DIÁRIO DO AÇO ESPECIAL 3 Domingo, 6 de julho de 2014 AS ESCOLAS DE IPATINGA CAPÍTULO X PERSONAGEM DA HISTÓRIA Escola Estadual Canuta Rosa de Oliveira Barbosa (Cidade Nobre) AUGUSTO TAVARES DE REZENDE A Escola Estadual Dona Canuta Rosa de Oliveira Barbosa está situada na rua Graciliano Ramos, no bairro Cidade Nobre. O nome atual da antiga “Escola Polivalente” foi determinado pela Lei nº 8.837, de 1º de julho de 1985. A história da “Escola Polivalente” começou na década de 1970, quando surgiu para atender a um público especial – os adolescentes de Ipatinga. A escola nasceu de uma parceria entre o Ministério da Educação e Cultura, governo do Estado de Minas Gerais e Prefeitura Municipal de Ipatinga. Foi criada pela Lei 5.760, de 14 de setembro de 1971, e autorizada a funcionar pelo ofício de 18 de maio de 1972, assinado pelo subsecretário de Educação do Estado de Minas Gerais. Os diretores da escola foram: Jonathan Balmant (o primeiro); Antônio Gonçalves de Sousa; Enoy de Oliveira Castro; Glória Dias Soares Vitorino; José Barbosa de Andrade; Lúcia Maria Fontes de Oliveira; Maria Helena Silva Gonçalves; Edermane de Souza Andrade; e Maria Helena Silva Gonçalves. Os primeiros professores: Antônio Eustáquio Barros; Auslly Espínola de Resende; Célia Maria Por- Divulgação O ato solene de inauguração de escolas costuma mobilizar toda a comunidade ipatinguense tes; Demerval Pinheiro de Sacramento; Enoy de Oliveira Castro; Haidée Maria Imaculada Schittini; Inês Maria Rodrigues; Ivone Vanda de Resende; Jaime Roberto da Silva; Leonor Duarte Fadini; Lícia Guerra Lage; Lívia Cerqueira de Resende; Maria da Conceição Amaral; Maria Elena Carneiro de Freitas; Maria José Amaral de Freitas; Maria Lúcia Ferreira Nonato; Maristela de Souza; Maurício Rodrigues Mariano; Natalina Sena do Nascimento; Neusa de Miranda e Silva; Raimundo Eustáquio Drumond Alves; Robinson Gomes Lopes da Silva; Sandra de Freitas; Sebastiana Oliveira Nunes; Zilda de Freitas Carmo; e Zoraide Oliveira Dias. Outros funcionários: Arlete de Magalhães Leite (orientadora educacional); Célia Tavares Fialho (vicediretora); Lízia Mª Porto Ramos (coordenadora pedagógica); Maria Aparecida Moura e Pulchra Mª Miranda Lage (auxiliares de biblioteca); e Selinéia Gripp (secretária). O primeiro aluno, matriculado no dia 4 de fevereiro de 1972, foi Ailton Jonas de Oliveira, filho de Pedro Borges de Oliveira e Carolina Maria de Olivei- ra, nascido em 27 de outubro de 1958, natural de Resplendor. Canuta Rosa nasceu em 4 de setembro de 1897, em Santa Maria de Itabira, e faleceu, aos 87 anos de idade, no dia 3 de setembro de 1984, em Ipatinga, vítima de parada cardíaca, proveniente de sua imobilidade numa cadeira de rodas devido a uma fratura em uma das pernas. O corpo foi sepultado em Santana do Paraíso. Era filha de Ivo Gomes de Oliveira Barbosa e Caetana América de Menezes, e casou-se com Selim José de Salles em 1913. (Professor Tavares) Augusto Tavares de Rezende nasceu em Mar de Espanha (MG), em 18 de agosto de 1931, e faleceu em Ipatinga (MG) no dia 17 de março de 2008. Chegou a Ipatinga em 1969, para trabalhar como padre na Paróquia da Igreja Católica do bairro Cariru, e como professor no Colégio São Francisco Xavier. Na década de 1970, deixou as atividades sacerdotais e casou-se com Maria Auxiliadora de Assis Tavares, a “Dorinha”, sua parceira também na trilha da educação. Tiveram três filhos: Miriam, Leonardo e Daniel. “Aportando em Ipatinga, em 1969, logo comecei a trabalhar no colégio, ainda sob a direção dos jesuítas, que vieram para cá em 1962. O estilo e procedimentos jesuíticos imperaram ali durante anos, criando procedimentos próprios que levaram o colégio a se impor pela seriedade do difícil trabalho na arte de educar. Assumindo aulas no colégio, fui solicitado algum tempo depois para a coordenação técnicoadministrativa dos alunos, professores e famílias. Relembrando os meus tempos de religioso jesuíta, procurei adotar nos meus procedimentos o ‘estilo jesuítico de agir na educação’, trazendo o esquema que se adotava no colégio dos jesuítas de Juiz de Fora (MG). Os jesuítas saíram do Colégio São Francisco Xavier em 1970, passando o comando à Fundação São Francisco Xavier (FSFX), e a diretoria do colégio pediu para verificar os procedimentos da escola municipal, para criar um modelo na escola da Fundação São Francisco Xavier. O característico desta atuação é mais um organograma na atividade educacional, e o fato do colégio desde o início foi a formação de equipes de trabalho para que tudo se voltasse e fosse a base dos objetivos da escola. O colégio se impôs e foi contraindo sua história de trabalho sério e fundamentalmente voltado para o aluno, na construção do homem o mais completo possível, para ser um ‘cidadão-gente’. A educação exige mais que um profissional, exige alguém que tenha o coração maior que o mundo; e é a medida da pessoa e gente que precisa ser alguém.” Augusto Tavares Rezende CAUSOS E CURIOSIDADES A PRIMEIRA EQUIPE DO CARIRU Carlos Albino Michel (foto), também conhecido como “Careca”, um dos jogadores do primeiro time do bairro Cariru, conta como nasceu o time. “Nós não tínhamos muitas atividades aqui, então nos reunimos e decidimos fazer um time de futebol. Naquela época, aqui tinha muito japonês. Para angariar fundos, decidimos colocar o nome de ‘Nippon Brasileiro’. Adotamos as cores azul e branca, arrecadamos dinheiro e compramos jogos de camisas e meias. Mas logo em seguida mudamos o nome para Cariru Esporte Clube. O primeiro campo ficava atrás do Colégio São Francisco Xavier. Nosso primeiro jogo foi contra o Ipaminas e perdemos por 11 a 0. O primeiro presidente do Cariru Esporte Clube foi o Carlos Lélis, e o segundo foi meu pai, Antônio de Faria Michel, e depois, o Altair. A turma que fundou o Cariru Esporte Clube era a mesma que praticava Carlos Albino Michel judô na Usipa.” BANDEJÃO NUNCA MAIS! Dalva Santos da Cruz (foto) fichou na Usiminas no dia 20 de junho de 1962. “No meu primeiro dia de trabalho, no Ambulatório Central da Usiminas, meu pai combinou comigo que ele estaria me esperando na fila do bandejão para almoçarmos juntos. Entrei no bandejão com meu pai, almocei e saí sem qualquer problema. Bati meu cartão de entrada depois do almoço e fui para o ambulatório. Quando cheguei lá, tinha um recado do Dr. João Cláudio para que eu fosse conversar com ele. Fiquei apavorada, porque o diretor da empresa queria falar comigo no primeiro dia de serviço. Cheguei lá tremendo igual uma ‘vara verde’. Ele foi logo perguntando por que eu tinha ido almoçar no bandejão. Expliquei que não tinha lugar para almoçar e atendi a um convite de meu pai para almoçar no bandejão. Ele disse: ‘Não faça isso nunca mais!’ E a partir desse dia, o nosso almoço era enviado para o local do trabalho.” Dalva Santos da Cruz