ANO 37 DEZEMBRO 2009 MENSÁRIO REGIONALISTA Nº. 366 PREÇO 75 CÊNTIMOS DIRECTOR: Pe. LUÍS MANUEL ANTUNES ALVES Propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Sobreira Formosa, Largo P. Manuel Vaz, 6150-737 SOBREIRA FORMOSA AUTORIZAÇÃO Nº 0000 DE 000000 DESTAQUES Alvito em Visita Pastoral Festa de Natal da Catequese na Sobreira Formosa (p. 12) Festa de Natal do IST (p. 10) A Catequese Paroquial levou a efeito mais uma "Festa de Natal" na Casa do Povo de Sobreira Formosa para toda a comunidade. Medisigma - Medicina , Higiene e Segurança no Trabalho, Lda www.medisigma.pt; telef. 241 331 504 Prevenir - Serviço de Segurança, Higiene e Segurança no Trabalho, Lda www.prevenir.pt; telef. 249 891 077 PÁGINA 2 ECOS DA SOBREIRA Vida Paroquial DEZEMBRO 2009 Sobreira Formosa Sebastião Alves Monteiro Montes da Senhora: Nas mãos de Deus: - José Fernando Ribeiro Mouro, de 55 anos, casado com Maria Adélia da Cruz Martinho Mouro, natural de Montes da Senhora e residente em Aldeia Cimeira, Montes da Senhora, faleceu no dia 15 de Dezembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Montes da Senhora. D. N. 01. 10. 1921 D. F. 21. 11. 2009 Agradecimento Sobreira Formosa: “… Permanecerás eternamente vivo nos nossos corações. Descansa em Paz!” Baptismos: -Laura Rodrigues Nogueira, filha de Paulo Jorge Cardoso Nogueira e de Marta Santos Rodrigues Nogueira, residentes em Almada, foi baptizada na Igreja Matriz de Sobreira Formosa, no dia 19 de Dezembro de 2009. Nas mãos de Deus: - Acácio Sequeira, de 83 anos, casado com Maria do Carmo, natural e residente em Sobreira Formosa, faleceu no dia 30 de Novembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Sobreira Formosa. - Maria dos Prazeres, de 84 anos, casada com António Ribeiro, natural de Sobreira Formosa e residente em Ripanso, Sobreira Formosa, faleceu no dia 03 de Dezembro de 2009 e foi sepultada no cemitério de Sobreira Formosa. - João Alves, de 85 anos, casado com Maria das Neves Ribeira, natural de Sobreira Formosa e residente nas Fórneas, Sobreira Formosa, faleceu no dia 13 de Dezembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Sobreira Formosa. Esposa, filhos, genro, noras e netos agradecem a presença de todas as pessoas que participaram nos sufrágios por alma do seu ente querido, ou que, de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. A todos o nosso Bem Haja. Sobreira Formosa Acácio Sequeira Isna: Nas mãos de Deus: - Manuel Luís, de 100 anos, casado com Maria Ribeira, natural e residente em Isna, faleceu no dia 16 de Novembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Isna. - Luís Cardoso, de 91 anos, solteiro, natural e residente em Isna, faleceu no dia 02 de Dezembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Isna. Ripanso Maria dos Prazeres Acácio Sequeira, de 83 anos de idade, casado com Maria do Carmo, natural e residente em Sobreira Formosa, faleceu no dia 30 de Novembro de 2009 e foi sepultado no cemitério de Sobreira Formosa. Agradecimento Sua esposa, filhos e netos na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio, agradecer a todas as pessoas que se juntaram a eles na sua dor e acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos, muito obrigado. Plangaio entra no próximo ano II edição do Festival do Maranho e Salada de Almeirão divulga sabores ímpares Maria dos Prazeres, de 84 anos de idade, casada com António Ribeiro, natural de Sobreira Formosa e residente em Ripanso, faleceu no dia 3 de Dezembro de 2009 e foi sepultada no cemitério de Sobreira Formosa. Agradecimento Seu marido, filhos e netos na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio, agradecer a todas as pessoas que se juntaram a eles na sua dor e acompanharam a sua ente querida à sua última morada. A todos, bem haja e muito obrigado. A Câmara Municipal de Proença-a-Nova organizou a II edição do Festival do Maranho e Salada de Almeirão que decorreu nos restaurantes aderentes Abrigo, Famado, Pousada, Milita, Felisbelo e Cozinha do Pinhal, registando grande clientela o que permite fazer um balaço positivo deste evento. Os restaurantes aderentes ficaram satisfeitos com a adesão. Quem frequentou os restaurantes pode habilitar-se a um set para vinhos. O sorteio realiza-se durante esta semana na Câmara Municipal. Relembre-se que o maranho e a salada de almeirão são dois produtos típicos do concelho de Proença. No caso da salada de almeirão foi e ainda é um produto consumido tipicamente no inverno. Integrado no Proença Gastronómica, o evento realizou-se de 1 a 8 de Dezembro. O vereador da Cultura da Câmara de Proença, João Manso, já garantiu que no próximo ano ao maranho e à salada juntase o plangaio, um produto típico do concelho, mais propriamente da freguesia de Sobreira Formosa. O festival do próximo ano será então do plangaio, maranho e salada de almeirão. Cada restaurante aderente preparará o plan- gaio à sua maneira. João Manso destaca que o plangaio tem sido pouco divulgado e até desconhecido nalgumas partes do concelho. O responsável adianta ainda que estes três produtos combinam bem a nível de paladar e são marcadamente da região. Não se pode esquecer que o plangaio ainda é confeccionado em muitas casas por altura da matança do porco, pois trata-se de um enchido que leva farinha de centeio e ossos de porcos cortados aos pedacinhos. J.M. regularize a sua assinatura DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA Desabafos: "Profissão e vocação" Ouvi há dias na rádio. A viva voz. Duas pessoas falavam do Rendimento de Inserção Social. Eram dois testemunhos. O primeiro falava da ajuda e da gratidão para com todas as pessoas que haviam ajudado no momento certo. Todo o bem que viera dessa ajuda e o sucesso garantido por ela. Não me escapou a gratidão demonstrada por aqueles que haviam sido essenciais na conseguida ajuda. Era, sem dúvida, uma história de sucesso, a todos os níveis. Não era só no aspecto financeiro mas também nas relações interpessoais estabelecidas entre ajudantes e necessitados. A voz, mais do que as palavras, testemunhava isso mesmo. O segundo testemunho falava de dois aspectos muito importantes não só da ajuda como das já referidas relações interpessoais. Falava da ajuda preciosa que, apesar de pouca, fazia toda a diferença na qualidade de vida da sua família. Este rendimento havia feito toda a diferença! As palavras utilizadas nesse testemunho revelava uma pessoa com uma certa cultura que traduziam também uma certa revolta – todo o triunfo conseguido pela obtenção do R. I. S. havia sido manchado nas relações interpessoais – mostrando o lado mais escuro do mesmo. Revelava a irritada voz que estava sujeita a uma espécie de fiscalização. As pessoas encarrega- das desta, entravam em casa da pessoa interrogando-a sobre aspectos relacionados com as tarefas caseiras. E ela tinha de responder a questões como por exemplo “por que é que não tinha lavado a loiça ou o chão ou não tinha limpo o pó”, o que a irritava sobremaneira, pois viase que, para ela, as “fiscalizadoras” nada tinham a ver com o assunto que ultrapassava claramente o seu foro. Pensando um pouco, e pondo-me na posição daquela voz, compreendo-a perfeitamente. O que não compreendo é o comportamento dessas pessoas. Não entendo como pessoas de formação académica, partindo do princípio que deverão ser assistentes sociais, não mostram um pingo de sensibilidade para com estas questões! Como se estas pessoas não tivessem já problemas que chegassem e alguns deles bem graves! Isto mostra que o curso não faz as pessoas! Elas não têm nada que se meter na vida das pessoas e tratá-las indirectamente como seres inferiores! Foi assim que se sentiu a pessoa entrevistada! Daí a sua queixa! Ou não teria abordado sequer a questão! E é preciso coragem para denunciar estes casos! Podemos mesmo interrogar-nos se tais pessoas terão de facto vocação para a profissão. Fátima Nascimento Escola de ténis quer motivar para a modalidade A Câmara Municipal de Proença-a-Nova vai promover uma Escola de Ténis, que vai abrir em Janeiro. O objectivo é animar os campos de ténis, motivar para a modalidade e diversificar a oferta desportiva no concelho, não se centrando só no futebol. Relembre-se que existem no concelho dois campos e uma parede de treino que não têm tido muita utilização, embora estejam bem equipados. Neste momento está a decorrer a sensibilização junto das escolas do 1º ciclo, onde também foram distribuídas fichas de inscrição. É que a aposta passa primeira por captar os mais no- vos, que se poderão iniciar no ténis. Quem não foi tocado por essas acções de sensibilização pode inscrever-se na secretaria das piscinas municipais. A escola vai funcionar nas categorias de iniciação e aperfeiçoamento. No aperfeiçoamento vai funcionar uma turma. Para o vereador João Manso vão insistir mais na vertente da iniciação, para os mais novos, mas depende das inscrições. As aulas, que serão orientadas pelo professor Carlos Jacinto, terão uma vertente teórica e prática. A Câmara fornece o material, mas cada um pode trazer o seu. J.M. PÁGINA 3 (XVIII) CRÓNICAS DA CONDIÇÃO HUMANA Alfredo Bernardo Serra ALEGRAI-VOS! Hoje vos nasceu um Salvador! É da condição humana a alegria perante o nascimento. Curioso é que o nascimento de um animal tem por sonoridade primeira os berros, gritos de dor da mãe-parturiente. Mas eis que a estes sucedem os gemidos/balidos/pios de nascituro que vê a luz do dia. E no instante seguinte a nova mãe irradia alegria por aconchegar o filho ao peito que o amamenta. Acalenta-se uma nova esperança na vida! Tal como hoje, assim terá sido há dois mil anos na lapa de Belém: nascimento do Filho de Deus feito Homem! Na condição de Mulher, «completaram-se os dias de ela dar à luz» (Mt.1, 25; 2,1) e Maria «teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoira, por não haver lugar para eles na hospedaria.» (Lc.2,7). Na confirmação da profecia, para redenção da humanidade, Nasceu Jesus! Dois mil anos depois, ainda indefesas crianças nascem algures, todos os dias, a todo o instante, sem condições, sem uma simples manjedoira, porém talvez bafejadas por um qualquer burro ou camelo, com susto no estrondo de uma bomba. A outros, até o direito a nascer lhes é negado: é o aborto! Dois mil anos depois de Cristo, Abel continua a ser morto por Caim, seu irmão, por inve- ja… num prato de lentilhas se desnuda o mais baixo da condição humana. Apetece citar D.H. Lawrence: «Quando ensinarás tu às pessoas, Deus da justiça, a salvarem-se a si próprias? Têm sido tantas vezes salvas E vendidas. Oh! Deus da justiça, não envies mais salvadores Do povo! Quando um salvador acabou de salvar um povo Este descobre que aquele o vendeu a seu pai. E diz: fomos salvos , mas morremos de fome. E ele diz: mais cedo comerão o bolo imaginário nas mansões do meu pai. E eles dizem: não nos podes dar um simples pedaço de pão? E ele diz: não, têm de ir para o Céu, e comer um bolo maravilhoso. Ou Napoleão diz: desde que os salvei dos presentes, Vocês pertencem-me, preparem-se para morrer por mim E para trabalhar para mim. Ou mais tarde, dizem os republicanos: estão salvos, Portanto, são os nossos salvados, o nosso capital Com que faremos grandes negócios. Ou diz Lenine: estão salvo, mas estão salvos por atacado. Já não são homens, isto é, burgueses; São items do estado soviético, E cada item terá a sua ração, Mas só o estado soviético conta, Os items são de pouca importância, Já que o estado é que os salvou a todos. E assim, sucessivamente, são as salvações dos povos. Deus da justiça, quando lhes ensinarás a salvarem-se a si próprios?». Mas a Esperança permanece: a redenção da humanidade pelo nascimento de Emanuel (Deus connosco) é celebrada pelo menos uma vez no ano. Porque quando o Homem quiser, será Natal! Porque se mantém vivo o ideal messiânico e o anjo continua a fazer-se ouvir: «Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceuvos um Salvador, que é o Messias, Senhor!» (Lc. 2, 10-11). Proença-a-Nova, 1 de Dezembro de 2009 PÁGINA 4 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 Recordando ... António C. Pinto O Brilho do NATAL! Com o aproximar de Dezembro, começa a grande azáfama da instalação das iluminações de Natal. A extensão dos arcos decorativos é proporcional ao meio onde se inserem, sendo mais vistosos e elaborados os do centro das cidades. Mas este hábito já se expandiu e, actualmente, todas as localidades enchem de luz as suas ruas principais, durante a quadra de Natal e Ano Novo, que se prolonga até ao dia de Reis. Os centros comerciais também aderiram, passando a enfeitar igualmente os átrios com iluminações de Natal. A preparação começa logo a seguir ao S. Martinho e estende-se por todo o mês de Novembro, de modo a que em Dezembro já tudo esteja a funcionar. A iluminação é, em geral, financiada pelas associações de comerciantes ou, onde isso não sucede, asseguram-na as autarquias. O objectivo é atrair clientes às lojas da zona, que têm por isso a preocupação de apresentar montras apelativas. Em espaços públicos dos grandes centros urbanos, são erguidas majestosas árvores de Natal com milhares de luzes, que atraem os visitantes deslumbrados. Em igrejas e locais de índole social constroem-se presépios Póvoa 6150-729 Sobreira Formosa com musgo e figurinhas representativas. As famílias usam montar luzes intermitentes nas varandas das suas casas, enfeitando também o interior dos lares com pinheiros (naturais ou artificiais) repletos de luzinhas a piscar. Devido ao colapso financeiro ocorrido nos Estados Unidos, no terceiro trimestre de 2008, a economia mundial entrou em recessão, gerando Tel. 274 822 855 Telem. 93 834 62 15 uma crise económica e social, com falências e fecho de empresas, originando desemprego e aumentando as situações de carência, que tiveram grande impacto no nosso país. Vale o designado Subsídio de Natal, que permite, tanto ao pessoal no activo como aos reformados e pensionistas, auferir nesta época o dobro do habitual. Pelo facto de haver mais dinheiro e de as pessoas aumentarem a predisposição de comprar, gera-se maior animação no comércio. Além disso, devido ao aperto no orçamento corrente das famílias, projecta-se a aquisição de certos bens e equipamentos para esta altura. E há, ainda, a tradição das prendas de Natal, em que se destacam os brinquedos para as crianças e, para os adultos, sobretudo roupas, livros e objectos pessoais, além de artigos para o lar. Durante o mês de Dezembro, as grandes empresas organizam Festas de Natal para os filhos dos empregados. Idênticos eventos visam grupos de reformados, nos centros de convívio, assim como se festeja o Natal nas creches e nas escolas. Por todo o lado se realizam concertos corais, onde predominam as canções de Natal. O Banco Alimentar recolhe géneros para distribuir pelas instituições de apoio aos necessitados. Os grupos de jovens lançam campanhas de Cabazes de Natal, para ajudarem as famílias mais pobres das suas paróquias, assim como as Conferências Vicentinas e outras organizações caritativas multiplicam as acções de apoio social nesta quadra. Enfim, é toda uma onda de solidariedade em movimento, nesta época de boa vontade. Sendo o Natal a festa das famílias, há um impulso natural para elas se juntarem. Os que vivem fora regressam à terra natal para estarem junto dos seus parentes, que lá continuam a viver. Mesmo quem já perdeu os pais, busca a companhia de tios, irmãos e sobrinhos, e ainda o convívio dos conterrâneos. Tudo se conjuga, assim, para que as cidades se despovoem e a animação se mude para as vilas e as aldeias. Também nas nossas terras as tradições natalícias continuam bem vivas, fazendo-se a “fogueira de Natal”, também designada por “madeiro”, que consiste em juntar no adro da igreja raízes de árvores, popularmente designadas cepas ou toros, e lenha grossa de pinheiro e troncos de sobreiro. O lume é ateado na noite de Natal e à sua volta se reúnem as pessoas para a Missa do Galo, continuando o convívio depois de beijarem o Menino Jesus. Para as donas de casa, a véspera de Natal é um dia de grande azáfama, devido à preparação da Ceia da Consoada. Há que fazer filhozes, coscorões, rabanadas, bolos e Pucariço 6150 - Sobreira Formosa doces de colher. O bacalhau tem de estar demolhado, sendo preciso ir buscar couves ou brócolos para confeccionar esta refeição especialíssima. Portanto, está tudo pronto para uma noite de inesquecível convívio, reunindo-se toda a família à mesa da Consoada, enquanto na lareira crepita o lume, para envolver o calor humano num ambiente ainda mais confortável. O serão é animado e as crianças aguardam ansiosamente a distribuição das prendas. Há muitas maneiras de viver a Quadra Natalícia, sendo importante vislumbrar, no meio de toda esta agitação, que o verdadeiro espírito de Natal assenta sobretudo nos sentimentos. Ir ao encontro dos outros para os acolher e acarinhar é o caminho a seguir. Haja alegria, festa e boa mesa, pois é assim que se manifesta a nossa condição humana. Mas tenhamos presente, que o Natal autêntico é vivido nos nossos corações, dedicando atenção especial às crianças, aos pobres e necessitados, contribuindo cada um para que todos sintam ser este um tempo de amor, paz e fraternidade. A luz vem desse Menino, que há mais de dois mil anos, nasceu em Belém em ambiente pobre e humilde, e nos veio trazer uma mensagem de esperança na vida, por maiores que sejam as dificuldades do tempo actual. Tlm. 968 514 623 Tel: 274 822 365 DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA Madeiras Fátima António & Filhos, Lda Extracção Florestal Atalaia do Ruivo 6150 - 711 Sobreira Formosa Rua das Casegas 6150-737 SOBREIRA FORMOSA Tel./Fax 274 822 811 Telem.93 852 64 61 / 96 600 68 85 PÁGINA 5 A Agência do Banco Santander Totta de Sobreira Formosa, deseja a todos os seus clientes e a toda a população em geral um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo 2010 Estrada Nacional 233 6150-737 Sobreira Formosa Tel. 274 820 100 Fax. 274 820 101 PÁGINA 6 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 Câmara de Proença-a-Nova celebra contrato-programa com o Governo 611 mil 455 euros a atribuir na totalidade em 2010 para os novos Paços do Município O contrato-programa celebrado entre o Governo e e o secretário de Estado da Administração Local da Administração Local prevê a atribuição de uma verba, até ao montante global de 611 mil 455 euros, a atribuir na totalidade em 2010 para os novos Paços do Concelho de Proença-aNova. O objecto do contrato-programa é a remodelação do edifício do antigo colégio-Nova-novas instalações dos Paços do Concelho, cujo investimento elegível ascende a 1 milhão 580 mil e dois euros O contrato prevê a cooperação técnica e financeira. O secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, presidiu à cerimónia de assinatura e homologação do contrato-programa de financiamento do edifício. Mostrando-se satisfeito com o facto deste contrato programa ter como objectivo dotar os Paços do concelho de excelentes condições, realçou ainda que estamos perante aquilo “que podemos chamar uma autarquia exemplar, com as finanças locais equilibradas, com uma gestão de excelência e com o aproveitamento máximo de todos os seus recursos. Recursos usados com parcimónia e de uma forma eficiente”. O presidente da Câmara, João Paulo Catarino, realçou algumas particularidades do edifício, nomedamente o facto de ser um exemplo em termos de eficiência energética, mas tem na estrutura frontal painéis fotovoltaicos que produzirão energia para compensar a energia que o edifício vai consumir”. O autarca sublinhou ainda que nas obras realizadas nos Paços do Concelho tiveram a preocupação de fazer uma obra que fosse funcional, respondesse às necessidades do presente, mas que tivesse também uma visão de futuro. “O secretário de Estado congratulou-se com esta situação, realçando que “ainda por cima faz-se num contexto em que as novas tecnologias tecnológicas e ambientais aparecem aqui um pedaço antes da Cimeira de Copenhaga”. José Junqueiro referiu-se também ao novo processo de tranferência de competências para as autarquias locais, lembrando que “sabemos que ao fazer a transferência de atribuições competências teremos que as fazer acompanhar daquilo que são os respectivos envelopes financeiros”. Lembrou ainda que há inda que dotar os territórios das infra-estruturas básicas, saneamento e acessibilidades, “mas hoje o autarca é um parceiro da saúde, da educação, dos sectores sociais. Hoje nunca pode fazer nada sozinho”. Referiu-se ainda à plataforma informática que está a ser instalada, numa primeira fase, com grande êxito, um trabalho que a DGAL tem feito com grande competência. 80 por cento dos municípios aderiram a este projecto, que é um projecto de desmaterialização e de fazer circular a informação dessa forma. “Na segunda fase queremos que as câmaras possam aderir para proporcionar às pessoas a entrega desmaterializada daquilo que são pro- cedimentos administrativos normais”, informou. Em segundo lugar disse que o Governo tem a circular internamente um conjunto de alterações ao regime jurídico de urbanização e edificação. Refira-se ainda que o contrato-programa produz efeitos a partir do momento da sua assinatura e cessa em 31 de Dezembro de 2010. Serão elegíveis as despesas realizadas desde 1 de Janeiro de 2009. A participação financeira da presidência do Conselho de Ministros contempla os encargos do município com a execução do empreendimento previsto no contrato. J.M. Dia do Idoso em Montes da Senhora À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores realizou-se nopassado dia 8 de Dezembro, em Montes da Senhora, o Dia do Idoso. Esta iniciativa, organizada pela Comissão da Casinha de Xisto, um grupo preocupado em desenvolver iniciativas de valorização da população mais carenciada, repetiu com sucesso a ideia de juntar idosos provenientes da Freguesia dos Montes da Senhora para, em alegria e confraternização, os juntar à volta da mesma mesa. A ementa foi servida, no Centro Paroquial, pelo Restaurante Milita e a população ajudou com iguarias e financeiramente de maneira a que os idosos pudessem ter um dia bem passado. O Presidente da Freguesia, amavelmente convidado pela Comissão, esteve presente e reforçou a disponibilidade do seu Executivo para apoiar todas as iniciativas em prol da socialização da população. No final houve animação e a D. Maria “Lameiras” em uníssono com alguns presentes, brindou os idosos com um momento declamativo e musical. Esperemos que esta iniciativa se continue a repetir por muitos anos! Prof. António João Tintas Dyrup - Ferragens - Vidraria - Venda e Montagem de Ar Condicionado PIONEER - Pavimentos e Varões para Cortinados Tudo para Decoração - Grande Exposição de Louças e Artigos Sanitários - Cassetes de Lareira - Móveis de Casa de Banho Aquecimento Central. Email: [email protected] - Telem. 936 352 213 SEDE: Estrada da Isna, 27 - Telef. 274 822 157 - Telef./Fax 274 822 215 Apartado 3 - 6150-737 SOBREIRA FORMOSA SUCURSAL: Rua Comendador Sebastião Alves - Tel./Fax 274 672 868 6150-415 PROENÇA-A-NOVA DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA PÁGINA 7 PÁGINA 8 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 eguesia de Sobr A Junta de Fr Sobreira Freguesia eira Formosa deseja a toda a população Boas Festas de Natal e Feliz Ano Novo Santa Casa da Misericórdia A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Sobreira Formosa deseja um Santo Natal e um Feliz Ano Novo a todos os benfeitores, irmãos, funcionários, utentes e amigos desta Instituição. Rua Cláudio Dias Lourenço, nº 65 6150-737 Sobreira Formosa Telef. 274 822 468 DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA PÁGINA 9 ANO SACERDOTAL Caminhada de Advento Reflexão promovida pelo Conselho Pastoral Paroquial em “Caminhos de Luz” ... para viver o Natal em Família “Jesus Cristo: minha Fé e minha Esperança!” [Jacob] Teve um sonho: viu uma escada apoiada na terra, cuja extremidade tocava o céu; e, ao longo desta escada, subiam e desciam mensageiros de Deus. Por cima dela estava o Senhor, que lhe disse: Estou contigo e protegerte-ei para onde quer que vás e reconduzir-te-ei a esta terra, pois não te abandonarei antes de fazer o que te prometi. Despertando do sono, Jacob exclamou: «O Senhor está realmente neste lugar e eu não o sabia!» Gén 28, 12-13a.15-16 No âmbito das actividades programadas para este ano pelo Conselho Pastoral Paroquial de Sobreira Formosa, realizouse no passado dia 5 de Dezembro, no salão paroquial de Sobreira Formosa, uma sessão de formação e reflexão subordinada ao tema "Vivência do Ano Sacerdotal", aproveitando o facto de o presente ano ter sido proclamado pelo Santo Padre como Ano Sacerdotal. Foi uma reflexão aberta a toda a comunidade das paróquias de Sobreira Formosa, Montes da Senhora e Alvito da Beira que largas dezenas de cristãos quiseram aproveitar do conhecimento, da experiência e vivência pessoal que o P. Nuno Folgado, actualmente responsável diocesano pelo Se- cretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocações, de forma cativante e esclarecedora nos apresentou. Entre os muitos aspectos, a sua intervenção proporcionou aos presentes uma ajuda na compreensão da actual situação da nossa diocese, no que aos sacerdotes diz respeito, a importância do papel e missão dos sacerdotes na Igreja e na sociedade actual, bem assim as acções concretas que estão a ser desenvolvidas no que toca à sensibilização dos jovens para a missão sacerdotal. Foi também a propósito dado o testemunho pessoal pelo seminarista Gilberto que, de forma simples, nos contou o seu percurso vocacional até ao presente momento, especificando os pontos e os contactos pessoais que mais o marcaram nesta caminhada. Seguiu-se por fim, um diálogo com a assembleia, no qual foi dada a oportunidade de serem feitas perguntas ou outras considerações sobre o assunto o que veio a demonstrar a utilidade deste tipo de acções para quem se preocupa e quer crescer na fé. Apesar da presença de tantos, constatou-se que o momento poderia ter sido aproveitado por mais elementos, inclusivé, elementos pertencentes aos Conselhos Pastorais e Movimentos. Fica a nota de que outras acções deste género serão programadas pelo Conselho Pastoral, apelando-se à participação de todos, quando as mesmas forem anunciadas. 6150-737 SOBREIRA FORMOSA (Proença-a-Nova) Telef. 274 822 792 O Natal é a grande festa da família. E é em família que os catequizandos são convidados a viver este tempo de Advento na preparação do acolhimento de Jesus Cristo que vem. Esta caminhada é uma oportunidade para reforçar o papel importante da família como “Igreja doméstica”, isto é, Igreja presente na casa familiar, primeira célula viva da família maior que é a Igreja, primeira expressão incarnada da comunhão que caracteriza a comunidade cristã. Assim surgiu uma proposta que foi apresentada a toda a Paróquia a partir da catequese e um desafio para a família . Foi proposto que, em cada família e na comunidade, se construisse uma «Coroa de Advento» e o presépio fosse aparecendo à medida que se caminhava. Cada uma das quatro velas que era acesa em cada domingo, seria o sinal de uma característica concreta desta espirituali- dade de comunhão vivida na família e com os outros: oração, escuta e diálogo, partilha e serviço. Simultaneamente, no início de cada celebração dominical, a imagem do "Menino Jesus" ia descendo a escada (um degrau em cada domingo) e na noite de Natal estará na "cabana", o centro do presépio. Ao mesmo tempo, foi escolhido um lema para esta mesma caminhada através da construção de uma frase que dizia: “Jesus Cristo: minha Fé, minha Esperança!” e no dia de Natal irá acrescentar-se ao lema a palavra “Nasceu”. Este é também um tempo oportuno para crescer no espírito de partilha. Por isso, paralelamente a todas estas dinâmicas, foi colocado um "Cabaz de Natal" junto ao local do presépio e toda a comunidade, incluindo todos os catequisandos foram convidados a trazer alguma coisa a favor das pessoas mais pobres da Paróquia. Essa mesma partilha irá realizar-se a partir do último domingo do Advento. E vai-se dando conta, a cada momento com maior nitidez, de que o Natal cristão está a ficar muito escondido dentro das nossas casas, igrejas, e até dentro de nós próprios. O consumismo e a publicidade, a rotina e a indiferença são também algumas razões que têm eclipsado o sentido da vida, o sentido da fé e da esperança. Sem ficarmos fora da órbita da vida, precisamos de corrigir o percurso da vida cristã: não só não podemos perder o sentido do Natal hoje, como também precisamos de o desenvolver sempre mais no suporte de uma fé, esclarecida e forte, para uma vivência da esperança, fundamentada e comprometida. A caminhada da preparação para o Natal não é mais um adorno exterior. O Natal não é o passado histórico, mas é o presente da fé. PÁGINA 10 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 Festa de Natal da Catequese na Sobreira Formosa apresentar a sua Festa de Natal. Houve canções natalícias várias, poesias, dramatizações e um teatro natalício. As catequistas prepararam uma mensagem com um "Feliz Natal 2009" e, no final da festa, através das mãos do P. Luís, foi entregue a cada participante (tanto catequistas como catequisandos) a fita com a mensagem. Após a canção "A todos um bom Natal", começaram os preparativos para o lanche partilhado onde todos os presentes aproveitaram para conviver e No passado dia 13 de Dezembro, a catequese paroquial de Sobreira Formosa celebrou a sua Festa de Natal. Tudo começou com a participação da catequese na missa paroquial, às 14h00. Durante a homilia, o Pároco, o P. Luís Manuel, em diálogo com os catequisandos, aproveitou para explicar o sentido do Natal e a caminhada de Advento que em comunidade estava a ser proposta e vivida para depois concluir que a verdadeira alegria passava pela partilha dos nossos bens com os outros nossos irmãos e em particular com os mais necessitados. E no ofertório da Eucaristia, houve oportunidade para a partilha. Cada grupo de catequese organizou-se e através de um elemento a representar todo o grupo fez chegar ao "Cabaz do Natal" a sua partilha a favor dos mais carenciados da Paróquia. Também alguns adultos se incorporaram no ofertório solene e deixaram no cabaz a sua generosidade. No final da celebração da Eucaristia, todos foram convidados a deslocaram-se para o salão da Casa do Povo da Sobreira Formosa onde a catequese paroquial iria realizar e petiscar à volta da grande mesa de repasto. E o convívio fechou com chave de oiro porque o Marcelo fazia anos e todos lhe cantaram os "Parabéns a você". E como agradecimento, a mãe do Marcelo partiu para todos um grande bolo de aniversário. De facto, foi uma festa simples mas cheia de significado e de animação. E toda a catequese está de parabéns porque correu muito bem e foi um momento importante que entusiasmou os presentes desde os mais pequenos aos mais velhos. DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA PÁGINA 11 Cabrito Estonado de Oleiros Espectáculo de Magia e Luz regulamentado segundo normas deslumbra em Oleiros Foi publicado, no passado dia 20 de Novembro, em Diário da República, o Despacho que viabiliza a continuidade da produção de Cabrito Estonado, sem prejudicar as adequadas condições de segurança alimentar. Este despacho n.º 25483/2009 estabelece as derrogações ao disposto no Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril, para a produção de cabrito e borrego com cabeça e fressura, bem como para o caso específico do “cabrito estonado”. As iluminações do Natal de 2009 na vila de Oleiros já se encontram em funcionamento desde o passado dia 1 de Dezembro. Uma chuva de estrelas invadiu Oleiros, proporcionando a todos um espectáculo de magia e de cor. Esta é já uma tradição do Natal oleirense que vem iluminando, ano após ano, os corações de quem visita a sede daquele concelho durante esta quadra. Nesta edição, as iluminações apresentam-se com um décor mais “quente” e aconchegante. Vale a pena vir até Oleiros nestes dias e sentir a magia deste Natal. Recorde-se que o referido Regulamento estabelece as regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal e que continha descritas normas que inviabilizavam a utilização de métodos tradicionais de produção para estes casos. A constituição das carcaças (com ou sem fressura) e o processo de “estonar” passam assim a estar regulamentados, garantindo a continuidade da produção desta especialidade exclusiva de Oleiros de acordo com as mais apertadas normas europeias. Exposição “O Presépio” Está patente, no Posto de Turismo de Oleiros, até ao dia 6 de Janeiro, a exposição “O Presépio”, da autoria de Luís Alenquer. “A dureza dos materiais usados, a pedra, a madeira e o ferro, são as características mais fortes na composição das suas obras”. Segundo o autor, “a criação artística propõe reflexões aber- tas sobre o homem e a sua essência, as limitações e intransigências, emergindo em dois planos, o da matéria e o do espírito, como algo que se desprende do mundo real, do sensível para o inteligível”. O poder das imagens visuais “captam o olhar e a atenção, representando a escultura um compromisso do artista com o outro, um diferente olhar…” Piscinas Municipais abriram há 3 anos Após a celebração da Semana do Natal, segue-se a “Semana do Aniversário”, coincidindo esta com os festejos do 3.º Aniversário da abertura das Piscinas Municipais. Apetrechada com os melhores equipamentos, esta infra-estrutura é já um dos “ex-líbris” do concelho e assume-se como uma referência a seguir por outros espaços semelhantes da região. PÁGINA 12 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 Visita Pastoral à Paróquia do Alvito da Beira Foi com muito entusiasmo e carinho que a comunidade cristã se mobilizou para acolher o seu Pastor, D. Antonino Dias, no dia 4 de Dezembro de 2009 que vai ficar na memória e no coração de todos. Logo pelas 10h00, um bom grupo de cristãos se concentrou junto à porta do cemitério do Alvito para aí acolher o Bispo Diocesano e juntos rezarem pelos defuntos. Após uns breves momentos de troca de impressões e de oração, o Senhor Bispo, acompanhado pelo Pároco, pelo Sr. Ramiro e D. Adília, deslocou-se até à escola da Dáspera, local escolhido para o encontro, e aí reuniu com a gente do lugar. Depois de ouvir todos e de deixar uma palavra de alento, o Sobraínho dos Gaios era o próximo rumo. Só que, inesperadamento porque foi sem conhecimento do pároco, a Mó fez questão de brindar o Senhor Bispo e seus acompanhantes, com um vistoso "pequeno almoço" que todos apreciaram. Pelas 11h30, era a vez do Sobraínho dos Gaios que se concentrou também no cemitério e aí o Senhor Bispo dirigiu a todos umas breves palavras, seguidas de oração. Mas o momento alto do Sobraínho dos Gaios foi na Capela de Nossa Senhora das Necessidades. A Capela estava repleta não só com pessoas que vivem habitualmente nos diferentes lugares Mensagem do Senhor Bispo, escrita no livro de visitas da Capela da Herdade Aos quatro dias do mês de Dezembro do ano de dois mil e nove visitei este lugar da Herdade e reuni com todos os seus habitantes nesta Capela de São João Baptista onde conversamos sobre assuntos relacionados com a sua vida local, a vivência da sua fé e sobre esta própria Capela que continua asseada e muito bem cuidada. Parabéns aos habitantes do lugar e a quem cuida da Capela e que o Senhor aqui continue a ser amado e escutado através da Palavra e Oração. Herdade, 4 de Dezembro de 2009 + Antonino Eugénio Fernandes Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco, em Visita Pastoral à paróquia de Alvito da Beira. da Capelania (Sobraínho, Vales e Cerejeira) mas também com pessoas vindas de propósito de terras distantes, como por exemplo: da zona de Lisboa e Castelo Branco. Finda a celebração, houve almoço servido por um restaurante da zona para mais de 90 pessoas, no salão da Associação local que desde a primeira hora manifestou a sua disponibilidade e vontade de participar no envento eclesial. Apesar de todos se sentirem muito bem e animados pela presença do Bispo Diocesano, era necessário rumar para outras paragens que já esperavam também a visita e, desta vez, eram os doentes acamados do lugar do Alvito que o Senhor Bispo quis visitar todos pessoalmente e deixar uma palavra de ânimo que muito os alegrou. Como a Cooperativa se encontrava a laborar, também esta teve a visita do Prelado que não só quis ver o seu funcionamento como também se quis inteirar das diversas dificuldades que acompanham o dia a dia dos responsáveis. Por volta das 16h00, foi a vez da Herdade. Todos os habitantes do lugar se encontravam à porta da Capela para acolher o Senhor Bispo. Após o acolhimento e o cumprimento pessoal do Senhor Bispo a cada um, como aliás se repetiu durante todo o dia, a reunião aconteceu dentro da Capela (ver caixa ao lado). Depois do diálogo aberto e franco, teve lugar a visita a uma doente. Também esta comunidade quis fazer festa preparando na Associação um grandioso banquete que chegaria, à vontade, para outros tantos. Após mais este convívio, o Senhor Bispo regressou ao Alvito para aí se encontrar, desta vez, com a Junta de Freguesia onde foi inteirado das situações da freguesia por todos os membros do executivo. E enquanto decorriam as visitas, já a comunidade cristã se havia concentrado na Igreja a partir das 17h00 para iniciar a adoração ao Santíssimo Sacramento que terminou às 18h00 com a bênção do Santíssimo pelo Senhor Bispo. Às 18h00, iniciou-se a cele- bração da Eucaristia com muita participação do povo. O Senhor Bispo foi repetindo ao longo do dia que estas visitas pastorais seriam para repetir de cinco em cinco anos conforme prevê o direito canónico. E mais uma vez, a comunidade se mostrou agradada com a proposta de acção pastoral. Finda a missa, também a sede de freguesia se organizou para o jantar. Este foi servido no salão da Junta de Freguesia que foi pequeno para abarcar todos os interessados. Por falta de espaço, não foi possível aceitar todos e várias famílias ficaram privadas de participar no jantar. E a jornada pastoral terminou em ambiente festivo com um grande agradecimento por parte do Senhor Bispo pelo acolhimento e dedicação de todas as pessoas que deram um novo rosto de esperança do modo de ser Igreja. No domingo, dia 6 de Dezembro, às 15h00, a comunidade cristã representada por pessoas de todos os lugares, concentrava-se na Igreja, até para fugir ao temporal que se fazia sentir, a aguardar de novo o Senhor Bispo para fazer o encerramento da Visita Pastoral. A celebração foi muito participada por todos, sendo de realçar a presença do grupo coral que deu muita animação à vivência da Eucaristia que, de modo muito solene, criou nas pessoas muita concentração. Apesar da muita chuva, as pessoas ficaram contentes e o Senhor Bispo também. DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA PÁGINA 13 Palavra de Vida de Janeiro de 2010 «Ele habitará com eles; eles serão o seu povo» [cf. Ap 21, 3]. (1) segundo a vontade de Deus; para S. João Crisóstomo, é amar como Jesus amou; para Teodoro Studita é o amor recíproco; e para Orígenes é o acordo de pensamento e de sentimentos para alcançar a concórdia que «une e contém o Filho de Deus» (2). Mas é no ensinamento de Jesus que está o segredo para fazer com que Deus habite no meio de nós: «Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei» (cf. Jo 13, 34). O amor recíproco é o segre«Esta é a morada de Deus entre os homens. do da presença de Deus. «Se nos amarEle habitará com eles; eles serão o seu povo e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus» (Ap 21, 3). mos uns aos outros, Deus permanece em nós» (1 Jo 4, 12), pois: «Onde estiverem A Palavra de Deus deste mês interpe- nos revelou. E foi justamente esse o dois ou três reunidos em meu nome, Eu la-nos: se queremos fazer parte do Seu significado da Sua vinda: comunicar-nos estou no meio deles» (Mt 18, 20), disse povo, temos que O deixar viver entre a Sua comunhão de amor com o Pai, a fim Jesus. nós. Mas como será possível realizar de que também nós a vivamos. isto? Nós, cristãos, podemos viver desde «Ele habitará com eles; O que fazer para saborearmos um já esta frase e ter Deus no meio de nós. eles serão o seu povo». pouco, já aqui na Terra, daquela alegria Ter Deus no meio de nós requer – como sem fim que teremos ao contemplarmo afirmam os Padres da Igreja – determiPortanto, não é inalcançável nem está Deus? Foi isto precisamente que Jesus nadas condições. Para S. Basílio, é viver assim tão longe o dia em que se vão De 18 a 25 de Janeiro, em muitos lugares do mundo, celebra-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Noutros, celebra-se no Pentecostes. Como sabemos, Chiara geralmente fazia o comentário sobre o trecho bíblico que era escolhido para essa ocasião, com a Palavra de Vida desse mês. Este ano a frase bíblica para a Semana de Oração é: «Vós sois as testemunhas destas coisas» (Lc 24, 48). Para nos ajudar a vivê-la, propomos este texto de Chiara que é um “apelo insistente” para que nós, cristãos, testemunhemos ao mundo a presença de Deus. José Verganista Martins, Lda. Estrada Nacional nº 233 (junto à Casa do Povo) 6150-737 SOBREIRA FORMOSA Telef. (351) 274 822 213 Fax (351) 274 822 757 Telemóvel 939 755 138 realize a presença de Jesus entre as pessoas. Não poderemos fazer nada se esta presença não estiver garantida. Presença que dá sentido à fraternidade sobrenatural que Jesus trouxe à Terra para toda a humanidade. «Ele habitará com eles; eles serão o seu povo». Mas cabe sobretudo a nós, cristãos – embora pertencendo a várias comunidades eclesiais –, apresentar ao mundo a beleza de um único povo, feito de pessoas de todas as etnias, raças e culturas; de adultos e de crianças; de doentes e de sãos. Um único povo do qual se possa dizer, como se dizia dos primeiros criscumprir todas as promessas da Antiga tãos: «Vede como se amam e estão pronAliança: «A minha morada será no meio tos a dar a vida uns pelos outros». É este o “milagre” que a humanidade deles. Serei o seu Deus e eles serão o aguarda para poder voltar a ter esperanmeu povo» (Ez 37, 27). Tudo isso já se realiza em Jesus, que, ça. É um contributo necessário para o para além da sua existência histórica, progresso ecuménico, para o caminho continua a estar presente entre aqueles até à unidade plena e visível dos cristãos. que vivem segundo a nova lei do amor É um “milagre” que está ao nosso alcanrecíproco, ou seja, segundo aquela nor- ce, ou melhor, ao alcance d’Aquele que, ma que os constitui como um povo, o habitando entre os seus unidos pelo amor, pode modificar o destino do mundo e povo de Deus. Esta Palavra de Vida é, pois, um conduzir a humanidade inteira para a apelo insistente (dirigido sobretudo a nós, unidade. cristãos) para testemunharmos, com o Chiara Lubich amor, a presença de Deus. «Por isto é que todos conhecerão que sois meus 1) Palavra de Vida, Janeiro de 1999, discípulos: se vos amardes uns aos oupublicada em Città Nuova 1998, n.º 24, p. 59; tros» (Jo 13, 35). 2) Comment. In. Matth., XIIl, 15, PG 13, 1131. O mandamento novo, vivido assim, estabelece as condições para que se Telem.: 934 115 065 Giesteiras Cimeiras 6150-721 Sobreira Formosa Abel A. Vaz & Correia, Lda RECTROESCAVADORAS . CAMIÕES . BASCULANTES Rua Vila Melhorada, nº 29 6150-554 Proença-a-Nova TLM. 93 609 27 10 PÁGINA 14 ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 Bento XVI alerta para crise ecológica Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2010, apresentada no Vaticano, pede respostas «verdes» e nova solidariedade global 1. Por ocasião do início do Ano Novo, desejo expressar os mais ardentes votos de paz a todas as comunidades cristãs, aos responsáveis das nações, aos homens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro. Para este XLIII Dia Mundial da Paz, escolhi o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. O respeito pela criação reveste-se de grande importância, designadamente porque «a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus» e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem para com o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu (...) 2. Na encíclica Caritas in veritate, pus em realce que o desenvolvimento humano integral está intimamente ligado com os deveres que nascem da relação do homem com o ambiente natural, considerado como uma dádiva de Deus para todos, cuja utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente os pobres e as gerações futuras. (...) Pelo contrário, conceber a criação como dádiva de Deus à humanidade ajuda-nos a compreender a vocação e o valor do homem (...) 3. Há vinte anos, o Papa João Paulo II chamava a atenção para a relação que nós, enquanto criaturas de Deus, temos com o universo que nos circunda. «Observa-se nos nossos dias – escrevia ele – uma consciência crescente de que a paz mundial está ameaçada (…) também pela falta do respeito devido à natureza» (...) 4. (...) Pode-se porventura ficar indiferente perante as problemáticas que derivam de fenóme- nos como as alterações climáticas, a desertificação, o deterioramento e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais? (...) 5. Entretanto tenha-se na devida conta que não se pode avaliar a crise ecológica prescindindo das questões relacionadas com ela, nomeadamente o próprio conceito de desenvolvimento e a visão do homem e das suas relações com os seus semelhantes e com a criação. (...) Exige-o o estado de saúde ecológica da terra; reclama-o também e sobretudo a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas há muito tempo que se manifestam por toda a parte. A humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos. (...) 6. Porventura não é verdade que, na origem daquela que em sentido cósmico chamamos «natureza», há «um desígnio de amor e de verdade»? O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade». (...) 7. (...) O Concílio Ecuménico Vaticano II lembrou que «Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos». Por isso, a herança da criação pertence à humanidade inteira. Entretanto o ritmo actual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração actual, mas sobretudo para as gerações futuras. (...) Quando se lança mão dos recursos naturais, é preciso preocupar-se com a sua preservação prevendo também os seus custos em termos ambientais e sociais, que se devem contabilizar como uma parcela essencial da actividade económica. (...) Para proteger o ambiente e tutelar os recursos e o clima é preciso, por um lado, agir no respeito de normas bem definidas mesmo do ponto de vista jurídico e económico e, por outro, ter em conta a solidariedade devida a quantos habitam nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras. 8. Na realidade, é urgente a obtenção de uma leal solidariedade entre as gerações. Os custos resultantes do uso dos recursos ambientais comuns não podem ficar a cargo das gerações futuras. (...) O uso dos recursos naturais deverá verificar-se em condições tais que as vantagens imediatas não comportem consequências negativas para os seres vivos, humanos e não humanos, presentes e vindouros; que a tutela da propriedade privada não dificulte o destino universal dos bens; que a intervenção do homem não comprometa a fecundidade da terra para benefício do dia de hoje e do amanhã. (...) A crise ecológica manifesta a urgência de uma solidariedade que se projecte no espaço e no tempo. (...) 9. Um dos nós principais a FICHA TÉCNICA: Ecos da Sobreira Mensário Regionalista fundado em 26 de Fevereiro de 1972 Propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Sobreira Formosa NIF 501 213 775 Nº Registo ICS 101609 Fundador: P. José Esteves Administrador, Editor e Director: P. Luís Manuel Antunes Alves (cart. prof. nº TE-500) Administração e Redacção: Casa Paroquial Largo P. Manuel Vaz 6150-737 SOBREIRA FORMOSA Contactos: 274 822 165; 96 604 72 80; 93 655 84 50 Email: [email protected] [email protected] [email protected] http://www.paroquiadesobreira.com enfrentar pela comunidade internacional é, sem dúvida, o dos recursos energéticos, delineando estratégias compartilhadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades de energia da geração actual e das gerações futuras. (...) Deste modo, a crise ecológica oferece uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta colectiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direcção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores próprios da caridade na verdade. (...) 10. A fim de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, o homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam. (...) A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas. De igual modo deve-se procurar apropriadas estratégias de de- senvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias, sendo necessário também elaborar políticas idóneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza. (...) Enfim, é necessário sair da lógica de mero consumo para promover formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos. A questão ecológica não deve ser enfrentada apenas por causa das pavorosas perspectivas que a degradação ambiental esboça no horizonte; o motivo principal háde ser a busca duma autêntica solidariedade de dimensão mundial, inspirada pelos valores da caridade, da justiça e do bem comum. Por outro lado, como já tive ocasião de recordar, a técnica (...) insere-se no mandato de “cultivar e guardar a terra” (cf. Gn 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há-de ser orientada para reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente em que se deve reflectir o amor criador de Deus». 11. É cada vez mais claro que o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes, muitas vezes insustentáveis do ponto de vista social, ambiental e até económico. Torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade que induza a todos a adoptarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento». (...) Todos somos responsáveis pela protecção e cuidado da criação. Tal responsabilidade não conhece fronteiras. Segundo o princípio de subsidiariedade, é importante que cada um, no nível Colaboradores: José Ribeiro da Cruz; António C. Pinto; Victor Bairrada; Manuel Lourenço Soares; Francisco Cabral; Fernando Vaz Dias; Paula Agostinho, José Luís Simões, Maria do Rosário Alves, Rosário Bairrada, Paulo Marques, Francelina Sousa, Alfredo Bernardo Serra, Teresa Ribeiro. Publicidade: João Manuel Grilo Lobo, Francisco Manso Cardoso e Carlos Manuel Delgado Alves Impressão: Jornal “Reconquista” - Castelo Branco - 1.200 exemplares Assinatura Anual - 7,50 Euros (Portugal); 14, 00 Euros (Europa); 18,00 Euros (Resto do Mundo) O pagamento da assinatura pode ser feito pessoalmente no Cartório Paroquial , de segunda a sexta-feira, das 9h30-12h30 e 14h30-18h30, ou através de cheque, vale correio ou transferência bancária para o Banco Santander Totta NIB 001800000901713200177 à ordem de Ecos da Sobreira (enviando o comprovativo). DEZEMBRO 2009 ECOS DA SOBREIRA Bento XVI alerta para crise ecológica que lhe corresponde, se comprometa a trabalhar para que deixem de prevalecer os interesses particulares. (...) Além disso, é preciso lembrar a responsabilidade dos meios de comunicação social neste âmbito, propondo modelos positivos que sirvam de inspiração. 12. A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo. Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, «quando a “ecologia humana”é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental». Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social. Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros. (...) 13. Por fim não se deve esquecer o facto, altamente significativo, de que muitos encontram tranquilidade e paz, sentem-se renovados e revigorados quando entram em contacto directo com a beleza e a harmonia da natureza. Existe aqui uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós. Por outro lado, uma visão correcta da relação do homem com o ambiente impede de absolutizar a natureza ou de a considerar mais importante do que a pessoa. (...) A Igreja convida a colocar a questão de modo equilibrado, no respeito da «gramática» que o Criador inscreveu na sua obra, confiando ao homem o papel de guardião e administrador responsável da criação, papel de que certamente não deve abusar mas também não pode abdicar. Com efeito, a posição contrária, que considera a técnica e o poder humano como absolutos, acaba por ser um grave atentado não só à natureza, mas também à própria dignidade humana. 14. Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. A busca da paz por parte de todos os homens de boa vontade será, sem dúvida alguma, facilitada pelo reconhecimento comum da relação indivisível que existe entre Deus, os seres humanos e a criação inteira. Os cristãos, iluminados pela Revelação divina e seguindo a Tradição da Igreja, prestam a sua própria contribuição. Consideram o cosmos e as suas maravilhas à luz da obra criadora do Pai e redentora de Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, reconciliou com Deus «todas as criaturas, na terra e nos céus» (Cl 1, 20). Cristo crucificado e ressuscitado concedeu à humanidade o dom do seu Espírito santificador, que guia o caminho da história à espera daquele dia em que, com o regresso glorioso do Senhor, serão inaugurados «novos céus e uma nova terra» (2 Pd 3, 13), onde habitarão a justiça e a paz para sempre. Assim, proteger o ambiente natural para construir um mundo de paz é dever de toda a pessoa. Trata-se de um desafio urgente que se há-de enfrentar com renovado e concorde empenho; é uma oportunidade providencial para entregar às novas gerações a perspectiva de um futuro melhor para todos. Disto mesmo estejam cientes os responsáveis das nações e quantos, nos diversos níveis, têm a peito a sorte da humanidade: a sal- PÁGINA 15 (cont. da pág. 14) vaguarda da criação e a realização da paz são realidades intimamente ligadas entre si. Por isso, convido todos os crentes a elevarem a Deus, Criador omnipotente e Pai misericordioso, a sua oração fervorosa, para que no coração de cada homem e de cada mulher ressoe, seja acolhido e vivido o premente apelo: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. Vaticano, 8 de Dezembro de 2009 BENEDICTUS PP. XVI Hermano Monteiro, ELECTRICISTA Material eléctrico - Bombas de rega, Electrodomésticos e Móveis Telem.: 932 376 322 Telef.: 274 822 376 6150 SOBREIRA FORMOSA Telem. 919 832 569 6150-737 SOBREIRA FORMOSA Carpintaria - Móveis por medida, etc FUNERAIS - TRANSLADAÇÕES - FLORES ARTIGOS RELIGIOSOS AZINHARIAS, Nºs 76 e 78 6150-570 PROENÇA-A-NOVA Tel. 274 671 678 272 949 327 Tlm. 964 062 625 ÚLTIMA PÁGINA ECOS DA SOBREIRA DEZEMBRO 2009 INSTITUTO DE S.TIAGO EDITORIAL Chegaram Novos horizontes as Férias de Natal “Anuncio-vos uma grande alegria… nasceu-vos o Salvador.” Reencontro com a família, com os amigos que vêm de todo o lado, para a sua terra natal, ou terra natal dos pais e avós… Não vou dizer que é tempo de partilha, fraternidade, esperança, e todo o tipo de palavras com que se rotula esta época do ano, e que por vezes escondem a realidade. Posso dizer que esta é uma altura de convívio e de alguma alegria, momento para reflectirmos sobre o que passou, somarmos e agradecermos as conquistas e multiplicarmos as forças para vencer novas batalhas no ano novo vindouro, analisando cada meta cumprida e projectando novos desafios para o ano que se inicia. É uma altura em que toda a gente apesar da sua situação encontra sempre tempo para passar com as pessoas que lhes são especiais. Este é o Espírito de Natal…e foi com este espírito que no passado dia 18 de Dezembro para comemorar o encerramento do 1.º período a comunidade educativa do Instituto de S.Tiago, à semelhança de anos anteriores, promoveu a sua tradicional festa de Natal. Depois de uma tarde de ensaios e de um lanche servido no refeitório da escola com as célebres filhós, o momento áureo foi a celebração da Eucaristia na Igreja Matriz de Sobreira Formosa. O Padre Luís Manuel falou de fé. É Natal! Luzes, cores, música, mas é sobretudo gratidão a Deus. “Para se sentir o Natal é preciso ter Fé”! Que este Natal seja para todos nós o abrir de portas de par em par à vinda de Deus Menino e que Ele nos ajude a recolocar as nossas vidas num projecto de esperança! Este foi também um momento privilegiado para a comunidade educativa apresentar alguns dos projectos culturais da escola. Durante mais de duas horas todos os alunos protagonizaram a festa de Natal. Música e teatro foram alguns dos ingredientes que fizeram parte do reportório da festa onde os intervenientes mostraram algum do seu talento, trabalhado ao longo do ano lectivo com os professores que os acompanham na dinamização destas actividades. Esta é uma festa pelos alunos e para os alunos. Contou com a colaboração dos professores, funcionários e da direcção da escola, mas sem dúvida que a festa é deles. Aliás, a escola é e será sempre dos alunos! A festa terminou no Restaurante Felisbelo, num convívio saudável entre professores e funcionários da Escola. O importante não foi a ementa, mas o clima de dinâmica e salutar convivência, que nos ajuda a aproximar e nos permitiu rir e brincar com um qualquer “amigo secreto”. Um Santo e Feliz Natal para toda a comunidade e um ano de 2010 repleto de saúde e esperança. Esta é a notícia com mais de 2000 mil anos, mas sempre nova, que volta a encher os nossos corações. É tempo de a ESCUTAR! Mais uma vez o Natal chegou. Mais uma vez somos convidados a recordar e celebrar o mistério infinito de um Deus que por amor ao homem vem nascer na humildade de uma gruta. É este o acontecimento central que celebramos no Natal. Aqui se radica a fonte de toda a esperança cristã e a certeza de que a redenção da humanidade se cumpria em Jesus, o filho de Deus, que, sem deixar de ser Deus, assume a natureza humana, fazendo-se um de nós. O Natal é a celebração do amor de Deus por toda a humanidade e a melhor forma de o celebrar será não desviando os olhos desse mistério central. Todas as manifestações festivas devem partir deste mistério e serem dele expressão. De facto, é à volta do presépio que deve girar o Natal do cristão, por isso, fazer um presépio na nossa casa deve ter prioridade sobre toda e qualquer decoração natalícia. Com efeito, vive-se o Natal, acolhendo no mais íntimo de nós mesmos esta grande alegria da vinda do Senhor Jesus, participando nos sacramentos e celebrações comunitárias, a REZAR, renovando o nosso amor para com todos, respondendo assim ao amor sem limites que Deus nos tem. Os cartões de boas-festas, a união da família, a troca de presentes são também expressões deste ambiente natalício. Contudo, muitas vezes estes valores são ofuscados pelos valores ocos da nossa sociedade consumista. As celebrações são substituídas pelas compras, o presépio dá lugar a outros ornamentos, a reunião da família a férias exóticas… E o Natal parece ir perdendo o seu sentido cristão. No entanto, no coração de muitos o Natal continuará a ser motivo de alegria e esperança. Que o Natal é necessário todos o sentimos e reconhecemos. O Natal é a força motriz onde as pessoas vão buscar luz, energia e ânimo para acreditar que a vida tem sentido e o mundo pode e deve ser muito melhor. E é neste sentido que devem ser entendidas as inúmeras mensagens e saudações, as distâncias vencidas e os gestos de proximidade, os presentes repartidos e os esforços para reunir famílias. O Deus menino nasceu pobre numa gruta de Belém, de braços estendidos, abertos ao nosso abraço. E a melhor maneira de abraçar esse Deus feito menino é abraçar os que nos rodeiam, de perto ou de longe, na certeza de que nesse abraço estamos a abraçar Jesus. Afinal, Ele próprio nos disse “Aquilo que fizerdes ao mais pequenino dos vossos irmãos, a Mim o fazeis.”. Se cada um contribuir, mesmo com uma pequena e insignificante acção, esquecendo o ódio, o comodismo e o egoísmo, o mundo tornar-se-á verdadeiramente melhor. Assim a palavra PARTILHAR ganha novos sentidos e multiplica-se a esperança que nasce do Natal, porque Deus é a esperança do mundo. E é deste Deus que o Natal deve falar, fazendo nascer gestos criativos de amor ao irmão. Este amor pode e deve ser traduzido em acções concretas: participando em campanhas de solidariedade, dando atenção a quem sofre, começando por quem está perto de nós, partilhando roupas, comida, companhia com quem mais precisa. Levar Deus às crianças, aos pobres, aos idosos em gestos de amor fraterno, em olhares serenos e atitudes de ternura é uma forma de melhor SERVIR e também celebrar o Natal de Cristo, vivo e ressuscitado. Como pede o Papa, no Natal “ não pensem só em si mesmos, mas que se abram às expectativas e necessidades dos irmãos” porque “desta forma nos converteremos também em testemunhas da luz que o Natal irradia sobre a humanidade do terceiro milénio”, uma luz “capaz de transformar a nossa existência”. Refere ainda o Papa que a actual crise que atravessamos pode ser uma forma de redescobrir o sentido desta época pois “as dificuldades, as incertezas e a própria crise económica que tantas famílias estão a viver e que afecta toda a humanidade podem ser um estímulo para descobrir o calor da simplicidade, da amizade e da solidariedade, valores típicos do Natal”. E o Papa continua, dizendo que “ despojado das incrustações consumistas e materialistas, o Natal pode converter-se assim em oportunidade para acolher, como presente pessoal, a mensagem da esperança que emana do mistério do nascimento de Cristo”, a Palavra de Deus que se fez carne e habitou entre nós e que os homens devem escutar e acolher. Assim, a luz nascerá em nós e, como outrora, “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz” e teremos a certeza de que “o céu se uniu à terra e lá do alto choveu o justo”, como simbolizámos neste advento no nosso presépio paroquial. E no dizer do nosso bispo, "celebrar o Natal é fazer ecoar por toda a terra a mensagem de Esperança que cada pessoa precisa de ouvir... É fazer com que o Reino de Amor e de Paz que Cristo tornou próximo se torne herança de todos. É fazer que cada pessoa se sinta reconhecida, amada e respeitada na sua dignidade e viva em recíproco sentimento e atitude". Afinal, só se entende, verdadeiramente, o Natal quando nos encontramos uns com os outros em Jesus Cristo, o dom, por excelência de Deus à humanidade. Para todos, um Santo e Feliz Natal e um Bom Ano Novo. 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