IBP 1503 07
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PEDAGÓGICA
Moreira, Eliesio1, Schiavo, Marcio2
Copyright 2007, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás - IBP
Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Pipeline Conference & Exposition 2007, realizada no
período de 2 a 4 de outubro de 2007, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo
Comitê Técnico do evento, seguindo as informações contidas na sinopse submetida pelo(s) autor(es). O conteúdo do
Trabalho Técnico, como apresentado, não foi revisado pelo IBP. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos
recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo
e Gás, seus Associados e Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja
publicado nos Anais da Rio Pipeline Conference & Exposition 2007.
rte
Resumo
Abstract
un
ic
a
O Sistema Nacional de Sinalização Pedagógica em Faixa de Dutos e Terminais foi criado para a Transpetro com o
objetivo de estimular um convívio seguro e mitigar danos causados aos dutos. Nesse sentido, foi feito um estudo de
padrão de sinalização visual - formato, linguagem, letreamento e cores – em complemento à sinalização normativa
existente. Além de orientar o uso adequado do espaço, trata-se de uma estratégica capaz de fortalecer a comunicação
entre a Empresa e aqueles que vivem próximo ou convivem com as faixas.
A abordagem educativa fornece às pessoas instrumentos de reflexão, análise e conscientização. A mensagem é simples e
objetiva. As ilustrações são imagens figurativas, comunicação universal entendida por analfabetos, estrangeiros e
crianças, e que comunicam a ação a ser adotada. As cores utilizadas partem de um estudo cromático. A predominância
do roxo e do laranja visa estimular atitudes, além de transmitir mensagens de bem-estar e convivência solidária,
contribuindo também com mudanças de atitudes e práticas. Com esta estratégia pretende-se pedagogicamente orientar o
uso adequado do espaço, reduzir ações antrópicas às faixas, resultando em maior segurança para todos. Esta sinalização
é parte do Programa de Responsabilidade Socioambiental nas Faixas de Dutos e Terminais.
C
om
The National System of Pedagogic Signs in pipeline range and terminals was created by Transpetro with the aim of
stimulating a secure conviviality and and reduce the harm caused to the ducts. Due to this purpose, a study of a the
pattern of visual signals was carried out – shape, language, type of letters and colors – to complement the existing sign
system. Besides guiding the adequate use of the space, it is a strategy which can straighter the communication between
the Company and those people who live near or in the area of pipeline paths and terminals. The educational approach
gives to the people a reflective instrument, analysis of consciousness. The message is simple and objective. The
illustrations are figurative images, universal communication understood even by illiterates, foreigners and children, since
they communicate the actions to be taken. The used colors have been chosen through a chromatic study. The supremacy
of purple and orange has the objective of stimulating attitudes, besides of transmitting messages of welfare and
solidarity, also contributing with changes of attitudes and practice. By that strategy, it is intended, pedagogically, to
orient the adequate use of the space, to reduce the anthropical actions over the ranges, so as to attain greater security for
everybody. This signal system is part of the Program of Social and Environmental Responsibility in Terminal bands.
______________________________
1
Comunicador Social, Gerente de Projetos, Comunicarte Marketing Social e Cultural S.A
2
PHD em Comunicação Social, Diretor-Presidente, Comunicarte Marketing Social e Cultural S.A
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
1. Introdução
C
om
un
ic
a
rte
Não há adoção de uma nova atitude, antes da verdadeira compreensão da necessidade para a mudança. Para
sensibilizar a população, que mora no entorno dos dutos e terminais da Transpetro, sobre a questão crucial do cuidado e
da convivência com as faixas de dutos, foi necessário estabelecer alguns canais de relacionamento, através de uma
comunicação clara, objetiva e atrativa que pudesse transmitir as mensagens de convivência e harmonia com um
propósito ao mesmo tempo educativo e informativo aos cidadãos.
Criando uma sinergia com a sinalização normativa já existente, o Sistema de Sinalização Pedagógica baseiase no tripé informação, educação e comunicação. Ele foi pensado, discutido e elaborado, após a análise dos padrões
técnicos vigentes, os aspectos iconográficos, ergonômicos, culturais, geográficos e educacionais, buscando construir
relações fundamentais para facilitar a transmissão de conceitos de caráter educativo, fundamentais para a mudança de
atitudes e práticas nas populações lindeiras.
A maneira como os diferentes grupamentos da sociedade se expressam, se comunicam e interagem entre si
constrói, ao longo do tempo, formas específicas de socialização, fazeres e saberes que são reconhecidos pelos grupos
como valores, criando nestes indivíduos uma identidade comum. A cultura e os hábitos destes grupos determinam
também a maneira como os espaços comuns são utilizados e ocupados.
Quando alguns destes espaços requerem comportamentos específicos, torna-se necessário gerar referências que
orientem para a utilização mais adequada dos mesmos. Este é o caso das faixas de dutos pertencentes à Petrobras e
gerenciadas pela Transpetro. É neste contexto que o desenvolvimento de um Sistema Nacional de Sinalização
Pedagógica para as áreas de Dutos e Terminais da Transpetro foi de primordial importância. Os espaços aparentemente
desocupados das faixas de dutos devem propiciar uma ambiência que estimule o cuidado, a convivência, o respeito e a
segurança. É neste momento que a implantação da Sinalização Pedagógica surge como eficaz e efetiva neste processo.
Através da sinalização complementar à existente, são oferecidas informações capazes de substanciar o senso de
posicionamento e o reconhecimento espacial, além de dar orientações quanto ao uso deste espaço, minimizando ações
antrópicas inoportunas e eventuais transtornos às instalações da Transpetro, bem como à segurança do cidadão. Esta
comunicação visual, que ocorre por meio de placas educativas, respeitou a identidade cultural regional, considerando
cores e elementos visuais que exprimam a geografia, o clima, a ocupação territorial e a vocação econômica da região.
Experiências em outros projetos demonstram que é notória a observação da melhoria da segurança das
instalações e, conseqüentemente, dos moradores e transeuntes que convivem com as faixas de dutos, expressando uma
melhora no relacionamento comunitário com a empresa, com reflexos positivos na reputação da Companhia.
O Sistema de Sinalização Pedagógica foi criado com a intenção de ser ordenador do uso do espaço, mas sem o
contexto da psicologia do terror, da proibição por si só. Utilizou-se as cores roxo, verde e laranja – usadas com
diferentes fins, em proporções iguais, auxiliando a organização visual das informações e das mensagens-chave.
Finalmente, a combinação dessas cores transmite mensagens como amizade, convite, reflexão, seriedade,
responsabilidade, energia e ação. Forma-se um círculo em que as pessoas são informadas sobre riscos associados a
comportamentos inadequados e quais são os comportamentos adequados a cada situação, gerando mudanças de atitudes
e práticas.
2. Análise de Cenário
As faixas de dutos operadas pela Transpetro são áreas destinadas à passagem de tubulações que transportam
petróleo e derivados e que apresentam restrições de uso. Em geral são espaços livres na superfície e demarcados ao
longo do trajeto dos dutos. Embora haja marcos e placas de sinalização normativa, existem muitos usos interferentes às
faixas não recomendados e inclusive proibitivos, que afetam a segurança das instalações e, por conseqüência, daqueles
que vivem próximo ou convivem com estas áreas.
A escolha pelas imagens ilustrativas aproxima o entendimento e a condução da ação da comunidade que vive no
entorno dos dutos, contribuindo para a compreensão exata do perigo e advertências necessárias. É importante ressaltar a
estratégia do uso das ilustrações simples, com caráter lúdico e carismático, considerando o público-alvo diversificado,
especialmente sob o aspecto do nível de escolaridade no Brasil.
A abordagem pedagógica na sinalização de faixas de dutos não é somente um desafio da Transpetro, mas do
segmento de petróleo em diversas partes do mundo. Uma pesquisa de importantes sistemas internacionais de sinalização
dutoviária evidenciou que as soluções de sinalização de faixas de dutos privilegiam as mensagens de proibição,
seguindo as normas internacionais de sinalização obrigatória e não utilizam linguagem com tom lúdico e educativo.
3. Princípios Fundamentais
2
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
C
om
un
ic
a
rte
A proposta para o Sistema Nacional de Sinalização Pedagógica para a Transpetro recomendou a observação
de alguns princípios básicos para a implantação do sistema. “Sinalização é a comunicação efetuada por meio de um
conjunto de placas, implantadas sucessivamente ao longo de um trajeto ou em pontos específicos e de interesse, com
mensagens apresentadas de forma ordenada e objetiva, utilizando-se linguagem escrita, ilustrações e/ou pictogramas,
cuja recepção e entendimento devem dar-se de maneira imediata”.
Desta forma, o Sistema Nacional de Sinalização Pedagógica de Faixa de Dutos da Transpetro tem como
objetivo orientar quanto ao convívio seguro com as faixas de dutos, gerando benefícios para as populações vizinhas a
estes espaços bem como reduzir os danos de terceiros às instalações da Transpetro, como ações de vandalismo à própria
sinalização. Além disso, esclarecer sobre o uso correto das faixas de dutos e criar mensagens considerando as
abrangências geográficas e especificidades culturais e ambientais com o intuito de assegurar a fixação de uma lógica
precisa desta comunicação são outros objetivos do trabalho. Para garantir sua unidade e eficácia, é necessário que seja
concebida e implantada de forma a assegurar a consecução dos seguintes princípios:
• Padronização – as placas devem ser desenvolvidas segundo padrões pré-estabelecidos na identidade visual
desenvolvida para este fim. O material de suporte da mensagem precisa resistir às intempéries naturais (como
chuvas e ventos) e as cores definidas devem ser seguidas e cuidadosamente aplicadas, bem como fontes, tarjas e
formatos. Da mesma maneira, a alocação das placas deve respeitar um padrão quanto, por exemplo, à altura,
variação angular e posicionamento em referência ao público-alvo. As placas não podem receber publicidade.
Apenas são aceitos as logomarcas da Transpetro e/ou Petrobras e do Programa Transpetro Comunidades e a
aplicação das mesmas deverá obedecer aos manuais de identidade visual existentes.
• Diversidade sócio-econômica, cultural e territorial – a padronização da sinalização deve resguardar e valorizar a
identidade e as peculiaridades das regiões brasileiras, quanto a questões de ordem cultural, social, econômica e
territorial. Deve-se considerar também as situações em permanente mudança, sobretudo aquelas ligadas às
dinâmicas urbanas.
• Visibilidade e legibilidade – as placas devem ser visualizadas e legíveis a uma distância que permita um tempo
hábil para a tomada de decisão daquele que pretende fazer uso interferente à faixa.
• Linguagem Visual – considerando a abrangência, diversidade sociocultural, características socioeconômicas e nível
educacional dos públicos-alvo, este Sistema de Sinalização prioriza a linguagem visual, preferencialmente a
ilustração, na comunicação de suas mensagens
• Segurança – As mensagens devem buscar garantir a integridade dos dutos e evitar a ação de terceiros, resultando,
conseqüentemente em maior segurança para as populações vizinhas.
• Vizinhança, Convivência e Co-responsabilidade – apresentar cenários que evoquem e fortaleçam a relação de
vizinhança entre as comunidades e a faixa de dutos, onde bons vizinhos se respeitam e convivem. A população
vizinha às faixas deve entender que ao cuidar da faixa, conseqüentemente está cuidando de si mesma, de sua própria
segurança, tornando-se co-responsável pela manutenção daquele espaço.
• Manutenção e conservação – recomenda-se que as placas estejam sempre conservadas, limpas, bem fixadas e,
quando for o caso, corretamente iluminadas.
• Imagem e Reputação – orientar e estimular o uso do espaço de forma harmônica e com vistas à segurança de todos
os envolvidos; o que reverte na melhoria do relacionamento da empresa com as comunidades vizinhas às suas
instalações e, conseqüentemente, em ganhos de reputação para a Companhia.
4. O Público-Alvo
A elaboração final de cada de cada placa proposta respeito a segmentação do público-alvo, de acordo com as
características regionais e de potenciais níveis de risco. Podemos classificá-los em seguintes grupos:
1. Proprietários rurais
2. Comunidades
2.1.Moradores lindeiros/ vizinhos às faixas de dutos
2.2.Lideranças comunitárias
2.2.3.Representantes de equipamentos e organizações comunitárias
2.2.4. mpresários locais e comerciários
3.Governos, órgãos públicos e agentes públicos
3.1.Legislativo
3.2.Executivo
3.3.Gestores e funcionários de estabelecimentos de saúde, educação e serviços públicos
3.4.Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
4.Concessionárias de Serviços e operadores de escavadeiras e de outras máquinas de obra
3
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
5.Equipe Técnica Permanente
5.1.Inspetores de faixa
5.2..Técnicos contratados
5.3.Técnicos das faixas
5.4.Técnicos de SMS
5.5.Equipe Comunicação Institucional
6.Equipes Temporárias
6.1.Empreiteiras contratadas para serviços nas áreas de faixa
6.2.Equipes de comunicação de obras e novos empreendimentos
6.3.Equipes de programas ou projetos corporativos nas unidades
6.4.Equipes de cadastramento e negociação para desocupação
4. Eixo Estratégico
un
ic
a
rte
As estratégias de comunicação recomendadas para o desenvolvimento do Sistema de Sinalização Pedagógica
nas Faixas de Dutos privilegiaram, como já foi dito, a abordagem educativa para que, além de possibilitar a informação
sobre os procedimentos prioritários, fossem adquiridos novos costumes em relação às instalações existentes dos dutos.
Foram utilizadas frases de impacto curtas e objetivas, as ilustrações (pela sua natureza possibilitar uma maior
compreensão da mensagem), e estudo cromático para estimular a assimilação das informações. Na fase de criação do
layout das placas, foram respeitados os fatores humanos de percepção, atenção e visão para a uniformidade da
aplicação, a fim de que a sinalização alcançasse o objetivo de assimilação imediata da mensagem.
A abordagem educativa utilizada na concepção do Sistema de Sinalização se baseia na necessidade de fornecer,
ao público que tem interface com as faixas de dutos, informações e instrumentos de sensibilização, reflexão, análise e
conscientização quanto ao seu papel nessa estrutura, e através dos quais eles irão se defrontar com os conteúdos e
entendê-los como instrumentos para a transformação do ambiente em que vivem e, conseqüentemente, de seu cotidiano.
Como sabemos, a definição da mensagem deve considerar o público receptor, em seus âmbitos sociais,
culturais, econômicos e políticos. Portanto, considerando a abrangência e diversidade dos públicos-alvos do Sistema
Nacional de Sinalização Pedagógica das Faixas de Dutos operadas pela Transpetro, esta proposta toma como referência
para o desenvolvimento das mensagens o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), que aponta que 60% da
população brasileira não compreendem plenamente um texto.
C
om
4.1. A ilustração: escolha estratégica
A linguagem visual das placas é caracterizada por uma linguagem simples e educativa, representando uma
imagem pictórica figurativa, material ou abstrata, utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar informação, sintetizar
ou até simplesmente decorar a redação de um texto de apoio. Além disso, levando-se em conta o grau de complexidade
das mensagens necessárias para veiculação e os aspectos de produção gráfica a nível nacional, a ilustração se mostrou
efetiva, pois pode ser adaptada para qualquer mensagem.
4.2. O uso das cores no design social
Como qualquer comunicação sistematizada, a elaboração das placas seguirá uma padronização de cores, que
serão aplicadas aos demais materiais do programa de Responsabilidade Socioambiental nas Faixas de Dutos e
Terminais. Conforme estudo cromático já desenvolvido e atestado no Plano de Comunicação desenvolvido entre 2002 e
2004, as cores definidas têm o propósito de transmitir o espírito de convivência e co-responsabilidade e a finalidade de
informar, educar, transmitir confiança, seriedade e gerar atitudes. Sendo assim, as placas do programa não utilizarão as
cores-padrão indicativas de “perigo”, “emergência” e “alerta”, como o vermelho e o amarelo.
O laranja, o roxo e o verde foram definidos para distintas finalidades, distribuídas em proporções adequadas,
para gerar percepções de estabilidade e auxiliar a organização das informações, influenciando inclusive a ordem da
leitura. O laranja evoca conforto e aconchego. É convidativa e amigável. Usada em tom brilhante gera entusiasmo e
vivacidade, transformando informação em ação. O roxo é formado pelo azul, cor fria, e vermelho, cor quente. Transmite
estabilidade e harmonia. Foi usado em tom escuro, para gerar seriedade, respeito e responsabilidade. O verde associa-se
à natureza e provoca sentimentos de renovação, conforto, entusiasmo e saúde. Capaz de estimular atitudes, transmite
mensagens de bem-estar e convivência solidária. Desse modo, a soma e combinação das três cores evocam mensagens
como: amizade, convite, reflexão, absorção, seriedade, responsabilidade e concentração, energia e ação.
4.3. Fatores humanos na atenção às placas
4
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
A percepção dos sinais é influenciada por inúmeros fatores físicos e psicológicos, como acuidade visual,
capacidade de leitura, memória, sensibilidade cromática, valores culturais, entre outros, chamados fatores humanos.
Fatores físicos
rte
Altura dos Olhos e Dimensionamento do Campo de Visão: nosso campo natural de visão é centralizado no horizonte
ou em linha reta, elementos diretamente localizados em nossa frente são mais visíveis. Quanto mais longe do centro
desse “cone de visão”, menos notamos as coisas. Desse modo, a localização e o dimensionamento das placas de
sinalização são de extrema importância, pois deve-se observar a distância em que o indivíduo estará, para que elas sejam
elaboradas no tamanho adequado e posicionadas em suportes de altura correta. Quanto maior a distância, maiores serão
as placas.
Acuidade visual: é relevante considerar que os usuários têm capacidade visual bem diferente.
Velocidade de leitura: fatores como idade, inteligência e nível de instrução influenciam a velocidade de leitura. A
média costuma ser de 250 palavras por minuto. Considerando esta velocidade de leitura, informações que são vistos em
poucos segundos devem conter, no máximo, seis palavras curtas.
Legibilidade: Estudos indicam que uma pessoa com visão normal tem capacidade de ler letras de 1cm a 6 metros de
distância. Entretanto, para sinalização deve usar um tamanho de letra um pouco maior para facilitar a legibilidade.
Necessidades especiais: É preciso adequar a linguagem gráfica para as pessoas idosas. Muitas vezes recomenda-se usar
o dobro do tamanho mínimo de letra (ao invés de 1cm, utilizar 2cm, para 6 metros de distância).
Fatores Psicológicos
C
om
5. Modelos de Placas
un
ic
a
Relação figura-fundo: É preciso analisar como as formas são percebidas em relação ao fundo onde são aplicadas. As
formas costumam ser definidas por suas “quinas”, nosso cérebro costuma completar as formas incompletas, tornando a
compreensão mais rápida. No processo de aprendizagem da leitura nós organizamos mentalmente as letras em palavras,
e desta forma aprendemos a distinguir as palavras pelo seu formato também.
Implicações da cor: os indivíduos diferem muito em sua habilidade de perceber e memorizar cores. Provavelmente
apenas seis cores, além de branco e preto podem ser distinguidas pela maioria das pessoas: vermelho, amarelo, azul,
verde, laranja e marrom. Apesar dessas limitações, a cor pode ser usada como um elemento de identificação secundária
ou como um código.
5.1. O Projeto Físico
As placas foram elaboradas com as seguintes dimensões: 90 centímetros de altura e 90 centímetros de largura,
observando-se o espaço de 15 centímetros para o cabeçalho com destaque para a aplicação da logomarca da empresa,
além do espaço de 42 centímetros reservado para a ilustração e 33 centímetros divididos entre texto, nome do Programa
e telefone 0800 para atendimento à população e esclarecimento de dúvidas. A figura 1 indica as devidas dimensões para
as placas que compõem o Sistema de Sinalização Pedagógica.
5
rte
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
ic
a
Figura 1: Exemplo de placa com as dimensões físicas para sua execução e implantação
C
om
un
5.2. Exemplos de Placas
Figura 2: Exemplo Placa Educativa
Figura 3: Exemplo Placa Educativa
6
rte
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
Figura 4: Mais um exemplo de placa
C
om
un
ic
a
Figura 5: Mais um exemplo de placa
Figura 6: Exemplo de Placa
Figura 7: Exemplo de Placa
6. Agradecimentos
A Comunicarte Marketing Cultural e Social agradece à equipe da Comunicarte a serviço da Transpetro on
Programa de Responsabilidade Socioambiental em Faixas de Dutos e Terminais , em especial o designer Bruno Galiza,
autor das ilustrações.
7
Rio Pipeline Conference & Exposition 2007
7. Referências
C
om
un
ic
a
rte
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Oito ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1978.
FOLLIS, John; HAMMER, Dave. Architectural Signing and Graphics. New York: Whitney Library of Design. 1979.
HUNT, Wayne. Environmental Graphics & Projects. New York: Harper Design International. 2003.
JOLY, Martine. Introdução à Análise da Imagem. São Paulo: Papirus. 1990
MORAES, Anamaria de. Avisos, Advertências e Projeto de Sinalização. Rio de Janeiro: UsEr. 2002
SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried. Imagem – Cognição, Semiótica, Mídia. São Paulo: Iluminuras Ltda. 1999.
SCHIAVO, Fabienne. Gestão da Identidade e Construção da Imagem. Rio de Janeiro: Comunicarte, 2004.
8
Download

1. Sistema de Sinalização Pedagógica