DOCUMENTO TÉCNICO
VANTAGENS DO
RED HAT ENTERPRISE LINUX
RESUMO EXECUTIVO
ÍNDICE
Há uma famosa definição segundo a qual um avião é um milhão de peças que voam em
formação fechada. O Linux parece este avião — está composto por milhões de linhas de
códigos em milhares de módulos de dezenas de milhares de desenvolvedores. E o seu
valor não está expresso em peças – está expresso na resolução confiável e eficiente dos
problemas dos clientes. A Red Hat se estabelece nisto, como parceiro de engenharia
mediante a expansão do seu domínio, com relações de colaboração que utiliza para
oferecer o Red Hat Enterprise Linux, a plataforma de primeiro nível para a carga de
trabalho das empresas.
3
Comunidade open source
4 O ecossistema Linux de rápida evolução
O modelo Red Hat Enterprise Linux
Inovação
Snapshot, integrar e estabilizar
Suporte
Versões menores
14 Ciclo de vida útil
14 Assinaturas
15 Conclusão
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A VANTAGEM DO RED HAT ENTERPRISE LINUX
Há uma famosa definição segundo a qual um avião é um milhão de peças que voam em formação fechada.
Linux é parecido a um avião, já que está composto por milhões de linhas de códigos em milhares de
módulos de dezenas de milhares de desenvolvedores. Igual a um fabricante de aviões, a Red Hat pega
todas estas peças e as integra em um único sistema funcional preparado para dar suporte à carga de
trabalho das empresas.
Além da integração inicial, a Red Hat continua oferecendo suporte e melhorando o produto. Se
continuarmos com a analogia do avião, a tarefa que corresponde à Red Hat é conseguir que este
avião complete os seus voos nos horários estabelecidos e de maneira segura e realizar-lhe controles
e introduzir-lhe melhorias de maneira contínua, para garantir que funcione corretamente.
As versões principais do Red Hat Enterprise Linux podem ser comparadas com as novas gerações de
aviões da Boeing ou da Airbus - fazendo a mesma tarefa básica, mas adicionando-lhes várias melhorias,
aproveitando a nova tecnologia e os novos desenvolvimentos. Novamente, igual à Boeing ou à Airbus, a
Red Hat mantém os atuais aviões voando enquanto desenvolve e oferece melhores modelos.
No que diz respeito aos aviões, é importante ter em conta que o valor não se reflete nas peças ou no avião
propriamente dito. O valor -os benefícios econômicos- equivale a transportar de maneira segura e
eficiente as pessoas e os produtos. Apesar de ser simples se concentrar nas funções e na tecnologia de
um avião, elas são consideradas importantes na medida em que melhorarem o transporte seguro e
eficiente das pessoas e dos produtos. As peças que formam um avião são consideradas importantes
apenas na medida em que funcionarem juntas para fornecer transporte.
Outra semelhança é que os fabricantes de aviões não os constroem totalmente – adquirem as peças que
os compõem em outras empresas e se associam para desenvolver e fabricar importantes subsistemas.
Um avião comercial é muito grande e complexo para que apenas uma empresa possa fabricá-lo.
Finalmente, as linhas aéreas não compram um avião e depois vão embora. A decisão de comprar um avião
significa também a decisão de assumir um compromisso a longo prazo com o fabricante do avião.
A escolha de um avião se baseia na combinação de qualidades técnicas, confiança no fabricante e
confiança neles como parceiros comerciais. A linha aérea confia em que o fabricante continuará
oferecendo desenvolvimento e suporte para o avião, para o fornecimento de peças de reposição e para a
manutenção e a resolução das questões relacionadas com a segurança do avião, mantendo-se como
parceiro a longo prazo no negócio propriamente dito da linha aérea que está relacionado com o
transporte de pessoas e produtos.
Para o Linux, é fácil se concentrar nas funções dos diversos componentes e pacotes do software, que
formam a distribuição do Linux. Mas, igual a um avião, o Linux só se considera importante como
plataforma para os aplicativos que puderem resolver os problemas dos usuários e da empresa. O valor
não está representado pelos bits– mas pela resolução de problemas e os benefícios que são dados aos
clientes. Resolver de maneira confiável e eficiente os problemas atuais e futuros dos clientes.
É provável que já tenhamos feito analogia suficiente - vejamos as vantagens do Linux e do Red Hat
Enterprise Linux.
COMUNIDADE OPEN SOURCE
O open source é um modelo
econômico e comercial pragmático.
O software open source funciona
mediante a cooperação e
a confiança, ao invés do comando
e do controle.
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O fundamental para entender o sucesso da Red Hat e o valor do Red Hat Enterprise Linux é
poder entender a comunidade open source na qual a Red Hat participa e o extraordinário valor
e aproveitamento que isto significa. A Red Hat contribui de maneira valiosa e é um parceiro de
confiança nesta comunidade, o que lhe permite aproveitar ao máximo os seus investimentos e
obter um extraordinário ROI.
O software open source é conhecido habitualmente como software grátis. Não se refere a grátis
como quando nos referimos a uma cerveja grátis, mas ao conceito de liberdade –como em
liberdade de expressão. O software grátis significa a liberdade que os usuários têm para
executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software.
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Ao dar estas liberdades, várias partes podem contribuir com a criação do software e obter
benefícios desta criação.
Cada uma das partes recebe o benefício do seu próprio investimento e, também, do investimento
dos demais. Neste caso, os investimentos podem ser “em espécie” ou “em dinheiro”. Como
exemplo, se uma empresa tiver o código de escritura de um engenheiro, se beneficia com o
software equivalente de um engenheiro. Se dez empresas tiverem o código de escritura de um
engenheiro em alguns projetos open source, cada empresa recebe o equivalente ao código de dez
engenheiros. Além disso, eles podem utilizar ou modificar todos estes códigos quando quiserem,
sem custo adicional (nem em dinheiro nem em espécie).
Este modelo é extraordinariamente lógico como modelo econômico e comercial. O retorno na
colaboração supera rapidamente o benefício econômico que significa limitar as liberdades dos
usuários e levou a conseguir a participação e a colaboração aceleradas nas comunidades de
desenvolvimento de código aberto em toda a indústria do software, durante as últimas duas
décadas. A Red Hat conta com mais de mil engenheiros que trabalham com software open source
e obtém benefícios de dezenas de milhares de engenheiros que trabalham com o mesmo
software. Este é o poder do modelo open source e a razão pela qual a Red Hat pode oferecer
estes poderosos produtos a tão baixo custo.
Além disso, considerando que o valor nem sempre é medido diretamente em dinheiro, outra
característica fundamental do software open source é que funciona por meio da cooperação e da
confiança ao invés do comando e do controle.
As companhias tradicionais utilizam uma estrutura de comando e controle onde a direção da
empresa toma as decisões, os recursos são designados (incluindo o dinheiro e as pessoas) e o
trabalho é realizado.
Os fatores fundamentais estão representados pelo poder de posicionamento e o poder do
orçamento. Um pequeno grupo de pessoas pode rapidamente tomar decisões – e mudá-las.
O software open source, por outro lado, opera por meio de um processo de consenso baseado na
influência, na confiança, nas associações e no investimento direto dos recursos por parte dos
participantes. Para aproveitá-lo e poder realizar coisas é necessário um enfoque diferente –
desenvolver e manter a credibilidade e a confiança dentro da comunidade, trabalhar com outros,
vender ideias, buscando os maiores benefícios em geral, ao invés de obter um lucro tático, ter uma
visão a longo prazo e realizar os investimentos certos. Se tudo isto for realizado corretamente,
obtém-se um extraordinário retorno do investimento (ROI).
A Red Hat faz isto muito bem. A Red Hat é um integrante valioso e confiável da comunidade Linux, é
parceiro dos maiores colaboradores do Linux, o maior colaborador do kernel Linux e pode exercer
influência e gerar importantes projetos.
A Red Hat claramente se beneficia com isto – mas, como os clientes da Red Hat se beneficiam?
Explicamos detalhadamente como os investimentos dos recursos de desenvolvimento e os esforços
no desenvolvimento da comunidade podem ser utilizados como alternativa para os investimentos em
dinheiro. O contrário também é verdade – as empresas podem escolher os investimentos em
dinheiro, por meio das assinaturas da Red Hat, como alternativa para investir outros recursos. Ao
fazer isso, ambos se beneficiam com o Linux e garantem o crescimento contínuo do Linux como
plataforma de alta qualidade e baixo custo, para resolver os problemas da empresa sem a
necessidade de investir diretamente tempo e energia em atividades da comunidade.
A decisão de utilizar o Red Hat Enterprise Linux é uma decisão tática baseada nas qualidades
técnicas da plataforma. É uma decisão pragmática utilizar uma plataforma corporativa estável e com
o suporte correto e garantir que alguém possa ajudá-lo para resolver os problemas que encontrar. É
uma decisão estratégica garantir que esta plataforma – que será o centro da infraestrutura da sua
empresa- continuará incorporando melhorias e estará disponível durante muito tempo.
O ECOSSISTEMA LINUX DE RÁPIDA EVOLUÇÃO
O Red Hat Enterprise Linux equilibra a inovação com a estabilidade e com o suporte. A Red Hat está
ativamente envolvida com o desenvolvimento de nova tecnologia, assim como com o estabelecimento
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Existe uma tensão dinâmica –
um conflito entre a inovação e a
estabilidade, desenvolvido no próprio
centro do ecossistema Linux.
A Red Hat oferece valor ao
resolver este conflito.
A VANTAGEM DO RED HAT ENTERPRISE LINUX
das bases para a infraestrutura da empresa. Ao fazer isso, os nossos clientes contam com uma
alternativa para padronizar os seus ambientes informáticos e executá-los mediante mínimas mudanças
ou aproveitar os novos desenvolvimentos e capacidades – todos eles com máxima flexibilidade e sem
aumentos adicionais. A Red Hat consegue isso mediante um processo de inovação, snapshot,
estabilidade/integração e suporte junto com um modelo de assinatura que lhe permite escolher qual
versão do Red Hat Enterprise Linux deseja utilizar e mover-se livremente entre versões.
Começamos pelo centro do Red Hat Enterprise Linux – o kernel Linux. Em constante evolução e
mudança, por meio das contribuições de milhares de desenvolvedores de software, o kernel lança de três
a quatro versões por ano. Os encarregados de manutenção do kernel Linux, encabeçados por Linus
Torvalds, se comprometem com as melhorias contínuas e com os códigos da mais alta qualidade.
Eles sabem perfeitamente que algumas melhorias podem requerer mudanças significativas nas
interfaces e no comportamento do kernel. Também, sabem que algumas das melhorias e mudanças podem
danificar os aplicativos e ferramentas existentes e este é o preço que estão dispostos a pagar se os benefícios
justificarem essa mudança. Isto significa que, simplesmente ao ter a última versão do Linux os aplicativos
existentes podem ser danificados. Os encarregados de manutenção procuram evitar as mudanças que
impactam nos aplicativos, mas estão preparados para realizar estas mudanças se estiverem justificadas por um
motivo convincente. A Red Hat se ocupa deste problema oferecendo estabilidade dentro de uma versão
principal, introduzindo mudanças mediante versões principais e permitindo aos clientes escolher qual destas
versões principais eles desejam utilizar sem aumentos nos custos.
Embora em última instância exista uma única fonte para o kernel Linux, os diferentes pacotes,
ferramentas, utilidades e aplicativos que formam a distribuição do Linux vêm de diversas fontes. E se
desenvolvem de forma independente e paralela. Enquanto são feitos esforços para coordenar entre eles,
geralmente existem diferenças nas versões dos diferentes pacotes que os diferentes aplicativos
necessitam. Uma das tarefas mais importantes do Red Hat Enterprise Linux consiste em resolver todos
estes problemas relacionados com as versões e com a sua dependência.
O seguimento destas mudanças não representa um problema para muitos dos aplicativos do
ecossistema Linux. São comuns para o modelo de mudança utilizada pelo kernel Linux, assim como
também para a grande quantidade de ferramentas, utilidades e aplicativos do Linux. De fato, os
desenvolvedores dos aplicativos são quem geralmente solicitam as mudanças. Estes desenvolvedores,
especialmente, os que se ocupam dos aplicativos open source, consideram que a tarefa do seguimento
de mudanças no kernel e em outros pacotes dos quais eles dependem, é simplesmente parte de uma
manutenção normal dos aplicativos.
No entanto, apresentam-se desafios. O desafio mais importante é que sejam incorporadas mudanças nos
diferentes pacotes em diferentes momentos. Como resultado, os milhares de pacotes que formam
a distribuição do Linux devem ser levados a um ponto de referência comum – que será analisado adiante com
maior detalhe. Além disso, as dependências técnicas entre pacotes limitam a capacidade dos usuários para
obter benefícios das novas funções que têm determinada localização na pilha, sem incorporar muitas
mudanças para os novos pacotes que foram requeridos em qualquer outra localização dessa pilha.
Outros aplicativos, no entanto, experimentam maiores dificuldades para administrar estas mudanças.
Estes aplicativos normalmente são aplicativos comerciais disponíveis em diversos sistemas operacionais
ou aplicativos desenvolvidos internamente, que contam com pouco desenvolvimento e manutenção
permanentes. Em todos estes casos, espera-se uma plataforma que “funcione” e que não introduza mudanças.
Também, há vantagens significativas para a administração e funcionamento do sistema, ao ter uma
infraestrutura e um ambiente padronizados. Isto simplifica a vida, tanto para as ferramentas de
administração como para os administradores do sistema, reduz os custos operacionais e tende a
melhorar a qualidade (minimizando as inconsistências e a possibilidade de erros).
Como resultado, uma tensão dinâmica é gerada – um conflito entre a inovação e a estabilidade –
desenvolvida no próprio centro do ecossistema Linux.
A Red Hat oferece um valor espetacular ao ecossistema Linux ao resolver este conflito. Ao oferecer um
ambiente Linux completo, estável, testado e com suporte – e que, prudentemente, aproveita ao máximo
as rápidas melhorias introduzidas de forma constante pelo ecossistema Linux – a Red Hat oferece
o melhor destes dois mundos.
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O modelo Red Hat Enterprise Linux
Inovação
O projeto Fedora
A Red Hat foi a precursora do enfoque da distribuição de uma comunidade orientada à inovação (o
projeto Fedora) e de uma plataforma corporativa orientada à estabilidade (Red Hat Enterprise
Linux). Este enfoque resolve amplamente a tensão dinâmica entre a inovação e a estabilidade.
O Projeto Fedora (fedoraproject.org) representa a distribuição aberta e orientada a uma comunidade dedicada à inovação e ao desenvolvimento de ponta. Apresenta-se uma nova versão do
Fedora a cada seis meses e cada uma destas versões incorpora as últimas versões de kernel e dos
pacotes principais. A missão do Fedora é gerar novos desenvolvimentos e melhorias para o Linux.
Como surge da página de início do Projeto Fedora:
O Fedora é um sistema operacional baseado em Linux que mostra a última versão de software
de graça e open source. O Fedora é gratuito sempre e está ao alcance de qualquer pessoa que
quiser utilizá-lo, modificá-lo e distribuí-lo. É desenvolvido por pessoas de todo o mundo que
trabalham juntas como uma comunidade: o Projeto Fedora. O Projeto Fedora está aberto a
quem quiser participar. O Projeto Fedora está ao seu alcance, liderando o progresso do
software e os conteúdos gratuitos e abertos.
O Projeto Fedora é o principal veículo da Red Hat para desenvolver um novo código. O típico
ciclo de desenvolvimento corresponde ao desenvolvimento e à inserção upstream (ascendente)
de uma nova função (consulte a seção relacionada com seguimento do upstream), incluída no
Fedora e, depois, incluída na versão adequada do Red Hat Enterprise Linux.
O verdadeiro poder do Projeto Fedora surge de uma fonte surpreendente. É um projeto
independente não controlado pela Red Hat.
Outras empresas trataram de estabelecer projetos comunitários com pouco sucesso.
Geralmente, insistem em controlar o projeto e as contribuições ao projeto, obtendo como
resultado reticência por parte das pessoas que não pertencem à empresa para contribuir com
o projeto e uma comunidade fraca com relação a este projeto.
Pelo contrário, o Projeto Fedora é uma organização independente que tem um diretório
independente. A Red Hat oferece grande parte do financiamento do Projeto Fedora e tem
engenheiros que trabalham diretamente em projetos Fedora, mas que não controlam este
projeto. Pelo contrário, a Red Hat trabalha de perto e em forma conjunta com o Projeto Fedora e
com a comunidade relacionada e teve sucesso ao criar um projeto próspero e uma comunidade
dinâmica. A Red Hat influencia, se associa e contribui – e obtém grandes recompensas deste
relacionamento em benefício mútuo.
Como geralmente é o caso na comunidade open source, a Red Hat recebe uma generosa
recompensa por renunciar ao controle direto e por trabalhar com uma comunidade ampla. Pode
demonstrar-se que o Fedora consistentemente esteve na vanguarda do desenvolvimento de nova
tecnologia, ao mesmo tempo em que oferece um sistema operacional da mais alta qualidade.
Deste modo, diretamente se beneficiam a Red Hat, os seus clientes e os seus parceiros.
Contribuições da Red Hat
Um elemento fundamental desta história são as contribuições da Red Hat ao ecossistema
Linux – as contribuições reais, assim como também, a maneira em que estas são feitas.
A Red Hat se compromete a entregar todo o software oferecido mediante a licença open
source. Algumas vezes, isto significa a aquisição de uma empresa com produtos patenteados e
lançá-los ao mercado posteriormente como software open source. Em alguns casos, o
software está carregado de tecnologia incorporada sujeita a licenças patenteadas e a Red Hat,
antes de poder lançá-lo em uma versão open source limpa, investe muito tempo nisso.
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A Red Hat é um bom cidadão na comunidade open source. Como mencionamos antes, todos os
códigos devem aceitar upstream antes de serem incluídos no Red Hat Enterprise Linux. O
desenvolvimento se completa de forma aberta e o encarregado de manutenção do upstream
deve aceitar todos os códigos antes de incluí-los em um produto da Red Hat. É uma área onde a
Red Hat normalmente “se prega, prega com o código”. Para a Red Hat, o open source é um
estilo de vida, não é uma palavra que está na moda.
Visto que o desenvolvimento se realiza de maneira aberta, é natural para a Red Hat cooperar de
forma direta com outras companhias. A Red Hat trabalha em direta associação com os líderes em
tecnologia, tais como, Intel, AMD, IBM, HP e Dell em uma ampla gama de projetos com interesses
compartilhados.
Por exemplo, a Red Hat está trabalhando com a Intel e com a AMD para a administração de
energia baseada no ACPI. O ACPI representa uma especificação e uma interface de hardware
para controlar o consumo de energia de um processador. Inclui vários mecanismos para fazer
isso, como por exemplo, a capacidade de mudar dinamicamente a velocidade do processador e a
capacidade para colocar os processadores em estado de reserva de energia quando não
estiverem em funcionamento.
O ACPI exige dos fornecedores de processadores que primeiro implementem o ACPI no seu
hardware. Depois, o sistema operacional deve ser modificado para aproveitar as capacidades do ACPI.
Isto significa importantes extensões para os programadores do sistema e para outros subsistemas.
Além do processador, os desenvolvedores de sistemas, tais como, a IBM, a HP e a Dell devem
decidir de que maneira os desenvolvimentos do seu sistema e o BIOSed serão compatíveis com a
administração de energia. Pode haver grandes diferenças nos sistemas que se baseiam no
mesmo processador, por isso os fornecedores destes sistemas necessitam participar da
implementação da administração de energia.
Finalmente, requerem-se ferramentas para os usuários que controlem a administração de
energia – ainda que os usuários de notebooks adaptem os seus sistemas para um consumo
mínimo de energia, conseguindo uma duração mais prolongada das suas baterias, um sistema
para compra e venda de ações funcionará durante todo o tempo a uma velocidade máxima para
garantir uma latência mínima.
Outro exemplo é a administração de energia. A administração de energia necessita a
cooperação de diversas empresas para desenvolver e apresentar produtos com consumo
eficiente de energia. Não é uma tarefa que é realizada uma única vez. Os fornecedores de
processadores continuam adicionando mais capacidades de administração de energia
sofisticadas, os fornecedores de sistemas continuam desenvolvendo novos sistemas e o kernel
Linux evolui. Um dos desenvolvimentos mais espetaculares no sistema operacional é o tickless
kernel, que gera reduções importantes no consumo de energia.
O tickless kernel, que é o novo para o Red Hat Enterprise Linux 6 e que a Red Hat se encarregou
ativamente de desenvolver, representa uma mudança fundamental no funcionamento do
sistema operacional. Antes, o kernel acordava várias centenas ou milhares de vezes por
segundo (com base nos ticks do temporizador) e, nesse caso, perguntava se havia alguma tarefa
para fazer. O tickless kernel, ao contrário, age por meio de interrupções. Isto significa que o sistema
descansa até que lhe seja indicado que faça alguma coisa. Visto que o descanso requer pouco
consumo de energia, quanto mais um sistema descansar, mais economia de energia haverá.
O desenvolvimento do tickless kernel requereu mudanças importantes em vários dos subsistemas
mais importantes do Linux, a cooperação direta de vários fornecedores de hardware e testes
extensivos. Várias utilidades e aplicativos dos sistemas se baseavam nos ticks do temporizador e
sofreram modificações para agir por meio de interrupções. Felizmente, o Linux pôde recorrer a
toda a comunidade. Ao invés de que uma única empresa tivesse que testar todo o hardware e
todos os aplicativos e, depois, descobrir os problemas e resolvê-los, dezenas de milhares de
pessoas em todo o mundo puderam contribuir com isso. Diferente de um sistema operacional
comercial, que não poderia ser visto até completar todas as mudanças, as pessoas tiveram a
oportunidade de trabalhar com o Linux em todas as etapas do desenvolvimento do tickless
kernel. O resultado final foi que esta mudança importante ofereceu benefícios significativos e
quase não foram apresentados problemas ao entregá-lo.
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Observe os benefícios que o desenvolvimento cooperativo aberto oferece. Os fornecedores de
processadores podem oferecer novas capacidades com interfaces comuns para estas novas
capacidades. Ao usar as interfaces comuns, permite-se inovar na implementação, ao mesmo
tempo em que é mais simples para os fornecedores de sistemas e de software aproveitar as
novas capacidades. Os fornecedores de sistemas podem se basear nas novas capacidades
mediante o desenvolvimento nos seus sistemas e garantindo que o sistema operacional seja
compatível com estes desenvolvimentos, aproveitando-os ao mesmo tempo. Os fornecedores de
sistemas operacionais aproveitam as novas capacidades tanto nos processadores como nos
sistemas e podem explorar totalmente as novas capacidades.
Esta cooperação reduz a duplicação de esforços, minimiza os custos para cada empresa
participante e permite uma colaboração maior. O resultado é uma melhor solução que é
oferecida junto com a mais alta qualidade e um preço mais baixo.
Mesmo que isto demonstre as vantagens do modelo de desenvolvimento open source, centro da
filosofia Red Hat, há muitas outras vantagens para a Red Hat.
Depois de tudo, a Red Hat é líder ao contribuir com o kernel Linux. O último relatório da Linux
Foundation, “Desenvolvimento do Kernel Linux: A que velocidade avança, quem o faz, o que faz e quem o
patrocina” (linuxfoundation.org/publications), mostra que a Red Hat contribuiu com mais de 12% das
mudanças totais do kernel. O seguinte grande contribuinte ofereceu só 8%. Isto claramente demonstra o
compromisso e o investimento da Red Hat no desenvolvimento do open source.
1 O “Hard real time”,
tal como é utilizado nos
sistemas de controle de
aeronaves, garante que uma
tarefa será completada dentro
de um período específico de
tempo. Isto é possível apenas
com sistemas especializados
incorporados. O Linux
proporciona um modelo “soft
real time” ou de baixa latência /
de latência constante.
O Red Hat Enterprise Linux
se integra, se adapta e se
ajusta aos sistemas maiores
disponíveis.
A Red Hat também adota uma perspectiva a longo prazo. Apesar de certamente se obter uma
grande satisfação ao ter uma rápida solução, às vezes, fazer as coisas bem requer um esforço
constante durante um longo período de tempo. Um bom exemplo disso é a forma em que a Red
Hat constitui um colaborador líder no projeto Linux em tempo real.
“Real time” (tempo real) significa que é possível confiar em um sistema para que complete uma
tarefa, em um período definido de tempo1. O enfoque básico é evitar a interrupção da tarefa
antes que ela se complete. Este é o desafio principal para um sistema multiprocessador, para
usuários múltiplos, de tarefas múltiplas e de uso geral.
A implementação do tempo real no Linux significa mudanças importantes em centenas de módulos, em
dezenas de subsistemas. Os desenvolvedores do Linux em tempo real trabalharam com afinco e
produziram um sistema Linux em tempo real que funcionava. Isto significou dezenas de milhares de
linhas de mudanças.
Muitas dessas mudanças eram invasivas - quer dizer, podiam ter um impacto significativo no
sistema, causar mudanças no comportamento do sistema e ter efeitos secundários inesperados.
Estes tipos de mudanças requerem uma justificativa importante antes de serem considerados.
Recebem um exame rigoroso e testes adicionais e são aceitos com cautela. A pessoa que propõe
as mudanças invasivas deve convencer os demais de que os benefícios das mudanças são
maiores do que o seu custo arriscado.
Além disso, alguns dos patches do Linux em tempo real mudariam o comportamento básico do
Linux, de forma que não seriam benéficos para a grande maioria dos usuários do Linux.
Existiam importantes benefícios ao introduzir as mudanças do tempo real no kernel do Linux
padrão. Desde que a manutenção dos patches do tempo real fosse realizada fora do kernel, a
integração dessas mudanças era uma árdua tarefa que devia ser feita novamente com cada
nova versão do kernel. Se as mudanças fossem incluídas no kernel padrão, não se requereria um
novo trabalho de integração.
Os desenvolvedores do tempo real do Linux começaram um programa, que depois se comprovou
que era um trabalho de cinco anos, para integrar as mudanças do tempo real no Linux. Identificaram
as mudanças que mais beneficiariam os usuários do Linux em geral e começaram a trabalhar
para incorporar certa quantidade dessas mudanças em cada nova versão do kernel Linux. Por
exemplo, cem mudanças constituiriam uma parte principal de uma única versão do kernel. No
entanto, se a pretensão é fazer dez mudanças em cada kernel, e existem de três a quatro versões
de kernel por ano, podem ser incorporadas igualmente as cem mudanças em três anos. Este
modelo de mudança gradual é a forma em que geralmente a comunidade Linux trabalha.
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Os desenvolvedores do tempo real do Linux também identificaram as mudanças que não
deviam ser incluídas no kernel padrão. Depois, então, trabalharam para fazer com que essas
mudanças fossem mais fáceis de integrar, reduzindo assim a quantidade de trabalho que
devia ser realizada do kernel padrão ao kernel em tempo real.
O resultado final deste processo foi um grupo de mudanças no kernel do Linux padrão que
beneficiou os usuários gerais, já que lhes deu a capacidade de integrar rapidamente as
mudanças restantes e de modificar um novo kernel Linux em um kernel em tempo real. Os organizadores do programa de tempo real do Linux obtiveram as mudanças que queriam, não incomodaram
ninguém e, além disso, como as mudanças agora são parte do Linux padrão, essas mudanças têm
maiores testes, suporte e desenvolvimento do que o que a equipe de tempo real poderia ter
oferecido. Este é um dos muitos exemplos sobre as vantagens que o modelo de desenvolvimento
open source oferece em combinação com um pouco de paciência e perseverança.
Também é um exemplo da perspectiva a longo prazo da Red Hat, de fazer um investimento contínuo
e de trabalhar com parceiros para oferecer um produto que beneficie os clientes da Red Hat.
Seguimento do upstream
2 O “upstream” ou “o encarregado
de manutenção do upstream” é a
pessoa ou grupo que determina
qual código entra na versão oficial
de um pacote. Apesar de todos
poderem mudar um software open
source, as mudanças devem ser
aceitas formalmente para um
pacote antes de serem utilizadas
amplamente e de serem
transferidas a versões futuras. Este
é um mecanismo crítico, muitas
vezes deixado em segundo plano,
para o controle e para a qualidade
no mundo do open source, é também
a única forma de incorporar
melhorias no desenvolvimento futuro
de um pacote.
O outro elemento crítico do modelo de inovação da Red Hat é o seguimento do upstream2.
Para o kernel Linux, isto significa que a Red Hat utiliza o código publicado no site kernel.org. A
Red Hat não adiciona funcionalidades fora do processo de desenvolvimento público. Todas as
novas funcionalidades desenvolvidas pela Red Hat primeiro são apresentadas aos encarregados
de manutenção do kernel, e devem ser aceitas por eles (em última instância, devem ser apresentada a Linus Torvalds) e depois são enviadas ao Red Hat Enterprise Linux. Assim a Red Hat
Enterprise se mantém completamente compatível com a base de códigos oficial do Linux, o que
faz com que o suporte contínuo do Red Hat Enterprise Linux seja muito mais simples e assegura
que os clientes não tenham que se limitar apenas às funcionalidades da Red Hat.
Isto significa que a Red Hat aproveita automaticamente todo o trabalho realizado por todos os
que contribuem com o kernel Linux, assim também como uma ampla variedade de pacotes em
camadas. A Red Hat faz isto de duas maneiras. Em primeiro lugar, por meio do Projeto Fedora. A
cada seis meses, é lançada uma nova versão do Fedora. Cada lançamento do Fedora inclui a
última versão do kernel Linux, assim como também as últimas versões de muitos dos pacotes
fundamentais. Isto faz do Fedora uma plataforma de desenvolvimento ideal, já que é muito
próxima dos desenvolvimentos atuais de upstream, proporciona a base para o desenvolvimento
de novas funcionalidades e fornece um rápido ciclo de feedback.
No entanto, muitas companhias pensam que o Fedora muda muito rápido para os ambientes
corporativos. É por esse motivo que a Red Hat oferece o Red Hat Enterprise Linux. O Red Hat
Enterprise Linux utiliza um modelo de duas etapas, de versões principais e de versões menores.
As versões principais ocorrem a cada dois ou três anos, em média. Cada versão principal tem
suporte durante no mínimo sete anos. As versões menores ocorrem aproximadamente a cada seis
meses, ao longo da vida útil de uma versão principal e são desenvolvidas sob estritas políticas que
regulam o que se permite mudar e o que não.
Snapshot, integrar e estabilizar
Assim como as versões do Fedora, cada versão principal do Red Hat Enterprise Linux é uma
atualização a um novo kernel e a novas versões da maioria dos pacotes. Podem existir mudanças
importantes nas interfaces de aplicativos e biblioteca, nos arquivos de configuração, nas estruturas
de dados do disco, nas estruturas de dados do kernel, etc.
Portanto, uma versão principal do Red Hat Enterprise Linux começa obtendo uma snapshot do
kernel e das últimas versões estáveis dos milhares de pacotes que formam uma distribuição Linux.
A seguinte fase é a de integrar e estabilizar. Isto significa meses de trabalho de engenharia, para:
• assegurar que todos os pacotes trabalhem juntos.
• encontrar e corrigir erros.
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• criar os arquivos adequados de configuração para o Red Hat Enterprise Linux.
• realizar testes em uma ampla variedade de sistemas e periféricos.
• ajustar o sistema.
• assegurar-se de que cumpra com a identidade do Red Hat Enterprise Linux.
Os parceiros da Red Hat participam muito nesta fase, para assegurar que a plataforma cumpra
com os seus requisitos e com os dos clientes.
Um exemplo é o suporte de hardware. A grande maioria dos desenvolvedores do Linux utiliza
sistemas pequenos, o que faz com que o Linux básico seja o mais otimizado para esses sistemas.
Claro que um sistema pequeno atual significa 4 a 16 processadores com 8 a 32 GB de memória.
Os servidores modernos são muito maiores do que isto e é preciso trabalhar para assegurar que
funcionem corretamente com o Linux.
A Red Hat investe muito esforço em realizar testes e ajustes em grandes sistemas; tem dezenas
de sistemas nos seus laboratórios, com 64 processadores ou mais e 100 gigabytes ou mais de
memória, assim também como grandes redes de área de armazenamento (SANs, storage area
networks), Ethernet de 10 gigabytes, redes Infiniband e conjuntos automatizados de testes que
incluem os principais aplicativos corporativos. A Red Hat também tem líderes especialistas
desenvolvendo e ajustando grandes sistemas, e trabalha estreitamente com empresas como IBM,
HP, Dell, Intel, AMD, SGI, etc. para assegurar-se de que o lançamento do novo Red Hat Enterprise
Linux possa aproveitar totalmente os seus sistemas e tecnologias.
Próximo à criação focalizada no upstream de novas funcionalidades e capacidades - esta é um
dos maiores investimentos em engenharia da Red Hat. Também é a mais crítica, já que a fase de
integrar e de estabilizar é um dos grandes elementos que separam o Red Hat Enterprise Linux de
outros sistemas operacionais baseados em Linux.
Entre os heróis esquecidos da Red Hat se encontra a sofisticada equipe de engenharia de
rendimento, o qual prova os limites dos sistemas – hardware e software – com uma categoria de
pontos de comparação e cargas de trabalho de aplicativos. A única maneira de descobrir
problemas de rendimento, especialmente com os sofisticados sistemas atuais, é mediante a
execução de grandes e complexas cargas de trabalho. Os fatores tais como o cômputo de CPUs,
as quantidades massivas de memória, os gargalos das comunicações, a latência e a largura de
banda de I/O, os subsistemas de armazenamento, a virtualização, a arquitetura de sistemas e os
parâmetros de sistemas, todos devem ser levados em conta nos novos sistemas e nas novas
versões do Red Hat Enterprise Linux. A equipe de engenharia de rendimento da Red Hat se
destaca por encontrar e resolver os problemas de rendimento antes que estes impactem nos
clientes. Se um cliente realmente tiver um problema de rendimento, a equipe de engenharia de
rendimento tem experiência em poder replicar o problema e, mediante o processo de suporte
que é fornecido junto com a assinatura do Red Hat Enterprise Linux, pode oferecer sugestões ou
trabalhar com a engenharia da Red Hat para solucioná-lo.
Este trabalho de integração e rendimento é mais importante do que o que poderia parecer a
simples vista. Considere uma situação na qual você tem um servidor de base de dados. Ele
funcionou bem durante anos, mas, agora, o aumento no tamanho da base de dados e da carga de
usuários levou à degradação do rendimento a níveis inaceitáveis. Você instala um novo servidor
de base de dados com o dobro de processadores e quatro vezes mais a quantidade de memória —
mesmo assim, o sistema novo é mais lento do que o anterior.
O que aconteceu?
Existem muitas possibilidades, desde a necessidade de ajustar o sistema à necessidade de mudar os
algoritmos básicos do sistema operacional por mais memória e mais quantidade de processadores.
O ponto é que isto tem uma incidência surpreendentemente comum, independente do sistema
operacional que for utilizado. A única maneira de abordar este tema é executando as cargas de
trabalho de aplicativos atuais nos sistemas novos, encontrar os problemas de rendimento e de
escalamento e consertá-los. Isto requer um grande investimento e habilidade por parte do
fornecedor do seu sistema operacional, e forma uma das principais diferenças entre o Red Hat
Enterprise Linux e as distribuições de desktop e/ou de comunidade.
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DOCUMENTO TÉCNICO
A VANTAGEM DO RED HAT ENTERPRISE LINUX
Uma grande parte do trabalho de criação de uma plataforma corporativa é realizado pela equipe
de engenharia, na linha de frente. Não é necessariamente emocionante, mas é absolutamente
necessário. Consiste em um extenso trabalho de testes, ajustes e resolução de problemas por
meio de uma ampla variedade de hardware, configurações e aplicativos. É um trabalho que é
realizado dia a dia, prestando atenção em cada detalhe e assegurando-se de que todas as “partes
móveis” encaixem bem e funcionem corretamente. Depende de ter as pessoas, os processos, o
sistema e a infraestrutura para fazer o trabalho. Ainda mais importante é que requer a vontade e
os recursos corporativos para fazê-lo, e fazê-lo bem.
Este trabalho não aparece em um comunicado de imprensa nem se destaca como um produto de
marketing. Muitos observadores o consideram bastante chato. Se for realizado corretamente, o
resultado é, de alguma maneira, chato: são apenas sistemas que funcionam. Um comportamento
previsível. Não há falhas emocionantes. Os administradores do sistema podem dormir bem à noite.
Como todos têm acesso ao código completo do Linux, é realmente um desafio poder dizer quais
empresas realmente têm a capacidade para fazer isto e quais, na verdade, reciclam o trabalho de
outras. Existem muitos pontos a serem levados em consideração.
Cada versão principal do
Red Hat Enterprise Linux
proporciona uma plataforma
estável e constante para a
execução de aplicativos.
Em primeiro lugar, vejamos o compromisso existente com o kernel Linux e com os pacotes
fundamentais. É fácil determinar quem contribui realmente com o suporte e com o
desenvolvimento do Linux. Mais, vejamos o tipo de patches que são apresentados. Se os patches
incluírem um novo desenvolvimento de funcionalidades, patches para grandes sistemas (grande
quantidade de memória e de processadores) e patches para uma infraestrutura comum, é claro
que a empresa leva a sério o Enterprise Linux. Se a companhia não tiver muitos patches, não
trabalhar com grandes sistemas ou só se enfocar em algumas áreas do seu interesse, é
conveniente consultar sobre as suas responsabilidades e capacidades gerais.
Em segundo lugar, vejamos a relação de trabalho que a companhia tem com os principais
fornecedores de tecnologia e de sistemas. Trabalha com os demais para assegurar o suporte do
novo hardware, nem bem está disponível? Recebe as últimas novidades em tecnologia e
sistemas? Recebe regularmente resumos e atualizações do plano de ação? Os principais
parceiros têm engenheiros trabalhando on-site para coordenar com a maior atenção possível?
Em terceiro lugar, vejamos a especificação e certificação do sistema e do hardware. A companhia
tem um programa para testar e especificar os sistemas que suporta ou confia nas certificações
externas? Os sistemas estão realmente testados para comprovar que funcionam ou só se
assume que funcionam? Quantos sistemas diferentes foram certificados e por quanto tempo o
processo de certificação esteve vigente?
Em quarto lugar, a companhia mostra um compromisso com a comunidade ou só deseja realizar mudanças
únicas e novos desenvolvimentos? Acredita nos benefícios a longo prazo da compatibilidade com a comunidade
do upstream ou só deseja realizar mudanças incompatíveis para atingir objetivos a curto prazo?
Suporte
Assim vez que se realiza o trabalho de snapshot, de integrar e estabilizar, a nova versão do Red Hat
Enterprise Linux é lançada. Neste ponto, a versão principal do Red Hat Enterprise Linux começa a se
separar do desenvolvimento de upstream. Para ser mais preciso, neste ponto o desenvolvimento de
upstream começa a se separar do Red Hat Enterprise Linux. Enquanto o kernel Linux e o software
em camadas continuam evoluindo, esta versão principal do Red Hat Enterprise Linux mantém
interfaces estáveis ao longo da sua vida.
Isto significa que cada versão principal do Red Hat Enterprise Linux proporciona uma plataforma
estável e constante para a execução de aplicativos. A Red Hat está comprometida a manter interfaces de
programação de aplicativos (APIs), interfaces binárias de aplicativos (ABIs), interfaces binárias de
aplicativos kernel (KABIs) estáveis, também de conjuntos de pacotes, durante toda a vida da versão. Isto
também significa que os aplicativos e ferramentas não receberão impacto por parte de nenhuma das
atualizações contidas nas versões menores do Red Hat Enterprise Linux. De fato, a Red Hat faz um grande
esforço para assegurar que as versões menores não quebrem os aplicativos. Se isto acontecer,
considera-se como um vírus que deve ser eliminado.
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DOCUMENTO TÉCNICO
A VANTAGEM DO RED HAT ENTERPRISE LINUX
Versões menores
As versões principais do Red Hat Enterprise Linux recebem atualizações mediante uma série de
lançamentos de versões menores. Estas atualizações menores ocorrem aproximadamente a cada
seis meses. Cada versão principal se atualiza mediante múltiplas versões menores.
As versões menores do Red Hat Enterprise Linux são utilizadas para proporcionar novas funcionalidades,
para eliminar vírus e para facilitar o hardware. Isto é realizado submetendo o código a um
processo de backporting3 a partir do upstream. Todas as mudanças são examinadas
detalhadamente para assegurar que são compatíveis com a versão principal e que não mudam o
comportamento dos aplicativos nem os quebram.
3 Backporting é o processo de
modificação de patches, para
que funcionem corretamente
com a versão anterior de um
pacote ou aplicativo.
As novas funcionalidades são adicionadas principalmente nos dois primeiros anos de uma versão
principal do Red Hat Enterprise Linux. As novas funcionalidades são implementadas primeiro no
upstream e depois são submetidas ao processo de backporting. A maioria das funcionalidades é
apresentada e testada em uma versão Fedora, antes de ser incluída no Red Hat Enterprise Linux. Isto
proporciona tanto um ambiente de desenvolvimento como um banco de testes ao vivo, antes que as
funcionalidades sejam apresentadas no Red Hat Enterprise Linux, o que melhora significativamente
a qualidade e a estabilidade do Red Hat Enterprise Linux. A Red Hat realiza grandes esforços para
assegurar que as novas funcionalidades sejam compatíveis, o que geralmente significa que as novas
funcionalidades são complementos (ao invés de modificações) das capacidades existentes.
A facilitação do hardware significa o suporte de novos processadores e dispositivos, tais como os
controladores de redes, de armazenamento, de gráficos e outros dispositivos. A maioria dos
dispositivos novos tem suporte adicionando os controladores dos novos dispositivos ou
ampliando os controladores existentes. Os novos processadores podem requerer mudanças no
kernel, como, por exemplo, o gerenciamento de memória, de recursos, a afinidade do
processador, a administração da energia ou a topologia do sistema. Nos casos em que os
processadores implementam novas instruções, podem ser necessária mudanças no compilador
gcc e na cadeia de ferramentas relacionada. A facilitação do hardware tem o duplo objetivo de
suportar novos dispositivos, sem impactar nos dispositivos ou nos aplicativos existentes.
A Red Hat se centraliza na facilitação do hardware durante os primeiros quatro anos de uma
versão principal.
Muitas das mudanças nas versões menores são relacionadas com a eliminação de vírus. Apesar
de os vírus críticos serem eliminados rapidamente utilizando dados assíncronos, a maioria dos
vírus é eliminada na seguinte versão menor. Cada versão menor recebe um amplo teste,
incluindo a possível interação entre diferentes reparos.
CICLO DE VIDA ÚTIL
O Fedora tem uma vida útil com suporte de treze meses. A cada seis meses é lançada uma nova
versão e cada versão é retirada depois de treze meses. Isto significa que o desenvolvimento, a
eliminação de vírus e o suporte terminam nesse momento. Apesar de este modelo funcionar
muito bem para os novos desenvolvimentos, requer um ciclo mais rápido de atualizações e
mudanças do que muitos usuários de produção se sentem confortáveis.
O Red Hat Enterprise Linux tem uma vida útil de pelo menos sete anos para as versões principais
e, em geral, tem uma versão principal a cada dois ou três anos. Isto significa que existem três
versões principais com suporte do Red Hat Enterprise Linux disponíveis em qualquer momento. A
Red Hat dá um ciclo de vida útil a cada versão para que os clientes possam planejar as
atualizações de versão e dos seus ambientes.
Tal como foi dito antes, a Red Hat mantém as interfaces estáveis dentro de uma versão principal.
Assim, os clientes podem padronizar uma versão principal, seguros de que poderão adicionar
novos sistemas e manter um ambiente estável.
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ASSINATURAS
Um dos elementos únicos do Red Hat Enterprise Linux é a entrega mediante uma assinatura, o
que permite o uso de qualquer versão com suporte do Red Hat Enterprise Linux. Uma assinatura
permite que o seu titular utilize qualquer versão com suporte do Red Hat Enterprise Linux em um
sistema, que receba atualizações de software para esse sistema, que utilize as ferramentas de
gerenciamento do sistema da Red Hat e que receba suporte. A Red Hat oferece uma ampla
variedade de opções que determinam que software e que serviços podem ser oferecidos em cada
nível de preço, para poder cobrir a diversidade existente nos centros de dados corporativos com
relação à criticidade e serviços requeridos em uma instância em particular.
Uma titularidade não se limita a um único sistema. Se um sistema for substituído, o sistema
antigo pode ser cancelado com a Red Hat Network ou com um Red Hat Network Satellite e o
novo sistema pode ser registrado no seu lugar. A única restrição é que existem diferentes
titularidades para os sistemas grandes, pelo qual uma assinatura para um sistema pequeno só
pode ser utilizada em outro sistema pequeno. As titularidades do Red Hat Enterprise Linux se
baseiam na quantidade de sockets, não na quantidade de processadores ou de núcleos.
Exemplo do valor das assinaturas do Red Hat Enterprise Linux: um sistema antigo, com um único
processador de 32-bit que executa o Red Hat Enterprise Linux 3 pode ser atualizado para um sistema
novo 64-bit Red Hat Enterprise Linux 6, com 2 sockets, de 32 núcleos: utilizando a mesma assinatura.
CONCLUSÃO
O Red Hat Enterprise Linux é a principal plataforma para as cargas de trabalho corporativas. O
Red Hat Enterprise Linux 6 foi criado sobre esta tradição, já que oferece tecnologia inovadora,
confiabilidade sem precedentes, escalabilidade, rendimento e segurança, assim como também
compatibilidade com os aplicativos existentes. O modelo de assinatura da Red Hat oferece valor
para cada cliente e uma grande flexibilidade na sua infraestrutura.
A Red Hat é um parceiro de confiança, por muitos motivos:
• Como parceiro de engenharia, a Red Hat leva a inovação do Linux a áreas tais como a administração
de memória, programadores, armazenamento e gerenciamento de armazenamento, redes,
administração de energia, tickless kernel e virtualização. A Red Hat também gera inovação em
áreas especializadas, tais como o bus de mensagens AMQP, um pacote de comunicações de
software de alto rendimento desenvolvido para o processamento de transações e tempo real.
• A Red Hat possui relações de colaboração com todas as principais companhias de hardware,
incluindo as de processadores, sistemas, periféricos, tais como os controladores de redes e de
armazenamento, e de gráficos. Estas relações incluem a possibilidade de compartilhar planos de
ação e programas, desenvolvimento conjunto de soluções, resolução de problemas e suporte
conjunto, caso os clientes se deparem com um problema.
• A Red Hat abrange domínios, trabalha com a comunidade Linux, com a indústria, com os parceiros
e com os clientes para desenvolver, oferecer e dar suporte à melhor plataforma para aplicativos
corporativos.
Red Hat: líder de valor, parceiro de confiança, colaborador líder, fornecedor confiável e uma opção segura.
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da Red Hat, Inc. nos Estados Unidos e em outros países. Linux® é a marca registrada da Linus Torvalds nos Estados Unidos e em outros países.
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