INFORMAÇÃO PARA IMPRENSA Organizações trocam experiências sobre exploração e comercialização de madeira responsável no Brasil São Paulo (SP) - O WWF-Brasil, a Rede Amigos da Amazônia (RAA) e a Fundação Getúlio Vargas, com apoio da União Europeia, realizaram na última quinta-feira, dia 3, um seminário temático, que discutiu diversas questões relacionadas à exploração, produção e comercialização de madeira sustentável no Brasil. No evento, foram realizadas mesas-redondas sobre compras públicas sustentáveis, a legalidade desta cadeia produtiva e a sua governança. Atores sociais de vários estados da Amazônia – como Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pará – estiveram presentes na ocasião. O evento contou ainda com o lançamento da publicação Programa Madeira Legal – Lições da madeira legal e certificada junto ao setor da construção civil, que resgata e registra os seis anos de história desta iniciativa. Vários signatários prestigiaram o evento entre eles: ANPM, AsBEA, CIPEM, CBCS, FSC, IPT, RAA FGV EAESP, SECOVI, SINDIMASP, SINDIMÓV, SINDUSCON SP, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo e WWF Brasil, Celebração O seminário marcou a celebração dos 10 anos de uma parceria internacional que contribuiu com a conservação da Amazônia promovendo a legalidade e sustentabilidade da cadeia produtiva da madeira. O Projeto Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica, desenvolvido ao longo da última década, teve como objetivo apoiar o desenvolvimento da economia florestal no Brasil e impulsionar a agenda da “madeira responsável”. Madeira responsável é legal e certificada - aquela explorada e produzida com critérios socioambientais justos, promovendo ao mesmo tempo a conservação da biodiversidade e a geração de renda das populações amazônicas. Destaques Dois dos maiores sucessos do Projeto Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica, foram a criação do Programa Madeira é Legal em 2009 - que uniu poder público, empresas e entidades da sociedade civil na qualificação deste mercado – e a adoção de uma lei, por parte da Comunidade Europeia, que proibiu a chegada de madeira de áreas desmatadas naquele continente. Esta lei foi posta em vigor em outubro de 2010 e, na prática, obrigava todos os importadores dos 28 países da Europa a ter dados de registros e rastreabilidade de suas madeiras, que pudessem dizer de onde veio sua matéria-prima. No Brasil, esta medida forçou várias indústrias e entidades do setor florestal – famoso justamente por seu alto índice de ilegalidade – a buscar adequações à legislação brasileira. Celebração Ainda no âmbito deste projeto, foram publicados vários estudos sobre a produção responsável no Brasil e foram realizadas diversas capacitações para produtores e compradores de madeira, inclusive fora do País. Esta iniciativa também possibilitou a produção de produtos diferenciados, como pen drives, onde foram inseridas as publicações, sobre madeira, aplicativos e QR Code, que traziam informações técnicas e cientificas e oportunizou que o tema fosse levado para as principais feiras especializadas do setor da construção civil e também para workshop destinado a arquitetos, além de pesquisa, também realizada com este público, que é especificador. Satisfeitos O chefe da delegação da União Europeia no Brasil, o embaixador João Cravinho, afirmou que a União Europeia está muito “satisfeita a agradecida” por ter feito parte do projeto Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica. “Incentivamos o uso e a compra de madeira certificada no setor público, capacitamos os compradores de madeira e geramos conscientização e mobilização sobre este tema. Estamos muito satisfeitos e agradecidos por tudo o que foi possível fazer”, disse o embaixador. Dialogar e construir O analista de conservação do WWF-Brasil, Ricardo Russo, afirmou que gerar a troca de conhecimentos e informações sobre a cadeia produtiva da madeira no Brasil foi um dos grandes objetivos do projeto. “O que buscamos sempre foi isso: que os produtores do Mato Grosso conversassem com os compradores de São Paulo; que o pessoal do Pará pudesse trazer dados para fazer estudos aqui no Sudeste. E ver que isso aconteceu, e continua acontecendo, é um grande prazer e felicidade”, explicou o especialista. O coordenador de Meio Ambiente do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (CEAPG/FGV), Marcus Vinícius Gomes, contou que o setor florestal brasileiro é complexo e difícil de lidar. “Justamente por isso existe um espaço enorme para se inovar, aprender e criar coisas novas. Esse foi um dos grandes méritos do projeto – dialogar, construir e criar um espaço de troca e consolidação de experiências. Acho que conseguimos fazer isso”, declarou. Informações para a imprensa: Jorge Eduardo Dantas Communications Officer – Amazon Programme Tel: (92) 3644-3844 (92) 99136-2317 l WWF-Brasil • wwf.org.br