AS SETE LEIS ESPIRITUAIS DO SUCESSO - Deepak Chopra
"O que for a profundeza do seu ser, assim será seu desejo;
o que for o seu desejo, assim será sua vontade;
o que for a sua vontade, assim serão seus atos;
o que forem seus atos, assim será seu destino."
Brihadaranyaka Upanishad IV, 4.5.
Lei é o processo pelo qual o não manifesto torna-se manifesto; pelo qual o observador tornase observado; o que vê se transforma no cenário; o sonhador evidencia o sonho.
A fonte de toda criação é a divindade (o espírito). O processo da criação é a divindade em
movimento (a mente). O objeto da criação é o universo físico (inclusive o corpo).
1. A lei da potencialidade pura
"No princípio não havia existência ou inexistência. O mundo era energia não revelada. ELE
vivia, sem viver, por SEU próprio poder e nada mais havia ..." Hino da Criação, do Rig Veda.
A fonte de toda a criação é a conscientização, a potencialidade pura, que busca expressar-se
do não manifesto ao manifesto. Quando descobrimos que nosso verdadeiro Eu é
potencialidade pura, alinhamo-nos à força que coordena tudo no universo.
O campo da potencialidade pura ou campo quântico é o próprio Eu. Quando experimentamos
o poder do Eu não há medo, nem controle, nem esforço para obter aprovação ou para
conseguir o poder externo.
O ego reflete apenas a auto-imagem, a máscara social, o papel que representamos. Esta
necessita de aprovação, controle e apoio no poder, porque vive com medo. O verdadeiro Eu,
que é o espírito, a alma, está livre dessas coisas. É imune à crítica, não teme desafios, não se
sente inferior e é humilde. Também não se sente superior, pois sabe que todos representamos
o mesmo Eu, com diferentes faces.
O autopoder é permanente porque está fundamentado no conhecimento do Eu. Tem
características próprias e atrai o que desejamos e as pessoas de nosso interesse.
O silêncio evita turbulências em nosso diálogo interior. Quando este silencia, experimentamos
a quietude do campo da potencialidade pura. A quietude é o primeiro requisito para que os
desejos se manifestem. Ela nos transporta ao campo da potencialidade pura com infinitas
possibilidades de realização. É o potencial da criatividade. O movimento, por si só, é a
criatividade restrita a certos aspectos da expressão. O não-julgamento cria silêncio em nossa
mente.
Quando conhecemos bem nosso verdadeiro Eu, compreendemos realmente nossa natureza e
não sentimos culpa, medo, ou insegurança, pois sabemos que a essência de todos os bens
materiais é energia vital, potencialidade pura, nossa natureza intrínseca.
2. A lei da doação
O universo opera através de trocas dinâmicas. Dar e receber são diferentes aspectos do fluxo
da energia universal. Em nossa própria capacidade de dar o que almejamos, encontra-se a
chave para atrair a abundância do universo, o fluxo da energia universal, para a nossa vida.
Assim se desencadeia o processo de circulação de energia, alegria, riquezas e abundância.
O fluxo da vida nada mais é do que a interação harmoniosa de todos os elementos e de todas
as forças que estruturam o campo da existência. Esta interação harmoniosa opera pela lei da
doação.
Se interrompemos a circulação do dinheiro acumulando-o, interrompemos também sua
circulação em nossa vida, uma vez que ele é energia vital.
Também todos os relacionamentos dependem de dar e receber. Assim, quanto mais damos,
mais recebemos, porque mantemos a abundância do universo circulando. Tudo o que é
valioso, só se multiplica quando é dado. Se há sentimento de perda, não há real doação, não
há troca de energia. A maneira mais fácil de obter o que se quer é ajudar os outros a conseguir
o que querem: dando-lhes. Quanto mais damos, mais cresce nossa confiança nos efeitos
milagrosos desta lei. Quanto mais recebemos, mais cresce nossa capacidade de dar.
Somos feixes de pensamentos num universo pensante e o pensamento tem o poder de
transformar. O tempo é o movimento do pensamento. Nossa verdadeira natureza é a da
riqueza e abundância. Se buscarmos antes alegria, amor, paz, harmonia, conhecimento, tudo
mais virá espontaneamente.
3. A lei do carma ou de causa e efeito
"Carma é a eterna afirmação da liberdade humana. Nossos pensamentos, palavras e atos são
fios de uma rede que tecemos ao redor de nós mesmos." Swami Vivekananda
O que semeamos é o que colhemos. Quando escolhemos ações que levam felicidade e sucesso
aos outros, o fruto de nosso carma é a felicidade e o sucesso.
Carma é o conjunto das ações humanas e suas conseqüências. É causa e efeito
simultaneamente, porque toda ação gera uma força energética que retorna a nós da mesma
forma; implica em escolha e ação conscientes. A melhor maneira de entender e utilizar a lei do
carma é estar conscientemente alerta para as escolhas que fazemos a todo momento. Ela diz
que nada do que se deve ao universo fica-se sem pagar. Os processadores operacionais da
alma são o carma, a memória e o desejo.
Tudo o que acontece no presente é resultado de escolhas do passado e o futuro, resultado das
escolhas feitas em todos os momentos da vida. Entre a infinidade de escolhas disponíveis só
uma trará felicidade. Quando for feita esta escolha, ela resultará numa forma de
comportamento chamada de ação correta espontânea, que é o momento certo.
Sempre devemos nos perguntar o que estamos aprendendo com as experiências, por que
estão acontecendo, quais as mensagens que o universo está transmitindo, como podemos
tornar úteis nossas experiências aos outros.
4. A lei do mínimo esforço
"O ser integral conhece sem ir, vê sem olhar e realiza sem fazer." Lao Tzu
A inteligência da natureza opera pela lei do mínimo esforço: sem ansiedade, com harmonia e
amor. Quando utilizamos estas forças, atraímos sucesso e boa sorte facilmente.
É o princípio da mínima ação, da não-resistência: faça menos e realize mais. É da natureza
humana materializar seus sonhos facilmente, sem nenhum esforço. Milagre é uma expressão
desta lei.
A inteligência da natureza funciona sem esforço ou atrito, espontaneamente. Ela não é linear,
mas intuitiva, holística, alimentadora. Quando buscamos poder e controle, desperdiçamos
energia. Se essa mesma energia for liberada, será recanalizada e utilizada para criarmos o que
quisermos.
Quando o ponto de referência interno é o espírito, quando somos imunes ao criticismo e não
tememos desafios, alcançamos o poder do amor e usamos a energia criativamente para nos
enriquecer e evoluir. Quando nossos atos são motivados pelo amor, a energia se multiplica e
acumula.
Podemos querer que as coisas sejam diferentes no futuro mas, no presente, temos que aceitálas como são (aceite o presente e pretenda o futuro). O passado é história, recordações,
memória; o futuro é mistério, antecipação; e o presente é uma dádiva, é consciência, é real, é
eterno. O passado e o futuro são frutos da imaginação. Ninguém é culpado de nossos
sentimentos negativos. Responsabilidade é a capacidade de ter uma resposta criativa para
cada situação: transformá-la em algo melhor. A realidade é uma interpretação. Assim, os
chatos podem se transformar em mestres.
Os relacionamentos que atraímos são o que precisamos no momento. Há um significado
oculto por trás de todos os fatos, que está a serviço de nossa evolução. Com o espírito
desarmado ganhamos acesso a imensas quantidades de energia antes desperdiçadas.
Declaremos a nós mesmos a intenção de experimentar satisfação, prazer, alegria, liberdade,
autonomia em todos os momentos da vida.
5. A lei da intenção e do desejo
"No princípio havia o desejo, a primeira semente da mente. Os sábios, meditando em silêncio,
descobriram, em sua sabedoria, a ligação entre o existente e o não existente." Hino da Criação,
do Rig Veda
É inerente a toda intenção e a todo desejo o mecanismo da sua realização. Eles têm, no campo
da potencialidade pura, o poder da organização infinita. Quando introduzimos uma intenção
no campo da potencialidade pura, colocamos essa organização a nosso serviço.
A energia e a informação existem em toda a parte, na natureza, no campo quântico, que é
influenciado pela intenção e pelo desejo. A atenção energiza e transforma. Quando
concentramos a atenção em algo, ele fica mais forte em nossa vida. Quando a afastamos, ele
enfraquecem desintegra e desaparece. A atenção está sempre no presente e o futuro aqui é
criado.
A intenção detona a transformação da energia e da informação e organiza a sua realização.
Através da intenção podemos comandar as leis da natureza para realizar sonhos e desejos,
desde que não violemos nenhuma dessas leis. A intenção deve sempre ser usada em benefício
da humanidade. Ela é o poder que move o desejo, pois este é desvinculado do resultado. O
desejo, sozinho, é fraco. A intenção é para o futuro e lá se manifestará, se a atenção estiver no
presente. O futuro pode ser criado através da intenção distanciada. Conscientes do momento
presente, os obstáculos imaginários - que são mais de 90% - desintegram-se e desaparecem.
Os restantes podem ser transmutados em oportunidades, através da intenção unidirecionada.
Quando desejamos muito algo, devemos nos desvincular dos resultados, para viver na
sabedoria da incerteza. Além disso, devemos deixar que o universo cuide dos detalhes.
6. A lei do distanciamento
"Como dois pássaros dourados pousados no mesmo galho, intimamente amigos, o ego e o Eu
habitam o mesmo corpo. O primeiro ingere os frutos doces e azedos da árvore da vida; o
segundo tudo vê em seu distanciamento." Mundaka Upanishad
Esta lei acelera todo o processo de evolução. Na disponibilidade para o desconhecido
rendemo-nos à mente criativa que rege o universo e entramos no campo de todas as
possibilidades, apreendendo a sabedoria da incerteza.
Para conseguir qualquer coisa é preciso desistir do apego a ela, mantendo a intenção e o
desejo. O distanciamento permite alcançar tudo porque se baseia na crença no poder do
verdadeiro Eu. No distanciamento está a sabedoria da incerteza, onde está a libertação do
passado, que é a prisão dos velhos condicionamentos. Distanciamento e incerteza são
sinônimos de consciência rica, porque oferecem liberdade para criar. A verdadeira consciência
é a liberdade de ter tudo e quando se quer, com um mínimo esforço.
Uma das características do campo de todas as possibilidades são as correlações infinitas. Esse
campo rege uma infinidade de eventos no tempo-espaço para conseguir os resultados
pretendidos. Graças à incerteza das infinitas possibilidades, pode-se mudar de direção para
conseguir um ideal maior.
Ao forçar a solução de problemas, criamos novos problemas. A oportunidade está em todos os
problemas. Sorte é a prontidão caminhando junto com a oportunidade.
7. Lei do darma ou do propósito de vida
"Quando você está trabalhando, o passar das horas deve soar como música extraída de uma
flauta. Trabalhar com amor é como tecer uma roupa com fios que vêm do coração, como se
fosse o seu bem-amado a usá-la. " Kalil Gibran
Todos têm um propósito de vida, um dom singular ou um talento único para dar aos outros.
Para cada dom há necessidades específicas.
A palavra darma vem do sânscrito e significa propósito de vida. Ela tem três componentes. 1.
Estamos aqui para encontrar nosso verdadeiro Eu (espiritual), pois somos seres espirituais que
de vez em quando têm experiências humanas; 2. Devemos expressar nosso talento singular. A
lei do darma diz que todos temos um talento único, só nosso; e 3. Devemos servir à
humanidade e sempre perguntar: como posso ajudar os outros?
A lei do darma é plenamente utilizada quando combinamos nossa capacidade de expressar
nosso talento único com benefícios à humanidade. Para utilizá-la plenamente, há
compromissos: 1. procurar o Eu superior, além do ego, com práticas espirituais; 2. descobrir
o(s) talento(s) único(s); 3. perguntar-se como melhor servir à humanidade.
APLICAÇÃO DAS LEIS
Domingos: lei da potencialidade pura - passos:
1. Reservar um momento, duas vezes ao dia, para ficar em silêncio, apenas ser (30 minutos de
manhã e 30 à noite).
2. Reservar um período do dia para comungar com a natureza e observar, em silêncio, a
inteligência que há em todas as coisas vivas.
3. Praticar o não-julgamento. Começar o dia dizendo: "hoje não julgarei nada que aconteça."
Segundas Feiras: lei da doação - passos:
1. Presentear todos os que encontrar com um cumprimento, uma flor, uma oração, um sorriso.
Levar sempre um presente quando visitar alguém.
2. Agradecer, diariamente, todas as dádivas da vida: a luz do Sol, o canto dos pássaros, as
flores e estar aberto para receber outros presentes, materiais ou não.
3. Assumir o compromisso de manter a riqueza circulando, dando e recebendo carinho,
afeição, apreço, amor. Desejar, em silêncio, felicidade e alegria a todos os que encontrar.
Terças Feiras: lei do carma - passos:
1. Observar as escolhas feitas a todo momento e conscientizar-se delas. Ter claro que a melhor
forma de se preparar para o futuro é estar plenamente consciente do presente.
2. Antes de escolher, perguntar-se: quais as conseqüências desta escolha? Trará satisfação e
felicidade?
3. Pedir orientação ao coração e seguir sua mensagem de conforto ou desconforto.
Quartas Feiras: lei do mínimo esforço - passos:
1. Praticar a aceitação, dizendo: "hoje aceitarei pessoas, situações, circunstâncias, fatos como
eles se manifestarem. Minha aceitação será total e completa."
2. Assumir a responsabilidade (não a culpa) pela própria situação. Saber que todo problema
traz em si uma oportunidade e que essa consciência permitirá olhá-lo e transformá-lo em
benefício.
3. Assentar a percepção na indefensibilidade: desistir da necessidade de convencer os outros.
Permanecer aberta a todos os pontos de vista.
Quintas Feiras: lei da intenção e do desejo - passos:
1. Fazer uma lista com todos os desejos, olhá-la ao acordar, andar com ela, olhá-la antes de
meditar e ao deitar. Guardá-la só para si.
2. Liberar a lista e confiar. Se os resultados forem diferentes é porque o plano cósmico tem
desígnios maiores.
3. Lembrar de praticar a consciência do momento presente, sempre.
Sextas Feiras: lei do distanciamento - passos:
1. Comprometer-se com o distanciamento, dando a si e aos outros a liberdade de ser o que é.
Evitar o controle e não forçar soluções de problemas.
2. Transformar a incerteza em um ingrediente de todas as experiências, pois ela é o caminho
da liberdade. Através dela, encontramos segurança.
3. Entrar no campo de todas as possibilidades e divertir-se.
Sábados: lei do darma - passos:
1. Carregar consigo a consciência da atemporalidade em todas as experiências limitadas pelo
tempo.
2. Fazer uma lista dos talentos únicos e outra, do que adora fazer, quando expressa esses
talentos.
3. Perguntar-se, diariamente: como posso ajudar os outros?
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CRIANDO PROSPERIDADE - DEEPAK CHOPRA
A prosperidade e a abundância ilimitada fazem parte do estado natural do ser humano. É
necessário apenas nos lembrarmos do que já sabemos. Existem duas deusas que moram em
nosso coração: Sarasvati, do Conhecimento e Lakshmi, da Riqueza. Quanto mais atenção
damos a Sarasvati, mais Lakshmi, enciumada, busca nosso afeto.
A Fonte de Toda Prosperidade
A fartura é o estado em que todas as nossas necessidades são atendidas e nossos desejos
realizados. As experiências da vida são, só aparentemente, coisas que nos acontecem, mas
somos nós que as fazemos acontecer. Os pensamentos são impulsos de energia e informação.
Os Passos para Criar Prosperidade
Basta ter consciência de sua existência, pois esforçar-se para adotar uma postura ou cultivar
um estado de espírito é desnecessário e pode causar stress e tensão.
1. Todas as possibilidades, o absoluto - a verdadeira natureza de nosso estado básico é ser o
campo de todas as possibilidades.
2. Sempre o melhor - evoluir é ser cada vez melhor, para ter prosperidade de tudo o que é
bom.
3. Desprendimento e caridade - o desprendimento deriva da consciência de que a fonte que dá
origem a tudo é ilimitada, inesgotável e infinita
4. Oferta e procura - essa lei é universal, pois seja qual for o serviço que viemos prestar no
mundo, há sempre alguém precisando dele.
5. Espere o melhor - a expectativa determina os resultados. É bom nos alegrarmos também
com o sucesso dos outros, principalmente dos "inimigos", pois exultando seu êxito, eles nos
ajudarão.
6. A semente do sucesso - em cada "fracasso" está a semente do sucesso, pois errando
aprendemos.
7. A manifestação dos desejos - o desapego é o mecanismo da realização de qualquer desejo.
A gratidão e a generosidade são atributos naturais da mente voltada à prosperidade.
8. Felicidade para todos - a felicidade deve ser buscada, sempre, em primeiro lugar e tudo o
mais virá naturalmente.
9. Decisão e intenção - quando se determina uma meta, a intenção não pode ser enfraquecida
com preocupações com o que deve ser feito para que ela se realize.
10. Não julgar - é bom nos afastarmos de análises, avaliações, definições, descrições,
interpretações, preconceitos e rótulos, pois todos eles criam o diálogo interior, impedindo o
silêncio.
11. O poder organizador do conhecimento - esse poder é parte do conhecimento. Todo
conhecimento resulta numa mudança de percepção a partir da qual é possível criar novas
realidades.
12. Amor e luxo - devemos amar a todos, amar o mundo, inclusive o luxo e adotá-lo como
estilo de vida, pois esse é um requisito para o livre fluxo da riqueza.
13. Motivar os outros - o melhor modo de motivar os outros a nos auxiliar na realização de
nossos objetivos é ajudá-los a atingir suas próprias metas
14. Não à negatividade - quando surgir um pensamento negativo, diga a si mesmo: "que venha
o seguinte". Evitar também a convivência com pessoas negativas.
15. Coexistência dos opostos - é preciso aceitá-la, pra nos livrarmos dos preconceitos e
silenciarmos o diálogo interior, o que abre as portas da criatividade.
16. Um propósito na vida - seu conhecimento leva ao campo da potencialidade pura.
17. Questionar - somente questionando o que a maioria aceita como certo é que
despertaremos da hipnose do condicionamento social.
18. Dar e receber - ambos são importantes aspectos do fluxo de energia do universo e não se
referem só a coisas materiais.
19. Circular a riqueza - para que o dinheiro chegue a nós, temos que mentê-lo em circulação.
20. Transcendência e atemporalidade - para se viver plenamente é necessário ir além de todas
as fronteiras. A percepção atemporal é a do eu interior, que habita o vão, o espaço entre dois
pensamentos. Ela está no coração, ela sente.
21. A unidade por trás da diversidade - a consciência de unidade é um estado de iluminação.
22. Valores - quando prestamos atenção nos valoares que a sociedade sempre considerou
sagrados - amor, beleza, devoção, fé, honestidade, integridade e verdade somos capazes de
criar.
23. Riqueza sem preocupação - os realmente ricos não temem perder sua riqueza, pois sabem
que há uma fonte inesgotável.
24. Gratidão - sua expressão é uma força poderosa, que gera muito mais do que recebemos,
mas deve ser sincera.
25. Vigor juvenil - quando nos identificamos com o eu interior, mantemos nossa energia e nos
sentimos dispostos e fortes. Quando nos identificamos com pessoas/coisas fora de nós,
entregamos parte de nossa energia a elas.
26. Gosto pela vida - há uma única vida sob incontáveis formas e conhecê-la é saber que o
poder está no momento presente. Disse D. Juan a Carlos Castañeda: "não importa qual seja
nosso destino específico, desde que o enfrentemos com o máximo de abandono". Disse um
sábio indiano: "você está onde sua atenção o leva. Você é sua atenção: se ela se divide, você se
divide. Quando ela está no passado, você está lá. Quando ela está no presente, você está na
presença de Deus e ele está presente em você."
"Deixe as águas se assentarem. Você verá as estrelas e a lua espelhadas no seu ser." Rumi
A Magia da Atenção - possuir a verdadeira riqueza ou fartura é viver totalmente
despreocupado com tudo, inclusive dinheiro.
O Poder do Conhecimento, Desejo e Espírito - as 25 qualidades seguintes são atribuídas ao
campo unificado e ao Brahma, o manancial de toda a criação, segundo os Vedas. Se uma
pessoa encarnasse os pensamentos de Deus, estas seriam suas características psicológicas.
1. Potencial total das leis naturais - há quatro forças básicas na natureza: I. Gravidade, faz a
terra girar e mantém os planetas em órbita; II. eletromagnetismo, responsável pela luz, calor,
eletricidade e todas as formas de energia; III. interação forte, mantém unido o núcleo de um
átomo; e IV. interação fraca, responsável pela transmutação dos elementos e a decomposição
radiativa.
2. Infinito poder de organização - poder fazer um número infinito de coisas ao mesmo tempo.
3. Plenamente desperto - o campo, embora silencioso, está sempre desperto.
4. Infinita correlação - o campo correlaciona tudo.
5. Perfeita organização - como o campo unificado está organizando um número infinito de
coisas, nele há ordem.
6. Infinito dinamismo - o campo é silencioso e, em seu silêncio, está a fonte do dinamismo.
7. Infinita criatividade - a manifestação do universo é a manifestação do pensamento a partir
do nível do Ser.
8. Puro conhecimento - o campo é o conhecimento sobre tudo o que há na criação material; é
a potencialidade.
9. Ilimitado - o campo é ilimitado em tempo e espaço.
10. Perfeito equilíbrio - o campo equilibra tudo.
11. Auto-suficiência - o campo tem tudo contido em si, nada requerendo do exterior.
12. Todas as possibilidades - tudo o que se imagina e muito mais. Quanto mais conquistamos,
mais aumenta a imaginação.
13. Infinito silêncio - praticando o silêncio, adquirimos o conhecimento silencioso.
14. Harmonizador - a palavra universo significa "única canção", onde há alegria, bemaventurança, paz e risos, em interação harmoniosa.
15. Evolutivo - tudo na natureza está evoluindo para um nível de existência mais elevado. Só
por existirmos já estamos evoluindo, porém, conscientes, evoluímos mais rapidamente.
16. Auto-referência - para se conhecer, basta o campo voltar-se para seu interior.
17. Invencibilidade - o campo é indestrutível, antigo, não nascido e nunca morre.
18. Imortalidade - o campo é imortal.
19. Imanifesto - o campo é imanifesto, embora seja a fonte de tudo o que é manifesto.
20. Nutriente - o campo nutre a tudo na criação.
21. Integrador - o campo integra todas as atividades.
22. Simplicidade - o campo é a forma mais simples de nossa consciência.
23. Purificador - o campo purifica tudo o que toca.
24. Liberdade - a verdadeira é a capacidade de encontrar prazer nas escolhas e a capacidade
de fixarmos a atenção nas opções que resultam em alegria para todos.
25. Bem-aventurança - é a natureza da própria existência; estamos nesse estado quando
somos felizes pelo simples fato de existirmos, sem causa.
Escolher uma qualidade para cada dia do mês. Voltar à primeira no dia 26 e assim
sucessivamente. Não analisar as palavras, não avaliá-las, não defini-las, não interpretá-las.
A meditação é o estado de pura percepção, de pura consciência. Alivia o stress, atenua a
insônia, a ansiedade e outros distúrbios psicossomáticos, faz cair a pressão sanguínea e a taxa
de metabolismo basal e favorece a coerência entre as ondas cerebrais, o que melhora o
aprendizado, a atenção, a criatividade e a memória.
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O Caminho do Mago – Deepak Chopra
O melhor momento para começar é agora. Um mago pode transformar o medo em alegria, a
frustração em realização, o temporal no intemporal. Ele pode levar-nos além das limitações,
em direção ao mundo ilimitado. Existe um mago dentro de cada um de nós, que tudo vê e
tudo sabe. Ele está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor.
Tudo que o mago vê tem suas raízes no mundo invisível. A natureza reflete o estado de alma
do mago. O corpo e a mente podem adormecer, mas o mago está sempre desperto. Ele possui
o segredo da imortalidade.
Os magos são videntes. Eles vêem a realidade como um todo e não suas partes. Cada coisa viva
é todo o universo, apenas vestida num disfarce diferente. O mago não vive no mundo; o
mundo vive nele. Ele vê o mundo e o deixa ser como é. Assim encara tudo à luz da autoaceitação, que é a luz do amor. A mente e as emoções são seletivas e isso despende muita
energia.
A essência do mago é a transformação. O mago vê a si mesmo onde quer que olhe, porque sua
visão é inocente. Por não t.er rótulos para as coisas, o mago as vê sempre como novas.
Qualquer coisa em que pensamos, nós já experimentamos e nos cansamos de tudo o que é
conhecido. Se ninguém olhar para a lua, ela não existirá. A volta da magia só pode acontecer
com o retorno da inocência. A inocência é nosso estado natural. É a auto-imagem que a
encobre.
O mago observa o mundo ir e vir, mas sua alma habita as esferas de luz. O cenário muda, o
observador permanece o mesmo. Seu corpo é apenas o lugar que suas memórias chamam de
lar. O mago poderia se chamar testemunha. Onde vemos objetos, a testemunha vê luz,
inclusive a si própria. Para o mago, nosso mundo habitual também é apenas uma imagem.
Quem sou eu? É a única pergunta que vale a pena ser feita e a única que jamais é respondida.
É nosso destino desempenhar muitos papéis, mas esses papéis não somos nós. Um mago não
acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Ele é um mundo que
sonha com eventos localizados. O que mais nos limita na vida mortal são os nomes, rótulos e
definições. Assumir mais papéis parece uma forma de expandir nossa experiência, ser
completo. Para o mago, ser completo significa estar livre de todos os papéis. Nossos
pensamentos não nos pertencem, mas aos papéis que desempenhamos. O espírito não é
localizado, mas deixa atrás de si uma impressão digital que chamamos de corpo. Ser
totalmente humanos nos torna reais. A realidade não pode ser definida, só experimentada.
Os magos não acreditam na morte. À luz da consciência tudo está vivo. Não há inícios ou fins.
Para o mago, não passam de elaborações mentais. Para viver mais plenamente, é preciso
morrer para o passado. As moléculas se extinguem, mas a consciência sobrevive à morte da
matéria. Qualquer experiência feliz faz com que o tempo ande rápido e qualquer experiência
dolorosa faz com que demore a passar. Sendo o universo um grande depósito de energia, nada
perece, pois ela não pode ser destruída. Os grandes pensadores como Einstein nos ajudam a
superar as barreiras mentais. Somos nós que temos que sobrepujar as emocionais e instintivas.
Devemos examinar bem nossas dúvidas racionais. Atrás delas está quem duvida; atrás dele, o
pensador; atrás do pensador, uma partícula de consciência pura, o mago.
A consciência do mago é um campo que existe em toda parte. As correntes de conhecimento
desse campo circulam eternamente. Séculos de conhecimento estão comprimidos em
momentos reveladores. Vivemos como ondulações no vasto oceano de energia. Quando o ego
é posto de lado, temos acesso à totalidade da memória. Não há nada em nós que não seja
parte de todos. Nossa missão é transcender o ego e mergulhar no oceano universal de
consciência.
Quando as portas da percepção são purificadas, vemos o mundo invisível, o mundo do mago.
Dentro de nós há um manancial de vida onde podemos purificar-nos e transformar-nos.
Purificando-nos livramo-nos das emoções, pensamentos e relacionamentos tóxicos. Todos os
corpos vivos, físicos e sutis são feixes de energia que podem ser percebidos. O corpo
emocional é constituído de sentimentos. O corpo mental, de conhecimentos. O corpo causal,
de razões e convicções. A identidade, o "eu sou", emana da percepção desses corpos.
Acreditamos sermos máquinas físicas que aprenderam a pensar, mas somos pensamentos que
aprenderam a criar uma máquina física. Quando dormimos, nosso corpo físico descansa e se
renova. Nos sonhos, o corpo emocional concretiza desejos, esperanças, fantasias e temores. O
corpo causal retorna ao mundo de luz. O ato mais criativo que podemos executar é nossa
autocriação. No silêncio profundo retornamos ao ser puro: nós mesmos.
O poder é uma faca de dois gumes. O do ego busca controlar e dominar. O ego nos segue
como uma sombra. Seu poder é sedutor, mas destrutivo. O poder do mago é o do amor. O
poder do amor é o da pureza, pois o amor dissolve todas as impurezas. Com medo, não
amamos de verdade. Para receber amor, primeiro é preciso dá-lo. O amor precisa ser
descoberto e despido da raiva, medo e egoísmo. O amor não é uma emoção. A sede do poder
é o eu interior. O eterno conflito do poder termina na unidade. O poder do rei lhe é concedido
pelos súditos, que podem retomá-lo. O verdadeiro poder é o interior.
O mago vive num estado de conhecimento. Esse conhecimento dirige sua própria realização. O
campo da consciência se organiza ao redor das nossas intenções. O conhecimento e a intenção
são forças. O que pretendemos muda o campo a nosso favor. As intenções comprimidas em
palavras envolvem o poder mágico. O mago não tenta solucionar o mistério da vida; ele está
aqui para vivê-lo. Quando a intenção de uma palavra é absorvida, um feitiço é lançado sob a
forma de uma intenção mental. Sempre que uma palavra é respaldada pela intenção, ela
penetra o campo da consciência como uma mensagem ou um pedido. Do ponto de vista do
mago, quanto menos esforço for despendido, melhor. 90% dos pensamentos que temos num
dia são os mesmos do dia anterior. Deus não julga; só a mente o faz.
Todos possuímos um eu-sombra que é parte da nossa realidade, mas que não apresentamos
em público. A sombra existe para mostrar onde somos incompletos. Quando ela é abraçada,
pode ser curada. Uma vez curada, transforma-se em amor. Quando vivermos com todas as
nossas qualidades opostas, viveremos totalmente, como o mago. Antes de encontrar o
caminho para a liberdade, somos reféns do conflito entre nossas personalidades internas. Para
o mago, somos carcereiros de nosso eu-sombra.
O mago é o mestre da alquimia, da transformação. É através da alquimia que começa a busca
da perfeição. Quando nos transformamos, tudo em volta se transforma. As metas da busca –
amor, esperança, graça e heroísmo – são a herança do intemporal. Para invocar a ajuda do
mago é preciso ser forte na verdade, sem ser teimoso no julgamento. Os segredos da alquimia
existem para tirar os mortais da ignorância e sofrimento e levá-los à bem-aventurança e
iluminação.
A sabedoria está viva e é sempre imprevisível. A incerteza é a porta de entrada para a
sabedoria. O buscador é inseguro: ele sempre tropeça, mas nunca tomba. A ordem e o caos
são duas faces da mesma moeda. A ordem humana é feita de regras. A ordem do mago não
tem regras – ela flui com a natureza da vida, que contém tanto o caos quanto a ordem. Os
padrões emergem da desordem e se dissolvem novamente nela. Nossa sociedade de forças
caóticas é uma sociedade de infindáveis leis e regulamentos. O excesso de controle, luta,
planejamento e preocupação vai contra o sentido da vida. A imprevisibilidade é a maneira
natural de viver.
A realidade é uma imagem refletora das expectativas. Se projetarmos sempre as mesmas
imagens, nossos dias serão iguais. Quando a atenção é perfeita, ela cria clareza e ordem a
partir do caos e da confusão. Quando temos certezas vivemos limitados. O caminho para a
incerteza é o único que leva ao mundo do mago. Os magos não lamentam a perda porque só o
irreal pode ser perdido. Mesmo que percamos tudo, o real permanecerá. No cascalho da
devastação e do desastre há tesouros ocultos. É bom examinar bem as cinzas. Tudo a que nos
agarramos já está morto, porque é passado. Morrendo a cada momento descobrimos a porta
para a vida eterna.
Na medida em que conhecemos o amor, tornamo-nos o amor. Ele é mais do que uma emoção,
é uma força da natureza e, portanto, contém a verdade. Quando pronunciamos a palavra
amor, captamos o sentimento, mas não a essência. O amor mais puro situa-se onde é menos
esperado, no desapego. Para o mago o amor é uma força universal. A indiferença não contém
vida nem energia. Os mortais estão cheios de ego. O mago é vazio e por isso o universo pode
enchê-lo de amor. O amor pessoal é uma forma concentrada do amor universal e este, uma
forma expandida do amor pessoal. Todos nos apaixonamos por imagens e as carregamos
dentro de nós, esperando encontrar algo que se ajuste a elas no mundo exterior. Procuramos
quem reflita nossa auto-imagem ou a corrija. Para sentir o amor como Deus, é preciso
preencher todos os vazios, pois Deus só ama a partir da plenitude. O amor que sentimos não
se refere ao que é real no ser amado, mas nossa necessidade de possuir. Todas as emoções
são amor disfarçado. Meditar é ir diretamente à região silenciosa interior.
Além de andar, dormir e sonhar há infinitas esferas da consciência. O mago existe
simultaneamente em todas as épocas e enxerga infinitas versões de cada evento. As linhas
retas do tempo são fios de uma teia que se estende rumo ao infinito. Sempre que impulsos de
carência, medo ou raiva surgirem do passado, ajamos de acordo com memórias futuras. O
futuro é que deve criar o presente: é isso que significa viver às avessas no tempo. Há apenas o
eterno presente, uma eterna renovação. O agora é o único tempo que realmente existe: o
passado é memória, o futuro é potencialidade.
Os buscadores nunca se perdem, porque o espírito está sempre acenando para eles. Recebem
continuamente pistas do espírito, as "coincidências". Para o mago cada evento existe para
expor outra camada da alma. Para que o espírito nos conheça, não podemos ter defesas. A
procura começa pelo coração. A gruta do coração é o lar da verdade. Quando a causa está
muito distante no tempo, o efeito retorna depois de esquecido. Tudo o que nos acontece é
resultado de alguma ação no passado. Há uma pista disfarçada em cada "coincidência", que
devemos interpretar. Para haver pistas, é preciso haver mistério. Mensagens são pistas. O que
enriquece a vida é que ela tem sempre mais a oferecer, a cada pista. É preciso pedir que o
sentido oculto seja revelado. É da desgraça, da dor e do fracasso que extraímos as verdades
mais profundas.
A imortalidade pode ser vivida em meio à mortalidade. O tempo e o intemporal não são
opostos. O intemporal não tem opostos porque abarca tudo. No nível do ego, nos esforçamos
para resolver nossos problemas. O espírito percebe que o problema é o esforço. O mago tem
consciência da batalha entre o ego e o espírito, mas sabe que ambos são imortais.
Os magos não condenam o desejo. Foi por desejo que se tornaram magos. Os desejos são
sementes que esperam a hora certa de germinar. A partir de uma única semente de desejo,
florestas inteiras se desenvolvem. Todo desejo presente é criado por outro, passado. A cadeia
do desejo nunca acaba; ela é a própria vida. Nenhum desejo é errado ou inútil – um dia cada
um deles será realizado. Devemos acalentar todos os nossos desejos, ainda que triviais, pois
eles nos conduzirão a Deus. No plano divino todos os desejos estão destinados a se tornarem
realidade. Cada desejo encerra um significado espiritual. Pessoas psicologicamente saudáveis
têm desejos que levam à felicidade.
O maior bem que podemos fazer ao mundo é nos tornarmos magos. Para os magos o mundo
tem um espírito que supervisiona nosso bem-estar. No desapego repousa a verdadeira
liberdade. Assim podemos moldar nosso destino, mas é impossível controlar o espírito. Todo o
poder e realização que almejamos está no presente.
A inocência – o melhor exemplo é um bebê: amado, assustado, curioso, cheio de vida e de paz
e banhado pelo intemporal: vivendo o presente, a eternidade.
O nascimento do ego – cada nova etapa derruba a anterior. Nasce o ego quando o bebê
percebe que há algo mais além de si, o mundo exterior.
O nascimento do empreendedor – com o ego surge o anseio de sair pelo mundo e fazer
realizações.
O nascimento do doador – enquanto o ego perseguir o interesse pessoal, ele não sente amor.
Dar precisa ser espontâneo: "eu quero" e não "eu devo".
O nascimento do buscador – anseio por experiências espirituais. Nenhum pecado macula o
amor de Deus. Para o buscador, a doação é motivada pelo amor altruísta e pela compaixão,
sem querer nada em troca, nem gratidão; a intuição é um guia para a ação, substituindo a
racionalidade.
O nascimento do observador – é a extinção do ego, de toda a identificação externa. A autoimagem é vista como é: uma insignificante projeção transformada em realidade pela
necessidade do ego de atribuir importância à mente e ao corpo restringidos pelo tempo. Os
observadores permitem que os outros sejam quem querem ser, a forma mais elevada de
amor.
O espírito – quando surge, o observador descobre que o que parece ser a alegria e realização
totais ainda pode se expandir. O mago está além da mudança. O espírito nasce do silêncio
puro.
Essas sete etapas da alquimia sempre estiveram presentes; só muda o foco de atenção. O
espírito é o estado do milagroso, que se desenvolve em três estágios: 1. vivência de milagres
no estado da consciência cósmica; cada evento material terá uma causa espiritual. 2.
Realização de milagres no estado da consciência cósmica: criatividade pura; criamos, damos
vida. 3. Tornamo-nos o milagre, no estado da consciência de unidade; não há diferença entre
criador e criatura: os espíritos se fundem.
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O CAMINHO PARA O AMOR - DEEPACK CHOPRA
"Quando o amor provou pela primeira vez os lábios de um ser humano, começou a cantar."Rumi (poeta persa)
REVIVENDO UMA HISTÓRIA DE AMOR - a razão pela qual não nos sentimos completamente
amados e dignos de amor é não nos identificarmos com nossa natureza espiritual. A meta
espiritual da vida é nos transformarmos em amor, pois o amor pode curar, dar segurança,
harmonizar diferenças, inspirar, renovar, vencer medos, trazer paz e aproximar de Deus.
Quando encontramos o amor, nos encontramos. Desapegar-se é o primeiro passo para ser
amado. O caminho para o amor começa quando percebemos que a separação, a solidão e a
dor do isolamento são reais. O amor não exige fé, ele é real. Pode ser contido, nutrido,
sentido, aprendido e confiado. Não existe nada além do amor, desde que estejamos prontos a
aceitá-lo. Quando vivenciamos o amor como núcleo da natureza, sentimos uma paz completa
em que há uma semente de doçura, a partir da qual nutrimos o supremo estado de alegria, o
êxtase. Este é um estado da alma transmitido pelo corpo.
O caminho espiritual existe para mostrar como a alma pode crescer. O espírito sempre deixa
pistas, embora nem sempre estejamos atentos. A máscara da matéria disfarça nossa natureza,
que é consciência, criatividade, espírito. A realidade emana de nós e escolhemos entre amor
ou não-amor. Quando nos percebemos como espírito, somos amor. O espírito é o que há de
verdadeiro em nós. Os tons espirituais do amor romântico são inconfundíveis: abertura
emocional/liberação, ausência de preocupações/ansiedades.
A paixão é o início da jornada eterna do amor. Pela entrega, as necessidades do ego são
transformadas na verdadeira necessidade do espírito, de crescimento e assim sentimentos
superficiais e falsos são trocados por emoções profundas e verdadeiras. Para encontrar a
paixão é preciso passar pela porta da entrega. Por pior que nos sintamos num relacionamento,
essa é a "pessoa certa" no momento, pois é um espelho de nós. Cada defeito que vemos no
outro toca uma fraqueza negada em nós. Cada conflito externo é uma desculpa para não
encarar um conflito interior. Todos os relacionamentos são, em última instância, um
relacionamento com Deus.
Todos criamos muros internos e dentro escondemos medos, fraquezas, fracassos, dúvidas. A
bênção da paixão vem do espírito, mas pode ser bloqueada pelo ego, que cria os
compartimentos para esconder tudo o que é indesejável. O que bloqueia o amor é a divisão da
psique por aqueles muros, que impedem o fluxo do amor.
O CAMINHO - quando o amor e o espírito estão reunidos, seu poder pode realizar qualquer
coisa. O espírito é o Eu Superior, a fonte de amor. Nunca houve um mestre espiritual que não
fosse mensageiro do amor (Buda, Cristo, Krishna, Maomé). Damos as costas para nosso estado
divino quando não aceitamos o poder que o amor cria dentro de nós. O espírito é
experimentado primeiro como a ausência do que não é espírito. Meditamos quando
prestamos atenção no significado espiritual do coração. Todo e qualquer trabalho espiritual é
feito por nós, conosco e para nós. Tomamos o caminho do amor por necessidade, mas ela
pode ser destrutiva, devido ao medo e à carência.
As pessoas mais intelectuais estão mais adaptadas ao caminho do conhecimento, Gyana; as
mais devocionais, ao da adoração, Bhakti e as mais motivadas externamente, ao da ação,
Karma. Idealmente todos deveríamos praticar os três diariamente. É preciso encontrar a fonte
da felicidade além do prazer, já que a busca deste depende de estímulos externos. No caminho
espiritual, Sadhana, a experiência do amor traz a cura de toda a pessoa.
Apego não é amor, é posse. Para dissolver culpa e vergonha é preciso trazer à tona tudo o que
há de errado conosco. Quem está entorpecido em nível emocional não pode viver histórias de
amor e assim não renova a própria energia, não renova sua fonte de sua paixão. Quanto mais
nos valorizamos, mais temos para dar aos outros.
3. O ESPÍRITO DO ROMANCE - o romance tem quatro fases: atração, enamoramento, corte e
intimidade. A atração é quando a pessoa escolhe, inconscientemente, outra pessoa. No
enamoramento o escolhido torna-se totalmente desejado e presente. Na corte há tentativas
de criar a mesma atração que o apaixonado sente de forma avassaladora. A corte é bem
sucedida na medida em que são desmanteladas defesas e falha quando são construídas novas
defesas. Sua essência é a comunhão. Se for bem sucedida, segue-se a intimidade, que permite
que digamos ao outro coisas que ele não sabia que existiam em si. O próximo estágio da
jornada do amor é o relacionamento. O romance é um estado temporário do sagrado. O
relacionamento o torna permanente.
O romance difere das outras formas de amor devido à intensidade da felicidade. O romance
deve ser redefinido como uma entrega ao mistério de nosso espírito. Ele começa quando
mostramos nossa alma ao outro. O que cria o romance é a capacidade de se ver como digno
do amor. O medo mata o romance. Nada é mais belo do que a naturalidade, que contém o
mistério e a atração que despertam o romance.
Apaixonar-se não é acidental, pois não há acidentes na vida espiritual, mas padrões que ainda
não reconhecemos. Ananda é o êxtase do amor, felicidade ou consciência beatífica. O amor
real começa com interações cotidianas, não com êxtase total. Derramar um espírito no outro
produz um êxtase dos mais intensos.
Procuramos o amor movidos pela fantasia do romance ideal e pelo medo de não encontrá-lo.
São impulsos auto-sabotadores. A liberação de antigos limites é como um nascimento que
torna tudo novo. Nascemos na beatitude, mas isso é obscurecido pelo caos cotidiano. Para
encontrar a felicidade é preciso começar onde ela está ausente. No caminho do amor as
impossibilidades são resolvidas pela transformação do não-amor.
O universo está em nós. O jogo de seus opostos é o que faz a vida avançar. Ser desejável é
estar confortável com a própria ambiguidade. O que nos torna atraentes é o reconhecimento
dos pontos fracos. Somos tão atraentes quanto achamos que merecemos.
O merecimento é a questão profunda que a beleza oculta. O merecedor pode amar em toda a
sua magnitude espiritual. Quem não merece tem medo. A capacidade de Deus nos amar só é
limitada por nossa capacidade de receber seu amor. As pessoas que amamos representam
porções manifestas de Deus em nossa vida. Para receber o amor divino é preciso aumentar a
habilidade de receber o amor refletido em nossos relacionamentos íntimos.
"Eu Superior" deixa claro que a jornada do amor está totalmente contida no próprio ser
individual. Fundir-se com outro é ilusão, mas com o Eu Superior é realidade. Nós nos
apaixonamos por um espelho de nossas necessidades. O medo é projetado no presente pela
memória. A projeção sempre esconde um sentimento que não se quer mostrar.
Para partilhar é preciso comunicação, igualdade e sensibilidade. Comunicar-se é atrair o outro
para a união (comunhão). Todos temos igual direito de sermos apreciados, compreendidos e
respeitados. Para ser sensível é preciso abandonar a vontade de controlar, de estar certo o
tempo todo, de ter necessidades que dominam as dos outros etc. A vida torna-se perfeita
quando alcançamos artha/riqueza, dharma/profissão, kama/realização dos desejos e
moksha/liberação da alma.
Roubar o sexo de sua espontaneidade torna-o falso e feio. Quando o sexo é privado de sua
conexão espiritual, algum aspecto do desejo está sendo suprimido. A mera busca do prazer
joga a vida pela janela. Amor, castidade e sexo são uma coisa só. O sexo é mecânico quando
não possui significado espiritual. É criativo quando produz um novo sentimento.
COMO SE ENTREGAR - espiritualmente a entrega é a ação mais importante, pois é o impulso
mais terno do coração. Entregar-se é viver o presente, sem expectativas do passado. É a fé no
poder do amor de realizar qualquer coisa. Entra-se na fase da entrega quando se escolhe estar
num relacionamento. A percepção de que dois podem ser como um é a essência da entrega,
que vem com facilidade para duas pessoas, quando se apaixonam. Aí não há espaço para o
egoísmo nem desconfiança. Quando cai a máscara da fantasia o ego volta e a entrega precisa
tornar-se consciente. A entrega começa com duas pessoas que se amam, aprendendo a ficar
juntos sem resistência ou medo. Em termos práticos, entrega significa renúncia. Os momentos
cruciais para a renúncia são quando há o impulso de não fazê-lo. Vivendo a renúncia perdemos
muito do passado, mas nos encontramos.
Espírito e ego são opostos totais. No nível do espírito as pessoas que se amam querem o
mesmo. No nível do ego, não. Apaixonar-se é uma grande abertura para o espírito.
Relacionamentos longos são o platô que vem em seguida, os compromissos. A integridade da
alma não é violada pela fusão com o outro. Quando estamos no espírito não há necessidade
de excluir, exigir, implorar, insistir, julgar, lisonjear, manipular, opor, rejeitar, resistir, seduzir. A
unidade torna claro o ponto de vista do outro. Além disso, os sentimentos ficam acima dos
resultados, colocamos os sentimentos do outro no patamar dos nossos e queremos ajudar.
É dhármico tudo o que sustenta a vida de alguém e o mantém no caminho apropriado. Ex.:
dizer a verdade, ser fiel. O dharma está intimamente ligado ao amor. Agimos segundo o
dharma quando não nos opomos. Escolher seu próprio dharma determina quão amorosa, bem
sucedida e feliz será sua vida. Quando duas pessoas decidem abordar a vida como um caminho
para a evolução, seu relacionamento é dhármico.
Toda vez que for tentado a reagir como sempre, perguntar se deseja ser um prisioneiro do
passado ou um pioneiro do futuro. Quando a mente diz que algo SEMPRE acontece, estamos
nas garras de uma crença falsa. As situações a que o ego resiste são as que precisam ser
abraçadas. É preciso romper com o conhecido para que o desconhecido entre. Há uma lei no
inconsciente que faz com que sempre volte o que evitamos.
O APEGO É REALMENTE AMOR?
Para haver entrega é preciso abdicar de tudo o que nos prive de amor. Um relacionamento
baseado na necessidade é apenas um ego expandido. Todo medo é uma projeção do passado.
O espírito existe para dar, o ego para tirar.
O não-apego é carinho, liberdade, permissão; o desapego é indiferença. O apego é uma forma
de dependência baseada no ego. É controle. O equivalente espiritual do apego é o
aprisionamento e sua raiz é o karma, que forma uma cadeia infinita de causa e efeito, ação e
reação. O apego nascido do karma nos acompanha. Karma não é fatalismo, mas colhemos o
que semeamos. Na mente de umas pessoa carente qualquer perda de apego é perda de amor.
É o anseio de possuir e se apegar que sufoca o amor.
Quem é controlador teme mais o abandono. O controle é a forma como o ego encara o medo
de errar, ficar impotente, fracassar, rejeitar, ser destruído. O controle se expressa como
cobiça, cuidado excessivo com os outros, falsas expectativas, intolerância, possessividade etc.
Ele é incompatível com o amor. A necessidade de controle baseia-se no desespero espiritual.
Todos levamos necessidades aos relacionamentos, mas elas não precisam se transformar em
apego. Este aparece quando elas não são compreendidas e encaradas. Foi a ansiedade da
separação de Deus, do espírito e do Eu Superior que criou a necessidade em primeiro lugar.
Curando a separação as necessidades deixam de refletir medo e insegurança. Ceder às
necessidades do outro é uma forma de apego. O amor próprio cresce quando recusamos raiva
e medo, confiando que "o universo conspira a nosso favor".
POR QUE PRECISAMOS DA PAIXÃO
O verdadeiro casamento é quando dois espíritos fingem estar separados pela pura felicidade
de se unirem no amor. Só existe uma finalidade divina em dividir os dois sexos, que é a união
sexual. A atração erótica é uma abertura que nos permite sair dos limites do ego. A
sexualidade é uma oportunidade de união fora dos limites da personalidade. O caráter
imediato do amor romântico impede perguntas, pois a experiência envolve todo o ser. O maior
sinal do amor de Deus é que Ele deseja ser conhecido. O amor é sagrado porque expressa a
totalidade.
A paixão é o modo de ser natural. A paixão é energia que o amor cria, sem um objeto que não
ele mesmo. A fonte da paixão está dentro de você. Quando diminui, precisa ser reavivada na
fonte. A paixão pela vida o é pela plenitude. Paixão é o livre fluxo da consciência do imanifesto
para o manifesto. A paixão é só o fluxo livre da energia emocional. Somos levados de volta à
paixão quando admitimos que temos desejos.
Espiritualmente o homem é complemento da mulher. É preciso elevar as qualidades femininas
a uma dignidade plena: afeição, beleza, intuição, nutrição, ternura. Também diminuir a
dominação das masculinas; agressão, competição, força, luta. O feminino, como fonte do
nascimento, é veículo do poder. Notar as emoções de outra pessoa é a essência da
comunicação. As emoções são liberadas para restaurar o equilíbrio na psique. As questões
existenciais são ativadas por obstáculos cotidianos
7. ÊXTASE
"Ekstasis": estar do lado de fora. Daí que o êxtase nos leva além do ego. Uma alma liberada é
uma cidadã do universo. O espírito é feito exatamente do que não queremos encarar. O êxtase
é a liberação da individualidade de volta à plenitude. O amor nos retira dos limites do ego e
quando agimos a partir do amor vivemos segundo o espírito. O espírito nos guia a fazer o
necessário. É muito diferente viver no amor e tocá-lo de forma inconstante.
Primeiro a mente torna-se consciente de sua atividade e se distingue dela. O segundo passo é
não fazer. O que cria a quietude na mente é o afastamento. Ou um novo pensamento nasce
para trazer de volta o diálogo interno ou o silêncio leva a um silêncio ainda maior. Aí se alcança
o terceiro estágio.
A inspiração é o estado em que mente e coração estão conectados. O momento presente é o
lar do espírito. O que torna cada segundo infinito é o seu potencial; o que o torna finito é sua
visão desse potencial. A consciência é nossa contribuição para a realidade: o que percebemos
real, torna-se real. Quando duas pessoas se unem no amor, formam o tecido da consciência. O
amor cresce quanto mais é falado, pensado, expressado.
"Amar não exige esforço. A resistência nunca tem sucesso. As perguntas SE respondem se
estamos conscientes. A vida é segura. É impossível controlar o fluxo da vida. Fluir com a
corrente do ser é a maneira mais simples de viver. O estado do ser possui sua própria alegria
inata."
"Devo e posso cuidar de minha vida. Não sinto falta de nada. O medo está sempre errado. O
espírito é sempre aliado. Sou suficiente."
"Crescimento é a disposição de deixar a realidade ser nova a cada momento. O amor baseia-se
em nosso nível de consciência. O amor pessoal é uma forma concentrada de amor universal. O
amor universal é uma forma expandida de amor pessoal. Amar uma pessoa é uma onda no
oceano do amor a Deus. Os desejos são realizados de acordo com o nível de consciência.
Quando é pura, todos são realizados plenamente. Sonhos tornam-se realidade quando são
guardados silenciosamente no coração. Quando culpamos os outros, evitamos verdades sobre
nós. Inocência é a habilidade de trocar amor sem apego. Os desacordos são resultado da má
compreensão do nível de consciência do outro. Criamos obstáculos devido à crença no não
amor. Nós atraímos coisas ruins para aprender lições. O despertar do verdadeiro amor está em
encontrar paz na paixão e paixão na paz. A energia sexual pode ser amorosa ou não,
dependendo de como é usada. Quando é, experimenta-se a divindade através do outro. O
verdadeiro amor é presente. Recordações e antecipações são só sua sombra. "
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SAÚDE PERFEITA - DEEPAK CHOPRA
"Se quiser ver seus pensamentos ontem, olhe seu corpo hoje. Se quiser ver seu corpo amanhã,
olhe seus pensamentos hoje."
Ayurveda significa ciência da vida. O Maharishi Ayurveda é compatível com a medicina
convencional. Quem se considera "ocupado demais para adoecer" tem saúde acima da média.
As pessoas menos predispostas a um enfarte fatal são as que demonstram maior satisfação
com o trabalho. As insatisfações se expressam fisicamente porque os pensamentos se
transformam em química. Em vez de, inconscientemente, criar doenças, podemos,
conscientemente, criar saúde. Podemos destruir o que construímos em nossos corpos. O
Ayurveda procura elevar todos os aspectos da vida a um nível superior: desenvolvimento
espiritual, harmonia social, relações pessoais, satisfação no trabalho. Para o Ayurveda a
infelicidade indica que é preciso agir no presente para evitar doenças no futuro.
A memória (smiriti) da perfeição não pode ser perdida, apenas encoberta. É preciso mudar o
molde na memória para se livrar de hábitos nocivos. A meditação diária estimula cada vez mais
a memória, até as células voltarem ao estado normal, trocando seus receptores anormais por
um padrão correto. As células passam, automaticamente, a selecionar sinais saudáveis. Nossa
evolução depende de escolhas certas e, para isso, ouvir nossa natureza mais profunda. A
meditação retarda o processo de envelhecimento, mas a carne vermelha envelhece. É bom
meditar após o Pranayama.
Principais técnicas de cura do Maharishi Ayurveda: Panchakarma (uma semana por ano),
Meditação Transcendental, Som Primordial, Diagnóstico do Pulso, Terapia Marma, Técnica da
Bem-aventurança, Terapia do Aroma e Terapia Musical Gandharva.
1. Etapas do Panchakarma: sneehana (ingestão matinal de ghee), virechana (laxante),
abhyanga (massagem de óleo), shirodara (fio fino de óleo na testa), swedana (vapor
herborizado), basti (lavagem intestinal) e nasya (inalação de óleos medicinais). O Panchakarma
aumenta o efeito rejuvenescedor da meditação.
2. Meditação Transcendental: ultrapassar o ruído do pensamento. Sentar tranquilamente e
usar um mantra, que atrai a mente e a leva a níveis sutis. Combate a hipertensão, baixa o
colesterol, dá mais satisfação no trabalho, melhora os relacionamentos, ajuda a largar vícios,
melhora a circulação, coordenação, percepção sensorial e respiração, aumenta a alegria e
auto-estima, diminui a ansiedade e a depressão e aguça a inteligência. Nos EUA os praticantes
procuram médicos com metade da frequência dos demais.
3. Som Primordial: a mente pode voltar ao nível quântico, introduzir nele sons distorcidos ao
longo da existência e ter, assim, uma profunda influência curativa do corpo. Quantun é a
menor unidade de luz, eletricidade ou qualquer energia que exista. A matéria é uma flutuação
da energia usando um disfarce diferente. Existe um supercampo ou um campo unificado, que
é a realidade principal em que se fundamenta toda a natureza. Estamos ligados a esse campo
por laços invisíveis de leves vibrações, o som primordial. "O mundo é como você é. Quando
sua percepção é aberta aqui dentro, tudo também se abre lá fora."
Diagnóstico do Pulso - ver p. 171 a 176.
5. Terapia Marma: antecedeu a acupuntura chinesa e, provavelmente, foi sua ancestral direta.
Marmas são 107 pontos extremamente sensíveis localizados na pele. Podem ser estimulados
com movimentos de Yoga. Permitem "falar" diretamente com o dosha Vata (ver) e mantê-lo
em equilíbrio. Podem também ser estimulados mentalmente. Os três grandes marmas Mahamarma - estão situados no meio das sombrancelhas (massageá-lo combate
preocupações, dores de cabeça e tensão), abaixo do externo (acalma emoções) e baixo ventre
(combate prisão de ventre e gases).
6. Técnica da Bem-aventurança - Ananda: unir a mente e o corpo. Esta técnica é usada como
um leve impulso mental, um som especial, com o propósito de trazer a mente de volta às
vibrações de bem-aventurança que penetram sutilmente em todas as células do corpo. Seu
objetivo é a sensação física de bem-aventurança borbulhando em todo o corpo. É a cura
quântica, que repara canais de energia antes interrompidos. Alivia ansiedade, depressão e
dores físicas. É um grande passo no caminho do autoconhecimento.
7. Terapia do Aroma: as doenças são tão diversas quanto as pessoas. Viver em harmonia com a
natureza (prakriti), ou biótipo, sem tensão, é respeitar a própria singularidade. As sementes
das doenças são plantadas com muita antecedência. O tratamento para o tipo específico de
corpo é mais eficiente. Há um ponto intermediário entre mente e corpo, onde ficam os três
princípios operacionais, Vata, Pitta e Kapha, chamados doshas, que precisam de atenção. Seu
desequilíbrio é o 1o. sinal de que mente e corpo não estão coordenados. Todos precisam
equilibrar os três num processo de autodescoberta, de liberação da imagem oculta. A
verdadeira natureza é ocultada pelos desequilíbrios. A mente percebe antes os desequilíbrios
orgânicos.
8. Terapia Musical - Gandharva Veda: reúne as vibrações fundamentais que pulsam pela
natureza a cada momento. Obs.: a música clássica lenta ajuda a baixar a pressão arterial.
O processo da doença tem seis fases, sendo que as três primeiras são invisíveis e as três
últimas provocam sintomas abertamente. Cada fase representa uma perda de equilíbrio, mas a
aparência muda com o processo. 1. Acumulação: expansão de um ou mais doshas; 2. Irritação:
o dosha em excesso espalha-se além dos limites normais; 3. Disseminação: o dosha se
movimenta por todo o corpo; 4. Localização: o dosha se instala onde não é seu lugar; 5.
Manifestação: sintomas físicos mostram onde o dosha se localizou; e 6. Rompimento: a doença
se instala.
Há no Ayurveda seis paladares (p. 281 a 290), os rasas: ácido, adstringente, amargo, doce,
pungente (picante) e salgado, que classificam alimentos e ervas - rasayanas. As rasayanas mais
conhecidas são: alcaçus, amla (groselha indiana), coucelo indiano, esmílace de folha de
coração, galha indiana, ghee, mel, omcidium papilio, pimenta selvagem indiana, piteira,
sândalo e videira indiana. O Maharishi Amrit Kalash - "nave da imortalidade" - é uma complexa
mistura de ervas e frutas com mais de 20 ingredientes, que pode reduzir coágulos anormais de
sangue, como os causados por enfartes e derrames. Cada alimento tem um sabor posterior,
vipak, que afeta o corpo durante a digestão. Doce e salgado geram vipak doce; ácido gera
vipak ácido e adstringente, amargo e pungente geram vipak pungente. Chás para os três
doshas: açafrão, alcaçus, alecrim, alho, arruda, boldo, camomila, canela cardamomo, coentro,
cravo da Índia, ervas cidreira e doce, gengibre, hortelã e quebra-pedra.
A natureza nos deu ojas, uma substância de felicidade que nosso corpo cria o tempo todo. Os
alimentos sáttvicos (puros) transformam-se em ojas sem esforço: água pura, alimentos leves,
amêndoas, arroz, feijão mung, frutas, gergelim, ghee, leite de vaca, mel, sabor doce, trigo. (Ex.
de dieta sem ojas: álcool, alho, alimentos em excesso, oleosos ou pesados, amendoim, carnes,
cebola, cogumelo, congelados, ovos, queijo, requentados).
Os textos clássicos ayurvedas definem 100 anos como um prazo normal de existência, sem
males e enfermidades. Os sábios antigos consideravam o envelhecimento um "erro do
intelecto" - pragya aparadh. Para prolongar a vida é preciso identificar-se com o corpo
mecânico quântico e não só com o corpo físico: aprofundar a mente até o nível em que ela
funciona além da idade, onde o corpo entra em contato com a mesma qualidade e
envelhecerá mais devagar, orientado pela mente. Para o Ayurveda a célula é um aglomerado
de conhecimento e não um aglomerado físico de moléculas.
Os doshas - Vata, Pitta e Kapha - governam os processos físicos do corpo, pois são princípios
metabólicos; estão na fronteira do mundo físico, no espaço entre mente e corpo. Todos
nascemos com uma proporção individual de cada dosha. Nosso equilíbrio está em manter essa
proporção e não em ter 1/3 de cada dosha. Nosso modo de encarar um problema depende da
maneira como nos vemos. Vatta tem duas vezes mais doenças do que Pitta e este, o dobro de
Kapha. Todos os dias ocorrem duas ondas de mudanças, com seus ciclos Kapha, Pitta e Vata. O
1o. ciclo vai das 6h às 18h e o 2o., das 18h às 6h.
No Ayurveda há três impulsos naturais (doshas mentais): sattva (evolução), tamas
(permanência ou regressão) e rajas (ação). Todos devemos ampliar sattva, que aumenta a
criatividade, felicidade e saúde e combate o ama mental (tendências impuras ou negativas da
mente). Ele origina-se de: convivência com pessoas negativas, distrações chocantes e
violentas, letargia, stress, problemas familiares, financeiros ou no trabalho, vida pouco
saudável.
Há 25 gunas ou qualidades fundamentais que se evidenciam na natureza. Há cinco elementos,
que possuem energia e matéria. Na ordem dos mais aos menos sutis, eles são: espaço
(audição), ar (garganta), fogo (visão), água (paladar) e terra (olfato). O 5o. elemento, o espaço,
permite a existência do som, a base de tudo que existe, as vibrações que ressoam em nossa
percepção silenciosa.
Para parar de fumar: 1. Não parar de uma vez; 2. Ter as cigarros; 3. Dissociar-se das sugestões
que levam ao fumo (telefone, TV, conversa etc.); 4. Fumar conscientemente e prestar atenção
no ato: não fazer mais nada; 5. Questionar-se se está mesmo com vontade de fumar; 6. Sentir
a sensação nos pulmões, boca, nariz, garganta etc.; 7. Fazer uma lista anotando o que sentiu e
o horário em que ocorreu; 8. Acalmar Vata. 9. Agir como com a sujeira da pele: lavar e
esquecer. Passado é passado: não há como vivê-lo novamente; 10. Conviver com nãofumantes saudáveis; e 11. Considerar as recaídas temporárias como obstáculos mínimos. Idem
para parar de beber ou consumir drogas.
Rotina Diária (Dinacharya):. Meditar, praticar Yoga, praticar Pranayama, levantar entre 6h e 8h
sem despertador, fazer Abhyanga, beber água morna em jejum, caminhar ½ hora pela manhã
e 15 minutos após o almoço e o jantar (almoçar entre 12h e 13h - esta é a principal refeição do
dia - e jantar entre 18h e 19h - só alimentos leves), controlar a crítica e a irritação, escolher
sempre alimentos e água puros, incluindo açafrão, leite e ghee, deitar entre 21h30 e 22h30,
desintoxicar o organismo, dormir oito horas por noite, evitar pesticidas e toxinas, fazer terapia
do aroma, dieta alimentar segundo o tipo de corpo e muitos elogios, garantir relacionamentos
carinhosos, manter contato com a natureza, manter peso ideal, observar o por-do-Sol, ouvir
música Gandharva, pensar antes de agir, reduzir ao mínimo álcool e fumo, relaxar, ser amável,
generoso e tolerante, suplementar a alimentação com ervas. Para ativar agni, o fogo digestivo:
açafrão, canela, cardamomo, cravo, gengibre, mostarda, pimenta de caiena, pimenta do reino,
rábano silvestre. Obs. 1: não comer, ler ou ver TV na cama; também não ler ou ver TV
enquanto come. Obs. 2: para restabelecer agni, ver * e p. 292 a 296.
BITS - Lembretes da Inteligência Orgânica (também ajudam a perder peso): 1. Comer em
atmosfera agradável e tranquila; 2. Nunca comer contrariado; 3. Sentar para comer; 4. Comer
só quando tiver fome; 5. Evitar conservas e gelados; 6. Não falar mastigando; 7. Comer em
ritmo e quantidade moderados; 8. Dar intervalo de +/- 4 horas entre as refeições; 9. Tomar
água morna nas refeições; 10. Preferir alimentos não-requentados; 11. Comer mais cozidos e
menos crus; 12. Não comer mel aquecido; 13. Tomar leite fora das refeições ou com frutas
doces; 14. Experimentar os 6 sabores em cada refeição; 15. Esperar 5 minutos para levantar;
16. Mastigar bem e não comer muito depressa nem muito devagar; 17. Agradecer a comida e
prestar atenção no ato de comer; 18. Evitar iogurte, queijo e creme à noite. Comer três vezes
ao dia, nos mesmos horários.
Exercício dos três doshas: Saudação ao Sol - Surya Namaskara, Integração Muscular (estimulam
a circulação sanguínea); sentar dá estabilidade; curvar-se para a frente estimula a digestão,
aumenta a flexibilidade da coluna dorsal e acalma o organismo; curvar-se para trás promove a
mobilidade das cervicais e revigora; inversas estimulam o sistema endócrino e permitem
melhor circulação; torções ajudam a digestão e tonificam a coluna vertebral. Não praticar
exercícios pouco antes (menos de ½ hora) ou após uma refeição (menos de 1,5 hora), nem à
noite. Também não praticar no frio, sol forte ou vento. Nunca respirar profundamente o ar
frio.
Exercícios: 1. Massagear progressivamente o corpo todo com as palmas e os dedos, em
direção do coração (p. 337 a 339: até 2 minutos); 2. Cinco rolamentos; 3. Vajrasana, o Raio:
ajoelhando na inspiração: até 1 minuto; 4. Janu Sirsasana (sentado, cabeça no joelho, uma vez
de cada lado: 1 minuto); 4. Sarvangasana, a Vela: até 2 minutos; 5. Halasana, o Arado: até 1
minuto; 6. Bhujangasana, a Cobra: até 1 minuto; 7. Salabhasana, o Gafanhoto: até 1 minuto; 8.
Marichyasana, torção sentada: 1 minuto; 9. Uttanasana, a Extensão (curvatura para a frente,
em pé): até 1 minuto; 10. Chitasana, a Percepção (semelhante ao cadáver): mínimo de 1
minuto; e Nadi Shodana, a Respiração Polarizada: 5 minutos.
O dosha Vata controla o sistema nervoso central, o movimento (permite a respiração,
circulação, digestão etc.). Rege parte do outono e todo o inverno e os horários: das 14h às 18h
e das 2h às 6h. É ligado aos sentidos de audição e tato. É o rei dos doshas, pois quando está
equilibrado, geralmente Pitta e Kapha também estão. É o 1o. dosha a se desequilibrar e causa
os 1os estágios da doença. Vata tem maior influência na velhice. Tem pulso de serpente:
apressado, irregular e ondulante, mais forte com o estômago vazio. Dor ou prisão de ventre e
gases intestinais são sintomas de irritação de Vata.
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Misturar 4 colheres (sopa) de açúcar mascavo, ghee e gengibre em pó e amassar bem. Tomar
por 10 dias, antes do café da manhã: 1o. e 10o dia: ½ colher (chá). 2o., 3o., 8o. e 9o. dias: 1
colher e 4o. e 5o., 6o. e 7o. dias: 2 colheres.
Características de Vata: alegria, ser alerta, ânimo, criatividade, ser dentuço, destreza manual,
disposição, distração, entusiasmo, espontaneidade, esquecimento de novas informações,
estímulo, estrutura esguia, excitação, flexibilidade, fome e digestão irregulares, imaginação,
impaciência, imprevisibilidade, impulsividade, irregularidade em geral, jovialidade, leveza,
mudanças de humor, omissão de refeições, otimismo, pele seca, preocupação, raciocínio
lógico, rapidez,
sensibilidade, sono leve, irregular e interrompido, TPM, vivacidade. Mostra desequilíbrio com
agitação, ansiedade, arrepios, artrite, cansaço, cólicas, depressão, dores, espasmos, explosões
repentinas, hipertensão, inapetência, insônia, psicose, prisão de ventre, tremores. Causas
desse desequilíbrio: alcoolismo, alimentos e cheiros adstringentes, amargos e pungentes, crus,
frios e picantes, clima frio, seco e com vento, drogas, exaustão, fumo, gases, insônia, inverno,
perda de peso, resistência baixa, secura, stress, tensão, tristeza, vento.
Para equilibrar Vata: Abhyanga, alimentos ácidos, doces e salgados, aromas ácidos, doces e
quentes (cravo da Índia, gerânio-rosa, laranja, manjericão), aquecimento (agasalho, ambiente,
banho, bebida - não álcool - comida), claridade, descanso, gengibre com sal, ginseng, Gotu
Kola, hábitos regulares, nutrição constante, oleosidade, quietude. Exercícios proporcionam
agilidade, alegria interior, coordenação, equilíbrio e flexibilidade. Praticar levemente: bicicleta,
dança aeróbica, yoga, marchas curtas.
Gunas ligados a Vata: áspero (cabelo, pele), frio (mãos, pés), leve, móvel (hipertensão),
mutável, rápido, seco (cabelo, pele; alimentos, clima, vento) e sutil. Elementos de Vata: espaço
e ar (desequilíbrio com vento forte).
Subdoshas de Vata (ventos do corpo): 1. Prana Vata - é o aspecto mais importante de Vata.
Localizado na cabeça, cérebro e peito. Responsável pela percepção e movimento. Permite
ouvir, tocar, cheirar e degustar. Cria a capacidade de pensar e sentir. Em equilíbrio, deixa a
mente clara e alerta, dando alegria e vivacidade. Governa o ritmo da respiração e da
alimentação. Mostra desequilíbrio com ansiedade, excesso de atividade mental, insônia, males
neurológicos, preocupação, problemas respiratórios e tensão.
2. Udana Vata - localizado na garganta e nos pulmões. Controla a fala, a memória e o
raciocínio. Mostra desequilíbrio com amigdalite, defeitos da fala, dores de garganta e ouvido,
fadiga e tosse seca.
3. Samana Vata - localizado no estômago e nos intestinos. Controla a digestão e é responsável
pelo ritmo peristáltico. Mostra desequilíbrio com assimilação inadequada de nutrientes,
contrações do estômago, digestão irregular, formação de tecido emaciado e gases.
4. Apana Vata - localizado no cólon (principal sede de Vata) e na base do abdômen. É
responsável pela eliminação de detritos, função sexual e menstruação. Mostra desequilíbrio
com cólicas, colite, dores lombares, diarréia, disfunções sexuais, espasmos musculares, gases,
inchaço da próstata, moléstias genito-urinárias e prisão de ventre.
5. Vyana Vata - localizado no corpo todo, pelo sistema nervoso, circulatório e pele. Governa a
circulação, a pressão do sangue, o suor, os bocejos e o toque. Mostra desequilíbrio com má
circulação do sangue, pressão alta, ritmo cardíaco irregular e stress.
Pitta controla o metabolismo (processamento do alimento, ar e água por todo o sistema). Rege
o verão e parte do outono e os horários: das 10h/14h e das 22h/2h. Tem ligação com a visão.
Exerce maior influência na adolescência e na "idade crítica". Tem pulso de rã: rápido, vigoroso
e vibrante, mais forte durante a digestão. Equivale ao calor do corpo e à digestão.
Características de Pitta: acordar à noite com calor e sede, acne, agressividade, alegria,
amabilidade, andar determinado, autocrítica, aversão ao calor, ao Sol e a omitir refeições, boa
digestão, cabelo louro, castanho claro ou ruivo, calvície, cãs, ciúme, clareza, concentração,
confiança, controle, coragem, crítica, decisão, determinação, digestão perfeita,
empreendimento, estrutura mediana, exigência, felicidade, franqueza, gosto por desafios e
discussões, intelectualidade, inteligência aguçada, intensidade, meiguice, moderação, muito
apetite e sede, nobreza, ordem, pele clara e com sardas, precisão, pureza, resistência e vigor
medianos, ressentimento ao perder tempo, satisfação, sensibilidade, sinceridade,
temperamento empreendedor, visão fraca. Mostra desequilíbrio com acne, azedume, bolhas,
calor, congestão visual, dor ou sensação desagradável de calor na parte superior do abdômen,
febre, fome, hemorróidas, hostilidade, impaciência, inflamação, insolação, irritação, odores
ácidos, raiva, ressentimento, rispidez, sarcasmo, taquicardia, tensão, tirania, úlcera. Causas
desse desequilíbrio: álcool, alimentos e cheiros ácidos, oleosos, picantes e salgados, calor,
drogas, fumo, oleosidade, poluição, pressão, stress, umidade.
Para equilibrar Pitta: açafrão, alimentos adstringentes, amargos e doces, antes das refeições,
verduras amargas ou tônica (quinino), aromas doces e frios (canela, jasmim, menta, rosa,
sândalo), babosa, chá de gengibre com açúcar, comer, beber e respirar pureza, comer à
vontade, equilíbrio entre descanso e atividades (meditação), evitar calor e cansaço, evitar
violência, inclusive na arte, frescor, lazer, leite com ghee, moderação, raiz de confrei, redução
de estimulantes, secura, tratamento laxativo e vida ao ar livre. Exercícios proporcionam
aquecimento, aumento da capacidade cardíaca e melhor circulação sanguínea. Praticar
moderadamente: caminhadas rápidas (combatem o mau humor), escalar montanhas, esqui,
jogging, marchas, natação.
Gunas ligados a Pitta: aguçado (acidez, inteligência), fluido, leve, odor ácido (mau hálito etc.),
pouco oleoso, quente (pele; ardência, banho, clima, dermatite, emoções) e úmido
(transpiração). Elementos de Pitta: fogo e água.
Subdoshas de Pitta: 1. Pachaka Pitta - localizado no estômago e no intestino delgado (sede de
Pitta). É vital na digestão e na separação dos nutrientes e detritos. Mostra desequilíbrio com
ardor ou acidez do estômago, cheiros fortes, digestão irregular e úlceras.
2. Ranjaka Pitta - localizado nas células vermelhas, fígado e baço. Mostra desequilíbrio com
anemia, dermatite, doenças do sangue, fúria e hostilidade.
3. Sadhaka Pitta - localizado no coração. Associado à boa memória, cria a alegria do coração.
Mostra desequilíbrio com distúrbios emocionais, doenças do coração, indecisão e perda de
memória.
4. Alochaka Pitta - Localizado nos olhos, principal sentido relacionado a Pitta, liga-os às
emoções. Mostra desequilíbrio com olhos injetados e problemas de visão em geral.
5. Bhrajaka Pitta - localizado na pele. Mostra desequilíbrio com doenças da pele em geral.
Kapha controla a estrutura (mantém as células unidas e forma músculos, gordura, ossos e
tendões). Rege a primavera e os horários: das 6h/10h e das 18h/22h. Seus temas são a
estrutura e a umidade. Governa o paladar e o olfato. Desenvolve-se na infância. Tem pulso de
cisne: lento e deslizante.
Características de Kapha: afeto, alergia, apetite moderado, boa memória, bondade, calma,
complacência, constância, constituição forte e sólida, coragem, digestão vagarosa, energia
constante, estabilidade, estrutura pesada, força, graça, imunidade, juntas doloridas, lentidão,
obstinação, pele fria, grossa, macia, oleosa e pálida, preguiça, resistência, silêncio, simpatia,
sono profundo e prolongado, suavidade, possessividade, tolerância, vigor. Mostra
desequilíbrio com alergias, apego exagerado, asma, brutalidade, catarro, cistos, colesterol alto,
congestão nasal, coriza, depressão, diabetes, descarga de mucos, dor de garganta, ganância,
letargia, obesidade, palidez, possessividade, procrastinação, resfriado, retenção de fluidos,
rigidez, sono, teimosia, tosse, tumores. Causas desse desequilíbrio: alergia, diabetes ou
obesidade na família, alimentação com açúcar, acidez, gordura, laticínios e sal, dependência,
inverno, oleosidade, stress, umidade.
Para equilibrar Kapha: açafrão, alimentos adstringentes, amargos e pungentes, aromas
quentes (cânfora, eucalipto, manjerona, zimbro), aquecimento, bebidas quentes, chá de
gengibre com mel, chili, controle de peso, elecampane, estímulo, experiências variadas, evitar
gordura e açúcar, inalação de água morna com sal, massagem seca (p. 131), com luvas de seda
crua ou esponja de banho, mel, redução de adoçantes, secura. Exercícios proporcionam
aumento da resistência, energia e estabilidade em geral. Praticar de forma moderadamente
pesada: aeróbica, corrida, dança, excursões a pé e levantamento de peso.
Gunas ligados a Kapha: constante, doce (diabetes), estável (contenção), frio, inerte, liso, macio
(cabelo e pele, gestos, olhar), oleoso, pesado (depressão, digestão, obesidade; clima),
vagaroso (falar e pensar), viscoso. Elementos de Kapha: água e terra.
Subdoshas de Kapha: 1. Kledaka Kapha - localizado no estômago, é essencial à digestão, pois
mantém a parede do estômago úmida. Mostra desequilíbrio com digestão lenta e pesada.
2. Avalambaka Kapha - localizado no coração, peito e base das costas. Mantém a força do
peito, pulmões e costas. Mostra desequilíbrio com dores lombares, letargia e problemas
respiratórios.
3. Bhodaka Kapha - localizado na língua, permite sentir o gosto. As papilas gustativas perdem a
sensibilidade se comermos demais/de menos ou muito frequentemente/raramente. Mostra
desequilíbrio com o enfraquecimento das papilas gustativas e glândulas salivares.
4. Tarpaka Kapha - localizado nas cavidades dos seios nasais, cabeça e fluido espinhal. Mantém
a umidade da boca, nariz e olhos, protegendo-os, e o fluido da espinha, essencial ao sistema
nervoso central. Mostra desequilíbrio com congestão dos seios nasais, diminuição do olfato,
embotamento geral dos sentidos, polinose e sinusite.
5. Shleshaka Kapha - localizado nas juntas. Mostra desequilíbrio com dor, fraqueza ou líquido
nas juntas.
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AS SETE LEIS ESPIRITUAIS DO SUCESSO