Palácio Rio Branco LOCALIZAÇÃO Está localizado na Praça Tomé de Souza, com sua lateral debruçada na encosta voltada para a Baía de Todos os Santos. Nas suas vizinhanças encontram-se o Elevador Lacerda, a Igreja e Santa Casa de Misericórdia, o Palácio Arquiepiscopal e o Paço Municipal, os três primeiros tombados pelo Governo Federal e o último pelo Governo do Estado. ESTADO ATUAL O edifício está, atualmente, ocupado pela Fundação Cultural e Fundação Pedro Calmon. Possui sérios problemas na cobertura, devido a infiltrações de águas pluviais, na estrutura, no trecho voltado para a encosta, nos elementos decorativos das fachadas que apresentam desprendimento e nos bens integrados que necessitam de restauro. PROTEÇÃO LEGAL O Palácio Rio Branco encontra-se inserido na área tombada denominada Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade de Salvador, conforme Processo nº 1093 – T, inscrito no Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico (nº 86, à folha de nº 29), em 19/07/1984, e na Área de Proteção Rigorosa, segundo Lei Municipal nº 3289/83. SOBRE O MONUMENTO As paredes desse edifício contam a história da Bahia. Hospedou Governadores Gerais, Vice-Reis, Reis, Imperadores, Presidentes de Províncias e Governadores do Estado Republicano, até sua desativação como centro do poder executivo em 1979. Pelos relatos do Padre Manoel da Nóbrega, superior dos jesuítas que acompanharam o 1º Governador, em 13 de junho de 1549, realizou-se na cidade a primeira procissão de Corpus Christi e ao derradeiro dia de abril estava já acabada a fortaleza estacada, em seguida substituída pelo muro de taipa guarnecido de baluartes. De taipa também foram construídas a Casa dos Governadores, hoje Palácio Rio Branco e a Casa da Vereança, hoje Câmara Municipal. Ambas submetidas a muitas alterações e mudanças de estilos arquitetônicos nestes cinco séculos. A Câmara, após restauração, retornou a um estilo seiscentista. O Palácio Rio Branco possui poucos elementos da Casa dos Governadores. A fachada do edifício é eclética, com seu interior em refi nado estilo da “belle epoque”. Em 1663, o edifício, construído em pedra e cal, já apresentava dois pavimentos, com setores administrativos no térreo e residência no andar superior, com sacadas de ferro forjado, construído por ordem do rei D. Afonso VI, para ocupação do Governador-Geral aFrancisco Barreto de Menezes. Este prédio foi totalmente demolido em 1890 por ordem de Manuel Victorino Pereira, primeiro Governador Republicano da Bahia. CRONOLOGIA DO MONUMENTO Em 1900 – Foi reconstruído em estilo moderno, com vários salões e salas de inspiração renascentista. Em 1912 – Bombardeado por tiros disparados do Forte de São Marcelo que, ao caírem em seu interior, causaram um incêndio que consumiu boa parte do edifício. 1924 – São realizadas obras de conservação e adaptação para o Gabinete do Governador Góes Calmon; 1935 – Novas obras são realizadas para conservação e são adquiridos os móveis do Salão Nobre; 1949 – São realizadas obras profundas de ampliação com a introdução de estrutura de concreto armado e pintura externa e interna; 1979 – Com a restauração do Paço Municipal, que passou a só abrigar a Câmara de Vereadores, o Gabinete do Prefeito Municipal de Salvador passa a ocupar o Palácio Rio Branco; 1980 – Novas reformas são executadas com a introdução de mezanino em estrutura metálica para abrigar, também, a Empresa de Renovação Urbana do Município; 1983 – Passa o Palácio Rio Branco para a BAHIATURSA por um prazo de dez anos, quando foi realizada grande reforma; 1991 – Passa a abrigar a Fundação Cultural do Estado da Bahia e a Fundação Pedro Calmon, ocupações que permanecem até a presente data. 2006 – Elaboração de Projeto de Restauração pela PCL – Projetos e Consultoria Ltda. para o IPAC.