II – INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Eduardo Calsan Tecnologia em Polímeros II – Medição de Temperatura Introdução: Energia térmica: é energia de agitação ou movimento das moléculas devido ao estado de constante agitação das moléculas que compõem um corpo. Quando um corpo se esquenta, a velocidade de vibração de suas moléculas aumenta. Exemplos de consequências: -metal: tanto suas dimensões quanto sua resistência elétrica variam; - fluido: elevação de pressão, caso esteja num recipiente fechado. Em ambos os casos, a temperatura se eleva devido ao resultado do calor absorvido. Temperatura: é uma medida de energia cinética molecular de um corpo. 2 II – Medição de Temperatura Características da temperatura: - propriedade fundamental, assim como tempo, massa, dimensão; - a temperatura de um corpo exprime a intensidade de calor, e não a quantidade (devido a agitação molecular); - temperatura não pode ser medida por comparação direta, utilizando padrões standard; - não possui uma medida palpável, como massa ou comprimento, mas sim ideias repetitivas e comparativas. Princípio básico: Dois corpos distintos estarão em equilíbrio térmico quando não houver passagem de calor entre um e outro. Eles estarão, nessas condições, à mesma temperatura. 3 II – Medição de Temperatura A medição da temperatura será realizada de acordo com alguma medida característica física do elemento de medição que seja relacionada com a temperatura. Exemplo: a) Alterações físicas: volume, pressão – termômetros de haste de vidro, bimetálico; b) Alterações elétrica – termopares, termoresistências. Escalas de temperatura: Escala Internacional Prática de Temperatura de 1.968 (IPTS-68): baseada em certos pontos fixos, intrapolados de acordo com a necessidade de medição. Exemplo: ponto de fusão do gelo: 0ºC; ponto de fusão do zinco: 419,58ºC. 4 II – Medição de Temperatura Para a interpolação, usa-se o seguinte método: -Entre -259,34ºC e 630,43ºC, utiliza-se o termômetro de resistência de platina pura, livre de tensões mecânicas. - Entre 630,74ºC e 1.064,43ºC, utiliza-se o termopar de platina-ródio, com 10% de platina. A calibração será feita por comparação com as indicações obtidas dos elementos primários acima mencionados. Escala Centígrada ou de Celsius (ºC): ponto de fusão do gelo (0ºC) e de fusão da água (100ºC), estendendo-se até -273,15ºC, ponto esse chamado de “zero absoluto”, onde presume-se que toda agitação molecular esteja cessada. Escala Kelvin (K): inicia-se no zero absoluto e é obtida somando-se 273,15 aos valores da escala Centígrada. A temperatura medida nessa escala é chamada temperatura absoluta. 5 II – Medição de Temperatura Escala Fahrenheit (ºF): fusão do gelo dá-se em 32ºF e a ebulição da água em 212ºF. Escala Rankine (ºR): obtida através da soma de 459,67 aos valores da escala Fahrenheit. Escala Réamur (ºRé): fusão do gelo dá-se em 0ºRé e a ebulição da água em 80ºRé. 6 II – Medição de Temperatura A conversão entre as escalas pode ser feita da seguinte forma: ºF = 9/5 x (ºC) + 32; ºC = (ºF – 32) x 5/9; K = ºC + 273,15; ºR = ºF + 459,67; ºRé = 4/5 x (ºC); Exercício: Exprimir 200ºC nas demais escalas de temperatura. 7 II – Simbologia de Instrumentação Referências: 1- COSTA, Augusto Diniz da. Instrumentação. Vol. 1. São Bernardo do Campo: Editora da ETE Lauro Gomes, 1.995. 2- Cursos Piping. Instrumentação Elétrica e Pneumática. Santo André, 1.996. 3- THOMAZINE, Daniel & ALBUQUERQUE, Pedro Urbano Braga de. Sensores industriais. Fundamentos e aplicações. 7. ed.. São Paulo: Editora Érica, 2.010. 8