserção internacional.
Dupla Titulação
O programa de Dupla Titulação consiste
na orientação conjunta de estudantes brasileiros e ingleses em nível de doutorado,
por parte de pesquisadores da UFLA e da
Lancaster University (Lancs), Reino Unido,
fruto de um acordo de cooperação assinado
em 2009. Os estudantes envolvidos no Programa desenvolvem obrigatoriamente um
ano de seu doutoramento na instituição estrangeira, sendo considerado oficialmente
estudante e com diploma reconhecido pelas
duas instituições.
Delegação inglesa
durante I Workshop
sobre a Cooperação
UFLA e a Universidade
de Lancaster
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE L AVRAS
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Treinamento Internacional
Em 2011, representantes de 18 países da
África, Oceania, Ásia, América Central e América do Sul participaram de dois cursos intensivos de Produção, Tecnologia e Sanidade de
Sementes na UFLA, selecionados pelo Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty, com o
objetivo de compartilhar conhecimentos com
profissionais de países em desenvolvimento.
Parceria com os EUA
Em 2011, a UFLA deu mais um passo no
processo de internacionalização, com a assinatura de um Protocolo de Intenções com
a Universidade de Illinois, nos EUA. Entre
A missão foi composta
pelo reitor da UFLA,
professor Antonio
Nazareno Guimarães
Mendes; pelo
diretor de Relações
Internacionais, Antonio
Chalfun Junior; próreitor Adjunto de
Pós-Graduação, Alcides
Moino Junior; próreitor de Graduação,
João Chrysostomo
Resende Junior e pelo
coordenador científico
do convênio, professor
Renato Paiva.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE L AVRAS
as atividades previstas no acordo, destaca-se o intercâmbio de docentes e discentes
para atividades educacionais, culturais e
de pesquisas.
Intercâmbio voluntário
Antes mesmo do programa Ciência sem
Fronteiras, muitos estudantes da UFLA optavam por novas experiências, aprimoramento profissional e de uma segunda
língua e crescimento pessoal por meio do
intercâmbio voluntário. Nessa modalidade,
o estudante trabalha em uma empresa da
sua área de formação, normalmente ligada
a uma instituição de ensino, mas não recebe
pelo trabalho.
Em 2011, a UFLA
participou do primeiro
Salão Europeu de Pós-Graduação (Europós),
iniciativa para aprofundar o diálogo entre
instituições brasileiras
e europeias, no Palácio
de Convenções do
Anhembi, em São Paulo.
A participação da UFLA
ocorreu em parceria
com as demais instituições do Consórcio das
Universidades Federais
da Região Sul-Sudeste
de Minas, em um grande
estande que chamou a
atenção do público com
a inscrição “Universidades Mineiras”.
Em 2011, o estudante
de Medicina Veterinária
da UFLA Daniel Brum de
Cerqueira Leite Ribeiro, 22
anos, passou uma experiência inesquecível na
Índia. Ele participou de um
intercâmbio para conhecer a cadeia produtiva do
leite. “Decidi ir para um
lugar onde a cultura fosse
realmente diferente da
nossa e viver experiências
literalmente novas”.
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