Uma escola ou um colégio é uma instituição onde professores se dedicam ao ensino de alunos
que progridem por meio de uma série de níveis escolares. É onde se ministram disciplinas
como português, matemática, história, jogos de computador, geografia, física, química. Espera
aí: jogos de computador? É exatamente disso que vamos tratar no PUC Ciência de hoje. O
desenvolvimento e a utilização de jogos educativos para auxiliar no processo de formação das
nossas crianças e adolescentes.
“A gente percebeu através de observação e estudos e também conversas com especialistas da
área de pedagogia e psicopedagogia que os jogos têm a capacidade de prender a atenção das
crianças”, explica Luiz Antônio Pavão, professor do curso de Engenharia da Computação,
Ciência da Computação, Design Digital da PUCPR e coordenador do PUC Games.
“O que as pesquisas comprovam efetivamente é que esses jogos eletrônicos podem motivar.
Eles têm um efeito motivador no aprendizado da criança. Mas ainda existem poucos estudos
sobre o quanto realmente eles podem melhorar a aprendizagem. No fator motivacional isso
não se discute mais”, diz Dilmeire Sant´anna Vosgerau, professora da Pós-Graduação em
Educação da PUCPR.
“Nada substitui você sentar, ler um livro e estudar, mas os jogos eletrônicos aceleram o
aprendizado de algumas partes, principalmente aquelas que envolvem coisas mais subjetivas.
Qualquer coisa que envolva subjetividade ou então que envolva visualização de
experimentação, os jogos educativos trazem um ganho”, afirma Fabio Binder, professor da
Pós-Graduação em Jogos Digitais da PUCPR.
“Dependendo da forma como os jogos são criados, seja com gráficos bastante bem elaborados
com nível de realidade bastante elevado, a sonorização também e a dinâmica do jogo, isso cria
o que a gente chama de um processo de imersão da criança em que ela tem a apresentação de
conteúdos didáticos num ambiente lúdico”, explica Luiz Antônio Pavão.
“De um lado você não pode se esquecer do conteúdo, da precisão, da profundidade e do
concatenamento lógico das informações, dos conceitos, mas você também não pode
abandonar a ideia de que aquilo seja uma coisa prazerosa, gostosa, interessante de ser
jogada”, diz Fernando Moraes Fonseca Junior, Gerente de Inovação e Novas Mídias, Editora
FTD.
Você provavelmente já ouviu falar nas gerações X, Y e Z, certo? Essas são as três últimas letras
do alfabeto e que dão nome às pessoas que nasceram num mundo em constante e rápida
evolução. O que um dia pode ter nos tornado apreensivos, se torna cotidiano para os
chamados nativos digitais. E com tanta inovação presente no dia a dia das crianças, por que
não utilizar essa ferramenta para promover o conhecimento e auxiliar na educação?
“Existem jogos educativos que focam muito no conteúdo e desses jogos geralmente os alunos
não gostam porque eles ficam muito parecidos com um livro, uma apostila. Normalmente os
jogos que funcionam são aqueles em que o aluno joga algo que parece um jogo comum, mas
que traz algo de educativo”, afirma Fabio Binder.
“O formato de jogos, o formato lúdico é um formato muito adequado para trabalhar
determinados tipos de conhecimentos. A gente geralmente fala de conhecimento como se
fosse um único tipo de coisa, mas na verdade são muitos tipos diferentes de conhecimento”,
diz Fernando Moraes Fonseca Junior.
“Uma característica bastante importante é o sincronismo com o material didático. E para o
professor isso é extremamente interessante pelo fato de que ele pode usar o ano inteiro os
jogos e ir mudando de fases, acompanhando a evolução do assunto em sala de aula”, aponta
Luiz Antônio Pavão.
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