PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DROGAS
A s drogas nat urais são menos perigosas do que as drogas
químic as?
Não, as drogas obt idas a part ir de plant as são at é mesmo mais
perigosas do que as produzidas em laboratório. Existem muitos
v enenos ext raidos das plant as.
Qual a dif erenç a ent re drogas lev es e pesadas?
O t ermo c orret o seria uso lev e e uso pesado, depende muit o
mais do c onsumo, da maneira e c irc unstânc ia que é usada do
que do t ipo de droga ingerida. Uma pessoa pode usar o álc ool,
por exemplo, de modo inofensivo e oc asional (leve), enquanto
out ra se t orna dependent e e habit ual ( pesado) .
Qual a relaç ão ent re depressão e uso de drogas?
A depressão é um t ranst orno psiquiát ric o que mais se assoc ia
à dependênc ia de drogas, segundo Silveira (1999) e requer um
tratamento psic oterapêutic o espec ífic o. Muitas vezes a falta
de serotonina e o mau func inamento do sistema límbic o do
jov em são os responsáv eis pelo agrav ament o do quadro
depressiv o, assoc iado na maioria das v ezes c om um proc esso
espirit ual obssessiv o.
Qual a relaç ão do défic it de atenç ão c om ou sem
hiperat iv idade e o uso de drogas?
Pesquisas rec entes c onc luíram que muitos jovens c om
dif ic uldades de aprendizagem est ão mais propensos ao uso de
drogas. Como as famílias e esc olas não realizam o diagnóstic o
c orreto (não enc aminham a espec ialistas) e atribuem o
insuc esso esc olar à preguiç a ou indisc iplina, o jovem fic a
marginalizado, c om uma auto- estima baixa e sem possibilidade
de desenv olv er seu pot enc ial. S e esse dist úrbio f osse
t rat ado, essas c onsequênc ias t rágic as não ac ont ec eriam. Diz
Silveira (1999) muitos jovens que apresentavam transtornos de
at enç ão, depois de t rat ados por espec ialist as, pararam de
c onsumir drogas.
De t odas as razões para o jov em usar as drogas, qual
sint et iza mais est a opç ão?
Já lemos e ouvimos inúmeras razões para o uso, mas o pano de
fundo para todos os motivos reside em não estar bem c om ele
mesmo. O jovem que não está bem c onsigo mesmo enc ontra uma
atraç ão irresistível pelos efeitos das drogas, ele fic a
vulnerável. A droga tem o poder de transformar as emoç ões e
modific ar e oc ultar os verdadeiros sentimentos. O jovem pode
ter uma auto- imagem muito deprec iativa e c ompensar c om lanc es
de "superioridade", ou f ort es sent iment os de solidão,
inadequaç ão e baixa aut o- est ima e f alt a de c onf ianç a e não
saber lidar c om estas emoç ões. Os jovens prec isam aprender a
c onhec er suas emoç ões e a lidar c om suas dific uldades e
problemas. Cabe aos pais adquirirem a sensibilidade para
transmitir a seguranç a e o afeto de que os filhos nec essitam,
mas, se mesmo assim, os filhos permanec erem vulneráveis,
possam t er o disc erniment o para busc arem ajuda espec ializada
para lidarem c om o c omplic ado e pantanoso mundo interno de
c ada um. Os pais prec isam ouvir mais e falar menos, não
desistir nunc a de c onversar, mesmo que esta c onversa sempre
se torne tensa e c heia de c onflitos, mesmo assim ainda é uma
via de c omunic aç ão essenc ial.
O c onsumismo que vivemos não é um péssimo modelo de vida?
Infelizmente nosso modelo de felic idade está ligado ao
c onsumismo, possuímos a c renç a ingênua de que podemos
c omprar felic idade e de que temos que evitar a tristeza e a
dor a qualquer preç o. A melhor maneira de viver é ac eitar
nossa humanidade e nossa imperf eiç ão, é c ompreender que nem
t udo são f lores e que o c onf lit o e o desc ont ent ament o pode
ser uma exc elente forma de c resc imento e evoluç ão. Com este
nov o paradigma podemos enf rent ar as lut as sem anest esiar o
mundo, sem ser atraído pela ilusão da droga.
Como os pais podem t er uma at it ude de prev enç ão às drogas
mais adequada?
Primeiro ponto é ser c oerente, o que ele faz é mais
importante do que o que diz. Cortar de vez o dito
popular: "Faç a o que eu digo, mas não faç a o que eu faç o."
As c rianç as aprendem pelo exemplo e imitaç ão, perc ebem quando
os adultos rec orrem aos tranqüilizantes ao menor sinal de
t ensão, ou que est ão c omendo exageradament e por c ompulsão, ou
fazem c ompras sem nec essidade ou trabalham exc essivamente...
T odos esses c omport ament os são dependent es e c ompulsiv os e
prec isam ser repensados urgent ement e pelos pais, ant es que os
jovens os assimilem e estabeleç am a mesma relaç ão c om as
drogas.
Qual seria o papel ef ic ient e da esc ola na prev enç ão do uso de
drogas?
Prev enir o uso de drogas é, ant es de mais nada, uma dec isão
polític a determinada por uma filosofia e um projeto
integrado. Implic a em falar de educ aç ão de filhos, de
adolesc ênc ia, de relaç ão soc ial e c onvivênc ia afetiva.
Prevenir não signific a tratar o tema c om sensac ionalismo ou
c om t errorismo, os ef eit os poderão ser inv ersos do esperado,
tais c omo: aguç amento do interesse, c uriosidade e inc entivo
para c ondut as negat iv as.
A c redit amos que a esc ola seja um espaç o para desenv olv er
at iv idades educ at iv as, v isando qualidade de v ida e educ aç ão
para a saúde. Port ant o, ela t em a responsabilidade da
prevenç ão primária e sec undária.
Quais as et apas de um t rabalho de prev enç ão dent ro da esc ola?
Um projet o de prev enç ão na esc ola passa por t rês et apas,
envolvendo, respec tivamente, os profissionais da esc ola,
pais e alunos.
Na primeira etapa, c hamada "Esc ola", realiza- se estudos e
debates e treinamentos que envolvam o c orpo téc nic oadministrativo e o c orpo doc ente.
A segunda etapa envolve "Pais", tem o objetivo de fortalec er
mais o c ontato c om as famílias.
A terc eira etapa - "Alunos"- c ompreeende diversas formas sutis
de abordar o assunt o, desde o espaç o de disc ussão abert a
of erec ido pela Orient aç ão Educ ac ional, ao espaç o
interdisc iplinar, planejado ou não no c urríc ulo esc olar.
Como os prof essores reagem f rent e ao t rabalho prev ent iv o?
De modo geral perc ebemos t rês post uras dif erent es:
* Nenhuma disponibilidade interna e indiferenç a: relatam que
est ão c ansados, querem dar seu c ont eúdo e ir para c asa.
Atribuem à família toda a responsabilidade pelo proc esso
preventivo. Representam uma grande parte.
* pouc a disponibilidade int erna: geralment e assoc iado a
motivos pessoais (droga na família, extremo prec onc eito,etc ).
Possuem ojeriza de t oc ar no assunt o "droga", quando o f azem
exac erbam, adot am at it udes ext remist as e de desespero, c omo o
desejo de expulsar o usuário da esc ola ou a f ant asia de
resolver ou eliminar todos os envolvidos em droga, a partir
de uma intervenç ão. Representam uma minoria dos educ adores.
* Muita disponibilidade interna: ac reditam que a esc ola
prec isa parar, refletir e preparar seus profissionais para o
trabalho preventivo. Atestam a forç a do amor, diálogo, c renç a
em Deus e ac reditam na sua intervenç ão para a formaç ão do
aluno. Relat am que querem deixar de ser espec t adores e se
tornarem c o- autores do proc esso preventivo. Querem venc er a
barreira da ac omodaç ão pessoal e da rigidez instituc ional.
S ão exc elent es c olaboradores nos enc ont ros, t reinament os e
c onsultorias. Candidatam- se c omo voluntários para pertenc erem
à equipe de mont agem do projet o em sua esc ola. Não são
muit os, mas são os v erdadeiros educ adores no sent ido prof undo
da palavra.
Como as esc olas est ão reagindo f rent e ao grande c onsumo de
drogas?
Existem diferentes tipos de esc olas, algumas querem ainda
ac reditar em "esc olas sem drogas", ou pelo menos querem que
as famílias ac reditem isso. Outras proc uram se mobilizar, sem
bem saber c omo c omeç ar, mas organizam grupos de estudos sobre
assunt o, adot am algumas inic iat iv as isoladas. Out ras esc olas
rec ebem modelos import ados e adapt am para sua realidade,
out ras rec ebem c ursos de órgãos est aduais e uma pequena
minoria optam por c hamar profissionais espec ializados para
trabalharem c om sua equipe e montar um projeto c oletivo de
prev enç ão às drogas, sexualidade e out ros t emas emergent es
atuais, busc ando uma abordagem interdisc iplinar.
Como as famílias podem pratic ar a prevenç ão às drogas?
Em primeiro lugar tratar o assunto sem terrorismo, falar a
v erdade, o jov em est á v endo seus c olegas usarem e não est ão
mortos. Em segundo lugar dar o exemplo, não abusar do álc ool,
não fumar e nem tomar medic amentos sem presc riç ão médic a.
A prevenç ão se inic ia desde a gestaç ão da c rianç a, num c lima
de ac eitaç ão, amor e respeito. Desde a mais tenra idade o
espaç o para o diálogo é c ult iv ado e assunt os sobre
sexualidade, drogas e out ros t emas f azem part e do c ot idiano
familiar. Não existe tabus e prec onc eitos. Ao mesmo tempo a
c rianç a é educ ada para a autonomia, para ter senso c rític o,
tomar pequenas dec isões. Quando c resc er esta c rianç a c rític a
e segura saberá lidar c om t odas as drogas nas prat eleiras. A
droga nunc a vai ser eliminada da soc iedade, a grande
diferenç a está na opç ão do jovem, ele fortalec ido em sua autoestima, c om um projeto de vida saberá resistir às tentaç ões
dos c olegas, às t ent aç ões da sua c uriosidade e do modismo.
Como a família deve reagir quando desc obre que seu filho
abusa do álc ool, est á f umando ou usando drogas ilegais?
A primeira atitude é de c alma, sem desespero, c onversar,
melhorar o c anal de c omunic aç ão c om o jovem, proc urar ajuda
espiritual, ler, busc ar ajuda e o mais importante realizar
uma revisão geral nas relaç ões, proc urar c onversar sobre os
sent iment os v erdadeiros, t rabalhar as dif erenç as e os
c onflitos c om equilíbrio. Verific ar o grau de c omprometimento
do jovem, ele pode estar no iníc io, usar ainda
rec reativamente. T enho visto exc elentes resultados c om
terapia familiar, todos os membros da família fazem parte do
problema e da soluç ão, muit as v ezes o usuário é o bode
expiatório da família, ou ele c arrega a c ulpa e a depressão
de todos. T odos prec isam de ajuda e de se reverem. Os pais
prec isam c ompreender que apenas uma minoria transforma- se em
dependent e químic o, princ ipalment e aqueles que possuem pais
dependent es de drogas, ou dif ic uldades pessoais ou
f amiliares, nest e c aso a f amília est á t ão desest rut urada que
pouc o pode at uar para um proc esso de ajuda. Quant o mais
neutra e apagada for a relaç ão do jovem c om os pais, mais a
droga vai c ompletar sua personalidade.
Como agir quando os pais não possuem inf ormaç ões c orret as
sobre as drogas?
Geralmente os filhos são mais bem informados do que os pais,
se os pais não possuem inf ormaç ões das drogas ilegais, ele
c onhec e as legais e grande part e das inf ormaç ões das drogas
legais é igualmente válida para as ilegais. Não existe nenhum
c onstrangimento admitir que não possui as informaç ões e que
v ão c onsult ar algumas f ont es f idedignas, o que não se pode é
disc utir sem fundamentaç ão c ientífic a e c om prec onc eito.
J oanna de  ngelis ac onselha aos pais sempre c onv ersarem
mostrando c ientific amente os fatos para não perderem a
c redibilidade dos filhos.
No entanto, relac ionamentos familiares sólidos são mais
import ant es do que o c onhec iment o dos pais sobre drogas,
afirma Silveira (1999) Jovens dependentes geralmente possuem
relaç ões dist ant es e apagadas c om seus pais.
Quando o dependent e prec isa ser int ernado para t rat ament o?
Na maior part e das v ezes, o t rat ament o do dependent e de
drogas não requer int ernaç ão. A int ernaç ão sem nec essidade
pode ser uma abordagem desast rosa, c ausando rev olt a e ef eit os
c ont rários ao esperado. O espec ialist a t em que est abelec er um
c ritério c laro e definido e o usuário estar c onvenc ido da
nec essidade da ajuda. Exist em dif erent es modelos de
t rat ament o, porém os ef eit os posit iv os dependem da
c apac itaç ão téc nic a dos profissionais envolvidos e do
tratamento espiritual efetuado c onc omitantemente.
O que v oc ê gost aria de c onc luir para os pais e educ adores?
Pais e educ adores prec isam t rabalhar c om suas c abeç as,
reverem seus valores e filosofia de vida, refletirem sobres
suas relaç ões c om as drogas e c om quem as utilizam.
A família prec isa foc alizar sua preoc upaç ão não só c om o
trabalho e o dinheiro, mas c om a c onvivênc ia afetiva,
exerc itando seus filhos a c onviverem c om as frustraç ões, c om
limites, a saberem lidar c om as figuras de autoridade e a
desenv olv erem sua aut onomia e responsabilidade por suas
opç ões.
A esc ola nec essita de uma dec isão polític a c orajosa da
direç ão, arrumar "tempo" para lidar c om questões de formaç ão
humana, prec isa envolver toda a equipe em c ursos,
treinamentos, estudos e troc as de experiênc ias. Se sentir
nec essidade, prec isa busc ar ajuda de um espec ialist a no
assunto para montar e exec utar um projeto c oletivo de
prev enç ão.
Qual o papel da inf ormaç ão no t rabalho de prev enç ão de droga?
A informaç ão é apenas um aspec to da prevenç ão, não prec isamos
fazer um c urso de farmac ologia para entendermos profundamente
os ef eit os da droga no sist ema nerv oso e realizarmos
prevenç ão. Um exemplo é o c igarro, mais do que a mídia
inf orma, os pesquisadores desc obrem e c onst at am, nada disso
serve para prevenir. Hoje mais do que nunc a, depois do
movimento dos não- fumantes e da proibiç ão para os fumantes,
os jov ens inst igados pela t ransgressão v olt aram ao c igarro
pra valer, de 1991 para c á vemos aumentar o número de jovens
fumantes.
Um programa de prevenç ão inc lui as drogas legais e ilegais?
Um programa de prevenç ão sério não faz distinç ões,
princ ipalmente porque o álc ool e o c igarro são as drogas mais
c onsumidas e provoc am tantos estragos. O álc ool, c ampeão em
pesquisas est á em segundo lugar ent re as doenç as ment ais, em
terc eiro lugar em aposentadorias por invalidez, 10% da
populaç ão mais de 15 anos c onsomem abusivamente do álc ool, é
o c ampeão em ac identes de trânsito, c onflitos familiares,
violênc ia, perda ao trabalho, etc . O c igarro é um "furo" no
c ampo da saúde, provoc a c ânc er, enfizema, problemas
c irc ulatórios, reduz o tempo e a qualidade de vida dos
fumantes, além dos prejuízos aos não fumantes, c omo asma,
problemas alérgic os. Os medic amentos sem presc riç ão médic a é
outra droga legal e de intenso c onsumo princ ipalmente por
adult os.
T odos que usam drogas t ornam- se dependent es? Qual o risc o em
experiment ar a droga?
Estatístic as mostram que uma minoria de jovens c hega a uma
esc alada c resc ent e na t oxic omania, são os que apresent am
pert urbaç ões pessoais e f amiliares prof undas e prec oc es,
assinaladas desde a t enra inf ânc ia, rev elando ext rema
dific uldade de tolerar frustraç ões, preenc her o vazio e
suport ar a realidade.
Muitos jovens experimentam e se rec usam a usar; outros
inic iam um c onsumo rec reativo e não c ontinuam; princ ipalmente
quando oc orre a intervenç ão da família e montam um projeto de
vida.
A c ont ec e que nunc a poderemos c onhec er nosso mundo int erno
para saber se a droga poderá oc upar um espaç o pequeno ou
grande, se iremos parar quando assim dec idirmos, basta
perc eber as pessoas que fumam, para c onhec ermos um pouc o
deste dilema: querem parar, sabem que faz mal, estão super
c onvenc idas, mas não c onseguem.
É importante ac resc entar que o uso, mesmo que experimental,
pode v ir a produzir danos à saúde da pessoa.
Exist em modelos dif erent es de prev enç ão? Quais?
A Esc ola Paulista de Medic ina c lassific ou 3 linhas de
atuaç ões diferentes: O Modelo de Controle Soc ial, O
Oferec imento de Alternativas e Educ aç ão.
O Modelo de Controle Soc ial é uma proposta bem c onservadora,
signific a c ontrolar e dirigir a vida do jovem, está em desuso
e não deu result ados.
O M odelo Of erec iment o de A lt ernat iv as propõe int erv enç ões nas
áreas c ulturais, esportivas e artístic as.
O M odelo de Educ aç ão possui v ert ent es dif erent es, uma é a do
A medront ament o, usada no passado e sem suc esso, out ra é do
Conhec iment o Cient íf ic o, que pode despert ar ao inv és de
prevenir, outra é o da Educ aç ão Afetiva, c entraliza a atenç ão
na pessoa do jovem, auto- estima, relaç ão c om c olegas,
resist ênc ia às pressões, et c .
O M odelo da Pressão Posit iv a, out ra v ert ent e do M odelo de
Educ aç ão, fortalec e a relaç ão de ajuda entre os jovens,
inc entiva o não- uso.
Por último, o modelo de Estilo de Vida Saudável, trata de
ec ologia médic a e humana.
Dest es modelos, quais são os mais rec omendados?
Uma mistura dos modelos de Oferec imento de Alternativas,
Educ aç ão Afetiva, Pressão Positiva e Estilo de Vida Saudável.
A dot o uma c onc epç ão educ at iv a de prev enç ão, onde os aspec t os
formativos são mais importantes que os informativos. Mais
import ant e que uma aula de Biologia sobre a aç ão das drogas
no organismo é uma postura de respeito ao aluno, estímulo à
sua auto- estima, auto- c onfianç a e desenvolvimento de sua
autonomia. Famílias e esc olas prec isam repensar seu papel e
examinar se tem sobrado espaç o para c rianç a ou jovem tomar
pequenas dec isões. Porque a opç ão pelas drogas é uma opç ão
individual, tem que ser avaliada pelo jovem, tem que passar
pelo seu c rivo c rític o, mas se nunc a prec isou tomar dec isão,
a esc olha pelo modismo é meio c aminho andado.
A informaç ão é uma parte do proc esso, o mais importante, é a
at enç ão aos aspec t os biopsic osoc iais do jov em, sua
nec essidade de aut o- est ima, aut o- c onf ianç a, suport e
espiritual e projeto de vida.
A f ilosof ia moderna de prev enç ão est á c ent rada nos seguint es
aspec tos: formaç ão do ser humano; valores; motivaç ões; estilo
de vida isento de drogas (ou pelo menos, de ac ordo c om a
idade, um uso "responsável" do álc ool droga soc ial);
alt ernat iv as no c ampo do lazer; esport e e art es
(desenvolvimento do potenc ial c riativo).
Basic ament e, a prev enç ão dev e c onc ent ra- se menos nos perigos
e aspec tos farmac ológic os (por isso a informaç ão é apenas um
c omponent e e sempre aparec e c ont ext ualizada no c enário
educ ativo) e enfoc a mais a fase da adolesc ênc ia, a busc a da
auto- afirmaç ão, auto- estima, o c onflito dependênc ia e
independênc ia, a t ransgressão, o c onf lit o c om a pessoa de
autoridade, a dific uldade de enfrentar problemas e limites e
a quest ão do prazer. A prev enç ão alert a sobre os risc os de
tolerânc ia e dependênc ia e, princ ipalmente, foc aliza a
responsabilidade pessoal pela opç ão a ser t omada.
Como falar de drogas c om os alunos ?
Antes de tudo, o mais importante é a postura do professor
f rent e ao assunt o, examinando seus próprios sent iment os e
adot ando uma post ura segura, t ransparent e e sem prec onc eit os.
Na abordagem deve inc luir as drogas legais c omo sua maior
preoc upaç ão, busc ar informaç ões básic as e tratar o tema sem
terrorismo.
Diant e dest as premissas, organizar at iv idades priorizando
c ertos objetivos c omo: desenvolvimento do auto- c onhec imento,
auto- estima, espírito c rític o e autonomia. O professor deve
ter em vista que a informaç ão sobre drogas é apenas um
rec urso, o mais importante são os aspec tos afetivos e soc iais
do aluno.
S ugest ões de at iv idades para a esc ola:
* Organizar grupos de est udos ent re os prof issionais. F ormar
ou c ontratar espec ialistas a fim de enc ontrar subsídios para
montar um projeto de prevenç ão para a esc ola.
* Formar uma equipe de téc nic os e professores
sensibilizados da nec essidade de t rabalhar prev enç ão às
drogas. Centralizar as atividades num departamento c omo o
Serviç o de Orientaç ão Educ ac ional.
* Usar metodologia ativa e pouc o ac adêmic a, tais c omo:
c olagens, jograis, dramatizaç ões, histórias em pedaç os, juris
simulados, etc .
* Introduzir no c urríc ulo o tema droga e realizar uma
abordagem interdisc iplinar. Como exemplo, partir de temas
geradores: "T udo que é noc ivo ao homem" ; "Geraç ão
Saúde" ; "Prazer: limites e possibilidades"; "Inteligênc ia
Emoc ional", etc .
* A prov eit ar as oport unidades que os alunos of erec em na
aula, para c riar um espaç o aberto de reflexão, não só para o
tema droga, c omo para outros que falam de "vida", tais c omo:
sexualidade, AIDS, esporte, violênc ia, globalizaç ão,
poluiç ão, etc .
Esc ola é espaç o de vida e de formaç ão. Geralmente os jovens
podem ser permissivos, prec onc eituosos ou c ompreensivos, de
qualquer forma, eles sabem lidar melhor c om o tema do que os
adultos. Por isto, o professor deve ouvir e aproveitar os
argument os c onst rut iv os f eit os por alguns alunos, enf at izando
os risc os da "dependênc ia" e "t olerânc ia".
F alar de droga é t oc ar na quest ão do prazer, é f alar de
sentido da vida. Ac reditamos que o jovem c onec tado c om uma
forç a espiritual faç a opç ões saudáveis, princ ipalmente, se
possuir metas definidas sobre seu futuro, se possuir um
projeto de vida. Daí, a valorizaç ão do aluno c omo pessoa
integral e não a busc a da informaç ão pura e simples da aç ão
da droga no organismo.
(c hegou até nós sem menç ão de fonte ou autoria, se souber qual seja, por favor, nos informe para que possamos
dar os devidos c réditos)
Download

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DROGAS As drogas